CESE castiga lucros da REN
Os lucros da empresa liderada por Rodrigo Costa foram penalizados pelo pagamento da contribuição extraordinária do setor energético. Encolheram 23%.
A REN fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 70,5 milhões de euros. Apresentou uma quebra de 23,1% relativamente aos primeiros nove meses de 2015 explicada pelo custo da CESE.
A empresa sublinha que foi penalizada pela manutenção “do pagamento da contribuição extraordinária do setor energético” (ou CESE) em cerca de 25,9 milhões de euros, no comunicado enviado à CMVM com os seus resultados dos primeiros nove meses. Os resultados refletem ainda os efeitos da venda da participação da REN na Enagás e a recuperação extraordinária de impostos.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (valor conhecido como EBITDA) chegaram aos 357,2 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que também é, em si, uma pequena redução de 4,1% relativamente ao mesmo período do ano passado. A REN conclui que o seu desempenho em termos de resultados até ao final de setembro deste ano foi “estável, como esperado”.
O regulatory asset base (RAB), ou seja, a base de ativos regulados da REN, rendeu menos 32,2 milhões de Euros (-0,9%), situando-se nos 3.502,0 milhões de euros.
A empresa investiu menos 72,4 milhões de euros até setembro de 2016 do que no período homólogo, o que se explica pela realização de uma grande aquisição no primeiro trimestre de 2015 — a compra de duas cavernas de gás natural. As receitas da REN dependem dos investimentos realizados.
A empresa liderada por Rodrigo Costa sublinha ainda que a agência de notação financeira Standard & Poor’s reafirmou o rating de BBB- que tinha atribuído à empresa a 17 de outubro — assim a REN mantém-se a “empresa portuguesa com melhor notação concedida pelas três maiores agências de rating”. A dívida da REN teve um ligeiro aumento de 1,5% nos primeiros nove meses do ano, subindo para os 2484 milhões de euros.
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