Google: Ataque ao Gmail afetou “menos de 0,1%” das contas

O que parecia um inofensivo documento do Docs veio a provar-se ser um gigantesco esquema de phishing que afetou quase 0,1% de todas as contas do serviço. Google já corrigiu a vulnerabilidade.

Recebeu um documento estranho no seu e-mail? A semana que passou ficou marcada por um gigantesco esquema de ataques informáticos que afetou milhões de contas Gmail. O suposto documento da plataforma Docs (semelhante ao Word, mas da Google) chegou a muitas caixas de entrada — e, uma vez aberto, comprometeu de imediato as contas de muitos utilizadores.

O ficheiro, na realidade, não passava de uma aplicação maliciosa desenhada para dar aos burlões o acesso completo e incondicional à conta afetada. No entanto, o facto de parecer uma mensagem genuína e credível fez com que muita gente caísse na esparrela. Além disso, a mensagem estava programada para ser reenviada a todos os contactos da conta comprometida, ampliando largamente a dimensão do ataque como se fosse uma bola de neve.

Estes ataques são conhecidos por phishing, por recorrerem à credibilidade de marcas conhecidas para aumentar as hipóteses de infetar o utilizador. Neste caso, os responsáveis, que ainda não terão sido identificados, recorreram à credibilidade do serviço Google Docs, uma aplicações de processamento de texto incluída em todas as contas da Google.

De facto, a própria Google ficou surpreendida, falando de um ataque “altamente sofisticado”. A empresa apressou-se a corrigir a vulnerabilidade e a banir a aplicação maliciosa do serviço, que terá abrangido “menos de 0,1%” dos utilizadores do Gmail, de acordo com a BBC.

O caso serve, ainda assim, para alertar os utilizadores para o perigo de se abrirem ficheiros de origens desconhecidas. O e-mail infetado, apesar de poder vir de um endereço conhecido (como, por exemplo, de um amigo que já tinha sido infetado), tinha sempre como destinatário uma conta de e-mail descartável do serviço Mailinator: “[email protected]”.

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Costa dá apoio “incondicional” à candidatura de Pizarro

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

O primeiro-ministro, António Costa, demonstrou este sábado "incondicional apoio" à candidatura de Manuel Pizarro à Câmara Municipal do Porto. E acrescentou: "O PS não se impõe onde não é desejado."

O secretário-geral socialista, António Costa, saudou este sábado a concelhia do Porto e o candidato Manuel Pizarro, pela decisão de apresentar candidatura própria e não apoiar Rui Moreira, considerando que “o PS não se impõe onde não é desejado”.

Em declarações aos jornalistas à entrada para a Convenção Nacional Autárquica do PS, em Lisboa, António Costa quis “saudar o doutor Manuel Pizarro e saudar a comissão concelhia do Porto pela decisão que tomou hoje e manifestar todo o incondicional apoio”.

Manuel Pizarro é o candidato do PS à Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas, em outubro, disse à agência Lusa fonte do PS/Porto, deixando assim o PS de apoiar a recandidatura do presidente independente Rui Moreira, como estava até hoje decidido.

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CDS: “Sempre fomos a favor de uma CGD 100% pública”

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

Assunção Cristas disse este sábado que o CDS "sempre" defendeu uma Caixa Geral de Depósitos (CGD) "100% pública". Declaração choca de frente com a antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, disse este sábado que o partido defende uma Caixa Geral de Depósitos (CGD) “100% pública” e é contra a sua privatização.

“Sempre fomos a favor de uma Caixa Geral de Depósitos (CGD) 100% pública e, quando fomos para o governo com o PSD, em 2011, esse foi um dos aspetos que foi tratado aquando da feitura da coligação”, disse Assunção Cristas aos jornalistas, à margem da 71.ª Conferência do Distrito 1960 do Rotary, que decorre em Albufeira até domingo.

Estas declarações foram feitas depois de Maria Luís Albuquerque ter afirmado, em entrevista ao Dinheiro Vivo/TSF, que não ficaria chocada se a CGD fosse privatizada.

“Para nós, é importante manter uma CGD pública a funcionar, precisamente de forma talvez um pouco diferente, garantindo que também funcionaria ela própria como um regulador do mercado”, explicou a líder do CDS-PP. Assunção Cristas considera que esta é uma questão que não se coloca atualmente, tendo em conta tudo o que aconteceu no setor financeiro e na banca portuguesa.

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Portugal prepara-se para emitir dívida em moeda chinesa

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

Mário Centeno avançou este sábado que o país está a estudar a possibilidade de emitir títulos de dívida pública em moeda chinesa. A avançar, Portugal será o primeiro país da zona euro a fazê-lo.

Portugal poderá tornar-se o primeiro país da zona do euro a emitir títulos de dívida pública em moeda chinesa, o renminbi, avançou à agência Lusa, em Pequim, o ministro das Finanças português, Mário Centeno. “É uma forma de alargar a nossa base de investidores e de atrair financiamento”, disse Centeno, no final de uma visita de três dias à China.

Além de reunir com o Banco do Povo Chinês (banco central), o ministro encontrou-se também com os responsáveis pelos principais bancos chineses: ICBC, Bank of China, Agriculture Bank of China e Postal Savings Bank of China. “Ainda há algum trabalho a fazer, mas [as conversações] correram bem”, disse.

Portugal pode assim tornar-se o primeiro país da zona do euro a emitir títulos denominados na moeda chinesa, o renminbi – também designando yuan -, admitiu Mário Centeno. Segunda maior economia do mundo, a seguir aos Estados Unidos da América, a China é também detentora das maiores reservas cambiais do planeta, no valor de 3,1 biliões de dólares.

A captação de capital na China estará, porém, dependente da evolução do ‘rating’ soberano português, atribuído pelas três maiores agências de notação financeira – Moody’s, Standard and Poor’s e Fitch -, que continuam a colocar o ‘rating’ do país como ‘lixo’. Portugal precisa assim de garantir pelo menos uma avaliação BBB (baixo) a longo prazo, o primeiro nível de investimento.

Para que isso aconteça, é importante que o país saia primeiro do Procedimento por Défice Excessivo, o que deverá acontecer ainda “antes do verão”, segundo afirmou esta semana o primeiro-ministro, António Costa. A acompanhar Mário Centeno estiveram a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Cristina Casalinho, e o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Costa Novo.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores em Portugal, comprando participações importantes nas áreas da energia, dos seguros, da saúde e da banca. A internacionalização do renminbi é uma prioridade para Pequim, que quer contrariar a hegemonia do dólar norte-americano e negociar na sua moeda recursos como petróleo e ferro, dos quais é o maior mercado mundial, e facilitar os investimentos chineses além-fronteiras.

Em outubro passado, o renminbi aderiu formalmente ao cabaz de moedas do Fundo Monetário Internacional (FMI), um instrumento criado pela instituição com a finalidade de permitir liquidez aos países membros.

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EUA: As dez empresas com mais dinheiro fora… dos EUA

As empresas norte-americanas têm dois biliões de dólares fora dos Estados Unidos, mas não os repatriam para evitarem severos impostos. Conheça as dez maiores fortunas não repatriadas em 2016.

Algumas das maiores empresas norte-americanas, que também estão entre as maiores do mundo, têm reservas megalómanas de dinheiro. São anos e anos de lucros que resultam numa margem financeira bastante generosa. Porém, estes lucros não são apenas gerados nos Estados Unidos. Aliás, a maior parte deles é conseguida fora do país — e por lá ficam.

Mas isso não acontece por mau patriotismo. Até porque, provavelmente, a vontade de muitas destas empresas seria trazer todo ou grande parte do dinheiro para o país onde têm a sede. Acontece que a maior economia do mundo é também aquela onde os impostos para repatriar estes fundos são maiores. E muitas preferem ter os dólares lá fora do que não os ter de todo.

Segundo a Business Insider, as empresas norte-americanas têm mais de dois biliões de dólares em lucros situados fora do país. Isso poderá mudar muito em breve, se o presidente Donald Trump conseguir levar avante a reforma fiscal que está a planear. As medidas incluem uma grande descida dos impostos para incentivar as empresas a repatriarem o dinheiro que têm no estrangeiro. A taxa pode cair de 35% para apenas 15%.

E que empresas são essas? Nas imagens abaixo, descubra as dez empresas que mais dinheiro reportaram ter fora dos Estados Unidos em 2016, de acordo com uma tabela publicada pela Business Insider. São tecnológicas, bancos, farmacêuticas e uma petrolífera. Conheça-as.

1. Microsoft: 124 mil milhões de dólares

Em 2016, a Microsoft era a empresa norte-americana com mais dinheiro fora dos Estados Unidos: 124 mil milhões de dólares.

2. Apple: 109,8 mil milhões de dólares

A fabricante do iPhone garante o segundo lugar no pódio dos fundos não repatriados, com 109,8 mil milhões de dólares fora dos Estados Unidos em 2016.

3. Pfizer: 86 mil milhões de dólares

Em 2016, a farmacêutica Pfizer detinha 86 mil milhões de dólares fora dos Estados Unidos.

4. General Electric: 82 mil milhões de dólares

Em quarto lugar da tabela está a General Electric. Em 2016, contava com 82 mil milhões de dólares fora do país, mas o valor tem vindo a diminuir.

5. IBM: 71,4 mil milhões de dólares

Os cofres da IBM fora dos Estados Unidos tinham 71,4 mil milhões de dólares em 2016.

6. Johnson & Johnson: 66,2 mil milhões de dólares

Com sede no estado de New Jersey, a Johnson & Johnson garantia 66,2 mil milhões de dólares não repatriados em 2016.

7. Cisco Systems: 65,6 mil milhões de dólares

Em 2016, a tecnológica Cisco Systems revelou ter 65,6 mil milhões de dólares não repatriados.

8. Merck: 63,1 mil milhões de dólares

A Merck é a segunda farmacêutica da lista e contava com 63,1 mil milhões de dólares fora dos Estados Unidos em 2016.

9. Alphabet: 60,7 mil milhões de dólares

A Alphabet, dona da Google, só aparece em nono lugar da lista, com 60,7 mil milhões de dólares fora do país.

10. Exxon Mobil: 54 mil milhões de dólares

A Exxon Mobil finaliza a lista das dez maiores empresas norte-americanas com fortunas fora do país natal. A companhia petrolífera deixou 54 mil milhões de dólares no estrangeiro em 2016.

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Patrick Monteiro de Barros: “PT, uma grande senhora maltratada”

  • ECO
  • 6 Maio 2017

A vida do empresário e velejador Patrick Monteiro deu um livro, "Uma vida à bolina". O ECO faz a pré-publicação do capítulo sobre a entrada e saída do capital da PT.

Patrick Monteiro de Barros foi um acionista de referência da Portugal Telecom num período conturbado da vida da companhia, entrou em janeiro de 2002 e saiu depois da subida ao poder de José Sócrates, em junho de 2006, zangado com o governo e desiludido com o país. Na biografia “Uma vida à bolina”, assinada pelo jornalista Jorge Almeida, o empresário revela os bastidores de notícias já conhecidas, mas sobretudo uma história de promiscuidade e de virtudes públicas e (muitos) vícios privados numa das grandes empresas portuguesas. “A morte de uma grande senhora” é, aliás, o subtítulo dado às últimas frases do capítulo “PT, Uma grande senhora maltratada”.

Uma Vida à bolina. Uma biografia autorizada de Patrick Monteiro de Barros, assinada pelo jornalista Jorge Almeida. Edição Dom Quixote/Leya.

O empresário conta nesta biografia – editada pela Dom Quixote/Leya – os choques sucessivos desde o primeiro momento em que entrou no capital da Portugal Telecom com os sucessivos governos e ministros com a tutela das telecomunicações por causa das intervenções políticas, das nomeações, de jobs for the boys, das divergências com Ricardo Salgado e dos confrontos e discussões ríspidas com a gestão, das lutas com os reguladores e da reação hostil à OPA da Sonae. Sempre independente de grupos, os vários que denuncia no livro “Uma vida à bolina”, por causa da paixão pelo mar, Patrick esteve permanentemente em divergência, e foi assim que saiu. Comecemos pelo (quase) fim.

  • “O mercado financeiro estremece. Logo após o fecho da bolsa, a Sonae anuncia que lança uma OPA sobre a PT a 9,5 euros. Indiscutivelmente, uma jogada de mestre. Houve quem ganhasse ou perdesse muito dinheiro e a OPA tornou-se muito mais atractiva com a queda das acções nos últimos dias. No dia 7 de Fevereiro, Ernâni Lopes convoca um conselho de administração (CA) extraordinário para analisar a OPA. O chairman informa ter recebido um telefonema do ministro Mário Lino recomendando que não considerasse a OPA como hostil e que não desencadeasse uma guerra com a Sonae.

    O chairman apoiado, por Viana-Batista e Blanco de Morais, propõe um comunicado de resposta. Mais uma vez muito soft na opinião de Patrick que reage já preparado para o confronto: — O preço é ridículo e a OPA é hostil! Vamos para a guerra! Depois de várias horas de discussão, Ernâni Lopes pede pela primeira vez uma votação que aprova por maioria o texto proposto (Henrique Granadeiro, Joaquim Goes, Luís Champalimaud, Paulo Fernandes, Miguel Horta e Costa e ele votam contra), mas quando Zeinal Bava admite que dias antes da OPA esteve no Porto reunido com Paulo de Azevedo, o patrão da Sonae, Horta e Costa decide alterar o texto e qualifica a OPA de hostil. As acções da PT cotam 9,7 euros no fim do dia.Uns anos mais tarde, veio a público com a investigação criminal «Marquês» ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, que dois meses antes ele estivera reunido com Paulo de Azevedo e tinha conversado sobre a OPA. Na manhã seguinte, Horta e Costa recebe um telefonema do ministro, furioso por ele ter alterado o texto que estava aprovado e que tinha, segundo ele, a bênção do Governo. Pede uma reunião de urgência com o ministro Mário Lino, negada devido a problemas de agenda. (…)Correm notícias que Patrick estaria a preparar uma contra-OPA com a colaboração de Juan Villalonga, ex-presidente da Telefónica. A informação tem algo de verdadeiro, pois é contactado por vários megafundos entre os quais, o KKR e o Blackstone. Também recebe um telefonema de Ricardo Salgado que se oferece para participar parcialmente no financiamento de uma contra-OPA se ele resolver avançar.Patrick reúne com os seus consultores e chegam à conclusão que o Governo estava a par das intenções da Sonae e está de acordo com a OPA. Portanto, uma contra OPA só pode ter interesse se se conseguir alterar profundamente a golden share, ou mesmo eliminá-la. Entretanto, o Governo pediu e obteve de Bruxelas um prazo de seis meses para eliminar a golden share, que será renovada outra vez.

    O momento é de grande tensão e a troca de informações é constante. Ricardo Salgado liga-lhe e informa-o que o Governo quer propor uma lista única em que Granadeiro seja o chairman e o CEO da PT. Ele [Patrick Monteiro de Barros] responde que não está de acordo e que também não aceita a nomeação de Rui Pedro Soares. Defende que, em primeiro lugar, não faz sentido mudar o elenco no meio da OPA; em segundo, tem que haver uma alteração da golden share; e terceiro, a PT necessita de um CEO que seja um grande conhecedor do sector e que tenha uma experiência de gestão de uma multinacional, e o próprio Granadeiro afirmou que não tem o perfil para CEO. Pensa no entanto que Henrique Granadeiro poderia ser o chairman, já que Horta e Costa não é aceite pelo Governo de Sócrates.

    Mais uma vez está provado que um acordo com estes Governos não vale! Não são pessoas de bem!

    Patrick Monteiro de Barros

    Numa reunião com a secretária de Estado das Obras Públicas, Ana Paula Vitorino, sobre as questões ligadas ao acesso a Sines para a refinaria Vasco da Gama, é chamado no final para o gabinete do ministro Mário Lino. O ministro mostra-se pouco à vontade e comunica-lhe que pretende convocar uma reunião com os accionistas de referência e acertar por consenso uma lista única para o CA e para a Comissão Executiva.

    Pergunta ao ministro se recebeu a sua carta sobre as declarações de António Lobo Xavier, este responde-lhe que sim, mas pensa que o assunto é da competência da CMVM (…). Quanto à lista, defende que na sua opinião não se deve mudar o Conselho com a OPA em curso e não admite a nomeação «do tal Rui Pedro Soares», o que deixa o ministro incomodado. No dia seguinte, viaja para as Caraíbas e embarca no Seljm. O encontro com o mar sempre lhe trouxe a serenidade e a lucidez, mesmo quando os ventos não sopram a favor.

    A 7 de Março, Ricardo Salgado liga-lhe indicando que no dia seguinte realiza-se uma reunião dos accionistas privados com o ministro para aprovar a lista única que vai ser proposta na próxima Assembleia-Geral. A lista tem agora Henrique Granadeiro como chairman, Zeinal Bava como CEO e Pacheco de Melo como CFO. Os outros são Ricardo Costa, João Pedro Baptista, o protegido de Sócrates, Rui Pedro Soares e António Caria, que não conhece. (…) Informa Salgado que não pode estar na reunião, não concorda com a mesma e não fará parte do elenco, tendo decidido nomear o seu advogado, Henrique Chaves, para o seu lugar. Salgado pensa que tal será pacífico e pergunta-lhe se vai manter-se como accionista da PT: — Não sei, vamos lá ver! — responde laconicamente.

Patrick Monteiro de Barros acabou mesmo por sair, com estrondo. “Patrick [Monteiro de Barros] e Luís Champalimaud, depois destas declarações [de José Sócrates], chegam à conclusão «que mais uma vez está provado que um acordo com estes Governos não vale! Não são pessoas de bem!»

É depois disto, da Assembleia geral da PT, que em junho de 2006, o empresário decide desinvestir de Portugal, vende a sua posição [na Portugal Telecom] detida pela holding Telexpress e realiza uma mais.valia razoável.

Regressemos, então, ao início da aventura na PT. Como é revelado neste livro de Jorge Almeida, tudo começou em outubro de 2001, “numa caçada às perdizes em Espanha”. “Patrick ouve uma conversa em que dois banqueiros falam sobre a Portugal Telecom, cuja última fase de privatização acabava de ser concluída. Os dois homens da alta finança estavam convencidos que a companhia portuguesa de comunicações tinha um grande potencial, tanto mais que a Telefónica já detinha uma participação superior a 10% e uma joint venture no Brasil no sector dos telemóveis com a Vivo”. A conversa despertou o interesse de Patrick, que acabou por se materializar com a compra de ações da PT, num momento em que a empresa tinha como chairman e presidente executivo Murteira Nabo e, depois da última fase de privatização, com o BES, o BPI, a Telefónica, o Bradesco, a Lusomundo e a CGD.

  • “Até à fase final da sua privatização, a PT era a empresa pública mais apetecida, tanto pelos «grandes gestores generalistas» do país, como pelos apparatchiks políticos que ambicionavam um «supertacho». Os jornais passavam diariamente os recados dos «candidatos», entre os quais se destacavam os engenheiros Talone, Todo Bom e Ferreira do Amaral. Era a vez do PSD arranjar jobs for the boys depois do PS ter perdido as eleições autárquicas em Dezembro de 2001 e o primeiro-ministro, António Guterres, ter pedido a demissão para evitar que o país caísse num «pântano político» segundo as suas próprias palavras. O seu nome não era bem visto na cúpula do PS desde a sua guerra com Pina Moura na privatização da Galp e com o recente caso da Penha Longa.

    No final de Janeiro de 2002, o Expresso avançava com a notícia: «Monteiro de Barros entra no capital da PT.» Em subtítulo, o semanário escrevia: «Com um investimento de 200 milhões de euros, Monteiro de Barros tem 2% da PT.» Apenas três dias depois, a 29 de Janeiro, o Diário Económico trazia em manchete: «PT sobe 4% com entrada de Patrick Monteiro de Barros.» As acções tinham subido na Bolsa de Lisboa para 9,09 euros. Na medida em que pretende aceder ao CA da PT, antes da sua cooptação para o Conselho de Administração, Patrick tem uma reunião cordial com o chairman e CEO da empresa. O chairman, Francisco Murteira Nabo, insiste numa separação entre a gestão e o poder accionista e defende que, mesmo privatizada, a PT é uma empresa estratégica para Portugal o que justifica a golden share.

    Apesar de estar de acordo com a posição do Estado, considera que deve ser apenas um instrumento estratégico de defesa nacional à semelhança do que acontece em Espanha e França, mas não de um meio de gestão. Tudo indica que não há oposição na sua cooptação para o CA. Murteira Nabo é um homem com uma larga experiência e teve um papel relevante nas negociações com a Telefónica sobre a joint venture no Brasil com a Vivo no sector das comunicações móveis; obtivera a paridade accionista e a nomeação do CEO. A 2 de Abril de 2002 é eleito para o Conselho de Administração da Portugal Telecom. O chairman continua a ser Murteira Nabo e Miguel Horta e Costa assume a presidência da Comissão Executiva, eleita a 28 de Maio. Os restantes membros são: Iriate Esteves, Zeinal Bava, Luís Vasconcelos e Cruz e Paulo Fernandes. As acções da PT estavam cotadas então em 8,5 euros. Na sua primeira intervenção no CA recorda os dez mandamentos que sempre nortearam a sua vida profissional, desde os tempos da universidade Manuel Bulhosa:

  1. A Empresa pertence aos accionistas.
  2. O Conselho de Administração responde perante os accionistas.
  3. A Comissão Executiva responde perante o Conselho de Administração apenas por delegação de poderes.
  4. Os gestores trabalham para a empresa mas não são donos dela.
  5. Objectivos permanentes da gestão: aumento do valor accionista depois de remunerar os trabalhadores adequadamente, inclusive por participação nos resultados.
  6. A gestão deve ser criteriosa e sempre virada para a alta rentabilidade dos capitais usados.
  7. A gestão deve ser criteriosa e poupada, não havendo lugar a gastos supérfluos ou desnecessários.
  8. A gestão deve ser totalmente transparente e deve responder a todo o momento pelos seus actos.
  9. Se houver que tomar medidas difíceis, o exemplo vem de cima.
  10. O negócio, os clientes e os trabalhadores são os principais activos da empresa.E termina dizendo: — Se algum dos senhores tem dúvidas é melhor falar agora. O administrador não executivo, Victor Pereira Dias, um homem próximo do PS, faz um aparte: — Isto vai dar samba! A intervenção dele merece o apoio dos accionistas privados, mas não deixa de causar alguma perplexidade nos representantes do Estado, com excepção de Jorge Tomé, da Caixa Geral de Depósitos, que o felicita no fim da reunião. Os administradores executivos ficam com o claro sentido de que nada ficará como antes na forma de gerir a PT e têm que responder com responsabilidade e transparência perante o Conselho de Administração.

A Portugal Telecom tinha um acionista com um perfil como nunca tinha tido. E com uma avaliação crítica do que era a empresa à data: “Numa primeira análise percebe que a empresa tem enormes problemas de gestão nos vários negócios. A rede fixa, o móvel, a multimédia e o cabo, são geridos como se fossem empresas independentes, onde cada responsável só se preocupa com a sua «coutada», o que dera lugar a uma multiplicação de serviços e funções”.

“Nem tudo é negativo. A TMN, pioneira do telemóvel, mantém-se em primeiro lugar com 45% do mercado seguida pela Vodafone com 38% e pela Optimus com 17%. A empresa apresenta bons resultados e destacava-se com a criação do pré-pago (Mimo), um instrumento que aumentou consideravelmente o negócio do móvel. Contudo, as margens de lucro estão sob grande pressão (…) A Vivo no Brasil tem um crescimento exponencial mas enfrenta sérios problemas. (…) Numa reunião do CA em que se debatia o futuro da Vivo e a sua importância cada vez maior no balanço da PT, [Patrick] afirma: — Se as nossas operações no Brasil continuarem a crescer desta maneira dentro de uns anos teremos que mudar a sede e a gestão para São Paulo. Uma gestão à distância do tipo colonial não funciona! Um administrador indicado pelo Estado, comenta de imediato: — É o que faltava, eu ir viver para o Brasil! Nem pensar!

Outro dos momentos-chave de Patrick Monteiro de Barros na PT foi a venda do grupo de media Lusomundo, que tinha os jornais JN, DN e TSF, entre outros. E o empresário e velejador nunca teve dúvidas sobre as razões que levaram a companhia a comprar o negócio ao coronel Luís Silva, então acionista da própria PT. “A multimédia que reúne os activos da Lusomundo (cinemas e vários órgãos de comunicação social, entre eles, o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, entre outros) que foram adquiridos por decisão do governo socialista ao coronel Luís Silva, dono da Lusomundo. A justificação do investimento foi a necessidade de ter acesso aos conteúdos. Na verdade, era uma estratégia do PS de poder controlar indirectamente uma parte importante do sector da comunicação social portuguesa”.

No meio de uma discussão dura com o governo de Durão Barroso sobre a compra da rede fixa ao Estado e da pressão crescente dos reguladores e do próprio governo por causa da separação das redes fixa e de cobre – dois temas sensíveis e que Patrick acompanhou de perto – surge a venda da Lusomundo.

  • “No início de Julho de 2004, o panorama político em Portugal muda, com a demissão de Durão Barroso que aceita o convite para presidir à Comissão Europeia. Depois de uma longa lista de audiências, o presidente da República, Jorge Sampaio, indigita Pedro Santana Lopes para primeiro-ministro (…). Em Outubro de 2004, Fernando Lima é despedido do cargo de director do Diário De Notícias, por «recomendação» do Governo, e Henrique Granadeiro é substituído na liderança da PT Multimédia por Luís Delgado”.“Dias depois, o primeiro-ministro Santana Lopes, num debate sobre a PT afirma que esta deve vender os órgãos de comunicação social. A resposta de Patrick não se fez esperar: — Quem manda na empresa são os accionistas e não o Governo ou então não vendesse a PT.” Claro como a água, fiel à sua própria forma de ser.

    “É dado ao Besi um mandato para encontrar um comprador para a Lusomundo. Na véspera das eleições legislativas de 20 de Fevereiro de 2005, José Sócrates chama Miguel Horta e Costa [presidente executivo] e convencido de que vai ser o próximo primeiro-ministro, pretende que a venda da Lusomundo seja adiada e aprovada pelo novo Governo. A Comissão Estratégica da PT decide manter o calendário”. O tema da Lusomundo acabou por ser, aliás, a principal razão que levou às mudanças na administração. Já lá vamos.O que diz Patrick: “Consta nos bastidores que José Sócrates está furioso com a PT e muito especialmente com Horta e Costa pela venda da Lusomundo, pois a sua preferência era a Prisa do grupo Polanco, muito próximo do PSOE, o partido socialista espanhol, liderado por José Luis Zapatero. Uns meses mais tarde, num casamento em Palma de Maiorca, Jesús de Polanco, fundador do grupo Prisa, manifesta a Patrick o seu desagrado com Sócrates em termos muito duros, porque este lhe tinha garantido que ele seria o comprador ou pelo menos teria um last look. — Es un mentiroso!”

    A Comissão Estratégica reúne-se a 22 de Fevereiro de 2005 para analisar a venda da Lusomundo. O Besi apresenta um relatório com as seguintes propostas: Fernando Ulrich levanta algumas dúvidas e objecções.

    CONTROLINVEST – 279,5 MILHÕES
    PRISA – 275 MILHÕES
    MEDIA CAPITAL – 250 MILHÕES

    Depois de um longo debate sobre vários aspectos da proposta, é resolvido levar o assunto ao CA do dia 27 com a proposta da Comissão Executiva de aprovar a compra pela Controlinvest. Na manhã seguinte, o Jornal de Negócios, propriedade da Cofina, traz um relato completo da reunião do dia anterior.

    A proposta de venda da Controlinvest é aprovada por maioria com o voto contra de Fernando Ulrich, o que faz sentido. O Banco La Caixa (espanhol) é um grande accionista do BPI e também é o banco do grupo Prisa que detém a Media Capital, dona da TVI.

As divergências dentro da PT – por tudo e por nada -, essas, continuam e é o empresário que está na linha da frente coontra a intervenção dos poderes políticos na companhia.

  • “Numa reunião do CA da Portugal Telecom, Patrick faz uma intervenção onde conclui que a empresa está numa situação muito grave com a Vivo e a TMN em dificuldades. Só a valorização da moeda brasileira tem ajudado a camuflar a realidade. O clima interno é péssimo. Circulam inúmeros boatos, o mais comentado é que Ernâni Lopes e Horta e Costa não serão reconduzidos. Em várias reuniões com Ricardo Salgado persiste um grande desacordo sobre a estratégia a adoptar em relação ao Governo para a nomeação do chairman e da Comissão Executiva que na opinião de Patrick, deveriam ser profissionais e não apparatchiks. A PT precisa de uma gestão forte e competente”.”A 21 de Outubro tem uma longa reunião com o ministro das Obras Públicas Mário Lino, que pretende ouvir a sua opinião pois é o maior accionista individual da PT e tem tido nos últimos dois anos um papel que todos louvam. (…) Quanto à gestão futura, o CEO deve ser um especialista em telecom a par da evolução tecnológica. — Estamos fartos de grandes gestores generalistas que fazem a fortuna dos consultores — desabafa.

    No final da reunião, Mário Lino revela que não está satisfeito nem com o actual CEO nem com o chairman. Naquela altura, aborda António Carrapatoso, que lidera a Vodafone, sobre a possibilidade de vir a ser o próximo CEO, mas as suas pretensões em matéria de remunerações nunca seriam aceites pelos accionistas”.Como é hábito os Monteiro de Barros passam as férias de Natal em Edgemont. Num longo telefonema com Ricardo Salgado, Patrick manifesta a sua preocupação com a vontade do Governo colocar os seus boys na gestão da PT. Fica a saber que o primeiro-ministro, José Sócrates, quer nomear um protegido seu, Rui Pedro Soares, para a Comissão Executiva da PT. Soares trabalhava no departamento de gestão do património imobiliário e já fora promovido há poucos meses para administrador da PT Compras.O ministro Mário Lino convoca-o novamente para uma reunião para trocar impressões sobre a golden share e a futura administração. Confirma que o Governo vai nomear Rui Pedro Soares e que o mesmo deve ir para a Comissão Executiva. Patrick manifesta alguma reserva ao que Mário Lino responde: — Ele é altamente recomendado pelo primeiro-ministro! Não admito discussão!

O resto é história. Patrick sai de cena – ainda decorria a OPA da Sonae – e a história da PT acaba por lhe dar razão. “Os anos seguintes foram anos muito difíceis para a PT, que acabou por ser praticamente destruída. A 10 de Dezembro de 2014, o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, declarou publicamente durante uma visita ao Alentejo, que há uma pergunta legítima que todos os portugueses têm o direito de colocar: — O que é que andaram a fazer os accionistas e os gestores da PT? –, perguntou, indignado, Cavaco Silva. Em Dezembro de 2014, o Conselho de Administração da OI aprovou a venda da Portugal Telecom ao grupo francês Altice por 7,4 mil milhões de euros”.

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BdP: Redução do dividendo comunicada ao Governo… em 2015

  • ECO
  • 6 Maio 2017

Centeno já era ministro das Finanças quando se soube da redução de 57 milhões de euros no dividendo distribuído pelo Banco de Portugal (BdP). Mas Carlos Costa já tinha avisado o Governo de Passos.

Em 2016, o dividendo distribuído pelo Banco de Portugal levou um rombo de 57 milhões de euros, cifrando-se nos 186,3 milhões. Foi o resultado do estabelecimento de provisões para cobrir os riscos da dívida comprada pelo Banco Central Europeu no âmbito do programa de quantitative easing, que pesou nos lucros do supervisor português da banca.

No entanto, segundo o semanário Expresso deste sábado [acesso pago], a redução dos dividendos foi uma consequência que já tinha sido comunicada ao Governo em 2015. Ou seja, quando Maria Luís Albuquerque era ministra das Finanças, e não Mário Centeno, que o jornal recorda que acabou por acatar com as consequências disso. O dividendo distribuído antes pelo banco central português era, anteriormente, de 243,3 milhões de euros.

A antiga ministra do Governo de Pedro Passos Coelho foi, dessa forma, informada por Carlos Costa de que era necessário definir provisões para cobrir 50% do risco da dívida comprada pelo banco central de Mario Draghi, valor decidido pelos administradores do Banco de Portugal. Recorde-se que o peso dessas nova almofada financeira de cobertura de risco pesou em 60% nos resultados do supervisor, e que o caso voltou à ordem do dia devido ao relatório de sustentabilidade da dívida, apresentado pelo PS e pelo BE.

É que, na sequência desse documento, que não foi assinado pelo Governo, os dois partidos de esquerda decidiram avançar com propostas de alteração ao estatuto da instituição de Carlos Costa em matéria de provisões. Os partidos vão apresentar iniciativas legislativas para isso e, também, para reforçar o papel da figura do ministro das Finanças, ainda que o Presidente da República já tenha dito ser contra mexidas no estatuto.

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Apagar um número na calculadora do iPhone? É possível

  • ECO
  • 6 Maio 2017

A calculadora é das aplicações mais utilizadas no smartphone da Apple, mas também é das que mais dores de cabeça dá sempre que se introduz um número erradamente. Ou melhor, era. Veja este truque.

300×14… Ah… Era vezes 13. Solução? Carregar no C da calculadora do iPhone e recomeçar o cálculo. É isso, regra geral, que os utilizadores dos smartphones da Apple têm de fazer de cada vez que se enganam num número. Têm de fazer, a menos que conheçam um truque. E, agora, já há, graças a um estudante de 19 anos.

Por detrás do sistema operativo iOS da Apple estão “escondidos” diversos truques. Muitos já são conhecidos, mas continuam a ser descobertos novos. Desta vez foi Jazz Johnson, um jovem estudante, que encontrou a solução para a fúria de muitos utilizadores da calculadora dos equipamentos da marca da maçã sempre que se enganavam.

Antes era necessário apagar a operação por completo, voltando a fazê-la do início, sempre que existia um erro. Mas Johnson mostra que não é preciso tanto trabalho. Basta, sempre que se engana num número, que o utilizador da calculadora deslize o dedo para o lado, o que faz com que o número erradamente introduzido seja apagado.

Este truque, bastante prático por sinal, serve apenas para a versão normal da calculadora que vem incorporada no sistema operativo dos equipamentos da Apple. Quando o smartphone é colocado de lado, passando a calculadora normal para uma científica, a opção de apagar o último número introduzido já lá está por definição.

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Túnel do Marão, há um ano a reduzir a interioridade em Vila Real

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

Demorou sete anos a construir e custou 398 milhões de euros. Mas o Túnel do Marão, que assinala um ano este sábado, está a ajudar a reduzir o impacto da interioridade em Vila Real.

O Túnel do Marão, aberto há um ano, ajudou a minimizar o impacto da interioridade em Vila Real, a atrair empresas e passou a ser a principal opção dos utentes nas deslocações para o Litoral. A Autoestrada do Marão concluiu o prolongamento da A4 de Amarante até Vila Real, inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros e abriu ao trânsito a 08 de maio de 2016.

Miguel Pinto, diretor-geral da Kathrein Automotive, fábrica de componentes para automóveis que produz antenas, faz diariamente a viagem de Vila do Conde, onde vive, para Vila Real, onde trabalha. “Em termos pessoais foi um ganho inexcedível. Faço a viagem diariamente, são 50 minutos e não custa nada. Quando trabalhava em Gaia demorava mais a deslocar-me uma dúzia de quilómetros”, afirmou à agência Lusa.

O responsável considerou que esta autoestrada era algo que se exigia porque ajudou a “minimizar o impacto da interioridade”. “Não vou dizer que acabou com a palavra interioridade para Vila Real, mas mudou muito o conceito que as pessoas têm”, afirmou. Para além de facilitar a sua vida pessoal, Miguel Pinto referiu que a infraestrutura ajudou a colmatar a dificuldade sentida pela empresa em atrair quadros superiores. “Muitas vezes quando ouviam falar de Vila Real, mesmo estando interessados no projeto, desistiam atendendo à dificuldade e ao tempo que demorava deslocarem-se até aqui”, referiu.

O responsável realçou a questão da segurança no Túnel do Marão e lembrou as deslocações mais longas e difíceis pelo sinuoso Itinerário Principal 4 (IP4) que, em alguns invernos, se transformava numa barreira que não deixava seguir viagem devido à neve. “A indústria automóvel é muito feita de envios especiais e a previsibilidade do túnel é muito vantajosa”, frisou.

Em um ano, a Kathrein contratou mais cinco funcionários da área do Grande Porto e, segundo o responsável, o “fator túnel foi decisivo na aceitação do projeto”. Atualmente, são cerca de 20 pessoas, só desta empresa, que se deslocam diariamente entre estes dois territórios. Na fábrica trabalham 430 funcionários. “Mesmo com o custo da portagem compensa”, concluiu Miguel Pinto.

Não vou dizer que [o Túnel do Marão] acabou com a palavra interioridade para Vila Real, mas mudou muito o conceito que as pessoas têm.

Miguel Pinto

Diretor-geral da Kathrein Automotive

Bruno Carneiro, de Santo Tirso, veio trabalhar para a Kathrein Automotive no início deste ano e afirmou à Lusa que a questão das acessibilidades foi um fator preponderante na sua escolha por Vila Real. “Quando me contactaram para vir para Trás-os-Montes, Vila Real, parecia-me tudo muito distante. Era a ideia que eu tinha. Só tinha vindo cá uma vez, há uma série de anos, e depois fiquei surpreendido porque, de facto, não era assim tão longe. É menos de uma hora de viagem desde a minha casa em Santo Tirso”, salientou.

"Quando me contactaram para vir para Trás-os-Montes, Vila Real, parecia-me tudo muito distante.”

Bruno Carneiro

Trabalhador da Kathrein Automotive

Bruno Carneiro lembrou que, quando trabalhava em Gaia, a deslocação demorava mais tempo. “Embora fique cá durante a semana, e vá só ao fim de semana a casa, a possibilidade de poder chegar a Santo Tirso facilmente, para poder tratar de assuntos pessoais ou alguma coisa que precise, é sempre uma mais-valia”, referiu.

A Cerna é uma empresa de engenharia e consultadoria florestal, com origem na Galiza, que está há três meses no mercado nacional e escolheu Vila Real para se fixar. Luís Roxo é um dos três técnicos que trabalham na cidade transmontana e disse à agência Lusa que a atuação da empresa, nesta primeira fase de implantação, se está a centrar sobretudo no Norte e no Centro do país. “Vila Real aparece com um nova centralidade para o Norte e para o Centro do país, tendo em conta que temos as autoestradas A24 e A4 a atravessaram Vila Real e, aqui, o Túnel do Marão influencia também de grande forma essa mobilidade”, afirmou.

De acordo com o responsável, a “partir desta localização conseguem abranger o território florestal que interessa à empresa”, desde Chaves até Coimbra, Braga ou Viana do Castelo. “Essa distância que constituiria um obstáculo, em estarmos em Vila Real, neste momento consegue ser facilmente transponível”, frisou.

A Cerna instalou-se no Douro Régia Park – Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real e quer apostar também numa ligação à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde Luís Roxo estudou e trabalhou. Em um ano de funcionamento, o Túnel do Marão foi atravessado por cerca de três milhões e 850 mil veículos e contabiliza 7,5 milhões de euros de receita de portagens.

O Túnel do Marão contabilizou, num ano, 7,5 milhões de euros de receita de portagens.Wikimedia Commons

Túnel do Marão: Um marco para a região que demorou sete anos a concluir

O Túnel do Marão abriu há um ano, sete anos depois do início da construção, de um investimento global de 398 milhões de euros e com uma forte aposta na segurança dentro da infraestrutura. A autoestrada, entre Vila Real e Amarante, foi lançada em 2008, pelo Governo socialista de José Sócrates, como uma parceria público privada. O contrato de concessão foi assinado com a Concessionária Autoestrada do Marão, composta pelas empresas Somague e MSF.

A obra arrancou em 2009, o investimento inicial previsto era de 458 milhões de euros, dos quais 341 milhões eram destinados à sua construção, e a sua abertura ao tráfego foi anunciada para fevereiro de 2012. Sócrates esteve no lançamento da obra e haveria de voltar à serra do Marão para assinalar o retomar dos trabalhos no interior do túnel. É que o percurso não foi fácil e a obra de escavação do Túnel do Marão foi suspensa por duas vezes devido a um processo judicial interposto por uma empresa que explorava águas nesta serra.

Em julho de 2011, já com o Governo de Pedro Passos Coelho em funções, os trabalhos pararam em toda a extensão da autoestrada, desta vez devido a dificuldades financeiras por parte da concessionária. Na altura estavam realizados 247 milhões de euros do investimento previsto para a construção, faltando ainda escavar cerca de quatro quilómetros dos 11,3 quilómetros que representam a extensão total das duas galerias do túnel.

Em junho de 2013, o Governo PSD/CDS resgata a concessão do Túnel do Marão, uma decisão fundada no incumprimento pela concessionária que interrompeu a obra, e o empreendimento foi entregue à Infraestruturas de Portugal (IP). O Túnel do Marão fica para a história como a primeira obra pública resgatada pelo Estado, o que aconteceu dois anos após a paragem da empreitada. Em fevereiro de 2014, foi aprovada em 89 milhões de euros a candidatura do projeto ao cofinanciamento comunitário através de fundos disponibilizados pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

A obra foi inaugurada a 7 de maio de 2016, pelo primeiro-ministro, António Costa, e abriu ao trânsito no dia 8 de maio, permitindo a ligação à Autoestrada 4 (A4) para o Porto e para Bragança. No interior do túnel, que rasga a serra do Marão, a aposta foi na segurança máxima. A infraestrutura dispõe de 18 subsistemas de segurança ativa que atuam em conjunto e são geridos por um sofisticado sistema de automação.

Todo o túnel está coberto por um sistema de videovigilância, com 126 câmaras, e de deteção automática de incidente. Em caso de anomalia, carro parado ou incêndio, a câmara mais próxima do local foca a anomalia, puxa a situação para o vídeo wall do centro de controlo onde em permanência estão dois operadores.

É o próprio sistema que sugere formas de atuação de acordo com a gravidade da ocorrência e o procedimento de emergência que deve ser tomado. Ao longo de toda a extensão existem dois passadiços para encaminhar os utentes para as 13 passagens de emergência, seis das quais permitem a passagem dos veículos para a outra galeria que poderá ser encerrada para a evacuação ou passagem dos veículos de emergência. O empreendimento inclui dois túneis, duas galerias gémeas, que foram construídos em paralelo.

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Na Austrália os vícios saem (bem) caros. E em Lisboa?

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Maio 2017

Na Austrália fica caro alimentar os maus hábitos. Um pacote de cigarros pode chegar aos 19 euros. O mesmo não acontece com a cerveja em Lisboa...

Se a sua lista de vícios contém uma caneca fresca de cerveja e tabaco, a Austrália não é um bom país para visitar. Dois pacotes de cigarros e algumas cervejas podem atingir 68 euros em Melbourne e 59 euros em Sidney. As contas são do “Índice de Maus Hábitos” elaborado anualmente pelo Deutsche Bank.

Mas engana-se se pensa que esta é só uma regra do outro lado no mundo. Em Oslo, na Noruega, este pacote de produtos comporta exatamente o mesmo custo que em Melbourne, ou seja, os 68 euros. No nosso país, representado no índice através de Lisboa, a fatura fica nos 18 dólares.

Individualmente, um pacote de cigarros da marca mais popular, custa cerca de 19 euros em Melbourne e 17 euros em Sidney. No país vizinho, a Nova Zelândia, os preços também não ficam atrás com o mesmo pacote a custar entre 14 e 15 euros.

A ocupar o pódio dos sítios mais baratos para alimentar os maus hábitos, está Joanesburgo, Praga e Manila onde o pack cervejas e tabaco custa pouco mais de 13 euros.

Cerveja barata? É em Lisboa, claro

Se Lisboa é, por estes dias, a cidade predileta dos turistas, não será apenas pelo bom tempo e pela boa comida. Entre 47 cidades, Lisboa destaca-se no que toca ao preço da cerveja. Segundo o relatório do Deutsche Bank, meio litro de cerveja num bar do centro da cidade custa 1,81 euros, o que faz da capital portuguesa a terceira cidade com a cerveja mais barata desta análise.

Lisboa só é ultrapassada por Joanesburgo, com meio litro de cerveja a 1,55 euros e Praga, com o mesmo por 1,18 euros. No polo oposto da lista, uma caneca de cerveja em Oslo, a cidade europeia onde os vícios saem mais caros, custa 9 euros.

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Combustíveis são caros em Portugal? São. E os iPhones também

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Maio 2017

O Deutsche Bank avaliou os preços de vários produtos em vários países. Portugal ficou para trás em alguns. Uma dica: não é a cerveja.

O Deutsche Bank divulgou a seu “Mapping the World’s Prices”, um relatório anual que compara os preços no consumidor de vários produtos em várias cidades do mundo e, embora Portugal — neste relatório representado por Lisboa — se destaque em aspetos como o preço dos transportes e da cerveja, existem outros em que o resultado não é assim tão positivo.

Sendo que os portugueses ocupam a 37.ª posição no ranking de salários por entre 47 classificados, quais são os produtos em que estes gastam mais dinheiro que a maioria da população mundial?

Andar de carro fica caro…

De todos os produtos avaliados pelo banco alemão, é nos combustíveis que Portugal se destaca pela negativa. A subir oito posições, o nosso país, representado pela cidade de Lisboa, ocupa a quarta posição na lista das cidades com os combustíveis mais caros, ultrapassando Zurique, Milão e Estocolmo.

A cidade com os combustíveis mais caros é Hong Kong, onde um litro de gasolina custa 1,74 euros, seguindo-se Amesterdão, com um preço por litro de 1,55 euros e Oslo, com um preço por litro de 1,54 euros. Assim, um litro de gasolina em Lisboa custa 1,46 euros.

Os combustíveis mais baratos podem ser encontrados em Kuala Lampur, na Malásia, em Jacarta, na Indonésia e em Boston, nos Estados Unidos da América. Nestas cidades, um litro de gasolina custa 43, 54 e 55 cêntimos, respetivamente.

… e comprar um também

Se os combustíveis em Portugal são dos mais caros, os preços dos automóveis também não dão tréguas. Um carro novo de dimensões médias e sem extras — como o Volkswagen Golf — custa cerca de 30 mil euros, um valor que nos torna o 6.º país onde é mais caro comprar carro.

Mas, se por outro lado os combustíveis são baratos na Malásia e na Indonésia, os preços dos carros são bem mais exorbitantes, com os dois países a ocuparem as duas posições acima de Portugal nesta lista do Deutsche Bank. Ainda assim, é em Singapura que comprar um carro é mais caro, sendo que a fatura pode chegar aos 82 mil euros.

No fundo desta lista, e com valores a rondar os 12 mil euros, está a Índia.

Quanto custa a maçã?

O iPhone é hoje, mais que uma ferramenta útil, um objeto de desejo de milhões de pessoas um pouco por todo mundo. Prático e elegante, este aparelho enche os olhos a muitos e esvazia a carteira a outros tantos, mas não da mesma maneira.

Assim, existem países onde comprar um iPhone é mais caro que noutros, nomeadamente o nosso. Segundo os dados recolhidos pelo Deutsche Bank, Portugal ocupa a 11.ª posição na lista comparativa de preços, sendo que um iPhone 7 no nosso país custa 19% mais que nos Estados Unidos, o país em que este objeto de desejo é mais barato, enquanto um iPhone 6S custa mais 21%.

Mas são a Turquia e o Brasil que recebem o prémio de país onde é mais caro comprar um aparelho da maçã. Comparando com os preços praticados nos Estados Unidos, iPhone 7 custa mais na 47% na Turquia e mais 37% no Brasil, enquanto o iPhone 6S custa mais 53% no Brasil e mais 46% na Turquia.

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Escapadinha de fim de semana? Esqueça estas cidades

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Maio 2017

Se não quer gastar muito dinheiro com uma escapadinha de dois dias, fique bem longe destas cidades. Quem o avisa é o Deutsche Bank.

Está a pensar fazer uma escapadinha romântica de fim de semana? Se a sua carteira não está muito recheada é melhor ficar longe de cidades como Milão, Copenhaga e Zurique. O aviso é deixado pelo Deutsche Bank Markets Research, que compara anualmente os preços no consumidor em várias cidades e junta as conclusões num estudo denominado “Mapping the World’s Prices”.

Um fim de semana em Milão que inclua duas noites num hotel de cinco estrelas, duas refeições ligeiras, dois jantares em restaurante, aluguer de carro, duas cervejas, quatro litros de água e algumas compras por impulso — que acabam por acontecer sempre que se viaja –, tudo isto para duas pessoas, resulta numa conta final de 1.902 euros.

A Catedral de Milão é um dos pontos de interesse da cidade italiana.Pixabay

As cidades que se seguem nesta lista são Copenhaga, com uma fatura de 1.824 euros e Zurique com 1.751 euros. Para o preço elevado deste pacote de atividades contribuem as tarifas elevadas praticadas pelos hotéis e pelas empresas de aluguer de automóveis.

Assim, como alternativa romântica está Lisboa, onde se pode fazer o mesmo programa por uma quantia bem mais simpática: 851 euros. O fim de semana mais barato é em Istambul, onde a fatura será de 673 euros.

Zurique não é para os namorados

Se o seu plano não for assim tão extravagante e só quiser um encontro mais recatado, o Deutsche Bank também deixa avisos. Através do “Índice de Encontros Acessíveis”, o banco sinaliza Manila como a cidade mais barata para um jantar, dois bilhetes de cinema, algumas cervejas e as viagens de táxi, custando este pacote uns modestos 35 euros.

Encontros não tão acessíveis são os que têm lugar em Zurique, onde este pacote romântico pode chegar aos 178 euros. O banco deixa um aviso pessoal aos apaixonados desta cidade: “ou se casam muito novos ou têm de escolher os seus ‘encontros às cegas’ muito bem”.

Para além disto, Zurique estabelece-se como o sítio onde é mais caro fazer várias coisas: dois litros de Coca-Cola custam 2,53 euros e uma viagem média de táxi pode chegar aos 32 euros. A compensar isto estão os salários médios que os suíços auferem, que são de cerca de 5.300 euros mensais.

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