Banco do BCP na Polónia arranca ano com lucros de 37 milhões

  • Rita Atalaia
  • 24 Abril 2018

O Bank Millennium, banco polaco participado em 50,1% pelo BCP, registou lucros de 37,2 milhões nos primeiros três meses do ano. Uma subida de 11% face ao mesmo período do ano anterior.

O Bank Millennium, banco polaco participado em 50,1% pelo BCP, registou lucros de 37,2 milhões nos primeiros três meses do ano. Uma subida de 11% face ao mesmo período do ano anterior. Segundo a instituição financeira, o resultado foi influenciado pelo reforço da margem financeira, mas também pelo crescimento das comissões líquidas.

Num comunicado enviado pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a instituição financeira salienta a “melhoria da rendibilidade”. No primeiro trimestre deste ano, os lucros foram de 37,2 milhões de euros, o que compara com os 32,6 milhões registados no período homólogo.

Este resultado foi influenciado positivamente pela margem financeira, que continuou a “impulsionar o crescimento do resultado core“, refere o banco. A margem financeira aumentou 6,2% em termos homólogos, suportada pelo crescimento das comissões líquidas: subiram 1,8% no trimestre e 3,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os rácios de capital também foram reforçados. “O rácio de capital total consolidado [foi] de 24,4%, e o rácio de CET1 de 22,3% após a retenção de todo o resultado de 2017”, nota a instituição financeira.

O BCP vai apresentar os resultados para os primeiros três meses do ano no dia 7 de maio.

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BCP antecipa em seis meses reembolso de dívida subordinada

O BCP antecipou por seis meses o reembolso de uma linha de obrigações que venciam apenas em outubro, poupando encargos com juros. Avançou para a operação após autorização do Banco de Portugal.

O BCP antecipou por seis meses o reembolso de uma linha de obrigações que foram emitidas em 2008 e que venciam apenas em outubro deste ano. Com isto, o banco já não pagará os últimos juros semestrais.

Quando estes títulos de dívida subordinada foram emitidos, o BCP BCP 5,68% deixou claro que podia efetuar o reembolso antecipado a partir do quinto ano. Foi o que fez agora quando falta apenas um semestre para o vencimento destas obrigações, segundo adiantou o banco em comunicado enviado ao mercado esta segunda-feira. De acordo com a Reuters, esta linha apresentava um saldo vivo de 81 milhões de euros.

“O BCP informa que, em conformidade com o previsto na Ficha Técnica da emissão denominada “Obrigações de Caixa Millennium bcp Subordinadas 2008 – 2ª Série”, código ISIN PTBCPZOE0023, vai proceder, na presente data, ao reembolso antecipado da mesma”, informou o BCP no comunicado publicado na CMVM.

Para avançar com a operação, a instituição liderada por Nuno Amado recebeu luz verde do Banco de Portugal.

Estas obrigações subordinadas pagavam um juro anual de 1,4% mais a taxa Euribor a seis meses, sendo liquido todos os semestres.

O BCP registou lucros de 186,4 milhões de euros em 2017.

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Novo Banco está assim tão mal? Fomos comparar com os outros bancos

  • Rita Atalaia
  • 30 Março 2018

Até ao Novo Banco, o setor financeiro preparava-se para ter lucros. Mas o banco teve prejuízos recorde com as elevadas imparidades. Aumentou depósitos, mas os resultados operacionais deterioraram-se.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Santander Totta, o BCP e o BPI já recuperaram da crise. Apresentaram todos lucros, mas o saldo do setor financeiro nacional voltou a ser negativo. Os grandes bancos portugueses, no seu conjunto, perderam mais de 700 milhões de euros no ano passado, mas só por causa de uma única instituição: o Novo Banco. Teve prejuízos recorde. As elevadas imparidades afundaram as contas do banco, mas terão sido as únicas culpadas pelo mau desempenho?

O banco criado após a resolução do Banco Espírito Santo teve os maiores prejuízos da sua breve história, contabilizando perdas de 1,4 mil milhões de euros. São já 13 trimestres — dos 14 que tem de vida — de resultados negativos para a instituição liderada por António Ramalho. Um desempenho que se justifica pelas elevadas imparidades que têm sido registadas num processo de limpeza de balanço. Essas imparidades atingiram o valor de 2.057 milhões de euros.

E olhando para o desempenho operacional do Novo Banco, como é que este se compara com o do setor? Desde o produto bancário à margem financeira, os números mostram uma evolução negativa. Apenas nos depósitos dos clientes o Novo Banco consegue brilhar, também com a ajuda do chamado LME, o mecanismo a que o banco recorreu para conseguir a almofada que lhe abriu a porta à venda ao Lone Star.

Lucros caem. Imparidades aumentam

O Novo Banco apresentou prejuízos recorde de 1.395 milhões de euros, num período em que todos os grandes bancos conseguiram ganhar dinheiro. Este desempenho, o pior de sempre, justifica-se pelas elevadas imparidades registadas no processo de limpeza de balanço.

Bancos estão a recuperar… à exceção do Novo Banco

Fonte: Resultados dos bancos | Valores em milhões de euros

Se em 2015 foram registadas 1.057,9 milhões em imparidades, no ano seguinte este valor subiu para 1.374,7 milhões de euros. Um esforço que continuou em 2017. No ano passado, o banco reconheceu 2.057 milhões de euros em imparidades, sendo que o fundo norte-americano tomou conta do banco só em outubro.

O valor de imparidades reconhecidas nas contas por parte do Novo Banco representa perto de dois terços do total das imparidades registadas pelo setor. A CGD e o BCP registaram mais de 600 milhões de euros, cada um.

Produto bancário cai. Margem financeira derrapa

O produto bancário comercial do Novo Banco, onde se incluem a margem financeira, as comissões relativas a serviços bancários, os resultados das operações financeiras, os rendimentos de instrumentos de capital e outros proveitos de exploração, foram de 719,4 milhões de euros no ano passado, em comparação com 791,6 milhões no ano anterior. É uma queda de 9% quando se comparam os dois períodos, o que mostra a degradação da atividade do banco.

Mas não foi o único banco a registar uma queda do produto. O BPI e Totta acompanharam, mas não o banco estatal. A CGD apresentou no ano passado um crescimento expressivo do produto bancário: 38,09% para 1.965 milhões de euros.

Na apresentação dos resultados do Novo Banco, o presidente da instituição financeira, António Ramalho, afirmou que esta queda se deveu à desalavancagem da atividade de crédito. Isto levou a uma redução da margem financeira, que não foi compensada por um aumento das comissões cobradas pela instituição.

A diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos situou-se nos 397,57 milhões de euros — tinha sido de 514,48 milhões no ano anterior.

Depósitos… mas poucos créditos

A diminuição da concessão de crédito é uma tendência transversal ao setor bancário, não sendo uma característica única do Novo Banco. Mas, no caso desta instituição financeira, a queda dos créditos — de 33,75 mil milhões para 31,42 mil milhões de euros no ano passado — reflete também o esforço de limpeza das imparidades, tal como aconteceu na CGD e BCP. A exceção à regra é o BPI, mas também o banco liderado por Vieira Monteiro. O Santander Totta, agora já com o Popular totalmente integrado, registou um aumento de 25%, beneficiando exatamente dessa compra.

Foi esta diminuição do créditos e o aumento dos depósitos no Novo Banco que levou a uma redução do rácio de transformação para 88%, em comparação com os anteriores 110%. São já três os bancos portugueses com este rácio abaixo de 100%. Além do Novo Banco, há a CGD e o BCP. Foi, explicou Ramalho, uma necessidade, para o Novo Banco se libertar de maus créditos e poder, a partir de agora, ter um rácio suficientemente baixo de base para procurar novos clientes (leia-se financiamentos).

Recursos recuam. Mas LME ajuda depósitos

Os recursos dos clientes, onde se incluem os depósitos, seguros e outros produtos, também recuaram no Novo Banco — só a CGD registou também uma quebra, enquanto o Totta aumentou-os com o Popular. Passaram de 39,6 mil milhões para 39,15 mil milhões de euros. Isto reflete a desconsolidação do GNB Vida. O ramo segurador do Novo Banco foi colocado à venda no ano passado, tendo neste momento apenas um interessado: a Global Bankers, que oferece 250 milhões.

Os depósitos do Novo Banco, esses, subiram 4,1 mil milhões de euros. Ou seja, mais 16,1% do que no ano anterior. Mas é preciso ter em conta que, deste montante, 1,8 mil milhões resultam da operação de Liability Management Exercise, ou LME na sigla em inglês, quando o banco recomprou mais de 4,7 mil milhões de euros em obrigações, garantindo um reforço dos rácios de capital e cumprindo uma das principais condições para que se concretizasse a venda do Novo Banco ao Lone Star. Muito desses obrigacionistas converteram, nessa operação, os seus produtos de dívida em depósitos.

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Chineses da Fosun reforçam posição no BCP. Já têm mais de 27% do banco

Os chineses da Fosun aumentaram a sua posição no BCP para 27% no final do ano passado, reforçando o estatuto de principal acionista do banco português.

Os chineses da Fosun aumentaram a sua posição no BCP para mais de 27% no final do ano passado, reforçando o estatuto de principal acionista do banco português.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o “BCP informa que, na sequência da publicação dos resultados anuais de 2017 do Grupo Fosun, hoje efetuada, a Chiado, sociedade detida pela Fosun International, detinha, à data de 31 de dezembro de 2017, uma participação de 27,06% do capital social do BCP, correspondente a 4.089.789.779 ações“.

Isto quer dizer que a Fosun adquiriu cerca de 286 milhões de ações do BCP nos últimos quatro meses de 2017 — a última posição conhecida datava do dia 11 de setembro e atribuía ao grupo chinês uma posição de 25,16% (correspondente a 3.803.333.697 ações).

Ainda no início deste mês, Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade e partner global da Fosun, adiantava que a Fosun estava “muito satisfeita com o seu investimento no BCP” e até admitia reforçar a participação no banco liderado por Nuno Amado. O grupo chinês tem uma autorização do Banco Central Europeu (BCE) para aumentar a sua posição no banco português até aos 30%.

Com isto, a Fosun destaca-se ainda mais no seio acionista do BCP. De acordo com os últimos dados oficiais, o segundo maior acionista do banco é a Sonangol, que detinha 15,24% — embora o Jornal Económico tenha revelado que os angolanos também reforçaram para perto de 20% no final de 2017. Seguem-se BlackRock e Grupo EDP, com posições qualificadas de 2,63% e 2,11%, respetivamente.

A posição da Fosun no BCP está avaliada em 1.135 milhões de euros a preços de mercado.

Fonte: BCP e Reuters

(Notícia atualizada às 18h05)

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Conselho de administração do BCP “emagrece” para 17 gestores

A Fosun e a Sonangol defendiam uma administração com pelo menos 19 membros. Mas esta equipa será, afinal, mais reduzida: terá no máximo 17 gestores. Lista deve chegar ao BCE ainda esta semana.

A Fosun e a Sonangol, os dois principais acionistas do BCP, defenderam junto do Banco Central Europeu (BCE) que o conselho de administração do banco tivesse pelo menos 19 membros. Mas esta vontade não vai ser cumprida. A autoridade de supervisão europeia quer que a instituição financeira tenha, no máximo, 17 gestores, apurou o ECO. Fica agora a faltar a aprovação do regulador, que poderá receber a lista dos administradores ainda esta semana.

Foi no início deste mês que a Fosun e a Sonangol, os dois principais acionistas do BCP, chegaram a um princípio de acordo para a administração do banco no próximo triénio: Nuno Amado passa a chairman com poderes reforçados, substituindo António Monteiro, enquanto Miguel Maya assume o cargo de presidente executivo. Para desempenharem estas funções, Maya e Amado vão contar com o apoio de uma equipa que terá no máximo 17 gestores: seis executivos e 11 não executivos. Antes, o conselho de administração tinha 23 membros.

Por força das regras de governação, tem de haver um número de administradores não executivos superior ao número de executivos. Além disso, é preciso garantir o número de independentes suficientes para os diversos comités, como o de remunerações ou de auditoria.

Na comissão executiva, Maya vai ter na sua equipa Miguel Bragança, José Miguel Pessanha, Rui Teixeira, João Nuno Palma e, mais recentemente, Maria José Barreto de Campos, no quadro do banco desde 1999. Esta lista já estará fechada, segundo avançou o Expresso, mas ainda não foi enviada ao BCE. O regulador poderá receber os nomes ainda esta semana, apurou o ECO, ficando ainda a faltar a lista de não executivos, que estará por concluir.

Além dos nomes não executivos, falta também definir quem serão os vice-presidentes do conselho de administração. Uma decisão que poderá ser tomada na assembleia-geral de acionistas (AG), que se realiza a 15 de maio, ou ficar nas mãos do conselho. Neste caso, a segunda hipótese é a mais provável, uma vez que a AG deve focar-se essencialmente no papel que vai desempenhar o presidente executivo e o chairman do banco.

Amado fica com o mundo, Maya com Portugal

Será durante a AG do banco que se vão oficializar as mudanças na administração. A partir dessa data, Miguel Maya será o novo CEO do BCP e Nuno Amado vai ser o chairman, e com competências definidas: Amado fica com o mundo, Maya com Portugal.

Enquanto Maya vai assumir a gestão geral do banco enquanto presidente executivo, Amado vai ficar com o negócio internacional, mas também com a relação com os investidores. Apesar de os dois gestores ficarem responsáveis por pastas diferentes, há áreas que serão comuns ao chairman e CEO. É o caso da estratégia do banco e processos críticos.

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Equipa executiva do BCP já está completa

  • ECO
  • 26 Março 2018

A nova comissão executiva, agora liderada por Miguel Maya, está completa. Esta equipa conta com Maria José Barreto de Campos, que está no quadro do banco desde 1999.

A nova comissão executiva, agora liderada por Miguel Maya, está completa. Esta equipa vai contar com um nome conhecido do banco: Maria José Barreto de Campos. No quadro do da instituição financeira desde 1999, é membro do conselho de administração do banco do grupo na Polónia há sete anos.

Segundo avança o Expresso, com a entrada de Maria José Barreto de Campos, saem da comissão executiva Conceição Lucas e José Iglésias Soares. Mudanças que começaram com passagem de Nuno Amado a chairman do BCP, substituindo António Monteiro. Também Miguel Maya foi promovido a CEO do banco, como foi avançado pelo ECO.

Maria José Barreto de Campos, uma novidade na nova comissão liderada por Miguel Maya, é licenciada em engenharia eletrónica e de telecomunicações pela Universidade de Aveiro. A carreira da administradora passou por Macau, onde trabalhou na área das telecomunicações. E foi através do Banco Comercial de Macau que entrou no BCP enquanto responsável da área tecnológica.

Na comissão executiva, que contará com seis membros, mantêm-se Miguel Bragança, José Miguel Pessanha, Rui Teixeira e João Nuno Palma. Contactado pelo jornal, fonte oficial do BCP não quis comentar.

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Quem é Miguel Maya, o novo CEO do BCP? “Um gestor que não foi feito à pressa”

Miguel Maya pode não ser um nome conhecido do público, mas não é desconhecido do banco. O gestor conhece bem os cantos à casa, onde já está há 22 anos.

Miguel Maya é apontado como o novo CEO do BCP, substituindo Nuno Amado.Paula Nunes / ECO

Miguel Maya vai ser o novo presidente executivo do Millennium BCP. O gestor pode não ser conhecido do público, mas é muito conhecido no banco: Está na instituição financeira praticamente desde que saiu da faculdade, onde se formou em gestão. “Maya é um gestor que não foi feito à pressa”, confidencia ao ECO uma das pessoas que melhor o conhece profissional e pessoalmente. O homem que vai substituir Nuno Amado no cargo de CEO já passou por várias áreas do banco, nomeadamente pela direção de marketing de empresas, diretor geral da Nova Rede, chefe de gabinete do então presidente Carlos Santos Ferreira e, mais recentemente, vice-presidente da comissão executiva.

Quem é, afinal, Miguel Maya? “É um mouro de trabalho e, às vezes, teimoso, o que nos dias de hoje não sei se é um defeito”, refere, com ironia, outro colega no BCP. “E vai liderar o banco pelo exemplo, não pela palavra”, acrescenta. O gestor tem uma vantagem enorme em relação a Nuno Amado. “Miguel Maya conhece toda a gente, a história pessoal e o nome de cada funcionário. Além disso, quando Amado entrou, em 2012, foi obrigado a seguir uma estratégia de salvamento; agora Miguel Maya vai ter de pôr o banco a voar”, atira um alto quadro do BCP.

Se há quem diz que Miguel Maya não é um gestor “feito à pressa”, outros acrescentam que se preparou exatamente para este momento, para chegar à presidência do BCP. “Tem vindo a preparar-se”, insiste um gestor do BCP, e terá a sua equipa dentro do banco. Mesmo assim, todo os que falaram com o ECO garantem a proximidade pessoal e profissional entre Nuno Amado e Miguel Maya. “Maya é frontal e não faria nada contra Amado”. Aliás, como o (ainda) presidente executivo do BCP referiu esta semana, em Famalicão, “vai haver uma continuidade clara na gestão do BCP e uma continuidade clara na evolução do banco, isso é inquestionável”. A liderança do BCP vai “continuar a fazer o trabalho feito nos últimos seis anos, com uma enorme profundidade”.

O gestor que vai substituir Nuno Amado na presidência executiva do banco completa 54 anos em junho. E, desses, 22 foram passados no BCP. Foi em 1990, depois de se formar em organização e gestão de empresas pelo ISCTE, que Miguel Maya entrou no Banco Português do Atlântico (BPA), com funções na área comercial, segmento de empresas e responsável pela coordenação do gabinete central de análise económica e financeira. Um banco que acabou depois por ser absorvido pelo BCP, com Maya a integrar a equipa de coordenação do projeto de integração.

Mas a sua presença no BCP não ficou por aqui. Depois de passar pela direção de marketing de empresas, o próximo presidente executivo do BCP rumou, em 2001, a Barcelona para desempenhar as funções de CEO da sociedade Managerland, as operações de internet banking do grupo BCP e Sabadell. Mais tarde, assumiu a direção geral do BCP e foi membro do comité executivo de retalho. “Miguel Maya sempre esteve muito próximo das novas tendências, da banca digital e da inovação financeira”, refere ao ECO um gestor de um banco concorrente.

Miguel Maya tornou-se depois chefe de gabinete do presidente do conselho de administração executivo do BCP, então liderado por Filipe Pinhal. Quando Carlos Santos Ferreira entra no BCP, convida Maya para se manter em funções, o que aceitou. O gestor assumiu, mais tarde, o cargo de administrador do BCP, substituindo Armando Vara depois de este ter sido afastado por causa do processo Face Oculta.

Neste processo de “mudança suave”, como é classificada a promoção de Maya a presidente executivo do Millennium BCP, o que vai trazer o gestor ao BCP? “Neste novo ciclo, Maya vai trazer ainda mais solidez”, antecipa um gestor de banca. “Vai pôr as pedras que faltam, uma a uma, de forma robusta, porque é esse o seu perfil”.

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Nuno Amado garante que haverá uma “continuidade clara” na gestão do BCP

  • ECO e Lusa
  • 15 Março 2018

“Vai haver uma continuidade clara na gestão do BCP e uma continuidade clara na evolução do banco, isso é inquestionável”, referiu Nuno Amado, em Famalicão.

O presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, Nuno Amado, afirmou esta quinta-feira que vai haver uma “continuidade” clara na gestão do banco, mas não esclareceu se ocorrerão mudanças na liderança.

“Vai haver uma continuidade clara na gestão do BCP e uma continuidade clara na evolução do banco, isso é inquestionável”, referiu Nuno Amado, em Famalicão. Sublinhou que a liderança do BCP vai “continuar a fazer o trabalho feito nos últimos seis anos, com uma enorme profundidade”.

O ECO já avançou que Nuno Amado vai ser chairman do BCP e Miguel Maya vai ser o novo CEO. António Monteiro vai mesmo sair de chairman e será substituído por Nuno Amado, mas com competências reforçadas. A assembleia geral de acionistas do banco, eletiva, será a 15 de maio, e os nomes dos órgãos sociais têm de passar ainda o teste ‘fit and proper’ do BCE

Falando em Famalicão, durante as Jornadas Millennium Empresas, Nuno Amado mostrou-se “otimista” sobre o futuro da economia portuguesa nos próximos anos, mas lembrou que “não está sempre sol, um dia também vai chover”. “A economia tem ciclos, e, se hoje tudo é favorável, não tenho dúvidas de que daqui a algum tempo algumas coisas vão ser desfavoráveis e podemos conhecer algumas dificuldades que hoje não temos”, disse.

Vincou a aposta do BCP em ser “o banco das empresas”, tanto nos “dias de sol” (momentos bons) como nos “dias de chuva” (momentos menos bons).

Reconheceu que o banco passou, desde 2006/2007, por um período “muito difícil e muito mau”, mas adiantou que 2017 foi um ano “absolutamente essencial para a normalização do banco”. “Estamos agora em processo muito rápido de normalização”, disse, aludindo ainda a uma estrutura acionista “mais equilibrada”.

Segundo Nuno Amado, nos últimos anos ocorreu uma “transformação profunda” do BCP, que “voltou a pôr o foco no que é essencial”. Uma transformação que, adiantou, permitiu voltar ao lucro “de uma forma sustentada”.

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Presidente do Fosun sem assento no órgão de consulta do Governo chinês

  • Lusa
  • 15 Março 2018

Guo Guangchang foi, durante muito anos, um dos cerca de 2.200 delegado na CPCPC, uma espécie de senado sem poderes legislativos. Este ano, ficou sem assento.

O presidente do grupo Fosun, Guo Guangchang, que detém várias empresas em Portugal, não teve este ano assento na sessão da Conferência Consultiva do Povo Chinês (CPCPC), o principal órgão de consulta do Partido Comunista Chinês.

Guo Guangchang foi, durante muito anos, um dos cerca de 2.200 delegado na CPCPC, uma espécie de senado sem poderes legislativos.

A CPCPC tem um mandato de cinco anos e é integrada pelo Partido Comunista da China, representantes das 56 etnias do país, membros das Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau, de Taiwan e personalidades convidadas.

Em 2003, Guo chegou a ser nomeado para delegado na Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, que escolhe os titulares dos principais órgãos do poder de Estado, nomeadamente o Presidente da República e o Primeiro-Ministro.

Guo Guangchang ocupa a 25.ª posição, na lista dos mais ricos da China, segundo a unidade de investigação Hurun.

Com sede em Xangai, o Fosun é o maior acionista do Millennium BCP e detém a seguradora Fidelidade, o grupo Luz Saúde e uma participação de 5,3% na REN (Rede Elétrica Nacional).

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Nuno Amado como chairman executivo? “Não me passa pela cabeça”, diz o presidente do IPCG

  • Rita Atalaia
  • 12 Março 2018

Maya vai agora ser CEO do BCP, enquanto Amado passa a chairman com poderes reforçados. O ECO foi falar com o presidente do IPCG, António Gomes Mota, que defende que esta função não deve ser executiva.

A gestão do BCP está em mudança. Miguel Maya vai agora assumir a presidência executiva do banco, enquanto António Monteiro vai deixar de ser chairman e será substituído por Nuno Amado. Mas o objetivo do banco é que seja um presidente do conselho de administração com poderes reforçados. Para António Gomes Mota, um chairman é cada vez mais “executivo dentro do não executivo”. Mas o presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) diz que “não passa pela cabeça” que Amado seja um presidente com funções executivas.

“É preciso, antes de mais, perceber que poderes [reforçados] são estes”, afirma António Gomes Mota ao ECO. Mas, analisando em abstrato, o chairman tem cada vez mais uma “função executiva dentro do não executivo, acompanhando de muito perto” a atividade no banco, refere o presidente do IPCG e chairman dos CTT. Para Gomes Mota, não passa apenas por fiscalização, mas também por “supervisão, acompanhamento e desafio”.

"Não passa pela cabeça [que uma entidade como o BCP] tenha um chairman com funções executivas.”

António Gomes Mota

Presidente do Instituto Português de Corporate Governance

De qualquer maneira, o presidente do IPCG nota que “não passa pela cabeça” que uma entidade como o BCP tenha “um chairman com funções executivas”. Essa função deverá ser do CEO, um cargo para o qual Miguel Maya foi apontado, que era, até agora, vice-presidente da comissão executiva.

Segundo apurou o ECO, a discussão entre o Banco Central Europeu e os acionistas do BCP ainda decorre, nomeadamente quanto à terminologia dos cargos de Amado e Maya. Esta redistribuição de poderes entre as duas funções justificará, até, a designação de chairman executivo e de vice-presidente executivo. Mas mesmo que esta classificação venha a ser aceite, coisa para a qual o BCE parece pouco disponível, significa na prática uma mudança de funções dos dois gestores.

A assembleia geral de acionistas do banco, eletiva, será a 15 de maio, e os nomes dos órgãos sociais têm de passar ainda o teste ‘fit and proper’ do BCE. Questionado pelo ECO sobre quando deverá divulgar a lista de administradores, fonte oficial do banco central diz “que nunca comenta questões sobre instituições individuais”.

Afinal, qual é a diferença entre CEO e chairman?

O papel de um presidente executivo e de um chairman é diferente. Na prática, o CEO é que toma todas as decisões sobre produtos, clientes, funcionários e objetivos da instituição financeira. Decisões que são analisadas e supervisionadas pelo presidente do conselho de administração, que tem um papel de “fiscalizador”. Qual é, na prática, a diferença entre estas duas funções?

CEO, a “espinha dorsal”

  • Tem poder total para liderar e gerir a atividade da instituição financeira;
  • Propõe, implementa e reporta a estratégia do grupo, assim como as iniciativas e estratégias de cada área do banco;
  • O presidente executivo apresenta ao conselho de administração planos num horizonte a três anos, ficando depois responsável por implementá-los e mostrar progressos de forma frequente;
  • Segundo o BCE, para ocupar o cargo de presidente executivo, o CEO tem de ter dez anos de experiência prática em áreas relacionadas com o sistema bancário ou financeiro. Mas deve também ter no seu curriculum o desempenho de várias posições de relevo a nível de gestão.

Chairman, o “fiscalizador”

  • O presidente do conselho de administração deve ser independente e promover uma boa governance no banco;
  • O chairman deve orientar o conselho de administração nas discussões sobre as propostas apresentadas pela equipa executiva;
  • Deve focar-se nas questões estratégicas e avaliar e fiscalizar a atividade da instituição financeira;
  • Deve garantir que os administradores recebem toda a informação de forma correta e atempada de maneira a monitorizarem o desempenho, tomarem decisões acertadas e darem conselhos adequados que promovam o sucesso do banco.

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Fosun, “muito satisfeita” com o BCP, admite reforçar. Pode ir até aos 30%

  • Rita Atalaia
  • 1 Março 2018

Jorge Magalhães Correia, partner do grupo chinês, diz que a Fosun está "muito satisfeita com o seu investimento no BCP", admitindo reforçar a participação no banco liderado por Nuno Amado.

Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade e partner global da Fosun, disse que o grupo chinês está “muito satisfeito com o seu investimento no BCP”, admitindo reforçar a participação no banco liderado por Nuno Amado. O conglomerado chinês detém uma participação de mais de 25% no capital da instituição financeira e pode chegar aos 30%.

“A nossa posição é considerável e pode ser reforçada”, afirmou Jorge Magalhães Correia à Bloomberg, em Lisboa, sem dar mais detalhes. O presidente da Fidelidade e partner global da Fosun sublinhou o desempenho das ações do BCP e a estabilidade do banco como fatores positivos.

"A nossa posição é considerável e pode ser reforçada.”

Jorge Magalhães Correia

Presidente da Fidelidade e partner global da Fosun

O conglomerado chinês aumentou a sua participação na instituição financeira liderada por Nuno Amado em setembro. Passou de 23,92% para 25,16%, tornando-se no maior acionista do BCP. Uma posição que pode chegar aos 30%, depois de a Fosun ter recebido do Banco Central Europeu a autorização para alcançar este patamar.

“Estamos muito satisfeitos” com o investimento no banco, referiu ainda Jorge Magalhães Correia. Isto depois de a segunda maior acionista do banco, a Sonangol, ter dito que o BCP “melhorou substancialmente, tem produzido dinheiro, tem produzido resultados, não tem distribuído grandes montantes, mas é um banco que tem adicionado valor através da sua atividade”.

O BCP aumentou o resultado líquido em mais 53,4 milhões no último trimestre. No total, o banco liderado por Nuno Amado apresentou um saldo positivo de 186,4 milhões de euros, 7,8 vezes mais do que no ano anterior.

(Notícia atualizada às 12h54 com mais informação)

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BCP vai emitir até 900 milhões em dívida de alto risco para cumprir metas do BCE

  • Rita Atalaia
  • 16 Fevereiro 2018

Os bancos têm de emitir dívida para responderem às exigências dos reguladores. E o BCP não é exceção. O banco vai emitir entre 500 e 900 milhões de euros durante este ano.

Os bancos portugueses vão ter de emitir dívida de elevada subordinação para responderem aos requisitos de capital impostos pelo regulador, o Banco Central Europeu (BCE). E o BCP não será exceção. O banco liderado por Nuno Amado vai ao mercado emitir até 900 milhões de euros desta dívida de alto risco, de acordo com a conference call com analistas sobre os resultados do BCP para 2017. Uma emissão “que não preocupa” a instituição financeira.

“O BCP prevê emitir entre 500 e 900 milhões de euros de dívida para satisfazer os requisitos europeus, conhecidos como MREL, ao longo do ano (dívida sénior e dívida sénior não preferencial)”, lê-se na nota de investimento do BPI a que o ECO teve acesso. Isto depois de, durante a conferência de imprensa sobre os resultados de 2017, o administrador do BCP Miguel Bragança ter explicado que o banco poderia vir a emitir títulos para o MREL, mas sempre dentro dos montantes habituais das emissões realizadas pelo banco.

O BCP prevê emitir entre 500 e 900 milhões de euros de dívida para satisfazer os requisitos europeus, conhecidos como MREL, ao longo do ano (dívida sénior e dívida sénior não preferencial).

Analistas do BPI

“Não é nada que nos preocupe”, salientou o administrador. Mas o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) não partilha da mesma tranquilidade. Apesar de as instituições financeiras estarem “preparadas”, Fernando Faria de Oliveira disse ao ECO que estas emissões são motivo de preocupação. Isto porque estas operações vão atingir volumes significativos no mercado europeu. Ou seja, as instituições nacionais vão ter de concorrer com muitos outros bancos do Velho Continente que têm ratings mais elevados, garantindo maior interesse dos investidores, logo custos mais baixos.

Uma preocupação também expressada pelo BCE. O banco central liderado por Mario Draghi referiu que Portugal, Grécia, Itália e Espanha são os países que deverão ter mais dificuldades em encontrar interessados para esta dívida de alto risco, tendo em conta a elevada dependência de investidores domésticos. Esta realidade “pode sinalizar que há limites na capacidade de absorção” da dívida que é emitida para satisfazer os requisitos europeus, conhecidos como MREL, que exigem que as instituições tenham instrumentos financeiros que possam sofrer perdas antes ser necessário recorrer ao Fundo Único de Resolução.

Ou seja, é uma espécie de salva-vidas para os contribuintes, evitando, assim, que estes voltem a pagar milhares de milhões de euros no resgate a instituições financeiras como aconteceu no período mais critico da crise financeira que espoletou com o colapso do Lehman Brothers. Em Portugal, BPN, BES e Banif, por ordem cronológica, provocaram enormes rombos nas contas públicas com os respetivos resgates, dinheiro do Estado que saiu do bolso dos portugueses.

Custo dos depósitos vai continuar a cair

Enquanto a emissão de dívida para o MREL vai influenciar negativamente a margem financeira, há outros fatores que permitirão compensar essa pressão. O BCP conta com uma descida do custo dos depósitos a prazo. “O BCP prevê que o custo dos depósitos a prazo desça entre 15 e 50 pontos base face aos níveis atuais”, referem os analistas do BPI. Isto terá, dizem, um “impacto positivo entre 2% a 3% na margem financeira do banco”.

"O BCP prevê que o custo dos depósitos a prazo desça entre 15 e 50 pontos base face aos níveis atuais (…) o que terá um impacto positivo entre 2% a 3% na margem financeira do banco.”

Analistas do BPI

Além disso, o aumento dos juros também vai dar a sua contribuição. Segundo o BPI, uma “subida de 100 pontos base das taxas de juro terá um impacto positivo de 100 milhões de euros [na margem financeira do banco], assumindo que apenas passa 40% a 50% deste aumento para o custo dos depósitos”.

Sobre as comissões, a administração projeta um crescimento ligeiro este ano, dizem os analistas. Isto depois de Nuno Amado ter afirmado que as comissões estão “estáveis em Portugal”, mas assumido que estas podem vir a subir este ano. “É possível que em 2018 haja algum aumento de comissões”, disse o presidente da entidade, depois de em 2017 ter revelado que as comissões líquidas aumentaram 3,6% para 666,7 milhões de euros.

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