Euromilhões: Hoje alguém vai ganhar um “M1lhão”

O primeiro sorteio do novo jogo "M1lhão" realiza-se hoje e atribuirá um prémio garantido de um milhão de euros a quem jogar num Euromilhões com jackpot de 130 milhões.

O primeiro sorteio do novo jogo associado ao Euromilhões, o “M1lhão”, acontece hoje e haverá um prémio garantido de um milhão de euros. É um estreia num dia em que o Euromilhões apresenta um Super Jackpot Mínimo Garantido de 130 milhões de euros.

O “M1lhão”, que era até agora conhecido por Totosorteio, faz parte das novidades no Euromilhões. Por isso, quando for hoje jogar, por cada aposta no Euromilhões, será gerado automaticamente um código único e aleatório.

Este código, composto por três letras e cinco números, torna o apostador automaticamente elegível para o “M1lhão”. Este prémio é exclusivo para apostas registadas em Portugal e será entregue todas as sextas-feiras.

 

Os Jogos Santa Casa explicaram, num comunicado, que para marcar esta mudança, os “apostadores do Euromilhões poderão tentar a sua sorte no Super Jackpot Mínimo Garantido, agora com um primeiro prémio ainda maior de 130 milhões de euros (em vez de 100 milhões de euros)”.

Desde 27 de setembro que os apostadores já notaram algumas diferenças quando foram jogar no Euromilhões. As apostas passaram a custar mais 50 cêntimos em relação aos dois euros anteriores. E em vez de 11, os apostadores têm agora de selecionar duas entre 12 estrelas para se habilitarem ao prémio que passou de 15 para 17 milhões por sorteio.

 

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Novo IMI não se vai aplicar à primeira morada da família

  • Marta Santos Silva
  • 30 Setembro 2016

Ainda se está a negociar se o novo imposto será aplicável apenas a património acima do milhão de euros ou se afetará também os imóveis a partir dos 500 mil euros detidos por um só proprietário.

A negociação da forma de aplicar o novo IMI sobre o património imobiliário de alto valor está quase terminada, escreve esta sexta-feira o Correio da Manhã, que avança que o imposto não vai atingir casas que sejam a primeira morada da família.

O novo imposto vai aplicar-se a imóveis cujo valor patrimonial tributário seja superior a um milhão de euros, um valor fixo pelo Governo e pelos seus parceiros parlamentares à esquerda, Bloco e PCP.

O Correio da Manhã acrescenta que continua na mesa de discussão se o imposto poderia também ser aplicável a imóveis de valor superior a 500 mil euros que sejam detidos por um só proprietário — pelo raciocínio de que um imóvel que custe a partir de um milhão de euros e seja detido por uma família vale pelo menos 500 mil euros por cada membro do casal proprietário.

O novo IMI gerou controvérsia quando Mariana Mortágua o apresentou numa conferência de imprensa usando uma expressão agora famosa: “Temos de perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro”. Este novo imposto tem estado no centro da discussão pública desde então, embora sem ter sido ainda especificado publicamente se o limiar da sua incidência seria o milhão de euros ou os 500 mil.

O imposto vai incidir sobre todo o património imobiliário, seja urbano ou rústico, e será aplicado sobre o valor que exceder o limiar estabelecido pelo Governo, segundo escreve o Correio da Manhã. Isto é, se uma família detiver um património imobiliário no valor de 1,5 milhões de euros, o imposto aplicar-se-á aos 500 mil euros que excedem o limiar do milhão de euros.

As negociações dos pormenores do novo imposto continuam. No primeiro debate quinzenal da rentrée, criticado por Assunção Cristas, líder do CDS, o primeiro-ministro António Costa defendeu o novo imposto e disse que todos os detalhes seriam dados a conhecer na altura da apresentação do Orçamento de Estado para 2017, que está agendada para 14 de outubro.

Editado por Paulo Moutinho.

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Novo Banco tem de despedir 500 funcionários

Bruxelas exige que o Novo Banco elimine 500 postos de trabalho, caso o banco não seja vendido até ao final do ano. Pelo caminho também devem ser encerrados balcões e haverá corte de custos.

O Novo Banco terá de despedir mais 500 funcionários, para além dos 1.000 postos de trabalho que já foram eliminados no primeiro semestre. Esta é uma das exigência de Bruxelas caso o banco não seja vendido até ao final do ano. Alienações e a rescisão voluntária dos colaboradores devem levar a esta saída.

O Jornal de Negócios avança que o banco que resultou da falência do Banco Espírito Santo também terá de aumentar a redução dos custos e encerrar mais balcões. A Comissão Europeia exige que o alvo para o corte de despesa pode chegar aos 250 milhões de euros face aos atuais 150 milhões. Em relação aos balcões, o Novo Banco terá de diminuir o número de agências para 450 em vez do alvo atual de 550.

O banco também tem em curso um plano de restruturação que deverá permitir alcançar os objetivos que a comissão definiu. A equipa de António Ramalho também quer ultrapassar a meta estabelecida por Bruxelas para 2016 (de 150 milhões de euros). Já a redução do número de balcões poderá ser mais difícil de cumprir. Havia 606 agências a 30 de junho.

Para além disso, também há o objetivo de vender o Novo Banco até ao final do ano. Caso contrário, o governo já admitiu que a instituição será liquidada se não for vendida até agosto de 2017.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Eurostat divulga números da inflação e desemprego numa Zona Euro que continua a assustar investidores por causa da banca. Acordo da OPEP também deverá continuar a marcar a agenda.

Atentos ao ouro negro…

Após a decisão histórica da OPEP em cortar a produção de petróleo pela primeira vez em oito anos, o preço do Brent e crude dispararam em flecha nos mercados de commodities. Ainda há suporte para mais valorizações? E como vão continuar a reagir as ações das principais petrolíferas? Em Lisboa, a Galp subiu mais de 4% na sessão desta quinta-feira.

… e à banca europeia?

Com os investidores assustados com as necessidades de capital do Deutsche Bank, Berlim já afastou a ideia de um resgate. Mas há mais bancos europeus em situação aflitiva e que estão a aumentar a aversão ao risco nos mercados acionistas europeus.

Inflação no Euro

O Eurostat apresenta esta manhã a estimativa rápida da inflação na zona euro. Os analistas sondados pela Bloomberg antecipam um subida de 0,4% dos preços no mês de setembro, uma taxa de inflação ainda longe daquela que o Banco central Europeu tem como meta para assegurar a estabilidade dos preços na região: perto mas abaixo de 2%.

Desemprego continua a cair?

Além da inflação, a autoridade estatística da região da moeda única divulga os números do desemprego na região da moeda única. Em julho, a taxa de desemprego situou-se nos 10,1%. Agora, o consenso dos economistas ouvidos pela Bloomberg aponta para uma queda para 10% em agosto.

S&P revê Espanha

Com um rating ‘BBB+’, Espanha assiste hoje a nova avaliação por parte da Standard & Poor’s. A estabilidade do ‘outlook’ para a dívida espanhola permite antecipar que não deverá haver mudanças na notação das obrigações espanholas, que deverão assim continuar a ser encaradas pela agência norte-americana no patamar grau de investimento.

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Maria João Carioca: “casos que perturbam o andamento de mercado tornam-nos a vida mais díficil”

A presidente da Euronext diz que "há histórias difíceis de contar " a investidores internacionais. E têm sido várias as que têm abalado o mercado de capitais nacional.

Maria João Carioca, presidente executiva da Euronext Lisbon justifica a falta de atratividade da bolsa portuguesa com “os últimos anos, que foram duros para Portugal em termos de estabilidade“. A presidente da bolsa de Lisboa que assumiu funções este ano diz que “tivemos muitos soluções e muitas histórias difíceis de contar que deixaram marcas em investidores internacionais”.

A gestora falava no Porto no ciclo de conferências Fnac Business Talks sobre o tema “Capitalizar o financiamento empresarial”, promovida pela Católica Porto Business School e tendo como interlocutor Álvaro Nascimento, professor da Universidade Católica e ex-presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos.

Maria João Carioca que nunca mencionou casos concretos adiantou ao ECO, à margem da conferência, que não se iria pronunciar sobre situações específicas, mas questionada sobre se uma das históricas difíceis de contar seria o caso do BES, referiu: “os casos que perturbam o andamento do mercado tornam-nos a vida mais difícil, é verdade”.

"Os casos que perturbam o andamento do mercado tornam-nos a vida mais difícil, é verdade.”

Maria João Carioca

Presidente da Euronext Lisbon

Maria João Carioca disse acreditar que o índice bolsista PSI-20 tem condições para manter o número de empresas que lhe dá o nome, apesar de neste momento contar apenas com 18 empresas, a gestora reconheceu que o “tema gera alguma intranquilidade e tem muita visibilidade”. Ainda assim Maria João Carioca diz que a sua preocupação é no contínuo e “tentar perceber se esta é uma situação que se consiga resolver”.

Apesar de reconhecer que não tem uma lista de empresas para entrar no mercado que a deixe tranquila, a presidente do Euronext mostrou-se confiante de que “há luz ao fundo do túnel” pese embora admita que o ‘pipeline‘ é desproporcionalmente baixo face às congéneres europeias”.

A gestora que foi respondendo às provocações de Álvaro Nascimento adiantou ainda que “a bolsa nunca vai ter com as empresas a relação que a banca tem no dia a dia“, mas frisou que “a banca e o mercado de capitais são coisas que podem e devem complementar-se”.

 

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Desinteresse do CaixaBank no Novo Banco pode ser tático?

"É muito pouco provável que o La Caixa não queira mesmo o Novo Banco", garantem fontes próximas ao processo. O BPI mantém-se na corrida.

A oposição do CaixaBank à compra do Novo Banco, por parte do BPI, pode ser tática, assumindo-se como uma uma estratégia negocial por parte dos catalães de modo a pressionar o Banco de Portugal e, por conseguinte, o preço da operação. Mas fontes contactadas pelo ECO, muito próximas ao processo, adiantam que “é muito pouco provável que o La Caixa não queira mesmo o Novo Banco”. É preciso capital.

A notícia, avançada pelo Bloomberg, que dá conta de que o CaixaBank poderá bloquear a ida do BPI ao Novo Banco, surgiu como um entrave à expectativa criada pelo fim do limite de votos aprovado na assembleia de acionistas, realizada a 21 de setembro, no Porto. A notícia, citando fontes anónimas, dá conta de que responsáveis do CaixaBank terão dito aos acionistas que se irão opor à compra do Novo Banco, quando assumirem a liderança do BPI.

A noticia contraria as declarações do próprio presidente do BPI, Artur Santos Silva, proferidas depois da assembleia geral, garantindo que a administração do banco estava a estudar seriamente o dossiê. Santos Silva diria mesmo que “estamos a estudar seriamente a opção. Com o aspeto que ficou hoje resolvido [a desblindagem], isto permite tomar posições porque o banco já não está bloqueado”.

"Estamos a estudar seriamente a opção. Com o aspeto que ficou hoje resolvido [a desblindagem], isto permite tomar posições porque o banco já não está bloqueado.”

Artur Santos Silva

A afirmação de Santos Silva é tanto mais relevante na medida em que são conhecidas as boas relações entre o presidente do BPI e o principal acionista da instituição portuguesa, o CaixaBank.

Já o CaixaBank optou por não confirmar nem desmentir a notícia da Bloomberg, limitando-se a uma declaração oficial afirmando que a prioridade é o BPI e que não faz sentido falar no Novo Banco. Aliás, posição semelhante à defendida pelo presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar que em julho passado já tinha adiantado que a prioridade era o BPI.”Primeiro temos que concluir a OPA sobre o BPI”, adiantou.

De resto, no dia em que os estatutos do BPI foram desbloqueados o presidente executivo dos catalães afirmava em Madrid que o “setor bancário não está em época de aquisições transfronteiriças“. Gonzalo Gortázar afirmou mesmo que a aquisição do BPI era uma exceção na estratégia de internacionalização do CaixaBank, tendo justificado a aposta com a boa gestão do BPI e com a relação de mais de vinte anos que marca as duas instituições.

 

Fontes conhecedoras do processo adiantaram ao ECO que “o fato do BPI não avançar para o Novo Banco acarreta um problema de dimensão ao próprio BPI, o que eventualmente não será bom para o CaixaBank”. Porém as mesmas fontes reconhecem que o próprio CaixaBank está pressionado em termos de capital e que uma ida ao Novo Banco poderá implicar a necessidade de um aumento de capital da instituição catalã.

O CaixaBank comunicou ao mercado que vendeu 9,9% do capital, através da venda de ações próprias, para financiar a OPA do BPI. O CaixaBank detém 45% do capital do BPI e para ficar com a totalidade do capital do banco terá que despender cerca de 900 milhões de euros.

Governo prefere BPI

O fim da desblindagem dos estatutos do BPI foi bem encarado pelo Banco de Portugal. O banco liderado por Carlos Costa viu na clarificação acionista do BPI uma forma do banco de Ulrich melhorar a proposta de compra do Novo Banco. Aliás, o próprio Governo tinha o BPI como preferido na corrida ao Novo Banco, segundo dava conta o Expresso em agosto. A vantagem, segundo o executivo de António Costa, era o facto de o banco passar a ser liderado por uma instituição já presente no mercado e com uma perspetiva de investimento de longo prazo.

O processo de venda do Novo Banco está a entrar numa fase decisiva, devendo os interessados — quatro contando com o BPI — entregar nas próximas semanas as propostas vinculativas. Na corrida estão o BPI, o BCP, a Lone Star e a Apollo/Centerbridge.

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Salário mínimo: Governo tenta acordo de médio prazo

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Setembro 2016

Salário mínimo vai mesmo aumentar mas o Governo espera ter o apoio dos parceiros sociais. Para isso, está disponível a negociar outras matérias.

O aumento do salário mínimo continua a dividir os parceiros sociais mas o Governo expressou hoje a sua vontade em chegar a um acordo de médio prazo, que abranja também outras matérias. Se não for possível, há mais duas possibilidades na mesa: ou os parceiros chegam a um compromisso que vise apenas o ano de 2017 ou o Governo avança sozinho, explicaram alguns dos líderes das confederações sindicais e patronais que participaram esta quinta-feira na reunião de concertação social.

O Governo deseja promover um acordo de médio prazo com os parceiros sociais“, afirmou o ministro do Trabalho, apontando para a meta de 600 euros no final da legislatura.

Questionado sobre o objetivo previsto no programa de Governo, que admite um aumento intercalar para 557 euros em 2017, o governante não quis adiantar detalhes mas deixou a questão: “se os parceiros chegarem à conclusão que deve ser 559 [euros], não acha que há margem [para negociar]?”.

Vieira da Silva referiu no entanto que o acordo pode abranger várias matérias e não apenas o aumento do salário mínimo, um assunto também abordado pelos patrões. “É sempre mais fácil celebrar um acordo quando juntarmos mais peças a esse acordo, porque é mais fácil cada um se rever nesse texto”, afirmou Vieira da Silva. Para já, ainda não há propostas conhecidas, mas o ministro admite que o “campo” é “alargado” e aponta para áreas como a contratação coletiva ou “a legislação que regula a precariedade”.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) vê com bons olhos um acordo mais abrangente mas não quer avançar para já medidas que possam compensar o aumento do salário mínimo. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) também não entrou em detalhes mas referiu a necessidade de medidas fiscais e económicas.

A UGT também aceita a ideia de chegar a um compromisso de médio prazo mas a CGTP prefere enfatizar que não são ainda conhecidas quaisquer propostas patronais relativamente ao salário mínimo. A Inter defende um aumento para 600 euros já em 2017 enquanto a UGT defende uma subida para 565 euros.

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Banco da China pede ao Governo para travar “bolha” no imobiliário chinês

  • Lusa
  • 30 Setembro 2016

A instituição pede medidas urgentes para travar a escalada dos preços. Alerta para os riscos que essa valorização excessiva pode ter na economia.

O Banco da China, a quarta maior instituição financeira do país asiático, apelou hoje ao Governo chinês para tomar medidas que travem o aumento da “bolha” no setor imobiliário.

São necessárias políticas macroeconómicas urgentes para conseguir um equilíbrio entre a estabilização do crescimento e pôr fim às bolhas nos ativos“, assinalou o banco estatal num relatório sobre a conjuntura económica do país, publicado na quinta-feira.

A instituição prevê que a economia chinesa cresça 6,7%, este ano, o mesmo ritmo registado no primeiro semestre e dentro da meta definida por Pequim – uma expansão entre 6,5% e 7%.

O Banco da China considera ainda que a “pressão descendente na economia se reduziu, mas que a atividade económica continua baixa”.

A instituição, que tem uma sucursal em Lisboa e é a mais utilizado para troca de divisas estrangeiras na China, advertiu para os riscos no setor imobiliário do país, cujos preços dispararam nos últimos meses, nas principais cidades.

O crescimento “descontrolado” do setor poderá provocar um endividamento excessivo e pôr em perigo o setor financeiro, frisou o banco.

O relatório do Banco da China surge no mesmo dia em que Wang Jianlin, o homem mais rico do país, disse que o mercado imobiliário chinês é a “maior bolha da História”, em entrevista à estação televisiva CNN.

“Eu não vejo uma solução viável para este problema”, afirmou o fundador do grupo Wanda, que começou por se impor no setor imobiliário, mas que nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. “O Governo adotou todo o tipo de medidas, mas nenhuma funcionou”, disse.

O imobiliário é um setor chave para a economia chinesa, a segunda maior do mundo e o principal motor da recuperação global, mas que em 2015 cresceu ao ritmo mais lento do último quarto de século.

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Ryanair vai ligar Ponta Delgada a Frankfurt e Londres no verão de 2017

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O gestor de vendas e ‘marketing’ da companhia aérea Ryanair anunciou hoje que a transportadora vai ligar as cidades de Frankfurt e Londres, a partir de Ponta Delgada, nos Açores, no próximo verão.

José Espartero, que falava em conferência de imprensa, realizada na ilha de São Miguel, disse que a ligação para a cidade alemã será realizada ao sábado, indo ainda a companhia irlandesa, também a partir de Ponta Delgada, aumentar em mais duas as frequências com Lisboa, passando estas de 13 para 15.

O gestor, que salvaguardou que a ligação a Londres é uma retoma, referiu que a companhia pretende estender ambas as novas ligações para a Europa, a partir de Ponta Delgada, ao longo de todo o ano.

“A ideia é manter todo o ano a operação para Frankfurt e para Londres também. Mas, de momento, as reservas disponíveis são para o verão de 2017, que começa em março e acaba em outubro para a companhia”, frisou José Espartero.

Neste momento, a Ryanair assegura ligações de Ponta Delgada para Lisboa e Porto, e vai começar a operar estas duas rotas também a partir da ilha Terceira, em dezembro.

“A Ryanair está encantada em anunciar a chegada até à Ilha Terceira, com quatro frequências semanais para Lisboa e duas frequências semanais para o Porto, a partir de dezembro de 2016, o que irá permitir o transporte de 100.000 passageiros por ano na aerogare civil das Lajes”, declarou Niall O’Connor, diretor de rotas, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, a 06 de setembro.

O secretário regional dos Transportes e Turismo, que esteve presente na conferência de imprensa realizada pela Ryanair, em Ponta Delgada, declarou que o Governo dos Açores vai promover em parceria com a operadora, durante o inverno, duas campanhas promocionais do destino Açores, cada uma no valor de 90 mil euros, nos mercados de Frankfurt e Londres, visando preparar a operação de verão.

Vítor Fraga considerou que esta ligação da Ryanair a Frankfurt não vai gerar concorrência ao grupo SATA, que assegura também ligações com a cidade germânica, referindo que a operadora de baixo custo “tem um nicho de mercado completamente distinto do que é a base da captação de fluxos turísticos da Alemanha” para os Açores.

A SATA assegura atualmente uma ligação semanal no inverno com Frankfurt e duas no verão.

“Vamos ter acesso com esta operação a nichos de mercado que até agora não tínhamos, havendo uma complementaridade em termos de captação de fluxos turísticos para os Açores. Vamos ter pessoas a visitar a região que, em outras condições, certamente não o fariam”, concluiu Vitor Fraga.

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Em breve a comida pode ir até sua casa. De Uber

Ainda não é desta que chega a Portugal mas, se for em viagem a Amesterdão, já pode utilizar a UberEats. Este é o foco da empresa atualmente.

A Uber está a expandir o negócio de entrega de comida a casa. A empresa norte-americana está a fazer recrutamento para iniciar a UberEats em pelo menos 22 países. Entre eles estão cidades europeias como a Bélgica, a Holanda e a Suécia. O ECO soube que, para já, não está prevista a chegada deste serviço a Portugal.

A primeira cidade a receber o serviço foi Amesterdão, onde foi introduzido esta quinta-feira. Além disso, Joanesburgo, o Dubai e certas áreas de Tóquio também vão receber a UberEats. Como consequência, a Reuters reportou que os sites de recrutamento da Uber têm 150 propostas de trabalho para constituir equipa.

Eu sinto definitivamente que este é o nosso foco mais importante dentro da organização [Uber]

Simon Rossi, ‎diretor-geral do departamento asiática da UberEats

Em breve, segundo o Financial Times, o serviço deve chegar à Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Dinamarca e à Península Ibérica, mas só a Espanha. A UberEats foi lançada ainda em 2014, na Califórnia, mas os portugueses ainda vão ter de esperar até usufruir do serviço.

A ideia do serviço é levar a casa, num período de até 35 minutos, uma refeição. O próximo desafio da Uber em cada cidade é encontrar cadeias de restauração parceiras. A aplicação tem uma utilização semelhante à app base da Uber, com o acréscimo de selecionar o restaurante e a comida que quiser. Há ainda uma funcionalidade chamada Instant Delivery que faz a entrega no período de 10 minutos, mas só para refeições pré-feitas.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa.

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Ciudadanos propõe novas regras laborais e Espanha com fuso horário de Portugal

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O partido espanhol de centro-direita Ciudadanos apresentou hoje no parlamento uma proposta de resolução sobre um pacto para a flexibilização da jornada laboral.

A proposta do partido liderado por Albert Rivera inclui a sugestão de que Espanha passe a usar o mesmo fuso horário de Portugal. O grupo parlamentar do Ciudadanos quer incentivos para as empresas que apliquem medidas de flexibilização da jornada laboral para todos os seus empregados.

Entre outras propostas, o partido pretende introduzir horários flexíveis de entrada e saída do local de trabalho, aplicar fórmulas de teletrabalho, reduzir o tempo reservado às refeições para 30 a 45 minutos, compatibilizar os calendários escolar e laboral e recuperar o fuso horário GMT (o mesmo de Lisboa no horário de inverno).

O Ciudadanos também defende a criação de um crédito fiscal adicional por cada criança com idade até aos três anos e incentivos para as empresas que ofereçam serviços de infantário aos seus trabalhadores.

A formação dirigida por Albert Rivera apela para a promoção ativa da igualdade de género dentro das empresas, para identificar as situações de discriminação na hora de tomar decisões sobre promoções e contratações.

O grupo parlamentar do Ciudadanos quer ver instaurada uma cultura de transparência no processo de seleção em todos os níveis de contratação e obrigar as empresas cotadas em bolsa a estabelecer objetivos claros de representação de mulheres em altos cargos e conselhos de administração.

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Fusões e aquisições caem para mínimos de três anos

Atividade de fusões e aquisições envolvendo empresas britânicas atingiu mínimos de 20 anos. Ainda assim, analistas da Citi dizem que ainda não sentiram os efeitos do Brexit.

A atividade global de fusões e aquisições afundou para o nível mais baixo em três anos. Uma quebra que se explica com o valor recorde de ofertas que não foram concretizadas e com o facto de negócios envolvendo companhias britânicas terem caído para mínimos de 20 anos.

Os dados da Thomson Reuters mostram que a atividade de fusões e aquisições entre empresas desacelerou de forma acentuada nos três primeiros meses do ano, com as companhias a estabelecerem negócios no valor de cerca de 2,1 biliões de euros (2,37 biliões de dólares), menos 22% face ao mesmo período do ano passado – entre janeiro e outubro de 2015 registou valores recorde.

Nos EUA, o valor de M&A caiu ainda mais: 31% para cerca de 900 mil milhões de euros (um bilião de dólares). Mas foi o falhanço em torno de mega negócios em todo o mundo que explicam os números globais. Ofertas de aquisição ou fusão entre empresas no valor de 617 mil milhões de euros (692 mil milhões de dólares) não chegaram a bom porto, um valor recorde no que toca a negócios falhados.

“Há alguma preocupação à luz do número de negócios que foram bloqueados”, referiu Rob Kindler, diretor de M&A do Morgan Stanley.

Outro fator que explicou o decréscimo na atividade de M&A está relacionado com o envolvimento de empresas britânicas, mostraram os mesmos dados. Normalmente, empresas do Reino Unido contam para 10% a 20% da atividade global, mas este ano representaram apenas 8%, num ano que fica marcado pelo referendo histórico que vai colocar a região de fora da União Europeia. Ainda assim, foram acordados negócios no valor de 28 mil milhões de euros envolvendo empresas britânicas já depois da votação.

“Ainda não sentimos realmente o efeito do Brexit. O Reino Unido costuma ser o centro de referência para as novas empresas que se formam. Agora, embora as empresas continuem a querer estar cotados na nossa bolsa, estão preocupadas com os riscos regulatórios e fiscais”, disse Wilhelm Schulz, diretor de M&A do Citigroup.

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