Angola dá luz verde para um quarto operador de telecomunicações

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

Além da criação de um novo operador, o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação avança que o Estado vai privatizar 45% do capital social da empresa pública Angola Telecom.

O Governo angolano vai lançar um concurso público internacional para um quarto operador de telecomunicações, incluindo a rede fixa, móvel e de televisão por subscrição, integrando o Estado a estrutura acionista com 45% do capital.

O anúncio foi feito esta segunda-feira, em Luanda, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, garantindo que até final deste ano o regulador do setor terá disponíveis os cadernos de encargos para os investidores interessados.

“Vamos aumentar a concorrência. Vai melhorar o serviço e vamos atuar sobre os preços e a qualidade do serviço”, afirmou o governante.

Acrescentou que o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação já recebeu “várias” manifestações interesse por parte de investidores nacionais e estrangeiros, mas que o processo, até à escolha final do operador, “não será concluído em menos de três meses”.

Em simultâneo, acrescentou José Carvalho da Rocha, o Estado vai privatizar 45% do capital social da empresa pública Angola Telecom, que atualmente se dedica apenas à rede fixa.

Estas medidas inserem-se na reestruturação do setor das telecomunicações em Angola e para “dinamizar o mercado”. Passam a existir apenas dois títulos para operadores, multiserviço e global, este designado como título unificado e que permite prestar todo o tipo de comunicações, móveis e fixas.

A privatização parcial da Angola Telecom, em processo de reestruturação, permitirá garantir, disse o ministro, o investimento necessário à sua entrada, também, nas comunicações móveis.

O mesmo acontecerá com a quarta licença que agora seguirá para concurso público, permitindo, além de telecomunicações móveis e fixas, também dados e televisão por subscrição.

Atualmente, o mercado das telecomunicações móveis é dominado pela operadora Unitel, da empresária Isabel dos Santos, existindo ainda uma segunda operadora, a Movicel.

De acordo com os números hoje revelados pelo ministro José Carvalho da Rocha, Angola tem atualmente mais de 11 milhões de cartões da rede móvel registados.

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OE2018: PSD e CDS votaram contra. PS, PCP, BE, PEV e PAN, a favor

PS, BE, PCP, PEV e PAN aprovaram esta segunda-feira a versão final do Orçamento do Estado para 2018. PSD e CDS votaram contra. PS e BE divergiram em relação à taxa para as renováveis.

Como é que o o Orçamento entrou e como vai sair do Parlamento? O documento final foi aprovado esta segunda-feira pelo Parlamento. O ECO já antecipou o que resultou das votações da semana passada. PSD e CDS votaram contra. PS, PCP, BE, PEV e PAN votaram a favor.

Releia aqui o direto do debate entre os deputados.

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Wall Street sem rumo definido. Time dispara com proposta de compra

Wall Street abriu sem rumo, com o foco dos investidores a voltar-se para a prometida reforma fiscal da Administração Trump. A Time Inc. dispara com a proposta de compra apoiada pelos irmãos Koch.

Grupo Meredith ofereceu 1,8 mil milhões pela dona da Time Magazine.Tony Fischer/Flickr

As bolsas norte-americanas abriram sem rumo definido, numa semana em que as atenções dos investidores se voltam para a prometida reforma fiscal do Presidente Donald Trump. O dia está a ser marcado pelo anúncio de uma operação de aquisição sobre a dona da revista Time, que está a agradar aos investidores.

Neste contexto, o S&P 500 avança 0,09% para perto dos 2.604 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,07%. Já o industrial Dow Jones perde apenas 0,01%, num dia marcado pela queda dos preços do petróleo. A matéria-prima derrapa em Nova Iorque acima de 1%, com o barril a cotar nos 58,32 dólares.

Esta segunda-feira fica marcada por um negócio de grande dimensão no setor dos media. O grupo Meredith, apoiado financeiramente em 650 milhões de dólares pelos conhecidos irmãos Koch (através do fundo de investimento Koch Equity Development), ofereceu 18,50 dólares por cada ação da Time Inc., a dona da revista Time. A oferta, incluíndo a dívida, é de 2,8 mil milhões de dólares. Em bolsa, a empresa estava avaliada em 1,68 mil milhões.

Face à oferta, que ainda depende da aprovação dos reguladores, as ações da Time Inc. avançam 9,17% para 18,43 dólares. É um sinal de que os investidores estão confiantes de que a operação se vai concretizar. Contudo, segundo a Bloomberg, levantam-se dúvidas quanto a eventuais influências políticas nos conteúdos produzidos pelo grupo no futuro.

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Merkel convida sociais-democratas a formarem governo estável pela Alemanha e pela UE

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

Merkel recordou que sempre foi possível encontrar soluções com o SPD, apesar de existirem diferentes perspetivas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, convidou, oficialmente, esta segunda-feira, os social-democratas a dialogar para formar um “Governo estável” que aborde os desafios do país e responda às “grandes expectativas” da União Europeia.

Em conferência de imprensa na sede da União Democrata-Cristã (CDU) após uma reunião do Executivo federal do partido, Merkel reiterou que a sua formação permanece disposta a assumir a sua responsabilidade, após o fracasso da tentativa para formar Governo com liberais e verdes. “Para nós é importante garantir a estabilidade no país e permanecer a âncora dessa estabilidade”, justificou a chanceler.

Para nós é importante garantir a estabilidade no país e permanecer a âncora dessa estabilidade.

Angela Merkel

Chanceler alemã

Na sua perspetiva, a estabilidade não é apenas necessária para resolver os problemas dos cidadãos alemães, mas ainda para enfrentar os desafios da União, onde o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, e o Presidente francês, Emmanuelle Macron, emitiram propostas que aguardam a resposta de Berlim.

Numa referência às divergências entre o seu partido e os social-democratas (SPD) sobre o futuro da zona euro, Merkel recordou que sempre foi possível encontrar soluções, apesar de existirem diferentes perspetivas. “Perante os conflitos no Médio Oriente, a situação com a Rússia e a situação nos Estados Unidos, considero positivo que a Alemanha seja operativa”, insistiu.

Merkel precisou que, no diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD), os conservadores vão apresentar o seu programa de Governo, à semelhança dos seus interlocutores, e recordou que o êxito das negociações implica a aceitação de compromissos.

No seu primeiro encontro, CDU e SPD terão como mediador o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que convocou a chanceler, o líder do partido conservador bávaro CSU, aliado da CDU, Horts Seehoffer, e o líder social-democrata Martin Schulz, para uma reunião na quinta-feira.

Na sequência da decisão dos liberais de romper as negociações para uma coligação tripartida, face às reticências dos social-democratas em reeditar a grande coligação com os conservadores, e em resposta a um jornalista – que sugeriu poder ser a chanceler o problema para a formação de um novo executivo –, Merkel assegurou que está a refletir sobre todos os cenários.

Ironicamente, disse que os “fundadores” da Constituição alemã do pós-Segunda Guerra Mundial seguramente nunca imaginaram que haveria tantos partidos que não quisessem governar.

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Economistas da Fitch: Metas do Governo para a dívida pública são “demasiado ambiciosas”

Unidade de research da Fitch aumentou a pontuação da estabilidade política em Portugal com a aprovação do OE. Para a dívida pública, a perspetiva é pior: deverá diminuir, mas menos do que o previsto.

A BMI Research prevê que, se o Orçamento do Estado para 2018 for aprovado esta segunda-feira, a solução governativa vai ganhar estabilidade, uma vez que este é o “único grande risco de um voto de ‘não confiança’ no Governo”. A unidade de análise económica da agência de rating Fitch assinala a votação do Partido Socialista nas eleições autárquicas e a sobrevivência do Executivo às tragédias ocorridas em julho e outubro. A nota de análise divulgada esta segunda-feira considera que o PS mantém “o momentum político”, um motivo para a BMI Research aumentar a pontuação da estabilidade política em Portugal. No entanto, a dívida pública deverá diminuir menos do que o previsto.

O índice de risco político de Portugal calculado pela BMI Research.

“O Orçamento do Estado português para 2018 sugere que o país vai manter-se numa trajetória orçamental saudável nos próximos dois anos, pelo menos”, escrevem os analistas, referindo que existem “sinais crescentes” de que a atual solução governativa vai manter-se no poder, apesar de o partido do Governo não ter maioria. O índice de risco político para Portugal, calculado pela unidade de research da Fitch, aumentou de 74,4 para 75,6, refletindo uma maior estabilidade (0 é o maior risco, 100 é o menor risco).

Na análise que faz à proposta do Governo para os OE2018, a BMI Research considera que a estratégia do ministro das Finanças é “tomar partido” do crescimento económico para “aliviar levemente” a austeridade e manter o défice abaixo das metas da Comissão Europeia. Os economistas da Fitch preveem que as melhorias no mercado de trabalho e o crescimento económico sejam suficientes para aumentar as receitas do Estado e compensar as medidas que somam à despesa.

O Orçamento do Estado português para 2018 sugere que o país vai manter-se numa trajetória orçamental saudável nos próximos dois anos, pelo menos.

BMI Research

Unidade de research da Fitch

A unidade de research considera que o Governo tem mais “espaço para respirar” uma vez que a S&P melhorou o rating da República. Contudo, a BMI Research alerta que as metas relativas à diminuição da dívida pública são “demasiado ambiciosas”. As estimativas da BMI Research divergem com as do Governo em mais 0,5 pontos percentuais em 2018 e mais 2,4 pontos percentuais em 2019. O Executivo prevê que a dívida pública se fixe nos 123,5% em 2018 (segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2018) e nos 120% em 2019 (segundo o Programa de Estabilidade 2017-2021).

A nota de análise prevê dois riscos: o deslizamento nos gastos do Estado e um crescimento económico mais fraco do que aquele que o Governo prevê — os economistas da Fitch apontam para uma subida do PIB de 1,9% em 2018, abaixo dos 2,2% estimados pelo Executivo.

O mercado de trabalho tem sido o motor do crescimento económico, escreve a BMI Research.

Numa outra nota de análise, a BMI Research argumenta que os problemas estruturais da economia portuguesa mantêm-se. Em reação à estimativa rápida para o terceiro trimestre de subida do PIB de 2,5%, os economistas da Fitch apontam para uma continuação do crescimento “robusto” da economia, pelo menos tendo em conta o historial da economia portuguesa. A produtividade “anémica”, os “limitados ganhos” com o aumento do emprego e a “fraqueza estrutural” da economia são os pontos negativos. Já o contexto externo, dificilmente ficará melhor, estimam.

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Há poucos engenheiros. Quem os encontra paga até 60 mil

A procura por engenheiros quase duplicou desde 2016. Os salários não querem ficar atrás nas subidas: já valorizaram 15%.

Os engenheiros são cada vez mais requisitados pelas empresas em Portugal. Os salários sobem assim alguns andares e um responsável de manutenção em Lisboa pode ganhar até 60 mil euros anuais. A capital é mais generosa com estes profissionais do que a cidade do Porto, mas as subidas são generalizadas.

Desde novembro de 2016 a procura quase duplicou, fazendo aumentar também os salários em cerca de 15%”, afirma o consultor sénior da Michael Page Engineering & Property no Porto, João Santos.

O estudo da consultora Michael Page assinala que “atualmente os perfis de engenharia têm todos muita procura” mas destaca as áreas de manutenção e engenheiros de processo, com 25% de procura, seguidos dos supervisores de produção com 20% e, finalmente, as áreas de qualidade, logística e produto. Também são os responsáveis de manutenção que poderão receber o salário mais elevado: em Lisboa, a remuneração vai dos 40 aos 60 mil euros brutos anuais. No Porto, a fasquia começa nos 44 mil e termina nos 58 mil euros por ano. Pode consultar uma lista completa abaixo.

Empresas valorizam candidatos com background técnico, com competências comunicacionais e de relacionamento interpessoal e que saibam idiomas.

Pedro Mira Martins

Michael Page

“Ao nível das competências, as empresas valorizam candidatos com background técnico, com competências comunicacionais e de relacionamento interpessoal e que saibam idiomas. Da parte dos candidatos e com muita oferta disponível, estes privilegiam o pacote salarial que inclua também uma remuneração variável, bem como flexibilidade horária e seguro de saúde”, acrescenta Pedro Mira Martins, Executive Manager da Divisão em Lisboa.

Os salários dos engenheiros

Indústria

(salário bruto anual)

Responsável de manutenção
Lisboa: 40 a 60 mil euros
Porto: 44 a 58 mil euros.

Engenheiro de processos
Lisboa: 26 a 42 mil euros
Porto: 23 a 39 mil euros

Engenheiro de qualidade
Lisboa: 28 a 34 mil euros
Porto: 24 a 32 mil euros

Construção

(salário bruto anual)

Chefe de obra
Lisboa: 31 mil a 45 mil euros
Porto: 31 mil a 43 mil euros

Engenheiro de gabinete técnico
Lisboa: 22.500€ a 30 mil euros
Porto: 15 mil a 25 mil euros

Função de responsável de gabinete técnico
Lisboa: 28 e 35 mil euros
Porto: 24 e 35 mil euros

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Governo autoriza Metro do Porto a adjudicar à Barraqueiro subconcessão por sete anos

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

A autorização governativa foi dada na sexta-feira, através de “despacho conjunto subscrito pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças e pelo secretário de Estado Adjunto e do Ambiente”.

O Governo já autorizou a Metro do Porto a avançar com a adjudicação do contrato da subconcessão da operação e manutenção da rede até 2015 à Barraqueiro SGPS, foi anunciado esta segunda-feira.

Segundo fonte da Metro do Porto, a autorização governativa foi dada na sexta-feira, através de “despacho conjunto subscrito pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças e pelo secretário de Estado Adjunto e do Ambiente”. A fonte da empresa de transporte público acrescentou à Lusa que o contrato deverá ser assinado com a Barraqueiro dentro de “duas a três semanas”.

Após a assinatura do contrato, o mesmo será submetido ao Tribunal de Contas para obtenção de visto prévio. A Metro do Porto anunciou no dia 18 de outubro que a Barraqueiro SGPS venceu o concurso para a subconcessão da Metro do Porto por sete anos, apresentando a “melhor proposta” para garantir a operação e manutenção do sistema por sete anos, no valor de 204 milhões de euros.

O anúncio do concurso, publicado no Diário da República no dia 23 de junho, previa para 25 de setembro o último dia para apresentação de propostas. Contudo, a Metro do Porto prorrogou esse prazo por 11 dias, “devido à necessidade de prestação de esclarecimentos aos potenciais concorrentes e de acordo com o previsto no programa do concurso”.

A Barraqueiro vai garantir a operação e a manutenção do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana do Porto (AMP) por um período de sete anos, a partir de 1 de abril do próximo ano e até março 2025. “Realizado em regime de parceria público-privada, o procedimento compreende toda a operação regular do Metro –- área onde se incluí segurança e apoio aos clientes –, bem com as grandes revisões da frota de material circulante, as grandes manutenções de sistemas técnicos e do sistema de bilhética” durante os sete anos, acrescentou a empresa.

A Barraqueiro já lidera o consórcio ViaPorto, que é responsável pela operação da rede do metro desde 2010.

A rede do Metro do Porto é composta por seis linhas e 82 estações, servindo sete concelhos da AMP e movimentando perto de 60 milhões de clientes por ano.

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Ilha de Man, um “paraíso fiscal” com quatro mil milhões de euros de residentes em Portugal

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

As contas foram comunicadas pela região britânica e dão conta de offshores de 1.172 residentes em Portugal. O Parlamento pretende que o território volte à lista de "paraísos fiscais".

A Ilha de Man comunicou a Portugal os saldos de 1.172 contas de residentes em Portugal, em 2017, totalizando cerca de 4.000 milhões de euros naquele território, que o Parlamento quer repor na lista de “paraísos fiscais”.

Fonte oficial do Ministério das Finanças disse à Lusa que, “na sequência da retirada da Ilha e Man, de Jersey e do Uruguai da ‘lista negra’, Man e Jersey comunicaram em 2017 os saldos das contas dos residentes em Portugal”, ao passo que o Uruguai vai fazê-lo “em 2018”.

No caso da Ilha de Man, este ano, foram comunicados “os saldos de 1.172 contas de residentes em Portugal, que ascendem a cerca de 4.000 milhões de euros” e, relativamente a Jersey, a mesma fonte indicou que “o volume de informação é de tal forma elevado que ainda está a ser processado” pelos serviços das Finanças.

Na sexta-feira, foi aprovada uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) apresentada pelo CDS e viabilizada pelo Bloco de Esquerda (BE), para que os territórios da Ilha de Man, Jersey e Uruguai voltem a entrar da ‘lista negra’ de paraísos fiscais de Portugal.

A proposta dos centristas pretende revogar a portaria 345-A, de 30 de dezembro de 2016, em que o Governo determinou a saída daqueles três territórios da lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis.

Para a tutela, a proposta do CDS aprovada na sexta-feira faz na Assembleia da República “coloca em causa o acesso por parte de Portugal a estas informações”, que até à saída destes territórios da lista de offshore não era comunicada às autoridades portuguesas.

Depois de, em 2011, Portugal ter eliminado da lista de territórios offshore Chipre e o Luxemburgo, a portaria assinada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, retirou mais três territórios do grupo.

Na altura, o Governo argumentou com “os desenvolvimentos entretanto ocorridos ao nível da implementação de mecanismos anti abuso no plano da tributação internacional”, que tornam “desnecessária a manutenção de determinados países, territórios e regiões na lista”.

A saída da lista daqueles territórios – que motivou críticas e dúvidas dos vários partidos – significa, por exemplo, que os rendimentos de capitais deixam de ser tributados à taxa agravada de 35%.

Entretanto, o PCP apresentou um projeto de lei para alterar a redação do artigo 63.º-D da Lei Geral Tributária (LGT) sobre as condições em que um país, região ou território pode ser considerado como um regime fiscal claramente mais favorável, os chamados ‘paraísos fiscais’ ou ‘offshore’.

Assim, a nova redação deste artigo estabelece que o ministro das Finanças “aprova, por portaria, após parecer prévio da AT, a lista dos países, territórios ou regiões com regime claramente mais favorável”.

Na prática, aquilo que ficou esclarecido com esta iniciativa do PCP, promulgada em agosto pelo Presidente da República, foi que a decisão do ministro das Finanças de alterar os territórios que constam da lista de paraísos fiscais tem de ser precedida de um parecer do Fisco, mas não estabelece que este parecer tenha caráter vinculativo.

Fonte oficial do Ministério das Finanças lamenta que o parlamento tenha primeiro “alterado a lei no sentido de exigir o parecer da Autoridade Tributária previamente a alterações à lista negra por parte do Governo” e que depois “altere a lista sem ouvir a Autoridade Tributária”, sublinhando que “a Assembleia da República não cumpriu a lei”.

As Finanças defendem ainda que “criar obstáculos à troca de informações com Man, Jersey e Uruguai contribui apenas para facilitar a fraude e evasão fiscais”.

Esta proposta de alteração do CDS, que pretende revogar a retirada da Ilha de Man, Jersey e Uruguai da lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis, foi hoje avocada a plenário, pelo que será novamente discutida e votada pelos deputados.

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Miguel Poiares Maduro: “remuneração dos participantes no focus group é o que menos importa”

  • Rita Frade
  • 27 Novembro 2017

O ex-ministro diz, no Facebook, que "a questão da remuneração dos participantes no focus group de 'avaliação' do governo é um caso típico em que se discute o que menos importa".

O ex-ministro Adjunto do Desenvolvimento Regional do anterior Governo PSD/CDS, Miguel Poiares Maduro, deixou uma mensagem no Facebook sobre a polémica que tem marcado a atualidade: o facto de os 50 cidadãos que participaram no Conselho de Ministros extraordinário em Aveiro terem recebido uma remuneração por parte do Governo.

O ex-ministro diz que “a questão da remuneração dos participantes no focus group de ‘avaliação’ do Governo é um caso típico em que se discute o que menos importa em vez do que realmente nos devia preocupar” e explica porquê.

Na mensagem, Miguel Poiares Maduro começa por dizer que apesar de não duvidar da seriedade de Marina Costa Lobo (investigadora no Instituto de Ciências Sociais, na Universidade de Lisboa) e Carlos Jalali (professor da Universidade de Aveiro, responsável pelo estudo), acha “um erro o seu envolvimento nestas iniciativas do governo”.

"A questão da remuneração dos participantes no focus group de ‘avaliação’ do Governo é um caso típico em que se discute o que menos importa em vez do que realmente nos devia preocupar.”

Miguel Poiares Maduro

Ex-ministro Adjunto do Desenvolvimento Regional

De seguida, enumera os reais problemas da realização destes focus group, como o facto de achar ” legitimo que o Partido Socialista o faça mas não que o Governo use fundos públicos para esse fim (político – e partidário – e não de políticas públicas)”.

A investigadora do Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa, Marina Costa Lobo, também deixou uma mensagem aos seus seguidores no Facebook, explicando como se processa a escolha dos cidadãos para este tipo de encontros e dizendo que “trazer para o local do encontro 50 pessoas tem um preço“. Marina Costa Lobo acrescenta, ainda, que “esse custo não invalida o exercício que, ainda hoje, creio, trouxe questões importantes“.

O deputado do PS, Joao Galamba, partilha no seu perfil de Facebook a mensagem de Marina Costa Lobo, dizendo que “isto não devia requerer qualquer explicação, mas a histeria que para aí vai torna necessário este tipo de esclarecimento“:

É importante relembrar que este Conselho de Ministros extraordinário em Aveiro estava inserido nas comemorações dos dois anos de atividade do atual Governo, no qual participaram 50 cidadãos, encarregues de colocar questões aos membros do Executivo de António Costa.

Nas vésperas do encontro, o jornal Sol avançou que o Governo gastou um total de 36.750 euros para recrutar estes cidadãos, sendo que cada participante irá receber 200 euros, a que se juntam ainda despesas de transporte e de alimentação.

As reações foram imediatas. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse, sábado, que as perguntas e os participantes na sessão deste domingo eram da responsabilidade da Universidade de Aveiro, rejeitando que existissem pessoas contratadas.

O PSD falou em “encenação” e a líder do CDS, Assunção Cristas, afirmou que “se o governo tivesse um pingo de vergonha cancelaria a sessão”.

O PCP, num curto comunicado citado pela Lusa, considerou que a realização de estudos de avaliação da ação do Governo deve ter “como preocupação e prioridade” a resposta aos problemas da população e do país, sendo “criticável a sua transformação em atos de promoção pública”.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 27 Novembro 2017

Não sabe o que se passou durante a manhã? Não faz mal. Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, num minuto.

A escolha da KPMG pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), para ajudar a vender 1.800 milhões em malparado, e a queda da Altice em bolsa estiveram em destaque esta manhã.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) escolheu a KPMG para ajudar a alienar 1.800 milhões de euros em crédito hipotecário, empresarial e imobiliário, apurou o ECO, numa operação a realizar entre este ano e o final do próximo.

As quedas da Altice em bolsa sucedem-se, com os títulos a tocarem novos mínimos históricos consecutivos. Trambolhões que já eliminaram mais de metade do valor de mercado da empresa de Patrick Drahi, só este ano, o equivalente à capitalização bolsista total da EDP.

O recém-nomeado CEO da Meo, em substituição de Cláudia Goya, Alexandre Fonseca diz que a reorganização na gestão da Altice e PT Portugal não vai mudar a estratégia do grupo, assegurando que vai ser mantida a aposta na convergência nas áreas de comunicações e media e conteúdos.

“Incrédula”. Esta é a expressão utilizada por Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed, para descrever a forma como reagia ao telefonema do ministro da Saúde de há poucos dias em que este lhe comunicou a mudança do organismo que lidera para a cidade do Porto.

O presidente da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, António Fonte, disse que o pão vai ficar mais caro a partir do próximo ano.

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PAN muda de ideias e vai votar a favor do Orçamento de Estado 2018

  • Lusa
  • 27 Novembro 2017

O PAN anunciou que vai mudar o sentido do seu voto e votará a favor do OE2018. De acordo com o partido, o OE2018 difere da visão do PAN mas tem contributos importantes para a visão ambiental.

O PAN anunciou esta segunda-feira que vai votar a favor da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018, após a aprovação de medidas estruturais defendidas pelo partido, e que foram viabilizadas na especialidade.

Em comunicado, o partido anunciou que “muda o sentido de voto após aprovação de medidas em áreas estruturais” e que “irá votar favoravelmente o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018)”, na votação final global que decorre esta tarde no parlamento. O PAN tinha-se abstido na votação na generalidade da proposta de lei do OE2018.

“Pela terceira vez, o PAN (Pessoas Animais Natureza) alcança medidas importantes no Orçamento do Estado, que exigiram um forte empenho negocial para alcançar avanços em áreas estruturais e que ainda não são reconhecidas como prioritárias pelos decisores políticos nacionais“, refere o partido cujo deputado único é André Silva.

A 3 de novembro, na votação na generalidade o OE2018 foi aprovado com os votos favoráveis de PS, BE, PCP e PEV, contra de PSD e CDS-PP e a abstenção do PAN. O PAN apresentou 60 medidas de alteração ao OE2018, em sede de especialidade, em áreas como saúde, alimentação e bem-estar, justiça social e fiscal, agricultura, florestas e proteção animal.

Aumento de 10% de nutricionistas e de 7% de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde e distribuição de fruta a 150 mil crianças do ensino pré-escolar e de bebidas vegetais no 1.º ciclo e pré-escolar são duas das medidas apresentadas pelo partido que vão ver luz verde.

O PAN conseguiu ainda negociar a criação de 49 salas de atendimento à vítima e condições para partos na água, bem como o fim da isenção do pagamento de ISP para empresas que produzem eletricidade a partir do carvão. O reforço do investimento em dois milhões de euros em Centros de Recolha Oficial de Animais e apoio a escolas de formação de cães de assistência é outra das medidas a implementar. De acordo com o partido, o OE2018 é “distante da visão do PAN mas com contributos importantes para uma visão ambiental e social de longo prazo”.

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Quebramar comprada por empresários brasileiros. Criação de 150 empregos na calha

  • ECO
  • 27 Novembro 2017

Os credores da dona da Lanidor deram o seu aval à compra da empresa falida pelos empresários Cláudio Haber Laranjeira e Maurício Espíndola Dias. A operação dependia do voto do Novo Banco.

A Quebramar já tem um novo dono. A empresa insolvente foi vendida a dois empresários brasileiros, tendo a operação sido aprovada pelos credores da empresa insolvente que se reuniram em assembleia nesta segunda-feira, segundo avança o Jornal de Negócios. A operação só foi bem-sucedida em resultado do aval do Novo Banco que é o seu principal credor.

De acordo com o Negócios, os empresários brasileiros Cláudio Haber Laranjeira e Maurício Espíndola Dias são os novos donos da cadeia de vestuário. A empresa tem mais de 30 milhões de euros em dívidas, sendo que já passou por um Processo Especial de Revitalização (PER) que falhou precisamente pelo chumbo do Novo banco que detém 83% dessas dívidas, já que as negociações relacionadas com o reconhecimento dos créditos não correram da melhor forma.

Contactado pelo Negócios, José Regojo, administrador da Terra Mítica, criada para gerir e expandir a Quebramar em território nacional e internacional, já teria dito que ter ouvido falar que a empresa “foi vendida a um grupo brasileiro”.

De acordo com o jornal, os empresários brasileiros pretendem criar 150 empregos.

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