Trump não fez tremer Wall Street

  • Ana Luísa Alves
  • 20 Janeiro 2017

Os três índices da bolsa norte-americana abriram a última sessão da semana no verde, mas a tomada de posse de Trump pode vir a ser determinante para a reação dos mercados daqui para a frente.

Wall Street abriu a sessão a subir, horas antes da tomada de posse do mais recente Presidente eleito nos EUA, Donald Trump. Os mercados estão à espera do discurso de Trump para que os investidores reajam.

Depois da turbulenta campanha presidencial de Trump, e das promessas que o futuro Presidente dos Estados Unidos fez já relativamente aos impostos e à vontade de tornar a América “great again”, os investidores estão a aguardar com expectativa as primeiras palavras de Trump. O S&P 500 avança 0,51% para os 2.275,30 pontos. O índice tecnológico, o Nasdaq avança 0,55% para os 5.570,34 pontos. O índice industrial, o Dow Jones, sobe 0,40% para os 19.811,43 pontos, acompanhando assim a valorização verificada também no petróleo, de mais de 1%.

É possível que os três índices alterem caminho depois do discurso de Donald Trump, e é aí que, por agora, as atenções estão centradas, nomeadamente nas políticas económicas que o presidente eleito vai levar avante.

“Os olhos estão postos no discurso de inauguração de Donald Trump”, disseram os estrategas do banco Morgan Stanley. “Quanto mais «presidencial» for o seu discurso, melhores serão as reações dos mercados”, acrescentaram os estrategas.

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Caldeira Cabral: Perguntas sobre Portugal mudaram radicalmente

O ministro da Economia revelou a "curiosidade que alguns investidores" revelaram em Davos em relação a Portugal e "uma visão mais positiva das perspetivas de crescimento" do país.

O ministro da Economia afirmou hoje que, entre a edição de 2016 e a de este ano do Fórum Económico Mundial, em Davos, a visão externa sobre Portugal mudou radicalmente e agora é “completamente positiva”, havendo confiança dos investidores.

“Estive aqui [em Davos] o ano passado e estive aqui este ano e as perguntas mudaram radicalmente. Enquanto no ano passado havia dúvidas, apreensão e algumas questões sobre estar a haver um arrefecimento económico, este ano de facto há uma visão completamente positiva sobre Portugal”, disse Manuel Caldeira Cabral em entrevista à agência Lusa, no balanço da participação portuguesa no Fórum Económico Mundial, que termina hoje na cidade suíça de Davos.

Enquanto no ano passado havia dúvidas, apreensão e algumas questões sobre estar a haver um arrefecimento económico, este ano de facto há uma visão completamente positiva sobre Portugal.

Caldeira Cabral

Ministro da Economia

De acordo com o ministro da Economia “há uma confiança grande no trabalho que foi feito nas contas públicas, mas há também uma visão mais positiva das perspetivas de crescimento do país com os dados que temos das exportações, do turismo, do emprego”.

Caldeira Cabral destacou ainda a mudança de clima em Davos com questões mundiais como o Brexit, Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos e as várias eleições que vão ocorrer na Europa, sendo evidente a visão que Portugal “apresenta uma solução governativa estável e é um país aberto”.

“Essa foi a mensagem que passámos, mas que aparecia no tipo de perguntas que era feito, na curiosidade que alguns investidores demonstravam e isso de facto é muito diferente do clima que encontrámos o ano passado, que ainda era um clima em que de Portugal falava-se principalmente ainda do ajustamento, da crise”, recordou.

Na opinião do ministro, Portugal veio “a Davos num momento muito bom” e “numa altura muito positiva para a economia portuguesa”, tendo estado o Governo representado nesta cimeira ainda pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

Na quinta-feira, em entrevista à agência Lusa, António Costa tinha revelado que na reunião bilateral que manteve com a diretora-geral do FMI, o Governo recebeu uma mensagem de congratulação pelos resultados obtidos e trabalho desenvolvido.

Caldeira Cabral explicou que ao longo dos dias que esteve neste fórum — que começou na terça-feira e termina hoje — manteve “encontros muito interessantes”, que agora terão consequências práticas.

“Alguns convidámos a vir a Portugal, outros ficámos de enviar dossiês com informação e a outros despertámos o interesse em investir em áreas tão diferentes como o turismo, as empresas de tecnologia ou a área de biotecnologia farmacêutica. Alguns destes encontros que tivemos aqui vão ter já ‘follow up’ marcado com encontros em Lisboa com investidores que vêm ao nosso país”, revelou.

Alguns convidámos a vir a Portugal, outros ficámos de enviar dossiês com informação e a outros despertámos o interesse em investir em áreas tão diferentes como o turismo, as empresas de tecnologia ou a área de biotecnologia farmacêutica. Alguns destes encontros que tivemos aqui vão ter já ‘follow up’ marcado com encontros em Lisboa com investidores que vêm ao nosso país.

Caldeira Cabral

Ministro da Economia

No entanto, para Caldeira Cabral “há uma outra parte, mais ampla, dos investidores que investem em dívida, no capital das empresas portuguesas”, sendo importante ter visibilidade com uma imagem positiva.

Já na entrevista que deu esta quarta-feira à Bloomberg, o ministro sublinhou, precisamente, os números positivos que a economia portuguesa registou: “O défice mais baixo dos últimos 40 anos, o crescimento do último trimestre [terceiro trimestre] de que temos dados foi o mais elevado da União Europeia, devemos focar-nos nos números positivos”.

Questionado sobre se Portugal vai cumprir a exigência de Donald Trump para que todos os países membros da NATO gastem 2% do PIB em defesa., Caldeira Cabral fugiu à questão lembrando que Portugal tem “de trabalhar com a nova Administração, tal como trabalhou com a anterior” — uma mensagem repetida depois pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augustos Santos Silva. “Somos aliados dos Estados Unidos há muito tempo“, acrescentou o ministro da Economia. “Portugal colaborou muito com os estados Unidos na NATO, mas também no comércio e no investimento”.

“Estamos apenas a começar. Vamos esperara para ver”, rematou Caldeira Cabral.

Estamos apenas a começar. Vamos esperara para ver [sobre Donald Trump]

Caldeira Cabral

Ministro da Economia

Grande parte da entrevista foi dedicada aos efeitos do Brexit e às declarações de Theresa May, que clarificou a posição do Reino Unido a favor de um hard brexit. Caldeira Cabral explicou que “a posição de Portugal está a ser negociada e depende da posição do Reino Unido”. “A liberdade de circulação de bens tem de estar ligada à liberdade de circulação de pessoas. As liberdades do mercado comum são parte de um todo e não podem ser separadas: quero isto não quero aquilo”, alerta o responsável português.

Caldeira Cabral defende que “é positivo para o Reino Unido que, mesmo fora da UE, se mantenha dentro do mercado comum”.

Confrontado com o aumento do populismo na Europa, Caldeira Cabral defendeu que “a UE tem de ter um papel importante no mundo, tem de ser uma força estabilizadora”, “uma base para a luta pela liberalização comercial”.

 

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TSU: Esquerda rejeita compensação diferente

  • Lusa e ECO
  • 20 Janeiro 2017

A esquerda deixou esta sexta-feira um aviso ao Governo: para além de ir chumbar a redução da TSU no Parlamento, o BE e o PCP não estão disponíveis para viabilizar uma compensação diferente.

Não há acordo possível. Para a esquerda, o acordo assinado em concertação social não pode ser cumprido na totalidade: o salário mínimo deve aumentar, mas não pode haver compensação para as empresas. A redução da TSU vai ficar pelo caminho e qualquer alternativa terá o chumbo do BE e do PCP, garantiram os dois partidos esta sexta-feira.

Jerónimo de Sousa rejeitou viabilizar alternativas que compensem a Taxa Social Única, uma vez que o aumento do salário mínimo “não tem de arrastar qualquer bónus para as empresas”. O mesmo foi defendido por Catarina Martins que “não admite” compensações às empresas, mas que também assinalou que a baixa da fatura energética e melhor acesso a financiamento são medidas favoráveis.

Jerónimo de Sousa: “É estar a misturar o que não deve ser misturado”

No final de um encontro com a Associação Intervenção Democrática – que integra a CDU, em períodos eleitorais – e questionado se o PCP poderá apoiar algum ‘plano B’ do Governo para compensar as empresas do provável ‘chumbo’ no parlamento da descida da TSU, Jerónimo de Sousa respondeu negativamente.

Não, o PCP continua a considerar que é estar a misturar o que não deve ser misturado, o aumento do SMN e bónus para as empresas, isso deve ser claramente separado”, frisou. “Não consideramos que haja necessidade de alternativas. O quadro do aumento do SMN foi verificado (…) não tinha que arrastar qualquer bónus ou qualquer compensação para as empresas, para o patronato”, justificou.

Questionado sobre se esta posição do PCP pode pôr em causa a estabilidade da atual solução governativa, Jerónimo de Sousa voltou a referir que os comunistas apenas estão comprometidos com a posição conjunta que assinaram com o PS. “Hoje, particularmente o PSD, está a ser vítima do próprio engano que criou: sempre foi claro que aquilo que determina a convergência e compromisso com o PS está inscrito na posição conjunta que define esse grau de compromisso e nível de convergência”, disse.

Para o secretário-geral do PCP, o partido está livre de manifestar as suas divergências a cada momento, uma vez que “não há nenhum acordo parlamentar nem governativo”, lembrando que tal já aconteceu no passado – quando foi o PSD a viabilizar a resolução do Banif – e vaticinando que se repetirá no futuro.

“Vamos encontrar num futuro próximo outras convergências, outras divergências, não dramatizamos, estamos a ser coerentes com o que nos comprometemos nessa posição conjunta”, afirmou.

Catarina Martins: “Baixar custos de energia? Com certeza”

Falando aos jornalistas no parlamento, Catarina Martins foi direta: “Baixar custos de energia? Com certeza. Resolver problemas no acesso a financiamento? Precisamos disso. Diminuir os juros que as empresas pagam? Com certeza. Resolver problemas como o pagamento especial por conta, que é alto demais para as pequenas empresas? Aqui estamos para isso. Descapitalizar a Segurança Social? Isso não pode ser”.

A líder do BE falava depois de se ter reunido com uma delegação da CGTP, chefiada pelo secretário-geral, Arménio Carlos, e assinalou que ao olhar para os custos das empresas, é notório que “pesa muito mais a fatura da energia ou a fatura do financiamento, por exemplo, que os salários dos trabalhadores”.

Em causa no encontro entre o BE e a CGTP esteve a Taxa Social Única (TSU), nas vésperas de o parlamento poder chumbar a descida da taxa para os empregadores, após acordo em concertação social. “O que o BE não admite é que haja mecanismos de compensação do salário mínimo nacional que o que fazem é promover baixos salários”, assinalou Catarina Martins.

A redução da taxa, continuou, “foi utilizada em anos consecutivos” para compensar o aumento do salário mínimo, e “o que aconteceu com as sucessivas reduções é que o salário mínimo que chegava a 10% dos trabalhadores agora chega ao dobro”. “Outra coisa diferente é perceber que as empresas precisam de outras diminuições noutros custos”, reconheceu Catarina Martins, falando depois novamente na fatura energética e nos custos de financiamento das empresas.

Mais do que falar numa mudança de política, é preciso concretizar essa mudança.

Arménio Carlos

Líder da CGTP

Pela CGTP, Arménio Carlos avisou o Governo: “Mais do que falar numa mudança de política, é preciso concretizar essa mudança”. Se o executivo tivesse ouvido a central sindical, asseverou o seu líder, “não tinha o problema que agora tem”.

A CGTP não assinou o acordo de concertação social que prevê a descida da TSU: confederações patronais e a central UGT, por seu turno, firmaram o texto que foi assinado na terça-feira.

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Frio faz disparar vendas de aquecedores

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2017

O frio que se faz sentir no país, com as temperaturas a baixarem de zero em algumas regiões, levou a aumentos expressivos nas vendas de aquecedores. Praticamente duplicaram face ao ano passado.

As lojas de eletrodomésticos estão a registar aumentos de cerca de 100% nas vendas de aparelhos de climatização neste início de janeiro. A culpa é do frio que se faz sentir no país, com as temperaturas a baixarem de zero em algumas regiões.

“A Worten confirma um acréscimo significativo na procura de equipamentos de climatização nas últimas semanas”, disse à Lusa fonte ligada à empresa, associando o acréscimo “às baixas temperaturas que se fazem sentir”.

Entre 26 de dezembro do ano passado e os primeiros 15 dias de janeiro houve um acréscimo nas vendas na ordem dos 90% face a igual período do ano passado, tendo sido vendidas mais de 30 mil unidades de equipamentos de climatização.

“Os aquecedores elétricos continuam a ser os [aparelhos] mais procurados, seguindo-se os irradiadores a óleo. Nas últimas três semanas, a venda de aquecedores elétricos praticamente duplicou”, adiantou a mesma fonte.

Os hipermercados Jumbo tiveram um crescimento superior a 100% no mês de janeiro nas vendas de aparelhos de climatização, nomeadamente aquecedores a óleo e termoventiladores.

De acordo com fonte da empresa, idêntico crescimento está a ser notado na venda de outros produtos como lareiras, lenhas, pellets e outros.

Grande parte de Portugal continental tem estado sujeito a temperaturas mínimas negativas nos últimos dias. A descida das temperaturas levou até à queda de neve em regiões improváveis como o Algarve.

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Os encontros paralelos que Davos proporciona

Sabia que António Guterres esteve com Martin Schulz? E que António Costa esteve com o mayor de Londres, também com origens indianas? Estes são dois exemplos de encontros paralelos em Davos.

É a nata da nata: as pessoas mais importantes do mundo estão no Fórum Económico Mundial. Em Davos, os encontros à margem das palestras ou debates são frequentes. António Costa aproveitou a presença de Christine Lagarde para reforçar a credibilidade internacional da sua estratégia governativa. Mas há mais exemplos que vão do português Carlos Moedas ao britânico Jamie Oliver.

Lagarde terá dado elogios não só à consolidação orçamental, mas também “à criação de emprego, crescimento económico e estabilização do sistema financeiro”. Não se sabe os pormenores da conversa, apenas a versão do primeiro-ministro português, mas a mensagem foi de “congratulações”.

Antes disso, Costa já se tinha encontrado com o presidente do Fórum Económico Mundial e o presidente do Banco Europeu de Investimento. Esta quinta-feira de noite, o primeiro-ministro jantou com o comissário europeu Carlos Moedas, o cofundador da Uniplaces, Miguel Santo Amaro, e o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. E ainda conseguiu um pequeno encontro com o mayor de Londres, Sadiq Kahn.

O próprio Moedas tem sido ativo a mostrar nas redes sociais os vários encontros que já teve, nomeadamente com Bill Gates, o ministro suíço da Economia, Satya Nadella (CEO da Microsoft) e muitos outros.

Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, foi outro dos protagonistas tendo-se reunido com António Guterres, Sadiq Kahn e Phillip Hammond. Também o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, encontrou-se com Michel Sapin, o atual ministro francês da Economia e Finanças. E o vice-presidente da Comissão Europeia, Vladis Dombrovkis, reuniu com o Presidente da Ucrânia.

Mas há mais ainda: Shakira, Jamie Oliver, Federica Mogherini, Cristina Fonseca (Talkdesk) também partilharam esses momentos nas redes sociais.

cristina

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Petróleo sobe mais de 1%

  • Ana Luísa Alves
  • 20 Janeiro 2017

O ouro negro está a subir mais de 1% na última sessão da semana. O petróleo continua a ser negociado acima dos 50 dólares por barril, a meta fixada pela OPEP.

O petróleo registou esta sexta-feira uma valorização de mais de 1%, depois do aumento registado também nos futuros do ouro negro, impulsionados pela queda do dólar e pelos recentes comentários da OPEP. A maioria dos países do cartel está a cumprir o acordo estipulado do corte da produção, o que leva a uma valorização do mercado petrolífero.

O mercado ainda está animado com os comentários de alguns dos países da OPEP. Na última sessão da semana o Brent, transacionado em Londres e que serve de referência ao mercado nacionla, está a negociar acima dos 54 dólares o barril, com uma valorização de 1,11%. Já o crude, transacionado nos EUA, está nos mesmos preços, mas com uma valorização de 1,16%.

Duas semanas depois de o acordo ter começado a ser aplicado, a organização referiu que provavelmente não vai precisar de manter o acordo para além dos seis primeiros meses do ano.

Ainda assim, o ouro negro caminhava, até esta quinta-feira, para a segunda semana de perdas, devido ao aumento de reservas nos EUA. Os futuros caíram aproximadamente 1,3% esta semana em Nova Iorque. Em todo o país as reservas aumentaram para os 2,35 milhões de barris, segundo avançou a Administração de Informação Energética norte-americana esta quinta-feira à Bloomberg.

O preço do petróleo tem-se mantido nos 50 dólares o barril, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em conjunto com a Rússia, ter chegado a um acordo para limitar a produção e voltar a equilibrar o mercado do ouro negro.

O cartel vai reunir este domingo, dia 22 de janeiro, para avaliar se o acordo está a ser cumprido. Em maio, a Arábia Saudita vai reunir-se com os outros membros da OPEP, na reunião semestral em Viena, para avaliar o mercado e a política de produção do cartel.

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Espanha: Conselho de ministros aprova decreto para devolver valores indevidos das ‘cláusulas suelo’

  • ECO
  • 20 Janeiro 2017

Cláusulas abusivas devem afetar cerca de 1,5 milhões de pessoas, afirmou o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos.

O Conselho de Ministros espanhol aprovou um decreto-lei que prevê que os bancos devolvam aos seus clientes os valores cobrados de forma indevida através das cláusulas “suelo”, reconhecendo assim a sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia, indica o jornal espanhol Cinco Días.

O número de pessoas afetadas deverá ascender a 1,5 milhões, indicou, no final da reunião, o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos. Com este decreto-lei, pretende-se “facilitar ao consumidor um procedimento rápido para poder recuperar as quantidades indevidamente cobradas”, afirmou o ministro. Ao utilizar esta lei de forma voluntária, o consumidor renuncia ao recurso aos tribunais, explicou ainda Luis de Guindos, citado pelo jornal. Este sistema extrajudicial vai ser gratuito.

Já hoje, o presidente da Associação Espanhola da Banca (AEB) tinha assegurado que os bancos vão devolver entre 2.000 e 3.000 milhões de euros em juros cobrados indevidamente em contratos hipotecários, montante que “não compromete a solvência” dessas entidades, avança a agência Lusa, através de informações dos órgãos de comunicação social espanhóis.

José Maria Roldán garante assim que o montante total fica abaixo dos 4.000 milhões de euros calculados anteriormente pelo Banco de Espanha, baseado “nas existências que havia há uns anos” e também porque alguns bancos já chegaram a acordo com os clientes.

As cláusulas ‘suelo’ impedem os clientes de crédito hipotecário de beneficiarem da diminuição das prestações bancárias pela queda das taxas Euribor a partir de determinado nível, indica a Lusa.

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Ligações de Draghi à banca privada investigadas

  • Ana Luísa Alves
  • 20 Janeiro 2017

Mario Draghi está na mira das investigações europeias pela adesão ao Grupo dos 30 e pelas ligações ao setor financeiro privado, nomeadamente bancos supervisionados pelo BCE.

As ligações entre o Banco Central Europeu e o setor financeiro privado estão sob o escrutínio da União Europeia. Em causa está a ligação de Mario Draghi ao Grupo dos 30, uma organização privada dos mais importantes banqueiros mundiais.

A provedoria de justiça europeia vai averiguar a ligação do presidente do BCE ao grupo dos 30, onde existem também banqueiros cujas instituições são supervisionadas pelo Banco Central Europeu. O governador do Banco do Japão, do Banco de Inglaterra, e do Banco Popular da China também são membros do Grupo dos 30.

O ex-presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e o ex-presidente da Fed, Ben Bernanke, estão igualmente incluídos no grupo, bem como o presidente do Credit Suisse, Tidjiane Thiam, Axel Weber, líder do UBS, Philipe Hildebrand, vice-presidente do BlackRock, e o ex-presidente do Swiss National Bank.

O inquérito aberto além de investigar as ligações de Draghi ao setor financeiro privado também vai incidir sobre o facto de o Banco Central Europeu ter estado envolvido em alguns escândalos relativos a divulgação acidental de informações financeiras sensíveis antes da sua publicação no site do banco.

A provedora de justiça europeia Emily O’Reilly, que abriu o inquérito ao BCE esta sexta-feira depois de uma queixa vinda do Corporate Europe Observatory, um grupo que se foca no lobbying.

Queixa semelhante foi feita pelo mesmo grupo em 2012, mas não chegou a ser investigada. Desde então, o BCE ganhou algum poder sobre os principais bancos europeus, na sequencia do aprofundar das regras da União Bancária.

“A minha decisão de abrir este inquérito reflete as maiores responsabilidades que têm recaído sobre o BCE nos últimos anos”, disse Emily O’Reilly ao Financial Times.

O Ombudsman Europeu não tem poder para sancionar Mario Draghi, mas pode investigar documentos privados e certificar-se de que são analisados por uma entidade judicial competente para tal.

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Trump: Portugal “não tem nenhuma reserva”

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2017

Santos Silva garantiu que Portugal "não tem nenhuma reserva" quanto à nova administração liderada por Trump, e adiantou que está a ser preparado um encontro com o seu homólogo norte-americano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje que Portugal “não tem nenhuma reserva” quanto à nova Administração dos Estados Unidos, liderada por Donald Trump, e adiantou que está a ser preparado um encontro com o seu homólogo norte-americano.

Portugal não tem nenhuma reserva em relação à nova Administração dos EUA. Tem e terá a mesma relação que teve com a Administração anterior”, disse hoje Augusto Santos Silva, numa audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, depois de questionado pelo socialista Paulo Pisco sobre as expectativas em relação à presidência de Donald Trump, que toma posse hoje como 45º Presidente dos Estados Unidos.

O governante sublinhou que os Estados Unidos são “um vizinho” de Portugal, bem como “um aliado” e “o principal parceiro bilateral” no que diz respeito à defesa, por causa da base das Lajes, nos Açores.

Em resposta à deputada do Bloco de Esquerda Domicília Costa sobre a situação da comunidade portuguesa e lusodescendente nos Estados Unidos, Santos Silva disse que o Governo português “não vê nenhum alerta amarelo” neste momento, mas garantiu que acompanhará “com muito cuidado”, a nível bilateral e multilateral, “qualquer inflexão na política de imigração” norte-americana.

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Reabilitar o passado com visão

  • ECO + SCML
  • 20 Janeiro 2017

Uma das metas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é reabilitar o Património de que dispõe a respostas sociais e culturais.

O Conjunto de São Roque é um dos exemplos mais emblemáticos de um dos lemas fundamentais da Santa Casa: “Cuidamos do nosso Património”.

A revitalização do Conjunto de São Roque – composto pelo Palácio Marquês de Tomar, Palácio de São Roque/Portugal da Gama, Museu e Igreja de São Roque, e pelo edifício onde está instalada a sede da Misericórdia de Lisboa – tem merecido a especial atenção do provedor da instituição, Pedro Santana Lopes, e dos restantes membros da administração.

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O Palácio Marquês de Tomar é uma das obras que integra esta revitalização. O arquiteto José Pedro Neuparth assina o projeto de reabilitação, que prevê uma intervenção em função das exigências regulamentares e de habitabilidade, mantendo na generalidade as suas características construtivas e prevendo a recuperação e conservação dos elementos patrimoniais existentes. O projeto contempla a instalação do Arquivo e da Biblioteca da revista “Brotéria”, uma área polivalente para conferências e um espaço nobre para diferentes públicos, tirando partido da localização e devolvendo o edifício à cidade. Está ainda prevista a criação de uma zona residencial para instalar a Comunidade Jesuíta.

Outro dos imóveis a considerar é o Palácio Portugal da Gama, também designado por Palácio de São Roque. Situado no Largo Trindade Coelho, trata-se de um edifício da arquitetura civil palaciana de Lisboa, de meados do séc. XVII. O gabinete do arquiteto João Pedro Falcão de Campos é o responsável pelo projeto que tem como objetivo potenciar as valências do Palácio, devolvendo a dignidade inerente a este edifício. Este Palácio está a ser alvo de uma obra global de reabilitação, sem o descaracterizar, garantindo a sua utilização multifuncional, com comércio e serviços da Santa Casa, servindo de entrada para o Bairro Alto e, ao mesmo tempo, conseguindo assegurar a sua plena integração na atividade do Largo da Trindade.

O projeto para a Nova Entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Complexo de São Roque integra, igualmente, a revitalização do Conjunto de São Roque. Neste caso, pretende-se prolongar o eixo longitudinal da escadaria da Provedoria, ao mesmo tempo que se estabelece a ligação entre os vários núcleos e serviços, reorganizando as circulações interiores e valorizando o espaço adjacente ao portão principal do Largo Trindade Coelho. A intervenção possibilitará o cumprimento da legislação de segurança e de acessibilidades para pessoas com mobilidade condicionada.

Dentro do Complexo de São Roque, o projeto do Arquiteto Souto Moura abrange a construção de um novo edifício para instalação de um auditório, onde foi instalada, em 1915, a primeira lavandaria industrial do país, e respetiva área envolvente. O novo auditório vai ter capacidade para 200 pessoas. Com o seu formato, moderno e ousado, inspira-se nas antigas máquinas fotográficas, havendo mesmo um vidro através do qual se vê Lisboa, da Colina de São Vicente ao Castelo de São Jorge. Eduardo Souto Moura pretendeu criar uma “janela” singular para a capital, permitindo, a quem entre no auditório, encontrar uma forma única de ver a cidade.

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Schäuble: limitar danos do Brexit é prioridade

  • Leonor Rodrigues
  • 20 Janeiro 2017

O ministro das finanças alemão falou hoje em Davos, no Fórum Económico Internacional sobre a saída do Reino Unido da União Europeia e também da futura presidência de Donald Trump, nos EUA.

O Fórum Económico Internacional continua a decorrer em Davos, na Suíça. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, foi um dos que falou esta sexta-feira e afirmou que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) não deverá ter efeitos negativos a curto prazo. O ministro referiu também que um dos objetivos deve ser minimizar os danos que o Brexit pode ter, não só para o país mas como para a Europa.

“A Europa está sob ameaça e temos de a ultrapassar”, disse o ministro alemão. Schäuble afirmou que chorou quando soube do resultado do referendo do Brexit, de acordo com a Bloomberg. No entanto, o ministro afirma que a saída do Reino Unido da UE “não será um problema” de 2017, mas não nega que existe muita incerteza quanto ao que se vai passar na Europa este ano.

Ainda assim, “Londres vai continuar a ser um importante centro financeiro”, disse o ministro no evento.

A presidência de Donald Trump também está a marcar o encontro. Neste aspeto e relativamente à política comercial, Schäuble disse que “não consigo imaginar grandes alterações no comércio livre”.

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Carlos Oliveira vai ser consultor de Moedas

O antigo secretário de Estado faz parte do grupo de 15 peritos internacionais que vão ajudar o comissário a definir uma estratégia para a inovação na Europa. Do grupo também faz parte Paddy Cosgrave.

O comissário europeu Carlos Moedas vai ter 15 personalidades internacionais que o vão aconselhar matéria de política de inovação. A criação do novo Grupo de Alto Nível foi anunciado hoje, em comunicado pela Comissão Europeia. Carlos Oliveira, secretário de Estado do Governo de Pedro Passos Coelho, é o único português da lista

“Carlos Moedas quer definir uma estratégia para encontrar novos modelos para desenvolver a inovação na Europa e o empreendedorismo para ver como a União Europeia pode competir, nomeadamente com os EUA, nestas áreas”, disse ao ECO, Carlos Oliveira. O presidente da InvestBraga e da Startup Braga, acrescentou que o objetivo do comissário é que “este grupo de alto nível o ajude a definir prioridades e políticas que poderão vir a ser implementadas com um envelope financeiro que pode ajudar a alavancar o empreendedorismo na Europa”.

O grupo de 15 peritos inclui ainda Paddy Cosgrave, fundador e diretor executivo da Web Summit e Jim Hagemann Snabe, membro do conselho de administração do Fórum Económico Mundial, entre outros. Os elementos foram selecionados de entre os 469 candidatos que responderam ao convite público à manifestação de interesse. Os membros têm um mandato de dois anos, que pode ser renovável, e a primeira reunião formal está agendada para março.

“Haverá um número de reuniões anuais que poderá evoluir, consoante as necessidades de trabalho”, explicou Carlos Oliveira. O grupo de trabalho terá estreitas relações com as equipas da Comissão Europeia que ficaram encarregues de levar a cabo a vertente mais práticas das reflexões que saírem do grupo de alto nível.

O comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, disse estar “muito satisfeito” por ter “conseguido atrair um grupo de inovadores reconhecidos para ajudar a Comissão Europeia a definir os melhores instrumentos de apoio europeu à inovação”. “Estou certo de que este grupo nos ajudará a reforçar a qualidade do apoio europeu à política de inovação, da qual a prosperidade da Europa depende cada vez mais”, acrescentou Carlos Moedas, citado pelo comunicado da Comissão.

Carlos Oliveira explicou ainda ao ECO que “uma das ideias é potencialmente criar um Innovation Council na Europa” e “perceber se é possível ter ferramentas na Europa que potenciem a inovação” à semelhança do que que já vai acontecendo na área da Ciência, onde “são famosos grants de mais de um milhão de euros”.

Aqui fica a lista completa dos 15 membros:

  • Nicklas Bergman
  • Martin Bruncko
  • Paddy Cosgrave
  • Gráinne Dwyer
  • Hermann Maria Hauser
  • Marjolein Helder
  • Taavet Hinrikus
  • Ingmar Hoerr
  • Bindi Karia
  • Jana Kolar
  • Carlos Oliveira
  • Jim Hagemann Snabe
  • Kinga Stanisławska
  • Constantijn Van Oranje-Nassau
  • Roxanne Varza

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