Melhoria de outlook? “Dívida apresenta evolução favorável”, diz DBRS

DBRS sinalizou que pode subir outlook na próxima avaliação. Ao ECO, Adriana Alvarado salienta que rácio da dívida vai apresentar uma trajetória "favorável". Analistas estão divididos.

Canadianos atualizam notação da dívida portuguesa esta sexta-feira.

A DBRS volta a rever a notação de Portugal dentro de duas semanas. Adriana Alvarado, analista da agência canadiana que segue Portugal, salienta ao ECO que a dívida pública se apresenta com uma “evolução favorável”, ideia que reforça o cenário de melhoria da perspetiva do rating BBB low do país de estável para positiva. Mas ainda que própria agência já tenha sinalizado essa melhoria do outlook, os analistas não estão tão seguros quanto a este desfecho.

“O rácio da dívida pública continua elevado, mas deverá começar a cair a partir deste ano. Vai apresentar uma evolução favorável“, sublinha Alvarado em declarações ao ECO.

De acordo com as projeções inscritas no Orçamento do Estado para 2018, o rácio da dívida deverá descer para 126,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano, recuando para 123,5% do PIB em 2018. Em entrevista à agência Reuters, Centeno admitiu que o rácio poderá baixar para o patamar psicológico dos 120% em 2020. É suficiente para tranquilizar os mercados?

“Excedentes primários sólidos e crescimento económico robusto ao longo do tempo são necessários para colocar o rácio da dívida num caminho mais sustentável“, alerta a analista da DBRS, sublinhando que as metas previstas na proposta orçamental são “realistas”.

"Excedentes primários sólidos e crescimento económico robusto ao longo do tempo são necessários para colocar o rácio da dívida num caminho mais sustentável.”

Adriana Alvarado

Analista da DBRS

“As perspetivas de crescimento estão em linha com as projeções do FMI e do Banco de Portugal. (…) As metas do défice parecem atingíveis se os gastos públicos continuarem contidos e as receitas continuarem a crescer de forma sólida”, nota Adriana Alvarado, a principal responsável pelo acompanhamento a Portugal, depois da saída do economista-chefe Fergus McCormick da agência.

Analistas divididos

Embora as palavras de Alvarado indiciam boas notícias para o rating da República, os analistas ouvidos pelo ECO estão muito divididos quanto à decisão que deverá sair da próxima avaliação da agência em relação a Portugal, prevista para acontecer no dia 3 de novembro — inicialmente agendada para o dia 20 de outubro, esta sexta-feira.

“Subir outlook? Desta vez não vou tomar partido. Penso que seja uma probabilidade de 50/50 com base no conteúdo do último relatório publicado por eles”, comentou Lyn Graham-Taylor, analista do Rabobank, ao ECO.

Jens Peter Sørensen, analista chefe do Danske Bank, aposta na manutenção da perspetiva “estável”. “Uma melhoria no outlook seria uma surpresa positiva. Embora os números da economia tenham melhorado, a DBRS vai esperar por mais dados antes de qualquer ação“, argumenta Sørensen.

"Subir outlook? Desta vez não vou tomar partido. Penso que seja uma probabilidade de 50/50 com base no conteúdo do último relatório publicado por eles.”

Lyn Graham-Taylor

Analista do Rabobank

Mais otimista está a equipa de research do BiG, que espera que os canadianos coloquem Portugal em perspetiva positiva. O banco lembra a ênfase que DBRS sempre deu aos fatores qualitativos que beneficiaram o país e que permitiram que as obrigações nacionais continuassem qualificadas para o programa de ativos públicos do Banco Central Europeu (BCE).

“Mas desde a última decisão de rating da DBRS no final de abril, os fatores quantitativos também têm melhorado, o que deverá levar a agência a melhorar a perspetiva, de modo a manter-se consistentes com as decisões anteriores da agência”, justifica o BiG.

Até final do ano, Portugal volta ao exame das agências de rating no dia 15 de dezembro, quando está prevista a revisão da notação pela Fitch, que pode ser a próxima a retirar o país do nível considerado “investimento especulativo”, depois de a Standard & Poors ter retirado Portugal da categoria “lixo” no mês passado.

"Desde a última decisão de rating da DBRS no final de abril, os fatores quantitativos também têm melhorado, o que deverá levar a agência a melhorar a perspetiva, de modo a manter-se consistentes com as decisões anteriores da agência”

Equipa de research do BiG

(Notícia corrige data da próxima avaliação. Não será esta sexta-feira, dia 20 de outubro, como estava previsto inicialmente, mas no dia 3 de novembro)

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Empresas de crescimento rápido campeãs do emprego em Portugal

  • ECO
  • 20 Outubro 2017

As organizações de crescimento rápido criaram mais de 360.000 postos de trabalho em Portugal, em 2015. É dos países onde estas empresas têm um maior impacto na criação de emprego.

Portugal é dos países onde as empresas de crescimento rápido têm um maior impacto na criação de emprego, revela o Eurostat. Em 2015, estas organizações foram responsáveis pela criação de 361.404 postos de trabalho no país, equivalente a 19,7% de emprego gerado. À frente de Portugal está a Irlanda e a Hungria.

São empresas com pelo menos dez funcionários na sua fundação e que apresentaram um crescimento na mão-de-obra de mais de 10% por ano, durante um período de três anos. Em todos os países da UE (para os quais existem dados disponíveis), uma em cada dez empresas é de crescimento rápido. Irlanda, Hungria e Eslováquia são os países que apresentam mais sociedades deste tipo, com quotas de 14,87%, 12,52% e 12,23% respetivamente. Do outro lado da tabela está a Itália (7,58%), Áustria (6,45%) e Roménia (2,25%). Portugal encontra-se no centro, com 10,96% de empresas de alto crescimento, mas mesmo assim está acima da média europeia de 9,9%.

Percentagem de empresas de crescimento rápido por país da UE-28 (2015)

Fonte: Eurostat

O setor dos serviços é aquele onde predominam as empresas que apresentam maiores valores de crescimento da mão-de-obra, em especial as empresas na área de “Comunicação e Informação”, com 15,3% de organizações de alto crescimento a operar. Seguem-se as áreas de “Serviços Administrativos e de Apoio” (14%) e “Transporte e Armazenamento” (12%).

Empresas de crescimento elevado no setor dos serviços (%)

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Cerca de 3,6 milhões de pensões são atualizadas em janeiro

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 20 Outubro 2017

Os aumentos de janeiro vão chegar a 2,8 milhões de reformados. Em agosto, há lugar a aumento extra, mas apenas para cerca de 1,6 milhões.

A atualização das pensões em janeiro vai abranger 3,6 milhões de pensões, pagas a cerca de 2,8 milhões de reformados. A medida vai custar 357 milhões de euros. Em agosto, há mais um aumento, mas apenas na medida do necessário para garantir uma subida global de seis ou de dez euros, contando já com a atualização de janeiro. Aqui, o aumento será feito por pensionista e serão abrangidas 1,6 milhões de pessoas. Esta medida vai custar 35,4 milhões de euros.

Estes são alguns dos dados apresentados esta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. Na conferência de imprensa dedicada ao Orçamento da Segurança Social, o ministro Vieira da Silva também se comprometeu a apresentar ainda este ano o novo regime contributivo dos recibos verdes. Por outro lado, não quis adiantar se a modelação da TSU em função do tipo de contrato avança já em 2018.

Já no âmbito das baixas por doença, o ministro explicou que o controlo poderá vir a basear-se noutros indicadores de risco, dando como exemplo a “prevalência de situações sucessivas de incapacidades” e a “concentração territorial ou em atividades profissionais.”

Releia os momentos mais importantes da conferência.

 

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Wall Street de volta aos ganhos com otimismo na reforma fiscal

O Senado norte-americano aprovou uma medida para o Orçamento do próximo ano e o mercado acredita que este é um passo para a implementação da reforma fiscal prometida por Trump.

As bolsas norte-americanas estiveram instáveis na última sessão, acabando por encerrar com subidas muito ligeiras, mas voltaram aos ganhos nesta sexta-feira, numa altura em que os investidores acreditam que a reforma fiscal prometida por Donald Trump está mais perto ser aprovada.

O índice de referência S&P 500 segue a valorizar 0,26%, para os 2.568,83, a beneficiar dos ganhos do retalho e do setor financeiro, enquanto o industrial Dow Jones renova máximos e avança 0,29%, para os 23.230,96 pontos, impulsionado também pela banca e por tecnológicas como a Cisco. Já o tecnológico Nasdaq recupera das quedas da última sessão e está agora a subir 0,49%, para os 6.637,24 pontos.

O Senado norte-americano aprovou uma medida para o Orçamento do próximo ano e o mercado acredita que este é um passo para a implementação da reforma fiscal prometida por Trump e muito aguarda pelos investidores.

Também o dólar segue em alta, numa altura em que se aguarda um novo nome para liderar a Reserva Federal. A moeda norte-americana está a apreciar 0,55% face ao euro e vale agora 1,1787 euros.

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Parlamento elege Maria Lúcia Amaral para Provedora da Justiça

  • Lusa
  • 20 Outubro 2017

A antiga vice-presidente do Tribunal Constitucional foi indicada pelo PSD para provedora da Justiça, com a concordância do PS.

O parlamento elegeu esta sexta-feira a ex-vice-presidente do Tribunal Constitucional Maria Lúcia Amaral para substituir no cargo de Provedor de Justiça José de Faria Costa, obtendo 143 votos, mais dois do que os dois terços necessários.

Em 211 votantes, Maria Lúcia Amaral obteve 143 votos sim, 61 brancos e 7 nulos, de acordo com o secretário da mesa e deputado do PSD Duarte Pacheco.

O nome foi indicado pelo PSD, numa proposta com o acordo do PS, segundo um comunicado conjunto divulgado na semana passada pelas direções dos grupos parlamentares dos dois partidos.

A eleição do Provedor de Justiça implica a eleição por dois terços dos deputados – ou seja, implica um entendimento entre PS e PSD – e os dois partidos chegaram no ano passado a um acordo de princípio de que o nome a designar deveria caber aos sociais-democratas, depois de os socialistas terem escolhido um seu antigo ministro, Correia de Campos, para a presidência do Conselho Económico e Social (CES).

Maria Lúcia Amaral, nasceu em Angola, em 1957, e é formada em Direito e professora universitária. Foi eleita para o Tribunal Constitucional pela Assembleia da República (sob proposta do PSD) em 29 de março de 2007, assumindo depois o cargo de vice-presidente em outubro de 2012 e cessando funções no ‘Palácio Ratton’ em julho deste ano.

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Mota-Engil vende participação na Sctuvias

O grupo Mota-Engil prossegue a estratégia de alienar os ativos da área de negócios de concessões de transportes. Venda das concessões foram concluídas, após autorizações legais.

O grupo Mota-Engil concluiu, esta sexta-feira, a alienação das participações na Sctuvias, MRN e Portvias. Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o grupo liderado por António Mota dá conta de que a transação entre a Lineas (ex-Ascendi) e a Globalvia Inversiones foi concluída.

“Após a obtenção de todas as autorizações legais e contratuais, a Lineas – Concessões de Transportes, SGPS, S.A. concluiu hoje a alienação à Globalvia Inversiones, SAU das suas participações na Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A., MRN-Manutenção de Rodovias Nacionais, SA e Portvias-Portagem de Vias, SA.”

Ainda segundo o comunicado, a transação foi efetuada com uma avaliação do ativo de 75 milhões de euros, com a data de referência de 31 de dezembro de 2016.

A Mota-Engil acrescenta que “com esta operação fica mais próxima a alienação total dos ativos da área de negócios de concessões de transportes cujo processo se iniciou em setembro de 2015”.

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Carlos César é reeleito líder parlamentar do PS

Carlos César volta a ocupar o lugar de líder parlamentar com o apoio de uma vasta maioria - mais de 81% socialistas votaram neste candidato.

Carlos César vai renovar o mandato como líder parlamentar da bancada socialista. O candidato reuniu uma aprovação de 81%.

Carlos César assumiu a liderança parlamentar do Partido Socialista (PS) em outubro de 2015. Agora, 81% dos 80 deputados que votaram para eleger o novo líder escolheram, novamente, o nome de Carlos César.

A acompanhar o candidato estão os vice-presidentes Ana Catarina Mendes, Carlos João Pereira, Filipe Neto Brandão, Idália Serrão, João Galamba, João Paulo Correia, Jamila Madeira, João Torres, Lara Martinho, Pedro Delgado Alves e Susana Amador.

Já a bancada da oposição sofreu alterações em junho. Hugo Soares, eleito também com uma larga maioria de 85% dos votos, substituiu Luís Montenegro na liderança parlamentar do PSD.

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Orçamento para 2018 “pode complicar consolidação” de Portugal, avisa a Moody’s

As medidas previstas no Orçamento do Estado para 2018 têm custos elevados, considera a agência de notação financeira.

O crescimento económico acima das expectativas e as taxas de juro baixas vão contribuir para a redução da dívida portuguesa nos próximos anos, mas o Orçamento do Estado para 2018 “pode complicar a consolidação futura” de Portugal, tendo em conta as medidas com custos considerados elevados e que, além disso, terão impacto ao longo de vários anos. Esta é a primeira análise que a Moody’s faz ao Orçamento entregue pelo Governo, na semana passada, à Assembleia da República.

Do lado da receita, a agência de notação financeira começa por destacar as mudanças no IRS, com a introdução de novos escalões, uma medida que terá um custo de 230 milhões de euros. A isto soma-se a eliminação da sobretaxa, com um custo de 260 milhões de euros. “Estas medidas serão parcialmente compensadas por aumentos de impostos indiretos nos produtos com elevado nível de sal, veículos e outros produtos de consumo”, ressalva a Moody’s.

Já do lado da despesa, lembra a Moody’s, “o Orçamento prevê medidas adicionais que procuram melhorar a igualdade social e estimular o consumo”, tais como o descongelamento das progressões de carreira na função pública, o aumento extraordinário de pensões ou a reforma antecipada sem penalizações para os trabalhadores com carreiras mais longas.

Feitas as contas, aponta a agência norte-americana, as medidas do lado da despesa terão um custo de 427 milhões de euros, um valor que “ultrapassa largamente” aquele que é conseguido com as medidas implementadas para aumentar receitas, no valor de 55 milhões.

Apesar destes custos, o Governo espera reduzir o défice para 1,4% em 2017 e 1% em 2018, apoiado num crescimento mais acelerado da economia, mais dividendos do Banco de Portugal e poupanças com o pagamento de juros da dívida. São previsões que não chegam para convencer a Moody’s. A agência tem uma perspetiva “mais conservadora” para a redução do défice, por considerar que “reduções adicionais da despesa serão difíceis de alcançar no curto prazo”.

“Por exemplo, a contenção de custos com os salários da função pública que é prevista pelo Governo, de 11,1% do PIB em 2017 para 10,8% em 2018, será condicionada pela maior pressão que resulta das medidas que constam do Orçamento”, aponta a Moody’s. Além disso, considera, “as medidas concretas que suportam as poupanças no lado da despesa mantêm-se pouco claras“.

Há ainda divergências nas previsões de crescimento. O Governo antecipa um aumento do PIB de 2,6% este ano e de 2,2% em 2018. Já a Moody’s prevê um crescimento de 2,5% em 2017 e de 1,7% no próximo ano. Assim, as previsões da agência para a redução do défice também são menos otimistas. Para este ano, a Moody’s antecipa um défice de 2% este ano e de 1,8% no próximo.

Mesmo assim, acredita a Moody’s, a dívida pública vai continuar a reduzir-se e deverá chegar aos 124% do PIB no próximo ano, graças ao crescimento da economia e à redução da fatura com os juros.

"O Governo vai continuar a ter sucesso no difícil equilíbrio de manter uma posição orçamental prudente, ao mesmo tempo que mantém o apoio da aliança parlamentar.”

Moody's

A Moody’s conclui que o alívio concedido pelo Governo em algumas áreas, neste Orçamento, “poderá representar desafios para a consolidação orçamental nos próximos anos”, podendo até levar a que os próximos orçamentos tenham de ser mais “rígidos”. No médio a longo prazo, “isto poderá aumentar a pressão sobre o balanço orçamental do Governo, sobretudo se o crescimento ficar aquém das expectativas”.

Contudo, prevê a Moody’s, “o Governo vai continuar a ter sucesso no difícil equilíbrio de manter uma posição orçamental prudente, ao mesmo tempo que mantém o apoio da aliança parlamentar”.

Notícia atualizada pela últimas vez às 14h49.

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Atividade económica cresce ao maior ritmo dos últimos 17 anos

  • Lusa
  • 20 Outubro 2017

A atividade económica continuou a crescer em setembro, embora o consumo privado tenha abrandado em relação a agosto.

A atividade económica continuou a aumentar em setembro para níveis de 2000, enquanto o consumo privado registou uma diminuição face a agosto, de acordo com os indicadores coincidentes divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Segundo os dados do BdP, a atividade económica manteve “a trajetória ascendente observada desde o quarto trimestre de 2016”, fixando-se nos 3,9% em setembro, depois dos 3,8% de agosto.

De acordo com as séries históricas disponibilizadas pelo BdP, o crescimento da atividade económica em setembro é o mais elevado desde janeiro de 2000.

Já o indicador coincidente mensal para o consumo privado baixou dos 2,8% em agosto para os 2,6% em setembro.

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

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Não diga aos seus amigos onde está. Deixe o Whatsapp fazê-lo

  • ECO
  • 20 Outubro 2017

Whatsapp vai permitir partilha de localização em tempo real com amigos, por um determinado período de tempo. Funcionalidade deverá ser lançada nas próximas semanas e exige autorização do utilizador.

Diga adeus aos desencontros. Quantas vezes planeou reunir-se com um amigo e teve problemas em perceber exatamente onde estava ele à sua espera? Da próxima vez, não lhe peça direções, peça-lhe que ative a nova funcionalidade do Whatsapp: a partilha de localização em tempo real.

A “Live Location”, que será lançada para iOS e Android nas próximas semanas, só funcionará com consentimento explícito do utilizador. Os dados em causa não serão, com efeito, públicos, isto é, a localização só pode ser partilhada com um contacto ou com um grupo, por um determinado espaço de tempo (à sua escolha) mediante autorização desse utilizador.

“A funcionalidade está protegida por criptografia de ponta e permite ao usuário controlar quem pode acompanhar e por quanto tempo”, explicou a aplicação de mensagens instantâneas, em comunicado.

Atualmente, o Whatsapp já permite a partilha da localização, mas não em tempo real. Esta atualização segue a tendência atual, para a qual outras aplicações semelhantes tem contribuído: o Telegram fez um anúncio similar a semana passada e o Snapchat inaugurou uma funcionalidade que permite aos utilizadores saberem exatamente onde está uma determinada pessoa (mesmo que essa pessoa não saiba que está a ser “vigiada” — o que tem gerado imensa polémica).

Lançado em 2009, o Whatsapp tem cerca de mil milhões de utilizadores em todo o mundo, de acordo com a BBC.

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Cerca de 1.300 empresas tiraram a sede da Catalunha

  • ECO
  • 20 Outubro 2017

Um inquérito de uma associação de pequenas e médias empresas mostra o impacto do desafio independentista, que resultou em 1% das PME da associação retirarem as suas sedes da Catalunha.

Cerca de 1% das pequenas e médias empresas da associação Pimec, que junta as PME catalãs, já decidiram mudar a sua sede para fora da região da Catalunha, segundo um inquérito realizado pela própria organização. São 1.300 que já saíram, enquanto 2,2% das empresas ponderam sair, e 15,7% diz não saber ainda se o fará.

A pressão económica que se antevê devido ao referendo independentista e as suas consequências está a fazer muitas empresas repensar se pretendem manter-se na região. Para o presidente da Pimec, porém, o impacto não é assim tão grande: o inquérito também mostrou que 54% dos inquiridos nada temem no campo económico.

Segundo dados do registo de empresas em Espanha divulgados ontem, quinta-feira, eram 900 as empresas a mudar a sua sede social para fora da Catalunha desde o referendo.

Para o presidente da Pimec, este movimento para fora foi impulsionado pelo Governo de Madrid, que optou por fazer passar um decreto que facilitasse essa saída. “Nós os empresários fartámo-nos de pedir diálogo, mas se a resposta é prender pessoas e fazer decretos para se aproveitarem da situação, só vemos uma incapacidade de diálogo da parte dos políticos, de um lado e do outro”, disse Josep González ao El País.

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Altice terá suspendido transferências de trabalhadores para outras empresas

  • Lusa
  • 20 Outubro 2017

Os sindicatos da PT dizem ter recebido garantias da Altice de que as transferências de trabalhadores para outras empresas parceiras e do grupo foram "suspensas para reanálise".

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da Altice/PT informaram esta sexta-feira ter tido garantias, por parte dos responsáveis da empresa, de que as transferências de funcionários para outras empresas, que têm gerado polémica, “estão suspensas para reanálise”. “Fomos informados pelos fundadores da Altice [que comprou a PT/Meo há dois anos] que as novas transmissões estão suspensas para reanálise e que será intensificado o diálogo através da nova CEO [presidente executiva], engenheira Cláudia Goya, para encontrar soluções consensuais”, indicam as estruturas (sindicatos e comissão de trabalhadores) em comunicado.

A informação foi obtida numa reunião realizada na terça-feira à noite com os fundadores e acionistas maioritários da Altice, Patrick Drahi e Armando Pereira, e a presidente executiva da Meo, Cláudia Goya, que decorreu numa sala da Altice Arena (local onde, horas antes, houve uma conferência de imprensa). Ao todo, cerca de 155 trabalhadores foram transferidos para outras empresas fora do universo da PT/Meo, no âmbito da figura jurídica de transmissão de estabelecimento, a qual garante que estes colaboradores mantêm por 12 meses as regalias que tinham.

Atualmente estão a ser discutidas pelo parlamento na especialidade alterações ao Código do Trabalho na transmissão de estabelecimento. Na reunião com os dirigentes da Altice foi também dito que “a empresa está em transformação de operador de telecomunicações para uma empresa de telecomunicações, multimédia e conteúdos [devido à compra do grupo de comunicação social Media Capital] e que, por isso, necessitavam de trabalhadores com capacidades e competências para garantir a mudança”, acrescentam as estruturas.

Notando que Armando Pereira se comprometeu com uma nova reunião “antes do Natal”, os representantes dos trabalhadores sublinham que “o processo de luta em curso só deixará de existir quando houver uma pacificação efetiva das relações laborais e isso só será possível se as reivindicações acima transcritas forem globalmente conseguidas”.

Nos últimos meses, a empresa tem sido alvo de protestos por motivos laborais, razão pela qual “o clima social” é de “grande turbulência e conflitualidade”, assinalam. Insistiram, por isso, “na pacificação das relações laborais através da manutenção de um modelo social justo, equilibrado e motivador que respeite o passado, honre o presente e defenda o futuro”, referem na nota.

As estruturas representativas aproveitaram ainda a reunião para reafirmar o seu “descontentamento sobre a situação existente na PT Portugal e já denunciada pela Autoridade para as Condições do Trabalho”, exigindo que a Altice “respeite a lei e os direitos dos trabalhadores” e “resgate os trabalhadores transmitidos pondo fim” a novas situações.

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