Após seis anos à espera, lesados da PT já não receberão em agosto primeiro reembolso da Oi

Credores portugueses da Oi escolheram em 2018 uma modalidade de reembolso que começaria a ser paga no próximo mês de agosto. Agora, alguns poderão só receber o dinheiro daqui a duas décadas.

Os obrigacionistas portugueses da Oi, lesados da antiga Portugal Telecom, já não receberão em agosto a primeira tranche do reembolso do dinheiro que investiram, frustrando seis anos de expectativa nesse sentido, tendo de optar por uma das novas modalidades de pagamento até ao dia 1 de julho.

É esse o efeito da homologação pela Justiça brasileira do novo Plano de Recuperação Judicial da Oi a 28 de maio, explicou ao ECO o advogado Ricardo Marques Candeias, da Candeias & Associados, que representa vários portugueses nesta situação. O plano pode deixar alguns dos investidores com créditos mais avultados mais duas décadas à espera para verem o seu dinheiro.

Em causa estão antigos obrigacionistas da PT e Portugal Telecom International Finance (PTIF), atuais credores da Oi, que, em 2018, aderiram à modalidade de pagamento a 12 anos, aceitando um período de carência de seis anos e um corte de 50% do crédito para serem reembolsados em tranches ao longo de seis anos, a partir de agosto de 2024, com um juro de 6%. Tal já não irá acontecer.

A Oi avançou em 2023 para um novo processo de recuperação judicial e apresentou em fevereiro um novo plano com novas modalidades de pagamento, a faltar meio ano para o fim do período de carência a que estavam sujeitos os credores portugueses. Os credores da Oi, como um todo, onde estão incluídos grandes fundos, aprovaram em abril o novo plano, agora homologado pela Justiça do Brasil.

“Foi homologado no dia 28 de maio pelo Tribunal do Rio de Janeiro o plano de recuperação judicial da Oi de 19 de abril de 2024. Isto significa que teve início o prazo para que os obrigacionistas portugueses possam optar por uma das modalidades de reembolso. O prazo termina no dia 1 julho. Os lesados da PT que se encontravam na modalidade de pagamento a 12 anos já não irão receber a primeira tranche em agosto de 2024″, disse ao ECO, por email, o advogado Ricardo Marques Candeias.

Quais as opções no horizonte destes credores? Depende do montante que lhes é devido pela Oi. Para os créditos até 10 mil dólares, inclusive, “podem optar por receber até 31 de dezembro de 2024, sem incidência de juros ou correções, a totalidade do seu crédito”. Os créditos até 20 mil dólares, inclusive, “podem optar por receber até 31 de dezembro de 2026, sem incidência de juros ou correções, a totalidade do seu crédito”.

Já os credores com montantes mais elevados a receber, acima dos 20 mil dólares, terão de participar num financiamento de até 655 milhões de dólares à Oi se não quiserem sofrer perdas, cujo reembolso é feito no final de dezembro de 2028, com juros capitalizados a 8,5%. Parte do financiamento é reembolsado e o remanescente aplicado num aumento de capital que levará a que estes credores se tornem acionistas. Ou seja, “se pretenderem investir de novo, poderão começar a receber parte dos seus créditos em 2028 e a outra parte em ações”, explica o advogado.

Mas “se não pretenderem investir mais na Oi, começam a receber em 2044 e com eventual termo em 2050. Neste caso, a Oi poderá exercer opção de pré-pagamento sobre estes 92%, por meio de pagamento de 10%, com juros capitalizados, desde que preenchidos certos pressupostos contratuais”, continua.

Há ainda uma modalidade de pagamento geral, com carência até ao final de dezembro de 2048. A primeira amortização e subsequentes quatro ocorrerão em parcelas anuais, iguais e sucessivas, até dezembro de 2052, sem juros, caso se opte por receber em dólares ou euros. A Oi tem ainda a opção de antecipar estes pagamentos através do pagamento de 15% do capital e juros capitalizados, explica o advogado.

Em fevereiro, o ECO questionou a Oi sobre os efeitos do novo plano nos obrigacionistas portugueses, mas a empresa não quis comentar.

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CCA aposta em nova área dedicada a Direito da União Europeia e da Concorrência

Diana Brioso Gonçalves assumirá a coordenação da nova área da CCA dedicada a Direito da União Europeia e da Concorrência.

A CCA Law Firm vai apostar numa nova área dedicada a Direito da União Europeia e da Concorrência. A advogada Diana Brioso Gonçalves assumirá a coordenação da área.

“Em linha com a sua contínua visão de crescimento e inovação, a CCA Law Firm anuncia a expansão da equipa de Contencioso & Arbitragem, com a aposta numa nova área de especialidade dedicada a apoiar os seus clientes em assuntos de Direito da Concorrência e Direito da União Europeia“, revela o escritório.

Sobre Diana Brioso Gonçalves, a CCA assume que a contratação assenta num “pilar estratégico” para o desenvolvimento da nova área, “permitindo uma abordagem mais abrangente em questões complexas de concorrência e regulamentação da União Europeia, fortalecendo o apoio jurídico oferecido aos clientes”.

Um regresso a Portugal com uma oportunidade extremamente aliciante. A CCA Law Firm preserva os valores de excelência e de rigor que marcam a sua génese e, ao mesmo tempo, enquadra o exercício da profissão num contexto inovador, tecnológico, internacional, com um crescimento sustentado focado nas pessoas, e na retenção do melhor talento. Integrar um projeto com este ADN, e poder somar-lhe a minha experiência, é um privilégio”, disse Diana Brioso Gonçalves.

Em comunicado, Domingos Cruz, managing partner da CCA Law Firm, revela que esta aposta é um reflexo do compromisso do escritório em reforçar as suas competências e fortalecer o apoio jurídico prestado aos clientes. “A individualização desta nova área integra-se num plano estratégico mais amplo, com vista a uma permanente antecipação das necessidades do mercado”, acrescenta.

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BCE revê em alta crescimento para a Zona Euro e coloca PIB a crescer 0,9% em 2024

O crescimento do PIB mais prenunciado em 2024 será “apoiado pelo aumento dos rendimentos das famílias, pela procura externa e por uma certa recuperação do investimento empresarial”, antecipa o BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) está mais otimista para a economia da área do euro do que estava em março. Segundo as mais recentes projeções económicas da entidade liderada por Christine Lagarde, o PIB real da Zona Euro deverá crescer 0,9% este ano, mais 0,3 pontos percentuais do que o BCE estimava há três meses.

“A economia da área do euro recuperou no início de 2024 mais do que o esperado nas projeções de março de 2024 elaboradas por especialistas do BCE, com um impulso do comércio líquido e do aumento das despesas das famílias”, justifica o BCE num relatório publicado esta quinta-feira, apontando agora para “a continuação do crescimento a curto prazo a um ritmo mais elevado do que o anteriormente previsto.”

Os técnicos da autoridade monetária da área do euro referem ainda que o crescimento do PIB ao longo deste ano deverá ser “apoiado pelo aumento dos rendimentos das famílias, pela procura externa e por uma certa recuperação do investimento empresarial.”

Foi justamente sustentado nas conclusões deste relatório que a presidente do BCE, no decorrer da conferência de imprensa após o anúncio do primeiro corte de 25 pontos base das taxas diretoras em quase cinco anos, referiu “esperar que a economia continue a recuperar” e que a “recuperação deverá ser apoiada pelo aumento dos rendimentos reais”.

No entanto, as novas previsões do PIB da área do euro para 2025 ficam 0,1 pontos percentuais abaixo das projeções de março, com os especialistas da entidade monetária da Zona Euro a preverem agora um crescimento real da economia do euro de 1,5% no próximo ano.

Também com uma revisão em alta (se bem que de forma mais moderada) estão as projeções do BCE para a inflação em 2024 e também em 2025. Medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), os especialistas do BCE antecipam que, após atingir 5,4% em 2023, a inflação abrande para 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026. Estas previsões indicam uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais para 2024 e 2025, “refletindo, sobretudo, preços mais elevados das matérias-primas energéticas e uma pressão salarial mais forte”, lê-se no relatório.

A inflação subjacente (excluindo bens energéticos e os bens alimentares) também deverá seguir uma trajetória descendente nos próximos anos, segundo as novas projeções do BCE, atingindo 2,8% em 2024, 2,2% em 2025 e 2% em 2026. “Esta tendência reflete uma moderação nos preços dos serviços, que deverão permanecer acima da média histórica durante o período de projeção”, apontam os técnicos da autoridade monetária da área do euro.

No mercado de trabalho da Zona Euro, o BCE antecipa que a taxa de desemprego se situe estável, em torno dos 6,5% em 2024 e 2025, e possa cair para um mínimo histórico de 6,3% em 2026. Estas previsões foram revistas em baixa em 0,2 pontos percentuais em média ao longo do horizonte de projeção, refletindo dados recentes mais positivos e uma perspetiva de emprego mais robusta.

Taxa de desemprego da Zona Euro

No plano fiscal e orçamental dos 20 Estados-membros que constituem a Zona Euro, a entidade liderada por Christine Lagarde prevê um “aperto gradual”, especialmente em 2024, devido à retirada de uma parte significativa das medidas de apoio aos combustíveis e mitigação da subida da inflação, que foram introduzidos em 2022.

“Para 2025 e 2026, prevê-se um novo aumento da restritividade da orientação orçamental, embora a um ritmo muito mais lento, devido a uma nova redução do apoio à energia remanescente em 2025, a um crescimento mais lento dos subsídios e de outras transferências orçamentais e a algumas medidas do lado da receita”, lê-se ainda no comunicado do BCE.

Essas movimentações contribuirão para, segundo as previsões dos especialistas do BCE, melhorar o défice orçamental da área do euro, descendo de 3,1% do PIB este ano para 2,8% em 2025 e 2,6% em 2026 – estas projeções foram revistas ligeiramente em alta para 2026, refletindo um saldo orçamental estrutural melhorado e uma componente cíclica mais favorável.

 

 

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Manuel Pinho diz que condenação serviu para evitar “terramoto da justiça”

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

O ex-ministro da Economia alegou que o tribunal do caso EDP condenou-o em julgamento "com base em convicções", ignorando os depoimentos das testemunhas e por forma a evitar um "terramoto da justiça".

O ex-ministro da Economia Manuel Pinho alegou esta quinta-feira que o tribunal do caso EDP condenou-o em julgamento “com base em convicções”, ignorando os depoimentos das testemunhas e por forma a evitar um “terramoto da justiça”.

Manuel Pinho falava à saída do tribunal após ter sido condenado a 10 anos de prisão por corrupção passiva para ato ilícito, branqueamento de capitais e fraude fiscal, num processo em que também foram condenados o ex-banqueiro Ricardo Salgado (seis anos e três meses de prisão) e a mulher do governante, Alexandra Pinho, a quatro anos e oito meses de prisão, com pena suspensa.

O que se passou aqui (em julgamento) não tem rigorosamente nada a ver com a sentença”, contrapôs o antigo ministro do governo de José Sócrates, justificando que o tribunal preferiu condená-lo por uma razão: “Evitar um terramoto na justiça”.

No entender de Manuel Pinho, seria muito complicado para a justiça absolvê-lo num processo cujo inquérito foi aberto em 2012 e em que ele está há quase dois anos e meio em prisão domiciliária.

O ex-ministro considerou que o tribunal tomou uma decisão que ignorou o que as 120 testemunhas disseram em julgamento, acentuando que “não houve uma única testemunha que apoiasse a tese (acusatória) do Ministério Público”.

“Tenho a certeza absoluta que depois dos recursos chegarão à conclusão que não cometi nenhum crime”, adiantou Manuel Pinho, criticando ainda o tribunal por acreditar em prova indireta. Lamentou também que “os julgamentos sejam um totobola, não se baseando em prova produzida” em audiência.

Ricardo Sá Fernandes, advogado de Manuel Pinho, anunciou aos jornalistas que “já interpôs recurso” da pena de 10 anos de prisão que, disse, “obviamente é uma pena muito pesada”.

O tribunal reportou-se a uma realidade virtual. Assentou esta condenação em presunções mal extraídas, mal concebidas e que resultam de preconceitos com que se abordam este assunto“, criticou o advogado, considerando que perante uma “sentença tão má e tão mal construída” talvez isso “facilite o recurso” da defesa para o Tribunal da Relação de Lisboa.

“Acredito que se tivermos sorte na Relação e o processo for distribuído a quem olhe e avalie (os factos) possamos reverter a decisão“, disse Ricardo Sá Fernandes, afirmando estar “confiante que pode dar a volta a este resultado negativo ao intervalo”.

O advogado reiterou que Manuel Pinho “não foi corrompido” e que a decisão do tribunal é “exemplarmente má porque está mal fundamentada”.

O combate à corrupção não é isto”, frisou Ricardo Sá Fernandes, alegando que a justiça não se pode transformar num jogo em que os “preconceitos vencem”.

O tribunal deu como provada a existência de um pacto corruptivo entre Manuel Pinho e Ricardo Salgado, com vista à defesa e promoção dos interesses do Grupo Espírito Santo (GES) enquanto o primeiro esteve no Governo, entre 2005 e 2009.

Numa leitura resumida do acórdão de cerca de 700 páginas, a juíza-presidente sublinhou ainda que Manuel Pinho e Alexandra Pinho receberam cerca de 4,9 milhões de euros no âmbito das contrapartidas estabelecidas neste acordo.

“Sabia ainda o arguido Manuel Pinho que ao aceitar as vantagens pecuniárias que não lhe eram devidas mercadejava com o cargo público, pondo em causa a confiança pública”, afirmou a juíza, realçando que Ricardo Salgado e Manuel Pinho “sabiam que lesavam a imagem da República e atentavam contra a confiança do cidadão” com as suas condutas.

Ana Paula Rosa considerou também “inverosímeis, incoerentes e ilógicas” as declarações de Manuel Pinho em tribunal para explicar as situações que lhe eram imputadas pela acusação do MP.

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Funcionários consulares vão protestar na Suíça contra “injustiça salarial”

Funcionários consulares portugueses a trabalhar na Suíça, Alemanha e França dizem ter os "salários nivelados pelo índice mais baixo das novas tabelas salariais".

Os funcionários consulares que estão a exercer funções na Suíça, França e Alemanha têm vindo a reivindicar contra o que chamam de uma “injustiça salarial”, por terem sido colocados na categoria “extra-tabela”. Perante a falta de resposta do Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiram fazer protestos durante a visita do primeiro-ministro e do Presidente da República à Suíça.

Um grupo de 34 funcionários enviou uma missiva a Marcelo Rebelo de Sousa onde “solicitam que este intervenha junto do Governo para eliminar este atentado a direitos adquiridos e interesses protegidos, assegurando a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições”, segundo indicam numa nota enviada às redações.

“Estes funcionários, muitos dos quais com décadas de serviço, foram relegados para a categoria pouco dignificante de “extra-tabela”, vendo agora os seus salários nivelados pelo índice mais baixo das novas tabelas salariais, apesar de se encontrarem anteriormente no topo da carreira”, indicam.

Como não tiveram resposta do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o grupo de funcionários vai aproveitar a deslocação do Presidente da República e do Primeiro-Ministro à Suíça no próximo dia 11 de junho, para “desencadear ações de protesto durante essas ocasiões”. “Estes protestos, embora inevitáveis, não serão agradáveis e têm como objetivo exigir que lhes seja feita justiça e que cesse o vexame a que estão a ser submetidos”, assume o grupo de funcionários.

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Ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques vai presidir ao Conselho Estratégico da BTL

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

O presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, justificou o convite a Rita Marques destacando "a vasta experiência e competência" da ex-governante no setor.

A Fundação AIP anunciou esta quinta-feira que escolheu a ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques para a presidência do Conselho Estratégico da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

A entidade promotora da BTL refere, em comunicado, que o Conselho Estratégico é um órgão consultivo, que “reunirá personalidades de reconhecido mérito e experiência profissional e que terá como missão contribuir para o desenvolvimento de uma estratégia” que permita ao evento anual “consolidar e desenvolver a sua posição como um dos principais eventos do setor turístico na Europa, bem como garantir o seu alinhamento com o mercado e com os objectivos das empresas e entidades que nela participam”.

Na mesma nota, o presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, justificou o convite a Rita Marques destacando “a vasta experiência e competência” da ex-governante no setor. “A Rita Marques traz uma visão inovadora e um conhecimento profundo das dinâmicas do turismo nacional e internacional”, refere Rocha de Matos.

Já, Rita Marques, citada no comunicado, sublinhou a importância da BTL para o desenvolvimento do turismo em Portugal, referindo ter aceitado “este desafio com grande honra e sentido de responsabilidade”.

De acordo com a organização, a última edição da BTL, que decorreu entre 28 de fevereiro e 03 de março e obteve os melhores resultados de sempre, contou com mais de 79.000 visitantes, mais de 1.500 expositores, 85 destinos internacionais, 200 ‘Hosted Buyers’ oriundos de 42 mercados emissores que realizaram mais de 2.800 reuniões com empresas e entidades portuguesas.

A BTL é “um evento crucial para a promoção do nosso turismo e estou empenhada em contribuir para que se torne ainda mais relevante e inovador”, acrescentou Rita Marques, destacando ainda a importância de “adotar estratégias que respondam às novas tendências e exigências do mercado turístico global”. A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa vai realizar-se de 12 a 16 de março de 2025 na FIL – Parque das Nações, em Lisboa.

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Quase 90% dos 252.209 eleitores inscritos votaram antecipadamente

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

Os dados foram transmitidos pelas 308 câmaras municipais e dizem respeito aos votantes no território continental e nas ilhas, de acordo com o MAI.

Quase 90% dos 252.209 eleitores inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito no domingo, disse esta quinta-feira à agência Lusa o Ministério da Administração Interna (MAI). O número de eleitores que votaram antecipadamente para as eleições europeias fixou-se em 225.039, correspondendo a 89% dos 252.209 inscritos, precisou a mesma fonte.

Os dados foram transmitidos pelas 308 câmaras municipais e dizem respeito aos votantes no território continental e nas ilhas, de acordo com o MAI. Para votar em mobilidade para as europeias inscreveram-se 252.209 eleitores, mais 20% do que os 208.007 que optaram pelo voto antecipado nas últimas eleições legislativas, de 10 de março passado.

No passado domingo, quem se tinha inscrito até ao dia 30 de maio, poderia votar no município que escolheu quando solicitou o voto antecipado. O eleitor inscrito para votar antecipadamente mas que não tenha conseguido fazê-lo poderá ainda exercer o seu direito cívico no dia das eleições, 9 de junho, em qualquer mesa de voto à sua escolha em Portugal e no estrangeiro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, que escolherão 21 dos 720 eurodeputados. Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

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Fundos europeus são precisos e devem ser bem utilizados, diz Elisa Ferreira

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

"Havendo fundos, temos de ser exigentes e utilizá-los da maneira mais inteligente e estratégica possível, disse Elisa Ferreira numa ação de campanha do PS para as eleições europeias.

A Comissária europeia responsável pela Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, defendeu esta quinta-feira que os fundos comunitários são necessários e que devem ser utilizados “cada vez melhor”, de maneira “mais inteligente e estratégica possível”.

“São precisos e são tão precisos quanto nós temos a responsabilidade de os utilizar cada vez melhor e essa responsabilidade, sejamos claros, não é dos governos. É de todos quantos recebem fundos“, sustentou.

A comissária europeia, Elisa Ferreira, juntou-se a uma ação de campanha da cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, que decorreu durante a manhã no Mercado Municipal da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra.

“A questão neste momento é ter fundos ou não ter fundos. O centro esquerda considera que há mercado, mas tem de se proteger as pessoas e o mercado tem de servir as pessoas. E é isso que justifica o apoio dos fundos: se queremos ter fundos, temos de proteger esta dimensão europeia”, sustentou.

Aos jornalistas, a comissária europeia evidenciou que a direita “mistura um argumento que vai neste sentido, com argumentos em que se diz os fundos já não são precisos”.

Havendo fundos, temos de ser exigentes e utilizá-los da maneira mais inteligente e estratégica possível. Tratar e utilizar bem os fundos é absolutamente essencial, mas ter fundos é uma pré-condição para que isso aconteça, se nós deixarmos o argumento deslizar completamente, nós chegamos a um ponto em que a direita diz acabaram-se os fundos, que não são precisos”, concluiu.

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Code for All lança formação em IA para o setor jurídico

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 6 Junho 2024

A utilização de ferramentas de Inteligência Artificial permite aos advogados libertarem-se das tarefas de menor valor acrescentado.

A Code for All desenvolveu uma formação específica para advogados e outros profissionais do setor jurídico que cobre os conceitos básicos e a utilização das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) que estão a ser implementadas pelos escritórios, clientes e outros stakeholders.

À medida que a IA continua a revolucionar vários setores, o setor jurídico não é exceção e a formação dos profissionais em ferramentas de IA é chave e uma competência que em breve – senão já hoje – é uma condição de exercício da profissão.

A questão da eficiência é crítica para a competitividade dos escritórios e do setor. Mas trata-se também de um tema de desenvolvimento do talento: a IA deve ser vista como uma ferramenta de eficiência e a que melhor permite aos advogados e profissionais do setor jurídico libertarem-se das tarefas de menor valor acrescentado.

A Code for All conta na sua lista de clientes com marcas de referência do setor, como a PLMJ, a Morais Leitão, a CCA e a EY, entre outros. A equipa de formadores inclui backgrounds de Direito, bem como especialistas nas ferramentas mais relevantes.

A primeira edição do curso para profissionais jurídicos arranca em julho, com uma segunda programada para setembro.

Code for All lança formação em IA para o setor jurídico

O programa inclui:

  • Introdução à Inteligência Artificial
  • Legal prompting
  • Microsoft 365 Copilot
  • Outras ferramentas legais relevantes
  • Riscos, deontologia e ética

Mais informações sobre o programa, formadores e inscrições aqui.

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“Chumbos” de alunos imigrantes estão a diminuir mas ainda há 40% de insucesso

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

Nos últimos 3 anos, houve um aumento gradual dos alunos imigrantes que conseguiram concluir o secundário no tempo esperado: se em 2019/2020 eram apenas 47%, em 2021/2022 a taxa de sucesso era de 60%.

Os “chumbos” entre os estudantes estrangeiros estão a diminuir, mas ainda há 40% de insucesso entre os alunos do ensino secundário, segundo dados do ministério da Educação.

No ano letivo de 2021/2022, 60% dos imigrantes concluíram os cursos científico-humanísticos em três anos, segundo dados disponibilizados no portal Infoescolas, que se baseiam em informações reportadas pelas escolas e pelo Júri Nacional de Exames.

Nos últimos três anos, registou-se um aumento gradual dos que conseguiram concluir o secundário no tempo esperado. Em 2019/2020 eram apenas 47% e no ano seguinte já eram 54% do total.

Os estrangeiros representavam apenas 6% do total de alunos do ensino secundário que frequentam as 589 escolas do continente no ano letivo 2021/22.

Nesse ano, 81% de todos os alunos inscritos conseguiram terminar o secundário sem nunca perder um ano, sendo o sucesso menos notado nas escolas situadas em zonas económica e socialmente mais desfavorecidas, conhecidas como escolas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).

Há uma ligeira diferença de um ponto percentual entre o universo de todos os alunos (80%) e os que frequentavam as escolas TEIP (79%).

Olhando apenas para os alunos mais carenciados, os dados mostram que frequentar uma escola que não está integrada numa zona mais pobre é benéfico, uma vez que a taxa de sucesso dos alunos que frequentam as escolas TEIP é de 75%, um ponto percentual abaixo dos alunos com Apoio Social Escolar que frequentam as outras escolas (76%).

Também entre os alunos mais pobres houve uma melhoria ao longo dos três anos em análise, passando de uma taxa de sucesso de 62% no ano letivo de 2019/2020 para 76%.

Os dados mostram ainda que os alunos do curso de ciências e tecnologias são os que menos chumbam (82% terminaram no tempo esperado), seguindo-se os de Línguas e Humanidades (78%), Ciências Socioeconómicas (78%) e finalmente Artes Visuais (74%), segundo dados de 2021/2022.

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PSD e PS tentam acordo para presidência do CES e Conselho Superior de Magistratura

  • Lusa
  • 6 Junho 2024

As eleições para estes dois órgãos externos à AR foram marcadas para o próximo dia 19, e exigem uma maioria de dois terços dos deputados, o que requer, na prática, um acordo entre PSD e PS.

PSD e PS vão tentar fechar um acordo até ao início da próxima semana para a presidência do Conselho Económico e Social (CES) e escolha de sete membros a indicar para o Conselho Superior de Magistratura.

As eleições para estes dois órgãos externos à Assembleia da República foram marcadas na conferência de líderes de quarta-feira para o próximo dia 19, e exigem uma maioria de dois terços dos deputados, o que requer, na prática, um acordo entre PSD e PS.

Pela lógica política, a indicação do próximo presidente do CES deverá caber ao PSD. Neste momento, a socióloga Sara Falcão Casaca preside ao CES de forma interina desde fevereiro, depois de Francisco Assis ter renunciado ao seu mandato para se candidatar a deputado pelo PS nas últimas eleições legislativas.

Francisco Assis esteve à frente do CES desde julho de 2020. Na primeira vez, em 2020, foi eleito com votos favoráveis de 170 deputados. Em abril de 2022, foi reeleito para um segundo mandato com 192 votos favoráveis.

De acordo com a Constituição, “o CES é o órgão de consulta e concertação no domínio das políticas económica e social, que participa na elaboração das propostas das grandes opções e dos planos de desenvolvimento económico e social”, e compete à Assembleia da República eleger o seu presidente, por maioria de dois terços.

Em relação ao Conselho Superior de Magistratura, em abril de 2022, foi eleita pelo parlamento uma lista conjunta que integrou José Manuel Mesquita, André Miranda, Inês Ferreira Leite e Telma Carvalho, propostos pelo PS, e Licínio Martins, António Vieira Cura e António Barradas Leitão, indicados pelo PSD.

No que respeita ao Conselho Superior da Magistratura, a Constituição estabelece que compete à Assembleia da República eleger sete vogais deste órgão, “por maioria de dois terços dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções”.

Além do Conselho Superior de Magistratura, os deputados vão eleger cinco membros “entre personalidades de reconhecido mérito” para o Conselho Superior do Ministério Público. Esta eleição não exige dois terços de votos de aprovação.

Ainda em relação às eleições para órgãos externos do parlamento, no próximo dia 19, serão eleitos um elemento por cada Grupo Parlamentar para a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Este é um órgão independente que funciona junto da Assembleia da República e, nos termos da respetiva lei, tem entre os seus membros “cidadãos de reconhecido mérito, a designar pela Assembleia da República, integrados em lista e propostos um por cada grupo parlamentar”.

Tal como a agência Lusa já tinha avançado, está igualmente prevista a eleição de cinco membros a designar pelo parlamento para o Conselho de Estado, órgão de aconselhamento do Presidente da República. Uma eleição que esteve inicialmente prevista para 07 de maio passado, mas foi adiada.

Na anterior legislatura, foram eleitos os cinco representantes propostos por PS e PSD numa lista conjunta (Manuel Alegre, Carlos César, Sampaio da Nóvoa, Francisco Pinto Balsemão e Miguel Cadilhe) e o Chega apresentou uma lista alternativa, que não conseguiu ter nenhum eleito. Mas, caso isso se repita nesta legislatura, o Chega deverá conseguir eleger um dos cinco nomes para o Conselho de Estado, porque a sua bancada possui agora mais de um quinto dos deputados.

Nos termos da Constituição, o Conselho de Estado, inclui “cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura”.

Para o dia 19, estão ainda previstas eleições para a designação de membros a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (presidente), Conselho de Fiscalização da Base de Dados de Perfis de ADN, Comissão Independente de Acompanhamento e Fiscalização das Medidas Especiais de Contratação Pública, Conselho Pedagógico do Centro de Estudos Judiciários, Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários e Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos e Comissão de Fiscalização dos Centros Educativos.

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Emprego de recém-graduados atinge nível mais alto da década

Taxa de emprego entre jovens com ensino superior chegou aos 87,7% no último ano na União Europeia. É o valor mais alto da década. Em Portugal também subiu, mas continuou abaixo da média comunitária.

Depois de ter recuado durante a pandemia, a taxa de emprego de quem termina o ensino superior tem estado a aumentar na União Europeia. Tanto que no último ano atingiu o valor mais elevado da década. Também em Portugal a taxa de emprego destes jovens tem vindo a crescer, mas continua abaixo da média comunitária.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, entre quem terminou recentemente o ensino superior a taxa de emprego foi de 87,7% em 2023, acima dos 86,7% registados no ano anterior.

Os números publicados esta manhã permitem perceber que, após ter chegado a mínimos em 2014 (79,5%), esse indicador cresceu, ano após ano, ao longo da última década. Esse percurso que apenas foi interrompido em 2020 (por causa da pandemia), mas rapidamente foi retomado logo em 2021.

Olhando para 2023, entre os vários Estados-membros, foi a Estónia (96,7%), Malta (96,2%) e a Holanda (95,2%) os países com taxas de emprego mais altas no que diz respeito a estes jovens. Já do outro lado da tabela, aparecem a Grécia (73,9%), Itália (75,4%) e Chipre (82,4%).

E Portugal? Por cá, a taxa de emprego de quem termina o ensino superior situou-se em 86,8% em 2023. Esse valor é superior aos 83,2% registados em 2022, mas inferior à já referida média comunitária.

Mas, ao longo da última década, Portugal conseguiu superar em alguns momentos a União Europeia. Tal aconteceu em 2018 e 2019, mas a situação inverteu-se a partir de 2020.

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