PLMJ lança revista de arbitragem

Publicação periódica anual é lançada esta 5ª feira e centra-se na anotação, em diversas línguas, dos principais acórdãos de arbitragem do ano transacto

A PLMJ apresenta o número 1 da Revista PLMJ Arbitragem já esta quinta-feira. A revista é uma publicação periódica anual que se centra na anotação, em diversas línguas, dos principais acórdãos de arbitragem do ano transacto (acórdãos nacionais e internacionais, provenientes dos tribunais estaduais e arbitrais).

A apresentação será feita pelo Juiz Conselheiro António Abrantes Geraldes e terá lugar no Auditório PLMJ, nos escritórios de Lisboa.

Segundo António Pedro Pinto Monteiro e Iñaki Carrera, advogados coordenadores deste projeto, a Revista PLMJ Arbitragem “visa contribuir para o estudo da arbitragem (no meio profissional e académico) e para a discussão dos mais variados temas que, em cada ano, se encontram a ser discutidos nos tribunais estaduais e arbitrais, dando à jurisprudência o devido destaque e atenção que ela merece”, explicam em comunicado enviado pela PLMJ.

A equipa de PLMJ Arbitragem é uma aposta PLMJ. Conta com cerca de 30 Advogados (oito dos quais sócios), provenientes de seis nacionalidades diferentes, fluentes em cinco idiomas, com doutoramentos e mestrados na área e muita experiência acumulada. Por essa razão, foi distinguida pelo Global Arbitration Review pelo 4.º ano consecutivo e integra a lista mundial das 100 sociedades de referência na área.

PLMJ Arbitragem é coordenada pelo sócio Fundador de PLMJ, José Miguel Júdice (star individual pelos reputados diretórios internacionais) e pelo sócio Pedro Metello de Nápoles, integrando, entre outros, os sócios Manuel Cavaleiro Brandão, Tiago Duarte e Tomás Timbane.

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Lesados Banif: CMVM está a trabalhar “com todos os meios que tem”

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

O presidente da Associação de Lesados do Banif afirma que a CMVM está a trabalhar "com todos os meios que têm disponíveis" e que o regulador compreende a "ansiedade das pessoas".

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assegurou à Associação de Lesados do Banif (ALBOA) que está a trabalhar “com todos os meios que tem” para encontrar soluções que minimizem as perdas sofridas. Em declarações à agência Lusa após o encontro, o presidente da ALBOA, Jacinto Silva, disse que se tratou de uma reunião de trabalho com o conselho de administração do regulador dos mercados.

Segundo o responsável, a CMVM admitiu tratar-se de “um processo complexo, moroso, mas que de forma nenhuma está esquecido”. “Estão a trabalhar com todos os meios disponíveis que têm. Compreendem a nossa posição e a ansiedade das pessoas, mas de facto este é um processo extremamente complexo”, admitiu Jacinto Silva.

"Estão a trabalhar com todos os meios disponíveis que têm. Compreendem a nossa posição e a ansiedade das pessoas, mas de facto este é um processo extremamente complexo.”

Jacinto Silva

Presidente da Associação de Lesados do Banif

Para o presidente da ALBOA, o processo tem que ser feito “passo a passo e caminhando no sentido que haja uma solução”. “É uma maratona e, como tal, prazos e tudo isso não conseguimos dizer. Há muita gente envolvida, esperamos chegar a bom porto, mas temos consciência que vai ser demorado”, disse.

A reunião surgiu depois de, no sábado, a CMVM ter dito que estava a realizar inspeções presenciais à forma como foram vendidos os produtos financeiros pelo Banif aos lesados da instituição, avançando que não se limita a verificar se os documentos obrigatórios foram assinados por estes.

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Número de famílias em incumprimento volta a cair. Está em novos mínimos

Existiam perto de 551.850 famílias em falha com o pagamento dos seus créditos no final de setembro. São menos 19.300 face ao final de 2016 e o número mais baixo desde o início de 2009.

O número de famílias em situação de incumprimento com créditos atingiu um novo mínimo histórico. Eram cerca de 551,9 mil as famílias em falha com o pagamento dos seus créditos, no final de setembro, mostram dados da Central de responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal revelados nesta terça-feira. Este é o valor mais baixo desde março de 2009, período a que remonta o histórico disponibilizado pela entidade liderada por Carlos Costa.

Nos nove primeiros meses deste ano, 19.300 famílias deixaram de estar em incumprimento com as prestações dos seus empréstimos. Trata-se do número de saídas de incumprimento mais elevado, numa base homóloga, desde o início do histórico do Banco de Portugal que remonta ao início de 2009. Foi o segundo trimestre consecutivo de quebra no número de famílias com prestações em falta.

A quebra coincide com a melhoria da situação económica do país que ajudou muitas famílias a virarem costas ao flagelo do incumprimento. Não só a economia começou a crescer a um ritmo bastante mais acelerado, como o desemprego tem recuado para consecutivos para mínimos, com muitas pessoas a regressarem ao mercado do trabalho e assim conseguirem cumprir com os seus compromissos financeiros.

Evolução do número de devedores em incumprimento

De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nesta terça-feira, o PIB português cresceu 2,5% no terceiro trimestre deste ano, revelando um ligeiro abrandamento face à variação homóloga verificada no segundo trimestre (3%), mas ainda assim bastante acima dos níveis de crescimento registados nos últimos anos.

Simultaneamente, o desemprego tem vindo a cair, estando atualmente na fasquia mais baixa dos últimos nove anos. De acordo com dados do INE, a taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre deste ano, uma tendência de melhoria que se observa desde 2013, sendo que seria necessário recuar até ao final de 2008 para encontrar um valor mais baixo.

Menos incumprimento, mais crédito

Essa diminuição do número de situações de incumprimento acontece num período em que a nova concessão de crédito também está a recuperar, com as famílias a revelarem-se mais confiantes em relação à sua situação financeira bem como da saúde económica do país. Isto é particularmente verdade no que respeita ao crédito à habitação.

Esta finalidade tem sido o principal motor da recuperação dos níveis de concessão de crédito no país. Os dados do Banco de Portugal indicam que este ano, até setembro, as famílias portuguesas foram buscar à banca perto de seis mil milhões de euros para aplicar na compra de casa. Ou seja, um montante superior em 43% face ao registado no mesmo período do ano passado.

Neste segmento de crédito, o número de devedores que deixaram de estar em incumprimento também baixaram para um novo mínimo do histórico do Banco de Portugal. No final de setembro existiam 116.540 devedores com crédito à habitação nesta situação. Ou seja, menos 7.430 situações de incumprimento face ao mesmo período de 2016.

Já no crédito ao consumo, cujos níveis de concessão também têm vindo a crescer, o número de situações de incumprimento também encolheu. No final de setembro, existiam 495.710 agregados estavam em incumprimento. Isto é, menos 18 mil situações do que em igual período do ano passado.

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Como é que a Grécia espera melhorar a economia? Vai plantar canábis

Há 1,5 mil milhões de euros disponíveis para financiar estufas de plantação de canábis para fins medicinais. Governo de Alex Tsipras pretende votar a legalização da planta para fins medicinais.

Embrulhados numa crise que já dura há sete anos, os gregos parecem ter visto uma luz ao fundo do túnel. É na plantação de canábis que a Grécia deposita as suas esperanças para conseguir dar um forte impulso à economia. Há 1,5 mil milhões de euros disponíveis para financiar a plantação de canábis medicinal.

Foi pelo seu clima quente e ensolarado que a Grécia foi escolhida para este tipo de cultivo. Há 1,74 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) disponíveis para financiar a construção de estufas de cultivo de canábis durante os próximos anos, segundo adiantou o ministro da Agricultura grego, Evangelos Apostolou, à Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

De acordo com dados fornecidos pela equipa de investidores, um total de 12 a 15 estufas de plantação de canábis pode criar pelo menos 400 postos de trabalho. Prevê-se, ainda, que o mercado de canábis medicinal valha 200 mil milhões de euros nos próximos dez anos.

Até ao momento, a Grécia apenas admite a legalização da canábis para fins medicinais, uma lei que muitos órgãos do Governo pretendem alterar. O Governo de Alexis Tsipras pretende votar a legalização da canábis medicinal até ao final deste ano, de modo a haver tempo suficiente para a plantação e, assim, para que as primeiras colheitas possam ser feitas já no verão de 2018.

O primeiro-ministro conta com esse investimento de 1,5 mil milhões de euros para conseguir estimular a recuperação económica do país e, desta forma, permitir que a Grécia saia de um terceiro programa de resgate. Segundo as previsões, estima-se que com a plantação de canábis artificial (onde se recorrem a luzes artificiais como as de vapores de sódio e as multivapores) a economia grega cresça 2% este ano, aumentando para 2,5% em 2018.

“Milhares de gregos com membros da família a sofrerem doenças graves como cancro ou Parkinson poderão obter droga produzida no país, debaixo das regras da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse o ministro da Agricultura.

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Wall Street cai. Aguardam-se benefícios às empresas

A bolsa americana abre no vermelho, influenciada pela incerteza relativamente às políticas fiscais que serão aplicadas às empresas.

Wall Street abre o dia no vermelho, em sintonia com as principais praças europeias. Os investidores aguardam pareceres mais vinculativos acerca dos benefícios fiscais às empresas, que foram anunciados pelo Senado americano a semana passada.

Em Nova Iorque, o tecnológico Nasdaq abriu a perder 0,35% para os 6733,870 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que caiu 0,22% para os 23.388,40 nas primeiras transações do dia. O generalista S&P500 cai 0,27% para os 2,577,75 pontos.

Também do outro lado do Atlântico o cenário é de quebras, com o Stoxx 600 a cair 0,57%. A pesar, estão o fraco desempenho da bolsa espanhola (-0,35%) e da alemã (-0,28%). O PSI-20 foge à regra e mantém a trajetória ascendente.

"Não penso que irá existir clareza até que tenhamos um “sim” ou um “não” firme acerca da política fiscal.”

Scott Brown

Economista da Raymond James

“Estamos no final da época de apresentação de resultados, os dados económicos estão todos distorcidos por causa dos furacões. Não penso que irá existir clareza até que tenhamos um “sim” ou um “não” firme acerca da política fiscal”, comenta um economista da Raymond James. “Veremos avanços e recuos, o mercado tem de respirar”, acrescenta.

O dia na bolsa americana é marcado por uma subida nos preços acima das expectativas. Em outubro, estes cresceram 0,4%, que comparam aos 0,1% previstos pelos analistas consultados pela Reuters. Nos doze meses até outubro, o índice de preços do produtor registou o maior aumento desde fevereiro de 2012, um salto de 2,8%.

James Bullard, o presidente da Fed no Estado do Missouri, declarou esta terça-feira que o banco central americano deveria deixar a taxa de juro diretora inalterada até que se verifique um aumento da inflação.

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Autoridade da Concorrência diz que intervenção alterou práticas de divulgação de crédito especializado

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

Regulador exige que sejam repostas condições de concorrência no mercado, para benefício dos consumidores. Associadas da ASFAC vão ter assim de melhorar as suas práticas.

A intervenção da Autoridade da Concorrência “conduziu à introdução de alterações” no sistema de divulgação de informação sobre crédito especializado junto dos membros da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), disse, esta terça-feira, a AdC.

As associadas da ASFAC são, assim, obrigadas a melhorar práticas com o objetivo de “repor condições de concorrência no mercado, em prol dos consumidores”, refere o regulador.

“Em processo de contraordenação aberto a 23 de abril de 2015, a AdC detetou indícios de infração às regras da concorrência na relação entre a ASFAC e as suas associadas, nomeadamente a existência de um sistema de intercâmbio de informação estratégica sensível relativa a produtos e serviços nos mercados do ‘leasing’ mobiliário, do aluguer de longa duração (ALD), do crédito clássico, do crédito rotativo (‘revolving’) e do crédito a fornecedores (stock)”, recorda a AdC.

Este sistema de intercâmbio de informações institucionalizado pela ASFAC era suscetível de potenciar um efeito restritivo da concorrência, permitindo às participantes uma atuação na posse de informação sensível, ainda que passada, dos seus concorrentes, bem como a monitorização frequente da posição dos concorrentes no mercado”, prossegue.

“Com o objetivo de responder às preocupações jusconcorrenciais manifestadas pela AdC, a ASFAC apresentou um conjunto de compromissos, comprometendo-se a introduzir alterações no seu sistema de divulgação de informações, através do aumento da antiguidade dos dados individualizados que coloca à disposição das associadas, bem como introduzindo alterações às regras de reciprocidade na recolha e divulgação da informação”, aponta a AdC.

Após a consulta pública, a AdC “concluiu estar em condições de aceitar os compromissos apresentados, tornando o seu cumprimento obrigatório para a ASFAC, como forma de assegurar a aplicação das regras de promoção e defesa da concorrência nos setores de mercado representados pela ASFAC“, acrescenta.

Nesse sentido, em 06 de novembro de 2017, o conselho de administração da AdC determinou “a conclusão do processo PRC/2015/9 mediante a aceitação de compromissos e a imposição de condições, que serão monitorizados pela AdC”.

A Autoridade da Concorrência recorda que a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), outra das associações representativas do mercado, “também foi objeto de um processo contraordenacional e apresentou compromissos semelhantes, que se encontram em consulta pública”.

As duas associações e suas associadas foram objeto de diligências de busca e apreensão a 28 e 29 de janeiro de 2016.

“O facto de as associações agregarem os concorrentes de um determinado setor, não é, em si mesmo, restritivo da concorrência. No entanto, as associações de empresas, ao constituírem fóruns de encontro entre empresas concorrentes e de defesa dos respetivos interesses, têm de estar cientes que as suas decisões e iniciativas podem ser restritivas da concorrência caso viabilizem ou promovam a coordenação do comportamento estratégico das empresas, interferindo com o livre jogo da concorrência e com a autonomia dos agentes económicos. Cada empresa deve determinar de modo autónomo a sua política comercial, assim gerando concorrência no mercado”, conclui a AdC.

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Ministro da Educação foi internado e falha discussão do OE

  • Lusa e ECO
  • 14 Novembro 2017

O ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi internado esta terça-feira em Lisboa, com o diagnóstico de síndrome vestibular agudo.

O ministro da Educação vai faltar à audição parlamentar de discussão na especialidade do Orçamento do Estado, prevista para quarta-feira, na sequência do internamento hospitalar de Tiago Brandão Rodrigues por tempo ainda indeterminado, disse à Lusa fonte oficial.

Segundo a mesma fonte, Tiago Brandão Rodrigues foi internado esta terça-feira de manhã numa unidade do Serviço Nacional de Saúde em Lisboa, com o diagnóstico de síndrome vestibular agudo. O governante cancelou a agenda prevista para esta terça-feira e vai ficar sob vigilância e investigação médica nos próximos dias.

A audição do ministro da Educação coincidia com uma greve e manifestação junto do parlamento, convocadas pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e pela Federação Nacional da Educação (FNE) e outros sindicatos.

Uma das medidas incluídas na versão preliminar, que vai agora a discussão, é o final dos benefícios fiscais dos vales-educação atribuídos pelas empresas, que deverão passar a pagar o IRS na totalidade. O Bloco de Esquerda define o “reforço de verbas no orçamento do Estado para 2018 para as áreas da saúde e educação” como uma exigência, considerando-os serviços ” essenciais e que servem a população”.

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Banca vai ter de mudar. A culpa é da tecnologia

  • Rita Atalaia
  • 14 Novembro 2017

Francisco Barbeira, responsável pela transformação digital do BPI, afirma que a banca e seguros enfrentam vários desafios, incluindo a regulação, a concorrência das fintech e a tecnologia.

Francisco Barbeira, do BPI, responsável pela Transformação Digital, IT, Operações, Eficiência, Segurança e Procurement no Banco BPI.

“Não sabemos onde é que a banca e os seguros vão estar daqui a dez anos, mas é seguro dizer que vão ser muito diferentes.” A afirmação é de Francisco Barbeira, do BPI, numa conferência organizada pela EY no âmbito do Beyond – Portugal Digital Revolutions. O responsável pela transformação digital do banco liderado por Pablo Forero nota que estes dois setores enfrentam um grande desafio, tanto a nível da pressão imposta pela regulação, maior exigência dos clientes, concorrência das fintech e ainda a tecnologia que está a “mudar a forma como se faz banca”.

A banca e os seguros estão em mudança. Francisco Barbeira nota que “estamos no meio de um grande desafio e isto faz-se por múltiplas formas”, relembrando o que foi dito por Carlos Moedas. O comissário europeu responsável pelas pastas de Investigação, Ciência e Inovação afirmou que a banca que conhecemos hoje acaba em 2018 com a nova diretiva europeia que entra em vigor no início do próximo ano.

"Não sabemos onde é que a banca e os seguros vão estar daqui a dez anos, mas é seguro dizer que vão ser muito diferentes.”

Francisco Barbeira

Responsável pela Transformação Digital do BPI

Uma das vertentes que está a sofrer alterações é a relação com os clientes, que são cada vez mais exigentes. Para Luís Magro, diretor de marketing do Activobank, as novas gerações não gostam de “bancos muito tradicionais e pouco flexíveis”, o que acaba por diminuir a atratividade das instituições financeiras junto dos clientes.

Já Luís Amado, do Banco CTT, considera que é relevante que a relação com os clientes se baseie na proximidade e interação simples. E, apesar de a banca estar num período conturbado quando este banco surgiu no mercado, as “pessoas procuravam novas soluções”, o que acabou por ser uma oportunidade.

“Aquilo que o cliente espera dos serviços financeiros é agora complemente diferente. E aí a banca perdeu o comboio”, afirma Pedro Leitão, do Banco Atlântico Europa. “Quem ganha essa guerra são os grandes players digitais que nada têm a ver com banca.” Nesse sentido, “quem criou um novo paradigma com os clientes foi a Amazon ou a Google”.

Tecnologia muda tudo

Esta revolução nos dois setores baseia-se sobretudo em quatro fatores. Em primeiro lugar, na regulação. “Abre por um lado a indústria a outros players“, como é o caso das fintech, explica o responsável pela transformação digital no BPI. Mas, por outro lado, “coloca uma pressão muito grande sobre os bancos”. E há uma consequência: o número de bancos será menor do que o atual daqui a cinco a dez anos, salienta Francisco Barbeira.

Os clientes também estão cada vez mais exigentes. “Olham para nós como olham para qualquer outra indústria com que relacionam” e esperam, por isso, transparência e comodidade, explica. Há ainda uma maior concorrência no mercado com a entrada das fintech. “Entram no mercado com outra disponibilidade e com outra lógica de business plan. A concorrência mudou muito”, refere Francisco Barbeira, do BPI.

“As grandes empresas vão ter de viver com os pequenos players a entrar e a invadirem o seu negócio. As fintech estão a pisar os calcanhares aos bancos e isso é positivo”, afirmou Carlos Moedas durante a conferência “Pay Challenge”, em Lisboa, dedicada ao futuro dos serviços dos pagamentos.

Mas as grandes mudanças estão a ser impostas pelo impacto da tecnologia na indústria. “Agora falamos de criptomoedas, blockchain e inteligência artificial”, o que “vai marcar de forma decisiva a forma de fazer banca”, remata Francisco Barbeira, na conferência organizada pela EY no âmbito do Beyond – Portugal Digital Revolutions.

Tendências para o setor financeiro

Para a EY, há várias tendências que se destacam na banca, um setor “que tem procurado acompanhar a evolução tecnológica mas que enfrenta agora os desafios trazidos pela era digital”. Conheça algumas destas tendências:

  • Comoditização dos produtos financeiros: É cada vez maior a dificuldade para os produtos financeiros se diferenciarem do ponto de vista da utilidade aos olhos do consumidor. Num mercado com custos de mudança reduzidos, os consumidores fazem as suas escolhas em função da conveniência, produto a produto, e em horizontes temporais de curto prazo;
  • Desintermediação do mercado financeiro: Diariamente, assistimos à proliferação de novas plataformas digitais que substituem, em parte ou na íntegra, o papel realizado pelas instituições financeiras, contribuindo para a redefinição da cadeia de valor do sistema financeiro. Estas plataformas interagem diretamente com os clientes finais, facilitam transações e relegam para um plano secundário a intervenção dos tradicionais players de mercado;
  • Fintech como parceiros de negócio: Se no passado estas entidades eram consideradas como uma ameaça, cada vez mais começam a ser perspetivadas pelos bancos como parceiros de negócio, que viabilizam a comercialização de produtos e serviços inovadores, experiências de utilização personalizadas e a conversão de custos fixos em custos variáveis, escaláveis com o volume de atividade;
  • Ciberameaças e cibersegurança: Com a crescente exposição a canais de distribuição não presenciais, web e mobile, assim como com o aumento dos níveis de automação dos processos de decisão, as instituições financeiras encontram-se extremamente vulneráveis a ataques cibernéticos. Os bancos devem, por isso, reforçar o investimento em tecnologias de cibersegurança.

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Consumidores vão poder regressar à tarifa regulada de eletricidade a 1 de janeiro

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

A partir de 1 janeiro as famílias vão poder regressar à tarifa regulada de eletricidade. Nas faturas deverá constar o "valor da diferença entre o preço praticado em regime de mercado e a nova tarifa".

As famílias podem, a partir de janeiro e até 2020, regressar ao mercado regulado de eletricidade e manter o fornecedor em mercado livre, mas com a tarifa definida anualmente pelo regulador, segundo uma portaria publicada esta terça-feira.

A portaria com as regras que permitem o acesso dos consumidores domésticos, que já transitaram para o mercado liberalizado de eletricidade, ao regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas, foi publicada hoje em Diário da República e entra em vigor em 1 de janeiro de 2018.

De acordo com as regras, os comercializadores ficam obrigados a divulgar se disponibilizam ou não o regime de tarifas reguladas, nos termos a definir pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), dispondo de dez dias úteis para responderem aos clientes que solicitarem o acesso a esta nova tarifa.

Outra novidade é que nas faturas enviadas aos consumidores por todos os comercializadores em regime de mercado “deve ser colocado o valor da diferença entre o preço praticado em regime de mercado e a nova tarifa equiparada ou regulada“.

De acordo com o gabinete do secretário de Estado da Energia, “os consumidores com potências contratadas entre 1 kVA e 41,4 kVA [quilovoltamperes] podem assim optar por este novo regime equiparado até 31 de dezembro de 2020“, prazo limite para a liberalização do setor elétrico.

Caso se verifique a inviabilidade de aplicação da oferta desta tarifa por parte dos comercializadores, alerta o Governo, “os consumidores devem ser informados por escrito, constituindo esta resposta comprovativo para se cessar o contrato e formalizar o fornecimento de eletricidade com comercializador de último recurso”.

A presente portaria estipula ainda que “os clientes finais não poderão ser penalizados se tiverem sido contratados serviços duais ou adicionais relativos ao contrato anterior, sempre que decidam exercer o direito de opção à tarifa equiparada”.

Esta informação também vai ser disponibilizada através do portal Poupa Energia, o operador logístico de mudança de comercializador, que será lançado hoje depois das 14h e onde os consumidores podem procurar todas as propostas dos comercializadores disponíveis, bem como desencadear o processo de mudança de comercializador, se assim o entenderem.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 14 Novembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Não faz mal. Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais importantes, num minuto.

O Produto Interno Bruto (PIB), o crédito à habitação e o turismo estiveram em destaque esta manhã.

A economia portuguesa cresceu 2,5% no terceiro trimestre deste ano, revela a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicada esta terça-feira. O número foi ao encontro das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontavam precisamente para um crescimento de 2,5%.

Comparando Portugal com os parceiros comunitários, para os quais há dados, a economia nacional registou um crescimento abaixo do verificado em 14 outras economias. Bélgica, Dinamarca, França, Itália e Reino Unido, em contrapartida, cresceram menos.

Para que a maioria das pensões tenha um aumento real em janeiro de 2018, basta que a economia tenha avançado 2,44%, de acordo com o cenário do Governo. A estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) supera. O valor final será confirmado a 30 de novembro.

O crédito à habitação não para de aumentar em Portugal, sendo que só este ano os bancos já concederam quase seis mil milhões de euros em empréstimos com essa finalidade.

Os hotéis portugueses receberam, só durante os meses de verão, perto de sete milhões de hóspedes. Ao todo, a hotelaria nacional faturou mais de 1,3 mil milhões de euros entre julho e setembro, segundo dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Portugal ganhou sete mil milionários em 2017. Há mais 2,3 mil milhões no mundo

A riqueza mundial está a aumentar -- desde a crise que o mundo ficou 27% mais rico. O número de milionários também sobe: contam-se mais 2,318 milhões só em 2017. Em Portugal, são mais sete mil.

Portugal tem agora 68 mil milionários, mais sete milhares do que há um ano, revela o Credit Suisse. No panorama mundial são mais 2,318 milhões os indivíduos a fazer parte desta lista, liderada pelos EUA. Portugal é o 35.º país no mundo com mais milionários, de acordo com o ranking do Relatório de Riqueza Global.

Em 2017 existem 35,929 milhões de milionários no mundo inteiro, e o número continua a aumentar. O país que mais contribui para a conta são os EUA, com 15,356 milhões — quase seis vezes mais que o segundo no pódio, o Japão, onde vivem 2,693 milhões.

Com 68 mil milionários, Portugal, fica no 35.º lugar de um ranking de 139 países, mas deverá continuar a aumentar. Portugal deverá contribuir com 77 mil milionários para esta estatística em 2022, prevê o Credit Suisse. Ou seja, um aumento de 13%.

Os dez países com mais milionários

O cenário da riqueza é mais positivo se olharmos para o topo da pirâmide: espera-se que o número de milionários cresça 22% nos próximos cinco anos, até atingir os 44 milhões em 2022. Já se o olhar recair sobre a base da pirâmide, a fatia da população que conta com menos de 10.000 dólares por adulto, deverá cair apenas 4% no mesmo período.

Níveis de riqueza, por país, em 2017

Portugal leva o ouro entre os países da União Europeia que estão no grupo de “riqueza intermédia” — entre os 25.000 dólares e os 100.000 dólares –, à frente da República Checa e Eslovénia. Mais afastados no ranking estão a Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e Eslováquia ocupam o extremo oposto. Este é também o grupo de países como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita ou economias emergentes da América Latina, como o Chile, Costa Rica e Uruguai.

O relatório assinala que desde a crise financeira mundial, a riqueza global cresceu 27%. Considerando só o último ano, “a riqueza global aumentou 6,4% e atingiu 280 biliões de dólares, um salto de 16,7 biliões. Isto reflete ganhos generalizados nos mercados de ações combinados com aumentos semelhantes em ativos não financeiros, que pela primeira vez neste ano ultrapassaram o nível de 2007, antes da crise”, refere o relatório.

Os EUA são responsáveis por metade da riqueza gerada nos doze meses que decorreram até meados de 2017, totalizando 8,5 biliões de dólares. Destaca-se o último ano, no qual a aceleração foi maior e a riqueza média por adulto atingiu um novo recorde. Os níveis de dívida, contudo, têm permanecido estáveis. Encontra-se hoje 3% abaixo do verificado em 2007.

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Estágios Profissionais: candidaturas arrancam quarta-feira

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Novembro 2017

Segundo período de candidatura começa amanhã e termina no dia 3 de janeiro. Conta com uma dotação de 36,65 milhões de euros.

Arranca esta quarta-feira o segundo, e último, período de candidatura do ano aos incentivos a estágios profissionais. Esta fase conta com uma dotação de 36,65 milhões de euros e decorre até às 18 horas do dia 3 de janeiro.

A medida pretende apoiar a inserção de jovens no mercado de trabalho e a reconversão profissional de desempregados através da experiência em contexto de trabalho.

Podem candidatar-se pessoas singulares ou coletivas de natureza privada, com ou sem fins lucrativos, explica o aviso de abertura de candidaturas. Para isso, terão de recorrer ao portal www.netemprego.gov.pt. No caso do Prémio ao Emprego — para empresas que contratem, sem termo, os estagiários no final do estágio –, a empresa deve registar previamente a oferta no portal, antes de celebrar o contrato e de pedir o apoio.

Dos 36,65 milhões afetos a este período de candidatura, as maiores fatias estão destinadas ao Norte (13,2 milhões) e Lisboa e Vale do Tejo (11 milhões).

O primeiro período de candidatura contou igualmente com uma dotação de 37,6 milhões de euros, depois de o Conselho Diretivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter decidido duplicar a verba disponível, dado “o assinalável interesse e adesão” à medida. Naquela fase, as empresas enviaram 13.906 candidaturas, que correspondem a 17.086 estágios.

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