Airbnb estipula prazo máximo nas estadias em Paris

  • ECO
  • 14 Novembro 2017

Paris é a terceira cidade europeia a impor restrições às plataformas de arrendamento de curto prazo, depois Londres e Amesterdão.

A Airbnb alinhou com as intenções dos reguladores parisienses. A partir do próximo mês de janeiro, as rendas temporárias não poderão superar os 120 dias por ano na capital francesa. A medida tem vindo a ser implementada noutras cidades europeias como Londres e Amesterdão.

A medida vai avançar depois de Paris ter decretado o registo de todos os apartamentos destinados ao arrendamento de curto prazo junto da câmara municipal a partir de dezembro.

França é o segundo maior mercado da Airbnb, com mais de 400.000 de imóveis registados para arrendamento temporário, a seguir aos Estados Unidos. Só a cidade de Paris conta com 65.000.

O serviço de arrendamento tem vindo a enfrentar as instâncias regulamentares. Em causa está um possível lobbying da indústria hoteleira, que vê estas novas plataformas como concorrentes desleais.

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Klaus Regling atribui sucesso da economia portuguesa à austeridade da troika

  • Margarida Peixoto
  • 14 Novembro 2017

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade identificou Portugal como um caso de sucesso e notou que os países que cumpriram programas de ajustamento são agora "campeões das reformas".

Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), apontou Portugal como um caso de sucesso e um dos Estados-membros “campeões de reformas”. Mas atribuiu o bom momento da economia nacional ao cumprimento das duras medidas do programa de ajustamento da troika. A mensagem faz parte do discurso que o responsável preparou para levar ao College of Europe, em Bruges, esta terça-feira.

O presidente do MEE explicou as vantagens da criação da instituição que lidera e como através do seu financiamento (e do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que lhe antecedeu) os países puderam reagir à perda de acesso aos mercados de dívida.

Para se qualificarem para estes empréstimos vantajosos, os países têm de se comprometer com programas rígidos de reformas para resolver os seus problemas“, indicou Regling. “Isto significa reduzir os défices públicos, e restaurar a competitividade através do fim das políticas salariais insustentáveis e baixar os custos unitários do trabalho”, descreveu o presidente do MEE. “Outras reformas têm como objetivo liberalizar os mercados de trabalho e de produto. E por fim, há também tipicamente problemas no sistema bancário que precisam de ser resolvidos”, continuou, num relato que serve como uma luva ao que se passou em Portugal.

Regling reconheceu que, “não é preciso dizer, estas reformas são inicialmente dolorosas para a população. Baixar pensões e salários, e cortar programas de apoio público, compreensivelmente, nunca são populares”. Mas relacionou o cumprimento destas medidas “dolorosas” com o sucesso que as economias alvo de programas exibem agora. “Mas no longo prazo, os cidadãos vão beneficiar de resultados económicos mais fortes. Dos cinco países de programa do MEE, quatro são agora histórias de sucesso. Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre terminaram os seus programas e as suas economias estão a comportar-se bem“, concluiu Klaus Regling.

O presidente do MEE aprofundou ainda a análise à Irlanda e a Espanha, identificando-os como “campeões do crescimento na zona euro”, por terem conseguido avanços do PIB em 2016 na ordem dos 5% e 3%, respetivamente. De seguida, citou o Banco Mundial e a OCDE para defender que os “países de programa também estiveram extremamente bem na modernização das suas economias” e que agora são “campeões de reformas”, devendo “as mudanças estruturais implementadas formar a base do seu sucesso futuro”.

Só a Grécia continua num programa ativo do MEE, mas Regling olhou com otimismo para o percurso do país, notando que “o governo está no rumo certo para implementar as reformas a que se comprometeu” e que, se assim continuar, terá “boas hipóteses de regressar ao financiamento regular [nos mercados] assim que terminar o programa, em agosto do próximo ano.”

Esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística revelou que o PIB português cresceu 2,5% em termos homólogos no terceiro trimestre e acelerou para um crescimento de 0,5% quando comparado com os três meses anteriores. O próximo gráfico mostra que crescimentos acima dos 2% durante um ano são raros no histórico nacional.

Portugal cresce acima de 2% há um ano

Fonte: INE

Progressos da Europa são assinaláveis, mas nem tudo está bem

Depois de notar os progressos que a Europa fez no pós-crise financeira, Regling admitiu, contudo, que ainda há desafios fundamentais por resolver. Desde logo, é preciso atacar o problema do baixo crescimento potencial da região, prejudicada pelo envelhecimento da população. E é por isso que “as reformas estruturais precisam de continuar em todos os países, não apenas nos que receberam um programa de assistência do MEE”, frisou o responsável.

Por exemplo, Regling quer mais mulheres a trabalhar e defende o “aumento da idade da reforma”. Para que a força de trabalho se mantenha robusta, defendeu o responsável, é preciso encontrar uma forma de integrar os imigrantes, nomeadamente em países como a Alemanha e a Áustria, cuja população já estaria a encolher se não fossem os fluxos migratórios.

“Outra área onde permanecem demasiadas fragilidades é o setor financeiro”, avisou Regling. “É claro que reduzir o crédito malparado é uma prioridade urgente”, sublinhou. E foi mais longe, notando que a fragilidade que ainda permanece no sistema bancário explica a falta de integração financeira e o excessivo enviesamento nacional. Por isso, argumentou, é preciso fazer mais em três áreas: “financeira, orçamental e institucional”.

O que falta fazer no sistema financeiro

As fragilidades no sistema bancário têm de ser resolvidas, “maioritariamente” pelos próprios bancos, defende Regling. Mas a União Bancária precisa de ser completada. E aqui Regling defende a introdução de uma rede comum de segurança (backstop) para o Fundo Único de Resolução (o fundo que resgata os bancos). Só assim este fundo terá rapidamente credibilidade, argumenta Regling, sugerindo que “o MEE pode assumir este papel”.

O outro passo é introduzir o Mecanismo Europeu de Segurança de Depósitos, que permitirá aos depositantes ter a garantia de que o seu dinheiro está seguro por todo o sistema europeu, em vez de ser garantido apenas pelos fundos públicos seu país. Mas para avançar para este mecanismo é preciso que a saúde financeira dos bancos seja mais ou menos comparável, o que não acontece enquanto o problema do malparado não estiver resolvido.

Por fim, a zona euro deve “harmonizar mais a legislação de falências, impostos e empresas”, isto é, cumprir a União dos Mercados de Capital.

O que falta fazer em termos orçamentais

Regling argumentou que a Zona Euro não deve procurar maior integração orçamental ou política, defendendo a que existe é suficiente. “Não precisamos de mais transferências entre países”, frisou o responsável. “O atual Orçamento da União Europeia já permite transferências significativas dos países ricos para os pobres, que podem atingir até 4% da economia recetora“, sublinhou, adiantando que os países que beneficiaram dos programas de ajustamento já têm juros baixos, o que é “equivalente a transferências”. Então o que é preciso? Simplificar as regras orçamentais, que são agora “demasiado complexas e difíceis de compreender”.

Regling defendeu ainda a criação de um mecanismo para ajudar um país europeu que seja especificamente afetado por uma crise, como por exemplo, no caso de a Irlanda ser afetada por uma saída dura do Reino Unido da União Europeia. Nestes casos, um fundo poderia ajudar a reagir, adiantando dinheiro que o país pagaria mais tarde. Outra opção seria um seguro complementar de desemprego. Também aqui o MEE pode ter um papel: “Um empréstimo de curto-prazo do MEE com condicionalidade mais baixa poderia cumprir um papel semelhante,” defendeu.

O que falta fazer em termos institucionais

Regling mostrou-se favorável à criação de um presidente permanente do Eurogrupo, que poderia também tornar-se no ministro das Finanças da zona euro. Neste sentido, o Parlamento Europeu poderia criar um subgrupo que representasse os países da zona euro. Isto não invalidaria que os parlamentos nacionais continuassem a ter uma palavra a dizer sobre os empréstimos do MEE.

Regling lembrou ainda que poderá ser criado um Fundo Monetário Europeu, que poderá substituir o Fundo Monetário Internacional em futuros resgates.

(Notícia atualizada às 13h55 com mais informação)

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Inquérito: 57% dos inquiridos são contra a realização de jantares no Panteão Nacional

  • Rita Frade
  • 14 Novembro 2017

Depois do polémico jantar de f.ounders no Panteão Nacional, o ECO lançou o debate sobre a realização de jantares neste monumento. 57% dos inquiridos mostrou-se contra.

Realizou-se, na passada sexta-feira, no Panteão Nacional, um jantar à porta-fechada com CEO, fundadores de startups e outras empresas que participaram no Web Summit.

O momento, que foi registado e partilhado nas redes sociais, rapidamente gerou uma onda de indignação pelo espaço escolhido para realizar o evento.

O primeiro-ministro considerou a utilização do Panteão Nacional para eventos festivos “absolutamente indigna”, o Bloco fala em “absurdo, disparate, uma coisa ignóbil” e o PCP utiliza os adjetivos “lamentável e infeliz”. O PSD, pela voz de Sérgio Azevedo, descartou responsabilidades do Governo anterior, dizendo que “não vale a pena tapar o sol com a peneira”.

Também o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, disse esta segunda-feira concordar com a posição crítica assumida pelo Governo sobre o uso do Panteão para jantares. “Concordo com a posição do Governo. O Panteão não deve ter essa utilização, o Governo vai tomar medidas, concordo com elas”, afirmou o autarca, à margem da comemoração dos 75 anos do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

A propósito deste tema, o ECO decidiu lançar um debate na redes sociais (Facebook e Twitter) para saber qual é a opinião dos seus leitores.

De acordo com os resultados obtidos no Facebook, a maior parte dos leitores não concorda com a realização de jantares, como o do Web Summit, no Panteão Nacional (cerca de 57%).

No Twitter, o “Não” venceu com mais de metade dos votos (68%):

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Mining: JPAB assessora operação

A José Pedro Aguiar-Branco Advogados prestou assessoria jurídica à sociedade australiana NOVO LÍTIO na aquisição de um conjunto de licenças para pesquisa de minério no Norte de Portugal

A JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados prestou assessoria jurídica à sociedade australiana NOVO LÍTIO na aquisição de um conjunto de licenças para prospeção e pesquisa de minério localizado no Norte de Portugal à sociedade inglesa Medgold Resources Corp.

A transação foi concluída através da aquisição, pela subsidiária portuguesa da NOVO LÍTIO – a Lusidakota – da totalidade do capital social e dos direitos de voto da subsidiária portuguesa da Medgold.

A coordenação jurídica do negócio, que envolveu a realização de due diligence legal à sociedade a adquirir, esteve a cargo de Maria de Deus Botelho, sócia e coordenadora da área de prática de comercial e societário da JPAB. A equipa da JPAB integrou, ainda, as advogadas associadas Sofia Barros Ferreira, Sara Vieira de Oliveira, Joana Carneiro e Olinda Magalhães.

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SoftBank à beira de investimento na Uber. Nenhum acordo final assinado

  • ECO
  • 14 Novembro 2017

Se as condições não forem favoráveis para a SoftBank, a empresa japonesa admite que "poderá não avançar com o investimento".

A SoftBank anunciou, esta terça-feira, que já acordou entre os seus acionistas o investimento no setor tecnológico da Uber. A multinacional japonesa salvaguarda que ainda não foi alcançado um acordo final entre as duas partes e avisa que poderá não avançar com o investimento, caso as condições “não sejam satisfatórias”, avançou em comunicado.

Segundo a Reuters, a SoftBank tem vindo a liderar um consórcio com o grupo de investimento Dragoneer, anunciado esta semana, cujos planos de investimento na Uber rondam entre os mil milhões de dólares e os 1,2 mil milhões de dólares.

Fontes próximas da Uber já tinham avançado que o investimento conjunto da SoftBank e do Dragoneer estava em curso, num negócio que podia valer até 10 mil milhões de dólares.

Os avanços nas negociações surgem após a Benchmark, empresa de capital de risco com presença no conselho de administração da Uber, e o antigo presidente executivo Travis Kalanick terem chegado a um consenso relativamente aos planos de investimento da empresa japonesa.

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Farfetch atingiu 718 milhões de dólares em vendas em 2016

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Novembro 2017

As contas do unicórnio português deixaram de estar no segredo dos deuses. A Farfetch esteve perto de atingir o objetivo estabelecido em 2016, com as vendas a acelerarem 81% face a 2015.

O unicórnio português que tem como cavaleiro José Neves alcançou, em 2016, o patamar dos 718 milhões de dólares em vendas, correspondendo a um crescimento de 81% face a 2015. A Farfetch tornou públicos os resultados do ano passado, que mostram uma escalada nas vendas e nas receitas, mas também nas perdas.

As receitas da empresa cresceram 74% comparando como o período homólogo, fixando-se nos 197,9 milhões de dólares. Ainda assim, a Farfetch expandiu as perdas de 36 milhões de dólares para 44,5 milhões de dólares (pouco mais de 38 milhões de euros). A maior fatia das vendas foi feita para fora do território europeu, com a China a afirmar-se como um mercado particularmente forte.

Até então, as contas da empresa eram um segredo dos deuses, com o presidente a afirmar que pôr os resultados, os montantes de investimento e a consolidação de contas nas mãos dos concorrentes seria não aproveitar uma margem de manobra que a empresa tem, por não estar cotada em bolsa. “Queremos manter essas vantagens competitivas em relação aos nossos concorrentes que já estão registados em bolsa e portanto são obrigados a divulgar essa informação”, explicou Neves em entrevista ao ECO.

Ainda assim, os 800 milhões de dólares em vendas já eram apontados como o objetivo para 2016. Ainda que se tenha verificado que o valor real ficou aquém do objetivo, José Neves dava mais importância à tendência de crescimento que se registava e que era para manter. Desta forma, a fasquia dos mil milhões de dólares em 2017 será para ultrapassar.

Assumidamente uma empresa global, a Farfetch tem onze escritórios espalhados por cidades, como Los Angeles, Nova Iorque, São Paulo, Londres, Guimarães, Porto, Lisboa, Moscovo, Xangai, Hong Kong e Tóquio. Nos novos escritórios de Lisboa, inaugurados em maio deste ano, cabem 300 trabalhadores, mas em Portugal são já 900.

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AIE revê em baixa procura de petróleo devido a subida de preços

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

Temperaturas mais baixas no hemisfério norte e subida do preço do barril (cerca de 20% desde setembro) são as justificações apontadas pela agência para as suas previsões.

Agência Internacional da Energia (AIE) reviu em baixa as previsões da procura global de petróleo em 2017 e 2018 devido à subida dos preços do barril e às temperaturas mais suaves do que o habitual no início deste inverno.

Esta correção é muito significativa para o quarto trimestre de 2017, com menos 311.000 barris diários, devido às condições meteorológicas menos frias no hemisfério norte, ainda que para o conjunto do ano a redução seja de 50.000 barris diários, explica a AIE no relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado hoje.

Os autores do estudo indicam que também tiveram em conta a subida do preço do barril, que é de cerca de 20% desde o início de setembro.

Isto significa que o consumo médio de petróleo em 2017 será de 97,7 milhões de barris por dia, mais 1,5 milhões de barris do que em 2016.

Para 2018, a procura será de 98,9 milhões de barris diários, um acréscimo homólogo de 1,3 milhões de barris, que supõe menos 190.000 barris por dia do que o antecipado no relatório do mês passado.

Do lado da oferta, a agência sublinha que esta subiu em 100.000 barris diários em outubro para 97,5 milhões de barris por dia, que são menos 470.000 barris do que no mesmo mês de 2016 graças aos cortes aprovados e aplicados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

O grau de cumprimento dos cortes da OPEP para equilibrar o mercado alcançou 96% em outubro (o maior valor desde janeiro) e 87% nos primeiros dez anos deste ano.

A oferta da OPEP diminuiu 80.000 barris diários em outubro (sobretudo devido ao Iraque, Argélia e Nigéria) para 32,53 milhões de barris diários, o menor nível desde maio e menos 830.000 barris diários do que no mesmo mês de 2016.

Mas fora do cartel petrolífero as extrações de petróleo estão a aumentar, essencialmente nos Estados Unidos, e a AIE calcula que esse aumento será de 700.000 barris diários em 2017 e de 1,4 milhões em 2018.

O estudo constata que depois das recentes subidas de preços estão as inquietações geopolíticas, em particular as purgas internas nos círculos de poder na Arábia Saudita e as crescentes tensões políticas na região.

Em paralelo, as reservas comerciais dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) baixaram em 40,3 milhões de barris em setembro para, pela primeira vez em dois anos, ficarem abaixo da barreira simbólica dos 3.000 milhões de barris.

A principal razão foi o ciclone Harvey, que provocou uma paragem nos fornecimentos nos Estados Unidos.

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Governo reúne-se com professores antes da greve geral

  • ECO
  • 14 Novembro 2017

Paralisação está agendada para amanhã. Governo recebe hoje os professores mas a reunião não deverá contar com o ministro Tiago Brandão Rodrigues.

O Governo reúne-se esta terça-feira com os sindicatos dos professores, pouco antes do início da greve geral convocada para amanhã. Quem o diz é o secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), em declarações à TSF.

“Pedimos uma reunião ao ministério [da Educação] logo no dia 12 de outubro, recebemos uma recusa da realização da reunião, o que é inaudito — que haja uma desconsideração por um parceiro social”, afirmou João Dias da Silva à TSF.

“Agora na véspera da ida do senhor ministro à Assembleia da República, é marcada uma reunião para as 17h e, julgamos, que sem a presença do senhor ministro”, adiantou ainda, acrescentando: “tanto quanto sabemos será com a senhora secretária de Estado”.

A FNE não vê com bons olhos a ausência do ministro Tiago Brandão Rodrigues, notando que o encontro é de natureza “política e não técnica”. “Temos muito receio de que, da parte do Ministério da Educação, não haja mais do que uma afirmação genérica que seja claramente insuficiente e pouco esclarecedora relativamente àquilo que são as reais intenções do ministério e do governo para a garantia deste direito que os professores têm”, adiantou João Dias da Silva.

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Fundação PLMJ nomeada para os Corporate Art Awards

  • ADVOCATUS
  • 14 Novembro 2017

A sociedade de advogados concorre ao lado de nomes como IKEA, American Express, Deutsche Bank e Fiat.

Pela primeira vez, a fundação PLMJ está entre os nomeados para os Corporate Art Awards, o prémio que reconhece o melhor projeto artístico em contexto “corporate”. A entrega de prémios decorrerá no próximo dia 22, numa cerimónia em Roma, com abertura do ministro da Cultura Italiano.

A sociedade de advogados é a única entidade portuguesa entre os nomeados ao prémio, e concorre ao lado de nomes como Google, Nestlé, IKEA, American Express, Deutsche Bank, Fiat, Fundação Mapfre, Fundação Piaggio, HBC, Itaú, Lufthansa e Bacardi. Além da PLMJ, a Hogan Lovells é a outra sociedade de advogados que também está apurada para a entrega do reconhecimento.

O evento conta com um comité científico, que avaliará a qualidade e consistência dos projetos de cada fundação ou coleção. Os Corporate Art Awards reconhecerão também a entidade mais popular nas redes sociais, com a categoria “Social Media Corporate Art Awards”, para aquela que reunir mais likes no website oficial.

Os Corporate Art Awards contam com a organização da pptArt, em colaboração com a LUISS Business School e o ministério da Cultura italiana.

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As lições da comissão de inquérito aos Panama Papers. Portugal incluído

Mais de um ano depois, a comissão de inquérito do Parlamento Europeu que investigou os Panama Papers publicou o relatório final. O ECO reuniu as lições numa altura em que se fala dos Paradise Papers.

Um minuto de silêncio. Foi um dos momentos marcantes da sessão que aprovou o relatório final da comissão de inquérito aos Panama Papers: os eurodeputados homenagearam a jornalista Daphne Caruana Galizia, assassinada em Malta, depois de ter investigado os casos de crime fiscal no seu país. Esta jornalista maltesa tornou-se o mais recente símbolo da investigação destes casos. A condenação do assassínio é uma das inúmeras conclusões do relatório final da comissão do Parlamento Europeu.

Ainda recentemente, o mesmo consórcio, do qual Galizia fazia parte, lançou o Paradise Papers que, durante a última semana, revelaram os esquemas fiscais de empresas, celebridades e Estados. Não é por acaso que a última ressalva do relatório é que ainda permanecem por responder muitas questões — vários dos envolvidos recusaram-se a responder às perguntas da comissão, inclusive Malta, país que estava à frente da presidência do Conselho Europeu. Superado este inquérito, os eurodeputados querem ir mais longe: propõem a criação de um comité permanente que investigue os crimes fiscais, uma das muitas recomendações.

O relatório final é especialmente duro com países como Malta, Reino Unido, Alemanha, Holanda ou Luxemburgo, mas Portugal também não escapa a uma menção. A 22 e 23 de junho, uma delegação composta por eurodeputados portugueses e estrangeiros esteve em Lisboa, uma visita espoletada pela notícia de que houve um “apagão” no controlo do Fisco a quase dez mil milhões de euros entre 2011 e 2014. Nas conclusões da visita, os eurodeputados criticam a falta de controlo por parte da supervisão bancária e das autoridades nacionais. O relatório relaciona esta falha com a queda do BES/GES — muitas das transferências foram feitas para o Panamá, onde o grupo tinha offshores.

Os eurodeputados questionam-se, por isso, o porquê do Panamá ter saído da lista negra em 2010, quando José Sócrates ainda era primeiro-ministro (relembram também a recente acusação do Ministério Público), e pedem critérios objetivos para a formação dessa lista. Apesar das críticas, o relatório conclui também que uma das consequências da divulgação do Panama Papers em abril de 2016 foi um reforço da supervisão feita pelo Banco de Portugal. Contudo, ainda continuam a existir um problema: as Autoridades Tributárias dos países e as unidades de investigação de crimes financeiros têm cada vez menos recursos, tal como relembrava um dos jornalistas responsáveis pela investigação ao ECO.

Uma das vice-presidentes da comissão de inquérito, a eurodeputada Ana Gomes, em entrevista ao ECO após a visita, corroborava essa observação e admitia que a Comissão Europeia estava a ir mais longe do que alguma vez foi, mas o principal problema identificado não é transposição de diretivas ou a formulação das leis — o drama está na aplicação e na fiscalização do cumprimento das regras. Um fator que também é um sinal de que continua a haver “falta de vontade política”. A própria comissão de inquérito, no comunicado sobre o relatório final, tinha como principal conclusão o falhanço dos Estados-membros na luta contra a evasão fiscal e lavagem de dinheiro.

18 meses de investigação depois, 18 conclusões e recomendações

O relatório final da comissão de inquérito ao Panama Papers, que durou cerca de 18 meses, tem 121 páginas e inúmeras conclusões e recomendações. Entre estas 40 páginas de resumo onde são citados conceitos técnicos de planeamento fiscal e a lei tributária dos Estados-membros. O ECO reuniu as principais ideias do documento:

  1. Existe uma diversidade de definições para o que constitui um centro financeiro de offshore, paraíso fiscal ou uma jurisdição não-cooperante, o que dificulta a adoção de legislação eficaz contra a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro;
  2. Foi identificada “falta de vontade política” dos Estados-membros para avançar com reformas — o que tem permitido a fraude e a evasão fiscal –, apontando o dedo aos Estados-membros que bloqueiam os avanços. A vontade política passa também por uma colaboração e coordenação mais forte entre os países na partilha de informação;
  3. Identifica lacunas e mismatches (desajustes na lei) relativamente à tributação dos rendimentos com direitos de imagem e transferência internacionais de jogadores de futebol, tal como demonstrado nos Football Leaks;
  4. Critica a existência de passaportes ou vistos gold que permitem permissões de residência em vários países, o que está a ser usado por alguns contribuintes para lavar dinheiro, e condena a falta de fiscalização por parte destes Estados-membros de forma a verificar a origem do dinheiro;
  5. Um dos principais problemas é a não identificação do “último beneficiário” de uma estrutura, o que dificulta o rasto dos esquemas fiscais usados. A própria Mossack Fonseca chegou a confessar que não sabia, em alguns casos, quem eram os “beneficial owners” (nome técnico) de certas entidades que registou em offshores;
  6. Existem zonas económicas especiais dentro da União Europeia, como é o caso da Madeira, que são usadas de forma abusiva por empresas e cidadãos ricos para esconder lucros sem pagar impostos; Os eurodeputados pedem que a Comissão reveja estes estatutos de forma a evitar esta situação;
  7. Identifica a falta de recursos humanos, tecnológicos e financeiros à disposição dos reguladores, supervisores e Autoridades Tributárias dos Estados-membros — um problema sistémico da UE que compromete a eficácia da lei;
  8. Alerta que, para além dos produtos financeiros, o mercado imobiliário é o que está mais vulnerável à lavagem de dinheiro e investimentos ilícitos;
  9. São necessárias sanções “mais dissuasivas” para os bancos e os intermediários; Identifica bancos como o Berenberg (Alemanha) ou o Pilatus (Malta) que falharam na comunicação de casos suspeitos de lavagem de dinheiro às entidades competentes;
  10. Recomenda à Comissão Europeia para que mude a necessidade do cumprimento do princípio de unanimidade entre os Estados-membros para fazer alterações em assuntos fiscais;
  11. Propõe que qualquer entidade que tenha uma estrutura offshore tenha de justificar às autoridades o porquê de a terem;
  12. Acabar com as lacunas na lei tributária europeia que permitem esquemas fiscais agressivos que penalizam as receitas fiscais nacionais. Os eurodeputados argumentam que a “criatividade” de quem foge ao fisco é mais rápida do que a formulação de legislação;
  13. Pede o aumento do tempo de prescrição dos crimes por lavagem de dinheiro de forma a prevenir que o falhanço das autoridades seja fatal;
  14. Sugere o fim do segredo profissional dos intermediários nos casos em que haja o objetivo de proteger práticas ilegais ou de violar o espírito da lei em vigor. Os advogados que aconselham os clientes a planear esquemas fiscais agressivos devem ser responsabilizados e punidos;
  15. Quer fazer depender o acesso a financiamento para investimentos subsidiados pela União Europeia o facto de o país cumprir ou não as regras fiscais impostas a nível europeu, servindo como estímulo ao cumprimento do espírito da lei. Aos Estados-membros que estiverem “fora da lei” deve ser aberto um procedimento por incumprimento;
  16. Nenhuma empresa ou qualquer intermediário deve beneficiar de fundos europeus caso esteja ligado a uma estrutura offshore;
  17. Imposição de uma taxa mínima efetiva de imposto a cidadãos e empresas na União Europeia de forma a evitar uma política agressiva de dumping financeiro, o que cria discrepâncias entre os Estados-membros. E ainda que os lucros sejam tributados no território onde são gerados;
  18. Pedir ao Reino Unido para que regule os seus territórios ultramarinos, muitos deles presentes nas revelações do Panama Papers e do Paradise Papers.

Os números

  • 0,6%. A percentagem, segundo uma estimativa da Europol, que os casos do Panama Papers representam no total dos casos anuais de lavagem de dinheiro, sugerindo que esta é só a “ponta do icebergue”, como dão a entender o Paradise Papers;
  • 159,5 mil milhões de euros. Estimativa do valor perdido pelas Autoridades Tributárias europeias em IVA por causa dos offshores;
  • 1,5 milhões. O número de empregos que podiam ser suportados na Europa com a receita fiscal perdida pelos países;
  • 1 bilião. A estimativa da Comissão Europeia para o dinheiro que, anualmente, é perdido na Europa por causa da evasão fiscal e o planeamento fiscal agressivo. No mundo todo, o valor sobe para 3,1 biliões de dólares;
  • 3.000. Número de contribuintes (cidadãos ou empresas) da União Europeia ligados aos Panama Papers;
  • 18. Número de projetos do Banco Europeu de Investimento ligados à Mossack Fonseca que foram bloqueados no ano passado, prevenindo que mil milhões de euros fossem parar a paraísos fiscais;
  • 17.973. Número de entidades offshore do Reino Unido, seguido por 10.877 no Luxemburgo e 6.374 no Chipre;
  • 14.000. Número de intermediários (advogados, contabilistas, bancos, consultoras, entre outros) citados nos Panama Papers — cerca de 19% estão localizados na União Europeia e são responsáveis por criarem 39.700 estruturas offshore;

O relatório terá ainda de ser aprovado em dezembro em votação final que contará com todos os eurodeputados do Parlamento Europeu.

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Paradise Papers: Nuno Melo diz a Ana Gomes que é “obscenidade” comparar Madeira ao Panamá

  • Lusa
  • 14 Novembro 2017

Eurodeputado diz que Ana Gomes está "obcecada com a Madeira" e considera obscena a comparação do Madeira ao Panamá, num debate com o comissário europeu Pierre Moscovici.

O eurodeputado Nuno Melo (CDS-PP) acusou, esta terça-feira, a eurodeputada Ana Gomes (PS) de estar “obcecada com a Madeira” e considerou “uma obscenidade” comparar a região autónoma ao Panamá, durante um debate no Parlamento Europeu sobre os ‘Paradise Papers’.

Durante o debate no hemiciclo com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, sobre o mais recente escândalo de elisão e evasão fiscal, Nuno Melo defendeu que “a UE tem de repudiar todos os paraísos fiscais que existam para lavar dinheiro, ocultar lucros ilícitos, auxiliar no produto de crimes” e “deve repudiá-lo dentro e fora, sem dúvidas nem estados de alma”.

“Ainda assim, sublinhe-se, paraísos fiscais são uma coisa diferente de regimes fiscais mais favoráveis, que existem, e bem, para ajudar as regiões mais desfavorecidas, desde logo as Regiões Ultraperiféricas (RUP), que não dispõem dos mesmos instrumentos capazes de gerar receita, riqueza e emprego”, que outros, disse.

Ana Gomes pediu então a palavra para interpelar Nuno Melo, questionando o deputado do CDS se, ao falar das regiões ultraperiféricas com regimes especiais, se referia à Madeira.

“Quer aceitar que esse tipo de raciocínio que evoca é o que justifica que países como Malta, Luxemburgo e outros, na própria UE, continuarem a ser verdadeiros paraísos fiscais?”, questionou a deputada socialista.

Nuno Melo retorquiu então que não falou na Madeira e que Ana Gomes é que “vive obcecada com a Madeira”, referindo-se às críticas da deputada à zona franca da Madeira.

“O que lhe quero dizer é o seguinte: comparar a Madeira ao Panamá é uma obscenidade, é uma vergonha. E não é por razão de patriotismo. A senhora doutora fá-lo, e faz muito mal. Como sabe, inclusivamente no seu próprio partido não a acompanham, por alguma razão será. A Madeira é uma região ultraperiférica, e possa a Madeira continuar a beneficiar da solidariedade da UE, porque é assim que é suposto”, disse.

Também o eurodeputado José Manuel Fernandes, do PSD, defendeu que é “essencial que não se confunda regimes fiscais mais favoráveis com ‘offshore’”.

“O artigo 349 do Tratado de Lisboa permite que as RUP possam ter um regime fiscal beneficiário para atrair o investimento, criar emprego, promover o desenvolvimento, uma vez que estas regiões são prejudicadas pelo afastamento e insularidade. Este regime, ainda que tenha que ser melhorado, já provou que tem efeitos positivos no desenvolvimento das regiões”, sustentou.

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Espanha pode criar mais 500 mil empregos se a Catalunha “voltar ao normal”

  • ECO
  • 14 Novembro 2017

O primeiro-ministro espanhol diz que a economia espanhola pode abrir 500.000 vagas de emprego e crescer mais rápido caso a situação na Catalunha "volte ao normal".

Mariano Rajoy, o primeiro-ministro espanhol, projeta que, caso a situação da Catalunha “volte ao normal”, a economia espanhola beneficie de uma vaga de novos empregos — meio milhão — e que o PIB cresça entre 2,8% e 3% em 2018. Independentemente do desenrolar dos acontecimentos, o líder do Executivo não conta abandonar a sua posição em Madrid até ao final do mandato.

“Se isto acalmar, a economia pode crescer cinco ou seis vezes mais no próximo ano” afirmou Rajoy numa entrevista à Cope Radio, citada pelo Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês). O Governo espanhol previu em outubro que os movimentos independentistas da região da Catalunha resultassem numa quebra do PIB dos 2,6% previstos para 2018 para os 2,3%.

Catalunha foi a região espanhola onde o desemprego mais cresceu em outubro. Em geral, o número de desempregados nesse país registou um aumento de 56.844 pessoas em relação a setembro, embora em relação ao ano anterior o número de desempregados tenha diminuído em 297.956 indivíduos. A “debandada” de empresas que saíram da Catalunha desde que se iniciaram os movimentos separatistas já está próxima da fasquia dos 1.400.

Na mesma entrevista, Rajoy afirmou que caso os separatistas saiam vitoriosos das eleições de 21 de dezembro, nas quais se irá decidir acerca da autonomia da Catalunha, não abandonaria o cargo de primeiro-ministro. “Se estiver nas minhas mãos, esta legislatura durará quatro anos”, rematou, de acordo com o El País.

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