Wall Street começa segundo trimestre em terreno positivo

Depois de um primeiro trimestre de recordes, o segundo trimestre do ano começa com valores positivos, mas tímidos. A Tesla é uma das cotadas que mais valoriza esta segunda-feira.

Esta segunda-feira marca o primeiro dia do segundo trimestre para os mercados. Wall Street abriu a subir ligeiramente em terreno positivo. O Nasdaq é o índice que mais se destaca esta segunda-feira com a Tesla a ser a estrela do dia, após Elon Musk ter divulgado os números das entregas no primeiro trimestre. Esta semana os investidores estão expectantes quanto ao encontro de Trump com o Presidente da China, assim como novidades sobre a reforma fiscal nos EUA.

O Presidente dos Estados Unidos vai encontrar-se esta semana com o Presidente chinês, Xi Jinping, um encontro que o próprio Donald Trump apelidou de “muito difícil”. Em causa estão as políticas de comércio internacional: os EUA continuam com um considerável défice comercial com a China, um problema que a nova administração quer resolver. Os investidores receiam que haja mais protecionismo em breve para melhorar a posição comercial internacional.

Além disso, os mercados estão expectantes quanto à reforma fiscal que a Casa Branca está a preparar. Trump tem prometido um Estado norte-americano mais pequeno, ou seja, menos impostos a serem cobrados aos contribuintes e às empresas. Acresce que esta semana vários responsáveis da Reserva Federal vão falar, nomeadamente William Dudley (Nova Iorque), Patrick Harker (Filadélfia) e Jeffrey Lacker (Richmond). E no final da semana são revelados os dados do mercado de trabalho com os economistas a esperarem, depois de um forte primeiro trimestre, que o crescimento do emprego seja menor.

O Nasdaq é o índice que mais sobe no primeiro dia de transação do segundo trimestre do ano: o índice abriu a valorizar 0,21% para os 5.923,30 potnos. O Dow Jones abriu a subir 0,11% para os 20.685,19 pontos e o S&P está na linha de água a aumentar 0,01% para 2.363,05 pontos.

Esta manhã a Tesla comunicou que nos primeiros três meses do ano entregou 25 mil veículos, batendo as estimativas dos analistas. Este número representa um crescimento de 69%, face ao registado no período homólogo, e um novo recorde de produção. Comprova ainda a recuperação da empresa de Elon Musk após os problemas nas entregas registados nos últimos meses de 2016. Os analistas estão otimistas: as ações da Tesla sobem 2,51% para os 284,45 dólares por título.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Futebolistas aprendem a marcar golos na gestão financeira

Sindicato de Jogadores assinou esta segunda-feira um protocolo com Conselho Nacional de Supervisores Financeiros para a formação financeira dos profissionais de futebol.

Fazem pequenas fortunas em muito pouco tempo, mas com a falta de preparação financeira rapidamente caem em desgraça. São muitos os casos (e cada vez mais mediáticos) que chegam ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJFP) para pedir apoio e Joaquim Evangelista, presidente do sindicato, quer prevenir mais situações de futebolistas que penduram as chuteiras desamparados financeiramente. “Vamos aos balneários no sentido de promover a poupança“, declarou esta segunda-feira Evangelista na cerimónia de assinatura de um protocolo com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNFS) para a formação financeira dos jogadores de futebol.

O caso de Carlos Queiroz e do dinheiro investido em papel comercial do Grupo Espírito Santo é talvez o mais mediático dos últimos tempos e serve de alerta para a necessidade de promover a literacia financeira junto de uma atividade profissional habituada a lidar com milhões, o futebol.

“Cada vez são mais mediáticos os casos de jogadores que têm problemas nos negócios, porque foram mal aconselhados ou porque nem sequer tiveram aconselhamento. Tiveram problemas nos seus casamentos, na sua relação pessoal, na sua vida familiar porque não souberam gerir as suas vidas financeiras. Tiveram problemas com o desemprego e entretanto não pouparam e não acautelaram o seu futuro”, resumiu Joaquim Evangelista. “Os jogadores não estão preparados para esta questão. Queremos alertá-los para a necessidade de se preparem para estas eventualidades. Importa convocar os jogadores para a educação, para a educação financeira em particular”, salientou o responsável.

"Cada vez são mais mediáticos os casos de jogadores que têm problemas nos negócios, porque foram mal aconselhados ou porque nem sequer tiveram aconselhamento. Tiveram problemas nos seus casamentos, na sua relação pessoal, na sua vida familiar porque não souberam gerir as suas vidas financeiras. Tiveram problemas com o desemprego e entretanto não pouparam e não acautelaram o seu futuro.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol

Com a parceira assinada com o CNFS, o presidente do sindicato pretende ajudar a qualificar os jogadores de futebol também do ponto de vista financeiro.

Vamos aos balneários no sentido de promover as poupanças, formar ex-jogadores para ensinarem, vamos fazer um diagnóstico da nossa classe e os jogadores estão muito recetivos”, referiu Evangelista na cerimónia que contou com a presença de Carlos Costa (Banco de Portugal), Filomena Oliveira (CMVM) e José Almaça (ASF).

Carlos Costa, enquanto presidente do CNFS, falou em “ilusão de enriquecimento” dos jogadores de futebol para abordar a necessidade de alargar o plano de literacia financeira ao setor. “Há profissões que concentram grande parte dos rendimentos num curto período de tempo, como os jogadores de futebol. Nestas profissões a literacia financeira é absolutamente importante. Planear, antecipar e ter conhecimento é importante”, disse o supervisor.

A formação financeira de jogadores de futebol faz parte da nova linha de atuação Plano Nacional de Formação Financeira. Trata-se de um projeto a dois anos, com início em 2017, que visa melhorar os conhecimentos e a capacidade de gestão financeira dos jogadores de futebol. Entre outras medidas, inclui as seguintes linhas de atuação:

  • Elaboração de um estudo de diagnóstico dos níveis de literacia financeira dos jogadores;
  • Realização de um programa de formação de formadores, responsáveis pela dinamização de ações de sensibilização e de formação dirigidas a jogadores e ex-jogadores;
  • Preparação de materiais de informação e formação financeira orientados para as necessidades dos jogadores;
  • Comemoração da “Jornada da Formação Financeira“, no período compreendido entre 24 e 31 e outubro, com a realização de ações de sensibilização para a importância da formação financeira;
  • Comemoração do dia da Formação Financeira em parceria com o SJPF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica lança empréstimo obrigacionista para “reduzir exposição” aos bancos

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

A taxa de juro anual bruta será de 4%, a mais baixa de sempre, e vai durar até 2020. Uma taxa "interessante" que "permite baixar o custo médio" de financiamento do Benfica.

A SAD do Benfica vai emitir um empréstimo obrigacionista pela sétima vez, este de 50 milhões de euros, com o objetivo de “reduzir a exposição” da sociedade à banca portuguesa.

“É uma fonte de financiamento interessante quer para o Benfica, quer para os detentores de obrigações. É uma oportunidade para fazermos uma redução da nossa exposição à banca portuguesa e diminuir a nossa dívida”, afirmou Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD do clube, no Estádio da Luz, em Lisboa.

Durante a apresentação da nova subscrição, que terá início na quarta-feira e termina a 20 de abril, o administrador da SAD encarnada explicou que a taxa de juro anual bruta será de 4%, a mais baixa de sempre, e vai durar até 2020.

É uma taxa interessante para nós já que permite baixar o custo médio do nosso financiamento e é interessante para os detentores de obrigações porque há poucos produtos com essa rentabilidade no mercado. Todas as partes são ganhadoras”, disse Soares de Oliveira.

Este será o terceiro empréstimo obrigacionista em simultâneo, depois das linhas de 2015-2018 e 2016-2019, e vai permitir à SAD do Benfica reduzir a sua dívida bancária para cerca de 150 milhões de euros. “A banca portuguesa é importante em termos de futuro, queremos é ter menos exposição. Permite ter uma gestão de tesouraria mais facilitada”, concluiu Soares de Oliveira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Explosão no metro de S. Petersburgo. Dez mortos, 47 feridos

Vladimir Putin já deu as suas condolências às famílias das vítimas e assinalou que todas as hipóteses estão a ser estudadas. Ainda não há números oficiais de vítimas.

A estação de metropolitano junto à praça Sennaya Ploshchad, em São Petersburgo, na Rússia, foi alvo de uma explosão, com algumas fontes a registar que terá havido mais do que uma. A “informação preliminar” avançada pelas agências noticiosas russas Tass e Interfax dá conta de, pelo menos, 10 mortos. De acordo com novas informações da Reuters, o ataque fez 47 feridos, segundo o Ministério da Saúde russo.

O responsável pelo gabinete de imprensa municipal de São Petersburgo, Andrey Kibitov, disse no Twitter, citado pelo The Guardian, que havia 17 ambulâncias a fazer o transporte para os hospitais. A administração do metro já assinalou que várias estações foram fechadas ao público, estando neste momento a ser evacuadas. O maior aeroporto de São Petersburgo, Pulkovo, também está fechado.

O presidente russo, Vladimir Putin, já deu as suas condolências às famílias das vítimas, após uma reunião com os serviços de segurança. De acordo com o Le Monde, Putin afirmou que todas as hipóteses, incluindo a de atentado terrorista, estão a ser tomadas em conta, acrescentando que as circunstâncias que levaram ao acontecimento ainda não são conhecidas. “Todas as causas possíveis para a explosão estão a ser estudadas, incluindo a versão de um ataque terrorista”, referiu o presidente russo.

A Interfax assinala, sem citar fonte oficial, que uma das explosões terá sido causada por uma bomba com estilhaços.

Nas redes sociais foram publicadas várias fotos na sequência da explosão, mostrando pessoas feridas no chão de uma das estações do centro da segunda maior cidade russa.

O Procurador-geral da Rússia já concluiu, segundo o The Guardian, que a explosão foi um ataque terrorista. Até este momento não existe nenhuma organização terrorista que tenha reivindicado o ataque.

Em 2010 tinham existido explosões no metro de Moscovo. Em janeiro de 2011, houve um ataque com um bombista suicida no aeroporto de Domodedovo. Mais recentemente, Putin e Bashar al-Assad têm reforçado a cooperação, com a intervenção russa no conflito sírio a ser mais forte a partir de setembro de 2015. Um mês depois, um avião comercial russo com 224 pessoas a bordo foi derrubado quando sobrevoava o Egito, um ataque reivindicado por uma das fações do Daesh.

As reações

A representante da União Europeia para os assuntos internacionais já reagiu à explosão. Federica Mogherini referiu que “pensamentos de todos estão com a população da Rússia”. O secretário de Estado britânico responsável pelos assuntos externos, Boris Johnson, enviou as suas condolências para as vítimas e as suas famílias.

(Atualizado pela última vez às 15h59)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco: Trabalhadores querem mais pormenores sobre a venda

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

Trabalhadores querem saber mais pormenores sobre o negócio e qual a estratégia futura. As informações divulgadas até ao momento foram vagas e pouco de sabe sobre o plano de negócios da Lone Star.

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Novo Banco quer que a administração da instituição divulgue mais pormenores relativos à venda da entidade à Lone Star e espera que o Governo tenha sido “cauteloso” na elaboração do caderno de encargos.

Em comunicado, a CT diz já ter solicitado uma reunião ao presidente do Conselho de Administração do Novo Banco “a fim de conhecer mais pormenores sobre o negócio e qual a estratégia futura”, sublinhando a importância de se ter encontrado uma solução e que se tenha afastado de vez, “o espetro da liquidação do banco”.

“Esperemos que o Governo tenha sido cauteloso na elaboração do caderno de encargos para assegurar que o Novo Banco cumpra a sua missão no âmbito da economia nacional no futuro próximo e que assegure a manutenção dos postos de trabalho”, refere a comissão, afirmando notícias que apontam para mais reduções de postos de trabalho e encerramentos de balcões.

"Esperemos que o Governo tenha sido cauteloso na elaboração do caderno de encargos para assegurar que o Novo Banco cumpra a sua missão no âmbito da economia nacional no futuro próximo e que assegure a manutenção dos postos de trabalho.”

Comissão de trabalhadores do Novo Banco

“Estamos frontalmente contra essa possibilidade e esperamos que a imposição de encolher ainda mais o negócio do banco, não seja uma estratégia de favorecimento para outros Bancos a operar no mercado português”, afirma.

Em comunicado divulgado na sexta-feira, o Banco de Portugal informou que o fundo norte-americano Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020.

Este investimento permite ao fundo passar a controlar 75% do capital do banco, mantendo-se os restantes 25% nas mãos do Fundo de Resolução bancário.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, também na sexta-feira, que a venda do Novo Banco não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo “uma solução equilibrada”.

Para a CT, o comunicado enviado pelo BdP e as conferências de imprensa que lhe seguiram foram “muito vagas “no que diz respeito aos termos da venda e ao acordo entre o Governo, a DGComp e o BCE. “Ainda não se conhece qual vai ser a estratégia, bem como o plano de negócios da Lone Star para o Novo Banco”, indica.

A CT lembra que depois da restruturação levada a cabo ao longo de 2016 e primeiro trimestre de 2017, na qual se reduziu mais de 1.500 postos de trabalho e se encerrou mais de 100 balcões, o Novo Banco tornou-se num dos bancos mais eficientes da Europa e tem o mais baixo número de empregados por balcão do sistema financeiro português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jogo online rendeu até agora 2,6 milhões de euros à Segurança Social

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 3 Abril 2017

Tratando-se de um imposto recente, "não existe um histórico que permita estimar, com segurança, a receita a arrecadar em 2017", diz o Ministério do Trabalho.

A Segurança Social encaixou até agora cerca de 2,6 milhões de euros com o jogo online. Este valor é dirigido ao financiamento da ação social.

De acordo com os dados da execução orçamental, a parte do Imposto Especial Jogo Online alocada à Segurança Social permitiu uma receita aproximada de 1,4 milhões de euros só no início do ano. Em causa está quase metade do valor previsto para a totalidade de 2017. Questionado sobre este assunto, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social explicou ao ECO que, “sendo um imposto recente, não existe um histórico que permita estimar, com segurança, a receita a arrecadar em 2017”.

E acrescentou depois: “Em 2016 ocorreu a cobrança de cerca de 1,2 milhões de euros, referente ao período de junho a setembro 2016, e apenas recebida no final desse ano. O valor cobrado até fevereiro de 2017 respeita à parte do valor do imposto cobrado nos meses de outubro a dezembro de 2016 que está consignado à Segurança Social”.

O Imposto especial de jogo online “nas apostas desportivas à cota foi alocado a fins de ação social enquadrados no Subsistema de Ação Social”, avançou ainda a mesma fonte. Quer isto dizer que não se destina a financiar o pagamento de pensões ou de outras prestações.

Além deste imposto recente, a Segurança Social também conta com receitas de jogos socais da Santa Casa da Misericórdia — esta via permitiu encaixar 38,9 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano, mais 1,37% face ao ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mourinho Félix: Portugal tem um longo caminho na regulação das fintech

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse que os supervisores em Portugal têm de "definir um enquadramento legal adequado".

Os supervisores em Portugal têm de “definir um enquadramento legal adequado”, que permita atrair os melhores projetos na área fintech, defendeu o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, no encerramento da conferência NEWmoney, promovida pelo ECO esta manhã de segunda-feira. Ricardo Mourinho Félix frisou que o enquadramento regulatório português tem um longo caminho a percorrer.

“É fundamental que os supervisores trabalhem diretamente com aqueles que querem inovar, beneficiando desta interação para criar uma regulação que reduza os riscos”, sublinhou Ricardo Mourinho Félix. Riscos “para a privacidade e segurança, decorrentes da capacidade de processamento de grandes volumes de informação”, mas também porque a venda de serviços financeiros por via digital, sem contacto presencial entre o prestador do serviço e o cliente, “exige uma certificação da inviolabilidade dos sistemas de informação, assim como prestação de informação aos clientes sobre os produtos financeiros que estão a adquirir”.

Por outro lado, é ainda essencial “assegurar a verificação da identidade dos clientes”, sublinhou o secretário de Estado. “A opacidade e o anonimato do mundo digital não podem ser aproveitadas para o branqueamento de capitais ou o financiamento do terrorismo”, acrescentou. E por isso, o GAFI pretende criar um fórum para promover o contacto entre fintech e reguladores para que, em conjunto, detetem e definam as medidas necessárias para reduzir os riscos.

Mourinho Félix defendeu que “cabe aos supervisores portugueses trabalharem com o Governo para modernizar a legislação portuguesa de forma a favorecer a competitividade de Portugal, enquanto destino europeu para as fintech“. Contudo o responsável reconheceu que “o enquadramento regulatório português tem um longo caminho à sua frente, mas pouco tempo para o percorrer”.

Tentar parar este fenómeno é tão efetivo como tentar parar o vento com as mãos”, diz o secretário de Estado. “A diferença é que tentar parar este fenómeno, em vez de o compreender e regular, é seguramente mais prejudicial para a estabilidade financeira”.

“A semana passada foi decisiva” para a estabilidade da banca

Ricardo Mourinho Félix disse que “a crise financeira mundial deixou muito clara a abrangência dos fenómenos financeiros” e que essa mesma crise “provocou uma alteração significativa no funcionamento da economia mundial”.

“Desde o início da crise financeira, o número de fintechs a nível global aumentou exponencialmente”, indicou. E citou dados da Accenture para dizer que “só em 2015, o investimento global em fintech cresceu 75%”. Para Mourinho Félix, isso explica-se, em parte, com o facto de as fintech terem sabido “conciliar a procura de serviços financeiros com a tendência para a digitalização do tecido empresarial e dos consumidores”.

O setor da banca fica, assim, “numa posição relativa, ora de potencial de parceria, ora de potencial de ameaça”. Neste contexto, o secretário de Estado identifica dois tipos diferentes de fintech: as que “competem diretamente com os serviços prestados pelo setor bancário” e as que “complementam a oferta do setor bancário com soluções alternativas”. Na conferência, alguns oradores defenderam este último modelo como o que mais perspetivas de sobrevivência dá a estas startups tecnológicas do setor da finança.

“Em Portugal, o desenvolvimento da blockchain revolucionará as transações financeiras tal como as conhecemos, simplificando as negociações”, acrescentou ainda Ricardo Mourinho Félix. Reconhecendo assim o potencial desse sistema, o governante alargou o espetro e indicou que “as fintech proporcionam novas fontes de rendimentos aos operadores financeiros, reduzindo os custos de transação e permitindo uma gestão mais flexível das carteiras de ativos”.

Indicou ainda que “a semana passada foi uma semana decisiva para a estabilização do sistema bancário português”: “Por um lado, o Governo concluiu a operação de capitalização da CGD em condições de mercado, assente num ambicioso plano de reestruturação e modernização. Por outro o Banco de Portugal assinou o contrato que permitirá a venda do Novo Banco ao fndo americano Lone Star”, recordou.

“A estabilidade que este trabalho conjunto do Governo, do Banco de Portugal, mas também e sobretudo dos administradores e gestores dos bancos portugueses permitiu que hoje o sistema bancário português beneficie de capital europeu, americano, africano e asiático”, acrescentou por fim.

A semana passada foi uma semana decisiva para a estabilização do sistema bancário português.

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado Adjunto e das Finanças

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SIBS: “O nosso sistema de pagamentos é algo que nos deve orgulhar”

  • Marta Santos Silva
  • 3 Abril 2017

O sistema português "é um dos mais avançados do mundo", mas ainda há obstáculos, entre eles a falta de digitalização da população portuguesa, que pode ser combatida com... "simplicidade" e segurança.

O sistema de pagamentos português “é algo que nos deve orgulhar a todos”. Pelo menos é o que diz Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, e dá um exemplo: “Temos mais de 60 funcionalidades na rede multibanco quando a maior parte dos países tem duas — levantar e consultar”. Mas há um desafio: “Os millennials muito facilmente aderem a estas tecnologias, mas vai demorar tempo até que todos os portugueses tenham esta sofisticação“.

No último painel da conferência NEWmoney, organizada esta segunda-feira pelo ECO no Museu do Dinheiro, a CEO da SIBS sublinhou a inovação do sistema de pagamentos português, que tem estado sempre na linha da frente da inovação. “Há 15 anos, quando ainda não se falava de e-commerce, a SIBS estava a lançar o MBNet”, exemplifica. A grande dificuldade é que ainda existe uma fatia da população portuguesa que não aproveita esta inovação.

Qual o caminho para que mais pessoas utilizem as diferentes funcionalidades e sistemas de pagamento que existem? André Gorjão Costa, CFO dos CTT, cuja rede de pagamentos efetua 60 milhões de pagamentos por ano, afirma que o problema não está na idade dos utilizadores dos sistemas, mas sim na simplicidade dos próprios sistemas. “Também temos uma população envelhecida digitalizada, que gosta dos canais digitais”, afirma André Gorjão Costa. O que importa é criar simplicidade nos sistemas de pagamentos e transferências que permita que qualquer pessoa os use com facilidade.

Também é preciso “eliminar a desconfiança” nestes sistemas, acrescenta o CFO dos CTT. Madalena Cascais Tomé concorda: “Quase 50% dos consumidores online ainda referem a segurança como sendo o fator crítico de sucesso para fazerem essa experimentação” com as novas ferramentas, afirma, e uma forma de incutir maior confiança, para a diretora financeira da SIBS, é usar o “modelo de pagamento em que os portugueses confiam e conhecem”, como a rede e marca Multibanco.

Transferências instantâneas são o futuro

O CEO da EasyPay, uma fintech dedicada às transferências instantâneas, acredita que “daqui a cinco anos” já não vai andar com cartões na carteira. As transferências instantâneas vão ser dominantes, afirma Sebastião Lancastre, embora seja sempre necessário haver uma componente de segurança. “É uma lata descomunal depositar um cheque e dizerem-me que só terei o dinheiro na conta daqui a 48 horas”, brinca Sebastião Lancastre, exemplificando a necessidade de uma maior imediaticidade nesta área.

“Ao nível dos valores mobiliários nós temos uma iniciativa em blockchain para a desmaterialização”, afirma o CEO da Multicert, uma empresa de que são acionistas a SIBS e os CTT e que cria tecnologia para situações de necessidade de alta segurança. A segurança, para Jorge Alcobia, é essencial. Afinal, “se nós exigimos que os incumbentes cumpram determinados critérios de segurança é preciso exigi-lo aos outros players“, afirma.

Notícia corrigida às 16.30: Madalena Cascais Tomé é CEO da SIBS, não diretora financeira como se lia anteriormente. André Gorjão Costa é CFO dos CTT.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas da Tesla aceleram 69% para novo recorde

Nos primeiros três meses do ano, a empresa de Elon Musk entregou 25 mil veículos, batendo as estimativas dos analistas.

A Tesla acelerou a fundo no primeiro trimestre. Nesse período, a fabricante norte-americana de automóveis elétricos de luxo vendeu 25.000 veículos. Este número representa um crescimento de 69%, face ao registado no período homólogo, e um novo recorde de produção. Comprova ainda a recuperação da empresa de Elon Musk após os problemas nas entregas registados nos últimos meses de 2016.

Em comunicado, a Tesla disse que, do total de 25.418 carros vendidos, cerca de 13.450 foram carrinhas do modelo S e cerca de 11.550 foram utilitários desportivos do modelo X. A fabricante norte-americana ganha assim tração no sentido de conseguir cumprir com o seu objetivo de entregar 50 mil veículos aos clientes na primeira metade deste ano.

O número total de vendas alcançado nos primeiros três meses do ano surpreendeu ainda os analistas que, em média, apontavam para que a Tesla tivesse comercializado nesse período um total de 24.200 veículos.

Os olhos de todos estão agora orientados para o Model 3, que a empresa liderada por Elon Musk pretende começar a produzir em julho. Trata-se de um modelo mais barato, com o preço base a ser de 35 mil dólares (32,8 mil euros). “25.000 unidades é o melhor que se podia pensar e as pessoas estão a olhar para o Model 3 como forma de crescer”, disse Ben Kallo, analista da Robert W. Baird & Co, citado pela Bloomberg.

A antecipação do arranque da comercialização por este novo modelo foi o motor de crescimento da Tesla em bolsa desde o início do ano. Em 2017, as suas ações valorizaram 30%. Neste momento, a empresa de Elon Musk está avaliada em 45,4 mil milhões de dólares (cerca de 42,6 mil milhões de euros), a apenas 870 milhões de dólares (816,5 milhões de euros) de distância da Ford.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida escala para 243,5 mil milhões em fevereiro

  • Margarida Peixoto
  • 3 Abril 2017

A dívida pública subiu em fevereiro para 243,5 mil milhões de euros. Contudo, as administrações públicas têm mais dinheiro acumulado em depósitos.

A dívida pública subiu em fevereiro para 243,5 mil milhões de euros — o valor mais alto desde setembro de 2016. Contudo, líquida de depósitos a dívida recuou para 223,4 mil milhões de euros, mostram os dados divulgados esta segunda-feira, pelo Banco de Portugal.

Na ótica de Maastricht, o indicador mais seguido pelos investidores, a dívida pública aumentou em fevereiro 600 milhões de euros. O Banco de Portugal explica que este aumento foi, contudo, atenuado pela diminuição no valor dos empréstimos, conseguida “essencialmente” por via do reembolso de 1,7 mil milhões de euros dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional.

Ainda assim, o valor detido pela administração central em depósitos aumentou face a janeiro em 1,3 mil milhões de euros. Desta forma, a dívida pública líquida de depósitos caiu 600 milhões de euros de um mês para o outro.

Dívida pública sempre a subir

Fonte: Banco de Portugal

Em dez anos, Portugal gastou 7% do PIB com a banca

O Banco de Portugal revelou ainda que “as medidas de apoio ao sistema financeiro realizadas desde 2007, e contabilizadas nos défices dos respetivos anos, tiveram um impacto acumulado que ascendeu a 7% do PIB de 2016“, lê-se na nota de informação estatística, um número que representa cerca de 13 mil milhões de euros.

Este encargo significa que cerca de 11,3% da dívida pública que Portugal suporta, usando como referência o valor de 2016, resulta destas ajudas à banca.

Em 2016, as ajudas ao sistema financeiro atingiram os 400 milhões de euros. A instituição liderada por Carlos Costa explica que este impacto se deveu sobretudo aos juros pagos relativos às intervenções realizadas em anos anteriores.

Na edição desta segunda-feira, o Dinheiro Vivo adiantava já que os cerca de 13 mil milhões que Portugal gastou com o sistema financeiro na última década foi a sexta fatura mais pesada do conjunto da União Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banca e seguradoras podem e devem colaborar com as fintechs

  • Marta Santos Silva
  • 3 Abril 2017

James Dickerson explica que os incumbentes na banca e na área dos seguros beneficiariam com colaboração com as startups, e que essa transição está a acontecer mais rapidamente do lado das seguradoras.

Colaborar faz mais sentido do que competir com os incumbentes para as pequenas fintechs e insurtechs, startups dedicadas à tecnologia para a área financeira ou de seguros, respetivamente. Segundo explica James Dickerson, responsável pela aceleradora de fintechs londrina da Accenture, todos têm a ganhar com uma maior colaboração, e esse modelo de negócio está já a ganhar terreno, com diferentes modos de construção dessa relação.

“Nos serviços financeiros fala-se sempre de grandes players contra grandes players”, afirma James Dickerson, keynote speaker na conferência NEWmoney que o ECO organiza esta segunda-feira no Museu do Dinheiro.

“Um gigante monolítico contra outro. Mas temos visto a emergência da fintech, que traz muitos players pequenos a irem contra os grandes”. Qual é a pergunta? Se vão competir ou colaborar. Para Dickerson, embora inicialmente o modelo preferido fosse o da concorrência, a colaboração traz mais benefícios a todos, e é por isso que já se vê esse modelo a tornar-se mais prevalente.

“Quando os incumbentes”, ou seja, os grandes bancos ou seguradoras que já estavam no mercado antes de a inovação tecnológica lhes ter apresentado estas novas alternativas, “trabalham bem com estes pequenos, pode-se digitalizar rapidamente os dinossauros e ao mesmo tempo dar escala às empresas mais pequenas com rapidez”, afirma James Dickerson. Trabalharem juntos beneficia, assim, tanto os incumbentes como as empresas.

Para o dirigente de uma das maiores aceleradoras de startups desta área, as startups da área da fintech devem procurar relacionar-se com os bancos, e vice-versa, havendo quatro modelos principais como isso pode acontecer.

  1. Aquisição: Não se têm visto muitas aquisições de startups da fintech por parte da banca, mas é um modelo possível de relacionamento, embora não seja o que Dickerson favorece.
  2. Construção: Os bancos e players incumbentes podem construir eles próprios as fintech e fazer depois spin-offs desses negócios, afirma o orador. No entanto, este é um modelo que não tem sido bem-sucedido no ocidente. É mais no oriente, por exemplo na China, onde os bancos têm tido “um sucesso tremendo” neste campo.
  3. Investimento: Há uma grande ressalva que Dickerson faz no campo do investimento por incumbentes em fintech: não pode ser motivado por um desejo de influenciar o destino da empresa mais pequena, o que acaba a prejudicar todos. O objetivo do investimento deve ser o da aprendizagem e da cooperação, e “quanto mais pequeno o investimento melhor”.
  4. Colaboração: Este é o modelo preferido de Dickerson, que pode assumir várias formas. “Muitas das empresas que antes eram competitivas tiveram dificuldades mais tarde”, assinala o dirigente. “Há muitos modelos de colaboração, é um espetro”, continuou, e todos têm a ganhar. “Não estou a dizer que não se pode ser bem-sucedido sem colaborar, só estou a dizer que é muito mais fácil”, terminou.

James Dickerson sublinhou ainda o que os bancos podem ter a ganhar se procurarem a ajuda das fintech: desde logo, podem relacionar-se com os seus clientes de uma forma mais próxima e noutros moldes, fora dos balcões e dos agentes. Além disso, podem expandir o seu negócio para chegarem a clientes que anteriormente não davam lucro — não só os mais ricos da sociedade mas também o cidadão comum que precisa de outros serviços. As fintech podem ainda ajudar a aumentar a eficiência dos gigantes do mundo financeiro.

Seguradoras modernizam-se mais depressa

Para James Dickerson uma das tendências mais importantes a assinalar nos últimos anos é a o emergir da insurtech — as empresas ligadas à tecnologia para os seguros. “Os seguros têm sido capazes de inovar” a uma maior velocidade do que os bancos o fizeram há quatro ou cinco anos, afirmou o diretor da aceleradora.

A insurtech tem ultrapassado rapidamente desafios que dificultaram o avanço da primeira vaga de fintech, assinalou James Dickerson, e isso deve-se em parte a uma maior movimentação das seguradoras para se relacionarem com as startups. “Se olharmos para há três ou quatro anos, os bancos e as fintechs estavam totalmente separados”, refere Dickerson. “A insurtech é diferente. Veem a oportunidade para trabalharem juntos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco: PS pede audição urgente de Carlos Costa e Sérgio Monteiro

  • Lusa
  • 3 Abril 2017

O PS pediu hoje uma audição urgente do governador do Banco de Portugal e do responsável pela negociação da venda do Novo Banco, Sérgio Monteiro, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

Num requerimento assinado pelo líder parlamentar socialista, Carlos César, considera-se que a Assembleia da República “deve conhecer com detalhe todos os aspetos preparatórios e contratados da operação” da venda do Novo Banco.

Para os socialistas, a complexidade da operação “torna necessária essa audição dos negociadores”.

A venda do Novo Banco foi um dossier gerido pelo Banco de Portugal, tendo este contratado o ex-secretário de Estado do Governo PSD/CDS-PP Sérgio Monteiro exclusivamente para esse fim (com um ordenado superior a 20 mil euros por mês).

A venda do Novo Banco ao fundo de investimento norte-americano Lone Star foi anunciada na passada sexta-feira pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, em conferência de imprensa, tendo sido explicada horas mais tarde pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

O grupo norte-americano Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.