ERC ainda não decidiu sobre a TVI/Altice. Prazo acaba hoje

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A ERC reuniu para analisar a compra da Media Capital pela Altice, mas ainda não tomou uma decisão sobre o que fazer com o negócio. O prazo para deliberar sobre o tema termina esta terça-feira.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) voltou a reunir-se esta segunda-feira para debater a compra da Media Capital pela Altice e decidiu prolongar a discussão para esta terça-feira, não tendo chegado a uma decisão, informou fonte oficial. “Informo que o Conselho Regulador [da ERC] decidiu continuar hoje, a reunião sobre a operação de concentração Meo-Altice/Media Capital”, disse à agência Lusa a mesma fonte, sem adiantar mais pormenores.

Ao início da tarde, o regulador voltou a reunir-se para debater o assunto, depois de duas reuniões sem consenso na semana passada. Também na semana passada, na terça-feira, a ERC pediu mais cinco dias úteis à Autoridade da Concorrência para se pronunciar sobre o negócio. A passada terça-feira era a data indicativa para a ERC dar um parecer sobre a operação, mas agora espera-se que a decisão do regulador se conheça até terça-feira desta semana.

No final de agosto, contactada pela Lusa, fonte oficial da Autoridade da Concorrência indicou que, após o parecer da ERC, existem dois cenários, dependendo se o regulador dos ‘media’ se pronuncia de forma negativa ou favorável ao negócio. Caso o parecer seja negativo, a operação não se poderá realizar.

No entanto, se o parecer não for negativo, a Autoridade da Concorrência continuará a sua instrução e ao fim de 30 dias úteis (contados da data da notificação e descontadas as interrupções que suspendem o prazo legal) poderá pronunciar-se de três formas: que a operação não se encontra abrangida pelo procedimento de controlo de concentrações; não se opor à concentração; ou dar início a uma investigação aprofundada. Neste último caso, a Autoridade da Concorrência dispõe de um prazo máximo de 90 dias úteis para adotar uma decisão final.

Em 11 de agosto, o Conselho de Administração da Media Capital, que detém a TVI, considerou que a operação “é oportuna e que as respetivas condições são adequadas”. A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações – Anacom divulgou o seu parecer sobre a operação de concentração, considerando que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar “nos termos em que foi proposta, pois “é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” em vários mercados. O parecer da Anacom não é vinculativo.

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Incêndios: Meia centena de estações Siresp foram afetadas pelas chamas e estão em “modo local”

A líder da PT avançou que os incêndios provocaram problemas em "cerca de 50" estações do Siresp. Estão a operar em "modo local", isoladas da restante rede de comunicações do Estado.

Cláudia Goya, presidente executiva da PT/MeoPaula Nunes / ECO

Meia centena de estações do Siresp estarão a atuar em “modo local” por causa dos incêndios que lavram desde domingo em Portugal continental, o que significa que estão a operar de forma isolada, cada uma por si, fora da rede de emergências do Estado. Em causa estão os danos provocados na rede pelas chamas, nomeadamente a destruição das linhas de fibra ótica que ligam estas estações umas às outras. A informação foi avançada pela Altice num encontro com jornalistas esta segunda-feira. É a PT, participada do grupo franco-israelita, que faz a gestão da rede.

Cláudia Goya confessou que, nesta altura, existirão “cerca de 50 sites que estão a funcionar em modo local” — isto é, permitem as comunicações apenas a terminais ligados à mesma torre, impossibilitando as comunicações com a totalidade da rede e, consequentemente, dificultando as comunicações aos agentes no terreno. Este é um problema que tem valido críticas severas à PT/Meo, incluindo do primeiro-ministro, António Costa. Em causa está o facto de a PT usar linhas de fibra ótica em postes, que acabam por arder nos incêndios.

Sobre a hipótese que está a ser estudada de usar condutas para passar esses cabos de forma subterrânea, a líder da Meo disse: “Temos um grupo de trabalho no sentido de analisar essas alternativas relativamente a enterrar os cabos. É algo no qual estamos a trabalhar ativamente.”

Fogo danificou 3% da infraestrutura

Os incêndios que lavram em Portugal desde domingo já provocaram danos em “cerca de 150” postos de telecomunicações da Meo no país, aproximadamente 3% do total. Destes, três deles “arderam na totalidade”, nas localidades de Santa Comba Dão e Arganil. O último balanço da Proteção Civil dá conta de pelo menos 35 mortos e sete desaparecidos.

Cláudia Goya, presidente executiva da PT/Meo, disse que as chamas afetaram infraestruturas da operadora “em nove distritos”, seis deles “em situação crítica”. “Temos cerca de 150 sites que foram afetados, 3% daquilo que é o nosso número total de sites, avançou a gestora.

As chamas têm vindo a provocar falhas nas comunicações em vários concelhos do país e, por isso, a Altice decidiu deslocar para vários pontos do país 17 unidades móveis para “assegurar as comunicações”. “Duas encontram-se em trânsito para a zona centro”, acrescentou Cláudia Goya, a meio da tarde desta segunda-feira.

[A Altice] assume o compromisso total de modo a poder recuperar da forma mais célere possível, e à medida que as condições o forem permitindo, todas as infraestruturas de comunicação.

Cláudia Goya

Presidente executiva da PT/Meo

Algumas frentes da crítica apontam o dedo à Meo, acusando-a de não ser capaz de garantir as comunicações nestas situações mais extremas, alegadamente ao contrário do que acontece com as operadoras concorrentes. Críticas que a Meo rejeita com veemência. “Existem condições difíceis a nível nacional que afetam todos os operadores. É um impacto que deriva, obviamente, da extensão dos incêndios”, recordou Alexandre Fonseca, chefe de tecnologia da PT.

Nem Armando Pereira, o cofundador do grupo Altice, ficou alheio a esta questão e disse, com ironia: “Os nossos sites ardem e os dos outros não. Não sei porquê. Devem ser feitos de maneira diferente.” E explicou: “Ardem porque houve fogo”, sublinhando que “não é verdade” que as outras operadoras concorrentes, nomeadamente a Nos e a Vodafone, não estejam a sofrer do mesmo tipo de problemas.

Antes, já Cláudia Goya tinha deixado “uma palavra de solidariedade, de conforto e também de força a todos os portugueses e a todas as famílias afetadas pelos incêndios”. “[A Altice] assume o compromisso total de modo a poder recuperar da forma mais célere possível, e à medida que as condições o forem permitindo, todas as infraestruturas de comunicação”, afirmou.

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Mercedes recolhe 400 mil veículos no Reino Unido devido aos airbags

  • ECO e Lusa
  • 16 Outubro 2017

A Mercedes vai recolher 400 mil veículos no Reino Unido por alegados problemas nos airbags. Empresa diz que problema técnico pode levar a uma descarga elétrica que ativa inadvertidamente o airbag.

O construtor automóvel Mercedes-Benz, propriedade da alemã Daimler, anunciou esta segunda-feira que 400.000 veículos vão ser chamados às oficinas no Reino Unido por problemas nos airbags.

A decisão afeta os modelos Classes A, B, C, E e ainda CLA, GLA e GLC, abrangendo viaturas vendidas entre novembro de 2011 e julho de 2017, segundo um porta-voz da Mercedes. O porta-voz indicou que o problema não está ligado ao escândalo do fabricante japonês Takata, que levou recentemente à recolha de 100 milhões de airbags em todo o mundo.

A Mercedes explicou ter verificado que, em circunstâncias pouco frequentes, um problema técnico pode levar a uma descarga elétrica que ativa inadvertidamente o airbag. O grupo precisou que se a luz do airbag acender, os proprietários do veículo devem contactar a Mercedes ou o seu concessionário. Indicou também que vai contactar os clientes que têm veículos abrangidos pela recolha.

A reparação demora uma hora e não terá custos para o cliente, indicou a mesma fonte.

Daimler relembra que há mais de um milhão de veículos com problemas

A fabricante alemã de automóveis Daimler, principal fabricante da Mercedes, avançou esta segunda-feira que existem mais de um milhão de veículos com estes problemas, espalhados pelas várias partes do mundo.

Segundo a Daimler, este problema nos airbags abrange 495 mil veículos nos Estados Unidos, 400 mil no Reino Unido, 76 mil no Canadá e algumas centenas de milhares na Alemanha, segundo informações vindas de funcionários da empresa.

Um porta-voz da Mercedes nos Estados Unidos disse que houve “um conjunto de casos em que os motoristas sofreram pequenos hematomas ou feridas” devido aos problemas nos airbags. Até agora não houve qualquer registo de mortes.

 

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Todos os dias, 150 empresas deixam a Catalunha. Já lá vão quase 600

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A fuga de empresas para fora da Catalunha continua a marcar a atualidade da economia regional. Até à passada quinta-feira tinham saído 581 empresas com sede na comunidade

Cerca de 150 empresas da Catalunha mudam diariamente a sua sede para fora da região, destacando-se pequenas e médias empresas (PME), seguindo o exemplo de grandes grupos bancários como Sabadell e CaixaBank.

Segundo o Luis Suárez, do Colégio de Registradores de Cataluña, entidade espanhola responsável pelo registo de empresas, a mudança de sedes para fora da Catalunha começou a aumentar a partir de 07 de outubro, depois de o banco Sabadell e o grupo Caixabank (dono do português Banco BPI) terem aprovado a mudança do seu domicílio social.

Desde 10 de outubro, quando o presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, deixou em suspenso uma declaração de independência, as mudanças de sede para fora da Catalunha ocorrem a um ritmo de “umas 150 por dia”.

Até à passada quinta-feira, tinham sido 581 as empresas com sede na Catalunha que tinham deixado a comunidade autónoma, segundo a mesma fonte.

“Primeiro foram as grandes entidades financeiras, depois as empresas energéticas e as mais emblemáticas, e agora são as pequenas e medias empresas”, disse Suárez.

Suárez estima que, se a incerteza em torno do que acontecerá à Catalunha durar apenas algumas semanas, a “recuperação será relativamente rápida”, mas que caso se prolongue a “recessão é certa”.

Também as operações de compra e venda de imóveis estão a ser afetadas pela ‘questão catalã’, com os investidores a adiarem decisões de investimento.

O Governo regional da Catalunha (a Generalitat) realizou em 1 de outubro último um referendo de autodeterminação.

Segundo a Generalitat, nessa consulta popular, considerada ilegal pelo Estado espanhol, o “sim” à independência teve 90% dos votos dos 43% dos eleitores que foram votar, tendo aqueles que não concordam com a independência da região boicotado a ida às urnas.

Puigdemont suspendeu na passada terça-feira a independência da Catalunha depois de ter feito uma declaração ambígua no parlamento da região.

O Governo espanhol decidiu hoje dar uma “última oportunidade”, até as 10:00 (09:00 de Lisboa) de quinta-feira, ao executivo catalão para esclarecer se declarou a independência unilateral da Catalunha antes de ativar o artigo 155 da Constituição espanhola e “repor a legalidade” na comunidade autónoma da Catalunha.

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ERSE provoca rombo de 430 milhões à EDP e REN

  • ECO
  • 16 Outubro 2017

Proposta que a ERSE entregou ao Governo fez a bolsa nacional encerrar no vermelho, influenciada pelas perdas da EDP e da REN. Elétricas registaram perdas de 433,5 milhões no seu valor de mercado.

A EDP e a REN estiveram sob intensa pressão de mercado esta segunda-feira, depois de a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos ter regulamentado na passada sexta-feira que o preço da eletricidade vai cair no início do próximo ano. No total, as elétricas tiveram um rombo de 433,5 milhões de euros no seu valor de mercado e acabaram por arrastar a bolsa para o vermelho.

As ações da elétrica nacional perderam 3,51% na sessão desta segunda-feira, para 2,99 euros. Com isto, a EDP viu a sua capitalização bolsista emagrecer 387,6 milhões de euros, para 10,96 mil milhões. Em relação à REN, com a queda de 2,58% para 2,68 euros, o seu valor de mercado reduziu-se em 45,9 milhões de euros, para um total de 1,4 mil milhões.

Esta proposta entregue ao Governo pode prejudicar as duas empresas portuguesas, que viram as suas recomendações e preços-alvo serem cortados pelo Haitong e pelo Morgan Stanley. Os analistas defendem que estas alterações à regulação foram “mais duras” do que o previsto. O regulador propôs que os preços baixem 0,2% a partir de 1 de janeiro de 2018, sendo esta a primeira redução de preços em 18 anos. Esta redução terá, contudo, um efeito prático muito pouco percetível para os consumidores.

“Reduzimos a recomendação da EDP para neutral (face a comprar), uma vez que as alterações na regulação em Portugal, tanto a nível da distribuição como da geração de eletricidade, foram significativamente mais duras do que prevíamos”, escreveram os analistas do Haitong. “A nossa perspetiva é de que o corte de tarifas proposto em Portugal é pior do que o nosso cenário base para a EDP e ligeiramente pior para a REN”, diz o Morgan Stanley.

No caso da REN, a avaliação desceu para 2,80 euros, quando antes era de 3,05 euros. E a recomendação também foi reduzida para neutral, face a comprar. Isto “no seguimento do anúncio de uma proposta que acabou por se revelar pior do que o esperado em termos de regulação da eletricidade para o período entre 2018 e 2020″, dizem os analistas.

A acompanhar este cenário, o índice nacional PSI-20 caiu 0,10%, para os 5.452,53 pontos. Um total de 11 cotadas fechou abaixo da linha de água, com destaque ainda para a Semapa, cujos títulos perderam 1,73% para os 16,72 euros. A impedir maiores quedas em Lisboa esteve, sobretudo, o BCP. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado fecharam a valorizar 2,35% para os 0,25 euros.

A bolsa nacional acompanhou a tendência registada nas restantes praças europeias, que também fecharam a desvalorizar. O espanhol IBEX-35 encerrou esta sessão a cair 0,75% e o britânico FTSE perdeu 0,11% para os 391,36 pontos. Em continente americano, o principal índice, S&P 500 segue no verde, a subir 0,10% para os 2.555,76 pontos.

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Fábrica da PSA em Mangualde encerrada devido aos incêndios

A empresa está em "contacto permanente" com a Proteção Civil para decidir quando haverá condições para retomar a produção.

A fábrica da PSA em Mangualde está encerrada esta segunda-feira, devido aos incêndios que lavram nessa zona. O fogo não chegou às instalações da fábrica que produz os carros Peugeot e Citröen, mas muitos colaboradores estão a combater os incêndios.

Em comunicado enviado às redações, a PSA justifica que, uma vez que há várias estradas cortadas, os trabalhadores e as peças necessárias à produção não têm como chegar à fábrica. Além disso, vários colaboradores estão “a combater os incêndios para proteger os seus bens”. Há ainda questões de segurança: “a presença de fumo e partículas em suspensão resultantes dos incêndios não asseguram as condições de saúde dos trabalhadores da empresa”, refere a PSA.

A empresa assegura ainda que “não há nenhum incêndio nas imediações da fábrica” mas, para respeitar “as condições de trabalho” e salvaguardar “a segurança de todos os trabalhadores”, a direção decidiu não arrancar com o turno da tarde, que começaria às 15h00, depois de já ter suspendido o da manhã.

A PSA adianta ainda que está em “contacto permanente” com a Proteção Civil de Mangualde para “decidir quando estão reunidas as condições para ser retomada a produção”.

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Recibos verdes: Governo admite clarificação da proposta na especialidade

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 16 Outubro 2017

As novas regras do regime simplificado só têm impacto para cerca de 10% dos trabalhadores com recibos verdes, diz fonte oficial do Ministério das Finanças.

O Governo vai alterar as regras do regime simplificado de IRS mas a redação da proposta está a gerar dúvidas, com fiscalistas a alertar para um potencial aumento de impostos. Ao ECO, fonte oficial das Finanças admite que a redação seja alterada em sede de especialidade, para que fique mais clara. E adianta ainda que só 10% dos cerca de um milhão de trabalhadores independentes abrangidos por este regime serão afetados pelas novas regras.

No regime simplificado, o imposto incide, no caso dos recibos verdes, sobre 75% do rendimentos, sendo os restantes 25% assumidos como despesas (as percentagens variam para outros casos). Mas com a proposta do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), o Executivo pretende agora garantir que, aplicado o respetivo coeficiente, “não pode resultar um rendimento tributável menor do que seria obtido”:

  • Pela dedução de 4.104 euros ou, se inferior,
  • Pela dedução ao rendimento bruto de um conjunto de despesas relacionadas com a atividade, onde constam prestações de serviços e aquisições de bens, encargos com imóveis, despesas com remunerações e importações.

O que quer isto dizer? Fonte oficial do Ministério das Finanças já tinha afirmado que, com esta mudança, só seria necessário apresentar faturas que cobrissem a diferença entre os 4.104 euros e 25% do rendimento bruto. Por exemplo: num rendimento de 20.000 euros, 5.000 (25%) são hoje considerados despesa — com as novas regras, será necessário apresentar faturas que cubram a diferença entre 4.104 e 5.000 euros para poder beneficiar deste último valor, referia fonte oficial.

Mas a interpretação não é uniforme. Fiscalistas contactados pelo ECO entendem que a proposta, tal como está redigida, só considera como dedução o valor das faturas apresentadas pelo contribuinte: uma dedução de 5.000 euros exigiria então 5.000 euros de despesas. Só se a mesma pessoa apresentasse um valor abaixo de 4.104 euros seria considerado este valor.

Questionado sobre esta diferença de entendimento, fonte oficial do Ministério das Finanças admite que a proposta possa ser melhorada em sede de especialidade. A bola está agora do lado dos deputados.

As mudanças que se avizinham não têm impacto, porém, nas contas de todos os contribuintes do regime simplificado. Contando já com as mudanças previstas nas tabelas de IRS, as novas regras só têm efeito em rendimentos acima de 1.600 euros, avançou no domingo a mesma fonte.

E hoje são conhecidos novos dados: dos poucos mais de um milhão de contribuintes no regime simplificado (600 mil agregados), só 929,2 mil (cerca de 90%) têm rendimentos superiores a 1.368 euros — este é o valor de rendimentos a partir do qual as novas regras teriam impacto sem as restantes mudanças que estão previstas no OE a nível fiscal; com as mudanças, os abrangidos poderão ser menos, avança a mesma fonte. Serão então estes contribuintes que terão de apresentar despesas para garantir uma dedução entre 4.104 euros e 25% do rendimento.

(notícia atualizada)

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Portuguesa KLOG investe 750 mil euros em novas instalações na Maia

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A empresa portuguesa da área dos transportes e logística investiu em novas instalações para “responder eficazmente” ao crescimento que tem vindo a registar e à aposta em novos serviços.

A KLOG, especializada na área dos transportes e logística, investiu 750.000 euros nas novas instalações na Maia (Porto), para “responder eficazmente” ao crescimento que tem vindo a registar e à aposta em novos serviços, avançou hoje a empresa portuguesa.

Criada em 2012, a KLOG registou ao longo de cinco anos “um crescimento sustentado”, esperando finalizar este ano com uma faturação de 54,95 milhões de euros, mais 34% do que em 2016, refere em comunicado.

Nesse sentido, e para dar resposta às necessidades dos clientes, a KLOG inaugurou as novas instalações no Porto.

As novas infraestruturas, constituídas pelo escritório principal e a filial da empresa no Porto, terão os serviços de todas as divisões (terrestre, marítima, aérea, divisão Projects & Strategic Cargo e logística contratual).

Têm uma área de 6.500 metros quadrados de armazém e ainda 2.000 metros quadrados que servem para escritório.

O administrador da empresa José Cardoso explicou, no comunicado, que “este é um importante investimento para a KLOG”, numa altura em que a empresa assinala cinco anos de atividade em Portugal.

E prosseguiu: “temos vindo a registar um crescimento muito sustentado, graças ao conhecimento aprofundado que detemos de vários setores, como por exemplo, alta tecnologia, têxtil, calçado, cortiça, materiais de construção, automotive, mobiliário”.

O aumento do número de colaboradores, que totalizam uma centena, e a aposta no segmento pharma (setor farmacêutico), que implica investimento em meios de distribuição e em espaços apropriados para garantir o controlo da temperatura e o frio positivo, foram outras das razões que levaram a KLOG a procurar novas instalações na Maia, no Porto, próximo do Aeroporto Sá Carneiro.

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BatteryHub: a app portuguesa que ajuda a poupar bateria

Um grupo de investigadores portugueses desenvolveu uma aplicação que ajuda a economizar a bateria dos smartphones Android. Recolhe dados que permitem criar padrões de consumo energético.

A BatteryHub é uma aplicação que lhe vai permitir poupar bateria no telemóvel, oferecendo pequenos truques e dicas. Foi criada por uma equipa de investigadores portugueses e permite estabelecer padrões de consumo energético dos utilizadores de smartphones.

Os portugueses continuam a dar cartas na área das aplicações e, desta vez, criaram uma que vai dar muito jeito aos utilizadores mais viciados nos telemóveis. A BatteryHub vai oferecer um conjunto de informações para melhor gerir o consumo energético da bateria. Criada por um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra, da Universidade da Beira Interior e da Universidade Federal de Pernambuco, a aplicação surge inserida no projeto GreenHub, que consiste numa plataforma para análise do consumo energético de dispositivos Android.

A BatteryHub fornece ao utilizador um “conjunto de informações úteis em tempo-real sobre diversos campos, nomeadamente o estado da bateria, temperatura, voltagem, mas também detalhes sobre a rede e memória, etc. Por seu turno, a informação recolhida é posteriormente enviada (de forma anónima) para a plataforma do GreenHub na cloud, com a finalidade de fornecer elementos para análise”, explica ao ECO Hugo Matalonga, fundador da aplicação. Mas, a app em si não poupa bateria, dá apenas informações ao utilizador sobre a melhor forma de o fazer, avisa.

"Na prática, a app está sempre à ‘escuta’ de certos eventos a acontecer no dispositivo, quando um desses eventos ocorre (por exemplo o nível da bateria do dispositivo diminui) é recolhido um conjunto de informações sobre o dispositivo e a sua bateria. Este processo decorre em segundo plano, sem interferir com o uso normal do dispositivo, tentando ser o menos intrusivo possível. ”

Hugo Matalonga

Fundador da BatteryHub

A ideia de criar a BatteryHub surgiu na altura em que Hugo teve de encontrar um tema para o seu projeto final de curso, “que resultou no protótipo da plataforma GreenHub, desenvolvido sob a orientação do professor doutor João Paulo Fernandes“, conta. A eles juntaram-se mais investigadores: Bruno Cabral, da Universidade de Coimbra, Fernando Castor, da Universidade Federal de Pernambuco, e Simão Melo de Sousa, da Universidade da Beira Interior. “Os restantes elementos que integram a equipa possuem conhecimentos e uma vasta experiência em Data Mining e interesse em Green Computing“, diz Hugo.

Por enquanto, a BatteryHub está apenas disponível para dispositivos Android. Para o futuro, a equipa de investigadores espera conseguir um “volume significativo de dados, de forma a possibilitar o recurso a técnicas de análise de machine learning e data mining“, confessa o fundador.

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Incêndios: Presidente da República “reafirma urgência de agir”

Marcelo Rebelo de Sousa reafirma a "urgência de agir" contra os incêndios, em novo comunicado. O Presidente da República diz que fala ao país após a estabilização dos fogos e o balanço da tragédia.

O Presidente da República voltou a revelar a sua preocupação relativamente aos incêndios que alastram por todo o País, reafirmando a “urgência de agir”. O alerta é deixado num novo comunicado publicado no site da Presidência da República, no qual Marcelo Rebelo de Sousa diz que está a acompanhar a situação dos incêndios e que irá falar ao país após a estabilização dos fogos e o balanço da tragédia.

“Tal como ontem, o Presidente da República está a acompanhar a situação dos incêndios em todo o Continente. O Chefe de Estado espera a rápida estabilização dos fogos e o balanço da tragédia, e falará depois ao País, bem como irá visitar, ao longo dos dias seguintes, as principais áreas ardidas”. O comunicado diz ainda que o Presidente da República cancelou a agenda programada para esta semana e pondera, se for caso disso, adiar também a visita aos Açores na próxima semana.

O Presidente relembra ainda as palavras que proferiu sábado a propósito de Pedrógão quando pediu que fossem apuradas responsabilidades: “Portugal aguarda com legítima expectativa as consequências que o Governo irá retirar de uma tragédia sem precedentes da nossa história democrática”, disse Marcelo.

No comunicado desta segunda-feira, a Presidência da República diz que “o que acabou de suceder só dá razão acrescida à sua intervenção de sábado passado”.

Já neste domingo ao final do dia, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a sua solidariedade com as populações das áreas afetadas pelos fogos, tendo exprimido ainda o seu profundo pesar aos familiares das vítimas, numa declaração escrita também publicada no site da Presidência da República.

“O Presidente da República manifesta a sua solidariedade às populações e aos autarcas por todo o continente, agradece o seu sacrifício, bem como dos Bombeiros e demais estruturas da Proteção Civil no combate aos fogos e exprime o seu profundo pesar aos familiares das vítimas”, lia-se também nessa mensagem do Presidente da República.

Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, confirmou no briefing das 11h00 desta manhã que o balanço atual dos incêndios é de 31 vítimas mortais e 51 feridos, 15 dos quais graves, adiantando a possibilidade do número de mortos poder vir a ser revisto em alta nas próximas horas.

(Notícia atualizada às 15h16 com mais informação)

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Wall Street sobe à boleia de dados positivos da indústria

O dólar segue a valorizar face ao euro e o petróleo está a subir mais de 1%, numa altura em que aumenta a expectativa em torno dos conflitos com os curdos no Iraque.

As bolsas norte-americanas arrancaram esta semana no verde. Wall Street está a beneficiar de novos dados positivos da manufatura, enquanto o dólar valoriza à boleia das palavras de Janet Yellen, que fez saber que a evolução lenta da inflação não vai impedir novos aumentos das taxas de juro.

O índice de referência S&P 500 está a subir 0,09%, para os 2.553,17 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avança 0,29%, para os 6.644,30 pontos. Já o tecnológico Nasdaq soma 0,21%, para os 22.922,40 pontos.

As bolsas seguem no verde depois de o Empire State, que mede a saúde económica do setor industrial no estado de Nova Iorque, ter fixado máximos de três anos em outubro.

A contribuir para os ganhos dos principais índices norte-americanos estão também os setores energéticos, numa altura em que o petróleo valoriza mais de 1% nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a subir 1,34% e negoceia acima dos 52 dólares por barril, empurrado pelas tensões no Iraque. O mercado antecipa que os conflitos com os curdos no Iraque poderão vir a ter impacto na produção da matéria-prima e o preço está, por isso, a subir para máximos de mais de duas semanas.

No mercado cambial, o dólar está a valorizar face ao euro, depois de Janet Yellen, a presidente da Reserva Federal norte-americana, ter dito que o banco central vai continuar a aumentar gradualmente as taxas de juro, ainda que a evolução da inflação esteja aquém do esperado.

“A minha previsão é que esta evolução não vai manter-se e, com o fortalecimento contínuo do mercado de trabalho, espero que a inflação acelere no próximo ano”, disse Yellen, num seminário que decorreu no domingo, em Washington, citada pela Bloomberg.

O dólar segue assim a valorizar 0,12%, para os 1,18 euros.

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6 passos para fazer o seu crédito habitação

  • ECO + BANCO CTT
  • 16 Outubro 2017

Descubra em menos de 2 minutos quais os 6 passos essenciais para fazer o seu crédito habitação sem ais nem uis.

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