Estados Unidos compram cada vez mais petróleo angolano. Quase 190 mil barris por dia

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Da produção diária de 1,6 milhões de barris diários de petróleo em Angola, 189 mil são comprados pelos Estados Unidos. Reserva do país caiu mais do que o esperado em setembro.

As compras do petróleo angolano pelos Estados Unidos dispararam desde junho, ultrapassando os 10 por cento do total da produção de Angola, indicam dados da unidade de estatística (EIA) do Departamento de Energia norte-americano, reunidos pela Lusa.

No mês de junho, os Estados Unidos compraram a Angola o equivalente a 178.000 barris de crude por dia, registo que subiu no mês seguinte para 189.000 barris de crude, para uma produção diária angolana que ronda os 1,6 milhões de barris diários.

Em fevereiro, segundo os dados da EIA, as compras norte-americanas do petróleo angolano foram de apenas 64.000 barris de crude por dia, valor que caiu ainda mais no mês seguinte, para apenas 30.000 barris.

Nos sete meses já contabilizados em 2017 pelo Departamento de Energia, as compras do petróleo angolano pelos Estados Unidos rondaram, em média, os 110.000 barris diários, ainda assim abaixo do mesmo período de 2016, então com um registo médio de 186.000 barris diários.

A Nigéria, que concorre com a Angola como principal fornecedor africano de petróleo aos Estados Unidos, garantiu neste mesmo período, entre janeiro e julho, vendas médias equivalentes a 298.000 barris de crude por dia.

Cerca de 50% do petróleo angolano é comprado pela China, logo seguida pela Índia, que tem vindo a reforçar as compras de crude a Angola.

As reservas de petróleo dos Estados Unidos registaram na primeira quinzena de setembro uma nova quebra, de 1,8 milhões de barris, ficando em 471 milhões, informou o Departamento de Energia.

A descida foi superior ao esperado, com as previsões a apontarem para uma diminuição de 700 mil barris.

As reservas de petróleo mantêm-se acima da média para esta época do ano, segundo o relatório do Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Onde vai chamar o canalizador? Na Fixando

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

A Fixando permite juntar vários profissionais desde serviços de reparações em casa até eventos na mesma plataforma. A startup criada em Portugal é uma das várias que estará presente no Web Summit.

A ‘startup’ portuguesa Fixando tem uma plataforma ‘online’ que permite aos cidadãos ter acesso a diversos serviços, como a fotografia ou a pichelaria, entre outros, que serão desempenhados por profissionais registados na empresa, simplificando o processo de contratação.

A empresa propõe-se simplificar o processo de contratação, porque, explica à Lusa o responsável, David Cordeiro, “cada vez que uma pessoa procura contratar um serviço, muitas vezes depara-se com um processo demoroso”. A ideia é “simplificar o processo que muitas vezes se torna complexo”, disse.

Para usufruir dos serviços disponíveis, o cliente final deve recorrer à plataforma ‘online’ e responder a questões predefinidas pelo ‘site’ acerca da prestabilidade que necessita e, em seguida, vai receber até cinco propostas de profissionais em, aproximadamente, 48 horas.

Este processo é totalmente gratuito para o consumidor final.

A missão da empresa para os prestadores de serviço é ajudar “pequenos empresários, os prestadores de serviços, pequenas empresas, ‘freelancers’ e empresários em nome individual” a encontrar novos clientes e a aumentar o volume de negócios, esclareceu o dirigente.

Os profissionais que se candidatam a prestar os serviços conseguem aceder à plataforma quando realizam um registo ‘online’ que lhes possibilita a angariação automática de 15 créditos gratuitos para que possam “testar a plataforma e enviar de cinco a sete propostas” de resolução dos serviços pedidos, disse o responsável em entrevista à Lusa.

Cada sugestão enviada ao cliente final tem um valor em créditos e, depois de terminados os 15 créditos oferecidos pela marca, o cliente profissional pode comprar um dos pacotes disponíveis pela empresa para continuar a aceder à plataforma e a fazer negócios.

Os pacotes vendidos são de 60, 100 e 200 créditos, sendo que, “quanto maior for o pacote, maiores serão as vantagens para os profissionais”, referiu David Cordeiro. O responsável pelo projeto afirmou que os créditos comprados pelos clientes profissionais são a “única forma que a Fixando tem para fazer receita”. A plataforma tem um sistema de ‘review’ e, no final do serviço, os clientes têm a opção de avaliar o profissional.

“Gera-se um sistema de meritocracia que vai premiar a longo prazo os profissionais que são melhores e que vão tendo avaliações mais positivas”, explicou David Cordeiro no centro de operações da empresa situado na capital portuguesa.

A plataforma tem enormes benefícios para os profissionais porque permite-lhes visualizar e enviar propostas no meio do seu dia de trabalho – ação conhecida pelo termo ‘on the go’.

A marca tem cerca de 100 pedidos de clientes por dia, o que resulta numa média de aproximadamente três mil pedidos mensais.

“Os profissionais estão-se a registar a um ritmo crescente e, neste momento, a plataforma conta já com mais de dois mil profissionais” registados, referiu o responsável à Lusa.

A empresa vai participar na cimeira da tecnologia, a Web Summit, com o objetivo de “aumentar a visibilidade, reforçar a marca e a presença no mercado”.

Por outro lado, a Fixando pretende “ter contactos com ‘stakeholders’ e acredita que estes intermediários possam ajudar a empresa a “escalar e a crescer”, nomeadamente as relações com os investidores e com os ‘media’”, reforçou o responsável.

A marca está em expansão desde o início da semana e, para além de estar a trabalhar em Portugal e na Alemanha, já se encontra em dois novos mercados – na Áustria e na Suíça.

A Web Summit realiza a segunda edição em Lisboa, de 6 a 9 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fazer compras em prestações sem juros? Agora é possível com a Parcela Já

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

A Parcela Já criou terminais que dão a possilidade aos consumidores de fazer compras até 12 prestações sem juros. A startup portuguesa marcará presença na próxima edição do Web Summit.

A ‘startup’ portuguesa Parcela Já permite aos consumidores parcelar todas as compras sem juros no seu cartão de crédito e com “rapidez de concessão de crédito imediata e no ponto de venda”, afirmou o responsável, Miguel Quintas.

Os consumidores podem escolher pagar as suas compras de forma parcelada entre duas a 12 vezes numa das 70 lojas que trabalham com o sistema tecnológico Parcela Já e não têm nenhum custo acrescido às suas compras, afirmou o responsável do projeto à agência Lusa.

Para os clientes procederem ao pagamento parcelado têm que introduzir o seu cartão de cidadão e o seu cartão de crédito no terminal Parcela Já para efetuar a sua compra, escolhendo em quantas vezes gostariam de fazer o pagamento.

Para finalizar a operação, o consumidor deverá “assinar o talão de compra e guardá-lo consigo”, afirmou Miguel Quintas.

As lojas aderentes alugam os aparelhos da marca Parcela Já a um custo de 10 euros mensais.

Segundo o responsável, qualquer loja que tenha presente o “terminal pode fazer o pagamento parcelado” e, reforça que “a vantagem da loja é que recebe logo” o valor do produto comprado.

A empresa fez um acordo com as lojas aderentes e quem está a pagar os custos dos juros das compras é a loja, sendo que uma parte desse pagamento reverte para a empresa e uma outra fatia reverte para o banco BNI.

As lojas que utilizam este terminal e oferecem esta tecnologia aos clientes aumentam as vendas em cerca de 15% porque “os consumidores estão dispostos a comprar mais” e, visto que estão a atrasar o pagamento, os cidadãos “não se importam de comprar algo mais caro”, explicou o responsável em resposta à Lusa.

Um em cada quatro clientes, abordados pelas lojas com os terminais, faz a transação no Parcela Já.

De acordo com Miguel Quintas, este modelo “é fácil de replicar” e essa é uma outra vantagem da iniciativa.

A empresa vai estar presente na conferência de tecnologia Web Summit, com o principal objetivo de “trazer um banco que queira efetivamente olhar e perceber como funciona”, porque o projeto precisa de ter “milhares e milhares de terminais instalados” e, para isso, “é preciso um banco”, explicou Miguel Quintas.

Com a parceria de um banco a organização poderá deixar os seus terminais e esta tecnologia iria ficar ativa nos terminais instalados pelos bancos e a empresa iria crescer, passando este projeto de 70 lojas a estar presente em todas as lojas que utilizem os terminais do banco que tiver parceria com a empresa.

Numa entrevista nas instalações da empresa, o responsável citou que “os patrocinadores devem escolher esta ‘startup’ “pelo custo de utilizar uma ferramenta destas”, que é inferior ao que existe no mercado”.

O Banco BNI é parceiro deste projeto e quem financia as operações, porque é uma entidade legal que pode cobrar e pagar às lojas.

A Parcela Já está no mercado há quase três meses e, até ao dia 16 de outubro, já tinham sido feitas “várias centenas de transações”, revelou o responsável.

A empresa demorou cerca de dois anos a construir o projeto Parcela Já e o sistema, que tem transações diárias, já está a funcionar.

O Web Summit realiza a segunda edição em Lisboa, de 6 a 9 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

As baterias viciam? Cinco mitos sobre a tecnologia

Um telemóvel mais caro é um telemóvel melhor? As baterias viciam? Os computadores ficam lentos com o tempo? Descubra cinco mitos sobre a tecnologia que deve esquecer de uma vez.

O The New York Times identificou e esclareceu cinco mitos sobre a tecnologia. Conheça-os.Pixabay

A tecnologia que usamos regularmente evoluiu muito nos últimos anos. Os telemóveis mais antigos, que de mobilidade tinham muito pouco, deram lugar aos smartphones que cabem no bolso e até sabem o que queremos, antes de o querermos. Com essa evolução, algumas coisas que eram verdade deixaram de o ser, muito embora essas crenças perdurem no tempo sob a forma de mitos.

Por isso, muita coisa já não é verdade (ou nunca foi). Certas práticas podem até fazer mais mal do que bem aos aparelhos. O The New York Times encontrou cinco mitos tecnológicos que vale a pena conhecer. No fim, o melhor é esquece-los de uma vez.

1. É mais caro? É melhor

Oh, a velha máxima… Na hora de comprar um telemóvel ou computador novo, a tendência é para acreditar que, se é mais caro, é melhor. Por outras palavras, a crença geral é a de que um aparelho que aparenta ter melhores características é superior, é melhor e vai durar mais tempo. Segundo o jornal norte-americano, essa ideia não podia estar mais errada.

Primeiro, porque o computador topo de gama, com as melhores características e o melhor processador do mercado, pode não ser o ideal para quem, por exemplo, se limita a escrever textos, fazer apresentações e aceder a jornais e redes sociais. Antes, um computador melhor é ideal para quem precisa de uma máquina com muitos recursos: seja para editar vídeo ou usar outros programas pesados. Segundo, porque melhores especificações não significam qualidade superior — ou seja, não é por ser mais caro que o aparelho vai durar mais tempo. Ponto.

Assim, indica o The New York Times, a obsessão das características de um aparelho são uma pura perda de tempo para a generalidade dos consumidores. A não ser que esteja à procura de algo mais específico por motivos profissionais, por exemplo.

O equipamento mais caro nem sempre é a melhor opção.Wikimedia Commons

2. As baterias viciam

Ouve-se em todo o lado: as baterias dos telemóveis e dos computadores viciam-se com o tempo. Certo? Errado. Muita gente crê que só deve carregar a bateria do telemóvel quando a mesma está completamente a zeros. Não só é um mito como é prejudicial para o aparelho.

As baterias mais antigas tinham, de facto, esse problema: se fossem carregadas contendo ainda alguma carga, a bateria, com o tempo, deixava de poder ser carregada na sua totalidade. Atualmente, as baterias comuns usadas nos aparelhos eletrónicos são as chamadas “baterias de iões de lítio” (Li-ion battery) — e são inteligentes. Isso significa que sabem quando estão totalmente carregadas, não devendo haver problemas significativos se deixar o smartphone à carga durante toda a noite.

Este é, aliás, daqueles mitos que fazem mais mal do que bem. Como explica o jornal, as baterias de iões de lítio possuem um número limitado de ciclos de carga. Um ciclo de carga acontece quando deixa a bateria descarregar até ao fim. Por isso, carregar, por exemplo, perto dos 20% será o ideal.

Mas quer mesmo saber qual o principal inimigo das baterias nos dias de hoje? Aquele pequeno demónio que faz o seu telemóvel perder capacidade de carga com o tempo? É o calor. Evite altas temperaturas e mantenha os seus gadgets mais saudáveis.

Tente não deixar a bateria esvaziar antes de carregar.Pixabay

3. Mais megapixels = melhor câmara

Outro mito: o dos megapixels. A ideia generalizada é a de que uma câmara com mais megapixels é uma câmara de qualidade superior, que tira melhores fotos. Mas não. O jornal The New York Times explica que, basicamente, os megapixels medem a quantidade de informação que o sensor da câmara é capaz de capturar.

No entanto, esse número não está diretamente relacionado com a nitidez das fotografias que a câmara é capaz de capturar, nem a profundidade ou o contraste das cores — as principais características que, na realidade, os consumidores, em geral, procuram numa câmara. Os megapixels, em teoria, permitem apenas que a câmara tire fotos de maior resolução, ou seja, fotografias maiores, em termos de comprimento e largura (medidos em píxeis).

Como saber, então, se a câmara do telemóvel que quer comprar tem qualidade satisfatória? O jornal recomenda a consulta de artigos de revisão que são, muitas vezes, publicados nos jornais por especialistas ou jornalistas de tecnologia. Por norma, a câmara — ou as câmaras — são um dos pontos a merecerem análise. O ECO, por exemplo, também o faz: veja exemplos aqui e aqui.

Mais megapixels não significam uma melhor câmara.Pixabay

4. O telemóvel está programado para ficar lento com o tempo

Quem aprecia tecnologia já deve conhecer o conceito de “obsolescência programada”. Não é difícil de perceber: diz-nos que os aparelhos são programados pelas fabricantes para ficarem obsoletos com o tempo, como forma de incentivar os consumidores a comprarem um modelo novo e mais recente.

Todos os telemóveis são geralmente rápidos quando novos. No entanto, a tendência é para ficarem cada vez mais lentos com o tempo. As aplicações parecem demorar mais tempo a abrir. Por vezes, o sistema congela. E ninguém gosta disso. Aliás, quase de certeza que também já lhe aconteceu a si.

Ora, o conceito de “obsolescência programada” é real, sim, mas em casos muito específicos. Segundo o The New York Times, é um erro pensar que existe uma conspiração e que as marcas, deliberadamente, fazem com que os nossos telemóveis ou computadores fiquem lentos para nos obrigar a ir às lojas. Saiba por isso que, na maioria dos casos, a lentidão que surge com o tempo é explicada por um outro fator: a evolução. O mercado das aplicações está já bastante maduro. A cada dia surgem componentes com mais e melhores capacidades. A tecnologia nunca avançou tão rápido. E isso permite aos programadores desenvolverem aplicações cada vez mais pesados.

Quando a Apple lança uma nova versão do sistema iOS, fá-lo a pensar mais nos novos modelos do iPhone e do iPad, e não nos mais antigos. O sistema é desenhado para caber na perfeição nesses novos aparelhos. E embora a marca permita a instalação em alguns modelos anteriores, não é de estranhar que a carga de novas funcionalidades os possa fazer ficar mais lentos, pesados. Sim, os aparelhos até podem ficar lentos com o tempo. Mas é o preço a pagar pela evolução. Não é uma conspiração para nos obrigar a gastar mais dinheiro, garante o The New York Times.

Os telemóveis estão programados para ficarem lentos? Não exatamente.Blake Patterson/Flickr

5. É sempre melhor fazer seguro

Se já comprou um gadget numa loja de tecnologia, provavelmente foi-lhe oferecida a hipótese de, com um custo acrescido, subscrever um seguro que lhe repara o equipamento em caso de problemas. No entanto, de acordo com o jornal, essas ofertas, na maioria das vezes são inúteis.

É muito fácil um consumidor cair na tentação de subscrever uma cobertura extra contra danos quando compra um aparelho novo. Por norma, os telemóveis, computadores ou tablets são equipamentos dispendiosos e ter um seguro acrescido retira algum peso da consciência.

No entanto, na maioria das vezes, o seguro extra corre lado a lado com a garantia da fabricante do equipamento. Aliás, ativar o seguro em caso de problemas poderá mesmo desacelerar o processo de reparação, dependendo dos casos.

É evidente que a garantia não cobre todos os riscos. Mas os principais já estão ao abrigo dela, pelo que o The New York Times recomenda que poupe esse dinheiro extra. Ainda assim, se lhe dá alívio ter um seguro, deverá considerar o preço que esse seguro lhe custa face ao preço total do aparelho. Existem vantagens, claro, mas fica ao seu critério. Avalie as condições e, se lhe parecer bem, subscreva-o na mesma.

Ter um seguro extra nem sempre é uma mais-valia.Carrrrrlos/Flickr

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Craft Wallet: Como pôr 16 mil euros na carteira numa semana

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Outubro 2017

Miguel Morgado quis criar uma carteira prática e engraçada e conseguiu juntar ao projeto centenas de apoiantes. Agora, pôs mais de 16 mil euros na Craft Wallet numa semana, tudo com a ajuda deles.

Miguel Morgado é o fundador da Craft Wallet, a “carteira mais sexy da Terra”.Craft Wallet

A ideia por detrás do negócio andou sempre no bolso de Miguel Morgado e, aos 23 anos, o estudante de engenharia mecânica agarrou-a por necessidade. “Andava à procura de uma carteira que servisse os meus propósitos mas também que fosse engraçada de usar”, conta Miguel ao ECO. Já com experiência na área da produção de peças em alumínio, acabou por resolver o problema com as suas próprias mãos.

Nasce assim a primeira de quatro versões da Craft Wallet, uma carteira mecânica de alumínio com capacidade para seis cartões com apenas 8,4 milímetros, eliminando de vez o volume nos bolsos. Corriam os primeiros meses de 2016 quando Miguel decidiu pedir ajuda aos seus potenciais clientes através de uma campanha de crowdfunding e, desde então, a ligação entre empresa e clientes só tem vindo a ficar mais forte.

“Na primeira campanha conseguimos mais de 30 mil euros de quase mil apoiantes”, explica Pedro Andrade, que se juntou a Miguel já depois do desenvolvimento do produto, para assumir a pasta do marketing. Recém-licenciado na área, encontrou Miguel e a Craft Wallet numa feira de empreendedorismo e dedicou-se de corpo e alma. “Recolhemos o feedback que os apoiantes nos tinham dado e melhorámos a carteira“, recorda.

"Há apoiantes que parecem que fazem parte da equipa, há uns que até fazem apoio ao cliente.”

Miguel Morgado

Fundador da Craft Wallet

A partir daí foi um processo a várias mãos e com bastante suor. À medida que os clientes iam encontrando defeitos, quer fosse na pele ou nos mecanismos de retenção e lançamento dos cartões, iam reportando aos empreendedores, que rapidamente implementavam as mudanças que achavam necessárias. Chegaram então ao modelo 2.0 daquela que é apelidada pelos mesmos como “a carteira mais sexy da Terra”. Esta conta agora com sistema renovado de retenção e de lançamento dos cartões, com um sistema de bloqueamento de roubos por contactless e garantia vitalícia.

“A comunidade é a base de crescimento”

Ainda que a ideia tenha partido de Miguel e tenha sido aperfeiçoada pela equipa da Craft Wallet, os empreendedores afirmam que sem os seus apoiantes, o produto não estaria neste nível de desenvolvimento. “Desde o princípio que criámos uma comunidade de evangelistas”, afirma, orgulhosamente, Pedro Andrade. “São literalmente evangelistas porque estão a apoiar o projeto desde o início, tornaram-se embaixadores e ajudam-nos a espalhar a carteira”.

As centenas de apoiantes que contribuíram para a primeira campanhas têm tido um papel preponderante no desenvolvimento do produto com muitos a continuarem ligados ao projeto como se deles se tratasse. “As pessoas sentem que isto também é deles, que contribuíram para o seu crescimento”, afirma Pedro. “Há apoiantes que parece que fazem parte da equipa, há uns que até fazem apoio ao cliente“, interrompe Miguel, destacando a ligação próxima que continua a ser cultivada.

É pelo contacto com o público e pela possibilidade de receber opiniões e melhorias que a Craft Wallet prefere continuar financiar-se através do seu público, em vez de recorrer a fundos ou grandes investidores. Como tal, decidiram lançar outro crowdfunding, este com o objetivo de angariar cinco mil euros em dois meses. Em apenas sete dias, os 5 mil passaram a 16,8 mil, com mais de 300 pessoas a contribuir. “A comunidade é a nossa base de crescimento”, garante Miguel Morgado.

A “carteira mais sexy do planeta” quer conquistar outros mundos

Para o negócio têm contribuído os milhares de clientes espalhados por 27 países e que investem 30 a 50 euros para ter uma Craft Wallet só deles. Contudo, o stock tem-se apresentado como um dos obstáculos à expansão do negócio. “Não houve um mês inteiro em que conseguíssemos manter stock devido aos prazos de entrega”, desabafa Miguel.

"Agora fizemos o melhor trabalho, mas tenho a certeza que daqui a uns tempos nos vai ocorrer uma ideia ainda melhor.”

Miguel Morgado

Fundador da Craft Wallet

Ainda com dificuldades — desde que iniciaram as expedições, em fevereiro de 2016 –, têm vendido uma média de quatro a cinco mil euros por mês, com exceção para os meses de novembro e dezembro que conseguiram atingir os nove mil euros. Mas o objetivo para este ano é bem mais ambicioso: “Queríamos um milhão em receitas”, brinca Pedro Andrade. “Mas esperamos fechar o ano com 300 mil euros”.

Para alcançar esta fasquia contribuirá não só o dinheiro que conseguirão angariar na campanha — que os jovens esperam que bata recordes nacionais — mas também a compra de uma nova máquina de produção, para que Miguel, Pedro e outros três membros da equipa passem a controlar os prazos. A entrada em retalhistas também não é posta de lado pelos empreendedores, que querem garantir que quando isso acontecer conseguem entregar aos seus clientes o melhor produto que conseguem.

Cresce assim a sede de tornar melhor e maior um negócio que começou num bolso, mas não se quer ficar por estes mundos. “Agora fizemos o melhor trabalho, mas tenho a certeza que daqui a uns tempos nos vai ocorrer uma ideia ainda melhor”, assegura Miguel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros do BCP na Polónia superam as estimativas

O Bank Millennium obteve lucros equivalentes a 118 milhões de euros nos nove primeiros meses do ano, apoiado na melhoria de diversos indicadores.

A unidade polaca do BCP viu os seus resultados crescerem no acumulado do ano, batendo as estimativas. O Bank Millennium registou 502 milhões de zlotys (117,8 milhões de euros) de lucros nos nove primeiros meses do ano, anunciou o BCP em comunicado, salientando que os resultados revelam a “continuação da melhoria da rendibilidade e da eficiência operacional”.

Relativamente apenas ao terceiro trimestre do ano, o banco detido em 50,1% pelo BCP reportou um resultado líquido de 187,5 milhões de zlotys (44 milhões de euros), 8% acima do resultado alcançado no mesmo período do ano passado, e que supera em 3,8% as estimativas da Bloomberg. A média das estimativas de analistas sondados pela agência de notícias apontava para um resultado líquido entre 167 milhões e 193 milhões de zlotys, com a média das previsões a situar-se nos 180,7 milhões de zlotys.

No comunicado enviado à CMVM, o BCP aponta o “resultado core como principal impulsionador da melhoria” dos resultados da sua unidade polaca. O resultado core do Bank Millennium aumentou no terceiro trimestre 13,2% face ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, a margem financeira cresceu 12,1% face ao período homólogo, enquanto as comissões líquidas tiveram um “forte crescimento” de 16,5%.

O banco liderado por Nuno Amado refere ainda que o rácio de crédito com imparidade se manteve estável nos 4,6%, enquanto o rácio dos empréstimos face aos depósitos aumentou ligeiramente para 83%, após cinco trimestres consecutivos em queda. Em termos de rácios de capital, o common Equity TIER 1 (CET1) ficou em 20,5%.

As ações do BCP valorizam 2,05%, para os 22,32 cêntimos.

(Notícia atualizada às 9h00 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Barato mais barato não há. Este supermercado é o novo campeão dos preços baixos

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

Jumbo perde liderança para Continente. Poupança anual para uma família que gasta 150 euros por mês no supermercado pode ultrapassar os 200 euros.

Onde comprar o mesmo por menos? De acordo com um estudo DECO Proteste, é no Continente que se consegue uma maior poupança. Para uma família que gasta 150 euros por mês no supermercado, por exemplo, a diferença relativamente ao segundo estabelecimento mais em conta pode ultrapassar os 200 euros, anualmente, em Lisboa, Porto, Leiria e Braga.

O Jumbo perdeu assim o título de campeão dos preços baixos, na vaga de outubro, e ocupa agora o terceiro lugar na tabela (atrás do Continente e Continente Modelo). Neste supermercado, um cabaz de produtos custa mais 1% do que na cadeia mais barata. Em quarto lugar, surge o Pingo Doce, que sobe uma posição no ranking face ao estudo publicado em julho.

Na Internet a história é, contudo, outra. No ranking das lojas online mais baratas, é o Jumbo a ocupar a posição cimeira, seguido pelo El Corte Inglés (na segunda posição) que ultrapassa, deste modo, o Continente e o Intermarché.

De acordo com a DECO Proteste, Lisboa, Porto, Leiria e Braga são os distritos onde a poupança pode ser mais significativa. Para descobrir o supermercado mais em conta na sua região, pode usar este simulador criado pela entidade em causa.

No estudo, foi avaliado um cabaz de 141 produtos, incluindo marcas de fabricantes e marcas próprias de gama média de cada uma das 560 lojas visitadas, entre maio e julho. Foram recolhidos mais de 106 mil preços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado condenado a pagar 200 mil euros por morte de bombeira

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

Ministério Público recorreu da decisão. Afasta a responsabilidade do Estado e considera a verba da indemnização excessiva.

O Estado português foi condenado a pagar 200 mil euros pela morte de uma bombeira em agosto de 2016. No entanto, o Ministério Público já recorreu da decisão, avança o jornal i esta segunda-feira [acesso condicionado].

Viviana Dionísio tinha 29 anos e desempenhava as funções de operadora de comunicações do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria. Tinha sido destacada para a viatura de comando operacional e comunicações (VCOC) no combate ao incêndio na serra dos Candeeiros, concelho de Porto de Mós, que deflagrou a 10 de agosto de 2016. Trabalhou até às duas da manhã e foi descansar para os bancos da frente da viatura. À hora da rendição, no dia 11 de agosto, os colegas foram encontrá-la inanimada, avança o i.

O Tribunal Administrativo de Leiria deliberou o pagamento da indemnização aos familiares da vítima mas o Ministério Público afasta responsabilidades do Estado e considera o valor da indemnização excessivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro apresenta perspetivas de investimento em I&D

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Ministro da Ciência explicará à Thales as perspetivas de investimento privado em investigação e desenvolvimento em Portugal. Futuro Centro de Investigação Atlântico também estará em cima da mesa.

A apresentação das perspetivas de evolução do investimento privado em investigação e desenvolvimento (I&D) em Portugal e do futuro Centro de Investigação Atlântico levam, esta segunda-feira, o ministro da Ciência à empresa francesa Thales, arredores de Paris.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor visita cerca das 12:30 locais (11:30 em Lisboa) à empresa Thales, especializada na área dos sistemas de informação e serviços para as indústrias aeroespacial, de defesa e de segurança.

O comunicado do Ministério especifica que Manuel Heitor apresenta as perspetivas sobre o investimento na investigação e desenvolvimento, “sobretudo nas áreas dos sistemas de informação e comunicação com aplicação no espaço, oceanos e agricultura”.

O ministro vai também apresentar a plataforma de cooperação internacional associada à criação do Centro de Investigação do Atlântico, que vai ser criado nos Açores “no âmbito de parcerias público-privadas internacionais que permitam atividades de investigação nas áreas do clima, terra, espaço e oceanos e promovam novas atividades de maior valor acrescentado e o emprego de recursos humanos altamente qualificados”, é ainda referido no comunicado.

Acompanham Manuel Heitor na visita o presidente do Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas e reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, António Fontainhas Fernandes, a diretora das Relações Internacionais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Ana Quartin, o diretor do Programa Doutoral com a Universidade Carnegie Mellon e investigador no Laboratório de Robótica e Sistemas em Engenharia e Ciência, João Paulo Costeira, e o conselheiro junto da Embaixada de Portugal em Paris, Álvaro Ribeiro Esteves.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa acelera à boleia do BCP e da Galp

Após um arranque de sessão em que foi condicionado pelo recuo das ações da EDP e da EDP Renováveis, o PSI-20 soma e segue puxado pelo BCP e pela Galp Energia. Resultados animam.

A praça bolsista lisboeta segue em alta pela terceira sessão consecutiva, após um arranque em que foi condicionada pelo deslize dos títulos da EDP e da EDP Renováveis. O PSI-20 está a ser impulsionado pelo BCP e pela Galp Energia. As ações da petrolífera estão a ser puxadas pelos resultados positivos, acontecendo o mesmo com o BCP que viu o resultado da sua unidade polaca crescerem no mesmo período. Ambos os títulos ganham 1%.

O PSI-20 segue a valorizar 0,2%, para os 5.419,45 pontos, com dez dos seus 18 títulos positivos, mas apoiado sobretudo no avanço das ações do BCP e da Galp Energia. As ações do banco liderado por Nuno Amado valorizam 0,97%, para os 24,99 cêntimos, animado pelos resultados do Bank Millennium. O banco do BCP na Polónio viu os seus lucros baterem as estimativas nos primeiros nove meses do ano. O Banco polaco registou lucros de 502 milhões de zlotys (117,8 milhões de euros), naquele período anunciou o BCP em comunicado.

Já a Galp Energia anunciou antes da abertura do mercado que os seus lucros cresceram 45%, para 166 milhões de euros, no terceiro trimestre. No balanço dos nove primeiros meses do ano, a petrolífera viu o seu resultado líquido aumentar em 15%, para 416 milhões de euros. As ações d Galp energia estão a reagir positivamente, sendo que seguem a ganhar 1,03%, para os 15,76 euros.

Em contraciclo, destaque para o grupo EDP. As ações da EDP recuam 0,4%, para os 3,01 euros, no dia em que a elétrica liderada por António Mexia anunciou ao mercado que contratou uma linha de crédito de 3,3 mil milhões de euros pelo prazo de cinco anos, extensível por dois anos adicionais. “A nova linha de crédito substitui uma linha de 3.150.000.000 euros contratada pela EDP em 2014 com 21 bancos e que vencia em junho de 2019, mantendo o seu propósito: suporte de liquidez do grupo”, esclarece a empresa no mesmo comunicado. Por sua vez, a EDP renováveis perde 0,58%, para os 7,049 euros por ação.

(Notícia atualizada às 8h30 com novas cotações e mas informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta plataforma quer dinamizar a economia local portuguesa

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

A Lettuce Grom foi uma das 150 startups escolhidas para participar no Web Summit com 50% de desconto. Empresa foi criada por um sueco e um húngaro.

Dois jovens europeus, um sueco e um húngaro, decidiram unir-se para criar em Portugal uma plataforma digital de transação de produtos alimentares que visa conectar os pequenos produtores aos negócios locais com base na proximidade geográfica.

A “Lettuce Grow”, cuja página deverá estar operacional até ao final do ano, foi uma das 150 ‘startups’ nacionais selecionadas no Road 2 Web Summit e que podem beneficiar de um desconto de 50% para participar na edição deste ano da cimeira, que acontece entre 6 e 9 de novembro, em Lisboa.

À Lusa, o responsável pelo desenvolvimento informático da plataforma, Gabor Torok, contou que, após uma pesquisa, ele e o sócio, Daniel Lind, escolheram Portugal para implantar o projeto por ser um país onde existem muitas pequenas quintas e um grande potencial para a agricultura, que não está devidamente explorado.

“Há muitas pequenas quintas em Portugal, o clima é excelente para a agricultura e também descobrimos que há muitas pequenas quintas abandonadas, há pequenos agricultores que por alguma razão não conseguem suportar a atividade, por isso desistem”, observou.

O húngaro de 33 anos, que também é cozinheiro em “part-time” e atualmente está baseado no Algarve, desenvolveu a parte tecnológica, mas foi o sueco Daniel Lind, de 26 anos, que vive em Lisboa, que gere e concebeu a “Lettuce Grow”, depois de se revoltar contra a precariedade laboral em Portugal.

“Com este projeto, nós queremos ajudar a economia portuguesa, queremos aumentar a qualidade de vida dos portugueses, que na sua maioria têm trabalhos precários, o que não é justo”, observou, lamentando igualmente o facto de Portugal importar 60% dos produtos de origem agrícola de Espanha.

Daniel Lind acredita que Portugal tem melhores produtos, mas os pequenos agricultores não os conseguem escoar porque sai mais barato às grandes multinacionais, que dominam o mercado, importar em grandes quantidades, em vez de comprar localmente.

“Nós só ficaremos 5% das transações, o que significa que os agricultores podem ganhar três a quatro vezes mais pelos produtos, e estamos a tentar com que a distribuição seja gratuita, mas ainda não sabemos se vamos conseguir”, explicou.

Na plataforma, será possível fazer pesquisas por produto e ver imagens dos produtos, existindo uma mapa que revela a localização das quintas e a proximidade a que estão dos clientes.

Além de legumes, vegetais e fruta, a plataforma também engloba a transação de produtos como carne, mel, ovos ou vinho.

Com este projeto, Gabor e Daniel querem também comprar e dar uma utilização aos desperdícios dos produtores, nomeadamente, frutas, para fazer compotas.

“Acreditamos que as pessoas devem comprar produtos de qualidade na vizinhança e não ir longe, porque isso não é sustentável”, conclui Gabor Torok.

Proprietário de um pequeno restaurante 100% vegan em Loulé, onde não se servem produtos de origem animal e que abriu em fevereiro deste ano, Bruno Santos garantiu à Lusa que vai ser um dos primeiros clientes da plataforma.

“Foi um projeto que me interessou bastante porque vai facilitar-nos imenso adquirir estes produtos, conhecer mais agricultores e mais mercado”, referiu.

Para o empresário, a “Lettuce Grow” tem também a vantagem de incluir a distribuição do produto, através de um “ato de pagamento mais fácil”, por ser tudo online, o que torna mais rápida a tarefa de fazer as encomendas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em 20 anos, há menos homicídios e mais crimes informáticos

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

O número total de delitos reportados às polícias aumentou 7% entre 1993 e 2016. Em 2008, registou-se um pico. A partir daí caiu.

Em 1993, os furtos em veículos motorizados e a emissão de cheques “carecas” eram os crimes mais cometidos no país. A realidade hoje é outra. Os crimes informáticos foram os que mais cresceram durante os últimos anos, depois de em 1998 se terem registado os primeiros 158 casos. No ano passado, já eram 9.246, avança o Público [acesso condicionado].

Os cheques sem cobertura estão hoje entre os crimes menos praticados: o meio de pagamento caiu em desuso e, além disso, a lei já prevê um montante mínimo a partir do qual é considerado crime. Já os furtos continuam significativos. No ano passado, quatro em cada dez crimes correspondiam a algum tipo de furto. Mas em 1993 eram mais. Ao invés, o número de homicídios caiu de 1.801 para 448 casos.

Os dados do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça, da Direção-Geral da Política de Justiça, mostram que o número total de delitos reportados às polícias aumentou 7% entre 1993 e 2016, dos 307.333 para os 330.872. Em 2008, registou-se um pico, com 431.977 delitos. A partir daí caiu. Pedro Sousa, professor e investigador na Escola de Criminologia da Universidade do Porto, acredita que, se esta tendência se mantiver, os níveis ficarão aquém dos de 1993 “em breve”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.