Galp serve de arma no conflito entre Sonangol e Isabel dos Santos
Em causa está o conflito dentro da Esperaza, holding detida pela Sonangol e Isabel dos Santos, que detém uma participação indireta na Galp Energia através da Amorim Energia.
É mais um capítulo no conflito aberto entre a Sonangol e Isabel dos Santos. A empresária angolana fez alterações na administração da Esperaza Holding, empresa que detém uma participação indireta na petrolífera Galp, isto depois de ter tentando a sua dissolução, avança o jornal Expresso (acesso livre) esta quarta-feira.
Do lado da petrolífera angolana, que era até há pouco tempo liderada por Isabel dos Santos, já foi acionada uma providência cautelar para anular esta decisão porque não teve o seu prévio consentimento, adianta o jornal citando fonte do Ministério angolano dos Petróleos e Minas.
“Desde sexta-feira que foram acionados em Portugal todos os mecanismos judiciais para travar mais esta ação e, aqui, o assunto vai ser encaminhado também para a Procuradoria-Geral da República”, garantiu fonte do Governo angolano ao Expresso.
A Esperaza Holding é detida pela Sonangol (55%) e por Isabel dos Santos (45%). A sociedade detém 45% da Amorim Energia, que é dona da 33,34% da Galp.
O episódio vem acentuar o clima de adversidade entre a petrolífera, o Governo angolano e a empresária, depois de o Presidente João Lourenço ter exonerado Isabel dos Santos da presidência da Sonangol há cerca de um mês.
A Sonangol alega que se sente lesada com as decisões de Isabel dos Santos, mas diz que “não precisava nem da Américo Amorim e muito menos de Isabel dos Santos para entrar na Galp. Ao contrário sim, se a Sonangol não tivesse alavancado os fundos necessários, ela nunca teria entrado no negócio” – adverte uma fonte conhecedora do processo, citada pelo Expresso.
Segundo o jornal português, ficam ainda por saldar alguns dividendos que a Sonangol reclama não ter recebido da sua posição na Esperaza Holding.
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