PS admite inquérito parlamentar sobre os 10 mil milhões de euros em offshores

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2017

O BE está mais cauteloso, mas PS e PCP admitem já avançar para uma nova comissão de inquérito sobre o dinheiro transferido para offshores entre 2011 e 2015 que não foi vigiado pelo fisco.

A falta de vigilância do fisco entre 2011 e 2015 sobre o dinheiro que foi para offshores pode passar pela Assembleia da República. O PS admite esta quarta-feira, em declarações ao Diário de Notícias, que pode avançar para uma comissão parlamentar de inquérito sobre o assunto. O caso foi noticiado esta terça-feira pelo Público e revela que houve 10 mil milhões de euros transferidos de contas nacionais para paraísos fiscais sem terem passado pelo processamento da Autoridade Tributária.

Tanto o Partido Socialista como o Partido Comunista Português estão abertos a criar uma nova comissão parlamentar de inquérito para averiguar as responsabilidades políticas deste caso. João Paulo Correia, porta-voz do grupo parlamentar socialista para as questões de Orçamento e Finanças, garante que essa porta não está fechada. Já Miguel Tiago, deputado comunista, revela que “todos os instrumentos parlamentares estão em cima da mesa”.

Acho muito bem que, caso tenha havido parte da informação fornecida pelos bancos à AT que não foi devidamente analisada, que a IGF apure o porquê de tal facto.

Paulo Núncio

Ex-secretário dos Assuntos Fiscais

O outro aliado parlamentar da esquerda é mais cauteloso: “Neste momento é importante que ambos os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais [o atual, Rocha Andrade, e o do governo PSD-CDS, Paulo Núncio] esclareçam a situação. Vamos esperar por isso e depois veremos os próximos passos a dar“, afirmou Mariana Mortágua ao DN. O BE, assim como o PCP e o PS, anunciaram esta terça-feira requerimentos para ouvir o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, assim como o atual, na comissão permanente de Orçamento e Finanças, para que o caso seja esclarecido.

Em declarações ao ECO, Paulo Núncio — secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do CDS entre 2011 e 2015 — afirmou que não teve “conhecimento da situação descrita relativamente ao não tratamento de parte das declarações dos bancos pela Autoridade Tributária”. E acrescenta: “Acho muito bem que, caso tenha havido parte da informação fornecida pelos bancos à AT que não foi devidamente analisada, que a IGF apure o porquê de tal facto.”

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A 12.000 metros de altitude não há almoços grátis

  • Bloomberg
  • 22 Fevereiro 2017

Desesperados para cortar custos, as companhias aéreas começam a cobrar tudo... até os snacks.

Em 2010, a Continental Airlines era a última companhia aérea dos EUA que ainda oferecia aos passageiros da classe económica um lanche grátis. Na altura, já todas as concorrentes, desesperadas para cortar custos, tinha começado a cobrar por snacks e pequenas refeições ou bebidas de cortesia. Depois, também a Continental sucumbiu e os passageiros passaram a adicionar ao itinerário a compra de uma sanduíche antes de embarcar.

Sete anos depois, as empresas aéreas financeiramente sólidas começam a pensar em devolver a comida “grátis” às massas. No segundo trimestre deste ano, a Delta Air Lines quer passar a servir uma refeição de cortesia nas rotas mais longas, na maioria dos casos rotas transcontinentais. Entre as opções disponíveis estão pratos de queijos e frutas, sanduíches e wraps.

A Delta já oferece bebidas alcoólicas gratuitas em voos domésticos para quem viaja na categoria “Comfort Plus”, mais espaçosa. Também é possível fazer streaming de programas de TV e de filmes — a Delta quer que os passageiros saibam que esse é um serviço grátis, assim como os vídeos gratuitos que agora estão disponíveis na Alaska, United, American, Southwest e noutras aéreas equipadas com wi-fi a bordo. No ano passado, a Delta testou o serviço de refeição na classe económica durante seis semanas em voos com partida do aeroporto JFK, em Nova York para Los Angeles e São Francisco. Como era de esperar, a companhia viu que os índices de satisfação aumentaram nesses voos.

Já pagou isto tudo

Mas, apesar de toda a gente gostar de uma sanduíche “grátis”, talvez fosse melhor pensar nesse “grátis” com asterisco do lanche: na verdade, paga-se por estas regalias de outras formas, ao contrário do que acontecia antigamente quando as aéreas ofereciam comidas, bebidas e filmes e raramente eram remuneradas por isso. A Delta, por exemplo, informou aos investidores em dezembro que a receita por milha voada por assento é 9% maior que a das suas concorrentes locais. Estas empresas, especialmente a American Airlines Group e a United Continental Holdings, estão ansiosas para reduzir essa diferença e ultrapassar-se umas às outras. Ou seja, todos querem cobrar mais.

Para conseguir estes rendimentos, a Delta anuncia a credibilidade de sua programação, com voos pontuais e raramente cancelados, cabines reequipadas e amplas renovações nos grandes centros operacionais em aeroportos, entre outras melhorias que atraem clientes que gostam deste tipo de coisas.

As refeições grátis — especialmente em rotas domésticas altamente disputadas — podem contribuir ainda mais para esta abordagem. Uma porta-voz da Delta, Catherine Sirna, preferiu não dizer como a empresa escolheu os “mercados estratégicos” que receberam as novas refeições nem quanto esta iniciativa custará. (Muitos destes mercados enfrentam a concorrência direta da Alaska e da JetBlue Airways). Os voos da American e da Delta já tinham recomeçado a oferecer refeições nas rotas do Havai.

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Bolsa avança pelo sétimo dia

É o melhor registo do PSI-20 desde agosto do ano passado. A bolsa lisboeta acumula hoje a sétima sessão de ganhos seguida com ajuda da Galp, EDP Renováveis e BCP.

Sete sessões seguidas de ganhos permitem à bolsa nacional registar o mais prolongado ciclo de ganhos em meio ano. Ajudam na sessão desta quarta-feira o desempenhos do trio composto pela Galp, EDP Renováveis e BCP. A Corticeira Amorim COR 0,00% também avança depois de anunciar o dobro dos lucros e um dividendo de 18 cêntimos.

O PSI-20 avança 0,19% para 4.695,09 pontos, o nível mais elevado desde janeiro. No total, 15 das 17 cotadas apresentam registos positivos no arranque da sessão lisboeta, com destaque para a Galp (+0,63%), EDP Renováveis (0,51%) e BCP (1,14%).

A Corticeira Amorim, que apresentou esta manhã um resultado líquido de 102 milhões de euros e a proposta de um dividendo de 18 cêntimos por ação, soma 0,21% para 9,74 euros.

“Achamos que a Corticeira Amorim continua a gozar de um bom momento no mercado das rolhas de cortiça, especialmente nos segmentos premium”, destaca a análise do Haitong aos resultados apresentados esta manhã pela empresa liderada por António Rios de Amorim. “Novas aplicações para a cortiça é outra área de crescimento com a Corticeira Amorim a apostar numa unidade especializada no desenvolvimento de novas alternativas que podem representar novas formas de crescimento”, dizem ainda.

Corticeira prova ganhos

Nota ainda para a Jerónimo Martins, cujas ações tombam mais de 1% para 16,21 euros, antes de prestar contas ao mercado. A dona do Pingo Doce anuncia resultados esta quarta-feira, após o fecho da bolsa. Os analistas do BPI Equity Research estimam um resultado líquido de 102 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado.

"Achamos que a Corticeira Amorim continua a gozar de um bom momento no mercado das rolhas de cortiça, especialmente nos segmentos premium. Novas aplicações para a cortiça é outra área de crescimento com a Corticeira Amorim a apostar numa unidade especializada no desenvolvimento de novas alternativas que podem representar novas formas de crescimento.”

Nuno Estácio

Analista do Haitong

“A empresa apresentou as vendas preliminares relativas ao mesmo período, as quais confirmaram a forte dinâmica observada nas vendas comparáveis na Polónia e uma evolução sólida em Portugal“, destaca o BPI Equity Research, que atribui um preço-alvo para finais de 2017 de 17 euros, com uma recomendação de “neutral”.

No plano europeu, dia pintado de verde entre os principais índices acionistas do Velho Continente. Além dos recordes observados em Wall Street, que dão confiança aos mercados europeus, os investidores aguardam pela divulgação de dados económicos (inflação na Zona Euro) e outros resultados empresariais que podem cimentar os sinais de retoma que a região tem dado nos últimos tempos.

Neste cenário, a bolsa de Paris assume ganhos de 0,6%, sendo umas das praças que mais valoriza na manhã europeia. Em Madrid, Frankfurt e Milão os ganhos não iam além dos 0,3%.

(Notícia atualizada às 8h26)

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Parlamento: leis sobre offshores paradas há 8 meses

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2017

Os projetos de lei sobre evasão fiscal estão parados há oito meses no Parlamento. A revelação de que o fisco não vigiou 10 mil milhões que foram para offshores, partidos voltam à carga.

A investigação dos Panama Papers, feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação em abril do ano passado, tem servido para reforçar as regras fiscais em todo o mundo: no Equador, por exemplo, os gestores públicos estão proibidos de ter contas offshores e na União Europeia ainda esta terça-feira foram aprovadas novas regras. Contudo, em Portugal, desde junho que os projetos de lei sobre o tema estão paradas no Parlamento, avança o Público esta quarta-feira.

Estas propostas em stand by para combater a criminalidade económica financeira e fiscal visão, segundo o jornal, visam combater o uso indevido de offshores e aumentar os impostos pagos por esse tipo de transferências. Na sequência da notícia desta terça-feira que dava conta que o fisco português não vigiou 10 mil milhões de euros que foram parar a offshores, entre 2011 e 2015, o BE e o PCP querem ouvir os ex-responsáveis dos Assuntos Fiscais. A Inspeção Geral das Finanças está a investigar o assunto.

A comissão parlamentar responsável por essa área reúne ordinariamente esta quarta-feira, pelas 10h30 e, apesar de o assunto não estar na agenda, um deputado socialista revela ao Público que o PS vai “propor o avanço de alguns projetos”. João Paulo Correia especifica que um dos projetos em cima da mesa sobre a criminalidade fiscal tem em vista proibir pagamentos em numerário acima de três mil euros.

No entanto, à esquerda não tem existido consenso quanto às regras a utilizar nos paraísos fiscais. No mesmo jornal, Mariana Mortágua, deputada do BE, refere que perante estas notícias espera que “haja mais disponibilidade por parte dos restantes partidos” para legislar esta área. Também Miguel Tiago, deputado do PCP, afirma que as recentes notícias revelam que “a supervisão tem falhas e que é preciso avançar com a proibição ou com uma maior taxação para fazer com que este capital fique em Portugal, onde foi gerado”.

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Corticeira Amorim regista lucros recorde de 102 milhões. Propõe dividendo de 18 cêntimos

A empresa aumentou as vendas e a margem bruta, ao mesmo tempo que reduziu os custos e a dívida líquida em mais de metade. AG vai propor dividendo de 0,18 euros por ação.

A Corticeira Amorim quase duplicou os lucros em 2016 e alcançou um resultado líquido recorde: 102 milhões de euros. A contribuir para este desempenho esteve, em grande parte, a venda da participação na fabricante de pavimentos US Floors, que resultou num encaixe de 30 milhões de euros para a empresa.

No ano passado, a corticeira conseguiu aumentar as vendas e a margem bruta, ao mesmo tempo que reduziu os custos operacionais e a dívida líquida. Ao todo, a empresa fechou o ano com receitas de 641,4 milhões de euros, um aumento de 6,1% face a 2015 e o maior registo de sempre.

A contribuir para este aumento esteve, sobretudo, e mais uma vez, a área de rolhas. Na sua unidade de negócios mais relevante, a Corticeira Amorim vendeu um número recorde de 4,4 mil milhões de rolhas, o equivalente a 20 milhões de rolhas por dia e um aumento de 7,6% em relação às vendas de 2015. Destaque também para a unidade de matérias-primas, onde as vendas totalizaram 148,6 milhões de euros, mais 9,7% do que em 2015.

Do lado dos resultados operacionais, os custos reduziram-se em 0,5%, para 238,6 milhões de euros, enquanto a margem bruta subiu 6%, para 334,7 milhões de euros. Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 21,5% e fixou-se em 122,3 milhões de euros.

A empresa conseguiu, ainda, reduzir a dívida líquida em mais de metade. De 2015 para 2016, a dívida da Corticeira Amorim caiu de 83,8 milhões de euros para 35,8 milhões de euros.

Na Assembleia Geral de Acionistas que se realiza a 7 de abril, o conselho de administração da Corticeira Amorim vai propor pagar um dividendo bruto de 18 cêntimos por ação, um aumento face aos 16 cêntimos que pagou no ano passado.

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Lone Star paga “valor simbólico” pelo Novo Banco

Agora é que é. O Lone Star está disponível para pôr mil milhões no capital do Novo Banco, mas quanto paga ao Fundo de Resolução pelo controlo do banco? Um "valor simbólico".

O fundo Lone Star vai entrar em negociações exclusivas com o Governo para a aquisição do Novo Banco, cerca de 13 meses depois do início de um concurso no qual terminou em primeiro lugar. As condições genéricas do negócio já são conhecidas, falta saber quanto é que o Lone Star pagará ao Fundo de Resolução pelo controlo do Novo Banco. Será “um valor simbólico”, revelou ao ECO uma fonte que participa nas negociações.

Depois de meses de negociações entre a equipa do Banco de Portugal liderada por Sérgio Monteiro e o Lone Star, as condições de compra do Novo Banco mudaram no momento em que o ministro das Finanças traçou uma linha vermelha: não pode haver garantia de Estado no negócio. A garantia, refira-se, tinha uma função particular na operação desenhada pelo Lone Star: o capital necessário num banco é exigido em função do crédito concedido e, particularmente, do crédito ponderado pelo risco. Ora, uma garantia de Estado permitiria libertar capital, precisamente porque os ativos protegidos pela garantia teriam menos risco do que aquele que comportam hoje. E isso significaria um esforço menor de capitalização do Novo Banco para cumprir as regras de solidez e as almofadas financeiras exigidas pelo BCE.

Sem a garantia bancária, o Lone Star exigiu uma partilha de risco com o Estado com outro modelo. O Estado continuará acionista – tudo indica através de uma entidade que não o Fundo de Resolução -, com uma posição minoritária. Desta forma, o fundo garante que se houver necessidade de novos aumentos de capital por desvio em relação ao plano de negócios, o Estado será também forçado a meter ‘dinheiro fresco’, em proporção da sua posição. O ECO revelou este plano B em primeira mão, e Mário Centeno já confirmou publicamente essa possibilidade.

Por outro lado, o Lone Star vai pôr já mil milhões de euros na capitalização do Novo Banco, um aumento de 250 milhões face à proposta que foi escolhida como favorita pelo Banco de Portugal no dia 4 de fevereiro.

Nestas condições, o Lone Star estava disposto a pagar ao Fundo de Resolução até 750 milhões de euros por 100% do Novo Banco – muito longe, claro, dos 4,9 mil milhões de capital injetado no momento de criação do banco, dos quais 3,9 mil milhões emprestados pelo Estado. Agora, o cheque vai ter “um valor simbólico”.

Oficialmente, ninguém responde às perguntas do ECO. Agora, chegou o momento do Governo. E o Banco de Portugal, que continuará a assessorar nas negociações, já esgotou a capacidade negocial. Além disso, como é público e notório que a decisão final será de António Costa, facto já reafirmado pelo próprio, o Lone star sabe que tem de manter uma margem de manobra negocial para exigências políticas de última hora. Acresce que, neste momento, a discussão passa também por Bruxelas e pela Comissão Geral da Concorrência, que tem de autorizar um modelo em que o Estado continua como acionista.

A capitalização do Novo Banco não acaba aqui, com dinheiro fresco do Lone Star e a presença do Estado no capital. Nestas negociações, o Governo quer também envolver os obrigacionistas seniores no reforço do capital do banco. Aliás, esta solução também estava implícita na primeira proposta de compra do Lone Star. E, nestes modelos, a solução passa por convencer estes obrigacionistas, especialmente os que investiram em linhas de obrigações seniores de longo prazo, a passarem a acionistas. Qual será o montante? Até 750 milhões de euros.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Marta Santos Silva
  • 22 Fevereiro 2017

No Reino Unido, novos números do PIB de 2016 e os resultados do Lloyds devem pintar uma imagem mais clara da economia em ano de Brexit, e outras três coisas que precisa de saber esta manhã.

A Comissão Europeia vai revelar o relatório com a análise mais aprofundada da economia de cada Estado-membro, incluindo Portugal, e o Reino Unido apresenta os resultados reais do PIB no final de 2016. Empresas como o Lloyds Banking Group, a Bayer e a Airbus apresentam resultados e a Fed divulga as minutas das reuniões de 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Uma reunião de técnicos da OPEP em Viena vai avaliar o cumprimento do acordo definido em janeiro.

Lloyds apresenta resultados que se esperam positivos

Agora que o Reino Unido deixou de ser o maior acionista do Lloyds Banking Group, detendo menos de 5% do capital do banco, espera-se que os resultados apresentados sejam positivos esta quarta-feira, o que representaria uma boa notícia para a economia britânica após o HSBC ter desiludido. Também esta quarta-feira a farmacêutica alemã Bayer, a fabricante de aviões francesa Airbus e a norte-americana Tesla mostram os resultados do último trimestre do ano passado.

Comissão Europeia avalia Portugal à lupa

No âmbito do Semestre Europeu, a Comissão Europeia vai divulgar os relatórios sobre a situação económica e social de cada um dos países da União, incluindo Portugal e deixando apenas de fora a Grécia, que se encontra ainda num programa de ajustamento. Esta avaliação é o primeiro passo para a emissão de recomendações específicas para cada país, que serão emitidas na primavera. Deve também ser entendida pelos países como um contributo para a atualização dos respetivos Programas de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas.

Reino Unido mostra PIB final de 2016

Os dados mais aprofundados acerca do PIB britânico no último trimestre de 2016 saem esta quarta-feira ao final da manhã, e poderão mostrar uma recuperação melhor do que o esperado: desde que foi revelada uma estimativa inicial de crescimento de 0,6% em cadeia, certos componentes como a produção industrial foram revistos em alta. Os analistas esperam, assim que o valor possa ser mais alto do que o avançado anteriormente.

OPEP avalia cumprimento do acordo

O encontro de um comité de técnicos da OPEP e não só, em Viena, deverá determinar se os países da organização estão a cumprir os parâmetros do acordo de redução da produção que foi decidido em janeiro. Uma avaliação que poderá afetar os preços do crude nos próximos dias.

Minutas da Fed elucidam sobre juros nos EUA

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulga as minutas das reuniões de 31 de janeiro e 1 de fevereiro. Janet Yellen, dirigente da Fed, já disse que prevê aumentos das taxas de juro se a economia dos Estados Unidos se mantiver no mesmo caminho, cumprindo as expectativas de aumentar a inflação e continuar a reduzir o desemprego.

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Wall Street em máximos à espera da Fed

Os mercados fecharam em alta na véspera da divulgação das minutas da Fed, que deverá dar novos sinais sobre a forma como vê as políticas de Trump.

As bolsas norte-americanas fecharam a sessão desta terça-feira em máximos históricos. As estrelas do dia foram as retalhistas, que subiram à boleia dos resultados anuais acima das expectativas, e a Apple, que também bateu novos recordes.

O S&P 500 fechou a sessão a subir 0,6%, para um recorde de 2365,38 pontos. O índice industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq também tocaram máximos, ao subirem 0,47% para os 5865,95 pontos e 0,58% para os 20743,00 pontos, respetivamente.

A impulsionar o índice tecnológico esteve a Apple, que fechou a ganhar 0,72%, para os 136,70 dólares por ação, um novo recorde. Os investidores ficaram animados com uma nota do Morgan Stanley, que está otimista com o contributo da China para o crescimento da Apple e reviu em alta as estimativas para as vendas do iPhone. O banco de investimento subiu, por isso, o preço-alvo da Apple.

Já no caso do Dow Jones, a sessão foi animada pela Wal-Mart, que subiu 3% depois de ter apresentado resultados que ficaram acima das expectativas dos investidores.

Os mercados fecharam assim em alta na véspera da divulgação das minutas da Fed. Na quarta-feira, os investidores deverão ter novos sinais sobre a forma como a Fed olha para as políticas de Trump. As minutas deverão ainda dar conta de uma recuperação do mercado imobiliário norte-americano no início do ano.

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Moody’s mantém ‘rating’ do Santander Totta em lixo mas melhora perspetivas

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2017

Agência de notação de crédito explica que os fundamentais do banco melhoraram com a integração do Banif e com os resultados da casa-mãe, em Espanha.

A Moody’s manteve esta terça-feira o rating do Santander Totta no grau de lixo mas alterou a perspetiva para “positiva”, pelo que poderá vir a melhorar a médio prazo a nota de crédito do banco.

A agência de notação financeira justificou a decisão hoje tomada – de manter o rating dos depósitos em Baa3/Prime-3 (investimento) e da dívida sénior em Ba1 (não investimento ou ‘lixo’), mas de melhorar a perspetiva de “estável” para “positiva” – com a melhoria dos indicadores fundamentais do Santander Totta após a integração de parte da atividade bancária do Banif, comprada em final de 2015, e também dos resultados da casa-mãe Santander (Espanha).

"A afirmação do ‘rating’ do Banco Santander Totta com perspetiva positiva reflete a melhoria que poderá acontecer se continuar a tendência positiva no risco dos ativos e no capital nos próximos 12 a 18 meses, enquanto a capacidade de geração de lucros se mantiver nos níveis atuais.”

Moody's

“A afirmação do rating do Banco Santander Totta com perspetiva positiva reflete a melhoria que poderá acontecer se continuar a tendência positiva no risco dos ativos e no capital nos próximos 12 a 18 meses, enquanto a capacidade de geração de lucros se mantiver nos níveis atuais”, lê-se na informação hoje divulgada.

O banco Santander Totta registou lucros de 395,5 milhões de euros em 2016, mais 35,8% do que em 2015 e os mais elevados desde 2010 (quando o banco lucrou 435 milhões de euros).

Para este resultado contribuiu a subida em termos homólogos da margem financeira em 31% para 731,7 milhões de euros e das comissões líquidas em 16,1% para 305,7 milhões de euros.

A margem comercial do banco foi de 1.052,1 milhões de euros, mais 27,9% do que no ano anterior, enquanto os resultados de operações financeiras caíram 52,1% para 114,4 milhões de euros.

No total, o produto bancário e da atividade de seguros ascendeu a 1.196,5 milhões de euros em 2016, mais 6,4% do que em 2015.

O Santander Totta comprou parte da atividade bancária do Banif em final de 2015, no âmbito do processo de resolução deste banco, pelo que os resultados de 2016 incluem os lucros resultantes da integração de ativos e passivos daquela instituição.

O presidente do banco, Vieira Monteiro, disse em janeiro, em conferência de imprensa em Lisboa, que apenas pode desagregar as atividades do Banif até setembro, altura em que foi concluída a integração operacional e tecnológica, e que até aí a atividade dava um lucro de um milhão de euros por mês.

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Vista Alegre regressa aos lucros 5 anos depois

  • Lusa
  • 21 Fevereiro 2017

Ao fim de cinco anos foi possível inverter o ciclo de perdas. A Vista Alegre registou um resultado líquido de 1,7 milhões de euros em 2016.

Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, no Complexo da Vista Alegre, em Ílhavo.PAULO NOVAIS / LUSA 23 de agosto de 2013

O grupo Vista Alegre regressou aos lucros cinco anos depois, ao registar um resultado líquido de 1,7 milhões de euros em 2016, anunciou hoje a empresa.

“O resultado líquido consolidado fechou positivo nuns expressivos 1,7 milhões de euros, invertendo assim o ciclo negativo dos resultados, representando uma melhoria face ao período homólogo”, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado líquido consolidado fechou positivo nuns expressivos 1,7 milhões de euros, invertendo assim o ciclo negativo dos resultados, representando uma melhoria face ao período homólogo.

Vista Alegre

Comunicado à CMVM

A última vez que a Vista Alegre tinha tido lucro anual foi em 2011, quando registou um resultado líquido de nove mil euros. Em 2015, o grupo registou prejuízos de 814 mil euros.

No ano passado, o volume de negócios subiu 5% para 75,4 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 40% para 9,5 milhões de euros. O resultado operacional duplicou (102%) no ano passado, face a 2015, para 5,5 milhões de euros.

O mercado externo foi a grande aposta de vendas do grupo Vista Alegre em 2016. No seu conjunto, a Vista Alegre registou um crescimento de 3,6 milhões de euros no volume de negócios”, refere a empresa, em comunicado. O mercado externo contribuiu com 64% do volume de negócios.

“Analisando as vendas por segmento, a porcelana, considerado o negócio principal” da empresa, “com um peso de 49% no total das vendas, apresentou um crescimento de 5%. O segmento da louça de forno em grés verifica o maior crescimento de vendas, ultrapassando os 22%”, acrescenta a empresa.

“Uma boa ‘performance’ operacional e comercial foi a característica mais marcante do grupo em 2016, que potenciou os bons resultados alcançados”, refere a Vista Alegre.

No ano passado, os investimentos atingiram o valor de 5,6 milhões de euros, com destaque para o segmento da porcelana como o que mais beneficiou com as melhorias pela aposta estratégica.

Relativamente a perspetivas futuras, o grupo afirma que “vai manter o foco na inovação e investigação e desenvolvimento, permitindo-lhe o reforço da notoriedade da marca e uma maior diversificação de produtos para alcançar um maior número de clientes através de canais de distribuição mais variados”. Além disso, “a internacionalização e a inovação vão continuar a ser os focos da empresa”.

O grupo acrescentou que “tem em perspetivas diversos projetos, quer em nome da Vista Alegre Atlantis, quer em nome da Ria Stone, ambos com o objetivo de fomentar a competitividade”, seja por aumento da capacidade, diversificação da produção ou alteração ao processo produtivo.

“Estes projetos demonstram a capacidade da empresa em inovar nos processos e produtos no que aos segmentos do grés (mesa e forno) e cristal dizem respeito. Apesar do segmento do cristal em 2016 ainda não ter alcançado os resultados expectáveis, a partir de 2017 este segmento vai inverter essa tendência, fruto da carteira de novos clientes para produção de garrafas e outros artigos em cristal”, refere a empresa.

Apesar do segmento do cristal em 2016 ainda não ter alcançado os resultados expectáveis, a partir de 2017 este segmento vai inverter essa tendência, fruto da carteira de novos clientes para produção de garrafas e outros artigos em cristal.

Vista Alegre

Comunicado à CMVM

A Vista Alegre considera que a “implementação deste programa de projetos inovadores vai revitalizar a empresa e permitir incrementar o volume de negócios internacional, melhorar a produtividade e a eficiência operacional, e reforçar a sua presença no mundo, perspetivando alcançar maiores níveis de rentabilidade”.

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EUA: Trump pode dar “apreciação justa” aos Açores

Ao ECO, o congressista republicano lusodescendente defende a lei anti-imigração e uma "apreciação justa" para a base das Lajes. Devin Nunes é próximo da Administração que está há um mês em funções.

Um mês depois da nova Administração estar em funções, o republicano lusodescendente continua a defender as políticas de Trump, da economia à imigração. Em relação a Portugal, Devin Nunes afirma, em resposta por e-mail ao ECO, que espera que Trump faça uma “apreciação justa” à base das Lajes, nos Açores. Entretanto, o Governo já anunciou que vai propor à nova Administração a criação de uma base aeronaval no local.

Devin Nunes, congressista republicano lusodescente, fez parte da equipa de transição de Donald Trump e é o atual presidente do Comité de Serviços Informação da Câmara dos Representantes.© 2015 Bloomberg Finance LP

“O Congresso norte-americano fez múltiplos apelos à Administração de Obama para considerar o valor estratégico da base e se este seria o local adequado para o ‘Joint Intelligence Analysis Center’ que o Pentágono planeia criar”, explica Devin Nunes ao ECO, revelando que esses apelos vão continuar a ser direcionados para a nova Administração. Como é o Congresso — atualmente com maioria republicana — quem controla as despesas militares norte-americanas, o lusodescendente espera que a nova Administração faça uma “apreciação justa” à base das Lajes, nos Açores, a ilha que viu nascer os seus bisavôs.

No sábado, o Expresso (acesso pago) noticiou que os movimentos também se verificam deste lado do Atlântico. Segundo o semanário, Portugal vai propor aos Estados Unidos a criação de um Centro de Segurança Atlântico de vigilância marítima multinacional. Na agenda da próxima reunião entre os dois países, que ocorre em maio, o futuro da base das Lajes volta a estar em cima da mesa, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros. Santos Silva disse ainda que exclui a participação da China, o que contrasta com as visitas que os oficiais chineses têm feito aos Açores.

Adicionalmente, Devin Nunes revela ao ECO que quer que os Estados Unidos voltem a ser o polícia do mundo. “Gostaria de ver os EUA a recuperar as suas capacidades dissuasoras para enfrentar os agressores internacionais”, defende, referindo que essas habilidades têm sido “erodidas” nos últimos anos. O congressista republicano refere que não vê nenhuma indicação de que a Administração Trump tenha a intenção de cortar o investimento militar.

Entre a imigração e a economia

O atual presidente do Comité de Serviços Informação da Câmara dos Representantes responde ao ECO que “a pausa temporária” na admissão de refugiados decretada pelo Presidente Trump “foi uma medida de bom senso para proteger os americanos” enquanto melhoram “o processo de verificação de segurança”. Em causa, argumenta, estão as intenções “explícitas” de grupos de jihadistas de infiltrar terroristas nos fluxos de refugiados.

“Pessoalmente, prefiro fazer isto agora do que esperar por um ataque às massas e só depois melhorar o nosso processo de verificação” de segurança, explica. A opinião de fechar as fronteiras não se estende, pelo menos de forma tão agressiva, à circulação de bens e serviços: “No caso das trocas comerciais, acredito que a chave para a expansão do livre comércio é primeiro fazer uma reforma fiscal”, aponta Devin Nunes, argumentando que “se conseguirmos fazer isso, iremos remover muitas das desvantagens competitivas que os EUA enfrentam e fazer com que seja muito mais fácil assinar novos acordos comerciais“.

No Congresso, a prioridade do republicano lusodescendente próximo da nova Administração é exatamente a reforma fiscal, um elemento que, defende, está ligado à expansão do comércio mas também do crescimento económico. “Não acredito que as políticas do Presidente Trump vão magoar a economia de forma alguma”, afirma. Pelo contrário: “Se ele implementar as suas políticas e substituir o Obamacare, acabar com a regulação desnecessária, e especialmente implementar uma reforma fiscal abrangente, nós viremos a ter um imenso crescimento económico“.

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WhatsApp Status ou a continuação de um grande amor

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Fevereiro 2017

Zuckerberg já tinha declarado o seu amor pelo conteúdo que desaparece depois de 24 horas quando o Instagram lançou o "Stories", agora o sentimento espalhou-se para o WhatsApp.

A aplicação de mensagens instantâneas WhatsApp lançou esta segunda-feira uma nova funcionalidade que permite a partilha de vídeos de dez segundos com os contactos, desaparecendo estas 24 horas depois de serem carregadas, a “Status”. Parece-lhe familiar? É normal. Este formato já é utilizado por outras aplicações, como por exemplo a sua “irmã” Instagram e o Snapchat.

Quando foi lançada, e mesmo antes de ser possível enviar mensagens, o WhatsApp permitia definir um estado, para avisar todos os contactos se o utilizador estava numa reunião, ou se estava a ficar sem bateria, entre outros. Para celebrar o oitavo aniversário, a aplicação levou esta funcionalidade até outro nível, passando assim a ser um estado multimédia, que tanto pode ser um vídeo como uma imagem.

Captura de ecrã divulgada pela WhatsApp. Nesta podem-se confirmar as semelhanças com a funcionalidade da Instagram, como as barras superiores que indicam a duração do vídeo.WhatsApp

Tal como todos os outros conteúdos partilhados através da aplicação, estes estados serão encriptados e, embora todas as pessoas que tenham o número do utilizador gravado os possam ver, as opções de privacidade são totalmente personalizáveis. Será também utilizado um algoritmo que prevê quais os estados que irão ser abertos pelo utilizador, com base na frequência de contacto, que carrega o conteúdo mesmo antes de o utilizador clicar nele.

As semelhanças em relação à sua irmã são visíveis através das imagens que já foram divulgadas: possibilidade de acrescentar texto e anotações à mão e particularidades de design como as barras no topo do ecrã que mostram quantos “status” foram publicados, bem como a sua duração.

Ainda assim, é incontornável não falar da Snapchat. A aplicação que veio trazer um formato novo e que está a poucos passos de efetuar uma das entradas em bolsa mais valiosas de sempre parece merecer atenção redobrada de Mark Zuckerberg. Depois de ter trazido o formato de “multimédia que desaparece” para o Instagram, este foi adaptado para o WhatsApp e, segundo rumores, estará a ser estudado para o Facebook.

Em declarações à Fast Company, Randall Sarafa, gestor de produto da WhatsApp, afirmou que é normal que a empresa esteja a evoluir neste sentido. “É um formato que está a ser largamente adotado pela indústria e vemos várias aplicações a utilizá-lo.” Sarafa negou ainda as acusações de imitação: “Conforme adotámos, quisemos adicionar um toque único e acho que conseguimos”.

Zuckerberg tem visto os números desta sua aplicação a escalarem ao longo dos tempo, contando agora com 1,2 mil milhões de utilizadores ativos que enviam cerca de 50 mil milhões de mensagens por dia, sendo estas de todos os formatos disponibilizados — texto, imagem, vídeo, áudio, GIF, etc.

Se ficou curioso com esta nova funcionalidade, saiba que ainda está em fase de apresentação, tendo sido Holanda e França os países escolhidos para receber a aplicação primeiro. Esta vai depois ser disponibilizada no Reino Unido, Espanha, Itália, Israel e Arábia Saudita até dia 22 deste mês. Ainda não é conhecida a data de lançamento mundial.

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