Comissão Europeia abre 600 vagas para estágios remunerados

Com uma remuneração mensal de cerca de 1.230 euros e a duração de cinco meses, as candidaturas para os estágios financiados pela Comissão Europeia estão abertas até ao final do mês.

Estão abertas as candidaturas para os estágios remunerados da Comissão Europeia, nas áreas de administração e tradução. Com duração de cinco meses e uma remuneração mensal de cerca de 1.230 euros, os estágios podem ser realizados em Bruxelas ou noutras cidades europeias, como em Lisboa. Ao todo, há 600 vagas por preencher. As candidaturas estão abertas.

Sem qualquer limite de idade, podem candidatar-se nacionais de um Estado-Membro da União Europeia “ou dos países candidatos que beneficiam de uma estratégia de pré-adesão”; “pode igualmente participar um número limitado de nacionais de países terceiros”, informa Bruxelas em comunicado.

Em termos de requisitos obrigatórios, é exigida a conclusão de uma licenciatura de, pelo menos, três anos e um conhecimento avançado (nível C1/2) de, pelo menos, duas línguas oficiais, uma das quais tem de ser inglês, francês ou alemão.

Já os candidatos que tenham realizado, durante mais de seis semanas, estágio noutra instituição ou organismo da UE não são elegíveis para submissão de candidatura.

A inscrição para o programa de estágios “Blue Book” pode ser feita aqui, até ao meio-dia (hora de Bruxelas) de 31 de janeiro. Os candidatos selecionados darão início aos estágios a 1 de outubro de 2022 e terminarão a 28 de fevereiro de 2023.

Para esclarecimento de dúvidas, o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), em parceria com o IEFP/EURES Portugal, organiza um webinar a 20 de janeiro, pelas 10h30. Pode fazer a sua inscrição através deste link.

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“Inside Talkdesk”. Unicórnio mostra como se trabalha na empresa

O evento pretende mostrar a forma como se trabalha na empresa de tecnologia, através da apresentação das equipas, assim como da tecnologia e projetos que desenvolvem. 

A Talkdesk chama a comunidade tecnológica para o segundo momento do “Inside Talkdesk”. O evento pretende mostrar a forma como se trabalha na empresa de tecnologia, através da apresentação das equipas, assim como da tecnologia e projetos que desenvolvem. É ainda possível reservar lugar online, para o segundo momento, que iniciou no dia 11 de janeiro e irá prolongar-se até dia 27 do presente mês.

“Neste evento abrimos as portas da empresa para que qualquer pessoa conheça a nossa na cultura e dia a dia. Trabalhar na Talkdesk é fazer parte de um projeto verdadeiramente global, com desafios relevantes e uma cultura fortemente tecnológica. Estes momentos, como os vivenciados no Inside Talkdesk, são um fórum de partilha dos desafios e oportunidades que temos atualmente disponíveis”, afirma João Coelho, diretor sénior de talent na Talkdesk, em comunicado.

Durante as próximas semanas, os temas em foco serão as soluções de gestão e enablement de equipas (WEM), a inteligência artificial e a platform as a service. Seguem-se os temas da especialização de desenvolvimento de produto por indústrias e de soluções de comunicação unificada, na última semana do evento, entre 25 e 27 de janeiro.

Esta edição está dividida em quatro momentos diferentes, distribuídos por quatro semanas. O primeiro momento ocorreu entre 13 e 17 de dezembro e focou-se no tema do contact center as a service (CCaaS).

Estiveram presentes nesta primeira parte da edição estiveram perto de uma centena de participantes e 14 oradores da unidade de negócio CCaaS, que abordaram temas díspares, desde a tecnologia utilizada na organização, às metodologias ágeis com que trabalham ou ainda a mobilidade interna.

“Foi uma ótima forma de apresentarmos a nossa equipa de CCaaS assim como a experiência de trabalho das pessoas que dela fazem parte”, refere João Coelho.

A inscrição para o evento — que é gratuita, mas existe limitação de lugares — pode ser feita aqui, onde também pode consultar a agenda doInside Talkdesk“.

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Há um novo apoio à contratação permanente. Conheça as regras

Foi publicada a portaria de um novo incentivo à contratação permanente de desempregados e jovens que pode chegar a 11.168 euros por trabalhador. Conheça aqui as regras deste novo apoio.

A portaria que cria e regula a medida Compromisso Emprego Sustentável, o novo apoio à contratação permanente de desempregados e jovens, foi publicada esta segunda-feira em Diário da República. O documento estabelece as regras deste apoio financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que começa nos 5.318,4 euros por trabalhador, mas pode mais do que duplicar com as majorações. As empresas têm de manter o trabalhador pelo menos durante dois anos.

O Compromisso Emprego Sustentável apresenta-se como uma medida com caráter excecional e transitório e consiste num incentivo à contratação sem termo de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P., assentando na combinação de um apoio financeiro à contratação e de um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a Segurança Social, apoios que podem ser acumulados com medidas de incentivo ao emprego de natureza fiscal ou parafiscal”, escreve o Governo na portaria.

A portaria, que entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, prevê um conjunto de majorações do apoio financeiro à contratação para determinadas situações que podem mais do que duplicar o valor base do apoio que é de 5.318,4 euros. “Além do reforço dos incentivos à criação de emprego permanente, a medida responde a outros desafios estruturais do mercado de trabalho português, designadamente a necessidade de promover o emprego dos jovens e de estimular uma melhoria generalizada dos salários”, acrescenta.

Estes apoios não são cumuláveis com outros apoios diretos ao emprego que se refiram ao mesmo posto de trabalho, mas são cumuláveis com medidas de incentivo ao emprego de natureza fiscal ou parafiscal. Durante a vigência do Compromisso Emprego Sustentável não serão admitidas candidaturas para a medida Incentivo ATIVAR.PT, que consiste na concessão, à entidade empregadora, de um apoio financeiro à celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito no IEFP.

Que entidades empregadoras podem candidatar-se?

“Podem candidatar-se à medida as pessoas singulares ou coletivas de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos, que preencham os requisitos previstos”, lê-se na portaria, como é o caso de estar regularmente constituída e registada, ter a situação tributária e contributiva regularizada, não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita a apoios financeiros concedidos pelo IEFP nem Fundos Europeus Estruturais e de Investimento e ter contabilidade organizada.

Também se incluem empresas que estão no processo especial de revitalização (PER) ou no Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE). Neste caso, o requisito de não ter salários em atraso não se aplica.

Para que tenham acesso ao apoio, as empresas têm de publicitar a oferta de emprego no portal do IEFP, sinalizando que a oferta está ao abrigo deste apoio, celebrar o contrato de trabalho com o desempregado no IEFP, garantir a formação profissional durante o período do apoio e assegurar que há criação líquida de emprego.

Quem pode ser contratado para que as empresas tenham acesso ao apoio?

Para que tenham acesso ao apoio, as empresas têm de contratar desempregados inscritos no IEFP “há pelo menos seis meses consecutivos”. Porém, “o prazo mínimo de inscrição estabelecido no número anterior é reduzido para dois meses quando se trate de pessoa” com idade igual ou inferior a 35 anos ou com idade igual ou superior a 45 anos. Não há prazo mínimo para diversas situações, como as pessoas com deficiência e incapacidade ou quem integre família monoparental, por exemplo, entre outros.

Não é elegível para o apoio uma empresa que volte a contratar alguém que despediu recentemente. Não são elegíveis os contratos de trabalho celebrados “entre entidade empregadora ou entidade pertencente ao mesmo grupo empresarial e desempregado que a esta esteve vinculado por contrato de trabalho imediatamente antes de ser colocado na situação de desemprego, exceto quando a situação de desemprego tenha ocorrido há mais de 12 meses ou quando o contrato de trabalho tenha sido celebrado ao abrigo do regime para jovens em férias escolares, previsto no Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social”.

As empresas têm de garantir que conseguem provar a existência de criação líquida de emprego e terão de manter o contrato de trabalho apoiado durante pelo menos 24 meses. “A concessão do apoio financeiro previsto na presente portaria determina a obrigação de manter o contrato de trabalho apoiado e o nível de emprego alcançado por via do apoio financeiro durante, pelo menos, 24 meses a contar do primeiro mês de vigência do contrato apoiado”, detalha a portaria.

Em que situações há majorações ao apoio?

O apoio base corresponde a 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), o que significa que é 5.318,4 euros. Porém, há várias situações em que há uma majoração desse apoio, sendo que estas são cumuláveis até a um limite de três:

  1. Em 25%, quando esteja em causa a contratação de jovens com idade até aos 35 anos, inclusive;
  2. Em 35%, quando esteja em causa a contratação de pessoas com deficiência e incapacidade;
  3. Em 25%, quando a retribuição base associada ao contrato apoiado seja igual ou superior a duas vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida (RMMG);
  4. Em 25%, quando esteja em causa posto de trabalho localizado em território do interior, nos termos definidos pela Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho, na sua redação atual;
  5. Em 25%, quando a entidade empregadora seja parte de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) negocial, nos termos do artigo 2.º do Código do Trabalho;
  6. O apoio financeiro previsto no n.º 1 é ainda majorado em 30 % quando esteja em causa a contratação de desempregados do sexo sub-representado em determinada profissão.

A majoração relativa ao sexo sub-representado não conta para o máximo de três majorações cumulativas.

Qual o apoio ao pagamento das contribuições para a Segurança Social?

A portaria refere que a “entidade empregadora tem direito a um apoio financeiro correspondente a metade do valor da contribuição para a Segurança Social a seu cargo, relativamente aos contratos de trabalho apoiados, durante o primeiro ano da sua vigência“, sendo que no máximo será de sete vezes o valor do IAS, ou seja, 3.102,4 euros.

Quando receberá os apoios?

A empresa recebe a maioria dos apoios logo no início, mas terá de esperar para receber o resto. Segundo a portaria, “60% do valor dos apoios financeiros é pago após o início de vigência de todos os contratos de trabalho apoiados, no prazo máximo de 20 dias úteis após a apresentação dos mesmos ao IEFP“. Os restantes 40% são dilatados no tempo: 20% serão pagos no “décimo terceiro mês de vigência do último contrato iniciado” e mais 20% no “vigésimo quinto mês de vigência do último contrato iniciado”.

“Os pagamentos previstos nos números anteriores ficam sujeitos à verificação da manutenção dos requisitos necessários à concessão do apoio financeiro”, nota a portaria.

É preciso dar formação profissional?

Sim, a formação profissional é obrigatória ao abrigo deste apoio. A formação em contexto de trabalho ajustada às competências necessárias tem de ter um período mínimo de 12 meses e deve ser acompanhada por um “tutor” designado pela empresa. Além disso, tem de haver formação ajustada às funções através “entidade formadora certificada, com uma carga horária mínima de 50 horas, realizada, sempre que possível, durante o período normal de trabalho”.

O que acontece em caso de incumprimento?

Caso não cumpram com as regras detalhadas nesta portaria, as empresas poderão ter de devolver total ou proporcionalmente os apoios recebidos até à data.

“O incumprimento por parte da entidade empregadora das obrigações relativas aos apoios financeiros concedidos no âmbito da presente portaria implica a imediata cessação dos mesmos”, define a portaria, abrindo a porta à restituição dos montantes já recebidos, “sem prejuízo do exercício do direito de queixa por eventuais indícios da prática de crime”.

A portaria estabelece ainda que “a restituição dos apoios financeiros é efetuada no prazo de 60 dias a contar da data da notificação referida no número anterior, sob pena de pagamento de juros de mora à taxa legal em vigor”.

Consulte a portaria na sua íntegra:

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Crédito ao consumo dispara para 630 milhões de euros em novembro

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o financiamento aos consumidores superou os 600 milhões de euros, depois de disparar em novembro.

O crédito ao consumo disparou em novembro, com os bancos e as financeiras a emprestarem quase 630 milhões de euros aos consumidores, mais 10% em relação ao mês anterior. Foi a primeira vez que ultrapassou a fasquia dos 600 milhões desde o início da pandemia, em março de 2020.

Foram concedidos 629,2 milhões de euros às famílias para a compra de automóveis, eletrodomésticos, férias e outros bens e serviços no penúltimo mês do ano passado, correspondendo a um aumento de 9,6% face a outubro e a um disparo de 24,4% em relação a novembro de 2020, revelou o Banco de Portugal esta segunda-feira. A evolução reflete a maior abertura da economia, depois de meses de restrições que travaram o consumo dos portugueses.

Todas as finalidades de crédito ao consumo registaram subidas em novembro, mas o crescimento foi mais expressivo no crédito pessoal, que inclui educação, saúde, energias renováveis, lar, crédito consolidado e outras finalidades: aumentou 12% em termos mensais, para 296 milhões de euros.

O crédito concedido através de cartões de crédito também subiu significativamente, embora os montantes sejam menos expressivos: aumentou mais de 16%, para 112,7 milhões de euros.

Crédito aos consumidores acelera

Fonte: Banco de Portugal

Por seu turno, os montantes para financiar a compra de carro aumentaram 3,6%, para 221 milhões de euros. Os financiamentos para a aquisição de automóveis novos tiveram as maiores subidas: na locação financeira ou aluguer de longa duração (ALD), a subida mensal foi de 20,5%, para 16,2 milhões de euros, enquanto com reserva de propriedade, o crescimento foi de 10,2%, para 47,4 milhões. Quanto aos usados, baixou 8%, para 5,2 milhões na locação financeira e ALD, e estabilizou nos 152,2 milhões na reserva com propriedade.

Assim sendo, os financiamentos para o consumo atingiram 5,95 mil milhões de euros no acumulado entre janeiro e novembro de 2021, o que representa uma subida de mais de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

(Notícia atualizada pela última vez às12h09)

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Jerónimo de Sousa já teve alta hospitalar

O líder do PCP teve alta hospitalar esta segunda-feira, depois da intervenção médica realizada na semana passada. Fica em recuperação até ao final da semana e, depois, retoma a campanha eleitoral.

Jerónimo de Sousa teve alta hospitalar esta segunda-feira de manhã. O líder do PCP, que está ausente da campanha eleitoral, ficará agora em recuperação até ao fim de semana e, mais tarde, retomará a campanha eleitoral, a qual está a ser liderada pelo ex-eurodeputado João Ferreira e o líder parlamentar comunista João Oliveira.

Realizada com êxito a cirurgia a que foi submetido e após o termo de vigilância clínica pós operatória, Jerónimo de Sousa teve esta manhã alta hospitalar“, anunciou o PCP esta segunda-feira, num comunicado em que explica que, “por indicação médica, prosseguirá agora em casa o período de recuperação previsto até ao fim de semana, após o qual retomará a atividade política“.

Na passada quarta-feira, Jerónimo de Sousa foi internado na sequência de exames médicos e de uma avaliação clínica, tendo sido submetido a uma “intervenção cirúrgica urgente da estenose carotídea (à carótida interna esquerda)”, que não podia ser adiada para depois das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. O problema “resulta da obstrução de uma válvula”, explicou o próprio.

Na terça-feira, o secretário-geral do PCP disse que a intervenção urgente tinha “um risco relativo, mas é sempre um risco qualquer operação cirúrgica”. “Penso que, com arte e sorte do cirurgião, é possível que daqui a uma semana, ou um bocadinho mais para a frente, já esteja outra vez na estrada“, acrescentou. Até lá, delegou as suas funções em dois dirigentes: “Eles não estão à experiência, são já muito experimentados”, disse.

A cirurgia realizou-se na quinta-feira e o partido comunicou que “o ato cirúrgico decorreu com êxito, tendo sido concretizados os objetivos cirúrgicos”. Jerónimo de Sousa ficou em vigilância pós-operatória durante sexta-feira e o fim de semana, tendo agora recebido a alta hospitalar. Seguem-se mais alguns dias de recuperação em casa.

Esta segunda-feira realiza-se o debate televisivo que reúne todos os partidos com assento parlamentar, incluindo o PCP, que será representado por João Oliveira, tal como já ocorreu no debate do partido com Rui Rio (PSD).

(Notícia atualizada às 11h37 com mais informação)

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Aquila Capital lança novo fundo de investimento em Logística Verde no sul da Europa

O alvo do novo fundo são ativos imobiliários logísticos em países como Portugal, Itália, Espanha. Tem um volume de investimento de 1,5 mil milhões de euros. Azambuja foi o primeiro local escolhidido.

A Aquila Capital anunciou esta segunda-feira o lançamento do fundo Aquila Capital Southern European Logistics. A estratégia deste novo fundo centra-se em investimentos numa carteira diversificada de ativos imobiliários logísticos em países do sul da Europa, incluindo Portugal, Itália e Espanha. O fundo tem um volume de investimento alvo de 1,5 mil milhões de euros com um rácio máximo de dívida de 50%.

O primeiro investimento já foi aprovado, tratando-se de um local logístico de 115.000 m2 na Azambuja – um centro logístico estratégico e central na área metropolitana de Lisboa. 70% do ativo foi pré-arrendado a um inquilino blue-chip, com um prazo de arrendamento de 20 anos. O fundo tem um pipeline de 9 novos ativos localizados em Portugal, Itália e Espanha.

“Temos vindo a registar um interesse crescente entre os investidores institucionais em ativos imobiliários sustentáveis, incluindo centros logísticos. O fundo Aquila Capital Southern European Logistics fornece uma resposta a esta procura, concentrando-se nos mercados do sul da Europa, onde existem ainda muitas oportunidades, devido à necessidade de espaço de armazenamento moderno e em grande escala”, disse em comunicado Roman Rosslenbroich, CEO e cofundador da Aquila Capital.

Os alvos são então propriedades logísticas, que sejam estáveis do ponto de vista da geração de rendimentos sustentáveis e compatíveis com critérios ESG. Os critérios de seleção incluem a proximidade de centros de transporte, minimizando as emissões de carbono relacionadas com o transporte e cumprindo as normas de construção sustentável, que incluem a certificação BREEAM, a instalação de painéis fotovoltaicos no telhado e a compensação das emissões de CO2.

O fundo focar-se-á então apenas em propriedades logísticas modernas e energeticamente eficientes, construídas e operadas segundo os mais elevados padrões de eficiência energética e proteção ambiental, que criam valor acrescentado ao conjugarem fatores como sustentabilidade, condições de aluguer atrativas e localizações estratégicas.

O novo fundo é lançado com um volume de capital comprometido de 330 milhões de euros angariados junto de investidores institucionais internacionais, incluindo a SCI Primonial Capimmo. Inicialmente, o fundo visava angariar 250 milhões de euros, mas devido a uma forte procura, o valor do “first close” foi elevado para 330 milhões de euros.

A Aquila Capital espera mobilizar o capital do “first close” no prazo de 18 meses, beneficiando do importante pipeline de investimento garantido.

“Os nossos investidores beneficiarão de um volume total de transações de 2,6 mil milhões de euros cobrindo uma área total de mais de 1.800.000 metros quadrados – bem como das vantagens de entrada antecipada no mercado. Este segmento imobiliário corresponde às estratégias dos investidores e inquilinos que, cada vez mais, consideram os critérios ESG como um valor fundamental e necessário para contribuir para a transição energética global”, frisou explica Roman Rosslenbroich.

Desde 2012, a Aquila Capital tem vindo a investir na Logística Verde (“Green Logistics”), combinando a eficiência ambiental e económica com a redução do impacto dos seus investimentos logísticos no ambiente. A empresa tem um historial em investimentos logísticos, com especial foco em instalações logísticas ecológicas na Alemanha, Espanha, Portugal e Itália. O volume total de transações desde 2012 acumula mais de 729 milhões de euros com uma área total transacionável de mais de 879.000 metros quadrados.

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EDP Renováveis ganha 1 GW em leilão para construir parque eólico “offshore” na Escócia

Através da Ocean Winds, uma joint venture que detém com a Engie para o eólico offshore, a EDP Renováveis vai construir na costa da Escócia, até ao fim da década um novo parque com capacidade de 1 GW.

A EDP Renováveis anunciou esta segunda-feira que a Ocean Winds, a joint venture que detém com a Engie para projetos offshore, recebeu direitos exclusivos para desenvolver um projeto de cerca de 1 GW no bloco NE4, o parque eólico offshore Caledonia, na Escócia. Além da energia eólica offshore, está também a ser considerada a utilização de parte da produção de eletricidade para a componente de hidrogénio renovável.

A capacidade atribuída à Ocean Winds em leilão fica localizada no fundo marinho da Caledónia, junto aos parques eólicos offshore que desenvolveu e opera de Moray East (950 MW) e Moray West (900 MW). O primeiro é já o maior parque eólico deste tipo na Escócia e o segundo está praticamente pronto para dar os primeiros passos. Caledónia, com cerca de 1 GW, será comissionado até ao final da década, levando a Ocean Winds a contribuir com cerca de 2,9 GW para as metas daquele país.

O Reino Unido está entre os maiores mercados eólicos offshore a nível mundial, tendo aumentado recentemente a sua meta de capacidade offshore instalada para 40 GW até 2030, indica a EDP Renováveis.

“O sucesso no leilão da Crown Estate Scotland permite à joint venture alavancar experiência e sinergias no desenvolvimento, construção e operação deste novo projeto, que também irá explorar a componente de hidrogénio renovável”, disse a EDP Renováveis em comunicado.

“Ganhar este projeto reforça e consolida a nossa posição como um operador chave no Reino Unido, onde já temos atualmente os projetos de Moray East e Moray West, o que permitirá promover sinergias entre eles e melhorar a sua eficiência. A nossa presença há mais dez anos nesta zona posiciona-a como um mercado estratégico para o grupo e continuamos firmemente empenhados em cumprir o nosso plano de investimentos para impulsionar a transição energética“, comentou Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP e da EDP Renováveis, no mesmo comunicado.

A nova área atribuída de 440 km2 do fundo marinho da costa da Escócia atribuída à Ocean Winds está localizada, precisamente, junto aos projetos já existentes de Moray East e Moray West, permitindo, assim, aproveitar a experiência acumulada e sinergias no desenvolvimento, construção e operação deste novo empreendimento.

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OIT prevê recuperação mais lenta do mercado laboral do que o esperado

O impacto das novas variantes nas economias e a incerteza quanto ao futuro da pandemia levam a OIT a estimar que, afinal, a recuperação do mercado laboral será mais lenta do que se antecipava.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que a recuperação do mercado laboral será mais lenta do que se antecipava, uma vez que a pandemia continua a afetar de modo significativo as economias em todo o mundo. Para 2022, esta agência das Nações Unidas estima, assim, que o número de horas trabalhadas deverá ficar quase 2% abaixo dos níveis pré-pandemia, quando no relatório anterior projetava um recuo para uma diferença inferior a 1%.

“A perspetiva do mercado laboral global deteriorou-se desde as últimas projeções da OIT”, é explicado no relatório World Employment and Social Outlook Trends 2022, que foi publicado esta segunda-feira.

Com base nas previsões mais recentes relativas ao crescimento económico, a OIT estima agora que o total global de horas trabalhadas em 2022 “manter-se-á quase 2% abaixo do nível pré-pandemia, ajustado ao crescimento demográfico”, o que corresponde a um “défice” de 52 milhões de empregos a tempo inteiro face a 2019 (assumindo uma semana de trabalho de 48 horas).

Ora, esses números representam uma melhoria face a 2021, mas no relatório publicado em junho, a agência previa que, em 2022, a diferença entre as horas trabalhadas face a 2019 cairia para menos de 1%.

Esta revisão em baixa reflete, sublinha a OIT, o impacto das novas variantes do coronavírus (a Delta e, sobretudo, a Ómicron) no mundo do trabalho, mas também a incerteza que ainda existe quanto ao futuro da própria crise sanitária.

Assim, no entender da entidade liderada por Guy Ryder, é provável que um regresso aos níveis pré-pandemia continue “fora da mesa” para a maioria dos países nos próximos anos. Aliás, a OIT estima mesmo que o desemprego, em termos globais, deverá continuar acima dos valores verificados antes da Covid-19, pelo menos, até 2023.

Por outro lado, o relatório agora divulgado avisa que o impacto da pandemia no desemprego pode ser superior ao descrito pelas estatísticas, uma vez que muitos trabalhadores deixaram o mercado de trabalho, tendo passado, por exemplo, à inatividade (o que significa que não têm emprego, mas não são contabilizados como desempregados). “Em 2022, a taxa de participação no mercado de trabalho deverá manter-se 1,2 pontos percentuais abaixo de 2019“, detalha a OIT.

Além disso, a agência liderada por Guy Ryder salienta — tal como o responsável já tinha dito numa entrevista ao ECO — que a crise sanitária está a ter diferentes impactos entre os vários países e os trabalhadores. “Estas diferenças estão a agravar as desigualdades entre os países e a enfraquecer o tecido económico, financeiro e social de quase todas as nações”, alerta-se no relatório agora tornado público, que refere também que estes “danos” podem mesmo ter consequências a longo prazo na participação no mercado de trabalho, nos rendimentos dos agregados familiares e até na coesão social e política.

Em resposta ao impacto da crise pandémica nas economias, os países têm lançado medidas extraordinárias para apoiar a manutenção dos postos de trabalho. Em Portugal, o Governo lançou, por exemplo, o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva, estando os níveis de desemprego (taxa mensal), atualmente, abaixo dos números anteriores à pandemia. Ainda assim, o novo agravamento da crise sanitária, alimentado pela variante Ómicron, está a pressionar novamente os empregadores nacionais.

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Triagem Covid da linha SNS24 vai poder ser feita na internet

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

A linha SNS24 vai passar a funcionar simultaneamente a partir da linha telefónica e da internet. A triagem online será apenas para infetados com Covid-19 que não precisem de observação médica.

Por causa do elevado volume de chamadas relacionado com a Covid-19, a linha SNS24 vai passar a funcionar também na internet. Os infetados que não precisem de observação médica vão passar a poder responder a um formulário de triagem online, para acederem depois aos documentos de baixa de isolamento ou de doença.

A notícia foi avançada pela CNN Portugal (ligação indisponível). “Nós estamos agora em vias de disponibilizar outras soluções digitais em que os apoios de sistemas online serão usados quase de uma forma mista com a linha telefónica e o sistema digital, exatamente para tentar garantir um atendimento de qualidade em períodos de elevadíssimo pico“, disse o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro, em declarações ao canal televisivo.

O novo formato, que se espera que entre em funcionamento já esta semana, vai estar articulado com a linha telefónica SNS24 caso seja necessário o utente falar com um profissional de saúde.

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Costa vai em campanha para os Açores a bordo da… Ryanair

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

O primeiro-ministro teve de apanhar um voo da companhia aérea "low cost" para chegar a Ponta Delgada a tempo da campanha. Ryanair tem liderado o coro de críticas ao plano da TAP.

A campanha do PS começou com uma pitada de ironia. António Costa, secretário-geral do partido, e a respetiva entourage socialista, tiveram de apanhar um voo da Ryanair para chegarem a horas aos Açores este domingo, conta o Observador (acesso condicionado).

De acordo com o jornal online, o também primeiro-ministro teve de embarcar num avião da Ryanair porque não havia nenhum voo além daquele para chegar a Ponta Delgada a tempo da primeira iniciativa marcada. A companhia aérea low cost é a que mais tem contestado o plano de reestruturação da TAP e já por várias ocasiões protagonizou acesas trocas de acusações com membros do Governo.

No final do ano passado, a Ryanair admitiu mesmo voltar ao Tribunal de Justiça da União Europeia para contestar aprovação do plano da TAP. Meses antes, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, acusou o Governo português de mentir sobre a companhia aérea low cost e chamou “pinóquio” a Pedro Nuno Santos.

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CMS reforça a presença em Angola

A Silvino Domingos – Sociedade de Advogados passa este mês a integrar a LBR, escritório associado da CMS em Angola, reforçando a equipa da África Lusófona da firma.

A equipa da África Lusófona da CMS reforçou a sua presença em Angola com a integração pela LBR – escritório associado da CMS em Angola – da Silvino Domingos – Sociedade de Advogados. A Silvino Domingos, que conta com ampla experiência em direito societário e seguros, e a sua equipa composta por Justina Samuel, Cláudia Vilengalenga, Cássia Silva e Gilberto Manuel passam a integrar a LBR a partir deste mês.

“Em 2019 definimos uma clara estratégia de crescimento na África Lusófona com a integração do Alberto Galhardo Simões e da sua equipa. Agora, junto com o nosso parceiro local em Angola, a LBR, liderada pelo Luís Borba Rodrigues, reforçamos essa aposta com a integração da Silvino Domingos e a sua equipa. Trata-se de reforçar a nossa presença num mercado que é de extrema importância para a nossa economia e para os nossos empresários“, sublinha José Luís Arnaut, managing partner da CMS Rui Pena & Arnaut.

Para Alberto Galhardo Simões, sócio coordenador do departamento de África Lusófona da CMS: “O Silvino Domingos e a sua equipa trazem muita experiência local em vários setores, como o direito societário, laboral e contencioso, bem como um conhecimento especializado em seguros e regulação. Esta integração está, claramente, em linha com a estratégia de crescimento definida pela Equipa de África Lusófona da CMS, dando ao escritório de Luanda plena capacidade para aconselhar os clientes em qualquer projeto ou transação, e colocando-o entre os escritórios de advocacia mais fortes de Angola”.

Já Luís Borba Rodrigues, managing partner da LBR, considera que a experiência que os novos membros da equipa trazem à sociedade é uma mais-valia. “Vem solidificar o projeto que temos vindo a desenvolver, cujo objetivo passa por dar uma resposta de excelência ao nossos clientes e parceiros locais e internacionais. É, por isso, com grande entusiasmo que damos as boas-vindas ao Silvino e à sua equipa, com a certeza de que nos vão ajudar a potenciar, ainda mais, este projeto”, acrescentou.

Por fim, Silvino Domingos afirma que “é com grande alegria e expectativa que nos juntamos a uma das maiores organizações jurídicas do mundo, com mais de 80 escritórios em 45 países e mais de 5.000 advogados em todo o mundo, que nos permite, de forma ímpar, oferecer, a partir de agora, um profundo entendimento do mercado local com uma perspetiva global”.

A LBR, que mudou a sua morada para o Edifício Kimpa Vita em outubro do ano passado, reforça-se como espaço que “promove a colaboração de diferentes áreas de prática e a oferta de serviços multidisciplinares”.

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Portugal, um país Unicórnio. O que nos falta?

  • PESSOAS + EY
  • 17 Janeiro 2022

Tânia Ribeiro, Senior Manager EY, People Advisory Services, fala das apostas que Portugal deve fazer para investir no futuro e tornar-se cada vez mais competitivo.

Em tempo de eleições, muitas contas e análises têm sido feitas sobre o país. Gerámos cinco unicórnios nos últimos anos. O que, considerando a dimensão do país, é um feito assinalável. No entanto, outros números ilustram um país diferente. Olhando para as últimas duas décadas, a nossa economia foi a terceira mais lenta da zona euro. Fomos ultrapassados, em termos de riqueza média, por países dentro e fora da Europa. A nossa dívida aumentou, a produtividade é inferior à que tínhamos há 20 anos e o salário médio em Portugal é o quarto mais baixo da UE.

As causas

O Global Competitiveness Index do World Economic Forum identifica áreas onde não somos competitivos: qualificações dos trabalhadores, baixa mobilidade interna do trabalho, gestão e cultura empresarial, complexidade de impostos e tarifas, eficiência do sistema legal na resolução de conflitos. Adicionalmente, outros aspetos já estão há muito identificados, tais como: estrutura produtiva especializada em produtos de baixo valor acrescentado e reduzida tecnologia, competição em mercados internacionais através de preços baixos, tecido empresarial caracterizado sobretudo por PME (gestão pouco profissionalizada e menos produtivas), falta de investimento estrangeiro, dificuldade de acesso a linhas de financiamento, mercado interno de pequena dimensão, e universidades que não preparam para competências fundamentais no mercado.

Soluções possíveis

O importante agora é, compreendendo o contexto, investir no futuro. Existem medidas estruturais importantes e sobejamente discutidas, tais como, reduzir a carga fiscal, aumentar eficiência do sistema jurídico, atrair investimento estrangeiro de qualidade, gerir de forma mais eficiente as contas públicas, aumentar o investimento público em atividades produtivas.

"É essencial que cada português acredite. (….) É necessário acreditar em unicórnios para nos transformarmos num.”

Tânia Ribeiro

Senior Manager EY, People Advisory Services

Para além disso devemos apostar em:

  • Inovar e gerar valor acrescentado. Com os desafios que a pandemia trouxe, ficou claro a necessidade de apostar na reindustrialização da Europa. Portugal deve capitalizar essa oportunidade, investindo e modernizando o setor, com recurso à tecnologia, ciência e inovação, para gerar produtos de maior valor acrescentado. A componente intangível associada ao setor dos serviços, com soluções diferenciadoras, digitais e experienciais, será também uma boa oportunidade de construir valor. Áreas de futuro, como a energia verde ou a economia do mar, são setores estratégicos onde o país se deve posicionar.
  • Profissionalizar PME. Ao terem um peso substancial no nosso tecido empresarial (as grandes empresas não chegam aos 0,8%), não conseguimos fazer a transformação desejada, sem apoiar as PME. Deve ser criada uma academia especializada que promova a profissionalização das equipas de gestão, faculte acesso a informação, conhecimento e tecnologia, e a participação em fóruns de discussão. O acesso a linhas de crédito e a redução da carga fiscal são também aspetos críticos.
  • Construir dimensão através de redes. As nossas empresas têm uma dimensão reduzida, mas podem associar-se para ganhar escala, eficiência e acesso a canais, tecnologias, I&D, capitais e mercados internacionais, que lhes estão vedados à partida. Projetos colaborativos, uma cadeia de valor bem montada e uma rede robusta e profissional, potenciando associações já existentes, vão alavancar oportunidades.
  • Ganhar escala em mercados internacionais. Num mundo global, a dimensão do mercado interno não deve ser uma barreira ao crescimento económico. Se apostarmos na inovação e em produtos e serviços de maior valor acrescentado, se construirmos uma rede robusta onde as nossas empresas se encontrem associadas, conseguimos alterar o nosso posicionamento competitivo, ganhando quota de mercado não pelos preços baixos, mas por uma oferta diferenciadora e de qualidade.
  • Qualificar talento. As qualificações dos portugueses aumentaram, mas tal não se refletiu na produtividade nacional. Porquê? Os programas ministrados pelas universidades estão desajustados das necessidades do mercado. Projetos ambiciosos que liguem universidades e empresas, criando aceleradores de competência e ideações de projetos, são essenciais (e já temos alguns bons exemplos). Mesmo nas grandes empresas, que investem na qualificação, existe um gap no que se refere às competências de futuro e novas formas de trabalhar. Para fazer a transformação necessária, é essencial fazer evoluir a cultura organizacional e os key drivers, e apostar em programas disruptivos de desenvolvimento de talento.

Mindset Unicórnio

Contudo, para fazer a transformação desejada no país, não basta garantir os aspetos já enunciados. É essencial que cada português acredite. Que tenha ousadia, ambição, pragmatismo, e que pelo trabalho e em colaboração com os outros, arrisque, aprenda e implemente. Que assuma um papel ativo na sociedade, em redor deste propósito maior. É necessário acreditar em unicórnios para nos transformarmos num.

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