Professores marcam nova greve para a primeira semana de outubro

Os professores vão avançar com nova greve marcada para a primeira semana de outubro contra a "intransigência" do Governo em não honrar o compromisso de contagem de todo o tempo de serviço.

Os professores vão avançar com nova greve para a primeira semana de outubro, anunciaram os sindicatos do setor. Protestam contra a “intransigência” do Governo em não honrar o compromisso de contagem de todo o tempo de serviço.

“Os professores e educadores exigem que o governo honre o compromisso que assumiu, cumpra a lei e respeite a Assembleia da República, ou seja, negoceie o prazo e o modo de recuperar todo o tempo de serviço que cumpriram”, dizem no anúncio do pré-aviso de greve que vai ser entregue na próxima sexta-feira.

“Até agora, porém, o governo, de forma intransigente, tem recusado contabilizar os 9 anos, 4 meses e 2 dias de atividade desenvolvida pelos docentes nos períodos de congelamento das carreiras e ameaça não só apagar mais de 6,5 anos (70%) desse tempo, como adiar para próximas legislaturas a concretização de qualquer medida que possa tomar, abrindo portas à liquidação da carreira docente”, indicam ainda.

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São dez as organizações sindicais de docentes que convocam esta ação de protesto: ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU.

O pré-aviso de greve será entregue em mãos pelos dirigentes sindicais no Ministério da Educação pelas 11h00 de sexta-feira, o último dia da semana de plenários que os sindicatos estão a realizar em todo o país.

“Em todos eles foi aprovada uma tomada de posição, em que os professores ratificam a estratégia negocial e de luta apresentada pelas suas organizações sindicais”, adiantam as estruturas sindicais no comunicado divulgado esta quarta-feira.

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Três recados do Tribunal de Contas Europeu para não se gastar mal os fundos de coesão

Tribunal de Contas alerta que atrasos na negociação do quadro comunitário 2014-2020 colocaram as administrações nacionais sob pressão para utilizar os fundos rapidamente, nem sempre da melhor forma.

A Comissão Europeia deve garantir que as revisões dos Programas Operacionais são feitas com vista a obter melhores resultados porque “os atrasos na finalização do quadro jurídico” e a “lenta execução dos planos de despesas colocam as administrações nacionais sob pressão para utilizar os fundos rapidamente, por vezes em detrimento do desempenho”. Esta é uma das recomendações do Tribunal de Contas Europeu depois de avaliar os períodos de programação de 2007-2013 e 2014-2020. Uma avaliação que surge num momento em que os Estados membros já deram início aos exercícios de reprogramação do atual quadro comunitário, como é o caso de Portugal e já se começam a discutir as próximas perspetivas financeiras.

De acordo com o Tribunal de Contas Europeu, para absorver mais rapidamente o financiamento comunitário, “os Estados‑membros reviram os programas, dividiram os projetos em fases e utilizaram os fundos da UE para cofinanciar projetos já financiados a nível nacional”. Uma situação que em Portugal não teve a ver apenas com a absorção de fundos, mas também com as contas públicas, já que ao financiar projetos já realizados com investimento público foi possível melhorar os valores do défice orçamental, numa altura em que Portugal estava sob assistência financeira.

Os Estados‑membros reviram os programas, dividiram os projetos em fases e utilizaram os fundos da UE para cofinanciar projetos já financiados a nível nacional.

Tribunal de Contas Europeu

No entanto, “algumas destas medidas centraram‑se sobretudo na utilização das verbas e na conformidade com as regras em detrimento dos resultados”, refere o Tribunal no seu mais recente relatório sobre a utilização dos fundos por parte dos Estados. Por outro lado, “as frequentes revisões dos programas põem em causa a qualidade das análises subjacentes ao processo de programação“. “Além disso, a Comissão não tem uma visão geral completa de todas as medidas utilizadas e do seu impacto, devido à falta de informações prestadas pelos Estados‑membros e a insuficiências na comunicação de informações”, identifica o tribunal.

A grande conclusão é de que os Estados “devem utilizar os fundos da política de coesão de forma mais eficaz” e que “a sua utilização não se deve tornar num fim em si mesma”, por isso o Tribunal deixa três recomendações ao Conselho e ao Parlamento Europeu:

  • “Um calendário para a negociação e aprovação do quadro jurídico e dos documentos de programação, a fim de garantir que a execução dos PO possa começar no início do período de programação”. Uma recomendação que ganha relevância num momento em que se discute o novo quadro financeiro plurianual e pelo meio estão previstas eleições europeias.
  • “Quando estejam em causa elementos essenciais do desempenho, assegurar que as revisões dos PO se baseiam numa avaliação sólida e completa dos programas e acordos de parceria e das correspondentes necessidades e que a revisão é feita essencialmente com vista a obter melhores resultados; garantir que tem meios para obter as informações necessárias ao acompanhamento da absorção, analisar as situações de absorção lenta e rápida e proceder a uma avaliação ex ante da necessidade e do impacto das medidas, a fim de determinar se as utiliza ou não”;
  • “Quando proporciona apoio específico para acelerar a execução, assegurar que são tomadas medidas com ênfase na obtenção de resultados positivos“.

Para o Tribunal “é fundamental que os Estados-Membros evitem situações em que um montante significativo de fundos se mantenha por absorver no final do período de programação, pois a pressa na sua absorção pode levar a não considerar devidamente a relação custo-benefício. Por isso, embora a absorção seja importante para atingir os objetivos da política, não é um fim em si mesma”.

É fundamental que os Estados-Membros evitem situações em que um montante significativo de fundos se mantenha por absorver no final do período de programação, pois a pressa na sua absorção pode levar a não considerar devidamente a relação custo-benefício.

Tribunal de Contas Europeu

Além disso, a sobreposição de quadros comunitários torna a situação ainda mais complicada. O Tribunal receia que os problemas verificados no final do período 2007-2013 — que levaram a Comissão a criar um grupo de trabalho para ajudar os países a absorver os fundos (foram oito os que beneficiaram deste apoio) — se repitam numa escala ainda mais grave neste quadro comunitário, já que “o início da execução foi lento no período de 2007‑2013, mas foi ainda mais lento no de 2014‑2020″.

O processo de encerramento do período de 2007‑2013 ainda está em curso na Comissão Europeia, pelo que o valor total dos pagamentos e do financiamento não utilizados ainda está por determinar, sublinha o relatório.

“É fundamental evitar situações em que seja necessário utilizar um montante significativo de fundos de forma precipitada no final de um período de programação, pois poderá não se considerar devidamente a relação custo‑benefício. A utilização das verbas torna‑se um fim em si mesma e não um meio de alcançar os objetivos das políticas”, diz Henri Grethen, o membro do Tribunal de Contas Europeu responsável pelo relatório, citado em comunicado. Etienne Ansotte/ EC - Audiovisual Service 1 Outubro, 2010

Na resposta ao relatório especial do Tribunal de Contas Europeu, a Comissão garante que “os programas aprovados relativamente tarde comparativamente à média podem facilmente recuperar o atraso, dependendo das circunstâncias, e obter resultados melhores do que níveis de absorção médios até ao final do período”. Até porque, justifica a Comissão “a regra «N+2» impõe uma disciplina orçamental mais forte, e incentiva a uma mais rápida execução orçamental. Uma lista de projetos em condições de serem executados de imediato também constitui um importante fator de êxito para o desempenho e a absorção dos programas”.

Por outro lado, a Comissão considera que não existe “um risco maior em termos de absorção no final do período de programação de 2014-2020 em comparação com o de 2007-2013”. “Tendo em conta a regra «N+3» e as taxas de seleção atuais, bem como os pagamentos certificados pelos beneficiários, a Comissão considera que, em 2014-2020, é possível que se atinja o mesmo nível de absorção que em 2007-2013”, escreve o Executivo comunitário.

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RFF destacado no “250 Private Client Global Elite Lawyers” da Legal Week de Londres

O advogado Rogério Fernandes Ferreira, sócio e fundador da RFF & Associados, é o único advogado português incluído nos "250 Private Client Global Elite Lawyers" pela Legal Week de Londres.

O advogado Rogério Fernandes Ferreira, sócio e fundador da RFF & Associados, é o único advogado português incluído nos “250 Private Client Global Elite Lawyers” pela Legal Week de Londres.

Foram previamente selecionados, do mundo inteiro, apenas 6000 advogados.

A RFF indica que a aposta na internacionalização dos seus serviços jurídicos, agora coroada, é para manter e reforçar, incluindo nesta área de actividade, que tem crescido desde a sua fundação, em 2012, e que conta já com seis advogados especializados de diferentes nacionalidades.

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Governo: Investimento com fundos europeus aumentou 75%

  • Marta Santos Silva
  • 19 Setembro 2018

O Governo quer que o Programa Nacional de Investimentos tenha continuidade em vários mandatos e por isso vai procurar uma aprovação por dois terços da Assembleia. Mas o Montijo é para avançar já.

Pedro Marques garantiu esta quarta-feira no Parlamento que o Programa Nacional de Investimentos (PNI) é para prolongar por várias legislaturas, pelo que pretende atingir uma maioria de dois terços no Parlamento para garantir um apoio interpartidário às apostas escolhidas. Criticado por partidos à esquerda e à direita do PS, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou que o diálogo que o Governo procura criar em redor das propostas do PNI não impede que os projetos atualmente em processo continuem a avançar, como é o caso da expansão do aeroporto de Lisboa para a base militar do Montijo.

Pedro Marques disse ainda que o nível de investimento público financiado por fundos comunitários cresceu 75% no primeiro semestre de 2018 relativamente ao primeiro semestre do ano passado.

Num debate temático escolhido pelo Partido Socialista para se focar no investimento público em infraestruturas, o ministro do Planeamento assinalou, na sua intervenção inicial, a importância de um consenso alargado sobre o Programa Nacional de Investimentos, referindo que o Governo está ainda no processo de ouvir especialistas setoriais, representantes das empresas, membros da sociedade civil, da academia e também representantes das regiões para obter contributos. “Este é o tempo de o fazer, os portugueses não nos exigem nada menos”, afirmou.

Pedro Marques foi criticado por deputados à esquerda do PS, que pediram mais informações sobre os investimentos que o Governo tenciona realizar. “Quais são as opções estratégicas que o Governo defende, o que é que o Governo propõe para o debate, em relação a projetos estruturantes do ordenamento do território, do desenvolvimento e coesão territoriais?”, perguntou o deputado do PCP Bruno Dias, que confrontou ainda o ministro sobre se tenciona avançar com o projeto “aberrante” de um aeroporto na base aérea do Montijo.

“O que está programado é para executar, o aeroporto de Lisboa está muito para lá dos limites da sua capacidade”, respondeu o ministro. “É um investimento que estará pronto em poucos anos; é um investimento, como o próprio Ministro do Ambiente tem dito, que terá menos impactos ambientais do que construir um aeroporto novo”.

Do lado do PSD, Carlos Silva acusou o Governo de “desviar atenção para os fundos 2030” em vez de se focar na execução e avaliação do programa Portugal 2020, e Virgílio Macedo acusou o Governo de ter presidido a dois anos “verdadeiramente negros” para o investimento público. “Este Governo tem usado o investimento público como uma variável que sacrifica para poder cumprir as metas do défice público”, acrescentou.

O PSD e o CDS-PP pediram ainda ao Governo que atentasse no documento de base do PETI3+, onde já estão detalhados investimentos considerados necessários. “O Partido Socialista só precisa de dizer que investimentos quer acrescentar e quais quer retirar relativamente ao documento que já existe para o PSD”, disse Virgílio Macedo. Pedro Mota Soares acrescentou: “O Governo apresentou um PowerPoint cheio de intenções pias, sempre as palavras simpáticas que gostamos de ouvir. Mas neste momento o PNI não tem nada, pode ser um Programa Nacional de Intenções, mas de investimentos não conhecemos nenhuns”, disse, comparando-o com o PETI3+ que tinha “400 e poucas páginas, com os investimentos detalhados um a um”.

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IPO do retalho da Sonae em três números (e três que ainda falta saber)

A Sonae MC está a dar passos largos rumo à bolsa. Semana a semana vai deixando cair o véu sobre a operação. Já se conhecem alguns detalhes daquele que promete ser o IPO do ano.

A Sonae está cada vez mais perto de ter mais uma empresa em bolsa. Desta vez é a Sonae MC, que está prestes a entrar no mercado de capitais português naquela que será a operação do ano em Lisboa.

Já vão sendo conhecidos alguns detalhes da operação de dispersão. Conheça, neste artigo, três números relevantes para este IPO, mas também outros três que falta saber para que os investidores possam decidir se querem, ou não, participar nesta estreia na praça portuguesa.

IPO ainda em 2018. É no quarto trimestre

Uma das novidades na mais recente informação prestada ao mercado é o timing da operação de dispersão das ações do negócio do retalho. “A Sonae MC pretende solicitar a admissão à negociação das ações na Euronext Lisbon e, sujeita às aprovações necessárias e condições de mercado favoráveis, é expectável que a admissão à negociação ocorra no último trimestre de 2018″, refere a Sonae em comunicado enviado à CMVM.

  • O que falta saber? O dia

O que a Sonae não diz ainda é o dia em que espera que as suas ações entre efetivamente em bolsa — e, consequentemente, o período em que será possível colocar ordens de compra junto dos intermediários financeiros que, habitualmente, ocorre duas semanas antes do toque do sino na Euronext Lisboa.

O quarto trimestre do ano compreende os meses de outubro, novembro e dezembro, sendo que este último tende a ser menos propício a operações deste género tendo em conta a época festiva. Ainda assim, um dos mais recentes IPO em Lisboa aconteceu neste mês. Foram os CTT.

Pelo menos um quarto da empresa vai para a bolsa

A Sonae quer manter “uma posição acionista maioritária” na nova empresa que vai colocar em bolsa. Tem como “objetivo atingir um ‘free-float’ mínimo de aproximadamente 25%“, refere no comunicado enviado à CMVM, acrescentando que ao contrário do plano inicial, afinal a oferta vai ser destinada tanto a grandes como a pequenos investidores.

“Sujeita às condições de mercado e à obtenção das autorizações regulatórias necessárias, é expectável que a oferta seja composta por uma oferta pública a investidores qualificados e não qualificados em Portugal e uma oferta particular internacional a certos investidores institucionais” de várias nacionalidades, conclui.

  • O que falta saber? A percentagem para os pequenos investidores

Houve uma mudança nos planos da Sonae. Agora, os pequenos investidores também vão poder participar naquela que será a operação do ano na bolsa nacional. Contudo, não é revelado qual a percentagem do capital que a empresa vai reservar para estes pequenos subscritores.

25% do capital, no mínimo, irá para o mercado, com a Sonae a manter o remanescente. Destes 25%, a maior “fatia” estará reservada aos institucionais, que em regra têm montantes mínimos de investimento elevados. Aos pequenos investidores deverá caber uma tranche reduzida, sendo que poderá ser utilizado o mecanismo do “clawback“, que permitirá ajustar a oferta de ações para os dois lados (institucional e pequenos investidores) consoante a procura registada.

40% a 50% dos lucros vão para os investidores

Outra das novidades rumo ao IPO da Sonae MC é a promessa de dividendos que é feita pela empresa no comunicado enviado à CMVM. “A Sonae MC tenciona manter um rácio de dívida líquida de final de ano sobre EBITDA ajustado inferior a duas vezes no médio prazo, com o objetivo de ter um pay-out ratio [rácio entre dividendos a distribuir e os lucros obtidos] de 40% a 50% do resultado líquido ajustado e após interesses minoritários”, diz.

  • O que falta saber? A rentabilidade do dividendo (e o preço das ações)

A Sonae MC registou um lucro de 115 milhões de euros no ano passado. Tendo em conta estes resultados, à luz da promessa feita pela empresa, isto significaria que entre 46 milhões e 57 milhões de euros iriam para os bolsos dos acionistas.

A dúvida está na rentabilidade da remuneração prometida. Para saber o dividend yield que os títulos vão oferecer, será necessário conhecer qual o número de ações que vão ser colocadas no mercado, mas principalmente qual o valor que cada uma dessas ações terá. Aquando da apresentação do prospeto da operação, a Sonae deverá divulgar os dois números, sendo que o segundo deverá apontar para um intervalo de valores. Só mediante a procura é que será definido, depois, o preço final de cada ação, servindo esse de referencial para a primeira sessão em bolsa.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Santander responde por 19 dos 26 projetos de investimento de reabilitação no âmbito do IFRRU 2020. O BPI por cinco operações. Mas em ambos os casos o valor do investimento associado é de 60 milhões. O sistema de pagamentos, gerido e regulado pelo Banco de Portugal, já permite aos bancos disponibilizarem transferências imediatas. Dez segundos bastarão para ter o dinheiro na conta.

O Santanter Totta é o banco que financia o maior número de operações de reabilitação urbana com apoios de verbas comunitárias. Até 31 de julho o banco espanhol financia 19 dos 26 contratos de investimento celebrados no âmbito do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana (IFRRU 2020). Em causa estão 48% do total do investimento feito com condições mais vantajosas do que as oferecidas no mercado em termos de taxas de juro, maturidades e períodos de carência.

Dar uma ordem de transferência e ter o dinheiro disponível quase automaticamente na conta bancária de destino já é possível. E, para tal, não precisa de usar o MBWay. Chegou o sistema de pagamentos, gerido e regulado pelo Banco de Portugal, assente no SEPA, que promete operações em apenas dez segundos. O sistema é de adesão facultativa, e nem todos os bancos aderiram a este novo modelo de transferências bancárias.

Vem aí o IPO (initial public offering) do ano em Lisboa. A Sonae sempre vai colocar o seu negócio de retalho na bolsa portuguesa. A oferta será dirigida para todo o tipo de investidores (pequenos e grandes, portugueses e internacionais) e a Sonae MC apresenta uma mão cheia de argumentos para não ficar de fora da operação que vai acontecer até final do ano.

O PS não vai pedir a fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional (TC) da chamada lei da Uber, rejeitando assim aquela que é a exigência dos taxistas para que desmobilizem as concentrações de protesto que decorrem esta quarta-feira em Lisboa, Porto e Faro.

A Ordem dos Advogados vai reduzir o valor das quotas pagas pelos advogados. Ou seja: um advogado que até aqui pagava 18,75 euros de quotas por mês vai passar a pagar 15 euros. Isto no caso dos mais jovens (que só tem quatro ou menos anos de profissão). As alterações serão discutidas na assembleia geral da OA marcada para 15 de outubro e entrarão em vigor em janeiro.

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Fintech e regtech em debate na Cuatrecasas

O mote do evento é mostrar de que forma as soluções tecnológicas aplicadas ao trabalho regulatório e aos serviços financeiros podem apoiar as instituições financeiras. Decorre no próximo dia 21.

A Cuatrecasas e o Observatório Português de Compliance e Regulatório (OPCR) debatem o futuro das regtech e fintech, no próximo dia 21 de setembro. O debate vai contar com a presença de Hanna Deleanu, investigadora da Universidade de Utrecht, cujo trabalho se foca na conceção de mecanismos de governance que reduzam o crime financeiro ao nível da corrupção e branqueamento de capitais.

O debate surge numa altura “em que o setor financeiro tem estado particularmente vulnerável à disrupção, com novos agentes económicos a emergirem e a agitarem o mercado”, refere Paulo Costa Martins, sócio de bancário, financeiro e mercado de capitais da Cuatrecasas. Destina-se, por isso, a clientes e parceiros que queiram perceber como as melhores soluções tecnológicas aplicadas ao trabalho regulatório e aos serviços financeiros podem apoiar as instituições financeiras.

“A PSD2 e o aparecimento das fintechs, conjugado com uma alteração dos hábitos dos consumidores, está a operar uma mudança de paradigma no setor financeiro”, acrescenta o advogado.

Também Miguel Trindade Rocha, diretor na EY e presidente executivo do OPCR diz que houve um aumento da regulação de forma acentuada e que esta se tornou “mais complexa e árdua, levando as instituições a uma maior atenção aos temas regulatórios, bem como, inevitavelmente, a uma acrescida pressão ao nível dos custos”.

Entre outros temas, vão ser abordadas as formas de implementar regtech para redução de custos de aumento da transparência, bem como casos de sucesso e insucesso que ajudam a decidir sobre soluções fintech.

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Draghi defende criação de um fundo “considerável” contra crises na Zona Euro

Para o presidente do Banco Central Europeu, o fundo contra crises, a ser criado, deve ser "considerável".

Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, defende durante uma conferência em Berlim que a Zona Euro deve ter um fundo contra crises “considerável” para complementar as políticas monetárias.

Para este instrumento orçamental, apresenta duas condições. “Primeiro, deve ser considerável, para que possa restaurar a capacidade total de estabilização orçamental“, disse Draghi, em Berlim, citado pela Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). “E segundo, deve ser adequadamente projetado de modo a conter o risco moral“, completa.

Para o presidente do BCE, um instrumento deste tipo traria mais estabilidade tanto para a Zona Euro como para cada um dos estados-membros. Isto não invalida que cada país adote políticas monetárias, mas essas não são sempre suficientes, explica.

Não é a primeira vez que uma ideia destas é lançada, mas não ainda não foi concretizada. O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, já alertou para a possibilidade de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China faça abrandar a economia mundial.

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Alívio na tensão comercial anima bolsas. BCP puxa por Lisboa

O banco liderado por Miguel Maya subiu mais de 1%, puxando pela bolsa. O retalho também brilhou, nomeadamente a Sonae, após dar novos detalhes sobre o IPO da Sonae MC.

A praça portuguesa encerrou em alta, avançando pela terceira sessão consecutiva, impulsionada pelo BCP e pelo setor do retalho. Lisboa acompanhou, assim, a tendência positiva do resto da Europa, numa altura em que os investidores seguem animados com o alívio das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

O PSI-20 fechou a subir 0,22%, para os 5.373,06 pontos, com oito cotadas em queda, duas inalteradas e oito em alta, com o banco liderado por Miguel Maya em destaque.

A contribuir para este movimento esteve, sobretudo, o BCP, que somou 1,6%, para os 25,3 cêntimos por ação. Esta valorização segue-se à subida de 3,68% já registada na sessão anterior.

BCP puxa pela bolsa de Lisboa

Com ganhos superiores a 1% terminaram também a Navigator, que avançou 1,16%, para os 4,36 euros por ação, e a Jerónimo Martins, que encerrou com um ganho de 1,08%, para os 13,15 euros.

No retalho, o destaque foi para a Sonae, que formalizou a intenção de entrar em bolsa com a Sonae MC, o seu negócio de retalho, uma operação que deverá acontecer ainda este ano. A Sonae acabou por encerrar a sessão a subir 0,74%, para os 95,9 cêntimos por ação, isto depois de ter disparado quase 5% no dia anterior.

A impedir maiores subidas esteve o setor energético, com a Galp Energia a recuar 0,46%, para os 16,25 euros, e a EDP a perder 0,31%, para os 3,24 euros. Também a REN encerrou em baixa, a cair 0,98%, para os 2,43 euros por ação.

No resto da Europa, o dia também foi de ganhos. O Stoxx 600 valorizou em torno de 0,3%, numa sessão em que se destacam as praças francesa e alemã, ambas a registarem subidas à volta de 0,5%. Isto depois de, esta quarta-feira, o Presidente norte-americano ter mostrado disponibilidade para negociar o fim da guerra comercial com a China.

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Tusk anuncia cimeira extraordinária dedicada ao Brexit em novembro

  • Lusa
  • 19 Setembro 2018

Para o presidente do Conselho Europeu, há propostas de Theresa May que "precisam de ser trabalhadas e mais negociadas".

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou esta quarta-feira que vai propor a realização de uma cimeira extraordinária em novembro dedicada ao Brexit.

“Amanhã [quinta-feira], no encontro a 27, vou propor que seja realizada uma cimeira adicional em meados de novembro”, anunciou Tusk, numa conferência de imprensa em Salzburgo, na véspera de uma cimeira informal, organizada pela presidência austríaca da União Europeia (UE).

O presidente do Conselho Europeu esclareceu haver propostas da primeira-ministra britânica, Theresa May, que “precisam de ser trabalhadas e mais negociadas”, nomeadamente as que respeitam à questão irlandesa e ao quadro para a futura relação económica entre o Reino Unido e a UE. “Gostaria de finalizar as negociações este outono”, salientou.

As negociações do Brexit estão a entrar numa fase decisiva”, lembrou Tusk, assinalando que as propostas de May no Livro Branco conhecido como Chequers “indicam uma evolução positiva na abordagem do Reino Unido e uma vontade de minimizar os efeitos negativos do Brexit.

Os líderes da UE reúnem-se esta quarta-feira num jantar informal a 28 organizado pela presidência austríaca, a que se segue, na quinta-feira, um encontro a 27, sem a presença de Theresa May.

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Aliança nasce com 13 mil assinaturas. Santana Lopes quer lugar entre os maiores partidos

Santana Lopes entregou quase 13 mil assinaturas no Tribunal Constitucional para formar o Aliança, a nova organização partidária que "quer ganhar um lugar entre os maiores partidos em Portugal".

Santana Lopes entregou esta tarde quase 13 mil assinaturas no Tribunal Constitucional para formalizar a criação do seu novo partido, o Aliança. Será um partido “europeísta mas apaixonado por Portugal”, vem para “criar um melhor ambiente político” e ganhar um lugar entre os maiores partidos, adiantou o seu fundador. “Queremos falar da realidade das pessoas e ter as melhores soluções para os seus problemas”, disse ainda.

Em declarações transmitidas pela Sic Notícias à saída do TC, Santana Lopes deixou uma ideia daquilo que será a nova organização política “de acordo com o século XXI”: “Teremos inscrições online, queremos interagir online com os portugueses, com quem queira inscrever-se no partido, com os simpatizantes”. E por aqui o fundador prevê uma estrutura simples e low cost.

Mais do que ser oposição, o Aliança pretende melhorar o ambiente político em Portugal e ser exigente: com o Governo e com os outros órgãos de soberania, incluindo o Presidente da República, assinalou ainda Santana Lopes.

"O Aliança não nasce para ter um dígito, nasce para ganhar um lugar entre os maiores partidos nacionais.”

Santana Lopes

Fundador do Aliança

“A Aliança nasce para fazer aquilo que é correto, para falar dos assuntos concretos e falar da realidade das vidas das pessoas”, declarou, destacando que o partido quer distinguir-se dos outros por ser aquele que apresenta “as melhores soluções para os problemas das pessoas”.

Santana Lopes revelou ainda que o Aliança vai concorrer em todos os atos eleitorais com ambição: “Não nasce para ter um dígito, nasce para ganhar um lugar entre os maiores partidos nacionais“. “Isso vai exigir muito trabalho, andar pelo país, falar com as pessoas, ter soluções para os problemas”, considerou.

Sobre o financiamento do partido, o fundador disse que virá das quotas dos militantes, do crowdfunding e dos próprios membros que fundaram o Aliança.

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Santander Totta financia quase todos os projetos de reabilitação urbana com verbas comunitárias

Santander responde por 19 dos 26 projetos de investimento de reabilitação no âmbito do IFRRU 2020. O BPI por cinco operações. Mas em ambos os casos o valor do investimento associado é de 60 milhões.

O Santanter Totta é o banco que financia o maior número de operações de reabilitação urbana com apoios de verbas comunitárias. Até 31 de julho o banco espanhol financia 19 dos 26 contratos de investimento celebrados no âmbito do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana (IFRRU 2020). Em causa estão 48% do total do investimento feito com condições mais vantajosas do que as oferecidas no mercado em termos de taxas de juro, maturidades e períodos de carência.

“O Santander tem atualmente 19 contratos de financiamento (do total dos 26 contratos já efetuados ao abrigo do IFRRU 2020), num montante de 40,2 milhões de euros. Em termos de investimento total, estes projetos representam um valor superior a 60 milhões de euros e irão beneficiar dez concelhos do país: Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Lisboa, Funchal, Matosinhos, Odemira, Porto e Vila Nova de Gaia”, avançou ao ECO fonte oficial do banco.

Por outro lado, o BPI é responsável por cinco destas 26 operações, que implicam “um financiamento de 48,4 milhões de euros e tem um investimento associado cerca de 60 milhões de euros”, confirmou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Pablo Forero. Isto significa que o Santander diversifica mais as suas apostas, mas o BPI tem um nível de financiamento superior. Por exclusão de partes, o BCP, que não respondeu às questões do ECO, terá financiado as outras duas operações.

Mas, a avaliar pelo pipeline dos bancos há muitos outros projetos de reabilitação integral de edifícios, com mais de 30 anos, ou reabilitação de espaços e unidades industriais abandonadas ou ainda intervenções em edifícios de habitação social alvo de reabilitação integral que aguardam luz verde. O Santander, no final de junho, tinha 334 intenções de investimento, num montante de investimento de 885 milhões de euros” e o BPI estava a analisar, no final de julho, 36 operações com um “investimento associado de cerca de 165 milhões de euros”, avançaram as respetivas fontes oficiais.

Aliás, em agosto, o BPI noticiou a 30 de agosto que ia financiar o projeto de reabilitação integral do antigo edifício da Coimbra Editora, em Coimbra, onde será instalada a futura sede e centro tecnológico do Grupo Ctitical, que irá acolher 500 colaboradores da tecnológica portuguesa. Este é o primeiro projeto financiado pelo BPI na Região Centro no âmbito do IFRRU 2020, revelou o banco em comunicado enviado às redações.

O Santander, o BPI e o BCP foram os três bancos selecionados para operacionalizar este instrumento financeiro de 1,45 mil milhões de euros que apoia empréstimos com maturidades até 20 anos, períodos de carência no máximo de quatro anos e taxas de juro abaixo das praticadas no mercado ou então garantias associadas a empréstimos concedidos por estes bancos. O IFRRU 2020 conjuga fundos da banca comercial com dotações do Portugal 2020, do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB).

De acordo com a secretária de Estado da Habitação, “o IFRRU é uma maneira muito interessante de alavancar fundos adicionais para a revitalização e a reabilitação urbana”, e apesar de estarem contratados apenas 123 milhões de euros, tendo em conta o montante global disponibilizado, Ana Pinho recusa que haja quaisquer atrasos. “Os dados que temos é que a execução, ao contrário de atrasada, está mais avançada do que a expectativa, tendo em conta o período de tempo em que está disponível nos balcões” dos bancos, disse ao ECO, a responsável no início de agosto.

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