O melhor amigo de Costa voa para ser chairman da TAP

Diogo Lacerda Machado, o "melhor amigo" de António Costa, é o nome escolhido pelo Governo para substituir Humberto Pedrosa como chairman da TAP. Gestor garante que não recebeu convite.

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O governo deverá indicar Diogo Lacerda Machado para chairman da TAP, no âmbito do acordo assinado em maio de 2016 entre o Estado e os privados que define a relação de forças na transportadora nacional, apurou o ECO junto de fontes conhecedoras do processo.

Neste momento, o Estado tem 39% da companhia e o consórcio Atlantic Gateway tem 61%, negócio fechado ainda no tempo do governo de Pedro Passos Coelho. Já com António Costa como primeiro-ministro, verificou-se uma renegociação dos termos desta parceria que resultou no reforço do capital do Estado até aos 50%, com um investimento de 1,9 milhões de euros. E, sobretudo, um novo acordo parasocial que define que é o Estado a nomear o presidente do Conselho de Administração da TAP SGPS, hoje liderado por Humberto Pedrosa, o sócio português do consórcio privado. O CEO é nomeado pelos privados e o conselho terá um número paritário de administradores, seis, indicados pelo Estado e pelos privados. Com um pormenor: o presidente do conselho tem voto de qualidade em caso de empate.

Diogo Lacerda Machado — “o melhor amigo” de António Costa nas palavras do próprio primeiro-ministro — foi o negociador deste acordo e tem uma relação antiga com o negócio da aviação e a TAP em particular. Esteve também envolvido na entrada da TAP no Brasil, através da Geocapital, uma sociedade de Stanley Ho que entrou com a TAP na antiga VEM (atual TAP Manutenção e Engenharia Brasil), mas acabou por vender a participação à própria TAP.

Atual consultor de António Costa, com quem, aliás, renovou recentemente o contrato de prestação de serviços por mais seis meses, Diogo Lacerda Machado encaixa como uma luva na descrição que Humberto Pedrosa definiu como necessária para o novo chairman da TAP, em entrevista ao ECO. “Experiência de gestão, não precisa de ser do setor, com provas dadas na gestão, isso é extremamente importante. Que seja uma pessoa que se movimente bem, que tenha facilidade em contactos”.

Pedrosa afirma que não sabe qual é o nome escolhido pelo Governo e, contactado oficialmente sobre a nomeação de Lacerda Machado, o ministério liderado por Pedro Marques, que tutela a TAP, respondeu apenas que “essas designações [do chairman e do CEO, Fernando Pinto] serão realizadas depois do closing do negócio”. Já depois da publicação desta notícia, Diogo Lacerda Machado, citado pelo Observador, afirma apenas que está em Bissau e não recebeu qualquer convite do governo.

O que falta, então, para o ‘closing’? Neste momento, como Humberto Pedrosa afirmou ao ECO, decorrem negociações entre a TAP e o consórcio bancário para a renegociação de parte da dívida da transportadora, cerca de 120 milhões de euros — de um total de 800 milhões de euros — que deveriam ser pagos em novembro de 2017. Este renegociação, revelou Pedrosa, deverá estar concluída nas próximas semanas. A mesma fonte oficial do ministério do Planeamento e Infraestruturas confirma ao ECO que “as negociações intensificaram-se no quarto trimestre e há a expectativa de que estarão concluídas a muito curto prazo (semanas)”. Confirma ainda que “o que está a ser renegociado é o empréstimo de 120 milhões de euros contratado com um conjunto de bancos, entre os quais avultam a CGD, Novo Banco e BCP”.

"Essas designações [do chairman e do CEO, Fernando Pinto] serão realizadas depois do closing do negócio”

Fonte oficial do Ministério do Planeamento

Posteriormente, o Governo vai aprovar uma resolução para a Operação Pública de Venda (OPV) de 5% do capital da TAP, que serão subtraídos aos 50% do consórcio privado, a colocar junto dos trabalhadores (leia-se pilotos, os principais candidatos). Posteriormente, e após o ok do regulador (ANAC), haverá condições para fechar o negócio e pôr o acordo parassocial em vigor, desde logo com a nomeação de Diogo Lacerda Machado. A continuação de Fernando Pinto como presidente executivo, essa, dependerá de David Neelman e de Humberto Pedrosa.

(atualizada às 21h29 com declarações de Diogo Lacerda Machado ao jornal Observador)

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Portugueses nunca consumiram tanto gás natural

O consumo de gás natural tocou um máximo histórico. Mas porquê? Este aumento resulta, segundo a REN, da "vaga de frio que assola o país". Mas o consumo de eletricidade também bateu recordes.

O consumo de gás natural tocou um máximo histórico. Segundo a REN, este aumento reflete a “vaga de frio que assola o país”. A eletricidade também bateu recordes, com o consumo a atingir o valor mais elevado desde janeiro de 2011.

Foi a 19 de janeiro que o consumo de gás natural atingiu um máximo histórico de 252.4 gigawatts, de acordo com um comunicado enviado pela REN. “O valor do mercado elétrico atingiu os 103.2 gigawatts e o valor do mercado convencional 49.2 gigawatts”, explica a energética, acrescentando que a “capacidade horária do gasoduto esteve perto seu limite, repetidamente, nos últimos dias”.

"O Terminal de GNL de Sines atingiu, no passado dia 12 de janeiro, o máximo da sua capacidade de injeção física de gás natural no gasoduto de transporte de Sines, refletindo o aumento do consumo de gás natural em Portugal que resultou da vaga de frio que assola o país e das necessidades de produção de eletricidade.”

REN

Para este aumento contribuiu, segundo a empresa, as temperaturas baixas e as necessidades de produção de eletricidade. “O Terminal de GNL de Sines atingiu, no passado dia 12 de janeiro, o máximo da sua capacidade de injeção física de gás natural no gasoduto de transporte de Sines, refletindo o aumento do consumo de gás natural em Portugal que resultou da vaga de frio que assola o país e das necessidades de produção de eletricidade“, explica.

Mas não foi o único recorde. O consumo de eletricidade também atingiu o valor mais elevado desde janeiro de 2011: 169 gigawatts. A REN explica que “este consumo foi abastecido com 46% de renováveis, 22% de carvão e 26% de gás natural em centrais de ciclo combinado”.

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Bolsas em alta no dia de Trump

O PSI 20 fechou a semana com uma subida ligeira, impulsionado pelo BCP. O banco recuperou das fortes quedas de ontem, depois de a CMVM ter proibido o short-selling dos títulos.

É o dia T, de Trump. As bolsas norte-americanas seguem com quedas ligeiras no dia da tomada de posse de Donald Trump como 45.º Presidente dos Estados Unidos, numa altura em que os investidores fogem ao risco.

Por cá, só dá BCP. Depois de o banco ter tombado mais de 11% no primeiro dia do aumento de capital, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) proibiu as vendas a descoberto. O BCP viu assim os direitos do aumento de capital dispararem mais de 28% e as ações a subirem à volta de 10%, levando o PSI 20 a fechar a semana com um ganho de 0,46%. A Bolsa lisboeta acompanhou os ganhos ligeiros das principais praças europeias.

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Relator da Lava Jato já tinha recebido ameaças, diz o filho

Teori Zavascki iria homologar, na próxima semana, as delações feitas por 77 executivos da construtora Odebrecht, que envolviam no esquema de lavagem de dinheiro nomes como o de Temer ou Lula.

Teori Zavascki, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro que morreu na queda de um avião, já tinha recebido ameaças, admite o seu filho, Francisco Prehn Zavascki. O ministro era também o relator da Operação Lava Jato e a possibilidade de a queda do avião não ter sido um acidente ainda está a ser estudada.

As declarações de Francisco Prehn Zavascki foram feitas em entrevista à Rádio Estadão, a quem o filho do ministro admite que havia grupos de pressão que se opunham às investigações da Lava Jato. “Seria infantil dizer que não há movimento contrário, agora a questão é o que o movimento seria capaz de fazer”, disse à rádio brasileira.

Teori Zavascki era o relator do processo Lava Jato, nome que foi dado a uma investigação a um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, que envolve políticos e gigantes como a petrolífera Petrobras ou as construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Ocupava o cargo de ministro do SFT desde novembro de 2012 e, na próxima semana, iria homologar as delações dos executivos da construtora Odebrecht.

Estas delações, feitas por 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, eram centrais para o desfecho da Lava Jato, já que mencionavam políticos como Michel Temer, atual Presidente do Brasil, e Lula da Silva, antigo Chefe de Estado. Sobre as homologações das delações, Francisco Prehn Zavascki refere que o pai “tinha perfeita noção do impacto” que as mesmas poderiam ter. “Isso poderia realmente fazer o país ser passado a limpo”.

A vaga deixada Zavascki poderá agora ser ocupada por um ministro indicado por Temer, sendo que o Presidente do Brasil é suspeito de, em 2014, ter pedido dez milhões de reais a Marcelo Odebrecht, o presidente da construtora.

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Banco de Portugal: Estas são as regras no atendimento prioritário

  • Ana Luísa Alves
  • 20 Janeiro 2017

As novas regras no atendimento prioritário foram aprovadas em dezembro passado. Caso não sejam aplicadas, as autoridades policiais vão poder intervir, e reportar a situação ao Banco de Portugal.

O Banco de Portugal divulgou esta sexta-feira as regras aplicáveis no atendimento prioritário de clientes bancários, que entraram em vigor a 27 de dezembro.

Assim, segundo o decreto-lei aprovado no fim do ano passado, as instituições de crédito, as sociedades financeiras, as instituições de pagamento e as instituições de moeda eletrónica que tenham atendimento presencial são obrigadas a prestar atendimento prioritário a:

  • Pessoas com deficiência ou incapacidade, que apresentem dificuldades específicas.
  • Idosos com mais de 65 anos e que apresentem evidentes limitações físicas ou mentais.
  • Grávidas.
  • Pessoas que se façam acompanhar de crianças de colo, até aos dois anos de idade.

Se a alguma pessoa nestas condições for negado o atendimento prioritário, pode ser requerida a presença de autoridade policial, para que tome nota da ocorrência e a faça chegar ao Banco de Portugal. Pode, ainda assim, ser apresentada uma reclamação através do preenchimento do Livro de Reclamações das instituições em que o atendimento prioritário tenha sido negado ou com o Banco de Portugal.

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PO Norte aprovou mais de 900 milhões para a região

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2017

A CCDR-N, entidade gestora do Norte 2020 aprovou, desde 2015, mais de 900 milhões de euros de fundos comunitários.

O programa operacional Norte 2020 aprovou, desde 2015, mais de 900 milhões de euros de fundos comunitários para cerca de 2.500 projetos destinados ao desenvolvimento da região, divulgou hoje a autoridade de gestão.

Segundo dados hoje divulgados, foram aprovados no final de 2016 cerca de 372 milhões de euros para projetos de dinamização industrial da região, indica em comunicado a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

A CCDR-N, entidade gestora do Norte 2020, explica ainda terem sido aprovados nesta rubrica cerca de “323 novos investimentos na construção ou ampliação de novas fábricas, para a instalação de novas linhas de produção”.

No final de 2016 o apoio do programa destinado a investimentos públicos começou também “a chegar à economia”, atingindo os 122 milhões de euros para 122 projetos, indica a CCDR-N que destaca os “projetos ligados à investigação científica e tecnológica, educação e formação avançada, promoção da saúde e do património natural e cultural”.

Desde o primeiro concurso, lançado em 17 de março de 2015, foram aprovados até 31 de dezembro 2.472 projetos, que representam um apoio de 902 milhões de euros de fundos estruturais.

Só para a Área Metropolitana do Porto foram aprovados 480,5 milhões de euros relativos a 1.296 projetos.

Em termos de entidades intermunicipais, o segundo lugar é ocupado pelo Ave com 112,8 milhões de euros destinados a 361 projetos.

Em terceiro surge o Cávado com 104,3 milhões de euros de fundos comunitários destinados a apoiar 340 projetos.

O último lugar é ocupado pelo Alto Tâmega que até ao final de 2016 conseguiu apenas ver aprovados cerca de dez milhões de euros para 30 projetos.

Gerido pela CCDR-N, e aprovado em dezembro de 2014, o Norte 2020 conta com 3,4 mil milhões de euros de verbas comunitárias, sendo que quase metade do valor (1,26 mil milhões de euros) se destina à competitividade de micro e pequenas empresas da região.

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BCP dispara mais de 10%. Lisboa aproveita boleia

A bolsa nacional encerrou no verde, acompanhando a tendência das pares europeias. Depois de tombar mais de 11% na última sessão, o BCP acabou por recuperar. Os títulos dispararam mais de 10%.

O dia foi de recuperação para os títulos do BCP. Se o banco liderado por Nuno Amado afundou na sessão anterior, hoje os títulos registaram uma valorização de mais de 10%. Esta subida contagiou a bolsa nacional, que acompanhou o movimento de subida das pares europeias.

O PSI-20 valorizou 0,47%, para os 4.602,18 pontos, com o BCP a ver as suas ações a fecharem em alta de 10,37%, depois de o short-selling sobre o título ter sido proibido. As ações do BCP começaram o dia a subir 3% para os 14,75 cêntimos, mas terminaram nos 15,75 cêntimos. Já os direitos dispararam 28,12% para 82 cêntimos.

Mas os ganhos também se registaram no retalho. A Jerónimo Martins avançou 0,47% para 15,92 euros. Destaque positivo ainda para as papeleiras. A Altri subiu 2,24% e a Navigator acelerou 0,36%.

Do outro lado da balança, o setor energético acabou por recuar. A EDP desceu 0,71% e a EDP Renováveis cedeu 0,36%. A Galp Energia recuou 0,32%, “não obstante a subida superior a 2% do preço do petróleo”, nota o BPI no Diário de Bolsa.

Já as ações europeias mantiveram, de forma geral, o otimismo na última negociação da semana. O Stoxx 600 cedeu 0,1%, num dia em que os investidores dos dois lados do Atlântico estão focados na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump nos EUA.

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Trump: “Juntos iremos decidir o futuro da América”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Janeiro 2017

Chegou o dia. Donald Trump torna-se hoje o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Siga a cerimónia de inauguração aqui.

Inauguration Of Donald Trump As 45th President Of The United States

“A vossa dor é a nossa dor. Os vossos sonhos são os nossos sonhos”. As frases fazem parte do primeiro discurso de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. “A partir de hoje uma nova visão vai governar a nossa terra. América primeiro! América primeiro!”, disse Trump, em frente ao Capitólio.

Após ter conseguido reunir os 279 votos do colégio eleitoral, o empresário Donald John Trump torna-se hoje o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Siga em direto a cerimónia e o nosso live blog.

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Quem vai estar no Capitólio e quem já esteve

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Janeiro 2017

Os não foram muito e os sim foram de personalidades pouco famosas. Quem vai estar hoje na cerimónia de inauguração de Trump?

A festa do novo presidente já começou na noite de ontem, com a presença dos 3 Doors Down, do cantor country Toby Keith, entre outros. Mas o grande dia é hoje e a festa foi cuidadosamente preparada.

Trump mostrou no seu Twitter oficial, já na quarta-feira, que já tem o seu discurso inaugural escrito há cerca de três semanas. As críticas amontoaram-se com muitas pessoas a afirmarem que a fotografia é um ato puro de propaganda.

Para cantar o hino na cerimónia de hoje, a artista escolhida para cantar a Star-Spangled Banner foi Jackie Evancho, finalista do programa de talentos “American Idol”.

Trump recebeu muitos não ao longo deste processo, de artistas como Kanye West, Elton John e Céline Dion. É, portanto, bem claro que esta não vai ter a dimensão de outras cerimónias, nomeadamente as de Obama.

Em 2009, a primeira cerimónia de Obama contou com a presença de 1.8 milhões de pessoas no Capitólio. Como artistas convidados estiveram presentes Aretha Franklin, símbolo da música soul americana. O hino nacional foi cantado pela banda da marinha Sea Chanters.

Em 2013, a quantidade de pessoas a marcarem presença diminui, com apenas 1 milhão de pessoas, mas Obama compensou com estrelas. Depois de ter cantado no baile da cerimónia de 2009, Beyoncé esteve no Capitólio para cantar o hino nacional. A artista Kelly Clarkson também foi convidada.

Estima-se que este ano estejam presentes cerca de 900 mil pessoas, naquela que será a cerimónia do presidente com o índice de aprovação mais baixo dos anos mais recentes.

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Eletrificação da linha do Algarve concluída em 2020

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2017

A empreitada de eletrificação da linha ferroviária do Algarve tem um valor global de 33,6 milhões de euros. Nas próximas semanas serão lançados os concursos dos estudos e projetos necessários.

A eletrificação da linha ferroviária do Algarve, num total de 102 quilómetros, vai ficar concluída até 2020, num investimento global de 33,6 milhões de euros, disse hoje o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

“Nas próximas semanas vamos lançar os concursos dos estudos e projetos necessários e queremos que a obra fique concluída um ano mais cedo do que inicialmente previsto, ou seja, até ao final de 2020″, afirmou aos jornalistas Pedro Marques, à margem da apresentação do projeto, em Portimão, no Algarve.

De acordo com o governante, trata-se de uma obra muito complexa – não havendo ainda projetos para a sua execução -, mas “muito importante e ansiada para a mobilidade da região”.

“O que viemos dizer hoje, de forma clara, é que este compromisso que o Governo inscreveu nos mapeamentos europeus para o investimento da eletrificação da linha do Algarve e que era intermitente em governos anteriores [vai avançar], e que prevemos que os trabalhos fiquem concluídos durante o ano de 2020″, destacou.

A empreitada de eletrificação da linha ferroviária do Algarve tem um valor global de 33,6 milhões de euros, dividindo-se os trabalhos pela eletrificação dos troços Tunes-Lagos (14 milhões) e Faro-Vila Real de Santo António (18 milhões). Para a sinalização e outros trabalhos estão destinados cerca de 1,6 milhões de euros.

O Governo estima que os projetos de eletrificação e os estudos ambientais tenham início ainda durante o mês de janeiro, apontando para o terceiro trimestre deste ano a abertura do concurso para a empreitada de conexão/execução da ampliação da subestação de tração elétrica de Tunes.

O lançamento dos concursos das empreitadas de eletrificação está previsto para o terceiro trimestre de 2018.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse ainda que o projeto da ligação ferroviária ao aeroporto de Faro é uma das suas prioridades, sendo considerado de extrema importância por autarcas, empresários e responsáveis do turismo da região.

“Não sabemos se isso é possível do ponto de vista ambiental. Nos próximos meses vamos lançar o Estudo de Impacte Ambiental e, se for possível do ponto de vista ambiental e de intermodalidade entre a rodovia e a ferrovia, esse investimento terá de ser perspetivado para ser realizado depois da eletrificação da linha do Algarve”, indicou Pedro Marques.

Decisão sobre o aeroporto para breve

O ministro do Planeamento e Infraestruturas disse que ainda o Governo está a analisar o estudo da Autoridade Nacional de Aeronáutica Civil (ANAC) e, em breve, será anunciada a decisão sobre o aeroporto que será complementar ao de Lisboa.

Recebemos um conjunto de elementos técnicos das várias frentes, diria assim, e o que posso dizer é que em breve, tomaremos as nossas decisões“, disse.

Pedro Marques escusou-se a confirmar se a utilização mista, civil e militar, da Base Aérea do Montijo possa ser a alternativa escolhida pelo Governo, isto depois de o estudo da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) ter concluído que a Base Aérea do Montijo é “solução mais atrativa” para a expansão do aeroporto da Portela.

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Trumponomics: bê-á-bá da nova disciplina americana

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Janeiro 2017

Faltou às aulas do novo tutor de economia dos Estados Unidos da América ou não conseguiu perceber bem a matéria? Não há problema, o ECO partilha a sebenta de Trumponomics consigo.

No ECO compreendemos que não tem sido fácil acompanhar as propostas de Donald J. Trump para a economia americana. Na verdade não tem sido acompanhar as propostas desde a campanha eleitoral, mas hoje é o dia em que o presidente eleito se torna presidente e em que as propostas passam de apenas propostas a leis.

Trump disse, em declarações à Fox News, que já na segunda-feira vão ser emitidas 200 ordens executivas. Com tanta pressa e tantos planos, quais vão ser os seus próximos passos nos vários ramos da economia americana?

Comércio. A guerra com todos

Os acordos internacionais do comércio serão alvos primários da administração Trump a começar pelo NAFTA, a ser renegociado ou cancelado se o México e o Canadá não cooperarem, e a acabar (literalmente) com o Tratado Transpacífico.

Trump já tinha começado a guerra com as empresas que estão a passar os empregos para o lado de lá da fronteira, avisando que vão ser impostas taxas às importações. O próximo passo será um frente a frente com a China, declarando o país como um manipulador fiduciário — por manipular o valor da sua moeda para ganhar vantagem nas exportações — e cobrando uma tarifa de 45% às importações oriundas daí.

Impostos mais baixos

O princípio a seguir pela nova administração é bastante simples: reduzir impostos para aumentar o investimento. A primeira medida fiscal será modificar as tabelas de tributação e reduzir os escalões dos sete de agora para apenas três. A seguinte é modificar o sistema de maneira a que os ganhos de capital provenientes de investimentos deixem de ser taxados como se fossem rendimentos regulares.

A maior quota de benefícios irá para as empresas que queiram manter os seus negócios dentro do país, primeiro porque não vão ter de pagar as taxas de importação altíssimas que vão ser impostas — 35% foi o valor proposto no caso do setor automóvel –, depois porque vão passar a pagar menos — apenas 10% — para repatriar os seus lucros. O imposto cobrado ao lucro destas vai sofrer uma revisão, dos 35% para 15%.

Infraestruturas. Os grandes investimentos

A administração de Trump prevê que sejam investidos em infraestruturas cerca de um bilião de dólares, um valor que concorre com os quatro biliões investidos aquando do New Deal. Além do já famoso muro, a ser erguido na fronteira com o México e que poderá ter um custo de 25 mil milhões de dólares, os destinatários desse dinheiro serão linhas ferroviárias, estradas, aeroportos, pontes e oleodutos. E os remetentes? Parcerias público-privadas a serem celebradas ao longo do mandato, para que que os custos estatais sejam menores.

Trump (doesn’t) care

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump fez questão de associar uma expressão ao programa de saúde desenvolvido pelo seu antecessor: “repeal and replace”, ou como quem diz revogar e substituir. O então candidato republicano também fazia questão de afirmar o quão desastroso este se veio a tornar, desastre esse que só pode ser resolvido com a criação de uma lei de raiz.

O processo de revogação já foi despoletado no Senado, instituição onde os republicanos contam com a maioria absoluta. Ainda assim, o presidente eleito já afirmou que podem ser salvas algumas medidas populares do Obamacare, nomeadamente o facto de não poder ser negado seguro por doença preexistente ou a extensão dos benefícios dos planos aos dependentes com menos de 26 anos.

O programa que irá substituir o Affordable Care Act ainda não é conhecido — e muitos (democratas) dizem que ele ainda nem sequer existe, por ser impossível de fazer.

Machadada na regulação

Devido à crise financeira de 2008 e para garantir que nada parecido acontecesse outra vez, a administração de Obama apertou o cerco às empresas com a criação de instrumentos de regulação mais atentos. Trump, baseado na sua experiência de empresário, garantiu que a regulação foi um dos principais motivos pelos quais o crescimento económico não foi tão expressivo, tendo servido como um entrave às empresas.

Assim, nos primeiros cem dias, o plano será riscar duas leis de regulação federal por cada nova que vá ser instituída. O alvo principal já está escolhido: o Dodd-Frank Wall Street Reform and Consumer Protection Act implementado pela administração Obama para prevenir um novo colapso do sistema financeiro e proteger os contribuintes de práticas financeiras de risco. A sua escolha para a pasta do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que a lei era demasiado complicada e que reduzia os empréstimos ao consumo.

Dívida Nacional. É para baixar

Segundo dados de dezembro de 2016, a dívida nacional americana ascendia a 107% face ao valor do Produtos Interno Bruto. O presidente eleito declarou já a sua intenção de fazer tudo para que este valor se aproxime do zero nos oito anos que estiver na Casa Branca — prevendo já assim a sua reeleição em 2020.

O truque estará em pagar menos do que aquilo que deve, ou seja, tentar renegociar a dívida ao máximo. O crescimento será também uma ferramenta para diminuir a dívida, tendo o vice-presidente estabelecido a meta de crescimento nos 3,5 a 4%.

Energia? Sim. Petróleo

“Uma invenção dos chineses para a América ser menos produtiva.” É assim que Trump, bem como a maioria das suas escolhas para a Casa Branca, definem as alterações climáticas. E se são uma invenção, não vale a pena canalizar fundos para lidar com isso.

Assim, o plano dos primeiros cem dias de mandato contempla o cancelamento do financiamento dos programas de alterações climáticas das Nações Unidas e a utilização dos milhares de dólares poupados nas infraestruturas ambientais americanas. O cancelamento, ou pelo menos a renegociação, do acordo de Paris também está em cima da mesa.

Para impulsionar o mercado energético nacional e diminuir a dependência em relação aos países produtores, a nova administração prevê também levantar as restrições à produção de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão limpo) impostas pelas anteriores.

Juros baixos acabaram

Trump não gosta de Yellen, tendo já afirmado que as políticas monetárias que têm estado a ser seguidas por ela e pela sua equipa na Reserva Federal não teriam espaço na sua administração. O ponto mais criticado tem sido as taxas de juro negativas que se mantiveram até dezembro do ano passado e que estavam “a criar uma bolha”. Ainda assim, a Fed continua a ser a ter independência completa.

O que trará o futuro?

Embora o primeiro impacto da vitória de Trump não tivesse sido o mais positivo, com as bolsas asiáticas a retraírem-se, os índices americanos têm estado a negociar em máximos históricos. As sucessivas ameaças às empresas foragidas também têm dado resultados, com a Fiat Chrysler e a General Motores a anunciarem investimentos.

As previsões da OCDE também são bastante animadoras, com o PIB a crescer 1,2% até 2018 e a taxa de desemprego a cair 0,5%. Contudo, para estes valores não está prevista a imposição de políticas protecionistas — que, na verdade, são bastante prováveis. A OCDE prevê também que a inflação suba 0,5% no mesmo período.

A dívida nacional é que não vai seguir a mesma trajetória: o Tax Policy Center estima que, se estas políticas forem seguidas, esta possa aumentar em 22.1 biliões de dólares no prazo de 20 anos.

Também já é sabido que muitos economistas, incluindo o Nobel da Economia Joseph Stiglitz, defendem que o plano seguido por Trump não vai trazer bons resultados para o país: “Há um consenso amplo de que este tipo de políticas que o nosso Presidente eleito propôs estão entre aquelas políticas que não vão funcionar”, afirmou.

Resta-nos esperar para ver quais as conclusões desta nova disciplina económica. Daqui a um tempo faremos a avaliação do professor.

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BNP Paribas: “Ter juros a 4% é significativo”

O economista-chefe do banco de investimento francês, considera que a taxa de juro da dívida nacional nesse nível representa um desafio e expõe Portugal a um conjunto de riscos.

Ter a taxa de juro da dívida nacional a um nível de 4%, é “significativo” e representa um desafio para Portugal. O alerta foi dado por William de Vijlder, economista-chefe do BNP Paribas durante um encontro com jornalistas portugueses que decorreu esta sexta-feira, onde falou sobre o contexto económico e os desafios que se impõem em resultado da atual conjuntura nos diferentes mercados financeiros.

Relativamente, à subida dos juros a dez anos da dívida nacional, para valores superiores a 4%, o economista identifica, sobretudo, três implicações. “É significativo porque, obviamente, tem impacto nos custos de financiamento da economia de forma alargada”, destaca antes de mais William de Vijlder. Mas mais do que isso, o economista-chefe do banco de investimento francês salienta como um dos principais constrangimentos, o facto de, devido ao montante de dívida que o BCE detém atualmente ao abrigo do anterior programa de compra de ativos, está limitado naquilo que pode comprar de dívida portuguesa. “A relevância disso, é que mostra aquele que é o impacto do quantitative easing sobre os spreads”.

Uma fonte de preocupação, segundo William de Vijlder, prende-se com a “capacidade de resistência de Portugal a ventos desfavoráveis que venham a soprar a dada altura no futuro”. Neste âmbito, o economista lembra que as estimativas de crescimento do FMI para Portugal em 2019 e 2020, em torno de 1,2%, “não são fantásticas”. Portanto, se temos yields de 4%, torna-se mais difícil e coloca Portugal numa situação mais frágil“, considera William de Vijlder.

A dependência de Portugal da notação financeira de apenas uma agência de rating é um dos elementos que confere pressão adicional. A DBRS é a única das quatro agências de notação financeira que coloca a dívida de Portugal em grau de investimento, condição essencial para que as obrigações portuguesas sejam incluídas no programa de compra de ativos do BCE.

O economista do BNP Paribas explica que um investidor que até possa ter uma visão sobre a economia, se estiver dependente daquilo que a DBRS for dizer tende a exigir um prémio de risco mais elevado. De recordar que o próximo exame ao rating da dívida nacional por parte da agência de notação financeira canadiana está previsto para 21 de abril.

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