Sérgio Santos Pereira é o novo partner da Mazars

O grupo internacional de auditoria e consultoria acaba de nomear um novo partner em Portugal. Sérgio Santos Pereira assumia até agora as funções de Head of Tax da Mazars.

Sérgio Santos Pereira, que assumia até agora as funções de Head of Tax da Mazars, foi confirmado como novo sócio em Portugal, na conferência anual que reúne todos os partners a nível global do grupo, e que teve lugar este ano em Berlim. Sérgio Santos Pereira continuará a dedicar-se ao desenvolvimento da área de Tax em Portugal.
“Com esta promoção, a Mazars reafirma o seu compromisso com o crescimento do grupo em Portugal e o com o desenvolvimento da área de Tax, em forte expansão na sua oferta de serviços”, segundo comunicado oficial.

Licenciado em Direito e com um MBA pela Universidade Católica Portuguesa, a que se somam várias pós-graduações, Sérgio Santos Pereira tem conhecimento do setor, tendo trabalhado quinze anos em ambiente Big Four. Ao longo da sua carreira consolidou a sua experiência como consultor fiscal na área Corporate, e desenvolveu inúmeros projetos de assessoria fiscal de operações a nível doméstico e internacional, reestruturações societárias, apoio em operações de M&A e diagnósticos de oportunidades fiscais em grupos económicos. Sérgio Santos Pereira junta-se assim a Luís Gaspar, Fernando Vieira, José Rebouta, Luís Batista e Patrícia Cardoso como partner do grupo em Portugal.

A Mazars é uma organização integrada e independente, especializada em Auditoria e Revisão de Contas, Contabilidade, Assessoria Fiscal, Consultoria e Advisory Services. Está presente em 79 países, diretamente, e conta com correspondentes em mais 16 mercados. Integra 18.000 profissionais, que acompanham multinacionais, grandes empresas, PME e investidores privados, em todas as fases do seu desenvolvimento.
Em Portugal, a Mazars integra 150 pessoas e tem escritórios em Lisboa, no Porto e em Leiria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Horizonte 2020 apoia mais dez empresas portuguesas

Poupar água, comunicar com drones, avaliar doentes, restabelecer pontes.... Um número sem fim de ideias que recebem agora um apoio de 50 mil euros para fazer um estudo de viabilidade. Saiba quais.

Um sensor que pode identificar os níveis de água de que os solos precisam a cada momento, que permita aos agricultores um controlo dos custos de produção, nomeadamente ao nível da água é uma das inovações introduzidas pela Agroop, uma das dez empresas portuguesas agora distinguida pelo Horizonte 2020.

A empresa de Óbidos, de Bruno Fonseca e Bruno Rodrigues, tem “um sistema integrado e inovador de sensores dos campos que constitui um instrumento para as produções agrícolas reduzirem os custos de produção e o desperdício de água”, explica a Comissão Europeia no comunicado em que anuncia as dez empresas portuguesas escolhidas para receber um apoio de 50 mil euros. “Esse valor vai permitir-nos continuar a desenvolver o nosso Stoock. Além disso irá também permitir-nos realizar um bom scale up study“, explica Bruno Fonseca, ao ECO.

Nesta primeira fase do Instrumento PME do Programa de Investigação Horizonte 2020, que contemplou mais 193 PME de 28 países, incluindo Portugal, foram atribuídos 9,65 milhões de euros.

A Agroop vai juntar estes 50 mil euros aos quase 700 mil que angariou através de duas campanhas de crowdfunding na Seedrs. Este apoio do Horizonte 2020 serve para financiar uma prova de conceito e um estudo de viabilidade. As empresas beneficiam ainda de três dias formação empresarial (coaching) e serviços gratuitos de aceleração empresarial.

No espaço de três anos, esta Fase do Instrumento PME já financiou 75 Pequenas e Médias Empresas portuguesas inovadoras”, disse o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação. Carlos Moedas sublinhou ainda que estes resultados devem incentivar “outras PME portuguesas a arriscarem e concorrerem a este instrumento que oferece grandes oportunidades. Com o apoio do Horizonte 2020, a UE ajuda as PME inovadoras, fundamentais para a criação de novos postos de trabalho, mais investimentos e maior crescimento económico em Portugal”.

Segundo a Comissão Europeia, as restantes empresas apoiadas são:

  • A Cyblix de Marinhais que desenvolveu um sistema assistido por realidade aumentada para a gestão de infraestruturas de infraestruturas de serviços públicos.
  • A Farmácia Saúde, da Figueira da Foz, com uma plataforma para avaliar a evolução clínica do doente face à medicação prescrita.
  • A Meshporto, do Porto, cujo projeto permite aos clientes encomendar diretamente de casa ou das mesas de um restaurante diretamente a partir de um telefone.
  • A Pavnext – Technological Pavements, de Coimbra, que concorreu ao apoio do Horizonte 2020 com um sistema de redução automática de velocidade para maior segurança rodoviária em cidades mais inteligentes.
  • A Probe.ly – Soluções de Ciberssegurança, de Custóias, com uma aplicação Web que automatiza a procura de vulnerabilidades na Internet, reduzindo os custos deste serviço.
  • A TWEVO, de Coimbra, que desenvolveu um modem sem fios para as comunicações de drones que permite uma conectividade em tempo real mais segura e a maior distância.
  • A METAICG Innovation Consulting Group, de Castelo Branco, que concorreu com a tecnologia Sensei que permite otimizar o comércio a retalho com informações em tempo real sobre a atividade dos clientes.
  • A BERD – PROJECTO, de Matosinhos, com um sistema telescópico de lançamento rápido para o restabelecimento de pontes.
  • A Follow Inspiration, do Fundão, que criou um sistema robótico autónomo e auto dirigível para melhorar a mobilidade e a integração dos indivíduos, criando uma sociedade mais acessível e igual para todos.

Desde o lançamento do programa a 1 de janeiro de 2014, foram selecionadas 2.616 PME para financiamento ao abrigo da Fase 1 do Instrumento PME, 75 das quais portuguesas.

A próxima data-limite para candidaturas à Fase 1 do Instrumento PME é 8 de fevereiro de 2018.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street em alta. Investidores à espera da reforma fiscal

  • Rita Atalaia
  • 19 Dezembro 2017

A perspetiva de que o acordo fiscal nos EUA possa ser aprovado em breve está a animar as bolsas norte-americanas. Esta nova lei vai ser votada esta terça-feira.

A perspetiva de que o acordo fiscal nos EUA seja fechado em breve está a animar as bolsas norte-americanas. Wall Street abriu no verde, no dia em que a Câmara dos Representantes vai votar e discutir a nova lei fiscal. E a aprovação parece estar garantida.

Neste contexto, o Dow Jones abriu a subir 0,01% para 24.793,90 pontos, enquanto o S&P acelerava 014% para 2.658,86 pontos. Apenas o Nasdaq destoava, com o índice a recuar 0,24% para 6.978,11 pontos.

Esta vaga de otimismo deve-se ao facto de os republicanos do Senado e do Congresso terem mostrado, na segunda-feira, abertura para aprovar uma nova versão da revolução fiscal que Donald Trump promete desde que foi eleito Presidente.

Tanto os senadores como os congressistas do Parlamento de duas câmaras dos Estados Unidos vão votar a nova lei fiscal, e como ambas as câmaras são controladas pelos republicanos, essa aprovação parece agora garantida. Antes do final da semana, a lei deverá estar a ser assinada por Donald Trump. A nova lei foi criticada por dar cortes fiscais aos mais ricos e às empresas, ao mesmo tempo que dita aumentos de impostos para a maioria das pessoas.

Depois de votada a nova proposta, o que acontece esta terça-feira, o foco dos investidores vai virar-se para o Senado, para onde os líderes republicanos querem levar o projeto de lei o mais depressa possível. “[Esta reforma fiscal] vai permitir um ano muito forte de crescimento dos lucros das empresas nos EUA”, afirma Timothy Graf, responsável pela estratégia macro do State Street Bank & Trust., à Bloomberg TV. “Vai manter o sentimento positivo”, salienta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

2018 será um ano para “repensar realidades estruturais”, diz Marcelo

  • ECO
  • 19 Dezembro 2017

Para o Presidente da República, 2017 foi um ano "demasiado cheio" e "contraditório". Marcelo não esquece as conquistas do país e recorda as tragédias. Chefe de Estado espera receber OE amanhã.

“Foi um ano cheio, talvez cheio demais”. É assim que Marcelo Rebelo de Sousa descreve o ano de 2017, reconhecendo os sucessos económicos e financeiros, bem como o reconhecimento internacional e um conjunto de acontecimentos que “se dispensavam”. O Presidente da República falou junto dos jornalistas e dos líderes parlamentares, na mensagem de Natal em Belém.

Em resposta a Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, Marcelo refere que ambos têm criado uma amizade, fruto das relações profissionais “permanentes”. “É difícil falar das relações entre a Assembleia da República e o Presidente da República sem falar do país”, acrescenta, concluindo que espera, para 2018, uma “continuação deste clima singularmente positivo no relacionamento entre órgãos”.

Nas suas declarações, o Presidente da Republica avança que poderá receber amanhã o decreto do Orçamento do Estado para 2018, um documento cuja escrita acompanhou nas últimas duas semanas, naquilo a que chama de um “trabalho informal”, conseguido através “da gentileza e dos serviços da Assembleia da República”, diz.

Recordando os incêndios de junho e de outubro, Marcelo Rebelo de Sousa reconhece os esforços que a Assembleia tem tido “em tempo curto”, e sublinha a importância de planear o futuro, de “repensar realidades estruturais”.

Marcelo refere que, em 2017, “a União Europeia adiou opções importantes e reflexões mais importantes”, e acrescenta que os órgãos máximos do bloco terão pouco tempo para tomar decisões até às próximas eleições para o Parlamento Europeu, previstas para o final do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina vai devolver os 58 milhões de euros da Taxa de Proteção Civil aos lisboetas

O presidente da câmara anunciou que o executivo vai devolver a receita da taxa aos lisboetas. Associação Lisbonense de Proprietários espera que não haja subida do IMI para compensar perda de receita.

“Vamos acatar naturalmente, na íntegra, a decisão do Tribunal Constitucional”, anunciou Fernando Medina, à porta da Câmara Municipal de Lisboa. O Tribunal Constitucional decidiu que a Taxa de Proteção Civil de Lisboa é inconstitucional. Medina vai devolver 58 milhões de euros aos lisboetas. A taxa é aplicada desde 2015.

O presidente do executivo lisboeta anunciou, em declarações transmitidas pela RTP 3, que vai acabar com a taxa e adaptar o orçamento do próximo ano de Lisboa a esta perda de receita, que “vai ter necessariamente consequências”. Medina adiantou que vai enviar uma carta aos vários munícipes a quem foi cobrada a taxa a explicar como será feita a devolução, que começará em janeiro. “Vamos abrir um balcão de atendimento já desde janeiro com um site próprio para ser procedido esse pedido de devolução”, garantiu Fernando Medina.

Mas o sucessor de António Costa não dá a guerra como perdida. Apesar de respeitar a decisão do Tribunal Constitucional, Medina vai avançar com uma iniciativa junto os partidos políticos, do Governo e da Assembleia da República “no sentido de haver uma clarificação jurídica do sistema de financiamento da Proteção Civil”. “Este ano fica à vista de todos a importância para o país de ter corpos de bombeiros profissionais, em quantidade, apetrechados, bem equipados, bem treinados e com boas instalações em todo o território nacional“, argumentou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Ter bons serviços de Proteção Civil não tem preço.

Fernando Medina

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Se este não é caminho para o financiamento da Proteção Civil nos municípios, então que se clarifique qual é o caminho“, pediu Medina, assinalando que, “se há dois anos podia haver pessoas que já não tinham memória de 2005 [ano particularmente grave de incêndios], no ano de 2017 se há algo que todos os os portugueses percebem é que ter bons serviços de Proteção Civil não tem preço”. Contudo, recusou fazer do Tribunal Constitucional o “inimigo”, direcionando a questão para o Parlamento.

Sem estas verbas, a Proteção Civil lisboeta está em risco? Fernando Medina foi claro em rejeitar essa tese uma vez que o município “tem feito uma gestão muito cuidada e prudente das finanças da câmara”. Ainda assim, admite que “uma decisão desta dimensão terá impacto na atividade” da cidade ao longo dos próximos anos. No entanto, “existe capacidade de fazer frente a esta decisão”, garante. Isso vai traduzir-se em ajustes no Orçamento de Lisboa para o próximo ano, documento que Medina já pediu para rever.

O Tribunal Constitucional chumbou a Taxa Municipal de Proteção Civil em Lisboa, depois de já o ter feito em setembro à de Gaia. A taxa chegou ao terreno em 2015, quando substituiu a Taxa de Conservação e Manutenção dos Esgotos, que se juntou à do saneamento. Em março deste ano, o então Provedor de Justiça, José Faria de Costa, já tinha considerado a taxa inconstitucional. As taxas pressupõem que é recebido um serviço em troca — na Taxa de Saneamento os Lisboetas recebem em troca o serviço de recolha de lixo –, já os impostos não obedecem a esta lógica e têm caráter unilateral.

Associação Lisbonense de Proprietários espera que não haja subida do IMI para compensar perda de receita

Em reação à decisão, Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) elogiou o Tribunal Constitucional e pediu “consequências políticas para a teimosia de um executivo camarário arrogante”. A ALP diz esperar, em comunicado, que o executivo socialista de Fernando Medina “não ceda à tentação de aumentar a tributação em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para suprir a receita de 22 milhões de euros orçamentada este ano no âmbito desta taxa ilegal”.

A proteção civil é uma função essencial do Estado que não deve estar dependente da cobrança abusiva e arbitrária.

Associação Lisbonense de Proprietários

A ALP admite que é preciso “sistema de proteção civil robusto, profissional, bem equipado e eficaz, para atender a tragédias como as que chocaram o país este ano”. Contudo, a associação considera que “a proteção civil é uma função essencial do Estado que não deve estar dependente da cobrança abusiva e arbitrária desta ou daquela autarquia e exclusivamente à custa dos proprietários de imóveis urbanos”.

A Associação Lisbonense de Proprietários diz ter sido a primeira entidade a denunciara Taxa Municipal de Proteção Civil e de impugnar judicialmente a sua criação, alegando a sua inconstitucionalidade. Segundo a ALP, em média, cada proprietário de um imóvel da capital pagou 90 euros desta taxa. A associação acusa o executivo de Medina de utilizar a taxa para financiar “as obras faraónicas da cidade de Lisboa”.

“A ALP relembra também que a Taxa de Proteção Civil de Lisboa representava um valor adicional ao IMI de, pelo menos, 12,5% deste imposto (podendo ascender aos 200% do IMI no caso de imóveis devolutos), que asfixiou milhares de proprietários lisboetas já muito sobrecarregados por uma insustentável carga fiscal”, conclui o comunicado.

(Atualizado às 15h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 19 Dezembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Segundo o parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado do ano passado, 42% da receita do PERES pode ter de ser devolvida. Dados revelados esta manhã mostram também que as famílias que vivem nas grandes cidades ganham mais 6.937 euros do que as das zonas rurais.

Portugal tem vindo a acelerar os pagamentos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), aproveitando os juros baixos no mercado para amortizar dívida mais cara. Mas, e acordo com as projeções do IGCP, o país vai chegar ao final do ano com depósitos ainda mais elevados do que tinha previsto.

Segundo o parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado do ano passado, o Fisco arrecadou mais 444 milhões de euros com o perdão fiscal com a principal fonte de receita a ser o IRC. Contudo, desse montante, 187 milhões de euros estão em contencioso nos tribunais, que podem obrigar o Estado a devolver essa receita.

De acordo com dados revelados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento das famílias que residem na Área Metropolitana de Lisboa é o mais elevado do país. No lado oposto, o rendimento das famílias que habitam nas zonas rurais da Madeira é o mais baixo.

O salário mínimo volta à concertação social, com um valor na mesa: 580 euros. Na ordem de trabalhos da reunião consta então o “ponto de situação do Programa Capitalizar”.

A CGTP quer aproveitar o acordo entre o Governo alemão e a Volkswagen para que a Autoeuropa passe a produzir carros elétricos. Num artigo de opinião, Arménio Carlos defende que o Governo português deve acompanhar a iniciativa e criar condições para que a fábrica de Palmela esteja incluída na nova fase da empresa alemã.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Requalificação da EN14 avança. Problema da Continental persiste

Pedro Marques vai, esta quarta-feira, assinar um contrato de empreitada para a requalificação da EN14, em Famalicão. É o primeiro troço da obra reivindicada pela Continental.

O Governo vai avançar com a requalificação na Estrada Nacional 14, em Famalicão, mas o problema da Continental mantém-se. Para que a empresa alemã possa sossegar ficam a faltar ainda duas obras. Uma delas que já está em concurso, a realização dos acessos da estrada nacional 14 à zona industrial de Lousado, onde ficam as instalações da Continental e uma outra que prossiga pelo rio Ave. Esta última, a mais importante, para os interesses dos alemães, não tem ainda luz verde por parte do Governo.

O contrato de empreitada que esta quarta-feira, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas vai assinar no salão nobre da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que fará a ligação entre a cidade de Famalicão e o lugar de Santana, em Ribeirão, é apenas um dos troços que a Continental reclama.

Fonte oficial da autarquia liderada pelo social-democrata Paulo Cunha, adiantou ao ECO que “esta é a primeira fase do projeto que foi aprovado em 2015, e foi anunciado em plena sede da Continental quando o ministro visitou a empresa”. “Mas é apenas um dos troços que a Continental precisa de ver resolvido para que os acessos à fábrica se tornem mais viáveis”, acrescentou.

A mesma fonte adianta que, na altura, o próprio presidente da Continental Mabor adiantou que, ao fim de tantos anos, este era um bom avanço, mas só por si não resolve o problema.

Recorde-se que a Continental ameaçou travar os investimentos em Portugal por falta de acessos à fábrica. Pedro Carreira, presidente da Continental Mabor, em entrevista ao ECO, em setembro, alertou que “foi dado um sinal claríssimo ao Governo” de que a situação não podia continuar. E avisava que a casa mãe está descontente e a “torneira” do investimento “está fechada”.

O contrato de empreitada que o ministro irá assinar, surge no âmbito do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, e implica um investimento global de 3,3 milhões de euros na melhoria das acessibilidades rodoviárias à zona industrial de Lousado e à Zona Industrial de Ribeirão, resultado de um acordo de gestão estabelecido entre a Infraestruturas de Portugal e a Câmara de Vila Nova de Famalicão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF autoriza compra do Popular pelo Totta. Só falta um ‘ok’

  • Rita Atalaia
  • 19 Dezembro 2017

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões deu luz verde para que o ramo segurador do Banco Popular Portugal seja integrado no Santander Totta.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o supervisor dos seguros, deu luz verde para que o ramo segurador do Banco Popular Portugal seja integrado no Santander Totta. Fica ainda a faltar o ‘ok’ do Banco de Portugal para que a integração seja concluída. Uma operação que acontece depois de o Grupo Santander ter comprado, em junho, o Popular por um euro, no âmbito de uma medida de resolução.

“O conselho de administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, em reunião realizada no dia 14 de dezembro de 2017, deliberou não se opor à aquisição [do ramo segurador do Banco Popular] pelo Santander Totta”, lê-se no comunicado divulgado no site do regulador.

Esta autorização permite a compra de “uma participação qualificada direta representativa da maioria do capital social e dos direitos de voto na Eurovida – Companhia de Seguros de Vida e de uma participação qualificada indireta representativa da maioria do capital social e dos direitos de voto na Popular Seguros – Companhia de Seguros“, refere a ASF. Este é mais um passo para que se possa concluir este processo — o que deve acontecer até ao final do ano. Mas ainda falta uma autorização: a do Banco de Portugal.

Foi em setembro que o Banco Santander Totta aprovou a compra do Popular Portugal. Esta integração acontece depois de o Grupo Santander ter comprado o Banco Popular por um euro, no âmbito da medida de resolução.

(Notícia atualizada às 13h11)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IKEA Mar Shopping: O mar de burocracia que chegou a bom porto

O Mar Shopping Algarve é um complexo criado pelo IKEA que além da loja de imobiliário sueca, inclui ainda um centro comercial e um outlet. A PLMJ explica os meandros do negócio.

O maior centro comercial da região abriu as portas a 25 de outubro – cerca de nove anos após o início do processo. O escritório encarregue do projeto, a PLMJ, explica como conseguiu trazer este investimento a bom-porto.

Tudo começou com trinta terrenos dispersos – uma área total de quarenta hectares onde viria a erguer-se o Mar Shopping Algarve. “O projeto foi extremamente difícil e desafiante, em especial na fase de estruturação, aquisição de terrenos e contactos iniciais, dada a dimensão e caráter inovador do projeto para a região”, conta Vasco Franco, associado coordenador da PLMJ Imobiliário. Apesar do destaque como difícil, esta primeira fase demorou apenas cerca de um ano a estar concluída.

As “soluções inovadoras e fora da caixa que muitas vezes não são percetíveis”, como Vasco Franco as descreve, foram necessárias dadas as características do estabelecimento, refere. O cliente queria dois lotes independentes – um da loja IKEA e outro com o centro comercial e o outlet — ao mesmo tempo que a comunicação entre os dois tinha de ser garantida. “Não sei se será o único, mas será dos primeiros do grupo com esta configuração”, estima o associado da PLMJ.

Outra das singularidades do Mar Shopping Algarve é a área exterior, a maior do grupo IKEA, que já conta com 43 lojas em 15 países. São 8.000 m2 onde os clientes podem atravessar pontes suspensas, caminhos de pedra, túneis nas árvores e fazer slide ou escalada. Já no interior do centro comercial contam-se mais de 200 lojas. A sociedade procurou acautelar contratualmente o cumprimento de prazos, para evitar impactos negativos na abertura das loja. A uniformidade contratual, para facilitar a gestão do centro comercial, foi outra das preocupações.

Um projeto destas dimensões não coube numa só jurisdição: para além de Portugal, também contou com o envolvimento do país vizinho. O apoio da equipa de desenvolvimento do IKEA Espanha e dos colegas juristas que lá acompanharam processos equivalentes “foi essencial”, assegura Vasco. Isto porque o modelo de Espanha foi o escolhido como a referência para a construção do Mar Shopping Algarve, apesar das adaptações necessárias.

Na altura de pôr mãos à obra, muitos foram chamados “ao terreno”, dadas as várias especialidades necessárias. Entre as equipas de imobiliário e construção, urbanismo, corporate, fiscal, laboral e contencioso, a PLMJ contou com a colaboração de vinte advogados. Segundo Vasco Franco, só com uma “postura proativa” e uma “articulação eficiente” se consegue “levar a cabo um projeto desta natureza”. A vasta equipa teve de enfrentar alguns obstáculos que não vinham no guião e improvisar rumo ao “final feliz”— que incluíram desde mudanças na legislação a providências cautelares.

Um regime que engordou os prazos

“Este é o problema dos processos que se estendem no tempo”, explica Vasco Franco. Geralmente, se o processo se inicia com um regime, mantém-se com as mesmas linhas orientadoras até estar concluído. Mas neste caso, “tendo em conta a dimensão do projeto”, as regras mudaram e por isso mesmo foi necessário refazer a análise ambiental.

Foi precisamente o ano de 2013 que trouxe alguma “má sorte” ao processo. Após a aprovação do plano de urbanização e da avaliação ambiental estratégica, com o selo de sete autoridades competentes, foi publicado o Novo Regime Jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental. Este decretou uma “alteração e harmonização de procedimentos e práticas em sede de AIA (Avaliação de Impacte Ambiental), reforçando-se assim a eficácia, robustez e coerência deste instrumento fundamental da defesa preventiva do ambiente e da política de desenvolvimento sustentável”, lê-se em Diário da República.

Assim, apesar da primeira avaliação ambiental estratégica já se encontrar concluída, o novo regime obrigou a mais um estudo relativo ao loteamento. Além das Câmaras Municipais de Faro e Loulé e da própria IKEA Portugal, a nova comissão de avaliação era composta por quatro organizações da área da cultura e da proteção ambiental. O estudo não dispensou ainda a consulta de várias entidades externas, tendo em conta o parecer da EDP, Estradas de Portugal e Águas do Algarve, entre outras organizações. Um ano depois, deu-se início à última fase: o licenciamento e construção.

As associações que agitaram a maré

Não só a lei impôs atrasos ao processo. “O projeto, pela sua dimensão e especificidade, foi objeto de um especial escrutínio por todas as entidades”, reconhece a PLMJ. As associações empresariais estiveram atentas e decidiram agir interpondo providências cautelares, numa tentativa de impedir a construção deste megaempreendimento.

A ACRAL, Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve, procurou “proteger os pequenos comerciantes” diz Álvaro Viegas, o atual presidente que na altura acompanhou o processo como membro da Assembleia Geral. A ACRAL apresentou como argumento um estudo próprio que nomeia o Algarve como a região da Europa que possui mais metros quadrados de grande superfície por habitante. Isto, tendo em conta a população residente, pois “o impacto que o empreendimento terá no comércio não é só sobre aquele que está a funcionar em agosto mas o que está a funcionar o ano inteiro”, defende.

Apesar disso, do seu ponto de vista, “na altura, as associações foram longe demais na defesa”. Posto isto, quando subiu ao cargo de presidente reuniu com a administração do IKEA e concordou recuar na providência cautelar – sob a condição do IKEA recuar no pedido de indeminização. “Poderia ter criado um problema gravíssimo à própria associação porque a entidade responsável pelo empreendimento avançou com uma ação em tribunal a exigir uma indeminização de 2,5 milhões de euros”, conta Álvaro Viegas. O valor da indeminização serviria para compensar a perda de lucros decorrente do atraso de um ano provocado pela providência.

“Não quer dizer que estejamos de acordo com aquele megaempreendimento”, ressalva, contudo, o presidente da ACRAL. “Do meu entender, o IKEA não é negativo e podia funcionar como uma atividade âncora para a nossa região e para atrair consumidores. O problema são as 220 lojas”. O objetivo agora é que parte dos dez milhões de visitantes anuais do Mar Shopping visitem também as cidades.

Para já, os efeitos no comércio local ainda não se fizeram sentir, facto que Álvaro Viegas atribui a uma “economia pujante” e a uma altura de grande consumo com a aproximação do Natal. “A partir do mês de janeiro, aí sim, penso que já será possível perceber o efeito que terá sempre, obviamente” diz. E justifica: “o dinheiro não é elástico. Se as pessoas gastam no Mar Shopping, Ikea e Outlet, não irão gastar no comércio local”, diz.

Para além da ACRAL, outras associações foram chamadas a intervir – e fizeram-no pela mesma via. A Associação dos Hóteis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), diz ter atuado por solidariedade e por não concordar com o aumento de tráfego numa zona que considera nobre tendo em conta a natureza das infraestruturas, que incluem um hospital. Agora, o presidente, Elidérico Viegas, É perentório: “a questão está ultrapassada. Houve uma desistência conjunta”, conclui.

A sociedade de advogados diz ter encarado as “sucessivas providências cautelares” com “tranquilidade” e “confiante nas decisões judiciais”. Vasco Franco remata realçando que “o Tribunal confirmou sempre que o projeto cumpria integralmente a legislação aplicável”.

Em resposta à questão “Houve dúvidas se o processo tinha condições para avançar?” a PLMJ relembra que “o desenvolvimento do projeto coincide com a grave crise financeira que Portugal atravessou” mas assegura que o cliente “sempre demonstrou plena confiança no projeto“. Da parte da equipa de advogados, Vasco Franco destaca o empenho apoiado na convicção de que este seria “um investimento essencial para o país e um fator de desenvolvimento para o Algarve”. A criação de emprego de natureza não sazonal é uma das grandes vantagens que antevê para a região. Parte dos interiores do Mar Shopping foi da autoria do atelier de design de interiores de Nini Andrade Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal Constitucional chumba Taxa Municipal de Proteção Civil em Lisboa

  • ECO
  • 19 Dezembro 2017

Tribunal Constitucional chumba Taxa Municipal de Proteção Civil em Lisboa, tal como já tinha chumbado a de Gaia. Câmara liderada por Fernando Medina convocou conferência de imprensa para às 14h00.

O Tribunal Constitucional (TC) chumbou a Taxa Municipal de Proteção Civil de Lisboa. A notícia começou por ser avançada pela TSF, mas já foi confirmada pelo ECO. Na sequência da notícia, a Câmara Municipal de Lisboa convocou uma conferência de imprensa para as 14 horas.

Esta taxa chegou ao terreno em 2015, quando substituiu a Taxa de Conservação e Manutenção dos Esgotos, que se juntou à do saneamento. Em março deste ano, o então Provedor de Justiça, José Faria de Costa, já tinha considerado a taxa inconstitucional, argumentando que se trata de um imposto e que os impostos devem de ser formulados pelo Parlamento e não pelas Câmaras Municipais. As taxas pressupõem que é recebido um serviço em troca — na Taxa de Saneamento os Lisboetas recebem em troca o serviço de recolha de lixo –, já os impostos não obedecem a esta lógica e têm caráter unilateral.

A Taxa Municipal de Proteção Civil também tinha sido chumbada em Gaia, mas em setembro, o vice-presidente da autarquia de Lisboa, Duarte Cordeiro, demarcou-se daquela decisão. As taxas “são suficientemente diferentes para não tomarmos como nossa a decisão que foi tomada pelo Tribunal Constitucional relativamente a Gaia, e suficientemente diferentes para reafirmarmos que entendemos que tomámos uma boa decisão, que ela é importante, que ela é fundamental para financiar serviços de qualidade com os recursos que são necessários para os desafios que se colocam a uma cidade como a nossa”, afirmou, citado pela Lusa.

Na mesma altura, Teresa Leal Coelho, que concorria como candidata do PSD à Câmara, afirmou que esta taxa já tinha rendido perto de 30 milhões de euros. A taxa pretende financiar os serviços de proteção civil dos municípios.

Quando o TC travou a taxa na Câmara de Vila Nova de Gaia, a decisão foi saudada pela Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), que aproveitou para exigir que Lisboa suspendesse “de imediato a mesma taxa”. Segundo a ALP, a Taxa de Proteção Civil de Lisboa representa “um valor adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de, pelo menos, 12,5% deste imposto (podendo ascender aos 200% do IMI no caso de imóveis devolutos), que asfixiou milhares de proprietários lisboetas já muito sobrecarregados por uma insustentável carga fiscal”.

(notícia atualizada)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Famílias que vivem nas grandes cidades ganham mais 6.937 euros que as das zonas rurais

Em Portugal, o rendimento anual das famílias que residem em zonas urbanas é, em média, 6.937 euros superior ao rendimento auferido por um agregado familiar que habite em zonas rurais.

O rendimento das famílias que residem na Área Metropolitana de Lisboa é o mais elevado do país. No lado oposto, o rendimento das famílias que habitam nas zonas rurais da Madeira é o mais baixo. Esta dicotomia reflete a realidade do país: os agregados familiares “urbanos” têm um rendimento anual líquido 6.937 euros superior aquele auferido pelas famílias “rurais”. Os dados foram revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

“Verifica-se uma diferenciação do rendimento total líquido anual médio por agregado familiar segundo o grau de urbanização – 25.334 euros para as famílias residentes em áreas urbanas e 18.397 euros em áreas rurais”, revelam os resultados do Inquérito às Despesas das Famílias 2015/2016, publicados esta terça-feira pelo INE nos Anuários Estatísticos Regionais. Os dados — que se referem ao ano de 2014 — mostram uma diferença, em média, de 6.937 euros no rendimento líquido anual entre as famílias das duas áreas.

Lisboa foi a única região do país a superar a média nacional em 2014. A contribuir esteve, principalmente, o concelho de Oeiras que registou o nível de rendimentos mais elevado. Do lado oposto, em termos de regiões, está a região Centro que registou o menor valor de rendimento líquido anual médio por agregado (21.100 euros).

De onde vem esse rendimento?

A maior parte dos rendimentos auferidos pelas famílias portuguesas é monetário (77,8%), sendo que metade corresponde ao trabalho por contra de outrem ou trabalho por conta própria. “Considerando a intensidade de urbanização dos territórios e os diferentes tipos de rendimento, a contribuição do rendimento do trabalho para o rendimento total das famílias era mais relevante nas áreas predominantemente urbanas (50,7%) comparativamente com os restantes territórios”, especifica o INE.

Já o rendimento não monetário (autoconsumo como bens alimentares, por exemplo, ou recebimentos em géneros) e as pensões assumem maior importância nas famílias residentes em áreas predominantemente rurais.

Em 2015 — tendo como fonte de informação a nota de liquidação do IRS –“o rendimento bruto declarado em Portugal foi cerca de 82.475 milhões de euros, o que se traduziu num valor mediano de 10.683 euros por agregado fiscal“. Acima da média nacional está a Área Metropolitana de Lisboa, mas também Coimbra, Leiria, o Alentejo Central e a Área Metropolitana do Porto. Por outro lado, os valores mais baixos deste indicador registaram no Alto Tâmega e Tâmega e Sousa da região Norte.

“Em 2015, 73 municípios apresentaram um rendimento bruto declarado mediano por agregado fiscal acima do valor nacional”, sintetiza o INE, assinalando que o valor mais elevado foi registado em Oeiras (16.339 euros). Já os agregados fiscais com menor rendimento bruto declarado situavam-se sobretudo em municípios no interior da região Norte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Energia UE coloca meta de interligações em lei, Portugal saúda passo inédito

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2017

O Conselho de ministros da Energia da União Europeia vai estabelecer uma meta de 15% de interligações entre os Estados-membros. Governo português saudou em Bruxelas este “passo significativo".

O Conselho de ministros da Energia da União Europeia acordou estabelecer uma meta de 15% de interligações entre os Estados-membros num documento legislativo, tendo esta terça-feira o Governo português saudado em Bruxelas este “passo significativo, como nunca tinha sido dado”.

Pela primeira vez vai haver um documento legislativo que estabelece objetivos de interligações entre os países. A interligação entre a Península Ibérica e França é quase oito vezes menos do que aquela que está estabelecida agora [15%] para 2030 e, portanto, estamos muito satisfeitos. Deu-se um passo muito significativo, como nunca tinha sido dado até agora”, declarou à Lusa o secretário de Estado da Energia, que participou na “maratona” negocial concluída ao início da madrugada.

Sublinhando que a questão das interligações sempre foi para o Governo “a questão estratégica”, pois a grande dificuldade para a Península Ibérica no mercado europeu de Energia “tem sido a não existência de interligações com o resto da Europa”, Jorge Seguro Sanches reforçou que aquilo que se obteve agora no Conselho – e que terá ainda de ser aprovado pelo Parlamento Europeu – constitui “um progresso como nunca houve até agora”.

“Até agora tinha havido sempre declarações políticas, declarações de intenções, e pela primeira vez estamos a trabalhar num texto legislativo que foi aprovado em Conselho”, o que significa que o objetivo dos 15% “ficará em regulamento, ou seja, será de aplicação direta no espaço da UE”. Atualmente, a capacidade total instalada de interligações entre a Península Ibérica e o resto da Europa é de 2,6%.

O governante sublinhou que Portugal tem duplamente a ganhar com a verdadeira abertura do mercado energético europeu, tirando partido do desenvolvimento das energias renováveis, área onde, considerou, o país “é um excelente exemplo”. “Nós temos aqui uma grande possibilidade de podermos ser beneficiados por duas razões: primeiro, porque temos uma grande possibilidade de exportar energia renovável para o resto da Europa; mas também tem uma vantagem que é que nós, desta forma, também vamos conseguir que os preços em Portugal sejam mais competitivos, porque significa que vamos ter mais mercados a conseguir também injetar eletricidade no nosso país, e com certeza que com isto vão ganhar os consumidores”, disse.

O secretário de Estado representou Portugal num Conselho de Energia entre segunda-feira e hoje no qual os 28 negociaram quatro dossiês legislativos pertencentes ao chamado “Pacote Energias limpas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.