PCP intensifica luta na rua. “O pulsar da vida continua”, diz Jerónimo de Sousa

Após a reunião do comité central para avaliar as eleições, Jerónimo de Sousa anuncia um comício para 6 de março no Campo Pequeno, uma "ação de massas" para defender os direitos dos trabalhadores.

A derrota do PCP no domingo encolheu o grupo parlamentar para metade, passando de 12 para seis deputados. Esta quarta-feira o comité central do partido reuniu-se para avaliar os resultados das eleições e à saída da reunião Jerónimo de Sousa deu a entender que a luta nas ruas vai intensificar-se. E vai começar já a 6 de março com um comício que será uma “ação de massas” para defender os direitos dos trabalhadores.

Questionado sobre se, com o fim da geringonça e a derrota eleitoral, a atenção do PCP vai virar-se do Parlamento para as ruas, o secretário-geral do PCP diz que tal “depende da resolução dos problemas” por parte do Governo PS, mas deixou claro que “não é uma maioria absoluta que os silencie, que impeça essa manifestação dos trabalhadores e povo na defesa dos seus direitos para conseguirem avanços“. “O pulsar da vida continua”, rematou.

Foi assim que Jerónimo de Sousa revelou os planos do PCP para os próximos tempos, já a começar a 6 de março, daqui a um mês. Depois de ter cancelado em 2021 o comício de comemoração do centenário do partido por causa da pandemia, o PCP vai realizar uma grande “ação de massas” no mesmo dia este ano, naquela que deverá ser a primeira demonstração da força dos comunistas nas ruas com um Governo PS de maioria absoluta já em funções. Antes disso, haverá também uma ação no dia 5 de fevereiro, este sábado.

No seu discurso inicial após a reunião do comité central, Jerónimo de Sousa analisou os resultados de domingo, argumentando que foi a “dramatização do perigo da direita” e a “chantagem” que deu a maioria absoluta ao PS, deixando o partido à mercê do “grande capital e dos grandes interesses económicos e financeiros” que reclamavam o fim da geringonça.

Além disso, o líder comunista acusa o PS de “apropriar-se dos avanços” exigidos pelo PCP e de promover uma “dinâmica de bipolarização” desde que o Orçamento foi chumbado no final de outubro, o que prejudicou os comunistas nas urnas. Jerónimo assumiu que este “resultado traduz uma quebra eleitoral com significativa queda do número de deputados”, ficando “aquém do trabalho realizado e do valor das propostas”.

Este é um “elemento negativo na vida nacional”, na opinião do secretário-geral do PCP, que promete, “neste quadro mais difícil, intensificar a defesa dos trabalhadores”.

Na conferência de imprensa, Jerónimo de Sousa revelou que não falou com António Costa após às eleições, mostrando-se “pronto para o combate se a política do Governo não responder aos anseios” dos portugueses.

Em relação à eleição de um deputado do Chega para vice-presidente da Assembleia da República, o líder comunista deixou claro que “não será com os votos do PCP que o Chega terá esse lugar institucional”. Já o líder parlamentar do PCP ainda não está escolhido, tendo Jerónimo dito que serão encontradas soluções “no quadro atual dos deputados eleitos”.

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Soros diz que Ómicron e crise imobiliária na China ameaçam poder de Xi Jinping

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

O bilionário George Soros diz que a variante Ómicron do coronavírus e a crise imobiliária na China ameaçam derrubar poder de Xi Jinping.

Uma crise económica impulsionada pelo setor imobiliário e a disseminação da altamente contagiante variante Ómicron do novo coronavírus representam riscos para a manutenção do Presidente chinês, Xi Jinping, no poder, afirmou recentemente o bilionário George Soros.

Numa intervenção por videoconferência, num painel da unidade de investigação conservadora norte-americana Hoover Institution, Soros argumentou que a variante Ómicron “ameaça provocar a ruína de Xi Jinping”, já que o vírus “já não está sob controlo” na China.

“As vacinas chinesas foram projetadas para lidar com a variante [original] de Wuhan, mas o mundo está agora a combater outras variantes”, disse Soros. “Xi Jinping não pode admitir isso enquanto espera ser nomeado para um terceiro mandato – ele está a esconder isso do povo chinês”, frisou Soros.

O Partido Comunista Chinês (PCC) vai decidir no seu próximo Congresso, que se realiza na segunda metade deste ano, se atribui a Xi um terceiro mandato como secretário-geral do Partido. A decisão quebra décadas de tradição política na China. Os antecessores de Xi cumpriram dois mandatos, visando promover a rotatividade no poder e a noção de “liderança coletiva”.

Soros argumentou que as tentativas de Xi de impor “controlo total” sobre o país por meio de uma série de bloqueios e outras medidas restritivas podem comprometer as suas possibilidades de ser reintegrado como líder do partido, já que a estratégia “é improvável que funcione contra uma variante tão infecciosa como a Ómicron”.

O investidor e filantropo garantiu que, apesar da autoridade de Xi, ele tem “muitos inimigos”. “Embora ninguém se possa opor a Xi publicamente, há uma luta interna no PCC, que é tão acirrada que encontrou expressão em várias publicações do Partido”, disse. “Xi está sob ataque daqueles que são inspirados pelas ideias do [ex-líder] Deng Xiaoping e querem ver um papel maior da iniciativa privada”, argumentou.

Soros disse também que a China enfrenta uma crise económica centrada no mercado imobiliário – um importante motor de crescimento do país.

“O modelo em que se baseia o boom do imobiliário é insustentável”, explicou.

“As pessoas que compram apartamentos têm que começar a pagar pelos imóveis antes mesmo de serem construídos, então o sistema é centrado no crédito. Os governos locais obtêm a maior parte das suas receitas com a venda de terrenos a preços cada vez maiores”, frisou.

O setor imobiliário da China está sob pressão, à medida que as autoridades tentam reduzir os níveis de alavancagem e aumentar os ratios de liquidez. Várias empresas do setor entraram em incumprimento, incluindo a gigante imobiliária Evergrande.

“Resta ver como as autoridades vão lidar com a crise [do setor imobiliário]”, disse Soros. “A situação atual não parece promissora para Xi”, acrescentou.

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José Pedro Pinto é o novo general manager da Arval Portugal

O profissional sucede a Roberto da Fonseca, que terá uma nova função no Grupo na área de relações internacionais com as marcas automóveis.

José Pedro Pinto, general manager da Arval Portugal.

A Arval acaba de nomear José Pedro Pinto como general manager da filial portuguesa, sucedendo a Roberto da Fonseca, que terá uma nova função no Grupo na área de relações internacionais com as marcas automóveis. O novo general manager ingressou no Grupo BNP Paribas em 2004.

“Estou muito orgulhoso deste novo desafio e também consciente da grande responsabilidade de continuar o excelente legado deixado por Roberto da Fonseca que, nos últimos anos, juntamente com esta grande equipa, conseguiu fazer crescer o negócio da Arval em mais de 50%”, afirma José Pedro Pinto.

“Estou muitíssimo empenhado em continuar esta trajetória de sucesso da Arval em Portugal. Em conjunto com esta magnífica equipa e com os nossos parceiros, iremos prosseguir esta trajetória oferecendo as melhores soluções de mobilidade aos nossos clientes, com um claro compromisso em ajudá-los na sua transformação energética e contribuir para uma mobilidade mais sustentável no nosso país”, acrescenta, citado em comunicado.

Licenciado em gestão de empresas na Universidade Católica, José Pedro Pinto iniciou a sua carreira na área da auditoria financeira, na Ernst & Young, onde se manteve durante sete anos. Em 2004 transitou para o Grupo BNP Paribas, integrando o comité executivo do BNP Paribas Personal Finance Portugal em 2010 como chief risk officer e, dois anos depois, como chief operations officer. Em 2016 foi convidado para membro do conselho de administração do Banco BNP Paribas Personal Finance e passa a liderar as áreas comerciais e de marketing. Após 17 anos na área do crédito ao consumo, José Pedro Pinto transita agora para o negócio de gestão de frotas, na Arval.

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BPI triplica lucros para 307 milhões. Paga dividendo de 194 milhões ao Caixabank

O BPI registou lucros de 307 milhões de euros em 2021, quase triplicando o resultado face aos 105 milhões obtidos um ano antes. Vai pagar um dividendo de 194 milhões ao espanhol Caixabank.

O BPI registou lucros de 307 milhões de euros em 2021, quase triplicando face aos 105 milhões obtidos um ano antes, com Portugal e o dividendo de Angola a contribuírem decisivamente para a subida do resultado. “Os resultados saíram acima das nossas expectativas”, admitiu o CEO João Pedro Oliveira e Costa na apresentação das contas anuais.

Na atividade em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI ascendeu a 200 milhões, acima dos 84 milhões registados em 2020. O banco teve custos não recorrentes de 179 milhões de euros com antecipadas e rescisões voluntárias. Já o banco angolano BFA contribuiu com 106 milhões de euros, incluindo o dividendo de 40 milhões e outros 50 milhões de distribuição de reservas reconhecidos em resultados. O moçambicano BCI deu 23 milhões.

Oliveira e Costa anunciou que, por conta destes resultados, vai pagar um dividendo de 194 milhões de euros ao espanhol Caixabank. O banco já aprovou uma proposta de payout de 50% dos resultados em Portugal e de 100% das participadas em Angola e Moçambique.

Do ponto de vista operacional, a margem financeira (diferença entre juros pagos e juros cobrados) cresceu 1,2% para 456 milhões de euros e as comissões dispararam 17,7% para 288 milhões de euros. Tudo somado, o produto bancário comercial aumentou 7,4% para 769 milhões de euros.

“Baixo crescimento da margem financeira? Se a mantivermos vai ser fantástico, vamos ver como sairão os outros bancos. Com taxas de juro negativas e com os depósitos a preencheram grande parte dos balanços, não há milagres“, reconheceu Oliveira e Costa.

“Ano extraordinário” no crédito para a compra de casa

João Oliveira e Costa explicou que o aumento do negócio (mais crédito e fundos de investimento) ajudou a aumentar o negócio. Aliás, o CEO do banco conta de um “ano extraordinário” no crédito para a compra de casa: cresceu 9% para 13,1 mil milhões. O banco deu 2,4 mil milhões para aquisição de casa, “um recorde histórico” que o presidente do BPI associa à rapidez do processo no banco em termos de decisão e execução e também à forte ligação aos mediadores mobiliários. O crédito a empresas aumentou 4,5% para 10,5 mil milhões.

Por outro lado, também aumentou os recursos de clientes em 9% para 40,3 mil milhões. Não só os depósitos aceleraram 11% para 28,9 mil milhões, como também nos fundos de investimento e seguros de capitalização se aumentou os ativos sob gestão em 18,2% e 5,9%, ajudando a melhorar o negócio do banco.

Em termos de qualidade do crédito, o rácio de NPE (non performing exposures) situou-se em 1,6%, o que se traduz numa redução de 0,1 pontos em termos anuais, com o BPI a reclamar que “mantém o melhor rácio NPE do setor financeiro em Portugal”.

O banco dá ainda conta de uma recuperação da rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) recorrente na atividade doméstica no ano passado, situando-se nos 6,8% (acima dos 2,7% em dezembro de 2020).

No que diz respeito aos quadros e rede comercial, o BPI fechou 2021 com 4.478 trabalhadores (-144 em relação a 2020) e 349 unidades comerciais, na sua grande maioria balcões (297).

(Notícia atualizada às 12h16)

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Linha de crédito bonificada para pesca reforçada em dez milhões de euros

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

Dotação inicial esgotou por causa da elevada procura. Esta quarta-feira, portaria do Governo vem reforçar a medida com mais dez milhões de euros para apoiar operadores do setor da pesca.

O Governo reforçou em dez milhões de euros a linha de crédito bonificada da pesca, elevando para 345 mil euros brutos o montante por beneficiário, e prolongou até 30 de junho a contratação destes empréstimos, segundo portaria publicada.

Criada quase há dois anos, com uma dotação inicial de 20 milhões de euros e um limite de 120 mil euros brutos por beneficiário, a linha de crédito com juros bonificados para operadores da pesca esgotou pela segunda vez, depois de há um ano, em abril de 2021, ter sido reforçada com 20 milhões de euros, elevando para 270 mil euros brutos o montante total a atribuir por beneficiário.

Essas verbas esgotaram-se “devido à elevada adesão”, explica o Governo no diploma publicado esta quarta-feira, lembrando que a Comissão Europeia aprovou uma alteração ao quadro temporário relativo às medidas de auxílio estatal aumentando o limite máximo de auxílio a conceder por empresa ativa no setor das pescas e da aquicultura, sendo por isso necessário alterar os valores definidos pelo Governo em abril de 2021.

“O montante de crédito a conceder ao abrigo da presente portaria é dez milhões de euros, que acresce aos 40 milhões de euros concedidos até à entrada em vigor da mesma, perfazendo um montante global de crédito de 50 milhões de euros”, lê-se na portaria, determinando que o montante total do auxílio a atribuir não pode exceder 345 mil euros brutos por beneficiário, de acordo com o quadro temporário relativo a medidas de auxílio estatal em apoio da economia no atual contexto do surto de Covid-19.

“Sem prejuízo dos contratos de empréstimo já formalizados até à data de entrada em vigor da presente portaria, os empréstimos são formalizados por contrato escrito, em termos a definir pelo IFAP, celebrado entre as instituições de crédito ou demais entidades habilitadas por lei à concessão de crédito e os beneficiários (…) até 30 de junho de 2022”, determina ainda.

Esta linha de crédito destina-se a aquisição de fatores de produção ou fundo de maneio ou tesouraria, como liquidação de impostos, pagamento de salários e renegociação de dívidas a fornecedores.

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Sónia Gemas Donário reforça equipa da Abreu Advogados

Sónia Gemas Donário reforçou a equipa da área de prática de Concorrência, Regulação e União Europeia e o setor de Artes e Entretenimento da Abreu Advogados.

A Abreu Advogados reforçou a equipa da área de prática de Concorrência, Regulação e União Europeia e o setor de Artes e Entretenimento com a integração da nova sócia contratada Sónia Gemas Donário. A advogada transita do escritório Albuquerque & Almeida Advogados.

“A integração da Sónia Gemas Donário reflete o posicionamento estratégico da Abreu e o nosso olhar sobre o futuro, com a aposta nos mais promissores talentos da advocacia nacional e no reforço de áreas estratégicas e com um potencial de crescimento muito relevante. A Sónia é uma advogada multifacetada, com um trabalho de qualidade na área de Concorrência e das Artes e que vem incrementar a nossa capacidade de resposta nestes temas, permitindo uma abordagem ainda mais próxima e personalizada junto dos nossos clientes, com o rigor e excelência de sempre”, destaca Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Sónia Gemas Donário tem uma vasta experiência nas áreas de Direito da Concorrência e Direito da União Europeia. Estagiou no Tribunal de Justiça da União Europeia e foi jurista na Autoridade da Concorrência, entidade que representou em vários Grupos de Trabalho junto da Comissão Europeia. Tem ainda uma larga experiência no setor cultural, assessorando várias empresas relevantes na área do entretenimento e associações culturais em temas relacionados com o Direito da Arte e do Património Cultural.

Do percurso académico de Sónia Gemas Donário destacam-se ainda as pós-graduações em “Direito da Energia”, pela FDUL, em “Direito Europeu e Direito de Integração” pelo Instituto Europeu da FDUL; em “Regulação Pública e Concorrência” no Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; em “Direito da Contratação Pública” pela FDUL e em “Mercado da Arte e Colecionismo” na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

“É uma grande satisfação poder integrar a equipa da Abreu Advogados e contribuir para o crescimento de uma das principais sociedades de advogados independentes em Portugal. A identidade da Abreu vai além dos serviços jurídicos que presta aos seus clientes e integra uma cultura, missão e propósito diferenciados, que promovem um olhar sobre um futuro sustentável e sobre a comunidade que a rodeia. São valores com que me identifico e que tenho defendido ao longo da minha carreira, pelo que esta minha integração na Abreu, mais do que um orgulho, é um fator de motivação para poder fazer cada vez mais e melhor”, explicou Sónia Gemas Donário.

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Concurso para prospeção de lítio avança, mas apenas em seis locais e com metade da área inicial

Nos próximos 60 dias deverá avançar o concurso para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio às empresas, para avançarem no terreno, anunciou o Governo.

O Governo anunciou esta terça-feira que a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) concluiu que em seis áreas analisadas há condições para se avançar com a prospeção e pesquisa de lítio.

Só depois de um primeiro procedimento concursal e da fase de prospeção (num prazo máximo de cinco anos) é que poderá iniciar-se a exploração de lítio propriamente dita, sendo que, nessa fase, cada um dos projetos será ainda sujeito a Avaliação de Impacto Ambiental.

Segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) num comunicado, nos próximos 60 dias poderá avançar o concurso para atribuição de direitos às empresas para que avancem com os trabalhos no terreno.

No início eram oito as áreas com potencial de existência de lítio. Agora, nos seis locais dados como viáveis, é proposta uma redução de área inicial para metade, avança o MAAC.

Os locais que irão a concurso serão então:

  • Masseieme (Pinhel, Trancoso, Mêda, Almeida)
  • Guarda-Mangualde C
  • Guarda-Mangualde E
  • Guarda-Mangualde W
  • Guarda-Mangalde NW
  • Seixoso Vieiros (Fafe, Felgueiras, Amarante, Guimarães, Mondim de Basto e Celorico de Basto)
Fonte DGEG

A Avaliação Ambiental Estratégica da DGEG concluiu que nas áreas “Arga” (Serra d’Arga, Alto Minho) e “Segura” (Idanha a Nova, Castelo Branco) as restrições ambientais “inibem a prospeção e consequente exploração”, ficando assim fora do objeto do futuro concurso.

“No caso da área denominada “Arga”, verifica-se que, perante a sua expectável classificação como Área Protegida, mais de metade da superfície é considerada interdita ou a evitar. Na área denominada “Segura”, a prevista redefinição de limites da Zona de Proteção Especial do Tejo Internacional conduziu à sua exclusão”, justifica o ministério no mesmo comunicado.

Nas restantes seis áreas, foram excluídas zonas de maior densidade urbana, funcional e demográfica, tendo ocorrido uma redução de 49% da área total inicialmente sujeita a Avaliação Ambiental.

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Natixis abre 80 vagas para estágios em tecnologia e finanças no Porto

Banco francês procura finalistas de Informática, Economia, Gestão, Contabilidade, Finanças, Relações Internacionais, Direito e Recursos Humanos para estagiar no centro de desenvolvimento em Portugal.

A Natixis anunciou esta quarta-feira a abertura de 80 vagas para estudantes finalistas em Informática, Economia, Gestão, Contabilidade, Finanças, Relações Internacionais, Direito e Recursos Humanos que sejam fluentes em inglês e que queiram realizar o estágio curricular entre março e julho, num modelo híbrido, no escritório do Porto.

As candidaturas à terceira edição do programa de recrutamento Purple Scan, dedicada a perfis juniores nas áreas de tecnologias de informação (TI) e Finanças, estão abertas até 4 de março e podem ser apresentadas na plataforma do grupo financeiro de origem francesa, que fornece soluções de suporte às operações globais a partir de Portugal.

Na lista de condições oferecidas aos estagiários, a Natixis inclui um “espaço de trabalho flexível e moderno” localizado no centro da cidade Invicta; um contexto de trabalho multicultural; uma oportunidade para o arranque de carreira; as parcerias com universidades; os programas em competências corporativas; e ainda metodologias dinâmicas de trabalho, com base na agilidade, na flexibilidade, no empreendedorismo e na criatividade.

Escritório da Natixis no Porto

“Ao longo do programa de estágios, os jovens profissionais são acompanhados de forma próxima, no sentido de aprenderem o mais possível sobre as várias áreas e projetos que desenvolvemos no nosso Centro de Excelência do Porto, contactando com equipas em todo o mundo. Queremos dar aos jovens estudantes a possibilidade de experienciarem um percurso de aprendizagem e a possibilidade de crescerem connosco, ajudando-nos a fazer crescer o projeto que temos para a empresa em Portugal”, resume Maurício Marques, diretor de Recursos Humanos, citado numa nota de imprensa.

Depois de ter estacionado em Lisboa durante a Web Summit, o Natixis Purple Bus vai circular nos dias 9 e 10 de fevereiro nos polos universitários da Asprela e do Campo Alegre, com o objetivo de dar a conhecer aos estudantes a empresa – é a divisão internacional de banca empresarial e de investimento, de gestão de ativos, de seguros e serviços financeiros do Groupe BPCE, o segundo maior grupo bancário em França – e também estas 80 vagas (60 nas áreas de TI e 20 nas atividades de suporte à atividade bancária).

De acordo com a informação enviada esta manhã às redações, esta iniciativa móvel de recrutamento vai terminar com um evento de networking de final de tarde nos escritórios da Natixis no Porto, gratuito e sujeito a inscrição através de formulário, no qual os estudantes finalistas vão ter a “oportunidade de conhecer as instalações e de experienciar um momento informal com as equipas”.

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Inflação na Zona Euro acelera para 5,1% em janeiro, um novo recorde

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

A taxa de inflação homóloga em janeiro atingiu um máximo de 5,1%, mantendo a tendência de subida após chegar aos 5% em dezembro de 2021. Em janeiro de 2021 a inflação estava nos 0,9%.

A taxa de inflação homóloga da Zona Euro registou, em janeiro, um novo máximo de 5,1%, segundo uma estimativa rápida do Eurostat divulgada esta quarta-feira. A tendência de subida de preços mantém-se desde o segundo semestre de 2021, puxados pelo setor da energia, tendo a inflação homóloga da Zona Euro atingido um novo recorde desde o início da série, em 1997.

De acordo com o serviço de estatísticas da União Europeia, os 5,1% de taxa de inflação homóloga comparam-se com os 0,9% de janeiro de 2021 e os 5% registados em dezembro.

Considerando as principais componentes da inflação da Zona Euro, a energia deverá apresentar a taxa homóloga mais alta em janeiro (28,6%, face aos 25,9% de dezembro de 2021), seguindo-se a alimentação, álcool e tabaco (3,6%, que se comparam com os 3,2% de dezembro), os serviços (2,4% estável face ao mês anterior) e os bens industriais não energéticos (2,3%, contra 2,9% de dezembro).

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Totta paga dividendo de 480 milhões ao Santander

Banco português vai pagar dividendos de 480 milhões de euros à casa-mãe por conta dos resultados de 2019. Admite aumentar pagamentos aos espanhóis ao longo do ano com base nos lucros de 2020 e 2021.

O Santander Totta vai pagar 480 milhões de euros em dividendos relativos aos resultados de 2019, anunciou o banco português esta quarta-feira. E abre a porta a mais cheques à casa-mãe espanhola ao longo deste ano.

“O banco vai retomar os dividendos. O banco remunera o trabalho e os depósitos, também tem de remunerar o investimento em capital“, adiantou o administrador financeiro, Manuel Preto, na conferência de apresentação de resultados.

“Não pagámos dividendos em 2020 nem em 2021, relativos aos exercícios de 2019 e 2020, fruto da recomendação do Banco Central Europeu (BCE). Isto provocou a subida do rácio Tier 1 para cima de 25%, que não faz sentido manter. A nossa primeira proposta para a assembleia geral de 28 de fevereiro diz respeito ao resultado de 2019, que foi de cerca de 480 milhões. É esse o dividendo”, acrescentou o responsável.

Durante a conferência de imprensa, Manuel Preto frisou ainda que o banco vai avaliar se há “capacidade e interesse para distribuir mais dividendos” ao longo do ano por conta dos lucros obtidos nos últimos dois anos.

O banco teve lucros de 296 milhões em 2020 e de 298 milhões em 2021 e parte dos resultados pode assim ser repartido pelo acionista espanhol.

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Descarbonização dos transportes é “impossível” sem biocombustíveis

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

Associação de Bioenergia Avançada diz que biocombustíveis são solução rápida, eficaz e inclusiva para descarbonizar transportes, pois “não [é necessário] mudar de carro nem novas infraestruturas".

A secretária-geral da Associação de Bioenergia Avançada (ABA), Ana Calhôa, considerou que os biocombustíveis são essenciais para a descarbonização dos transportes, por serem uma solução rápida e de acesso a todos, que permite reduzir emissões em cerca de 80%.

“O essencial é começarmos a reduzir o consumo que temos de combustíveis fósseis e substituí-los por outras fontes de energia e aí entra também a bioenergia avançada na incorporação dos combustíveis fósseis”, defendeu Ana Calhôa, em entrevista à Lusa.

A ABA, criada em 2019 para representar desde produtores de biocombustíveis (produzidos através de resíduos) até transformadores de resíduos, defende que a bioenergia avançada seja incluída como uma das soluções para a descarbonização do setor dos transportes.

“A promoção da bioenergia avançada é essencial nos biocombustíveis, para a descarbonização. Sem eles acho que é impossível fazê-la porque há várias soluções e algumas delas precisam ainda de muito tempo”, considerou a secretária-geral da ABA.

Ana Calhôa referiu que a neutralidade carbónica, para a qual a União Europeia estabeleceu como meta o ano de 2050, só será alcançada tendo em consideração as várias soluções que existem e defendeu que os biocombustíveis são uma das mais rápidas, eficazes e inclusivas.

“Não necessitamos de mudar de carro, não necessitamos de novas infraestruturas e conseguimos a descarbonização nos transportes, ou seja, damos acesso a que seja possível que todos nós sejamos sustentáveis e eu acho que isso é uma vantagem enorme, enquanto esperamos por outras soluções”, argumentou.

A responsável sublinhou que os biocombustíveis conseguem reduzir as emissões de carbono em cerca de 83% face aos combustíveis fósseis, pelo que, quanto maior a sua incorporação, mais rápido se conseguirá atingir a neutralidade carbónica.

Para a aposta na bioenergia avançada, Ana Calhôa destacou a importância da transposição da nova Diretiva das Energias Renováveis para a legislação nacional, que deveria ter entrado em vigor a no dia 1 de janeiro deste ano, mas que, segundo a responsável da ABA, “irá para consulta pública em breve”. “Aí, sim, vão ser definidas concretamente as metas, vão ser definidas uma série de linhas e caminhos com os quais Portugal vai fazer a sua transição energética”, explicou Ana Calhôa.

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Lucro do Abanca duplica para 323 milhões de euros em 2021

Banco espanhol viu os lucros aumentarem 100% no ano passado, com o ritmo de produção a superar os níveis pré-pandemia. Volume de negócios excedeu os 108 mil milhões de euros.

Depois de uma queda abrupta dos lucros em 2020, o Abanca recuperou e viu o resultado líquido duplicar para 323,3 milhões de euros em 2021. Em comunicado, o banco espanhol refere que foi um ano “marcado pela melhoria da rentabilidade estrutural e pelos progressos realizados em matéria de sustentabilidade”, apesar de todo o contexto de “grande complexidade” provocado ainda pela pandemia.

O resultado líquido obtido em 2021 foi sustentado pelo aumento de 6,2% das receitas recorrentes. A margem recorrente subiu 33,1% para 241 milhões de euros e a incorporação do Bankoa e do negócio do Novo Banco em Espanha também contribuíram para melhorar a rentabilidade estrutural. O volume de negócios excedeu os 108 mil milhões de euros depois de registar um crescimento anual de 18,8%.

Em 2021, lê-se no comunicado, a atividade do Abanca “recuperou os níveis pré-crise nas principais linhas de negócio”. Aqui, a instituição destaca que as formalizações de crédito à habitação cresceram 40,9%, as formalizações de crédito a empresas e particulares 9,5%, as subscrições líquidas de fundos de investimento triplicaram e o volume gerido através do serviço de gestão discricionária de carteiras duplicou no exercício.

Portugal “registou também uma evolução positiva, ultrapassando as previsões estabelecidas para o ano: as formalizações de crédito à habitação foram 58% superiores ao objetivo e as captações de recursos fora do balanço ficaram 26% acima do esperado”, refere o comunicado.

As subscrições líquidas de fundos de investimento triplicaram em relação a 2019 devido a ações como o lançamento de produtos sustentáveis e o serviço de gestão discricionária de carteiras. O rácio de capital total foi de 16,9% e o excedente sobre os requisitos regulatórios foi de 1.527 milhões de euros.

O Abanca alcançou mais de 1,1 milhões de utilizadores no final de 2021, com as transações online a representarem 69,9% do total.

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