Cristiano dá ‘bailinho da Madeira’ até nas redes sociais

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Outubro 2017

Ronaldo é o atleta mais bem pago e com mais seguidores. A união disto tudo faz com que cada post do jogador português valha mais de 700 mil dólares.

É o atleta mais bem pago do mundo, um dos mais famosos e o que tem uma das maiores comitivas de fãs. A influência de Cristiano Ronaldo estende-se bem para lá dos campos de futebol e até do mundo analógico. Nas redes sociais, o jogador português dá um ‘bailinho da Madeira’ aos outros atletas, sendo o mais valioso.

Segundo dados da D’Marie Analytics, uma empresa de estudos direcionada para as redes sociais, entre Instagram, Twitter e Facebook, cada post de Ronaldo vale 728,9 mil dólares. Ronaldo faz uma dobradinha no número de seguidores, sendo a figura pública com mais seguidores nas redes.

Em segundo lugar fica, como seria de esperar, o arqui-inimigo do português, Lionel Messi, que tem apenas conta oficial no Instagram e no Facebook. Mesmo assim, os posts jogador argentino valem 558 mil dólares. Segue-se-lhe o seu antigo colega de equipa, Neymar, que, mesmo sendo o futebolista mais caro do mundo, vale 432 mil dólares nas redes sociais.

A empresa elabora este ranking de valor através do cruzamento de fatores como o número total de seguidores, a quantidade de marcas a patrocinar ou o nível de interação. É nos dois primeiros campos que Ronaldo se destaca especialmente.

Nesta lista, só se pode encontrar um nome feminino no décimo quarto lugar, sendo este Serena Williams. Cada post da tenista norte-americana está avaliado em 111,4 mil dólares. Ainda que as celebridades femininas sejam as que habitualmente têm mais seguidores nas redes, a capacidade de gerar interesse comercial dos atletas masculinos é bastante maior que a dos femininos, explica a D’Marie.

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Catalunha perde 50% do PIB com saída de empresas

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

Das mais de 30 organizações que decidiram mudar a sua sede para fora da Catalunha, 11 são grandes empresas cotadas na bolsa de Madrid. As perdas ascendem ao equivalente de 50% do PIB da região.

O referendo pela independência da Catalunha continua a manchar o tecido empresarial da região. As contas começam a ser feitas e a saída das sedes de várias empresas da Catalunha representam perdas de 50% do PIB da comunidade espanhola, revela o El Mundo. Os catalães já perderam mais de 30 empresas, inclusive uma série de cotadas no IBEX 35. Ao todo, 11 empresas cotadas na Bolsa decidiram mudar a sua sede para outros pontos de Espanha. A Catalunha perde assim um conjunto de empresas avaliadas num total de 78.130 milhões de euros, avança o CincoDías esta terça-feira.

As últimas grandes perdas da região foram anunciadas no início desta semana. O grupo de infraestruturas Abertis e a Imobiliária Colonial anunciaram a sua mudança de sede para Madrid e para Málaga, respetivamente. A primeira empresa a anunciar a sua saída da região foi a biofarmacêutica Oryzon, que também decidiu instalar-se na capital espanhola. Desde então, várias outras entidades seguiram o seu exemplo, desde bancos como o Sabadell, o CaixaBank e o Mediolanum, até à energética Gas Natural Fenosa. Entre as várias razões apresentadas, as empresas falam do clima de instabilidade que se faz sentir na Catalunha, bem como de uma salvaguarda dos direitos e interesses dos seus acionistas, clientes e funcionários.

Para além de grandes empresas, o CincoDías refere a posição das empresas multinacionais sediadas na Catalunha. A Bayer, por exemplo, pediu na passada segunda-feira um marco jurídico e político para manter a sua atividade na região, sem avançar com a possibilidade de mudar as suas instalações. Nomes como a H&M, o Lidl ou a Seat mostram-se expectantes com a situação que se vive na Catalunha, mas não falam numa mudança. Já a Danone ou a Nestlé não mostram quaisquer preocupações publicamente.

Entre os vários destinos para as novas sedes das empresas, a mesma fonte aponta para as comunidades de Madrid, seguindo-se Valência, Aragão e as Baleares.

O jornal El País compilou a lista completa de empresas que estão de saída da comunidade catalã.

Carles Puigdemont marcará presença esta terça-feira junto do parlamento catalão, onde poderá avançar com uma declaração unilateral de independência da Catalunha. Do lado de Madrid, Mariano Rajoy prometeu uma “mão pesada”. Em declarações aos jornalistas, o porta-voz do PP, Pablo Casado, citou as palavras do presidente do governo espanhol ao dizer “Vamos Impedir a independência da Catalunha”.

Na manga, Rajoy guarda a dita “bomba atómica” da Constituição. Trata-se do artigo 155º que pode ser posto em prática “se uma Comunidade Autónoma não cumprir as obrigações que a Constituição e outras leis lhe impõem, ao atuar de forma que atente gravemente o interesse geral de Espanha”, segundo pode ler-se no documento oficial. Neste sentido, o Governo poderá tomar “as medidas necessárias para obrigar” qualquer Comunidade Autónoma “ao cumprimento forçoso” das obrigações legais que lhes são impostas.

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CGTP marca “grande manifestação nacional” para 18 de novembro

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

O líder da intersindical nacional, Arménio Carlos, anunciou a manifestação no encontro nacional da CGTP-In explicando que esta é uma luta pela “valorização do trabalho e dos trabalhadores".

A CGTP convocou esta terça-feira os trabalhadores dos setores público e privado, jovens, reformados e desempregados para “uma grande manifestação nacional” em Lisboa a 18 de novembro.

O líder da intersindical nacional, Arménio Carlos, anunciou a manifestação no encontro nacional da CGTP-In, em Lisboa, explicando que esta é uma luta pela “valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela exigência do aprofundamento do rumo de reposição e conquista de direitos e pelo combate às injustiças e desigualdades”, entre outras reivindicações.

No encontro nacional, que reuniu em Lisboa 750 delegados e ativistas sindicais, Arménio Carlos enumerou algumas das mais recentes lutas dos trabalhadores, como a greve dos enfermeiros ou a luta interna na Autoeuropa, e lembrou que é devido a essas lutas que a intersindical quer “realizar um momento de convergência nacional” com uma grande manifestação nacional a 18 do próximo mês.

Arménio Carlos anunciou ainda uma campanha de luta contra a precariedade, através do lançamento de uma petição nacional que, na sua opinião, vai “ser um marco no combate à precariedade”. “É um problema de todos a precariedade”, afirmou o sindicalista, justificando esta afirmação com o facto de Portugal precisar de estabilidade e segurança, ao nível demográfico, para se poder desenvolver.

Na petição, aprovada na segunda-feira no conselho nacional da CGTP, refere-se existirem em Portugal “mais de” um milhão de trabalhadores com vínculo precário e atribui-se a esta precariedade “a insegurança no emprego e a incerteza na vida dos trabalhadores e das suas famílias e um problema para a demografia do país”. No documento, a que a Lusa teve acesso, os signatários da petição “exigem”, nomeadamente, a passagem a efetivos dos desempregados com contratos de emprego-inserção e que estão a ocupar postos de trabalho permanentes e o reforço dos meios e competência da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre outras reivindicações.

O outro documento aprovado segunda-feira no conselho nacional da CGTP, uma resolução intitulada “Lutar para Valorizar o trabalho e os trabalhadores”, a intersindical enumera as suas reivindicações e exige que o Orçamento do Estado para o próximo ano “dê prioridade a medidas que assegurem uma reforma da política fiscal que alivie os rendimentos do trabalho e taxe mais os do capital”.

Essa resolução, através da qual a CGTP também convoca os trabalhadores para uma manifestação nacional em novembro, vai ser entregue hoje à tarde ao Ministério do Trabalho, no final do encontro nacional, e depois de uma marcha dos cerca de 750 delegados e ativistas sindicais presentes neste encontro, que começou esta manhã em Lisboa.

(Atualizada às 14h00 com mais informação)

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Juan Luis Cebrián deverá ser substituído na liderança da Prisa

O histórico gestor e fundador do El País deverá deixar de ser o chairman da Prisa esta sexta-feira, avança o jornal espanhol El Confidencial.

Juan Luis Cebrián, o chairman da Prisa, estará de saída da empresa como forma de desbloquear um novo aumento de capital. O histórico jornalista e gestor, fundador do jornal El País, deverá ser substituído por Javier Monzón no conselho de administração marcado para esta sexta-feira, “salvo surpresa de última hora”, avança o jornal espanhol El Confidencial.

A Prisa é a empresa espanhola que detém a Media Capital em Portugal. A empresa atravessa sérias dificuldades financeiras e está a tentar vender a dona da TVI à Meo/Altice. A saída de Cebrián de um cargo executivo (deverá manter-se como presidente honorífico do El País) dá início a um profundo plano de reestruturação da empresa, que se vê a braços com uma dívida avultada que vence já em 2018.

Javier Monzón é o ex-presidente da tecnológica espanhola Indra e atual conselheiro do Santander. De acordo com o El Confidencial, o seu nome é bem visto por alguns dos principais acionistas da Prisa. No entanto, o descontentamento será grande face às perdas milionárias que registam desde que entraram no capital do grupo de media espanhol.

A saída de Cebrián, escreve o jornal, era condição sine qua non para que os acionistas aceitassem participar na reestruturação, que prevê novo aumento de capital de 400 milhões de euros que, somando aos 440 milhões de euros que o grupo espera receber da Altice pela Media Capital, seriam suficientes para fazer frente às dívidas. Como nota o El Confidencial, a capitalização bolsista da Prisa cifra-se atualmente nos 280 milhões de euros.

Na reunião dos acionistas esta sexta-feira, espera-se assim que seja aprovada a substituição de Cebrián e aprovado o aumento de capital.

(Notícia atualizada às 12h38 com mais informação)

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China Three Gorges está “satisfeita” com António Mexia na liderança da EDP

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

O maior acionista da EDP afirma-se "satisfeita" com António Mexia na liderança da elétrica nacional, sublinhando também que não está "envolvida em qualquer tipo de discussão".

O maior acionista da EDP, a China Three Gorges (CTG), garantiu esta terça-feira estar “satisfeita” com a atual administração da EDP, liderada por António Mexia, e disse não estar “envolvida em qualquer tipo de discussão” sobre alterações nos órgãos sociais da empresa. “A CTG não está envolvida em qualquer tipo de discussão, com nenhuma parte, sobre potenciais alterações nos órgãos sociais relevantes da EDP para o próximo mandato”, afirmou a estatal chinesa, num comunicado enviado à agência Lusa em Pequim.

O grupo chinês, que na semana passada elevou a sua participação na EDP para 23,3%, num investimento de 208 milhões de euros, reage assim a uma notícia difundida este sábado pelo jornal Expresso. O semanário avançou que a CTG quer substituir António Mexia à frente da EDP e que o sucessor deverá ser escolhido até ao final deste ano, apontando Francisco Lacerda, atual presidente dos CTT, como forte hipótese.

"A CTG não está envolvida em qualquer tipo de discussão, com nenhuma parte, sobre potenciais alterações nos órgãos sociais relevantes da EDP para o próximo mandato.”

China Three Gorges

Em comunicado, a estatal chinesa garante estar “satisfeita com a performance” da EDP, “apesar dos desafios” enfrentados pelo setor. “A CTG apoia totalmente a trajetória de sucesso da equipa de gestão da EDP, que tem sido capaz de manter um desempenho estável, sob um contexto desfavorável no setor e a nível macro“, lê-se na mesma nota.

O grupo justifica ainda a sua decisão de aumentar a participação na EDP, pela primeira vez desde a privatização da empresa, por “acreditar” nos “fundamentos sólidos”, “boas perspetivas de negócio” e “benefícios da parceria estratégica a longo prazo entre a CTG e a EDP”. “Isto, junto com a nossa convicção relativa ao pleno respeito pela lei e contratos existentes, foram os impulsionadores essenciais da recente decisão da CTG”, aponta.

A decisão do grupo chinês surge numa altura em que é noticiado o interesse por parte dos espanhóis da Gas Natural na EDP, visando uma fusão das duas empresas ibéricas. Em 2011, a empresa chinesa pagou 2,7 mil milhões de euros ao Estado português por 21,35% do capital da EDP, tornando-se o maior acionista da elétrica portuguesa.

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Dívida do Estado acentua queda histórica de depósitos nas férias

Em pleno mês de férias, o saldos dos depósitos sofreu um forte rombo. Registou a maior queda de sempre, explicada tanto pelo dinheiro gasto na praia como pela aposta nas obrigações do Tesouro.

O valor depositado pelos portugueses nos bancos sofreu o maior rombo de sempre em agosto. Dados do Banco Central Europeu (BCE) indicam que nesse mês, o “bolo” total dos depósitos encolheu em 2.204 milhões de euros, mas nem tudo foi gasto nas férias. Uma boa parte deste dinheiro continuou a ser poupado, mas em títulos de dívida pública que oferecem taxas bem mais atrativas.

Segundo os dados da entidade liderada por Mario Draghi, em agosto, os portugueses detinham um total de 141.311 milhões de euros aplicados em depósitos. Este montante corresponde a uma quebra de 2.204 milhões de euros em comparação com os 143.515 milhões de euros que estavam depositados em julho. Trata-se da maior quebra do histórico do BCE, cujo início remonta a janeiro de 2003.

Os depósitos de particulares nos bancos residentes apresentaram uma “taxa de variação anual de -1,7%, que compara com -1,6% observados em julho”, diz o Banco de Portugal. Esta evolução traduziu o aumento dos gastos das famílias num mês em que tradicionalmente as famílias portuguesas aproveitam o bom tempo para as férias.

Mas há outra explicação: a “evolução nos depósitos de particulares foi influenciada por aplicações em outros instrumentos de poupança, nomeadamente pela subscrição, em agosto, de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV)“, refere o Banco de Portugal.

Foram aplicados 1.200 milhões de euros nestes títulos de dívida pública cujo período de subscrição encerrou a 27 de julho. Em teoria, o impacto teria sido nesse mês, mas a liquidação financeira dessa operação só ocorreu a 2 de agosto, o que ajudou ao “trambolhão” dos depósitos das famílias nesse mês. Já em agosto do ano passado os depósitos tinham caído em 2.114 milhões depois de 1.200 milhões aplicados em OTRV.

O apetite pelas OTRV é explicado pelas taxas mais atrativas do que as dos depósitos oferecidos pela banca. A emissão de OTRV teve uma procura válida de 1.508 milhões de euros, para um total de oferta de 1.200 milhões, com os investidores a serem atraídos pela Euribor a seis meses “acrescida de 1,60%, com uma taxa de juro mínima de 1,60%”. Os novos depósitos da banca pagam 0,24%.

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Google, Facebook e Twitter alvos de anúncios russos para influenciar eleições norte-americanas

Google, Facebook e Twitter denunciam contas falsas criadas pela Rússia para influenciar as eleições norte-americanas do ano passado. Foram gastos dezenas de milhares de dólares em anúncios.

A Rússia terá usado várias páginas da Internet para criar anúncios com o objetivo de influenciar as pessoas na altura das eleições norte-americanas do ano passado. Foram gastos dezenas de milhares de dólares em publicidade que poderá ser da responsabilidade do Estado ou do Governo russo.

O país de Vladimir Putin continua envolvido em polémicas, principalmente se incluírem os Estados Unidos. Sites como o Google, Facebook, Gmail, Youtube e Twitter descobriram várias contas falsas, criadas com o intuito de lançar anúncios que influenciassem as pessoas em relação às eleições norte-americanas de 2016, onde Donald Trump foi eleito presidente, segundo avançou o The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês).

A mais recente empresa a confirmar também estas suspeitas foi a Google, que primeiramente negou qualquer tipo de atividade russa ilegal. No entanto, após uma investigação, a empresa descobriu vários anúncios partilhados através das suas plataformas — Google, Gmail, Youtube e ainda a sua agência de marketing DoubleClick, num total de dezenas de milhares de dólares. Recorde-se que a Google é dona do maior negócio de publicidade online do mundo.

A equipa de investigação da Google descobriu que foram gastos 4.700 dólares (4.003 euros) em anúncios de propaganda vinculados ao Governo russo e outros 53 mil dólares (45 mil euros) que ainda estão a tentar perceber se estarão ligados ao Estado ou se são realmente de empresas legítimas.

Mas a plataforma eleita pelos russos para esta ilegalidade foi o Facebook que, até agora, encontrou cerca de 100 mil dólares (85 mil euros) gastos em publicidade em cerca de três mil anúncios ligados a uma troll farm russa (empresas onde os funcionários têm as funções de criar conflitos e desordens nas redes sociais). Alguns desses anúncios faziam alusão a Donald Trump, Bernie Sanders e ao candidato do partido verde Jill Stein. Outros anúncios tinham como objetivo fomentar uma espécie de divisão nos Estados Unidos, promovendo o sentimento anti-imigrante e o racismo.

Pelo menos uma fonte externa disse que a influência dos russos no Facebook é muito maior do que aquela que a empresa conseguiu apurar, abrangendo conteúdos pagos e postagens em várias páginas da rede social. Esses anúncios foram compartilhados centenas de milhões de vezes, segundo Jonathan Albright, diretor de pesquisa do Tow Center of Digital Journalism na Universidade da Colômbia.

Uma coisa é certa: os anúncios descobertos pela Google não parecem ser da mesma entidade afiliada ao Kremlin que comprou anúncios no Facebook, o que pode indicar que este negócio é muito maior do que aquilo que se estima.

Também o Twitter foi um dos afetados, encerrando 201 contas associadas à Internet Research Agency, de acordo com informações vindas da empresa. Revelou ainda que a conta do site de notícias RT, anteriormente conhecida como Russia Today, uma emissora de televisão financiada pelo Governo russo, foi associada ao Kremlin, depois de ter gasto 274,1 mil dólares (233,5 mil euros) em publicidade em 2016. O RT possui ainda uma presença considerável no Youtube. O Twitter continua com uma investigação para descobrir eventuais contas falsas usadas com esse intuito.

Depois de tudo isto, o Congresso dos Estados Unidos arrancou com várias investigações e pressionou várias entidades nas áreas da tecnologias a fazerem o mesmo, de forma a apurarem de que modo os russos usaram as redes sociais, a publicidade online e outras ferramentas digitais para influenciar as eleições presidenciais de 2016 e fomentar um ambiente de discórdia nos EUA. Representantes do Facebook, Google e Twitter vão prestar declarações ao Congresso dos Estados Unidos que vai decorrer a 1 de novembro.

Esta segunda-feira, a Microsoft informou que também está a investigar essa influência nas suas plataformas, como o Bing.

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Criador do Ethereum vem ao Web Summit em Lisboa

O jovem russo Vitalik Buterin, fundador da Bitcoin Magazine e criador da moeda virtual Ethereum vai estar em Lisboa no Web Summit, avançou Paddy Cosgrave no Twitter.

Vitalik Buterin é o criador da moeda virtual Ethereum. Tem apenas 23 anosWikimedia Commons

O criador do Ethereum, o sistema de código aberto baseado em blockchain e que serve de base à moeda virtual com o mesmo nome, é a mais recente confirmação do Web Summit, avançou esta terça-feira de manhã, no Twitter, o promotor do evento, Paddy Cosgrave.

Vitalik Buterin é um jovem programador russo de 23 anos que, em meados de 2015, lançou a plataforma Ethereum com uma moeda virtual que permite os chamados smart contracts — em traços gerais, transações que só se realizam se forem cumpridas determinadas condições.

 

Buterin é ainda um dos fundadores da revista Bitcoin Magazine, especializada em moedas digitais e descentralização, e um influente nome neste universo das criptomoedas (recentemente, rumores falsos de que teria morrido num acidente de viação limparam quase quatro mil milhões de dólares de valor à moeda que criou).

Atualmente, a Ethereum tem um valor de mercado muito próximo dos 28,5 mil milhões de dólares. Uma moeda está a cotar nos 299,67 dólares esta terça-feira. É vista como uma das grandes alternativas à bitcoin.

Nota: Apesar de o tweet de Paddy Cosgrave indiciar a vinda de Vitalik Buterin ao Web Summit em novembro, o ECO confirmou com a organização que, afinal, o promotor referia-se a Joseph Lubin, fundador da ConsenSys, que também esteve ligado à criação da Fundação Ethereum. As dúvidas surgiram após um email promocional enviado pela conferência a apresentar Lubin como cofundador da instituição.

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Exportações aceleram. Batem importações pela primeira vez no ano

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

Tanto as exportações como as importações de bens aumentaram em agosto. O crescimento das exportações foi, no entanto, superior ao das importações pela primeira vez em 2017.

As exportações de bens cresceram a um ritmo mais acelerado do que as importações em agosto. Foi a primeira vez este ano que as exportações aumentaram mais do que as importações, sendo esta evolução explicada pelo crescimento das vendas para o exterior tanto de material de transporte como de combustíveis e lubrificantes, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Em agosto de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, 14,3% e 12,8% (4,6% e 13% em julho de 2017, pela mesma ordem)”, nota o INE. Foi a primeira vez este ano que se registou um aumento das exportações com um ritmo superior ao das importações.

“Os maiores contributos para a aceleração das exportações provieram das categorias económicas de material de transporte e de combustíveis e lubrificantes” que cresceram 39,1% e 38%, respetivamente, diz o INE. “Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 12,4% e as importações cresceram 14,7%”, salienta. Nas importações, o maior aumento correspondeu ao material de transporte: 30,6%.

Défice continua a aumentar

Apesar desta evolução, o défice da balança comercial foi superior ao registado em julho: passou de 1.065 para 1.316 milhões de euros. O valor apurado em agosto “representa um acréscimo de 105 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”, destaca o INE.

Défice da balança comercial a crescer

Fonte: INE | Valores em milhões de euros

“Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 1.054 milhões de euros, correspondente a um aumento de 201 milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016”, nota.

Alemanha, o destino que mais cresce

Em agosto de 2017, tendo em conta os principais países de destino em 2016, “as exportações para Alemanha e Espanha apresentaram os maiores aumentos face ao mês homólogo de 2016 (correspondente a 21,1% e 8,3%, respetivamente)”.

Nas importações, no âmbito dos maiores países fornecedores em 2016, em agosto de 2017 destacaram-se “os crescimentos das importações provenientes da Alemanha e Espanha (correspondente a 26,3% e 8%)“, acrescenta o INE. “Neste mês apenas as importações do Brasil diminuíram (correspondente a uma quebra de 60,8%)”, remata.

(Notícia atualizada às 11h23 com mais informação)

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Santana Lopes é candidato à liderança do PSD

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá de abdicar do atual cargo para poder liderar o partido dos social-democratas.

Pedro Santana Lopes já visitou o Presidente da República e o primeiro-ministro. O anúncio ainda não é oficial mas a decisão está tomada, avança o Expresso.

Pedro Santana Lopes enfrentará Rui Rio, que também irá oficializar esta quarta-feira, nas eleições de 13 de janeiro para a liderança do PSD. Segundo o Expresso, Santana Lopes já terá inclusivamente começado a fazer convites para a sua estrutura de campanha.

Ao abrir a porta à liderança do partido, terá de abandonar a cadeira de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), não estando sequer prevista a hipótese de suspensão do mandato nos estatutos da instituição. Os cargos são incompatíveis.

Questionado sobre se falou com Santana Lopes sobre liderança do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa fugiu à pergunta e garantiu que falaram sobre cargo que social-democrata ocupa na Santa Casa, avançou a Lusa.

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ERC analisa hoje compra da TVI. E ninguém sabe bem o desfecho

ERC tinha até hoje para deliberar sobre a compra da TVI e o conselho reúne esta manhã. Mas sem unanimidade, ninguém sabe o que acontece depois. Magno já pediu mais uma semana à AdC.

Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)MIGUEL A. LOPES/LUSA

Termina esta terça-feira o prazo dado pelo regulador da concorrência para que a ERC, o regulador dos media, se pronuncie sobre a compra da Media Capital pela Altice, um negócio avaliado em 440 milhões de euros.

O regulador dos media tem nas mãos o poder de determinar o desfecho desta operação de convergência — mas, para isso acontecer, o parecer tem de ser aprovado por unanimidade, o que está longe de ser certo que aconteça. E se não houver deliberação? Para já, também não se sabe muito bem o que acontece.

É esta terça-feira de manhã que os três membros do conselho regulador da ERC se reúnem pela última vez antes do fim do prazo dado pela Autoridade da Concorrência (AdC). Ora, segundo avançou Luís Marques Mendes este domingo, no seu espaço de comentário na SIC, o parecer técnico em cima da mesa será desfavorável ao negócio, o que ameaça a venda da dona da TVI à dona da operadora Meo.

Ainda ninguém sabe oficialmente o que diz esse parecer, e não é certo que seja mesmo desfavorável, mas a confirmar-se a informação veiculada pelo comentador, o que acontecerá se não houver uma unanimidade entre os três membros do conselho regulador na decisão? E o que acontece se Carlos Magno, presidente da ERC, não se entender com os colegas da mesa?

O ECO sabe que os juristas do regulador ainda estão a tentar perceber qual dos dois cenários é válido: ou o negócio avança para a AdC por falta de parecer da ERC (bypass) ou o negócio é automaticamente chumbado pelo mesmo motivo. Há ainda uma terceira hipótese, provavelmente até mais visível no horizonte: um prolongamento do prazo para emissão de parecer, no sentido de esclarecer estas questões jurídicas e face ao surgimento de “factos novos”.

Entretanto, o jornal Público [acesso condicionado] avançou que Carlos Magno ligou esta segunda-feira à presidente da AdC, deixando em aberto um cenário em que a ERC passa a ter mais uma semana para decidir. Assim, os juristas do regulador ganham mais tempo para perceber, concretamente, o que acontece se a ERC se vir incapacitada de deliberar, enquanto os três membros do conselho ganham mais margem de manobra para negociar um acordo (o que não deverá ser pera doce).

Um administrativista contactado pelo ECO explicou, porém, que caso a ERC não aprove o parecer por unanimidade, o processo avança sem parecer (ou seja, salta para a fase seguinte, a da análise final da AdC). Outro advogado ouvido pelo ECO confirmou a mesma hipótese.

O conselho regulador já está a analisar esse parecer técnico dos serviços da ERC (terá 70 páginas, segundo o Público) e que, para já, da forma que está construído, coloca questões e faz uma análise de risco dentro do quadro de competências da ERC — acesso a conteúdos, pluralismo, entre outros pontos, tal como já foi feito no passado, quando a Ongoing tentou comprar a TVI depois de uma tentativa falhada, exatamente, da parte da Portugal Telecom. A Altice já terá pedido, informalmente, acesso a esse parecer, sabe o ECO.

As operadoras concorrentes, Nos e Vodafone, já tornaram pública a sua oposição ao negócio, assim como o líder da Sonae, Paulo Azevedo, e o líder da Impresa, dona da SIC, Francisco Pedro Balsemão — posições que, na visão do Haitong Bank, poderão ter um efeito de lóbi e aumentar a pressão sobre os dois reguladores que ainda têm de avaliar a compra. Precisamente a ERC e a AdC.

Houve ainda uma terceira entidade envolvida: a Anacom. O parecer do regulador das comunicações surpreendeu o mercado por recomendar o chumbo do negócio, indicando que o mesmo não se deve materializar nos termos em que foi proposto.

Por isso, neste dia em que o dossiê deverá conhecer mais uma nova página, todos os cenários parecem estar em aberto — sejam eles o chumbo da compra, a aprovação da compra mediante a subscrição de compromissos pela Altice (os chamados remédios), a aprovação da compra, ou aprovação ou chumbo da operação por falta de parecer — sendo que, na visão dos profissionais do Direito ouvidos pelo ECO, a última hipótese parece ser a que tem mais força, caso não haja acordo na reunião desta terça-feira.

(Notícia atualizada às 11h36 com informação de que Carlos Magno terá pedido o adiamento do prazo para deliberar por mais uma semana)

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Cuidados paliativos e rastreios isentos de taxas moderadoras

As alterações à lei das taxas moderadoras entrarão em vigor em novembro. Para além dos cuidados paliativos, também o rastreio a doenças infecciosas fica isento de pagamento.

Vão ser abertas duas novas exceções às taxas moderadoras: o rastreio de doenças infecciosas e os cuidados paliativos. Estas alterações foram publicadas esta terça-feira em Diário da República e serão aplicadas a partir de 1 de novembro.

“Consultas e atos complementares de diagnóstico” que sejam necessários para fins de rastreio, incluem os rastreios de infeções VIH/SIDA, hepatites, tuberculose pulmonar e doenças sexualmente transmissíveis, lê-se em Diário da República.

A isenção que recai sobre os cuidados paliativos é feita “com o intuito de facilitar o alívio do sofrimento dos utentes que padecem de uma doença grave e/ou prolongada, incurável e progressiva”.

De acordo com o mesmo documento oficial, as medidas deverão ser aplicadas “não pondo em causa a racionalização da utilização dos cuidados de saúde“. O objetivo das alterações é “reduzir as desigualdades entre cidadãos no acesso à saúde”.

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