PCP mostra apoio ao Governo. Travar venda do Novo Banco “é um desastre”

  • Lusa
  • 29 Março 2017

O PCP admite que travar a venda do Novo Banco seria "um desastre ainda maior" do que vender. Mas ressalva que "não abdicará de nenhum instrumento para a manutenção do banco na esfera pública".

A venda do Novo Banco, nos moldes em que está a ser feita, “é um desastre”. Mas bloqueá-la “é um desastre ainda maior”. A posição é do deputado comunista Miguel Tiago, que deixa assim implícito que, se a venda do Novo Banco for levada ao Parlamento, o Governo deverá poder contar com o voto favorável do PCP.

"Continuar esta venda é um desastre para os portugueses, bloqueá-la, por si só, é um desastre porventura ainda maior (…). Mas o PCP não abdicará de nenhum instrumento para a manutenção [do banco] na esfera pública”

Miguel Tiago

Deputado do PCP

Imaginemos que o decreto-lei era rejeitado. Apenas significaria a liquidação do Novo Banco, com os custos incomportáveis para o Orçamento do Estado, para os empregos das pessoas, o financiamento da economia e a estabilidade do sistema bancário. Continuar esta venda é um desastre para os portugueses, bloqueá-la, por si só, é um desastre porventura ainda maior“, afirmou, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Apesar de considerar que o Governo não está “formalmente” obrigado a fazer um decreto-lei sobre a futura privatização, possibilitando assim a sua apreciação parlamentar, Miguel Tiago afirmou que “o PCP não abdicará de nenhum instrumento para a manutenção [do banco] na esfera pública”.

É importante que seja feita a distinção entre travar a venda, bloquear a solução que está em cima da mesa e aquilo que o PCP defende. Bloquear a venda, por si só, significa liquidar o banco com custos muito mais elevados. Cancelar o negócio como ato isolado implicaria a sua resolução”, sublinhou.

"O termo [nacionalização] está conspurcado pelo que se tem feito ao Banif e BPP, mas é digno e bonito”

Miguel Tiago

Deputado do PCP

“Não sabendo se o decreto vai existir e o que lá está escrito, seria muito prematuro dizer que é possível intervir para o transformar naquilo que o PCP defende, que não é a liquidação, mas a sua integração no setor público. Uma nacionalização, chamemos-lhe assim. O termo está conspurcado pelo que se tem feito ao Banif e BPP, mas é digno e bonito“, acrescentou Miguel Tiago.

O primeiro-ministro, António Costa, revelou que o Governo, que já reuniu com diversos partidos políticos, tem a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana. Já a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

“O PCP não subscreve nenhum dos moldes em que possa vir a ser realizada uma venda do Novo Banco. Uma solução que implica a perda total é totalmente inaceitável. Uma vez mais o Estado estava a servir apenas de câmara de limpeza para branqueamento dos crimes de banqueiros“, declarou o parlamentar comunista.

"Não há apenas uma Comissão Europeia que impõe, há um Governo PS que aceita as imposições.”

Miguel Tiago

Deputado do PCP

Miguel Tiago reafirmou que, “independentemente de qual seja o plano do Governo e os planos de recapitalização e de venda”, o importante é “defender os postos de trabalho, os balcões, integrar o Novo Banco na esfera pública e colocá-lo ao serviço do povo e do país porque é um canal importante de financiamento para Portugal e pode gerar receitas que venham a recompensar as perdas”.

Para o deputado do PCP a situação atual “resulta do desenvolvimento de ações que já foram tomadas no passado e a degradação do banco resulta de medidas do anterior Governo”, com “profundas responsabilidades nos custos que os portugueses estão a assumir”.

Não há apenas uma Comissão Europeia que impõe, há um Governo PS que aceita as imposições“, referiu ainda, lembrando que “a decisão sobre a venda do Novo Banco ocorreu no parlamento em 2 de fevereiro”, quando PS, PSD e CDS rejeitaram o projeto do PCP – que determinava a sua integração no setor público bancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM: João Gião eleito para integrar a supervisão da ESMA

O vogal do Conselho de Administração da CMVM foi eleito para a presidência do Comité de Convergência de Supervisão da ESMA.

 

João Gião foi eleito para a presidência do Supervisory Convergence Standing Committee, da ESMA.

A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) vai contar com mais um nome português. João Gião, vogal do Conselho de Administração da CMVM, foi eleito para a presidência do Supervisory Convergence Standing Committee (Comité de Convergência de Supervisão).

Em comunicado, a CMVM dá nota que a eleição ocorreu hoje em Paris na reunião do Board of Supervisors da ESMA. João Gião sucede assim no cargo a Lourdes Centeno Huerta, da congénere espanhola Comisíon Nacional del Mercado de Valores. O mandato tem a duração de dois anos, sendo extensível para um segundo mandato por igual período.

O Supervisory Convergence Standing Committee é o organismo responsável pela promoção de uma maior convergência de supervisão entre os Estados Membros. Essa missão é concretizada através da identificação de áreas de regulação e de supervisão que possam, no âmbito do mercado de valores mobiliários, ser alvo de uma maior confluência, através da avaliação da efetivação do direito comunitário em cada Estado. “Desenvolve, para o efeito, exercícios de “diagnóstico”, de auto-avaliação e de peer reviews em que a realidade regulatória e de supervisão de cada Estado Membro é comparada a um padrão previamente definido”, explica a CMVM.

“Com a eleição de João Gião para a presidência do Supervisory Convergence Standing Committee da ESMA a CMVM reforça a sua presença internacional, após a eleição da presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, para o Management Board da ESMA e para a vice-presidência do Comité de Corporate Governance da OCDE“, frisa o regulador do mercado acionista português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Supremo Tribunal decide que condomínio não pode proibir alojamento local

O Supremo Tribunal de Justiça determinou que a atividade de alojamento local pode ser exercida em apartamentos destinados a habitação.

O Tribunal da Relação de Lisboa tinha dado razão, em outubro do ano passado, a um condomínio que tinha decidido proibir a atividade de alojamento local a uma proprietária. O Supremo Tribunal de Justiça, contudo, reverteu esta decisão e deu razão à proprietária, determinando que os condomínios não podem impedir a atividade de alojamento local.

A decisão foi tornada pública esta quarta-feira, em comunicado enviado pela firma de advogados que representa a proprietária. O acórdão do Supremo Tribunal, agora conhecido, determinou que a atividade de alojamento local que seja exercida numa fração destinada a habitação “não viola o respetivo título constitutivo da propriedade horizontal, não podendo o condomínio, por essa via, proibir o exercício da atividade de alojamento local”.

Esta, consideram os advogados da proprietária, é “uma vitória muito importante, não apenas para a sua cliente mas, também, para todos os agentes que atuam neste setor de mercado, para a diversidade na oferta turística e, por último, mas não menos relevante, para a própria economia do país”.

O caso remonta a outubro, quando o Tribunal da Relação de Lisboa deu razão ao condomínio, considerando que o uso de um apartamento para o exercício da atividade de alojamento local é incompatível com o seu destino para habitação. Segundo a decisão do tribunal, a atividade de alojamento local só poderá ser praticada em frações destinadas ao comércio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quotas leiteiras desapareceram há dois anos. Países querem-nas de volta

A 31 de março de 2015 acabaram as quotas leiteiras. Dois anos depois, e após uma queda vertiginosa nos preços, já está em estudo um mecanismo que as substitua. Preços em Portugal caíram 10%.

Esta semana cumprem-se dois anos sobre o fim das quotas leiteiras na União Europeia. Mas o fim das restrições à produção de leite na União Europeia não representaram o fim dos problemas dos produtores. Antes pelo contrário. Já quase todos os países reclamam o restabelecimento das quotas porque a queda a pique dos preços prejudica todos e já não apenas os Estados-membros do sul.

“Por mais dinheiro que ponham em cima do setor não é suficiente para compensar as baixas de preço”, disse ao ECO João Machado. O presidente da CAP explicou que “o apoio, por maior que seja”, e em causa estão centenas de milhões de euros, “nunca é de molde a compensar as oscilações dos mercados“. “Tem de haver uma política que permita que a produção não desapareça”, sublinha, alertando que Portugal é um forte candidato a sofrer um desaparecimento da produção, porque há países onde é mais barato produzir.

"Por mais dinheiro que ponham em cima do setor não é suficiente para compensar as baixas de preço.”

João Machado

Presidente da CAP

Vamos ver como a UE vai repor esse equilíbrio sem quotas“, atira João Machado. “A ausência de quotas é prejudicial para todos. Poucos defendem o status quo atual. Os ministros procuram um sistema equilibrador da produção, mas não lhe chamam quotas para não voltar com a palavra atrás”, afirma o responsável da PAC. João Machado lembra que a decisão de acabar com as quotas foi tomada por unanimidade — “até o ministro da agricultura de então, Jaime Silva, votou a favor”. As quotas foram abolidas a 31 de março de 2015.

Mas então qual pode ser a solução? “O que tem de acontecer é algo que garanta que a produção de leite é regional em cada país. Ir para a origem dos produtos e que o consumidor o reconheça”, diz João Machado. E neste ponto, a rotulagem é essencial, frisa. “Ainda não se chegou ao sistema tão perfeito como o anterior”, lamenta. O facto de as multas serem “altíssimas” em caso de desrespeito da quotas garantia a eficácia do mecanismo.

Portugal reduz um quarto da produção

Para já está em vigor um sistema de apoio para que os produtores reduzam voluntariamente a sua produção. Portugal está entre os países que registaram uma redução significativa voluntária da produção — a quebra da produção, entre outubro e dezembro de 2016, foi de 15.090 toneladas de leite, o que representa quase um quarto da produção (24%), numa média de 17 toneladas por agricultor.

“Portugal não aderiu voluntariamente. É abusivo dizer voluntariamente. Não houve aqui uma adesão voluntária mas falências de explorações que não aguentaram as variações negativas de preços”, critica João Machado. “Precisamos de uma política comunitária que traga mais equilíbrio aos mercados e àqueles que são mais periféricos e frágeis”, acrescenta, tendo Portugal em mente. E dá como exemplo o facto de, em Portugal, a produção de milho forrageiro, utilizado na alimentação dos animais, ser cara devido aos custos com água e eletricidade, quando os países no centro da Europa beneficiam de chuvas todo o verão.

Foram quase 44 mil os agricultores na UE que aplicaram o apoio comunitário, para reduzirem voluntariamente a produção de leite, uma quebra que ascendeu a quase 852 mil toneladas no último trimestre de 2016. “Este regime de redução da produção de leite da UE, lançado no verão passado e financiado com 150 milhões de euros, foi uma das principais medidas decididas pela Comissão Europeia para fazer face à situação de crise no setor, tendo contribuído para aumentar a tendência dos preços do leite na UE nos últimos meses e equilibrando, desta forma, os mercados“, revela um comunicado da Comissão Europeia.

Em Portugal os preços pagos aos produtores de leite de vaca estão em queda consecutiva há três meses e o preço pago em fevereiro deste ano (0,28 euros por litro) está muito longe dos 0,32 euros que se pagavam em fevereiro de 2015, dois meses antes de serem abolidas as quotas leiteiras. Ou seja, uma quebra de 10,3% no valor do litro de leite.

Preços do leite de vaca pago aos produtores

Evolução do preço de leite de vaca pago aos produtores em euros por litro. Fonte: Observatório do Leite

Recorde-se que foi no passado dia 17 que terminou o prazo para os agricultores pedirem apoio para a redução de leite. Para beneficiarem deste apoio os produtores tinham de ter reduzido “voluntariamente as entregas de leite de vaca durante um período de três meses (período de redução), quando comparado com o mesmo período homólogo” e para “serem elegíveis, para além das entregas efetuadas durante o período referência, os produtores” eram obrigados a fazer “entregas a primeiros compradores em julho de 2016, devendo a proposta de redução ser superior a 1.500 kg”, explica o site do Instituto Financeiro da Agricultura e Pescas (IFAP).

Mas o problema das quotas leiteiras joga-se também ao nível do equilíbrio de forças entre os produtores e a distribuição. “Há que conseguir uma maior simetria nas relações e que a distribuição dê estabilidade”, sublinha Luis Calabozo, responsável pela Fenil a Federação espanhola das Indústrias Lácteas. “É necessário evitar que o produto seja usado para gerar afluência para as lojas”, acrescentou, citado pelo espanhol CincoDías (acesso livre/conteúdo em espanhol).

As esperanças estão depositadas na nova Política Agrícola Comum (PAC), que já está em discussão, e nas medidas de consolidação do setor que possam vir a ser adotadas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O “Café Central” vai voltar. E pode ser seu

  • ECO
  • 29 Março 2017

A Associação Turismo de Lisboa lançou o concurso para exploração do café no Torreão Nascente do Terreiro do Paço. As candidaturas fecham no dia 2 de maio.

Depois da concessão para a abertura de um restaurante na Ala Poente do Terreiro do Paço, a Associação Turismo de Lisboa lançou um novo concurso para exploração de outro espaço na praça lisboeta. Desta feita, é o “Café Central”, no Torreão Nascente do Terreiro do Paço, e as áreas anexas, que vão poder ser exploradas por quem vença o concurso para a concessão. Em comunicado, a Associação defende que o objetivo é que o Café Central “seja um café de prestígio, dotado de um conceito irrepetível à semelhança de outros congéneres emblemáticos espalhados pela Europa”.

O espaço a concessionar tem uma área bruta (interior) de 1.448 metros quadrados e está preparado para a exploração de um café de prestígio, com a denominação de “Café Central”. Será da responsabilidade do concessionário a decoração do estabelecimento, assim como a aquisição e instalação dos equipamentos e mobiliário necessários ao seu funcionamento, estando previsto um prazo de 10 anos para a exploração do espaço, automaticamente renovável por períodos sucessivos de 3 anos, a contar da data da respetiva abertura ao público.

O Caderno de Encargos e restante documentação de interesse encontram-se disponíveis para consulta na sede da ATL, na Rua do Arsenal, n.º 23, em Lisboa, podendo ser levantados nos dias úteis durante o horário de expediente, entre as 9h30 e as 19h.

As propostas de quem queira a concessão do espaço devem ser apresentadas, em carta fechada, até ao dia 2 de maio de 2017. A abertura deste concurso resulta da pretensão em fazer nascer mais um espaço de referência que contribua para a dinamização e promoção de Lisboa como um destino turístico de excelência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aí vão cinco. PSI-20 em máximos de dez meses

A bolsa foi animada pelo BCP, que negoceia em máximos de dezembro, depois de o CaixaBI ter fixado o preço-alvo do banco em 25 cêntimos.

A praça lisboeta já vai em cinco sessões consecutivas de ganhos e está a negociar em máximos de perto de dez meses. Desta vez, o PSI-20 foi impulsionado pelo BCP, que continua a valorizar de o CaixaBI ter atribuído um potencial de valorização de 50% às suas ações. O banco subiu mais de 2% para quase 19 cêntimos, o valor mais alto desde dezembro.

No resto da Europa, o dia foi marcado pelo pontapé de saída do Brexit, com a ativação do Artigo 50, mas o mercado reagiu com tranquilidade e as principais praças fecharam no verde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estratégia: 130 milhões para a agricultura biológica

O objetivo é duplicar até 2027 a área de agricultura biológica. Estes investimentos vão ter uma discriminação positiva ao nível dos apoios financeiros.

O Governo quer incentivar a agricultura biológica e aumentar o consumo. Por isso, nos próximos dez anos vão ser implementadas 56 medidas no âmbito da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB), que têm dedicados 130 milhões de euros.

O objetivo é duplicar até 2027 a área de agricultura biológica, para cerca de 12% superfície agrícola utilizada — hoje é cerca de 7% e concentra-se sobretudo na Beira Baixa e Alentejo. De acordo com dados de 2015 da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), este tipo de agricultura ocupa 239 mil hectares em Portugal — o equivalente à área do distrito do Porto — que são explorados por 3.837 produtores. Nos primeiros cinco anos, a aposta será mais no reforço da qualidade dos produtos e não tanto na quantidade.

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, em declarações à RTP sublinhou que “haverá uma discriminação positiva dos apoios financeiros ao investimento em agricultura biológica” e que será dada prioridade aos produtos mais importantes para os mercados — hortofrutícolas, leguminosas, proteaginosas, frutos secos, cereais e outras culturas vegetais destinadas a consumo direto ou transformação. A ideia é triplicar a área dedicada a estas culturas.

Mas as metas não se ficam por aqui. Promover a representação da produção biológica em certames nacionais e internacionais, desenvolver um plano de comunicação nesta área são algumas das medidas de sensibilização do público. Uma estratégia na qual se insere o desenvolvimento de uma aplicação móvel para os portugueses poderem localizar unidades de produção ou comercialização de produtos biológicos e que foi apresentada esta quarta-feira.

Fomentar a expansão das áreas em modo de produção biológico nos setores da Agricultura, da Pecuária e da Aquicultura, aumentar a oferta de produtos agrícolas e agroalimentares biológicos, promovendo a sua competitividade e rentabilidade comercial, assim como desenvolver a procura destes produtos, são alguns dos objetivos estratégicos definidos.

Para desenvolver a procura de produtos biológicos, o Governo pretende ainda fomentar a articulação entre as explorações biológicas e as atividades turísticas.

Uma mudança de cultura

“De pequenino é que…” determina o ditado popular, por isso, o Executivo decidiu integrar a distribuição de produtos biológicos no novo regime de frutas e leite escolar e incluir estes alimentos nas ementas dos refeitórios públicos.

Entre as várias ações previstas para desenvolver a procura, aumentando o consumo de produtos biológicos, estão igualmente o incentivo à criação de ementas biológicas nos refeitórios, através de um sistema de classificação em consonância com a dieta mediterrânica.

A medida já recebeu o aplauso do presidente da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica. “A existência deste documento permitirá dar indicações a quem pretende desenvolver agricultura biológica em Portugal. Vamos aguardar pelo resultado final deste documento pois não o conhecemos, apesar de termos feito parte de um grupo de trabalho”, disse Jaime Ferreira, citado pela Lusa.

O responsável da Agrobio revelou ainda que nos próximos meses vai arrancar com um projeto-piloto nas escolas. Mas escusou-se a dar mais pormenores sobre o mesmo. “O que posso dizer é que isto nunca foi feito em Portugal, mas é possível fazê-lo. Há todo um trabalho a fazer com os agricultores, com a contratação de produtos, mas vai ser possível. O que falta em Portugal é organização e planeamento da produção face ao escoamento e criar condições para que as cantinas possam receber esses produtos”, disse.

Segundo Jaime Ferreira, “outro desafio no plano de ação é fomentar um aumento da produção biológica”. “Precisamos claramente de mais produtos. Não estamos satisfeitos com a produção nacional, que é escassa. Claramente a procura é maior que a oferta”, frisou, acrescentando que como a produção nacional não abastece as necessidades mesmo em frutas e legumes, os produtores recorrem a Espanha.

A nível europeu, a superfície dedicada à agricultura biológica aumentou significativamente, tendo quase duplicado entre 2002 e 2014. Em 14 anos, a superfície passou de cinco milhões de hectares para cerca de 11,1 milhões (+6% ao ano) na UE-28. Os Estados-membros com a maior superfície em agricultura biológica são Espanha (com quase 2 milhões hectares), Itália (com cerca de 1,5 milhão) e a Alemanha (com 1 milhão de hectares). Em conjunto, estes três países são responsáveis por cerca de 40% da superfície total de agricultura biológica na UE-28.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Samsung: O que precisa de saber sobre os novos Galaxy S8 e S8+

Já está. A Samsung meteu de vez uma pedra sobre o assunto "Note 7" e apresentou esta quarta-feira novos topos de gama, os Galaxy S8 e S8+. Conheça as características principais dos aparelhos.

Os novos Samsung Galaxy S8 e S8+ foram apresentados esta quarta-feira, em eventos em Londres e Nova Iorque.Flávio Nunes/ECO

A Samsung apresentou esta quarta-feira, em Londres e Nova Iorque, os novos telemóveis Galaxy S8 e Galaxy S8+, os primeiros dispositivos lançados pela marca desde o escândalo das baterias do Note 7. Abaixo, conheça as principais características.

  • O Galaxy S8 tem um ecrã de 5,8 polegadas de diâmetro. O S8+ é maior, com 6,2 polegadas. Ambos incluem aquilo a que a marca chama de Infinity Display, que não são mais do que grandes ecrãs curvos de vidro, com uma margem minúscula em relação às laterais dos aparelhos.
  • Os ecrãs têm novos rácios de comprimento versus largura, para permitir compatibilidade entre conteúdos de vídeo típicos da internet e conteúdos televisivos. São AMOLED, com qualidade 4K, e que permitem que o utilizador tenha mais facilmente várias aplicações a rodar em simultâneo, divididas no mesmo ecrã.
  • Os telemóveis não têm teclas físicas na parte frontal, apenas uma câmara que permite que se desbloqueie o telemóvel através do reconhecimento biométrico pela íris do olho. Os botões de navegação passam a ser virtuais e o sensor de impressões digitais fica na para de trás do aparelho, junto à câmara principal.
  • Por falar em câmara, as novas máquinas da Samsung incluem sensor de 12 megapixels na câmara principal e oito megapixels na câmara das selfies. A qualidade, à primeira vista, é bastante interessante.
À esquerda, flash LED e sensor de focagem a laser. Ao centro, a câmara de 12 megapixsels. À direita, o sensor de impressões digitais.Flávio Nunes/ECO
  • Os Galaxy S8 e S8+ incluem a nova assistente pessoal Bixby. A Bixby reconhece comandos de voz proferidos de forma natural, faz recomendações contextuais e adapta-se aos hábitos do utilizador. É a aposta da Samsung para concorrer com as soluções já apresentadas pela Microsoft, Google, Amazon e Apple.
  • O S8 inclui uma bateria de 3.000 mAh [miliampere hora], enquanto o S8+ conta com uma de 3.500 mAh, superiores à do iPhone 7 Plus em capacidade. Incluem potentes processadores de oito núcleos, 64 GB de espaço de armazenamento e 4 GB de memória RAM. Podem ser adquiridos em preto, branco metálico e cinzento.
A Bixby é a nova assistente pessoal da Samsung. Adapta-se ao utilizador, não o contrário.Flávio Nunes/ECO
  • São aparelhos que suportam um novo sistema da Samsung, o DeX, que transforma o telemóvel num autêntico computador fixo com rato, teclado e ecrã. Também permitem carregamentos rápidos sem fios e são à prova de água e poeira. O sistema operativo é o Android 7.0 Nougat.
  • Em Portugal, o S8 custará 820 euros e o S8+ ficará a 920 euros. Chegarão ao mercado a 28 de abril e que, mediante pré-encomenda, é possível tê-los até oito dias antes de serem postos à venda.

O ECO viajou para Londres a convite da Samsung Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Félix Morgado: “Montepio vai apresentar plano para mudar a marca”

Apesar da oposição da Associação Mutualista, o banco Montepio vai mesmo avançar com a mudança de nome. Félix Morgado diz que a administração vai propor esse tema em assembleia-geral.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) vai mesmo mudar de nome. A recomendação é do Banco de Portugal, que deu um mês para que o banco apresente uma alternativa. Félix Morgado refere, na apresentação dos resultados do banco para 2016, que o Montepio tem de cumprir a orientação, mas que a alteração da marca cabe à assembleia-geral decidir. O banco terá de respeitar a orientação do regulador do mercado, apesar de a Associação Mutualista, a dona da instituição financeira, se opor a esta mudança.

Presidente da Caixa Económica Montepio Geral, Félix Morgado, na apresentação dos resultados para 2016Paula Nunes/ECO

O presidente do Montepio Geral confirmou na conferência de imprensa dos resultados para 2016 que a mudança da marca, recomendada pelo Banco de Portugal, vai mesmo avançar. Isto apesar de a dona do banco, a Associação Mutualista Montepio Geral já ter dito que se opõe a esta alteração. “Aquilo que existe é uma orientação do Banco de Portugal no sentido de ser preparado um plano para a alteração da marca” e o “conselho de administração vai apresentar esse plano e entregá-lo” ao regulador, afirma José Félix Morgado.

"Aquilo que existe é uma orientação do Banco de Portugal no sentido de ser preparado um plano para a alteração da marca.”

Félix Morgado

Presidente do Montepio Geral

O presidente do Montepio esclarece que “sendo uma orientação tem de ser cumprida, mas a alteração em termos efetivos da marca tem de ser decidida em assembleia-geral”.

O Banco de Portugal quer acelerar o processo de separação entre a Associação Mutualista e o banco Montepio. O banco liderado por Carlos Costa deu apenas um mês para que o Montepio apresente um novo novo. A intenção é afastar o banco de riscos de reputação caso haja problemas em resgates de produtos financeiros de clientes da Mutualista.

As declarações são feitas depois de o Montepio apresentar os resultados referentes ao ano anterior. O banco teve prejuízos, mas conseguiu fechar o ano com um resultado bem menos negativo. Passou de 243,4 milhões de euros negativos para 86,5 milhões, beneficiando da quebra nas dotações para o crédito malparado. O rácio de capital subiu, ficando acima dos 10%.

Relação “correta” com Tomás Correia

Félix Morgado diz que a relação com o presidente da Associação Mutualista é “correta, do ponto de vista profissional e do ponto de vista societário“. É assim que o presidente do Montepio responde aos jornalistas depois de ter sido avançado que Tomás Correia foi constituído arguido num processo que deriva da Operação Marquês.

Entretanto, o presidente da Associação já veio negar as notícias, dizendo que desmente “categoricamente qualquer envolvimento com a referida Operação Marquês, não estando constituído como parte no citado processo”, de acordo com um comunicado enviado às redações.

(Atualizada às 17h53 com declarações de Félix Morgado sobre Tomás Correia)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tomás Correia desmente envolvimento na Operação Marquês

  • ECO
  • 29 Março 2017

“Não é difícil contextualizar as notícias agora veiculadas, em véspera de realização da Assembleia Geral do Montepio Geral Associação Mutualista", refere Tomás Correia em comunicado.

Tomás Correia desmente “categoricamente” qualquer envolvimento na Operação Marquês, depois de hoje terem sido publicadas notícias que dão conta de que o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral é arguido num processo que deriva daquele.

“Desminto categoricamente qualquer envolvimento com a referida Operação Marquês, não estando constituído como parte no citado processo”, afirma um comunicado enviado às redações.

O documento aponta para várias notícias veiculadas esta quarta-feira, que citam uma peça emitida no Primeiro Jornal da SIC, “sugerida por uma outra com origem no Diário de Notícias”. “Ora, a notícia a que a peça jornalística alude baseia-se em artigos publicados no jornal Expresso nos passados dias 7, 14 e 28 de janeiro, respeitante ao processo nº 767/16.4 TELSB, que nada tem a ver com o primeiro [Operação Marquês], e que já foi alvo dos devidos esclarecimentos, quer ao jornalista que os escreveu, quer a outros órgãos de comunicação social”, continua o texto.

A “Procuradoria-Geral da República confirma a existência de um inquérito no qual se investigam factos relacionados com o financiamento concedido por Montepio Geral e BES a um fundo para aquisição de terrenos”, refere um comunicado emitido ao final do dia de quarta-feira, 29 de março. E acrescenta que a “investigação, iniciada em 2016, teve origem numa certidão extraída da designada Operação Marquês“, havendo, “neste momento, três arguidos constituídos”. Mas não são revelados os nomes.

 

António Tomás Correia, Presidente da Associação Mutualista e do Grupo Montepio, desmente qualquer envolvimento com este caso e acrescenta: “Não é difícil contextualizar as notícias agora veiculadas, em véspera de realização da Assembleia Geral do Montepio Geral Associação Mutualista, a qual presido por mandato que me foi confiado pelos senhores associados para o triénio 2016-2018.”

Tomás Correia reitera ainda as declarações já emitidas na semana passada: “Se alguma vez se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a meu desfavor, em qualquer tribunal, por quaisquer atos ilícitos, abdicarei do exercício das minhas funções. Estou profundamente convicto e seguro de que isso não vai acontecer. Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas, e de outras acusações que me foram dirigidas.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio encolhe prejuízos para 86,5 milhões

A Caixa Económica Montepio fechou 2016 no vermelho, mas conseguiu encolher os prejuízos. O banco registou prejuízos de 86,5 milhões de euros.

O Montepio teve prejuízos, mas conseguiu fechar o ano com um resultado bem menos negativo. Passou de 243,4 milhões de euros negativos para 86,5 milhões, beneficiando da quebra nas dotações para o crédito malparado. O rácio de capital subiu, ficando acima dos 10%.

“O resultado líquido de 2016 apresentou uma melhoria de 156,9 milhões de euros para -86,5 milhões de euros, face ao resultado de -243,4 milhões de euros, registado em 2015″, refere o banco liderado por Félix Morgado. O presidente do Montepio refere, na apresentação dos resultados, que a “recuperação dos resultados foi significativa” no ano passado e que isso “permite confirmar a ambição de ter resultados positivos já no primeiro trimestre de 2017″.

Nas contas do último ano a margem financeira cresceu ao mesmo tempo que o peso das imparidades diminuiu. “Em 2016 a margem financeira, num contexto de taxas de juro historicamente baixas, apresentou um crescimento homólogo de 29,2% ao atingir 253,2 milhões de euros, beneficiando da diminuição do custo dos depósitos de clientes, dos menores custos com a dívida emitida e da política de repricing da carteira de crédito“, diz o banco. As comissões cresceram 5,6% para 101,5 milhões.

“O valor das entradas de créditos em incumprimento, no ano de 2016, registou uma diminuição homóloga de 33,9%, resultante de uma redução de 0,9% do número de contratos que entraram em incumprimento”, nota o banco. Assim, “o total das dotações para imparidades em 2016 atingiu o montante de 243,2 milhões de euros, o qual representa um decréscimo homólogo de 29,3% face a valor de 343,8 milhões de euros, registado em 2015″.

Mais capital

Apesar dos prejuízos, o Montepio aumentou os rácios de capital, “beneficiando do aumento do capital institucional de 270 milhões
de euros, realizado pelo Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM), em março de 2016″, mas também fruto da redução dos ativos ponderados pelo risco.

Face a 2015, os rácios Common Equity Tier 1 (CET1) e Capital Total evoluíram de 8,8% para 10,4% e de 9,7% para 10,9%, respetivamente”. “Os rácios de capital não incluem o efeito positivo associado ao Regime Especial dos Ativos por Impostos Diferidos (estimado em +30pb), cuja adesão foi aprovada na Assembleia Geral Extraordinária da CEMG realizada no dia 6 de julho de 2016”, diz o banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP leva bolsa para quinta sessão de ganhos

A bolsa nacional foi impulsionada pela EDP e pelo BCP, que está a negociar em máximos de dezembro do ano passado. A EDP Renováveis fechou inalterada. Continua acima do preço da OPA.

A praça lisboeta acompanhou o sentimento positivo das pares europeias e somou a quinta sessão consecutiva de ganhos. Isto apesar de a EDP Renováveis ter interrompido os ganhos expressivos que registou na terça-feira, mantendo-se, ainda assim, acima do preço da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela EDP.

O PSI-20 fechou a subir 0,77%, para os 4.888,17 pontos. O índice de referência nacional foi impulsionado pela EDP e pelo BCP, que está a negociar em máximos de três meses. O banco liderado por Nuno Amado valorizou 2,16%, para os 18,96 cêntimos por ação, o valor mais elevado desde dezembro do ano passado. Isto depois de os analistas do CaixaBI terem atribuído um preço-alvo de 0,25 euros às ações do BCP.

Evolução das ações do BCP

Fonte: Bloomberg

Já a EDP avançou 0,59%, para os 3,07 euros. A EDP Renováveis manteve-se inalterada nos 6,90 euros por ação. A empresa de energias limpas continua, assim, a cotar acima dos 6,80 euros oferecidos pela casa-mãe e o mercado continua a acreditar que a contrapartida oferecida pela EDP vai ser revista em alta.

Ainda no setor energético, a Galp somou 0,47%, para os 13,82 euros por ação, num dia em que o petróleo está a valorizar mais de 1,6%, negociando na casa dos 52 dólares por barril.

Do lado das quedas, destaque para os CTT, que recuaram 0,49% para 5,10 euros, depois de ter anunciado que vai aumentar os preços e de a BlackRock ter voltado a reduzir a participação na empresa de serviços postais.

Na Europa, o dia ficou marcado com o pontapé de saída do Brexit, depois de o Reino Unido ter ativado o Artigo 50, que dá início ao processo de saída do país da União Europeia. Contudo, o mercado reagiu com tranquilidade e as principais praças fecharam no verde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.