Como vão ser as autárquicas de 2017? Os líderes parlamentares respondem ao ECO

  • , Marta Santos Silva, Raquel Sá Martins e Telmo Fonseca
  • 9 Janeiro 2017

Lisboa e Porto são o foco da atenção mediática nas autárquicas. E este ano ainda mais, tal é a indefinição do principal partido da oposição em ambas as cidades. Por um lado, em Lisboa, Fernando Medina continuou o trabalho de António Costa, as obras estão em andamento e o Metro passa a ser gerido pelo município em fevereiro. Assunção Cristas lançou-se como cabeça-de-lista pelo CDS e Pedro Santana Lopes recuou, com o PSD a mergulhar na indefinição. Se Passos perder as autárquicas sai? Not yet.

No Porto, Rui Moreira cristalizou a sua posição com o apoio do Partido Socialista e CDS. Também na invicta, o Partido Social Democrata continua sem uma candidatura e só uma reviravolta surpreendente traria as duas principais câmaras do país para o lado dos social-democratas. No resto do país, foi notícia de que o PS recuaria em certos locais em detrimento do PCP para não afetar o acordo nacional. E que o PSD e o CDS têm um acordo, com Lisboa ainda em aberto.

Com este panorama em andamento, faltam apenas nove meses para as eleições autárquicas que vão ter de ser em setembro ou outubro, segundo o site da Comissão Nacional de Eleições. Os líderes parlamentares mostram-se confiantes, mas há nuances: o PSD vem de resultado “muito mau” em 2013 e quer recuperar; o PS quer uma vitória que consolide a posição nacional; o BE fala de um novo “corpo de agentes autárquicos”; o PCP vem de um resultado “muito bom” e quer reforçá-lo, assim como o PEV, que em conjunto formam a CDU; por fim, o PAN quer “uma maior cobertura do território, à nossa escala”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

E o melhor jogador do mundo é… Cristiano Ronaldo

O internacional português, jogador do Real Madrid, foi eleito o melhor jogador do mundo em 2016 pela FIFA. "O ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira", disse O CR7.

O internacional português Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo de 2016 pela FIFA, na gala anual da federação em Zurique, na Suíça. É a quarta vez que o craque recebe a distinção. Ronaldo já arrecadou também a Bola de Ouro da revista France Football.

O jogador, que destacou em 2016 por ter ganhado o Campeonato Europeu de Clubes (Real Madrid), o Campeonato Europeu de Seleções (Portugal), Supertaça Europeia (Real Madrid) e o Mundial de Clubes (Real Madrid).

Na cerimónia, Cristiano Ronaldo agradeceu a distinção e disse: “O ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira.” O argentino Lionel Messi (FC Barcelona), que já tem cinco prémios, e o francês Antoine Griezmann (Atlético de Madrid), que se estreia no top 3, foram os adversários do português.

Os votos para o prémio FIFA foram efetuados por representantes de órgãos de comunicação social, selecionadores nacionais, capitães das seleções e adeptos. Os quatro têm um peso igual no resultado final (25% cada).

 

No final da cerimónia, Cristiano Ronaldo disse aos jornalistas que “provavelmente 2016 foi o melhor ano de sempre”, reconhecendo que “foi um ano muito especial” tendo em conta todos os títulos que arrecadou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TDT: Emissão foi “quase permanente e sem interrupções” em 2016

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2017

Em 2016, o serviço de Televisão Digital Terrestre (TDT) apresentou valores de disponibilidade próximos de 100%. Informação faz parte de um estudo da Anacom.

O sinal de televisão digital terrestre (TDT) apresentou valores de disponibilidade de serviço próximos dos 100% e nível de estabilidade de serviço elevado em 2016, de acordo com um estudo da Anacom.

“Globalmente, é possível afirmar que nas zonas do país onde o sinal digital de televisão chega por via terrestre a receção de televisão fez-se de forma quase permanente e sem interrupções”, lê-se no comunicado da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) hoje divulgado, com base no estudo realizado na informação da rede de sondas espalhadas pelo país.

O destaque recai sobre a Guarda, com o maior tempo de receção de serviço, 99,96%, seguindo-se Faro, com 99,95%, e depois Viana do Castelo, com 99,94%. Já Aveiro, Leiria e Porto são os distritos com os resultados mais baixos, ainda assim com 97,06%, 98,56% e de 99,22% de disponibilidade, respetivamente.

Todos os outros distritos tiveram um desempenho acima da média nacional (99,37%). Janeiro foi o mês em que a rede de TDT apresentou melhor desempenho, com disponibilidade de serviço de 99,77%, enquanto julho foi o mês com uma disponibilidade de serviço mais baixa (98,83%).

O regulador diz ainda que no que diz respeito à estabilidade de serviço, 2016 caracterizou-se por ser um período em que a estabilidade de serviço foi elevada, tendo dezembro sido o mês com melhor desempenho e julho o que registou menor estabilidade, já que, segundo a ANACOM, as alterações atmosféricas com a chegada do verão provocam alguma instabilidade no sinal.

O estudo do regulador detalha ainda que os dias com maior e menor estabilidade de serviço foram, respetivamente, 3 de dezembro e 8 de junho e sublinha que “importa ter em conta que mesmo quando a estabilidade do sinal é menor podem não existir alterações que sejam percetíveis para a generalidade dos utilizadores”.

Já a hora em que a rede se apresentou mais estável, com menos variações, para a receção do sinal da TDT, foi a das 12h (das 12h às 13h), enquanto a pior hora, ainda que com estabilidade de serviço elevada, foi a da 1h (da 1h às 2h).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP pressiona bolsa de Lisboa

  • Ana Luísa Alves
  • 9 Janeiro 2017

A bolsa de Lisboa abriu a sessão desta segunda-feira no verde, mas as perdas do BCP, e de grande parte das cotadas, ditaram a queda do índice de referência português no fecho da sessão.

A semana não começou bem para a bolsa nacional. O índice português fechou a sessão desta segunda-feira pressionada pela queda do BCP. As ações do banco caíram depois de o ECO ter noticiado que o banco vai realizar um aumento de capital de 1.300 milhões de euros. Além do banco, também a Galp Energia pesou no índice num dia em que o petróleo afundou mais de 3%.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Norges Bank já não é acionista qualificado da EDP

O Norges Bank, fundo soberano norueguês, baixou a participação que detém no capital social da EDP para 1,999%, deixando de ser considerado um acionista qualificado.

O Norges Bank, fundo soberano norueguês, reduziu esta segunda-feira a participação que tem na EDP – Energias de Portugal EDP 0,00% , comunicou a empresa aos mercados.

O fundo, que em abril do ano passado comunicou uma participação no valor de 2,002% do capital social da cotada portuguesa, baixou agora essa participação para 1,999%, garantindo 1,999% dos direitos de voto. No total, o Norges Bank detém agora 73.080.477 ações da EDP.

Na prática, o fundo norueguês vendeu 137.235 ações e deixa assim de ter uma participação considerada qualificada, cujo limiar mínimo é de 2%. Em abril de 2016, o Norges Bank detinha diretamente 73.161.024 ações da EDP, mais 56.688 ações imputáveis através de um instrumento financeiro do tipo shares on loan.

Recorde-se que o Norges Bank tem vindo a desinvestir em empresas com base nas pegadas ecológicas da atividade das mesmas, sobretudo no que toca às emissões de dióxido de carbono. A EDP, não fazendo parte da lista negra do fundo de investimento, foi posta em observação a 21 de dezembro.

E embora não seja possível estabelecer relação direta entre isso e a redução na participação, o certo é que, nos termos da lei, não sendo um acionista qualificado, o Norges Bank pode abandonar de vez o capital da EDP sem que tenha de o comunicar aos mercados.

No comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informa que “o total de ações detidas pelo Norges Bank baixou o patamar de 2,00% do capital social da EDP” nesta segunda-feira. A empresa de António Mexia conta com uma capitalização bolsista na ordem dos 10,2 mil milhões de euros.

Recorde-se que, esta segunda-feira, os títulos da EDP fecharam a sessão a desvalorizar 0,36% para 2,794 euros cada ação, acompanhando a larga maioria das cotadas portuguesas. Quanto ao Norges Bank, é considerado o maior fundo da sua classe, valendo 870 mil milhões de dólares.

Gráfico: Cotação da EDP na Bolsa de Lisboa

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cada correio, uma cor: CTT entram em 2017 com novas imagens

A empresa adotou novas imagens para os vários serviços de correio que fornece. O processo faz parte do "restyling" iniciado no ano passado e que visa "atualizar" a identidade visual dos CTT.

Da próxima vez que enviar uma carta através dos CTT CTT 0,00% , verá que a firma mudou a representação gráfica dos vários tipos de correio que entrega. A empresa de Francisco de Lacerda arrancou o ano de 2017 dando continuidade ao processo de restyling da identidade visual que, em 2016, resultou em alterações muito subtis ao logótipo da cotada portuguesa.

Os CTT apostam agora em cores, de forma literal, para simbolizar os vários serviços que presta. O Correio Normal é agora simbolizado a cinza pela letra N, “ganhando preponderância e demonstrando clareza”, explica a empresa em comunicado. O Correio Azul é simbolizado pela respetiva cor e com a imagem de uma seta. O Correio Registado “dá destaque às barras da marca registada”. O Correio de Avião, prioritário, é simbolizado pela imagem de uma asa. E, por fim, o Correio Verde aposta nessa cor, sobreposta pela letra V.

Estas alterações visuais estiveram a cargo da agência Havas Design e, segundo os CTT, “são o resultado de uma maior simplificação, de uma evolução do que já existe e também de uma vontade de tornar a linguagem mais gráfica, impactante e clara junto de todos”. Para Miguel Salema Garção, diretor de marca e comunicação da firma, esta atualização mostra “capacidade de acompanhar os tempos” e “é também a manifestação de uma grande aposta nestes meios de comunicação de excelência”.

O ECO tentou saber junto dos CTT o montante investido nesta atualização da imagem dos produtos, mas a empresa optou por não revelar esse valor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP: BCE já deu luz verde à devolução dos CoCos

  • Rita Atalaia
  • 9 Janeiro 2017

O BCE já deu luz verde à devolução dos 750 milhões de euros que o BCP ainda deve ao Estado. O montante para o reembolso será obtido com o aumento de capital de 1.300 milhões.

O BCP já tem luz verde do Banco Central Europeu (BCE) para devolver os 700 milhões de euros que ainda deve ao Estado de CoCos — obrigações convertíveis. Esta devolução será possível com o aumento de capital de 1.300 milhões de euros aprovado hoje pelo conselho de administração.

O banco liderado por Nuno Amado já tem o selo de aprovação do BCE para a devolução do que ainda devia ao Estado em obrigações convertíveis. De acordo com o comunicado enviado pelo BCP ao regulador do mercado, o pagamento de 700 milhões de euros — tendo pago 50 milhões a 30 de dezembro de 2016 — apenas será possível com o aumento de capital que o BCP aprovou em conselho extraordinário. Resultado: poupa nos juros e evita a possibilidade de arriscar ter o Estado como acionista.

“Para este efeito, o Banco recebeu já autorização do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal para o reembolso integral dos CoCos, com sujeição à conclusão com sucesso da Oferta Pública de Subscrição”, diz o BCP no comunicado.

O conselho de administração do banco reuniu de forma extraordinária para aprovar a nomeação de dois administradores e, também, a decisão sobre um aumento de capital até 1.300 milhões de euros, apurou o ECO junto de diversas fontes conhecedoras do processo.

Este aumento de capital vai permitir que o banco salde a dívida que tinha com o Estado português e um reforço dos rácios de capital, nomeadamente o mais relevante, para valores acima dos 11%, claramente acima do exigido pelo BCE. Recorde-se que o BCP tinha até julho de 2017 para pagar. A administração do banco tinha várias alternativas em cima da mesa, mas rejeitava que o aumento de capital fosse a única saída. No entanto, acabou por ser a solução escolhida.

Esta operação vai arrancar a 19 de janeiro, sendo que os títulos do banco liderado por Nuno Amado vão ser vendidos com um desconto de 38,6%. O preço de subscrição será de 9,4 cêntimos por ação. Os títulos encerraram hoje nos 1,0412.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP: Aumento de capital com desconto de 38,6%

As novas ações do BCP, no âmbito de um aumento de capital de 1.300 milhões de euros, vão ter um desconto de 38,6%. A operação arranca a 19 de janeiro.

O Banco Comercial Português (BCP) vai avançar com um aumento de capital de 1.300 milhões de euros. Esta operação vai arrancar a 19 de janeiro, sendo que os títulos do banco liderado por Nuno Amado vão ser vendidos com um desconto de 38,6%, o que deverá colocar pressão nas ações nas próximas sessões.

No total, o BCP vai emitir mais de 14 mil milhões de novas ações, com o preço de subscrição fixado em 0,094 por cada ação, informou o banco em comunicado ao mercado. “O preço de subscrição representa um desconto de aproximadamente 38,6% face ao preço teórico ajustado ex-rights calculado com base no preço de fecho das ações do BCP” desta segunda-feira, refere o documento divulgado esta segunda-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Acrescenta o BCP que “a cada detentor de ações do banco será atribuído um direito de subscrição por cada ação representativa do atual capital do banco que detenha”. Ou seja, a cada acionista será atribuído um direito de subscrição sobre 15 novas ações (14,7) emitidas no aumento de capital.

O conselho de administração do banco reuniu de forma extraordinária para aprovar a nomeação de dois administradores e, também, a decisão sobre um aumento de capital até 1,3 mil milhões de euros, apurou o ECO. A operação deverá arrancar a 19 de janeiro, encerrando a 2 de fevereiro. O processo deverá estar concluído a 9 de fevereiro. Ainda assim, em termos oficiais, o banco indica estar à espera que a CMVM aprove o prospeto, o que espera que venha a acontecer no “mais breve prazo”.

Dando conta do interesse de Fosun e Sonangol pretenderem assumir maior protagonismo na estrutura acionista do banco, o BCP garantiu o sucesso da operação ao chegar a um acordo com um sindicato de bancos, os quais vão subscrever todas as ações que sobrarem da oferta. Fazem parte deste sindicato a Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Credit Suisse, Mediobanca e a Merrill Lynch.

Os títulos do BCP encerraram a cair 1,33% para 1,0412 euros. O aumento de capital pressionou as ações, devendo manter os títulos sob pressão perante o desconto que vai ser aplicado neste reforço de capital que vai atirar novamente os títulos para os cêntimos. Recorde-se que o BCP reagrupou 75 ações numa para superar a fasquia de um euro.

(Notícia atualizada às 19h24 com mais informação sobre o aumento de capital)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Centeno: Liquidação do Novo Banco “está fora de causa”

  • ECO
  • 9 Janeiro 2017

Mário Centeno está focado na venda do Novo Banco. Mas isto não o impede de deixar a porta aberta à nacionalização, já que não podem ficar "reféns de soluções". A extinção está fora de questão.

Mário Centeno disse que a solução ideal será a venda do Novo Banco. Mas, caso isto não seja possível, o ministro das Finanças não exclui outras alternativas, como a nacionalização. Já sobre a extinção do banco que resultou da falência do Banco Espírito Santo, o ministro diz que “está basicamente fora de causa”.

“A minha expectativa sobre a venda mantém-se, essa é a vontade em termos de reintrodução do Novo Banco na esfera financeira em Portugal”, diz Mário Centeno numa entrevista à Reuters. O ministro das Finanças refere que a venda é o melhor, mas, caso não aconteça, não exclui outras alternativas, dizendo que “não podemos ficar reféns de soluções e vamos explorá-las todas as que tivermos à nossa mão, sendo que neste momento o foco é claramente o processo de venda”.

Mário Centeno já tinha demonstrado a sua disponibilidade para analisar outras hipóteses numa entrevista ao Diário de Notícias e à TSF. O ministro das Finanças disse que “nada está fora de questão quando se trata de garantir a estabilidade do sistema financeiro”, acrescentando que “não acho que seja adequado eliminar nenhum tipo de abordagem em relação ao Novo Banco”.

Mas entre este conjunto de possibilidades — venda, nacionalização e liquidação –, o ministro exclui completamente a extinção do pacote de opções. Para Mário Centeno, “está basicamente fora de causa”.

No entanto, qualquer solução que seja alcançada terá sempre de ter o selo de aprovação das autoridades nacionais e europeias. “Evidente que qualquer solução nesse campo tem de ser trabalhada com as autoridades europeias, quer de supervisão quer de concorrência, e nacionais também, mas essa é a forma como o Governo tem atuado em todas as matérias que se prendem com o setor financeiro”, explica o ministro à Reuters.

O Governo está numa luta contra o tempo para vender o Novo Banco. O Executivo tem até agosto para concluir este processo. Caso contrário, terá de abrir a sua carteira de opções, onde ainda há a nacionalização e a extinção do banco. Na esfera política, o apoio a uma nacionalização está a aumentar, da esquerda à direita. No entanto, no final, a decisão cabe a António Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

McDonald’s vende 80% do negócio na China

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2017

A empresa anunciou ter chegado a um acordo para alienar 80% do negócio na China continental e em Hong Kong por cerca de 1,6 mil milhões de euros. Manterá o controlo dos restantes 20%.

A McDonald’s anunciou hoje ter chegado a um acordo para vender 80% do negócio na China continental e em Hong Kong a um grupo de investidores por cerca de 1,7 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros).

A cadeia mundial norte-americana de fast food venderá, assim, os 80% do negócio que possui na China continental e em Hong Kong ao grupo financeiro estatal chinês Citic e ao fundo de investimento norte-americano Carlyle, os quais passarão a deter 52% e 28% do capital, respetivamente.

Em comunicado enviado à bolsa de Hong Kong pelo grupo Citic chinês, o franchising do grupo McDonald’s na China foi avaliado em 2,08 mil milhões de dólares. No final da operação, a McDonald’s vai manter o controlo de 20% do capital, através de uma das suas filiais.

A McDonald’s China ficará sob o controlo do grupo chinês Citic, que avançou para a compra de 52% do capital através da sua filial Fast Food Holdings, enquanto a Carlyle passará a deter 28% e o grupo McDonald’s, através da sua subsidiária Golden Arches Investments, controlará os restantes 20%.

A McDonald’s, que tem cerca de 2.000 restaurantes na China continental e em Hong Kong, indicou em março passado que estava à procura de investidores para expandir o negócio a mais 1.500 restaurantes em novas pequenas cidades chinesas nos próximos cinco anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno: Economia vai baixar juros, subir ratings

Ministro das Finanças diz que a economia está forte. Não é por isso que os juros da dívida estão a subir, mas será isso a fazê-los recuar, diz. E vai também puxar pelos ratings.

Os juros da dívida portuguesa têm vindo a agravar-se. Passaram, recentemente, dos 4%, uma escalada que Mário Centeno atribui a riscos e incertezas na Zona Euro, bem como à baixa liquidez no mercado. O ministro das Finanças diz que é um movimento temporário. A economia forte tratará de inverter a tendência e puxar pelos ratings em 2017.

Portugal vai sair do procedimento por défices excessivos em 2016, colocando o défice “muito significativamente abaixo de 3% e com uma probabilidade muito elevada abaixo de 2,4%” da meta do Governo, que já era uma décima inferior à imposta por Bruxelas, diz Centeno em entrevista à Reuters.

Um sinal positivo a que se junta a queda da “dívida líquida de 121,6% do PIB (em 2015) para 120,6% em 2016”. “Se corrigíssemos o facto Banif, que teve um impacto na dívida líquida em 2015 e na dívida bruta em 2016, também a dívida bruta cai em 2016”, nota o governante. Isto além da economia: “é inegável hoje que a situação de aceleração da economia se tem vindo a materializar”, diz.

Neste sentido, “obviamente vemos esta subida (das yields) como temporária associada a fatores muito específicos de incerteza (externa) e de baixa liquidez de mercado (de final de ano)“, disse Mário Centeno. A taxa a 10 anos superou recentemente a fasquia dos 4%, um movimento que explica com a tensões na Zona Euro.

“A nossa perspetiva é a de que as tensões que se colocam na Europa, o acelerar da inflação nos últimos meses, em particular em dezembro, que teve uma tradução quase imediata nos yields da dívida pública praticamente em todos os países europeus, pesam num determinado sentido”. “Mas, os fundamentos da economia portuguesa são hoje mais fortes (…) Na dimensão nacional, nós temos vindo a reforçar claramente os fundamentos da nossa economia”, disse.

Ratings? Centeno acredita que vão subir

“Eu acho que os fundamentos da economia portuguesa aproximam-na de outras economias que têm taxas bastante mais baixas do que as nossas e eu acho que esse é um movimento (de correção) natural”, diz Centeno, salientando a importância de conseguir atrair novos investidores para a dívida nacional. Mas para isso, é preciso que a dívida portuguesa tenha ratings melhores.

“Para entrar em outros investidores internacionais, nós precisamos de trabalhar muito afincadamente na melhoria dos ratings da nossa economia e é o grande desafio que temos pela frente”, afirmou o ministro à Reuters. “Olhando para aquilo que é a análise temporal que as agências tipicamente fazem e para os números da economia portuguesa, eu estou muito esperançado, e trabalharemos nesse sentido, para que isso aconteça”.

Emissão sindicada “a breve trecho”

 

 

Portugal ainda não foi ao mercado, este ano. Mas Centeno diz que isso acontecerá muito em breve. O ministro referiu que Portugal está a preparar o plano de financiamento, “que passa precisamente por uma colocação de dívida nessas condições [operação com recurso a um sindicato bancário] e pode acontecer a breve trecho”. Mas a almofada de liquidez dá tranquilidade ao país.

A almofada “está otimizada para cobrir seis meses de colocações de dívida, em média”, disse. “Por isso, é importante olhar para a dívida líquida porque está já arrecadado o montante de capitalização máximo – porque não sabemos quanto vamos usar desse montante – da CGD, o que nos deixa numa situação confortável face a essa possível pressão”.

“O Estado conseguiu, na sua situação de tesouraria, antecipar essa situação. Portanto, não estamos dependentes dos mercados, neste momento, para essa operação”, afirmou. “Enquanto não houver uma classificação mais positiva do ponto de vista do ratings da economia portuguesa, (essa almofada) tem de ser mantida e tem de ser gerida em termos financeiros para acomodar o seu custo”, remata.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP pressiona fecho em Lisboa

  • Ana Luísa Alves
  • 9 Janeiro 2017

A bolsa de Lisboa arrancou a semana em queda. Com apenas duas cotadas no verde, o índice seguiu a tendência da Europa. O BCP recuou perante a notícia de um aumento do capital.

A bolsa nacional arrancou a semana em queda. Apesar de ter valorizado na abertura, acabou por encerrar o dia em terreno negativo, à semelhança do que se verificou nos restantes mercados europeus. Num dia em que apenas duas cotadas subiram, o BCP destacou-se nas quedas, assim como a Galp Energia.

O PSI-20 fechou a primeira sessão da semana no vermelho, com uma desvalorização de 0,55% para os 4.677,02 pontos. Das 18 cotadas, 16 terminaram a sessão em terreno negativo.

Entre as cotadas que mais caíram esteve o BCP, com um recuo de mais de 1,20% para os 1,04 euros. As ações desceram depois de o ECO ter noticiado, em exclusivo, que o conselho de administração do banco está a discutir o aumento do capital no valor de 1,3 mil milhões de euros.

A ditar perdas em Lisboa esteve também a Galp Energia, cujas ações desceram 1,70%, acompanhando as perdas registadas no petróleo esta segunda-feira. O Brent, em Londres, e o West Texas Intermediate, nos EUA, registaram uma queda de quase 3%.

Só a EDP Renováveis e a Jerónimo Martins escaparam. A empresa liderada por Manso Neto somou 1,14%, já a dona do Pingo Doce valorizou 0,54%, sendo que o elevado peso da retalhista no índice nacional evitou uma queda mais expressiva da bolsa lisboeta. Acompanhou a tendência das pares europeias.

O Stoxx 600 fechou a primeira sessão da semana com uma descida de 0,46% para os 363,77 pontos. As praças que mais caíram foram as Madrid, com uma desvalorização de 0,55% e a de Milão, com a FTSE MIB a registar uma perda de mais de 1,5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.