Sondagem dá maioria absoluta a Basílio Horta em Sintra

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

PS pode vir a consolidar a sua liderança no segundo maior concelho do país, Sintra. Ao contrário do que se passou nas eleições de 2013, sondagem da Católica prevê vitória cómoda.

A pouco mais de uma semana das eleições autárquicas, uma sondagem realizada pela Universidade Católica Portuguesa para a RTP e Antena 1, dá uma vitória clara na Câmara de Sintra ao candidato socialista, Basílio Horta.

De acordo com a pesquisa, o atual presidente do concelho poderá conquistar 42% dos votos e eleger seis vereadores, conseguindo a maioria absoluta. Com 26% e quatro vereadores, o candidato da coligação “Juntos pelos Sintrenses” (PSD-CDS), Marco Almeida, deverá ser o segundo mais votado. Já o Bloco de Esquerda e a CDU deverão eleger um vereador cada.

Mais de metade dos inquiridos (55%) revelaram, ainda, atribuir maior importância ao candidato do que ao partido ou movimento pelo qual se candidatam.

Basílio Horta venceu, há quatro anos, a corrida autárquica com um resultado bem mais renhido do que a sondagem prevê para o próximo dia 1 de outubro. Em 2013, o socialista conquistou apenas mais 1738 votos do que o segundo mais votado, Marco Almeida, nessa altura candidato independente.

Esta sondagem prevê uma margem de erro de 2,9%. A pesquisa foi realizada nos dias 17, 18 e 19 de setembro de 2017. O universo foi composto por indivíduos com 18 anos ou mais recenseados e residentes no concelho de Sintra.

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Google compra negócio da HTC. Faz mira à Apple

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A compra de dois setores estratégicos da HTC trará um maior controlo por parte do gigante tecnológico sobre o design e a produção dos seus equipamentos.

A Google chegou a acordo para a compra das unidades de engenharia e design da HTC. A aquisição por uma soma de 1,1 mil milhões de dólares vem com um acordo de licenciamento não-exclusivo de propriedade intelectual da HTC. A Alphabet terá também acesso a quadros com quem já colaborou na criação dos smartphones Pixel, nomeadamente cerca de 2.000 funcionários, para tentar fazer frente à Apple.

De acordo com a Bloomberg, a Google prepara-se para lançar em outubro uma nova geração de smartphones. Com um maior controlo sobre o fabrico de novos equipamentos, a empresa de Sundar Pichai poderá acelerar a inovação com os seus produtos e criar um ponto de referência para todo o ecossistema Android, refere Jitendra Waral, analista-sénior da Bloomberg Intelligence.

No passado, a compra da Motorola Mobility fora acordada por um preço superior: 12,5 mil milhões de dólares. A fabricante de smartphones foi posteriormente vendida à Lenovo por menos de três mil milhões. A compra enfureceu outros fabricantes de telemóveis equipados com o software da Google, mas agora o contexto é diferente, uma vez que outros produtores do setor já se habituaram ao duplo papel da Google enquanto parceiro e rival.

Jason Low, analista da Canalys em Xangai, sublinha a importância do controlo da Google sobre os Pixel para poder competir com a oferta da Apple. Numa altura em que o mercado dos smartphones está a progredir no desenvolvimento de tecnologias como a realidade aumentada e a inteligência artificial, torna-se importante para a gigante de Sundar Pichai monitorizar que hardware acompanha os seus smartphones, quando muitos dos outros fabricantes que recorrem ao seu software confiam em componentes de pior qualidade, refere a Bloomberg.

A aquisição também poderá trazer benefícios em termos de software, uma vez que a Google tem vindo a deparar-se com dificuldades junto dos seus parceiros fabricantes em oferecer aos consumidores a versão mais recente e segura do sistema operativo Android.

A Google ainda não adiantou como irá alocar a mão-de-obra da HTC contratada, dizendo apenas que está a trabalhar nos detalhes.

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Moody’s: Banca portuguesa está a fazer progressos. Malparado ainda pesa

  • Rita Atalaia
  • 21 Setembro 2017

A agência de notação considera que os seis maiores bancos portugueses estão a dar passos para melhorar a qualidade dos ativos e a capitalização. Mas o crédito malparado ainda é um problema.

A Moody’s elogia os progressos dos seis maiores bancos portugueses. Santander Totta, BPI, BCP, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Montepio e Novo Banco estão a conseguir melhorar a qualidade dos ativos, diz a agência de notação, mas continuam a lutar contra um problema: o peso do crédito malparado nos balanços.

A Moody’s, uma das três maiores agências de rating, salienta que a fraca rentabilidade, em resultado do elevado nível de créditos em incumprimento, vai limitar a geração interna de capital dos bancos, o que vai impedir as instituições financeiras de alcançarem os níveis de capitalização dos pares europeus.

Esta mesma questão foi levantada por Faria de Oliveira. Ao ECO, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) disse que o “sistema bancário vai necessitar, de tempos a tempos, de realizar aumentos de capital. Não a curto, mas a médio prazo“, notou Faria de Oliveira. “Aumentos de capital que vão permitir que os bancos acelerem a resolução dos NPL [crédito malparado].”

No conjunto das maiores instituições financeiras nacionais, BPI e Santander Totta são, segundo a Moody’s, os bancos que se distinguem pela positiva, tanto pelos níveis mais baixos de crédito malparado como pelos rácios de capital mais fortes neste grupo de bancos. A agência refere que os “indicadores de risco [dos dois bancos] têm melhorado desde meados de 2016”. Uma melhoria que levou a Standard & Poor’s a retirar o BPI e o Santander Totta de “lixo”. Em relação ao BCP, CGD e Montepio Geral, a Moody’s realça a melhoria da capitalização. Estes bancos “aumentaram o capital em 2016 e 2017 através de várias medidas”, salienta.

BPI e Santander Totta têm os rácios de capital mais fortes

Fonte: Moody’s

Novo Banco é o “patinho feio” dos NPL

O Novo Banco é o que tem níveis de NPL [malparado] mais elevados. O banco de transição tinha, no final de junho deste ano, um rácio de NPL de 32,1% — o do BPI é de 7% e o do Totta é de 7,7%. Créditos em incumprimento que pesam na rentabilidade do banco e, consequentemente, nos rácios de capital.

Para reforçar os rácios, o Novo Banco avançou com uma oferta de troca de dívida com o objetivo de obter uma poupança de 500 milhões de euros. Na primeira assembleia-geral de obrigacionistas, foi aprovada a resolução de reembolso antecipado de 2,34 mil milhões de euros de valor nominal de obrigações, correspondendo a 37% do objetivo global definido para o sucesso da operação. Agora, na segunda convocatória, os detentores de dívida terão outra oportunidade para aceitar a oferta ou então até 2 de outubro, quando acaba o prazo.

“A recapitalização vai levar a um aumento significativo dos rácios de capital do Novo Banco. No entanto, se o LME [troca de dívida] não for concluída com sucesso, a venda não se concretizará. Isto aumenta o risco de uma resolução ou liquidação do Novo Banco, o que pode provocar perdas elevadas para os obrigacionistas seniores, enquanto também deverá ter impacto nos depósitos juniores”, afirma a Moody’s.

Esta proposta de troca de dívida levou a Moody’s a baixar, em abril, ainda mais o rating das obrigações seniores do Novo Banco para um nível de quase incumprimento. A agência de notação disse que esta oferta de troca é “problemática” perante a ameaça de perdas que a operação representa para os investidores.

(Notícia atualizada às 11h31 com mais detalhes)

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BCE vai lançar “concorrente” à taxa Euribor

Depois dos problemas e escândalos na fixação das Euribor, o Banco Central Europeu prepara-se agora para lançar uma taxa de referência alternativa até 2020.

Mario Draghi vai introduzir nova taxa interbancária no mercado até 2020.Flickr BCE

O Banco Central Europeu (BCE) vai lançar uma nova taxa de referência para os depósitos dos bancos até 2020, criando um “concorrente” às atuais taxas Euribor que são fixadas pelos próprios bancos, isto depois dos escândalos de manipulação destas taxas que servem de referência para muitos contratos dos bancos, incluindo para comprar casa.

Esta taxa irá “ser um complemento às taxas que são fixadas pelo setor privado e irá servir como patamar para estas taxas”, refere o banco central. “Terá como base apenas as transações em euros que são anunciadas pelos bancos”, acrescenta a autoridade monetária do euro liderada por Mario Draghi.

Em junho, o BCE anunciou que não iria assumir qualquer papel na substituição das taxas Euribor, depois de a European Money Markets Institute (EMNI), responsável pela taxa que serve de base às prestações dos créditos, ter considerado que não era exequível por agora alterar a fórmula de cálculo da Euribor. Ainda assim, voltou atrás e vai lançar a sua taxa de referência.

“As taxas de juro de referência estão atualmente sob reformas profundas. O BCE decidiu tomar a iniciativa dado que as taxas têm um papel importante de âncora nos contratos nos mercados financeiros”, argumenta o banco central em comunicado no seu site.

"[Nova taxa] irá ser um complemento às taxas que são fixadas pelo setor privado e irá servir como patamar para estas taxas (…). Terá como base apenas as transações em euros que são anunciadas pelos bancos.”

Banco Central Europeu

Segundo o BCE, a nova taxa será lançada até 2020. Terá como base “todas as transações realizadas na Zona Euro que são reportadas pelos bancos de acordo com o reporte estatístico do mercado monetário do BCE”. Mas o benchmark terá outras características que serão apresentadas ao setor financeiro já no próximo ano.

“As características desta nova taxa de juro overnight serão comunicadas aos participantes do mercado ao longo de 2018. Eles serão depois convidados a darem o seu contributo à abordagem sugerida”, explica a entidade.

Atualmente, a definição dos valores diários da Euribor resulta da comunicação por um conjunto de bancos da Zona Euro da taxa a que estão disponíveis para concederem empréstimos a outros bancos em diferentes prazos (desde semanas a vários meses).

Estas taxas interbancárias servem de referência para muitos dos contratos das instituições financeiras, como os empréstimos às famílias ou às empresas. Além disso, estão indexadas a múltiplos produtos financeiros transacionados nos mercados financeiros.

(Notícia atualizada às 11h17)

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Setembro 2017

Investimentos de milhões na bolsa e nas startups e smartphones diferentes que custam milhares. Estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Nos mercados, Warren Buffett adivinha o futuro, enquanto a Índia prepara um dos maiores IPO desta década. No empreendedorismo, um antigo banqueiro conseguiu 46 milhões de dólares para investir na sua startup e a HTC vai ficar sem dois mil empregados em troca de 1,1 mil milhões. Estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

Ex-CEO do Barclays recebeu 46 milhões de investimento na sua startup de fintech

Anthony Jenkins deixou o Barclays em 2015, mas não perdeu o rumo do investimento. A sua startup de fintech, a 10X Future Technologies fechou uma ronda de investimento, angariando 46 milhões de dólares de três empresas diferentes. Este ultrapassa em 17 vezes o valor de investimento médio que outras startups do setor conseguem angariam numa ronda de série A. A 10X Future Technologies aposta na descomplicação e modernização dos sistemas informáticos utilizados pelos bancos

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

Business Insider

Google contrata equipa da HTC por 1,1 mil milhões de dólares

A Google vai assinar um contrato de cooperação com a HTC para transferir dois mil trabalhadores para a sua equipa de desenvolvimento. Estes já trabalharam diretamente com a gigante tecnológica no desenvolvimento do Pixel, pelo que Sundar Pichai, o CEO da Google, já conhece o seu trabalho.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

MarketWatch

Warren Buffett: em 100 anos, o Dow Jones estará “acima do milhão”

No evento de comemoração de 100 anos da Forbes, o multimilionário Warren Buffett mostrou-se confiante nos mercados norte-americanos, afirmando que, daqui a 100 anos, o índice industrial Dow Jones vai atingir um milhão de pontos. “Não vejo nenhum short seller“, garantiu Buffett. O índice fechou a última sessão a negociar nos 22.412,59 pontos.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

CNN Money

Índia prepara o maior IPO dos últimos sete anos

A seguradora SBI Life está a preparar a sua entrada na bolsa, tentando uma avaliação de 1,3 mil milhões de dólares. A realizar-se, será a maior Oferta Pública Inicial (IPO na sigla em inglês) dos últimos sete anos, altura em que a empresa pública Coal India angariou 3,4 mil milhões de euros. Este foi o maior IPO da história do país.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

The Verge

iPhones caros? A culpa é nossa

Há uns dias ficámos a conhecer o iPhone X, o modelo mais caro de sempre da marca da maçã. Conta com muitas novidades e novas funções que desafiam os limites da tecnologia, mas desafiam também as carteiras dos consumidores, com preços a rondarem os mil euros. O The Verge prova que o aumento de preço dos smartphones está diretamente ligado à diferenciação e à necessidade de cada um de nós ter algo único. A diferenciação paga-se cara.

(Conteúdo em inglês / Acesso livre)

 

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Poupança das famílias está em mínimos de 18 anos

  • Lusa
  • 21 Setembro 2017

A poupança das famílias atingiu, no primeiro trimestre do ano, o valor mais baixo dos últimos 18 anos, somando assim três trimestres consecutivos de queda.

As famílias portuguesas nunca pouparam tão pouco, tendo poupado apenas 3,8% do seu rendimento disponível no ano terminado em março, o valor mais baixo dos últimos 18 anos. Os dados são compilados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) desde 1999, tendo reportado que a taxa de poupança voltou a cair nos 12 meses concluídos no final do primeiro trimestre deste ano, ficando nos 3,8%, “menos 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior”, somando assim três trimestres consecutivos de queda.

Isto acontece apesar de o rendimento das famílias estar a crescer e deve-se ao facto de se registar “uma variação mais intensa na despesa de consumo final do que no rendimento disponível”. Quando o INE começou a compilar estes dados, no último trimestre de 1999, as famílias poupavam 11,4% do seu rendimento disponível, ficando a taxa de poupança nos dois anos seguintes em torno dos 10% a 11% e atingindo o valor máximo de toda a série (de 12%) no ano terminado no terceiro trimestre de 2002.

A poupança dos particulares caiu pela primeira vez abaixo dos dois dígitos nos 12 meses concluídos no primeiro trimestre de 2004, tendo a partir daí permanecido quase sempre abaixo dos 10% do rendimento disponível e acentuado o ritmo de queda a partir de 2009. Mantendo esta tendência, a taxa de poupança tocou os 5% pela primeira vez no final de 2014 e, desde então, tem vindo a cair de forma praticamente consecutiva até ter chegado aos 3,8% no ano terminado em março de 2017, o valor mais baixo de toda a série.

No quadro europeu, no final de 2016, Portugal apresentava uma taxa de poupança de 4,3%, abaixo da média de 10,3% da Europa a 28 e de 12,2% dos 19 países da área do euro. Olhando para 2015, o último ano para o qual há dados para a maioria dos países da União Europeia, verifica-se que Portugal teve a sexta taxa de poupança mais baixa (de 4,5%). Bulgária (-6,3%), Chipre (-5,7%), Letónia (-2,2%) e Lituânia (-1,9%) registaram uma taxa de poupança negativa, o que quer dizer que as famílias gastaram mais do que os rendimentos que têm. Por oposição, os suecos (18,6%), os alemães (17,3%) e os eslovenos (14,8%) foram os europeus que pouparam uma proporção maior do seu rendimento disponível em 2015, de acordo com dados do Eurostat.

O INE divulga esta sexta-feira a taxa de poupança das famílias registada no ano terminado no primeiro semestre, tendo o ministro das Finanças afirmado em junho que estão criadas as condições para que este indicador inverta a tendência de queda e comece a recuperar. “Penso que estão criadas as condições para que isso aconteça e há indicadores positivos que nos permitem esperar uma inversão do lado da poupança”, referiu Mário Centeno, sublinhando que os dados trimestrais devem ser vistos com cautela, por serem “voláteis”.

Por outro lado, defendeu que devem continuar a ser seguidas as políticas que permitem essa poupança, tendo destacado a redução da carga fiscal e o aumento de rendimentos como bons exemplos do que já foi feito pelo atual Governo: “São contributos importantes e, também por isso, esperamos que nos próximos trimestres haja uma alteração dessa tendência”, reiterou.

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Commerzbank diz que Portugal saiu do “lixo” mas alerta que o país está a “retomar uma tendência pouco saudável”

O Commerzbank diz que Portugal está a crescer a um ritmo acelerado, o que vai levar as restantes agências a seguirem a S&P. Mas alerta: o país está a "retomar uma tendência pouco saudável".

Portugal está a crescer a um ritmo acelerado. Um “forte crescimento” que levou a Standard & Poor’s a retirar a notação do país de “lixo” e deverá, em breve, levar as outras duas grandes agências a fazer o mesmo, diz o Commerzbank. Há um círculo virtuoso que pode, no entanto, ser quebrado com o fim da política monetária expansionista do Banco Central Europeu, mas também com o “retomar de uma tendência pouco saudável” do passado, nomeadamente a subida dos salários.

“Depois de anos como uma das ‘crianças problemáticas’ da Zona Euro, Portugal parece agora estar de volta a um estado de saúde frágil. O rápido crescimento económico — o PIB cresceu quase 3% na primeira metade deste ano — ajudou o governo a reduzir o défice. Em resultado, a S&P foi a primeira das três grandes agências a devolver ao país um rating de qualidade [retirou o país de ‘lixo’]”, refere Ralph Solveen, analista do Commerzbank.

“Por agora, não há nada que pare esta tendência positiva”, refere o banco de investimento numa nota obtida pelo ECO, acrescentando que esta mesma tendência “deverá levar as outras duas grandes agências de notação financeira a elevarem os seus ratings para nível de investimento”. No entanto, essa expectativa já está refletida nas obrigações do Tesouro pelo que a margem para a queda das taxas “parece limitada”. A taxa a dez anos está nos 2,425%.

Os fatores que suportam esta tendência positiva do país manter-se-ão durante algum tempo, nomeadamente a política expansionista do BCE que, entre outros efeitos, puxou pela economia da Zona Euro, impulsionando a de Portugal — que deverá crescer 2,5% este ano e 2% em 2018. O “adeus à austeridade”, mas também o resultado das reformas implementadas — aumentando a competitividade — continuarão a puxar pelo país.

"Os ganhos conseguidos em termos de competitividade está já a começar a desaparecer, essencialmente fruto das políticas do governo. Aumentou em 5% o salário mínimo em 2016 e novamente em 2017, retomando assim uma tendência pouco saudável que só foi interrompida durante a crise da dívida”

Ralph Solveen

Commerzbank

Mas o Commerzbank alerta que mantêm-se riscos para o país. “É um erro fingir que o país encontrou uma solução duradoura para os seus problemas”, diz o banco de investimento, notando que tanto o governo como o setor privado continuam altamente endividados, o que será um problema quando o BCE começar a subir os juros. “Portugal deverá ser um dos países mais penalizados” pela inversão das taxas de juro.

“Além disso, os ganhos conseguidos em termos de competitividade está já a começar a desaparecer, essencialmente fruto das políticas do governo. Aumentou em 5% o salário mínimo em 2016 e novamente em 2017, retomando assim uma tendência pouco saudável que só foi interrompida durante a crise da dívida”. “Estes excessivos aumentos no salário mínimo” aumentam os custos das empresas, reduzindo a competitividade do país. “Portugal acabará por tornar-se novamente num lugar pouco atrativo para investir” e irá “pagar o preço” na economia.

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Auchan quer criar marca única. Jumbo pode desaparecer

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

O grupo francês quer ter apenas uma marca para os 17 mercados onde opera. Ainda não anunciou qual será a nova insígnia.

A Auchan, retalhista francesa que detém o Jumbo, vai criar uma marca única para todos os mercados onde opera. A notícia é avançada, esta quinta-feira, pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que dá conta de que o grupo ainda está a avaliar por insígnia vai optar.

O grupo francês opera em 17 mercados, através de 55 marcas. O objetivo é ter só uma insígnia em todos estes países até ao final do próximo ano, para que seja mais fácil para o cliente reconhecer a marca, mas a Auchan não adianta, para já, quais são as marcas que vão desaparecer.

“Em Portugal, estamos a avaliar o impacto de uma mudança. Mas uma coisa é certa: ficará sempre uma só marca, seja Jumbo ou Auchan”, explica ao Negócios Wilhelm Hubner, presidente executivo da empresa.

A decisão ainda não está tomada, mas será conhecida em breve, diz o mesmo responsável, acrescentando que “os clientes já conhecem a marca Auchan.

Esta é também a resposta da empresa ao desafio do digital, segmento onde quer reforçar a presença. “O futuro é fazer empresas híbridas que respondam ao digital e ao físico”, diz Wilhelm Hubner, ressalvando que os hipermercados físicos “não vão morrer”.

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Soares dos Santos: “Banca portuguesa não tem dinheiro para financiar”

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

A banca está a passar por uma reestruturação profunda, passando a ser mais espanhola do que portuguesa. E continua sem dinheiro para financiar os investimentos da Jerónimo Martins.

A Jerónimo Martins investe muitos milhões de euros por ano. Mas, diz Alexandre Soares dos Santos, esses milhões são quase totalmente obtidos junto da banca no estrangeiro, já que as instituições financeiras portuguesas — que são cada vez mais espanholas — continuam a não ter dinheiro para financiar. E “é muito mais fácil trabalhar com a banca lá fora”, diz.

“Quando estava cá [a holding da família Francisco Manuel dos Santos está sediada na Holanda], precisávamos de dinheiro e a banca portuguesa não estava disponível”, o que levou a dona do Pingo Doce a procurar financiamento junto da banca estrangeira, diz o patrão da Jerónimo Martins em entrevista ao ECO24.

“Lá fora, não sou recebido à porta. Sou recebido no salão principal”, acrescenta, salientando que, atualmente, a Jerónimo Martins “praticamente não trabalha com a banca portuguesa, exceto em operações normais”. “É muito mais fácil trabalhar com a banca lá fora” do que com a banca portuguesa.

A banca portuguesa não tem dinheiro para financiar quando a gente precisa de investir no estrangeiro.

Alexandre Soares dos Santos

Fundador da Jerónimo Martins

Para Alexandre Soares dos Santos, a banca portuguesa “está numa situação de reestruturação completa… Se é que se pode chamar banca portuguesa. A banca portuguesa é cada vez mais espanhola”, diz. “Fala-se muito que é bom [a espanholização da banca]. Mas as decisões vão todas a Espanha. A concessão de crédito é decidida em Espanha, tirando um caso ou outro mais pequeno”.

Atualmente, e superado o período mais complexo, a empresa continua a não recorrer à banca nacional. “A banca portuguesa não tem dinheiro para financiar quando a gente precisa de investir no estrangeiro”, acusa Soares dos Santos.

Continua a não ter dinheiro? “Só em investimentos, a Jerónimo Martins investe entre 700 a 800 milhões de euros por ano. Mesmo em Portugal [onde se diz que não investimos] foram, este ano, 300 milhões — vamos inaugurar o nosso centro logístico de Valongo. São 75 milhões”, diz Soares dos Santos. “Diga-me quantas empresas portuguesas investiram 300 milhões este ano?”.

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Trabalhadores com mais de 65 anos estão a aumentar. Já há 257 mil

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

Os 257,6 mil trabalhadores com mais de 65 anos representam 5,4% da população empregada total, um valor que só é possível encontrar recuando dois anos.

O envelhecimento da população está a ter reflexo na população empregada. O número de trabalhadores com mais de 65 anos está a aumentar e, no final do segundo trimestre deste ano, havia 257,6 mil pessoas deste grupo etário que estavam empregadas, mais 42 mil do que no início do ano passado.

Os cálculos são do DN/Dinheiro Vivo, que dá conta de que este grupo da população empregada tem vindo a sofrer oscilações mas, nos últimos meses, a tendência tem sido de crescimento. Os 257,6 mil trabalhadores com mais de 65 anos representam 5,4% da população empregada total, um valor que só é possível encontrar recuando dois anos e que representa uma subida de 10,5% face a junho de 2016.

Alargando a análise temporal, contudo, a preferência dos empregadores por trabalhadores mais jovens também tem reflexo. “O número de pessoas empregadas com mais de 65 anos tem vindo a diminuir” em termos de tendência geral, segundo o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

No entanto, importa lembrar que a população empregada mais velha deverá aumentar ainda mais nos próximos tempos, já que, no próximo ano, a idade normal de acesso à reforma vai voltar a aumentar, para 66 anos e quatro meses, fruto da evolução da esperança média de vida.

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Lisboa acima da linha de água. BCP e Jerónimo Martins são os coletes salva-vidas

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Setembro 2017

O principal índice nacional regista ganhos ligeiros, com o BCP e a Jerónimo Martins a manterem o PSI-20 acima da linha de água.

Após ter quebrado um ciclo de ganhos que já durava há oito sessões, a bolsa de Lisboa inicia a sessão desta quinta-feira acima da linha de água. A servirem de coletes salva-vidas ao PSI-20 estão o BCP e a Jerónimo Martins, que avançam perto de 1%. As empresas do setor energético destacam-se nas quedas.

O principal índice nacional iniciou o dia a ganhar 0,10% para os 5.301,65 pontos, depois de ter perdido 0,13% na última sessão, pondo fim ao maior ciclo de ganhos desde 2014. A puxar pela bolsa está o BCP, que avança 0,66% para os 22,95 cêntimos, mas também a Jerónimo Martins, que ganha 0,45% para 16,71 euros.

O histórico líder da retalhista, Alexandre Soares dos Santos, foi o primeiro convidado do novo programa do ECO em parceria com a TVI 24, o ECO 24, tendo deixado um aviso ao Governo que, segundo este, está a impulsionar a economia à custa dos lucros das empresas. “Avalio a quadratura do circulo à custa do lucro reduzido das empresas. Estamos sobrecarregados com impostos de toda a espécie. Fala-se muito no IRC, mas há todas as outras taxas. Em condições normais, não fosse eu português, não fazia sentido termos um investimento no Pingo Doce”, afirmou Alexandre Soares dos Santos.

"Em condições normais, não fosse eu português, não fazia sentido termos um investimento no Pingo Doce.”

Alexandre Soares dos Santos

Empresário português

Em terreno positivo estão também os títulos dos CTT, que avançam 0,84% para 5,13 euros, e os da Pharol, que ganham 0,92% para os 33 cêntimos.

A protagonizar as maiores perdas do início desta sessão estão as empresas do setor energético, especialmente as elétricas, com a EDP a perder 0,55% para 3,23 euros, a EDP Renováveis a manter-se inalterada nos 7,20 euros e a REN a cair 0,43% para 2,75 euros. A Galp Energia também iniciou o dia a perder 0,35%, mas rapidamente reverteu para ganhos.

Lisboa segue assim as restantes praças europeias, que registam ganhos ligeiros. O espanhol IBEX avança 0,25%, o italiano CAC-40 ganha 0,47% e o alemão DAX sobe 0,27%. O agregador Stoxx 600 avança 0,35%.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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Sondagem: maioria afirma que PS vai ganhar mais câmaras

  • ECO
  • 21 Setembro 2017

O Partido Socialista está à frente de 150 autarquias, mas 59% dos inquiridos afirma que este número vai aumentar.

As eleições autárquicas de 1 de outubro trarão mais câmaras ao PS que há quatro anos. A crença é de 59% dos portugueses que responderam à sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios, que acreditam que os socialistas vão conseguir reforçar a sua presença autárquica para além das 150 câmaras que conquistou em 2013.

Segundo esta sondagem, apenas 18,6% dos inquiridos crê que o PS irá ganhar menos câmaras e 10,9% acredita que os socialistas manterão o mesmo número de autarquias.

Em relação à intenção de voto, 71,2% dos inquiridos que afirmaram que vão votar PS é da opinião de que o partido vai garantir mais câmaras nestas eleições, mas são os que expressaram a sua intenção do voto no Bloco de Esquerda e PCP que estão mais convencidos de que o PS vai alargar o número de câmaras à sua responsabilidade. Destes, 75,7% e 72,8%, respetivamente, acreditam em tal.

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