Uber: partidos podem aprovar regulamentação já em janeiro

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Partidos admitem aproximar posições para que, já no início do próximo ano, possam ser aprovadas as regras que enquadrarão esta atividade. Políticos pedem "urgência" no encerramento deste processo.

Nove meses depois de ter dado entrada no Parlamento, o dossiê relativo à regulamentação das plataformas eletrónicas como a Uber e o Cabify tem, por fim, um encerramento à vista. O Governo e o PSD admitem aproximar as suas posições para que, em janeiro do próximo ano, possam ser aprovadas as regras que enquadrarão esta atividade.

“Sentimos que há elementos positivos na proposta do PSD e uma vontade genuína de convergir rapidamente para uma solução numa matéria que consideramos importante para o país”, explicou José Mendes ao Negócios. Segundo o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, esta questão deve “merecer da parte dos grupos parlamentares toda a prioridades.

“Estamos na reta finalíssima, já não há desculpa”, acrescentou António Costa da Silva, ao mesmo jornal. De acordo com o social-democrata, o objetivo é acelerar o processo e “fechar o dossiê com urgência”, agora que as Autárquicas e o Orçamento do Estado para 2018 já são assuntos tratados. Sobre a taxa de 5% sugerida pelo PSD para os veículos em questão (para compensar os custos da regulação), Costa da Silva revela que o partido está aberto a alterações, nomeadamente no que diz respeito ao valor.

Já sobre a fixação de contingentes para veículos descaracterizados, só o Bloco de Esquerda defende a sua aprovação. Ainda assim, também os bloquistas desejam que o processo seja encerrado o mais rápido possível. Heitor de Sousa propõe que seja definida uma data limite para as audições e aberta a possibilidade de serem dadas respostas por escrito em caso de falta de agenda. Na opinião do deputado, é possível que todos os intervenientes sejam ouvidos ainda em dezembro, de modo em que em janeiro tenha lugar a votação na especialidade e no plenário.

Esta terça-feira têm audição marcada no grupo de trabalho para os transportes públicos — que funciona no âmbito da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas — a Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) e a Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT). Em breve, a Uber e a Cabify também deverão ser ouvidas.

No início deste mês, o Tribunal da Relação voltou a declarar a Uber ilegal, depois de ter rejeitado o recurso interposto pela plataforma na batalha jurídica contra a associação de taxistas Antral. Segundo Lourenço, essa decisão criou um “problema grave”.

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Zara quer vender 16 lojas. Duas são em Portugal

A subida das compras online justificam a opção do grupo espanhol Inditex. O objetivo será angariar 400 milhões de euros com essa venda de imóveis.

A Zara está à procura de comprador para 16 lojas da marca na Península Ibérica, duas das quais se situam em Portugal, avança a Bloomberg (acesso grátis).

De acordo com a agência de notícias, a Inditex, dona da marca, pretende angariar 400 milhões de euros com esta alienação de imóveis que surge numa ocasião em que as vendas online da retalhista acelera em Espanha. As duas lojas em Portugal serão em Lisboa, avança o Expansión.

Em causa estará uma operação de sale-and-leaseback — alienação de património em que a empresa passa a ser arrendatária — por um prazo de 20 anos, em que o comprador tem a possibilidade de ver o imóvel desocupado no fim dos primeiros cinco anos, segundo uma fonte próxima do processo, que confirmou que estavam envolvidas 14 lojas situadas em Espanha e duas em Portugal.

Fonte oficial da inditex confirmou à Bloomberg a potencial venda e disse que esta se insere no âmbito da homogeneização da sua estratégia de leasing. Quase todas as lojas da gigante retalhista fundada por Amancio Ortega operam em regime de leasing, acrescentou o mesmo responsável que, contudo, não confirmou o preço pretendido.

As receitas da Inditex ascenderam a 11,7 mil milhões de euros na primeira metade deste ano, suportadas pela subida das vendas na internet, uma área em que a retalhista da área do vestuário pretende reforçar a sua aposta.

Notícia atualizada às 14h45 com informação sobre as lojas em Lisboa.

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Incêndio de Pedrógão Grande já tem dois arguidos

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Os primeiros arguidos da investigação ao incêndio de Pedrógão Grande já foram constituídos. Trata-se de Mário Cerol e Augusto Arnault. Em causa estão acusações de homicídio por negligência.

Já estão constituídos os primeiros dois arguidos no caso do incêndio de Pedrógão Grande, apurou o ECO. Trata-se de Mário Cerol, segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria, e Augusto Arnault, comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande. Em causa estão “factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência”, adianta o Ministério Público.

Cerol, que já tinha sido ouvido no inquérito em causa, foi o primeiro nome a ser conhecido. O arguido foi o terceiro a liderar a operação de socorro do fogo mais mortal da história portuguesa, tendo atuado nomeadamente logo no final do dia 17 de junho, avança a TSF. Por outro lado, Arnault só foi acusado esta tarde, no início da sua audição no Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria. “No decurso da tarde foi constituído um segundo arguido. O inquérito relativo ao incêndio de Pedrógão Grande tem, assim, dois arguidos constituídos”, confirmou o Ministério Público.

Além destes casos, o Correio da Manhã avança que, no total, podem vir a ser acusadas dez pessoas da prática de homicídio por negligência, que estão ligadas à Proteção Civil, à GNR e às concessionárias de estradas.

O incêndio de Pedrógão Grande acabou por matar 66 pessoas e ferir mais de 200. O fogo que deflagrou a 17 de junho alastrou-se para os concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira da Pera, também no distrito de Leiria. Marcelo Rebelo de Sousa considerou este o “ponto mais doloroso” da sua presidência e o Governo decretou três dias de luto nacional. Entretanto, o Conselho para a atribuição de indemnizações às vítimas dos incêndios fixou o valor mínimo em 70 mil euros.

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Governo espanhol vende mais 7% do Bankia por 818,30 milhões de euros

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2017

Trata-se da segunda venda de ações do banco por parte do executivo de Rajoy desde 2014.

O Estado espanhol vendeu 7% do banco intervencionado Bankia por 818,30 milhões de euros baixando para 60,63 % a sua participação naquela entidade, segundo informação publicada esta terça-feira na Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV).

Tratou-se da segunda colocação de ações do Bankia por parte do Estado espanhol depois de uma primeira venda realizada em fevereiro de 2014, quando o Fundo de Reestruturação Ordenada da Banca (FROB) transacionou 7,5% do banco numa operação, na altura, de 1.360 milhões de euros.

Em finais de novembro, o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, já tinha avançado que o Governo espanhol pretendia privatizar o Bankia “tão depressa quanto possível”, mas “sem perder de vista” o princípio de maximização do retorno das ajudas públicas recebidas pelo banco em 2012.

O executivo espanhol assumiu o controlo do Bankia, um dos maiores bancos do país, em maio de 2012, naquela que foi a oitava nacionalização de um banco em Espanha desde o início da crise financeira.

O Bankia foi uma das entidades mais afetadas pela grave crise do setor imobiliário espanhol, que implicou o encaixe bancário de mais de 180 mil milhões de euros em ativos tóxicos.

O banco recebeu mais de 22 mil milhões de euros em ajudas financeiras, sendo a instituição que beneficiou de mais apoios públicos no processo de reestruturação do setor financeiro iniciado em maio de 2009 que, no total, mobilizou 61 mil milhões de euros.

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Administração da Autoeuropa e sindicato reúnem-se agora para discutir novos horários

  • Margarida Peixoto
  • 12 Dezembro 2017

O SITE e a administração da Autoeuropa vão entrar agora numa reunião por causa dos novos horários de produção, decididos e comunicados esta manhã pela empresa.

O SITE, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, e a administração da Autoeuropa vão começar agora uma reunião, adiantou Rogério Silva, ao ECO. Em causa está a decisão da empresa de avançar com os novos horários — que incluem trabalho aos sábados — sem chegar a acordo com a Comissão de Trabalhadores.

Esta terça-feira a Autoeuropa notificou os seus trabalhadores de que a fábrica passará a trabalhar todos os sábados a partir do fim do próximo mês de janeiro. A decisão foi tomada de forma unilateral, depois de tentativas falhadas de chegar a acordo com os trabalhadores.

Conforme explica na carta, a que o ECO teve acesso, a direção da empresa compromete-se a reavaliar a decisão, mas só depois de agosto de 2018.

Entretanto, a empresa impõe o modelo de 17 turnos semanais e a produção ao sábado em dois turnos. “Claramente que vamos refletir no feedback que nos foi dado com o resultado do referendo. Embora tenham sido expressas muitas opiniões diferentes nas várias reuniões, entendemos que a maioria dos colaboradores está comprometida com o cumprimento do programa de produção do próximo ano”, lê-se no comunicado.

Neste modelo que a empresa agora impõe, os sábados são pagos a 100%, equivalente ao trabalho extraordinário, e se forem cumpridos os objetivos acresce 25%. Os novos horários preveem ainda que cada trabalhador terá salvaguardados quatro fins de semana completos de descanso e dois dias consecutivos de folga, a cada dois meses.

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Destruir depois de ler: a privacidade de Macron nas “mãos” da Telegram

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

O Governo francês prefere comunicar através da aplicação gratuita pela facilidade de utilização, pela força do hábito e por não trazer custos acrescidos.

Macron usa esta app. Num cargo onde a privacidade e a discrição nas comunicações são um dos maiores requerimentos, Emmanuel Macron, assim como os seus conselheiros, comunicam através da Telegram. Trata-se de uma aplicação gratuita, desenvolvida pelo russo Pavel Durov e conhecida por eliminar as mensagens depois de recebidas. A notícia é avançada por uma fonte próxima do Governo francês à Bloomberg esta terça-feira.

O uso da Telegram pelo executivo de Macron data já de 2016, altura em que ainda era candidato à Presidência de França. Até agora, o aplicativo permanece como ferramenta de troca de mensagens técnicas ou de logística. A troca de mensagens com informações classificadas ou que comprometam a segurança do país fica de fora. Um dos oficiais do Governo francês relata à mesma fonte que, caso houvesse trocas de informações mais sensíveis, estas passariam a ser feitas a partir de criptofones, isto é, smartphones que impedem a interceção das suas comunicações.

Entrevistados pela Bloomberg News, oficiais do Eliseu referem que usam o Telegram Messenger pela facilidade de uso, pela força do hábito, e pela isenção de custos.

“Os políticos deveriam usar ferramentas certificadas para as comunicações no trabalho, ferramentas desenvolvidas por peritos, e não por companhias como o Facebook, cujo negócio se baseia na coleção de informações e publicidade”, diz Laurent Delaporte, diretor executivo da consultora de cibersegurança Akerva, citado pela Bloomberg.

A utilização de plataformas gratuitas e distribuídas pela população em geral e por altos cargos políticos tem vindo a acender uma discussão nos EUA, após o caso do servidor privado de email de Hillary Clinton. Em causa esteve o acesso a uma troca de informações confidenciais entre Clinton, então secretária de Estado, e Antony Weiner, deputado democrata.

Este mês, em França, as informações relativas à logística da visita da primeira-dama ao jardim zoológico de Loire Valley foram trocadas via Telegram. Uma informação que pode parecer banal para uns, pode ser suficiente para atrair atenções indesejadas, refere a mesma fonte.

No passado mês de outubro, o Telegram Messenger foi multado em 800.000 rublos (cerca de 11.477 euros) por não fornecer aos serviços de segurança russos a informação necessária para descodificar mensagens, cita a Interfax a decisão judicial.

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Beyond 2017: “O impacto do digital é transversal a todos os negócios”

A EY encerra mais um ciclo de conferências sobre transformação digital no mundo das empresas. Esta terça-feira, organiza os debates finais na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

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Autoeuropa impõe trabalho ao sábado e paga o dobro

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

A Autoeuropa notificou os seus funcionários de que a fábrica irá passar a funcionar todos os sábados a partir do fim de janeiro. Quem trabalhar, recebe o dobro.

A Autoeuropa notificou esta terça-feira os seus trabalhadores de que a fábrica irá passar a trabalhar todos os sábados a partir do fim do próximo mês de janeiro. O novo horário de produção de 17 turnos semanais vai avançar unilateralmente face à rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.

“Em finais de janeiro vamos iniciar o modelo de trabalho de 17 turnos semanais, que cumpre com a lei e garante a produção aos sábados a dois turnos”, refere o comunicado da empresa. “Claramente que vamos refletir no feedback que nos foi dado com o resultado do referendo. Embora tenham sido expressas muitas opiniões diferentes nas várias reuniões, entendemos que a maioria dos colaboradores está comprometida com o cumprimento do programa de produção do próximo ano”, acrescenta o comunicado.

Embora se trata de um acordo imposto unilateralmente, a administração da Autoeuropa promete pagar os sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, que era umas principais reivindicações dos trabalhadores. Este pagamento dos sábados a 100% poderá ainda ser acrescido de mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.

No documento, a administração da Autoeuropa defende a necessidade de avançar com “um modelo de trabalho que seja legal” e refere que “as condições do pré-acordo rejeitado seriam possíveis apenas com uma autorização do Conselho de Administração da marca Volkswagen para o aumento dos custos de produção da fábrica, pelo que sem um acordo, não é possível manter essas condições”.

O novo horário, que entrará em vigor em finais de janeiro, deverá vigorar até ao mês de agosto de 2018. A Autoeuropa promete discutir o período após agosto com a Comissão de Trabalhadores. Os novos horários de laboração contínua preveem quatro fins-de-semana completos e mais um período de dois dias consecutivos de folga em cada dois meses para cada trabalhador.

Entretanto, a administração e o SITE, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, iniciaram uma reunião para discutir esta decisão da empresa que surge na sequência do chumbo do último pré-acordo proposto, a 29 de novembro, que estabelecia os termos do trabalho ao sábado e da laboração contínua (três turnos diários), que deverá ter início depois das férias de agosto de 2018.

Muitos trabalhadores consideravam insuficientes as alterações negociadas pela atual Comissão de Trabalhadores, eleita em outubro. Os sindicatos alertavam que este novo acordo era pior do que o anterior pré-acordo.

Perante esta recusa a Autoeuropa admitia avançar com um um novo horário, uma ameaça que se concretizou esta terça-feira.

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Petróleo acima de 65 dólares pela primeira vez em dois anos e meio

A cotação da matéria-prima segue com ganhos acima de 1%, após o encerramento de uma das mais importantes condutas de petróleo para reparação de uma fenda.

O petróleo segue em alta nos mercados internacionais, com o barril de brent londrino a negociar acima da fasquia dos 65 dólares pela primeira vez nos últimos anos e meio. O encerramento de uma das mais importantes condutas de petróleo do mundo suporta o avanço das cotações.

O preço do barril de brent — matéria-prima que serve de referência para as importações nacionais — segue a valorizar no mercado londrino 1,25%, para os 65,50 dólares, negociando assim em máximos de 11 de junho de 2015, depois de já ter chegado aos 65,70 dólares. Já o barril de crude segue a valorizar 0,95%, para os 58,54 dólares.

Petróleo em alta

Fonte: Bloomberg

Trata-se da quarta sessão consecutiva que a cotação do petróleo segue em alta, um movimento que surge no seguimento da paragem de um dos maiores oleodutos no Mar do Norte.

Em causa está a Forties Pipeline Systems, onde foi detetada uma fenda durante uma inspeção de rotina, cuja reparação deverá demorar duas semanas, condicionando o fornecimento de petróleo. Esta paragem é crítica tendo em conta a relevância desta conduta para a passagem de brent. Alimenta o terminal de exportações Hound Point, perto de Edimburgo na Escócia, e suporta 80 campos de exploração.

“É mais do que apenas uma interrupção de fornecimento, porque é mais relevante para a determinação dos preços”, afirmou Olivier Jakob, analista da Petromatrix, citado pela Bloomberg“. “Uma coisa é o volume de petróleo que é perdido, mas também é um elemento chave como benchmark para o preço”, acrescentou o mesmo especialista.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 12 Dezembro 2017

Que impacto têm políticas ambientalistas no negócio do petróleo e do gás natural? ExxonMobil responde. Paralisia ameaça invadir Ryanair e Reino Unido quer divórcio... mas pouco.

Confirma-se: a lista de crentes da expressão “quanto mais me bates, mais gosto de ti” não inclui os pilotos irlandeses da Ryanair. Mesmo depois de a transportadora aérea ter ameaçado baixar os salários e alterar as condições de trabalho destes profissionais, caso votassem a favor de uma ação coletiva contra a empresa, as greves estão iminentes.

Do conflito à amizade, no Reino Unido é de “flexibilidade” que se fala, quando se prevê a relação comercial futura com o bloco europeu. Já no continente, uma gigante francesa do imobiliário acaba de fazer a maior aquisição de sempre de uma companhia australiana e nos Estados Unidos a razão pela qual Akayed Ullah se tentou explodir passou a ser conhecida. Esta terça-feira, Macron abre as portas a algumas empresas e líderes mundiais para discutir as alterações climáticas com a maior petrolífera do mundo a revelar o impacto das políticas ambientalistas no negócio do ouro negro.

The Guardian

Pilotos irlandeses da Ryanair ameaçam fazer greve

Depois de os pilotos portugueses terem votado a fazer de uma ação coletiva (que inclui a possibilidade de ser convocada uma greve) contra a Ryanair e de os italianos terem acordado uma paralisação de quatro horas a 15 de dezembro, os profissionais irlandeses juntaram-se à luta. A poucas semanas do Natal, os pilotos da base de Dublin desta transportadora aérea disseram ‘sim’ a uma ação coletiva que, à semelhança do caso português, pode integrar a perturbação do agendamento dos voos. A reunião para decidir os contornos dessa ação está marcada para esta terça-feira.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Petrolífera explica como políticas ambientalistas afetam negócio

Como afetam as políticas ambientalistas o negócio do petróleo e do gás natural? O maior grupo do setor irá começar a publicar estudos sobre esses efeitos, face à exigência dos investidores no sentido do aumento da transparência relativa aos riscos que enfrentam. O ExxonMobil anunciou, assim, que passaria a incluir nos seus relatórios uma análise do impacto das medidas que pretendem limitar o aumento da temperatura global. Além disto, esta terça-feira, algumas empresas e líderes mundiais reúnem-se em Paris para discutir a luta contra as alterações climáticas com França a tentar recuperar um lugar cimeiro, nesta matéria.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Reuters

Gigante francês absorve grupo de centros comerciais australiano

A maior empresa europeia do setor do investimento imobiliário comercial acaba de negociar a compra do grupo de centros comerciais australiano Westfield Corp por 24,7 mil milhões de dólares (quase 21 mil milhões de euros). Esta operação levada a cabo pela francesa Unibail-Rombaco é a maior aquisição de sempre de uma companhia da Austrália. A Westfield Corp. detém 35 centros comerciais nos Estados Unidos e no Reino Unido, que estão avaliados em 32 mil milhões de dólares (pouco mais de 27,1 mil milhões de euros). A empresa considera a transação “altamente atrativa” para si e para os acionistas da Unibail-Rombaco.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Reino Unido quer acordo comercial semelhante ao atual

Divorciados? Sim, mas com as mesmas condições comerciais. É assim que o Reino Unido quer desenhar a sua relação com o bloco europeu, mesmo depois de sair da União Europeia. Liam Fox, secretário inglês do Comércio Internacional, defende que, depois da concretização do Brexit, os britânicos devem ter com o continente um acordo comercial “virtualmente idêntico” ao que têm agora, enquanto membros da UE. Numa reunião da Organização Mundial do Comércio, em Buenos Aires, o responsável explicou que tal cenário facilitaria a transição, diminuindo a sua duração e complexidade.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

The New York Times

Atacante queria retaliar pelos ataques dos EUA ao EI, na Síria

Três pessoas ficaram feridas, na manhã de segunda-feira, na sequência de uma explosão num terminal de autocarros de Manhattan, nos Estados Unidos. O atacante já identificado pelas autoridades como Akayed Ullah tentou fazer-se explodir. O motivo? Retaliar pelos ataques aéreos dos Estados Unidos às bases do Estado Islâmico, na Síria. Este foi o terceiro ataque, em Nova Iorque, desde setembro de 2016. Todos eles foram levados a cabo por aquilo que parecem ser “lobos solitários”.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Aumento do preço dos bilhetes de transportes limitado a 2,5%

O limite máximo da subida das tarifas de transportes para o próximo ano foi publicado nesta terça-feira em Diário República, que estabelece 2% como o aumento médio.

Já é oficial a atualização dos preços das tarifas de transporte público que entram em vigor a partir do início do próximo ano. Os preços estão limitados a uma subida média de 2%, tal como já era conhecido, e não pode ultrapassar os 2,5% de aumentos, segundo um despacho normativo publicado esta segunda-feira, 11 de dezembro, em Diário da república.

Em causa estão os preços que vão aplicar-se nos transportes rodoviários interurbanos e ferroviários urbanos e suburbanos de passageiros em percursos inferiores a 50 km, bem como aos transportes coletivos de passageiros nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, incluindo os transportes fluviais.

A atualização dos preços é justificada tendo em conta que “nos anos 2015 e 2016 não foram determinadas atualizações tarifárias, dada a ocorrência de um quadro social e económico muito particular e a tendência sustentada de descida dos custos dos combustíveis que se verificou desde 2013″, tal como explica o despacho desta segunda-feira.

O mesmo despacho informa ainda que é mantido o preço atualmente praticado dos cartões de suporte dos títulos de transporte das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, designadamente os “Lisboa Viva”, “Viva Viagem/7 Colinas” e “Andante”.

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BCP e energéticas suportam ganhos em Lisboa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 12 Dezembro 2017

As ações da Galp Energia segue a liderar os ganhos, seguidas pela EDP Renováveis e a REN. Apenas a EDP contraria a tendência do setor.

O principal índice bolsista nacional inicia a segunda sessão da semana a registar ganhos ligeiros, impulsionado pelo BCP e pelas cotadas do setor energético. As ações da Galp Energia seguem a liderar os ganhos, seguidas pela EDP Renováveis e a REN. Apenas a EDP contraria a tendência do setor.

O PSI-20 encaminha-se assim para a segunda sessão de ganhos, avançando 0,15% para os 5.371,08 pontos.

O banco liderado por Nuno Amado avança 0,15% para os 25,89 cêntimos, enquanto a Galp Energia, que recebeu do JP Morgan a distinção de top stock picks esta segunda-feira, ganha 0,64% para 15,78 euros. Segue-se então a EDP Renováveis, que avança 0,14% para 6,56 euros e a REN, que cresce 0,24% para 2,48 euros.

A destacar-se em terreno negativo seguem as ações da EDP, que deslizam 0,31% para 2,94 euros, os títulos dos CTT que, após o aviso de greve dos trabalhadores, deslizam perto de 0,97% para 3,39 euros, e a Corticeira Amorim que, ao negociar sem direito ao dividendo, perde 1,79% para 11,25 euros.

A Corticeira Amorim irá distribuir um dividendo extraordinário aos acionistas no próximo dia 14 de dezembro. Após ter já pago um dividendo de 18 cêntimos por ação, a empresa liderada por António Rios de Amorim vai agora entregar oito cêntimos.

Lisboa segue assim em linha com as restantes praças europeias em que também se registam ganhos ligeiros. O alemão DAX avança 0,03%, o francês CAC-40 ganha 0,15% e o agregador Stoxx 600 valoriza 0,02%, no dia em que Mário Draghi discursa em Frankfurt.

(Notícia atualizada às 8h24 com mais informação.)

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