Imposto do sal em risco. PCP pode votar ao lado de PSD e CDS

  • ECO
  • 16 Novembro 2017

O novo imposto para os alimentos com elevado teor de sal pode vir a ser chumbado. O líder parlamentar do PCP admite votar contra. CDS e PSD já anunciaram que chumbam a medida também.

João Oliveira afirmou esta quinta-feira que o Governo não ficará surpreendido com o voto contra do PCP relativamente ao novo imposto do sal. O líder parlamentar do PCP, em entrevista ao Observador, não excluiu a hipótese de apresentar uma proposta de alteração, mas garantiu que votará contra. Anteriormente, PSD e CDS também tinham demonstrado a sua discordância. A confirmar-se o chumbo, são menos 30 milhões de euros de receitas para o Orçamento do Estado para 2018.

No início desta semana o CDS anunciou que ia propor a eliminação do imposto sobre alimentos com elevado teor de sal. Na opinião dos centristas a medida terá um impacto negativo na economia. A ideia também já tinha sido defendida pela deputada do CDS, Cecília Meireles, em entrevista ao ECO.

Já esta terça-feira, Maria Luís Albuquerque revelou que os social-democratas são contra a medida. A ex-ministra das Finanças criticou a “proliferação” de impostos indiretos para a “captação de receita adicional, ainda que sejam vendidos com argumentos mais bondosos de desincentivos do consumo”.

Em outubro, o ECO já tinha avançado que o PCP estava contra este novo imposto. No entanto, na altura, o deputado comunista, Paulo Sá, não se comprometeu com o voto contra. Esta quinta-feira os comunistas assumiram o voto contra. “O Governo já a conhece há muito tempo [a discordância do PCP], desde antes da apresentação da proposta“, afirmou João Oliveira, em entrevista ao Observador, referindo que a via fiscal não é “o instrumento decisivo” para limitar este tipo de consumo.

“Aquilo que vamos propor, pode ser também uma proposta de alteração com uma outra solução, também podemos só votar contra”, esclareceu ainda o líder parlamentar do PCP.

Em causa está um novo imposto — de 0,8 cêntimos por cada quilograma de produto — para os alimentos cujo teor de sal seja igual ou superior a um grama por cada 100 de produto. Abrange bolachas, biscoitos, flocos de cereais, cereais prensados, batatas fritas ou desidratadas, e deverá garantir uma receita de 30 milhões de euros, no próximo ano.

(Notícia atualizada às 14h15)

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Maior fundo soberano vai deixar de investir em petrolíferas

  • ECO
  • 16 Novembro 2017

O Fundo Soberano da Noruega, o maior do mundo dadas as receitas da exploração de petróleo, propôs retirar o investimento de 35 mil milhões em empresas petrolíferas.

O fundo soberano da Noruega propôs esta quinta-feira retirar os 35 mil milhões de dólares que tem atualmente investidos em ações de petrolíferas e empresas de gás como a Royal Dutch Shell e a Exxon Mobil. Este é o maior fundo soberano do mundo, somando um bilião de dólares em ativos, dinheiro proveniente do petróleo.

Com esta mudança na estratégia de investimento, o fundo diz querer garantir que o país estará “menos vulnerável” a quebras no setor do “ouro negro”, avança a Bloomberg. Fica a faltar a luz verde do Ministério das Finanças e talvez do parlamento, que terão a palavra final.

A nossa perspetiva aqui é uma diversificação de risco para preservar a riqueza do país

Egil Matsen

Governador do banco central norueguês

“A nossa perspetiva aqui é uma diversificação de risco para preservar a riqueza do país”, declarou esta quinta-feira o Governador do banco central, Egil Matsen, numa entrevista em Oslo. “Conseguimos fazê-lo se não acrescentarmos o risco do preço do petróleo ao fundo”. Ressalva, no entanto, que a decisão não se baseia em qualquer previsão acerca da evolução dos preços da matéria-prima.

O fundo foi constituído a partir das receitas do petróleo e gás reunidas pelo país nas últimas duas décadas. Nas decisões de investimento, este fundo tem em conta regras éticas que vão desde os direitos humanos e preocupações ambientais até à produção de armas.

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Mário Ferreira responde a processo. Fala em “desespero” da Soares da Costa

O litígio entre Mário Ferreira e a Soares da Costa subiu de tom. A construtora acusa o empresário de ter roubado o livro de obra. Mário Ferreira fala em desespero da construtora liderada por Fitas.

A rescisão de contrato entre Mário Ferreira e a Soares da Costa continua na ordem do dia e o litigio entre ambos está a subir de tom. Depois de na passada quarta-feira, Joaquim Fitas, presidente da construtora em declarações ao ECO ter afirmado que ia processar Mário Ferreira, e ter dito que o livro de obra foi roubado, é agora a vez do empresário nortenho responder. Mário Ferreira nega as acusações de que é alvo e garante que “o livro de obra continua como deve ser em obra e disponível”.

“Ele [Joaquim Fitas] saberá, com certeza que o dono da obra – em qualquer obra, mas também neste caso em particular do Hotel Monumental – tem a obrigação legal de assegurar e garantir a conservação e integridade do livro de obra, (bem como, comprovar, em caso de destruição, perda ou extravio, a ocorrência que os causou, e realizar, em caso de destruição, perda ou extravio, a reforma integral), nos termos do art. 15º, Portaria n.º 1268/2008, de 6 de Novembro. Perante as obrigações legais de conservação do livro de obra e demais documentação atinente que sobre a MPH incidem, só com intuitos difamatórios se compreendem as declarações de Joaquim Fitas que, ao arrepio da lei, fala em roubo do livro de obra”.

Para Mário Ferreira “a preocupação de Joaquim Fitas prende-se desde logo com a falta de cumprimento da obrigação da Soares da Costa de preenchimento do referido livro de obra, desde o mês de junho, o que se deverá à não substituição do diretor técnico da obra que abandonou a Soares da Costa, por falta de pagamento de salários e que nunca voltou a ser devidamente substituído, fruto da inércia vivida nos últimos meses que acabou com o desfecho conhecido“.

Mas as críticas de Mário Ferreira não se ficam por aqui. “Mas o desespero do administrador da Soares da Costa vai mais longe e é tal que, na falta de quaisquer contra-argumentos, apela à feitiçaria”.

Sobre as declarações de Joaquim Fitas ao ECO, Mário Ferreira adianta que o presidente da construtora “cada vez se afunda mais nas mentiras e incoerências“.

O dono do Monumental Palace Hotel diz agora que o futuro é que importa: “Resolvido que se encontra o contrato, o caminho que queremos seguir é o do trabalho reforçado de recuperação da obra, contando coma colaboração de todos, incluindo os trabalhadores da Soares da Costa que quiserem continuar em obra para o efeito”.

E remata: “Quanto mais informação obtemos, mais percebemos a gravidade dos incumprimentos da construtora Soares da Costa e que usamos de excessiva condescendência com a sua administração“.

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CP: Última ligação Lisboa-Porto sairá 30 minutos mais cedo

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Novembro 2017

A mudança de horário foi admitida ao ECO por uma fonte oficial da empresa pública de transportes rodoviárias e é justificada com os "eventuais acertos de horários" considerados habituais.

A CP irá antecipar a última ligação entre Lisboa e Porto em 30 minutos a partir de 10 dezembro deste ano, sendo que o comboio Intercidades que saía da estação de Santa Apolónia, em Lisboa, às 22h00 passará a partir às 21h30. A mudança de horário foi admitida ao ECO por uma fonte oficial da empresa pública de transportes rodoviárias e é justificada com os “eventuais acertos de horários” que estão em estudo e que são considerados “habituais”.

“Como habitual, estão em estudo eventuais acertos de horários para entrar em vigor em dezembro, data em que se mudam os horários da ferrovia anualmente”, disse ao ECO fonte oficial. “O comboio em causa [Intercidades com partida às 22h00 para o Porto] tem prevista, nesta alteração, a antecipação da sua partida em 30 minutos.”

Os bilhetes para esta ligação já não estão disponíveis para compra no site oficial da transportadora, contudo ainda não foram comunicada qualquer mudança aos clientes. “A CP divulgará a informação relativa a eventuais alterações que venham a registar-se nos seus serviços”, afirmou a CP.

No site da CP os bilhetes para o comboio das 22h00 já não estão disponíveis.CP

Ainda que o horário mude, não estará em causa a supressão da ligação. “Não está prevista a redução da oferta e das ligações de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades) atualmente existente”, conclui a empresa.

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Sonae IM volta a apostar na cibersegurança. Entra no capital na Artic Wolf

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Embora o valor do investimento não tenha sido divulgado, as duas empresas fecharam uma ronda de financiamento de cerca de 12,3 milhões de euros.

A Sonae IM entrou no capital da Arctic Wolf, tecnológica norte-americana de cibersegurança, no âmbito duma ronda de financiamento desta última que captou 14,5 milhões de dólares (12,3 milhões de euros), anunciaram as empresas esta quinta-feira.

Em comunicado, a Arctic Wolf adianta que “fechou uma ronda de financiamento de 14,5 milhões de dólares (cerca de 12,3 milhões de euros) para continuar a expandir o centro de operações de segurança na América do Norte e nos mercados europeus”.

A tecnológica, que já contava com os investidores norte-americanos Lightspeed Venture Partners e Redpoint, viu agora juntarem-se à sua composição acionista a Sonae IM e Knollwood Investment Advisory nesta última ronda.

A Sonae IM terá um lugar na administração da Arctic Wolf e terá um papel ativo no desenvolvimento dos planos de expansão da empresa”, acrescenta a tecnológica, que desenvolve soluções de cibersegurança.

“Com o investimento na Arctic Wolf, nomeadamente dirigidas para o segmento de PME [pequenas e médias empresas] (…) a Sonae IM reforça o seu portfólio de cibersegurança“, que já inclui a S21sec, com sede em Espanha e que fornece serviços de segurança na Europa e tem “uma forte presença na América Latina”, refere o administrador da Sonae IM, Carlos Alberto Silva, citado no comunicado.

O administrador recorda ainda que a Sonae IM conta ainda em Portugal com a Sysvalue, que foi adquirida no ano passado.

A Sonae IM, que é o ‘braço’ do grupo Sonae para o investimento tecnológico, tem investido na cibersegurança, uma área que tem vindo a ganhar destaque no mundo das tecnologias de informação, reforçada ainda mais pelos ataques cibernáuticos recentes.

Em 2016, a Sonae IM realizou 11 investimentos diretos em diversos tipos de empresas tecnológicas – quer de arranque, quer em fase de crescimento.

O valor investido pela Sonae IM na Arctic Wolf não foi revelado.

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Portugal deixa de produzir energia através de carvão em 2030

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

O ministro do ambiente, João Matos Fernandes, revelou a intenção de fechar as produtoras de eletricidade a carvão, em Sines e no Pego, até 2030.

O Governo comprometeu-se esta quinta-feira a encerrar as duas centrais produtoras de eletricidade a carvão, em Sines e no Pego, até 2030, anunciou o ministro do Ambiente, em Bona, na Alemanha. Assim, nesse ano, “não existirá produção de eletricidade em Portugal” a partir desta matéria-prima, garante o ministro.

Em 2030, não existirá produção de eletricidade em Portugal, a partir do carvão“, afirmou esta quinta-feira João Matos Fernandes, à RTP. O governante está em Bona, na Alemanha, onde decorre a conferência das Nações Unidas para as alterações climáticas, até sexta-feira.

As centrais termoelétricas vão certamente ser encerradas em Portugal assim que tenhamos a capacidade de poder produzir energia a partir de fontes alternativas

João Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

“As centrais termoelétricas vão certamente ser encerradas em Portugal assim que tenhamos a capacidade de poder produzir energia a partir de fontes alternativas” sem sobressalto, disse o ministro do Ambiente.

João Matos Fernandes referiu-se à importância do compromisso que Portugal vai hoje assumir juntamente com outros países que também “estão na linha da frente” nesta matéria, como Canadá, reino Unido, França Holanda ou Nova Zelândia.

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Presidente angolano: Sonangol é “galinha dos ovos de ouro”

Na tomada de posse da nova administração da Sonangol, João Lourenço declarou que a petrolífera angolana é "a galinha dos ovos de ouro" do país e pediu para "cuidarem bem" da empresa.

Na tomada de posse da nova gestão da Sonangol, o Presidente da República angolano, João Lourenço, pediu aos administradores que “cuidem bem” da petrolífera estatal “por ser a galinha dos ovos de ouro” de Angola.

“Que continue a ser, para a nossa economia, a galinha dos ovos de ouro. Eis a razão por que fazemos este apelo, para que cuidem bem dela”, disse João Lourenço, na cerimónia realizada esta quinta-feira no palácio de presidencial, em Luanda, citado pela Lusa.

A nova gestão da Sonangol será liderada por Carlos Saturnino, que ocupou o cargo de secretário de Estado dos Petróleos durante pouco mais de um mês. Saturnino ocupa o lugar de Isabel dos Santos, que foi exonerada esta quinta-feira por João Lourenço.

Que continue a ser, para a nossa economia, a galinha dos ovos de ouro. Eis a razão por que fazemos este apelo, para que cuidem bem dela.

João Lourenço

Presidente de Angola

Em relação a essa exoneração, o vice-presidente da CASA-CE considerou ao Jornal de Angola que não vê “não tem nada de extraordinário”, explicando que se trata de “um mero exercício das suas competências”. “No quadro atual, o Presidente da República tem legitimidade política e legalidade constitucional de assim proceder”, declarou Lindo Bernardo Tito. “Não vejo algo extraordinário nas exonerações e nomeações, pois é um mero exercício das competências políticas constitucionais”, salientou ainda.

Desde que tomou posse como chefe de Estado de Angola, substituindo no cargo o histórico líder José Eduardo dos Santos, João Lourenço tem promovido várias alterações na composição da gestão de várias empresas públicas, algumas das quais ligadas diretamente ao antigo presidente, incluindo familiares.

Depois de ter exonerado a filha do antigo Presidente da Sonangol, João Lourenço também decidiu retirar a gestão dos canais públicos Canal 2 e à TPA Internacional às empresas privadas Westside e Semba Comunicações, detidas por Welwistchea dos Santos e José Paulino dos Santos, filhos de Eduardo dos Santos.

esta sexta-feira a ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, exonerou as administrações de dois dos maiores hospitais públicos do país, em Luanda, além do inspetor-geral e diretor nacional da saúde, conforme despachos a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira.

Antes, João Lourenço já havia realizado outras exonerações em cargos de instituições e empresas importantes em Angola, cujas lideranças tinham sido nomeadas pelo anterior Chefe de Estado. Como por exemplo, no Banco Nacional de Angola, onde então governador Valter Filipe tinha sido indicado por José Eduardo dos Santos um ano antes.

(Notícia corrigida às 14h03. Por lapso, atribuíram-se declarações ao Presidente da República quando na verdade foram proferidas pelo vice-presidente do partido CASA-CE. Aos leitores e aos visados, as nossas desculpas pelo engano)

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Isabel dos Santos desmente notícia com críticas à sua gestão

  • ECO e Lusa
  • 16 Novembro 2017

Isabel dos Santos diz que a notícia veiculada pela agência Lusa, intitulada "Relatório critica desempenho de administração de Isabel dos Santos na Sonangol" é falsa, e apresenta os seus argumentos.

“A ausência de liderança e de estratégia para a petrolífera estatal angolana, bem como o alegado mau relacionamento entre a Sonangol e as companhias petrolíferas, são conclusões do grupo de trabalho que avaliou o setor dos petróleos em Angola”, relata a notícia da Lusa, abaixo transcrita. Isabel dos Santos enviou um comunicado intitulado “desmentido” onde se defende.

O grupo de trabalho não se debruçou em momento algum sobre assuntos de gestão corrente ou de gestão de investimentos da Sonangol EP ou do grupo Sonangol“, afirma Isabel dos Santos.

No comunicado, explica que o subgrupo de trabalho para a “Simplificação dos Processos de Gestão das Concessões Petrolíferas” solicitou “um aumento do plafond sem autorização prévia da Concessionária, para custos recuperáveis”, o qual só poderia ser aprovado pelo Estado, pelo que a sua gestão não terá responsabilidade neste ponto.

A notícia: “Relatório critica desempenho de administração de Isabel dos Santos na Sonangol”

Em causa está o diagnóstico ao setor ordenado pelo novo chefe de Estado, João Lourenço, concluído esta semana, e que na quarta-feira precipitou a decisão do Presidente angolano de exonerar Isabel dos Santos do cargo de presidente do conselho de administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), substituída por Carlos Saturnino.

Basta dizer que nunca em 40 anos, neste país, os diretores das companhias petrolíferas pediram uma entrevista ao Presidente da República para fazerem queixas que o setor está parado.

José Oliveira

Especialista em petróleos do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola

De acordo com as conclusões apresentadas ao chefe de Estado pelo grupo de trabalho, criado em outubro, após as queixas das petrolíferas internacionais que operam em Angola, o setor petrolífero angolano apresenta uma paralisia, devido aos processos de gestão burocratizados e ineficientes, cuja responsabilidade é atribuída à Sonangol, enquanto concessionária nacional.

O documento, citado esta quinta-feira pela imprensa angolana, descreve constrangimentos e práticas na Sonangol que prejudicaram as operações do setor petrolífero, nomeadamente a burocracia imputada à gestão da concessionária, que terá elevado a 5.000 milhões de dólares (4.250 milhões de euros) os processos que esperam aprovação na concessionária nacional.

O especialista em petróleos do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola José Oliveira admitiu na quarta-feira, em declarações à Lusa, que a petrolífera “perdeu” um ano e meio de gestão com a administração de Isabel dos Santos.

"Negoceia-se, não se impõe coisas a companhias que vêm cá investir centenas de milhões de dólares”

José Oliveira

Especialista em petróleos do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola

“A situação tinha de ser reparada. Para se ter uma noção, basta dizer que nunca em 40 anos, neste país, os diretores das companhias petrolíferas pediram uma entrevista ao Presidente da República para fazerem queixas que o setor está parado, não anda, que precisa de medidas. Isto é inédito”, disse.

Como exemplos, o especialista aponta a falta de negociação da Sonangol com as companhias, atrasos nos pagamentos por parte da concessionária e outras alegadas exigências colocadas às companhias petrolíferas. “Negoceia-se, não se impõe coisas a companhias que vêm cá investir centenas de milhões de dólares“, criticou José Oliveira.

Este grupo de trabalho, de acordo com as mesmas conclusões esta quinta-feira divulgadas pelo Jornal de Angola, constatou que se deparou com uma “concessionária nacional sem liderança e sem estratégia para desenvolver o papel de impulsionadora da indústria petrolífera” e que é facto também um “mau relacionamento” entre a Sonangol, as companhias petrolíferas, subsidiárias empresas fornecedoras, “por ausência de pagamento regulares”.

É ainda assinalada a ausência de atividades de exploração, designadamente a prospeção e pesquisa de hidrocarbonetos, e apontada a “falta de sintonia” entre a petrolífera estatal e o Ministério dos Recursos Minerais e dos Petróleos.

O grupo de trabalho

O Presidente angolano, João Lourenço, deu 30 dias, a contar de 13 de outubro, para um grupo de trabalho, que integrava as principais petrolíferas que operam em Angola e a Sonangol, apresentar propostas para melhorar o desempenho da indústria nacional de petróleo e gás. O grupo foi coordenado – o prazo de 30 dias já terminou – pelo ministro dos Recursos Minerais e dos Petróleos, Diamantino Azevedo, com o objetivo de responder à “necessidade de melhorar as atuais condições de investimento na indústria de petróleo e gás, como condição relevante para o desenvolvimento futuro do país”.

A criação deste grupo de trabalho surgiu precisamente uma semana depois de as petrolíferas terem defendido, a 6 de outubro, numa reunião com o novo Presidente angolano, João Lourenço, medidas para melhorar a competitividade do setor, face aos países concorrentes.

" A agora antiga administração preocupou-se com o aspeto empresarial, de contas, de melhorar o balanço e análise de todo o grupo e esqueceu-se que a função de concessionária é tão ou mais importante”

José Oliveira

Especialista em petróleos do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola

Estiveram nessa reunião, no palácio presidencial, os administradores da BP Angola, Cabinda Gulf Oil Company (Chevron) Eni Angola, Esso Angola, Statoil Angola e Total E&P. “Isto mostra como as coisas na concessionária estavam. A agora antiga administração preocupou-se com o aspeto empresarial, de contas, de melhorar o balanço e análise de todo o grupo e esqueceu-se que a função de concessionária é tão ou mais importante“, criticou ainda José Oliveira.

 

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MESA vai construir hangar para manutenção de aviões no aeroporto de Beja

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

A ANA assinou com a MESA uma licença de ocupação de um novo hangar no aeroporto de Beja onde a empresa "irá desenvolver e expandir a sua atividade de manutenção de aviões".

A empresa portuguesa MESA vai construir um hangar no aeroporto de Beja para manutenção de aviões, sobretudo da companhia aérea Hi Fly, que já usa a infraestrutura para estacionar aeronaves, foi anunciado esta quinta-feira.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a ANA – Aeroportos de Portugal refere que assinou com a MESA uma licença de ocupação de um novo hangar no aeroporto de Beja onde a empresa “irá desenvolver e expandir a sua atividade de manutenção de aviões”. As obras de construção do hangar da MESA, que se apresenta como “a principal empresa privada de manutenção, engenharia e serviços a aeronaves em Portugal”, deverão começar em abril de 2018 e prevê-se que a primeira fase do projeto termine até ao final daquele ano, lê-se no comunicado.

Segundo a ANA, o hangar irá servir para a manutenção de base da frota de aviões airbus da companhia aérea Hi Fly, que pertence ao mesmo grupo da MESA e usa o aeroporto de Beja há cerca de dois anos para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões, e de aviões de outras companhias aéreas com contrato de manutenção com a MESA.

O investimento da MESA prevê “a construção de um novo hangar, oficinas e arranjos exteriores, com uma área total de 9.500 metros quadrados, um centro técnico com capacidade para aviões de grande porte, incluindo os modelos airbus A330, A340 e A350″.

O desenvolvimento e a expansão da atividade da MESA vai incluir também “um novo centro logístico de suporte às atividades acrescidas de manutenção”, com cerca de 6.000 metros quadrados, “cuja localização será decidida nos próximos meses e que poderá ser em Lisboa, Palmela ou Beja”, adianta a ANA.

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Marques Mendes orador em conferência sobre Europa

Um dos objetivos do encontro passa pelo reforço da relação dos três países (Portugal, Luxemburgo e Bélgica).

Luís Marques Mendes, presidente do Conselho Estratégico da Abreu Advogados participa esta quinta feira, dia 16 de novembro, como orador no jantar anual da Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa. Um dos objetivos do encontro passa pelo reforço da relação dos três países (Portugal, Luxemburgo e Bélgica).

Serão abordados os novos desafios que se colocam ao “velho continente”, para além de Luís Marques Mendes estará também presente Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia.

O jantar conta ainda com as presenças do Embaixador da Bélgica em Portugal, Boudewijn Dereymaeker, e do Embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo em Portugal, Jean-Jacques Welfring.

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Exportações dependem de poucas empresas. Mas há melhorias

As exportações e importações em 2016 continuaram concentradas num número bastante limitado de empresas. Contudo, a concentração aliviou em relação ao ano anterior.

As cem maiores empresas foram responsáveis por 40% das exportações em 2016, uma “significativa concentração”, revela o INE, notando contudo um alívio desta concentração. Apesar de serem poucas as empresas que exportam para vários países, são estas as que mais contribuem para o volume de transações.

“Na globalidade das exportações de bens continuou a evidenciar-se uma significativa concentração do valor transacionado num número reduzido de empresas em 2016″, diz o INE. As maiores cinco empresas são responsáveis por 13,3% do valor exportado e as 100 maiores por 41,9% — ainda assim, menos 1,8 pontos percentuais em relação a 2015.

Comércio Internacional de Bens – Concentração do Valor por Número de Empresas, 2016. Fonte: INE

São as empresas que exportam para vários mercados (acima de vinte), uma fatia de apenas 1,8% entre as exportadoras, que asseguram 41,6% do valor exportado. Um valor elevado mas que desceu 2,1 pontos percentuais relativamente a 2015. Também se destacam nas importações, sendo responsáveis por 25,9%.

Outra das conclusões do relatório é que a maior parte, ou seja mais de dois terços das empresas, continua a transacionar com apenas um país. Estes negócios contam apenas 7,2% do valor transacionado.

Olhando para as empresas nas quais pelo menos 50% das exportações são dirigidas a um único mercado, a percentagem ascende a 94,1% do total. Este conjunto é o responsável por 50,4% do valor exportado.

(Notícia atualizada)

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Governo admite baixar portagens no interior

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Pedro Siza Vieira disse que o Governo “não deixará de utilizar instrumentos” como “os incentivos fiscais” ou a “revisão das portagens” nas estradas que ligam ao interior.

O Governo admitiu esta quinta-feira mudar as portagens no interior do país e dar incentivos fiscais a quem quer viver e abrir empresas nessas regiões, afirmou o ministro Adjunto Pedro Siza Vieira.

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, intervém durante a sua audição perante a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito das audiências sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2018, na Assembleia da República, em Lisboa, 16 de novembro de 2017. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Na sua estreia no Parlamento, para apresentar o Orçamento do Estado de 2018 nas áreas que tutela, o ministro garantiu que o Executivo “usará todos os instrumentos que tem ao seu dispor” na prioridade que é desenvolver o interior e travar o declínio das últimas décadas.

Pedro Siza Vieira assegurou que o Governo “não deixará de utilizar instrumentos” como “os incentivos fiscais”, a “relocalização de serviços públicos” ou ainda a “revisão das portagens” nas estradas que ligam ao interior. O ministro não quantificou nem deu mais pormenores sobre estas propostas.

O Executivo vai também lançar um programa para tentar captar investimento estrangeiro para o interior do país, de forma a travar o declínio dessas regiões e atrair pessoas e empresas, afirmou Pedro Siza Vieira na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

Este ‘dossier’, em articulação com Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) vai ser tratado numa reunião do Governo com entidades locais, em 24 de novembro, em Santa Comba Dão, distrito de Viseu.

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