Cadernetas vão passar a pagar. CGD diz que todos os levantamentos ao balcão têm comissão

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2018

O banco público justifica que o levantamento de dinheiro ao balcão é um "serviço bancário remunerado" e diz que os levantamentos nos terminais automáticos continuarão a ser gratuitos.

A partir de maio, os clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vão passar a pagar um euro por cada levantamento que façam aos balcões com caderneta. O banco público defende-se dizendo que todos os levantamentos ao balcão são pagos.

O levantamento de dinheiro ao balcão é um “serviço bancário remunerado”, justificou à TSF fonte oficial da CGD, acrescentando que os levantamentos de dinheiro nos terminais da Caixautomática, distribuídos pelas agências da Caixa, vão continuar a ser gratuitos.

Desde que Paulo Macedo assumiu a liderança da CGD, há um ano, o banco já aumentou as comissões por várias vezes. A primeira foi em setembro do ano passado, altura em que milhares de reformados que até então não pagavam qualquer custo pela manutenção de conta passaram a pagar.

Já no início deste ano, os clientes que levantem dinheiro ao balcão com caderneta passam a pagar um euro. Também em janeiro, os jovens com mais de 26 anos passaram a pagar uma comissão de manutenção da conta à ordem. Os preços cobrados sobre os serviços financeiros realizados por empresas no estrangeiro também serão atualizados.

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Santander Totta, já com o Popular, aumenta lucros para 436 milhões

O banco liderado por Vieira Monteiro encerrou 2017 com lucros de 436 milhões de euros. É um aumento de mais de 10% face ao ano anterior.

O Santander Totta fechou o último ano com lucros de 436,3 milhões de euros. É um crescimento de mais de 10% no ano em que adquiriu o Popular, operação que lhe permite afirmar que é o maior banco privado em Portugal. A instituição liderada por Vieira Monteiro atribuiu a evolução positiva das contas ao crescimento orgânico, mas também à redução dos custos e das provisões.

“A evolução positiva do resultado líquido reflete a descida dos custos operacionais e das dotações de provisões para crédito, que compensam a diminuição de 4,1% no produto bancário”, diz o banco. No que toca a custos, estes “registaram um decréscimo de 7,6% em comparação com o valor alcançado no final de dezembro de 2016”, salienta o comunicado.

Relativamente às provisões, estas caíram, traduzindo “a melhoria da situação económica e a estabilização, a níveis baixos, das entradas em incumprimento”. “O rácio de Non-Performing Exposure (NPE), calculado de acordo com a definição da EBA, situou-se em 5,7% em dezembro de 2017 e a cobertura de NPE por provisões fixou-se em 55,4%. Excluindo este impacto, o rácio ter-se-ia reduzido em cerca de 80 pontos base, face a dezembro de 2016″, nota.

Com o Popular, é o maior banco privado

Este crescimento dos resultados verificou-se num ano marcado pela conclusão “do processo de aquisição e de fusão simplificada por incorporação do Banco Popular Portugal no Banco Santander Totta”, refere o banco em comunicado. “Com esta aquisição, o Santander Totta torna-se no maior banco privado no que se refere ao crédito da atividade doméstica, ocupando a segunda posição no ranking dos depósitos“.

“Esta operação [integração do Popular] é muito importante para nós”, afirma o presidente do Totta, António Vieira Monteiro, na apresentação dos resultados para 2017, explicando que o “Popular cobre clientes que eram menos cobertos pelo Totta”.

No que respeita ao crédito, assistiu-se a um crescimento de “25%, ascendendo a 41,4 mil milhões de euros, com aumentos de 12,7% no crédito a particulares e de 45,3% no crédito a empresas. A carteira de crédito do ex-Banco Popular Portugal, no montante de 6,1 mil milhões de euros, contribuiu para o aumento do peso relativo do segmento de Empresas”, salienta o banco.

"Com esta aquisição [do Banco Popular Portugal], o Santander Totta torna-se no maior banco privado no que se refere ao crédito da atividade doméstica, ocupando a segunda posição no ranking dos depósitos”

Santander Totta

Perante esta evolução, “as quotas de mercado de produção de crédito a empresas e habitação mantiveram-se muito dinâmicas, em 2017, ascendendo a 17,1% e 21,1%, respetivamente, até ao final de novembro”, acrescenta.

Mais clientes, depósitos e… comissões

Por seu lado, os “recursos de clientes totalizaram 36,7 mil milhões de euros, equivalente a uma subida de 15,2% (aumentos de 13,7% em depósitos e de 25,4% em recursos fora de balanço). O banco explica que os “depósitos aumentaram 13,7%, também com a incorporação da carteira do ex-Banco Popular Portugal no valor de cerca de 4 mil milhões de euros”.

“As comissões aumentaram 8,3% em relação a dezembro de 2016, traduzindo a maior fidelização e transacionalidade dos clientes. Por seu turno, a margem financeira diminuiu 4,8%”, nota o Santander Totta. “A margem financeira alcançou 696,9 milhões de euros, em consequência, principalmente, de reajustamentos na carteira de dívida pública”, explica.

Segundo Vieira Monteiro, o Totta tinha uma carteira de 4,5 milhões de euros de dívida pública em 2016, que diminuiu, no ano passado, para 3,5 milhões. O presidente do banco explica que o objetivo é que o produto “seja feito com a atividade core do banco e não com operação isoladas, seja dívida pública ou outra. Esta deve ser a atividade recorrente, a base dos nossos resultados”.

Compra pressiona rácios

Apesar do contributo para o crescimento da carteira de crédito, o Popular veio penalizar os rácios de capital da instituição liderada por António Vieira Monteiro, destaca o banco.

“O rácio CET 1 (phased-in) ascendeu a 13,65%, e o rácio CET 1 (fully implemented) foi de 13,67%. As variações homólogas de (-2,2 pontos percentuais) e (-1,4 pontos percentuais), respetivamente, refletem o impacto da integração do ex-Banco Popular Portugal”, conclui.

(Notícia atualizada às 13h14 com declarações do presidente do Totta durante a apresentação)

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Há um quarteirão de luxo à venda na Baixa de Lisboa. É todo do BPI

O Fundo de Pensões do BPI vai vender um conjunto de edifícios na Baixa de Lisboa, delimitado pelas ruas mais históricas da cidade. Este quarteirão inclui o edifício central do BPI.

O Fundo de Pensões do banco BPI está a vender um quarteirão inteiro, delimitado por quatro das mais históricas ruas da Baixa de Lisboa. Com cerca de 11 mil metros quadrados, os edifícios permitem conjugar habitação, retalho e hotelaria, com potencial para acolher um dos maiores empreendimentos imobiliários do centro histórico de Lisboa.

O processo de venda está a ser assessorado pela JLL, que refere, em comunicado, que o denominado Augusta Lisbon “tem potencial para desenvolver um dos maiores projetos imobiliários da zona mais emblemática do centro histórico da capital, junto ao Arco da Rua Augusta”.

O ativo, formado por cinco edifícios, é delimitado pela Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua do Comércio e Rua de São Julião, e conta com uma área bruta de construção de 11.100 metros quadrados. Atualmente quatro estão a ser ocupados pelo BPI, e ficarão devolutos até ao final deste ano.

É praticamente impossível encontrar um espaço para desenvolvimento imobiliário com esta dimensão, totalmente devoluto e com esta localização na zona. A Baixa é atualmente um dos destinos turísticos mais requisitados de Lisboa, com uma oferta renovada de restaurantes, lojas de rua e hotéis”, disse Fernando Vasco Costa, da JLL.

O projeto tem um potencial fabuloso, até porque poderá conjugar precisamente os usos que estão neste momento a registar maior procura. Trata-se de uma oportunidade absolutamente única no melhor local da Baixa de Lisboa”, acrescenta.

O ECO procurou saber o valor pedido pelo Fundo de Pensões do BPI mas, até agora, não conseguiu obter qualquer informação.

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Santos Silva: Sair do euro ou manter geringonça? “Não há hesitação”

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2018

O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou, em entrevista ao Les Echos, a importância da permanência na União Europeia.

Augusto Santos Silva partilhou com os franceses a “receita” portuguesa para sair da crise, que inclui uma parceria praticamente inquebrável com a Europa, mas especialmente com a Zona Euro. Em entrevista ao jornal francês Les Echos, o ministro dos Negócios Estrangeiros falou do processo de recuperação económica e deixou também clara a mensagem que Portugal tem de apresentar perante os parceiros da União Europeia.

“Investimos politicamente na confiança da população e conseguimos aumentar a procura interna, sem pôr em causa as regras do euro”, apontou o ministro. “Não inventámos nada.” Augusto Santos Silva considera ainda que não se pode incorrer em despesas insustentáveis, por isso “os salários dos funcionários púbicos foram congelados desde 2009 e não nos comprometemos com nada até 2019″.

“Não há milagre senão o fruto dos esforços de uma política constante”, afirma o ministro português, não deixando de parte que o Governo aproveitou um ciclo favorável, mas sabia como o aproveitar. “Estamos conscientes de um efeito cíclico e temos de nos preparar para enfrentar o choque de uma possível mudança de ciclo.”

Assim, Santos Silva garante que a União Europeia é imprescindível na prevenção de uma nova crise e que, por isso, o país está dedicado a cumprir as regras, “mesmo que também queiramos mudá-las um pouco”.

“Foi preciso explicar que não éramos extremistas, que nunca questionaríamos a permanência de Portugal no núcleo duro da União Europeia e que se tivéssemos de escolher entre o euro e o destino do Governo de minoria do Partido Socialista, não teríamos nenhuma hesitação”, concluiu ainda o ministro. Ou seja, a permanência no euro nunca esteve em causa.

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Taxify continua com promoções. Fevereiro traz 25% de desconto

Depois do lançamento o mês passado em Lisboa, e com descontos de 50% em todas as viagens, a Taxify oferece 25% durante todo o mês de fevereiro.

Lançada no início do ano em Lisboa, a nova plataforma de transportes Taxify continua a unir esforços para conquistar passageiros. Depois de um primeiro mês com 50% de desconto em todas as viagens, sem limite, a empresa alargou o prazo e, até ao final do mês de fevereiro, todos os utilizadores vão poder viajar com um desconto de 25%, adiantou em comunicado.

É uma das medidas que fazem parte da estratégia da Taxify, ainda um bebé no mercado deste tipo de serviços, oferecer preços mais competitivos enquanto garante, ao mesmo tempo, melhores condições aos motoristas. Assim, durante este segundo mês do ano, “as tarifas que entram em vigor são: 0,75 euros no início da viagem, 0,49 euros por quilómetro e 0,08 euros por minuto“, esclarece a empresa.

Temos tido um feedback bastante positivo desde o dia de lançamento, tanto dos motoristas como por parte dos utilizadores. Em poucas semanas já realizámos dezenas de milhares de viagens pela área de Lisboa e a nossa cobertura de motoristas tem sido excelente desde o primeiro dia. Praticamente todos os clientes que fazem um pedido recebem a confirmação de um carro com um tempo médio de espera de cinco minutos“, diz David Ferreira da Silva, responsável da Taxify em Portugal.

A Taxify chegou à capital no passado mês de janeiro para oferecer preços mais acessíveis aos utilizadores deste tipo de serviços e um maior rendimento aos motoristas. A empresa europeia cobra 15% de comissão aos motoristas, um valor que representa quase metade das comissões cobradas pelas restantes plataformas.

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Concorrência dá “luz verde” a compra de Parque Eólico do Pisco pela Ikea

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2018

A Autoridade da Concorrência autorizou a compra do Parque Eólico do Pisco à Ikea, na Guarda, por defender que não cria entraves à concorrência.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu “luz verde” à compra pelo Ikea do Parque Eólico do Pisco, na região da Guarda, alegando não criar entraves à concorrência efetiva no mercado da produção de energia elétrica, segundo um aviso publicado.

A decisão, tomada esta quarta-feira, efetiva a compra da holding do grupo internacional Ikea à Windpartners Renováveis. A compra das ações do parque eólico foi efetuada através da subsidiária portuguesa Ikea Portugal – Móveis e Decoração.

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Portugal fecha o ano com dívida pública de 242,6 mil milhões, acima de 2016

Portugal fechou o ano passado com uma dívida superior em 1,6 mil milhões de euros em relação ao que tinha sido registado no final de 2016.

A dívida pública voltou a cair em dezembro, pelo quarto mês consecutivo, depois de o Governo ter feito, nesse mês, um reembolso de mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Contudo, o valor ficou acima do de 2016. Portugal fechou o ano passado com uma dívida de 242,6 mil milhões de euros, valor que fica acima, em 1,6 mil milhões de euros, da dívida registada no final de 2016. O montante fica, ainda assim, abaixo daquela que tinha sido a meta fixada pelo Executivo.

Os dados foram publicados, esta quinta-feira, pelo Banco de Portugal, que justifica o aumento anual com as emissões de dívida. “Para este aumento contribuiu o acréscimo dos títulos de dívida pública (de 9,4 mil milhões de euros) e dos certificados do Tesouro (de 3,8 mil milhões de euros)”, pode ler-se na nota emitida esta manhã.

A subida da dívida poderia ter sido mais significativa, mas os reembolsos antecipados ao FMI equilibraram as contas. “Estas variações foram em parte compensadas pelo reembolso antecipado de aproximadamente 10 mil milhões de euros de empréstimos concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira”, refere o Banco de Portugal.

Dívida pública aumenta face a 2016

Apesar da subida em relação a 2016, em termos absolutos, a dívida pública fica abaixo da meta que tinha sido estabelecida pelo Governo, na ordem dos 242,9 mil milhões de euros. Resta ainda saber se a meta para o rácio da dívida em relação do produto interno bruto (PIB) será cumprida. No Orçamento do Estado para 2018, o Governo inscreveu a meta de uma dívida pública nos 126,2% do PIB em 2017. Só no dia 14 de fevereiro é que o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar a estimativa rápida para a evolução das contas nacionais no quarto trimestre de 2017.

O Banco de Portugal revela ainda que a dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas registou um aumento de 4,6 mil milhões de euros em relação a 2016, totalizando os 223 mil milhões.

Notícia atualizada pela última vez às 11h28.

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Nokia duplica perdas em 2017. Razão? A compra da concorrente

A empresa finlandesa viu os prejuízos quase duplicarem no ano passado, com um aumento de 96%. Fusão com a Alcatel-Lucent foi um dos principais motivos para as quedas.

A finlandesa Nokia viu as suas perdas praticamente duplicarem em 2017, atingindo os 1.473 milhões de euros em prejuízos, um aumento de 96% face ao ano anterior. De acordo com as informações adiantadas pela empresa, esta queda deveu-se a despesas extras associadas à sua restruturação, após a compra do seu rival Alcatel-Lucent.

No ano passado, a empresa de telecomunicações totalizou 9.139 milhões de euros de lucros líquidos, um aumento de 7% face ao ano anterior, de acordo com o Expansión (conteúdo em espanhol). Mas, ainda assim, os resultados da Nokia foram prejudicados por despesas extras, nomeadamente os 1.591 milhões de euros em amortizações feitas após a fusão com a empresa Alcatel-Lucent, realizada por um valor de 15,6 mil milhões de euro.

Ainda no mesmo período — 2007, a empresa faturou 23.147 milhões de euros, uma redução de 2% devido à queda das vendas em todas as suas áreas de negócio, exceto na tecnologia. O principal negócio da empresa, a Nokia Networks, faturou 20.523 milhões de euros, menos 6% do que no ano anterior, após registar uma queda nas vendas das três áreas que compõem esse setor: redes de banda larga, serviços globais e redes IP e aplicações.

Mas, nem tudo foi mau. O volume de negócios da Nokia Technologies aumentou 57% e atingiu os 1.654 milhões de euros, permitindo à empresa finlandesa um lucro operacional de 1.124 milhões de euros, mais 94% do que no ano anterior. Os principais impulsionadores deste crescimento foram a assinatura de novos acordos de licenciamento para as suas patentes com alguns fabricantes e outras compensações recebidas pela LG e pela Blackberry devido ao uso indevido da propriedade intelectual da Nokia. O que também contribuiu para um aumento das receitas foi a chegada ao mercado dos smartphones Nokia, fabricados exclusivamente pela empresa.

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Depois do rally de dezembro, bitcoin volta aos 9.000 dólares

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Fevereiro 2018

A moeda virtual mais popular do mundo segue a cair 6% para os 9.540 dólares. Já não se comprava bitcoin tão barata desde novembro de 2017.

Dezembro de 2017 foi um mês de triunfos e perdas para a bitcoin. Em cerca de quatro dias, a moeda virtual mais popular do mundo duplicou de valor, chegando perto de cotar nos 20 mil dólares. No final do ano, a escalada deu lugar às quedas, tendo passado de 2017 para 2018 a cotar nos 12 mil dólares. Agora caiu abaixo dos 10 mil.

Com a regulação a apertar e vários olhos postos neste fenómeno, a pressão compradora que assolava a bitcoin tem vindo a ser refreada, sendo que esta quinta-feira segue a desvalorizar mais de 6% para 9.540 dólares. Já não se comprava moeda a um preço tão baixo desde 26 de novembro de 2017, segundo as cotações da Reuters.

Bitcoin volta a estar abaixo dos 10.000 dólares

Fonte: Reuters

Entre as moedas digitais mais populares, a única que segue a valorizar é a Ethereum. Segundo as cotações do Coinmarketcap, a segunda criptomoeda mais famosa avança mais de 2% para 1.124,32 dólares.

De resto, a Ripple cai 7% para 1,06 dólares, a Bitcoin Cash perde os mesmos 7% para 1.389 dólares e a Litecoin desliza 6,5% para os 153,26 dólares.

O cerco às moedas digitais continua a ficar mais apertado, com a atenção dos reguladores a estar mais focada na implementação de regras à negociação. Também as tecnológicas, como é o caso da Facebook, estão atentas aos mercados, sendo que esta já proibiu os anúncios relativos à negociação e mineração de criptomoedas.

Ao ECO, Richard Thaler, laureado com o Nobel da Economia em 2017, disse que o único mercado onde atualmente consegue observar a formação de uma bolha é “na bitcoin e nas suas irmãs”.

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Arranca hoje nova vaga de estágios com apoio do Estado. Bolsas podem ir até 750 euros

  • Cristina Oliveira da Silva e Margarida Peixoto
  • 1 Fevereiro 2018

Este é o primeiro período de candidatura do ano, estando previstos mais três. Empresas podem concorrer entre 1 de fevereiro e 1 de março. Estado dá às empresas apoio de 30 milhões de euros.

Arranca esta quinta-feira o primeiro período de candidatura do ano à medida Estágios Profissionais, que conta com uma dotação de 30 milhões de euros e prevê apoiar cerca de seis mil estágios. As empresas que queiram concorrer devem fazê-lo até às 18 horas de dia 1 de março. O objetivo da medida é dar uma experiência em contexto de trabalho ou ajudar à reconversão profissional dos desempregados.

Apesar da melhoria evidente do mercado de trabalho — a taxa de desemprego caiu em novembro para 8,1% e o Instituto Nacional de Estatística aponta como estimativa provisória 7,8% para dezembro — o Governo de António Costa manteve os Estágios Profissionais no terreno.

A medida continua a ser alvo de forte procura por parte das empresas: no primeiro período de candidatura de 2017, os pedidos atingiram os 17.086 estágios — mais do dobro das vagas que estavam disponíveis (oito mil), mesmo depois de o Executivo ter decidido duplicar o número inicial (quatro mil).

Já no segundo período de candidaturas do ano passado, que decorreu entre 15 de novembro e 3 de janeiro de 2018, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) recebeu 12.648 candidaturas, correspondentes a 15.434 vagas de estágios, o que ultrapassando “largamente” a meta prevista, revelou esta quarta-feira o organismo. “Este segundo período tem uma dotação orçamental de 36,65 milhões de euros, para uma meta de cerca de 7.000 estagiários, pelo que as candidaturas recebidas ultrapassam largamente essa meta”, avançou o IEFP à Lusa, precisando que agora está a analisar as candidaturas.

Este segundo período tem uma dotação orçamental de 36,65 milhões de euros, para uma meta de cerca de 7.000 estagiários, pelo que as candidaturas recebidas ultrapassam largamente essa meta.

IEFP

Por regiões, o Norte apresentou 5.506 candidaturas aos Estágios Profissionais, Lisboa e Vale do Tejo 3.327, a região Centro 2.652 candidaturas, o Alentejo 610 e o Algarve 553. E, durante o mesmo período de candidaturas, deram entrada 853 pedidos de atribuição do Prémio ao Emprego — concedido às empresas que celebrem com o estagiário um contrato de trabalho sem termo, no prazo máximo de 20 dias úteis a contar da data de conclusão do estágio — relativos a 989 ex-estagiários com os quais foi celebrado contrato de trabalho.

Como funciona a medida?

Para o período de candidaturas que vai abrir hoje a dotação orçamental é de 30 milhões de euros, o que permitirá apoiar seis mil estágios, com a duração de nove meses. Os destinatários são desempregados inscritos nos centros de emprego que reúnam determinadas condições.

Quem submete a candidatura é a empresa, ou entidade promotora, através do portal NetEmprego, na sua área pessoal. Para isso, tem de se registar antes. A bolsa de estágio varia entre 428,9 euros e cerca de 750 euros, contando com a comparticipação do IEFP, que também assegura outras despesas.

Cada empresa está sujeita a um limite máximo no número de estágios apoiados em cada ano civil, que varia de acordo com o número total de trabalhadores que emprega:

  • três estagiários para entidades com um máximo de dez trabalhadores;
  • até um terço do total de trabalhadores da entidade, nos casos em que esta tenha mais de dez trabalhadores (com arredondamento do valor para o número inteiro imediatamente abaixo).

Por exemplo, uma empresa com sete trabalhadores e dois estágios já apoiados em curso, já só pode agora concorrer a mais um estágio apoiado em 2018. Se concorrer a mais do que um, poderá ter uma aprovação parcial de modo a respeitar o seu limite máximo.

Depois, consoante a informação prestada pela entidade promotora, assim é atribuída uma pontuação à candidatura. Por exemplo: as candidaturas para estágios em concelhos classificados como economicamente desfavorecidos recebem 20 pontos no parâmetro da localização, enquanto as que são para concelhos acima da média nacional só ganham oito pontos.

A análise completa é feita de acordo com seis critérios e para serem aprovadas as candidaturas têm de reunir um mínimo de 50 pontos. A partir daí a aprovação é feita até ao limite da dotação orçamental.

Conforme explica o regulamento da medida, a empresa pode escolher os estagiários a integrar na vaga apoiada, mas tem de apresentar os dados dos candidatos ao IEFP, para que o seu perfil seja analisado. Caso considere que o perfil não é adequado, o IEFP pode propor a sua substituição.

O regulamento dos Estágios Profissionais deixa claro que “não são abrangidos” os estágios curriculares de quaisquer cursos, nem os estágios “cujo plano requeira perfil de formação e competências nas áreas da medicina e da enfermagem”, ou seja, estágios de médicos ou enfermeiros.

Durante este período de candidatura, as empresas podem ainda concorrer ao Prémio ao Emprego, caso seja celebrado um contrato sem termo com o estagiário e pedidos de acesso ao Reativar.

Ao longo do ano haverá mais três oportunidades para concorrer a esta medida. De acordo com o calendário divulgado, estão previstas novas fases de candidatura entre 1 de maio e 1 de junho; 1 de julho e 31 de julho e, por fim, 1 de outubro e 2 de novembro.

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BBVA atinge lucros de 3.519 milhões de euros em 2017

Os lucros do banco espanhol aumentaram 1,3% face ao ano anterior, atingindo os 3.519 milhões de euros em 2017. O mercado mexicano é o que mais pesa.

O espanhol BBVA terminou o ano de 2017 com uma subida de 1,3% nos lucros, fixando-se nos 3.519 milhões de euros. Esse montante já inclui a menos-valia de 1.123 milhões do saneamento da sua participação na multinacional espanhol Telefónica, que levou a uma redução de 70 milhões de euros nos lucros do 4º trimestre do ano. O México continua a ser o mercado mais rentável do banco.

O ano passado foi positivo para o banco espanhol, que viu um aumento superior a 1% nos seus resultados líquidos. Em outubro de 2017, a entidade já afirmava que os lucros registados até setembro eram praticamente iguais aos registados na totalidade do ano de 2016. Assim, e de acordo com a informação adiantada pela entidade à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, os lucros anuais foram ainda favorecidos pela compra de uma participação de 9,9% no Garanti Bank por 917 milhões de dólares (737,7 milhões de euros), de acordo com um relatório do banco turco. Essa aquisição beneficiou o BBVA em 150 milhões de euros.

A força das receitas recorrentes e a melhoria da eficácia demonstram que estamos a adotar medidas importantes na nossa estratégia de transformação“, disse o presidente do BBVA, Francisco González, em comunicado.

Ainda assim, os resultados do banco espanhol devem-se, em parte, ao negócio em território mexicano, que acabou por ser o mais rentável. A subsidiária no México registou lucros de 2.162 milhões de euros, um aumento de 9,2% face ao ano anterior, acabando por ter um peso de 40,3% nos lucros totais. A Espanha é o segundo maior mercado, originando lucros de 1.381 milhões de euros, mais 52,7% do que no período homólogo, sem contar com as perdas de 501 milhões na área imobiliária. E a terceira maior fonte de lucro é a América do Sul, com um aumento de 11,6% nos lucros do banco.

Recorde-se que há uns dias, o BBVA anunciou que vai passar a sucursal em Portugal, isto depois do processo da integração da filial portuguesa no banco espanhol. Ainda assim, o mercado português “continua a ser muito importante” e essa fusão visa assegurar uma “maior sustentabilidade e solidez ao negócio” em Portugal, justificaram os responsáveis espanhóis.

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Microsoft supera estimativas, mas não escapa a prejuízos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Fevereiro 2018

Ainda que tenha registado receitas acima do esperado, os impostos pagos sobre receitas fora dos EUA levaram a empresa de Bill Gates para terreno de perdas no último trimestre do ano.

A Microsoft fechou o último trimestre de 2017 com receitas acima das que eram esperadas pelos analistas. Com um total de 12,2 mil milhões de dólares em receitas, a gigante tecnológica ultrapassou as previsões da Bloomberg, que apontavam para os 11,98 mil milhões. Ainda assim, isto não impediu que, contas feitas, o total resultasse em prejuízos.

As vendas da plataforma de armazenamento na cloud, bem como os clássicos softwares utilitários do Office 365 foram os principais responsáveis pelos bons resultados deste trimestre. O volume de vendas da Azure avançaram 98%, enquanto o do Office cresceu 41%. O total de vendas avançou assim 12% para os 28,9 mil milhões de dólares, passando também as estimativas que apontavam para os 28,4 mil milhões.

A empresa anunciou ainda que vai continuar a investir em data centers, para continuar a preencher a procura dos serviços de armazenamento. “Estamos certos que este desempenho forte da Azure irá continuar”, declarou a responsável financeira da empresa, Amy Hood, aquando da apresentação de resultados.

Reforma fiscal de Trump pesou nas contas

A superação das expectativas não foi suficiente para que a Microsoft se conseguisse salvaguardar da reforma fiscal dos Estados Unidos. Com o grande plano de Donald Trump a impor uma taxa de 15,5% aos montantes acumulados no estrangeiro, e sendo que a Microsoft contará com algo como 128 mil milhões de dólares nesta situação, a empresa terá 13,8 mil milhões de dólares a pagar ao “Tio Sam”.

Somas e subtrações feitas, a Microsoft passa assim de lucros no trimestre anterior, para perdas de 6,3 mil milhões de dólares no último trimestre do ano. No entanto, e ainda que a tecnológica tenha contabilizado as perdas com impostos inteiramente no balanço deste último trimestre, a conta vai ser paga aos poucos. As empresas têm oito anos para entregar o montante ao Estado norte-americano.

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