Fim do roaming faz disparar utilização de dados na UE

  • Lusa
  • 16 Junho 2018

O tráfego das comunicações feitas por utilizadores portugueses em roaming “aumentou substancialmente” no seio da União Europeia, diz a Anacom.

A utilização de dados móveis por clientes portugueses em roaming na União Europeia aumentou 370% entre o terceiro trimestre de 2016 e o mesmo período de 2017, abrangendo três meses do fim das taxas aplicadas ao serviço, segundo o regulador nacional.

Questionada pela Lusa, quando se assinala um ano da entrada em vigor do acordo sobre o fim destas taxas no espaço económico europeu (a nova lei vigora desde 15 de junho de 2017), a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) indica que o tráfego das comunicações feitas por utilizadores portugueses em roaming “aumentou substancialmente” no seio da União Europeia (UE).

O regulador — que só indicou dados deste período — precisa que a maior subida se verificou nos dados móveis, cuja utilização aumentou, então, 370% entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2017.

Neste período, também se registaram subidas no total de chamadas de voz recebidas e efetuadas e na troca de mensagens de texto, acrescenta a Anacom, falando em aumentos de 66%, de 49% e de 98%, respetivamente.

Já aludindo ao número de assinantes que usaram roaming, “pelo menos, uma vez no trimestre” no seio da União Europeia, o regulador português das telecomunicações aponta que “o tráfego por utilizador também aumentou substancialmente, em particular para o serviço de dados”, que subiu 362% entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2017.

O tráfego por utilizador para as chamadas de voz recebidas e efetuadas e para a troca de mensagens de texto teve um acréscimo de 63%, 47%, 94%, respetivamente.

"O tráfego por utilizador também aumentou substancialmente, em particular para o serviço de dados, que subiu 362% entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2017.”

Anacom

Questionada pela Lusa sobre reclamações recebidas neste primeiro ano da medida, a Anacom afirma que o número “não é significativo”.

“A maioria é relativa a assuntos de faturação e destas [reclamações] destaca-se o desconhecimento por parte dos utilizadores das novas regras do roaming”, adianta esta entidade.

Desde há um ano que as comunicações feitas noutro país da União Europeia são cobertas pelo pacote nacional, significando que quando os portugueses viajam para outro país europeu já não estão sujeitos a tarifários mais caros do que os pagos quando comunicam através do telemóvel em Portugal.

O fim do roaming — serviço pago, prestado pelos operadores de telecomunicações, que permite utilizar os equipamentos móveis no estrangeiro para realizar e receber chamadas de voz, enviar e receber mensagens de texto e utilizar a Internet — levou mais de dez anos a tornar-se realidade, tendo sido anunciado, pela primeira vez, em maio de 2006.

A entrada em vigor do acordo provocou mudanças no serviço prestado pelas operadoras de telecomunicações, que deixaram automaticamente de aplicar a taxa de roaming e passaram a ter de informar os clientes sobre o fim destas tarifas e sobre como é que os seus tarifários específicos iriam ser afetados.

A Lusa questionou as principais operadoras de telecomunicações sobre a alteração, com a Nos a responder que este tipo de medidas “tem um impacto direto nas receitas, não obstante os custos acrescidos pela prestação de serviços móveis em roaming que recaem sobre os operadores nacionais”.

Sem especificar números, a Nos vincou que “os constantes investimentos feitos no aumento de capacidade e melhoria de rede para servir um número cada vez mais elevado de turistas, que não é compensado pelas receitas, criam uma pressão adicional que a médio-longo prazo levará a que as operadoras percam capacidade de investimento sobretudo em inovação”.

Por seu lado, a Nowo assinalou que, “em termos de implementação correu tudo bem e atempadamente”, destacando “a facilidade e a simplicidade como tudo aconteceu”.

A empresa explicou que, como atua como operadora móvel virtual, “teve apenas de alterar as mecânicas dos seus tarifários” e de informar os clientes, coordenando com um prestador de serviços “os processos subsequentes”.

A Nowo adiantou não ter tido registo de reclamações neste primeiro ano, “mas sim feedback positivo em termos dos indicadores de satisfação”.

A Lusa questionou ainda a Altice, dona da Meo, e a Vodafone, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta.

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Deputados do PS preparam normas anti-abuso para acordo laboral

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 16 Junho 2018

Período experimental é uma das matérias que levanta preocupações dentro do PS. Carlos César já tinha avisado que é possível introduzir normas que evitem "quaisquer abusos".

O líder do grupo parlamentar do PS já avisou que os socialistas querem apresentar propostas de alteração às medidas defendidas pelo Governo no âmbito da lei laboral e mostrou “dúvidas” sobre as mexidas no período experimental. Carlos César também salientou que é possível introduzir “algumas normas que possam evitar quaisquer abusos” na lei. Ao que o ECO apurou, há deputados que defendem a importância dessas normas anti-abuso em algumas medidas acordadas em concertação social, e o período experimental é uma das preocupações.

No caso de contratos sem termo, o Governo quer aplicar o período experimental de 180 dias a trabalhadores à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração, mas dentro do PS existe a ideia de que é preciso garantir que esta medida não se torna um expediente para rodar trabalhadores, transformando-se numa forma alargada de precariedade. E há também a ideia de que este tipo de normas de controlo não coloca em causa o acordo de concertação social.

Ainda que haja quem sublinhe que os deputados estão do lado de Vieira da Silva, também há quem aponte para o tom mais tenso na reunião desta quinta-feira — entre a bancada socialista e o ministro do Trabalho — salientando que o governante não apresentou previamente as medidas aos deputados, o que terá gerado desconforto com a forma como o processo se desenrolou. Ao que o ECO apurou, outros temas que suscitam preocupação entre alguns deputados passam pelo alargamento dos contratos de muito curta duração à generalidade dos setores e pelas exceções na taxa de rotatividade.

Os deputados do PS não querem violar o acordo assinado em concertação social e entendem que as propostas devem ser consensualizadas à esquerda. Ontem, em declarações aos jornalistas, Carlos César já tinha adiantado que o PS queria promover uma “concertação parlamentar” sobre a matéria, dialogando com todos, mas em particular com BE, PCP e PEV, noticiou a Lusa. Porém, os partidos da esquerda já se mostraram contra algumas medidas, nomeadamente o alargamento do período experimental.

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Dos EUA, Costa traz bagagem com milhões de dólares e milhares de empregos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Junho 2018

Depois de uma semana nos Estados Unidos, Costa volta com uma mala cheia de novas parcerias e investimentos. Google, Amyris e MIT são as principais mercadorias.

Costa volta a casa com uma série de novas parcerias na mala.Fotomontagem: Lídia Leão

Uma semana nos Estados Unidos parece pouco tempo para ver um país tão grande, mas foi o suficiente para António Costa travar conhecimentos com as pessoas que têm o futuro — e o dinheiro — nas mãos. O primeiro-ministro regressa a Portugal com uma mala cheia de novas parcerias e investimentos.

O primeiro-ministro esteve esta semana de visita à maior economia mundial, tendo celebrado o dia de Portugal com os emigrantes e os lusodescendentes no país. Mas as interações mais valiosas foram as feitas nas grandes empresas. Costa passou pela Google, pela Cisco, pela Amyris, e conseguiu, pelo menos em algumas, fechar negócios que vão da tecnologia ao vinho.

Google traz centro de desenvolvimento Android

Na passagem por Mountain View, onde está a primeira casa da gigante tecnológica Google, António Costa trouxe 1.000 postos de trabalho para juntar aos 500 que já tinham sido anunciados no princípio deste ano.

A Google vai instalar em Portugal uma unidade de formação e desenvolvimento do seu sistema operativo, o Android. Isto quer dizer que algum do software que vai andar nos bolsos de milhões de pessoas por todo o mundo vai sair de Oeiras. Segundo o primeiro-ministro, esta é uma “academia piloto”, a primeira na Europa.

O vice-presidente para os assuntos globais da Google, Kent Walker afirmou que continua a manter “uma conversa séria e muito construtiva com os membros do Governo português”, o que poderá dizer que à terceira é que será de vez.

O primeiro-ministro em Mountain View.Governo/Twitter

“A nossa apreciação é que Portugal é um dos países líderes da economia digital na Europa. Queremos continuar a apoiar os esforços do Governo português para desenvolver a digitalização da sua economia”, disse aos jornalistas Walker, na apresentação deste novo programa.

Caldeira Cabral, ministro da Economia do Governo de Costa, acredita que atrás da Google virão outras empresas do setor. “A Google está a atrair outras empresas que fazem parte do ecossistema e que trabalham com a Google”, afirmou o governante que acompanhou o primeiro-ministro nesta viagem pela “terra dos sonhos”.

Hub de biotecnologia da Amyris no Porto

Na Universidade de Stanford, também na solarenga Califórnia, as novidades juntam a inovação tecnológica à investigação e desenvolvimento na biologia. O primeiro-ministro esteve presente na assinatura do protocolo entre a Stanford Hoover Institution, o AICEP, a empresa norte-americana Amyris e a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto que vai trazer um hub de biotecnologia para o norte.

O centro europeu de investigação, desenvolvimento e inovação em bioprodutos vai implicar um investimento de 50 milhões de euros e a contratação de mais de 100 investigadores. Será assim instalada uma plataforma automatizada de bioengenharia, que juntará as mentes de todas estas instituições.

MIT Portugal para inteligência artificial

Também no campo na investigação e do desenvolvimento, foi anunciada uma parceria entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Estado que terá como principal componente a inteligência artificial. O programa desenvolver-se-á até 2030 e envolverá 120 milhões — metade a chegar de cada um dos lados do Atlântico.

A parceria entre as duas instituições já é antiga, mas passa agora para uma segunda fase, direcionada para a datascience e a machinelearning, todas estas do setor da automação.

TAP passa a ligar Lisboa a São Francisco

E para que todas estas sinergias sejam ainda mais fortes, a TAP passará a operar voos diretos entre Lisboa e São Francisco no próximo ano. No anúncio desta nova rota, Costa afirmou que a capital portuguesa será “a primeira cidade do sul da Europa a ter voos diretos de e para São Francisco”.

“Venham, não só para nos visitar, mas também para investirem e trabalharem connosco”, acrescentou o primeiro-ministro na apresentação.

Questionada pelo ECO, a transportadora aérea nacional não prestou quaisquer declarações em relação a este assunto, não havendo nenhuma informação relativa à rota nos canais online da mesma.

Pitch do Alqueva no Napa Valley

Este negócio não ficou fechado, mas o pitch ficou feito. Já em Napa Valley, a capital vitivinícola norte-americana, o primeiro-ministro deixou claro que os terrenos portugueses são férteis o suficiente para receberem o investimento estrangeiro. Principalmente a área de regadio do Alqueva.

“Temos uma elevada área por explorar na zona do Alqueva. Com o novo plano nacional de regadios vamos alargar até 2022, significativamente, as áreas de exploração que podem atrair importantes investimentos no Alqueva, no centro e norte do país”, declarou António Costa.

Apresentações feitas, parece então que o negócio estará perto de fechar, com fontes do Executivo a avançarem à agência Lusa que o Alqueva, a prazo, poderá receber um investimento com origem na Califórnia, na ordem dos 200 milhões de euros, para plantação de amendoeiras.

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Na estreia, DBRS dá rating de “lixo” à Madeira

A DBRS, que dá um rating de qualidade à dívida de Portugal, considera que as obrigações da Região Autónoma da Madeira exigem cautela. Atribuiu-lhes, na primeira avaliação, uma notação de "BB".

A DBRS passou a avaliar a qualidade da dívida da Região Autónoma da Madeira. E, na primeira avaliação, atribuiu-lhe uma classificação de “BB”, ou seja, considera que as obrigações da ilha são “lixo” financeiro.

A classificação atribuída pela agência de notação financeira canadiana, da qual Portugal esteve dependente ao longo dos últimos anos (já que era a única que lhe dava uma notação de qualidade), está a dois níveis de passar a nível de investimento. Para isso, teria de ser BBB (low). A perspetiva está “estável”.

"Apesar de o rácio de endividamento de 569% no final de 2017 ser muito elevado (numa comparação internacional), a tendência decrescente verificada nos últimos anos é positiva.”

DBRS

Para justificar este rating, a DBRS aponta “os elevados níveis de endividamento da Região Autónoma. Isto apesar da expectativa da DBRS de que as métrica da dívida deverão continuar a melhorar no médio prazo, apesar de a um ritmo lento”.

A DBRS explica que o forte crescimento da economia “permitiu à Madeira reduzir o extremamente elevado rácio da dívida desde 2012”. E nota que “apesar de o rácio de endividamento de 569% no final de 2017 ser muito elevado (numa comparação internacional), a tendência decrescente verificada nos últimos anos é positiva”.

“A localização geográfica”, mas também a “ainda elevada exposição do Governo às empresas da região, continuam a ser desafios determinantes para o perfil de crédito” da Madeira, salienta a equipa de analistas liderada por Nicolas Fintzel, vice-presidente de ratings soberanos globais, da DBRS.

A ajudar a que a notação da Madeira seja de “BB”, e não inferior, está, diz a agência canadiana, “apoio ao Governo regional por parte de Portugal”, a quem a DBRS atribui uma classificação de “BBB”.

(Notícia atualizada às 21h26 com mais informação)

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China responde às tarifas dos EUA. Wall Street recua

  • Rita Atalaia
  • 15 Junho 2018

Depois de Trump ter anunciado que os EUA vão impor tarifas a produtos chineses, a China não tardou a responder. O país já retaliou, aplicando tarifas de 25% sobre 659 produtos norte-americanos.

A China não tardou a responder à imposição de tarifas dos EUA a produtos chineses. O país já anunciou que vai aplicar taxas de 25% sobre 659 produtos norte-americanos. Uma intensificação da guerra comercial que teve impacto negativo nas principais bolsas norte-americanas. Wall Street encerrou a última sessão da semana em queda.

Enquanto o Dow Jones desceu 0,35% para 25.088 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,12% para 2.770 pontos. Já o tecnológico Nasdaq caiu 0,18% para 7.746 pontos.

Foi esta sexta-feira que Donald Trump anunciou que vai impor taxas aduaneiras de 25% sobre 50.000 milhões de dólares às importações chinesas, sem adiantar que produtos vão ser taxados. “A minha relação formidável com o presidente Xi [Jinping] da China e a relação do nosso país com a China são importantes para mim. No entanto, o comércio entre as duas nações é desequilibrado há muito tempo”, afirmou o presidente dos EUA.

A China disse logo que a resposta seria “imediata”. E cumpriu. De acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua, citada pela Reuters, a China vai impor tarifas de 25% sobre 659 produtos norte-americanos avaliados em 50 mil milhões de dólares.

“Esta é uma questão que ainda causa receios e incertezas no mercado. Mas o tom da Casa Branca pode mudar muito rapidamente“, afirmou Craig Birk, vice-presidente de gestão de portefólio da Personal Capital, à CNBC. “Este será um jogo longo, por isso não faz sentido [os investidores] reagirem de forma exagerada”, acrescentou.

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Hat-trick de Ronaldo dá empate com Espanha

  • ECO e Lusa
  • 15 Junho 2018

Portugal e Espanha empataram no primeiro jogo de ambas as seleções no Mundial da Rússia. Cristiano Ronaldo foi a estrela.

Apito final. Portugal e Espanha empataram no primeiro jogo de ambas as seleções no Mundial da Rússia, ficando cada uma com um ponto. Cristiano Ronaldo foi a estrela.

No encontro da primeira jornada do Grupo B, disputado em Sochi, na Rússia, Portugal e Espanha chegaram aos 90 minutos com três golos marcados, cada uma.

O capitão da seleção lusa, que se tornou o quarto jogador da história a marcar em quatro mundiais, faturou aos quatro minutos, de grande penalidade, aos 44, com a ajuda de um frango de De Gea, e aos 88, na transformação perfeita de um livre direto.

Por seu lado, Diego Costa, aos 24 e 55 minutos, e Nacho, aos 58, faturaram para os espanhóis, que repartem o segundo lugar do agrupamento com Portugal, com um ponto, a dois do líder Irão, de Carlos Queiroz, que bateu Marrocos por 1-0.

(Notícia atualizada às 20h59 com mais informação)

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Tribunal administrativo de Lisboa decide a favor do Governo sobre concurso de mobilidade dos professores

  • Lusa
  • 15 Junho 2018

No ano passado, o Ministério da Educação abriu um concurso de mobilidade interna que levou a forte contestação por parte dos docentes.

O tribunal administrativo de Lisboa decidiu “julgar totalmente improcedentes as pretensões” dos quase 200 professores que contestaram judicialmente os resultados do concurso de mobilidade interna de agosto passado, segundo a sentença a que a agência Lusa teve acesso.

No ano passado, o Ministério da Educação abriu um concurso de mobilidade interna (destinado aos professores dos quadros que querem mudar de escola), que levou a forte contestação por parte dos docentes por terem sido disponibilizadas apenas vagas para horários completos.

Quando foram disponibilizados os horários incompletos, muitos professores queixaram-se de terem sido ultrapassados por colegas menos graduados.

A contestação chegou a tribunal, com centenas de ações a serem agregadas numa ação de massas que o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa considerou improcedente, decidindo a favor dos argumentos do Ministério da Educação (ME).

Em declarações à Lusa, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, sublinhou a concordância do tribunal com um dos principais argumentos que o ME tem utilizado, inclusivamente no pedido de fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional, ainda por decidir, e que vai no sentido da defesa de que pagar um salário completo por um horário incompleto representa uma violação do princípio da igualdade.

A governante referiu, no entanto, que a decisão não põe em causa a repetição do concurso de mobilidade interna este ano, tal como foi decidido pelo parlamento no início de abril, estando o Governo a dar cumprimento à lei resultante dessa decisão da Assembleia da República.

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Novo Banco vende BES Vénétié em França. Valor da operação não foi revelado

  • Rita Atalaia
  • 15 Junho 2018

O banco liderado por António Ramalho cumpriu um dos objetivos para este ano: vender o BES Vénétié, em França, uma operação cujo valor não foi revelado pelo Novo Banco.

O banco liderado por António Ramalho cumpriu um dos objetivos para este ano: vender o BES Vénétié, em França. Apesar de não revelar um valor para esta operação, a instituição financeira, que foi vendida ao fundo Lone Star em outubro, salienta que a venda terá um “impacto positivo nos rácios de capital”.

“O Novo Banco celebrou com a sociedade Promontoria MMB SAS, sociedade constituída em França e subsidiária da Cerberus Capital Management, L.P., um contrato de compra e venda da participação de 87,5% por si detida do capital social do Banque Espírito Santo et de la Vénétie e ativos diretamente relacionados”, afirma o banco liderado por António Ramalho num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

No comunicado, a instituição financeira não indica qual o valor que encaixou com esta venda, referindo apenas que a conclusão da operação “terá um impacto positivo no rácio de capital Common Equity Tier I do Novo Banco”. Contactado pelo ECO, ainda não foi possível obter um comentário do Novo Banco.

"O Novo Banco celebrou com a sociedade Promontoria MMB SAS, sociedade constituída em França e subsidiária da Cerberus Capital Management, L.P., um contrato de compra e venda da participação de 87,5% por si detida do capital social do Banque Espírito Santo et de la Vénétie e ativos diretamente relacionados.”

Novo Banco

“Esta transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico”, afirma o banco que foi vendido ao fundo norte-americano Lone Star em outubro.

A venda do BES Vénétié, em França, era um dos objetivos de António Ramalho para este ano. Além desta operação, o banco quer ainda alienar o GNB Vida. Este processo está na fase final, com a Global Bankers na frente da corrida para ficar com o ramo segurador do Novo Banco.

(Notícia atualizada às 19h42 com mais informação)

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Há três interessados na CGD em Espanha. Quatro querem ficar com o banco na África do Sul

  • Rita Atalaia
  • 15 Junho 2018

Depois de o Governo ter aprovado a passagem da venda da CGD em Espanha e na África do Sul à fase final, o Executivo avançou agora com os nomes dos interessados nestas duas filiais do banco estatal.

Depois de o Governo ter aprovado a passagem da venda da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha e na África do Sul à fase final, o Executivo avançou agora com os nomes dos interessados nestas duas filiais do banco estatal. Há, ao todo, três potenciais compradores no Banco Caixa Geral, em Espanha, e quatro no Mercantile Bank Holdings Limited, na África do Sul.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira em Diário da República, para o banco da CGD em Espanha concorrem o banco Abanca, o Crédito Social Cooperativo (Cajamar) e o fundo norte-americano Cerberus European Investments. De fora desta corrida ficaram o Caja Rural Castilla-La Mancha, o Socrates Capital Holdings Limited e a Weston Hill Asset Management, SL.

No caso da África do Sul, estão a concorrer o consórcio composto pela Arise B.V. e Grindrod Limited, o banco Capitec Bank Limited, o banco Nedbank Group Limited, mas também o consórcio Riqueza, constituído pela Public Investment Corporation SOC Limited e a Bayport Financial Services. Entre os interessados no Mercantile Bank, foram 14 os que não foram selecionados.

Foi na quinta-feira que o Governo aprovou a resolução que permite que os potenciais compradores apresentem propostas vinculativas. “O Conselho de Ministros aprovou as resoluções que determinam a seleção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de ações detidas pela Caixa Geral de Depósitos”, lê-se no comunicado divulgado na quinta-feira.

“Os investidores selecionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das ações”, referiu ainda o Governo, salientando que, com este passo, se conclui “outro passo estratégico para a execução do calendário dos compromissos subjacentes à recapitalização da CGD pelo Estado”.

A administração da CGD comprometeu-se junto da Comissão Europeia a abandonar os mercados em Espanha, África do Sul, mas também Brasil, como contrapartida à capitalização estatal de 3,9 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 19h23 com mais informação)

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Governo lança linha de financiamento do BEI de 250 milhões para autarquias

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Junho 2018

A nova linha de financiamento é dedicada ao investimento de autarquias previsto no âmbito do Portugal 2020.

O Governo apresentou esta segunda-feira uma nova linha de financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 250 milhões de euros, dedicada ao investimento de autarquias previsto no âmbito do Portugal 2020.

“Esta linha, de 250 milhões de euros, destina-se apoiar o financiamento da contrapartida nacional de operações de investimento aprovadas no âmbito do Portugal 2020, promovidas pelas autarquias locais e suas associações, entidades intermunicipais e empresas do setor local”, afirma o Ministério das Finanças em comunicado.

Será dada a prioridade aos pequenos e médios projetos de valor a 50 milhões de euros, segundo o Governo. Sendo que o montante mínimo do empréstimo será de dez mil euros, com os municípios a beneficiarem de taxas de juro mais atrativas e de maturidades de empréstimos que podem ir até aos 20 anos.

Na sessão de apresentação, o ministro das Finanças, Mário Centeno, referiu que “o lançamento da primeira parcela desta linha de crédito de 750 milhões de euros contribuirá para um aumento significativo do investimento a curto e médio prazo e apoiará a criação de emprego e o crescimento económico“.

Estes fundos destinam-se a financiar investimentos mais direcionados na inovação e investigação, educação, desenvolvimento de negócios, saúde, eficiência energética e energias renováveis, melhoria do abastecimento de água, renovação urbana integrada, cobertura de banda larga e e-gov.

(Notícia atualizada às 13h12)

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

A maior plataforma de empréstimos a PME vai dispersar 25% do capital. O período de venda de ações arranca segunda-feira, estando prevista a entrada em bolsa para 18 de julho. Na oitava avaliação pós-programa de ajustamento, a Comissão Europeia, BCE e MEE voltam a salientar a necessidade de Portugal aproveitar as condições macroeconómicas para acelerar reformas estruturais.

A Raize, plataforma portuguesa de crowdfunding e a maior bolsa nacional de empréstimos a PME, vai dar o primeiro passo rumo à entrada em bolsa. Arranca esta segunda-feira a oferta pública de venda inicial dos títulos da empresa que têm um preço de 2,00 euros. Este período prolonga-se até 12 de julho, seguindo-se a entrada em bolsa, a 18 de julho.

A Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Mecanismo de Estabilidade Europeu realçam o forte desempenho da economia portuguesa em 2017, refletido num crescimento de 2,7% do PIB. No entanto, na oitava missão pós-programa de ajustamento, voltam a deixar o alerta para a necessidade de Portugal aproveitar as condições macroeconómicas para acelerar reformas estruturais. E querem ver a dívida a descer.

A Altice e a Prisa tinham fixado a data de 15 de junho para concluir, ou não, o negócio de compra da Media Capital. Os dois grupos tinham fixado, no contrato de compra e venda, a data de 13 de abril, mas o processo acabou por arrastar-se e, depois, no quadro das discussões com a Autoridade da Concorrência, o prazo foi alargado para 15 de junho, esta sexta-feira. Só que, entretanto, no dia 28 de maio, o regulador chumbou os compromissos assumidos pela Altice e o calendário voltou a derrapar. A certidão de óbito do negócio vai ser passada na próxima semana, provavelmente no dia 21, data da próxima reunião de conselho da Concorrência.

Há mais um investidor ativista a quer um lugar no conselho de administração da EDP Renováveis. O fundo alemão Shareholder Value Management anunciou esta sexta-feira que comprou 2% da cotada portuguesa. E vai propor um nome para o board.

O Mundial de 2018 ainda está a começar e Portugal já ganhou uma medalha: é uma das dez equipas mais valiosas do campeonato. A seleção nacional, que ganhou o Europeu de 2016, está avaliada em quase 500 milhões de euros. E, se tem esta avaliação, é graças ao conjunto de estrelas que compõe a equipa, nomeadamente Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva, Gonçalo Guedes e Gelson Martins. Só CR7 contribui com 100 milhões de euros.

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WiFi4… ninguém. Bruxelas cancela primeira fase do concurso

  • Lusa
  • 15 Junho 2018

A convocatória foi cancelada devido a problemas técnicos. Os municípios e empresas já registados “não terão de fazer uma nova inscrição”.

A Comissão Europeia cancelou as primeiras propostas apresentadas no âmbito do concurso para a atribuição de apoios financeiros aos municípios para instalarem internet sem fios grátis, devido a “problemas técnicos” no portal da candidatura, foi anunciado esta sexta-feira.

“Na sequência dos problemas técnicos do portal WiFi4EU que impossibilitaram os interessados de se candidatarem aos vales em igualdade de condições, a Comissão Europeia decidiu cancelar a primeira convocatória à apresentação de propostas”, informa a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), entidade que está a promover o projeto em Portugal, em nota publicada na sua página na internet.

Em meados de maio, os 264 municípios portugueses que se registaram anteriormente para receber apoios financeiros da Comissão Europeia, no âmbito da iniciativa WiFi4EU – que visa internet grátis na Europa -, tiveram de submeter a sua candidatura ‘online’ para efetivar a proposta.

Tanto estes como outros municípios e empresas de outros países já registados “não terão de fazer uma nova inscrição”. “Serão ainda informados por correio eletrónico da reabertura do portal, bem como da data de lançamento do próximo convite à apresentação de candidaturas”, aponta a Anacom.

Quanto aos restantes, “está previsto um novo convite à apresentação de candidaturas no outono de 2018, em data a anunciar”, período no qual o portal já deverá estar “restabelecido após a resolução dos respetivos problemas informáticos”.

O WIFI4EU é uma iniciativa da Comissão Europeia, com uma dotação de 120 milhões de euros até 2020, que visa promover o acesso à Internet sem fios, de forma gratuita, nos espaços públicos europeus. Nesta primeira fase do projeto, estão em causa 15 milhões de euros.

Apesar de o vale atribuído a cada município ou entidade (noutros países, podem ser as próprias empresas a candidatar-se) ser na ordem dos 15 mil euros, há casos em que a verba pode chegar aos 100 mil euros, isto para redes mais amplas. Este montante destina-se ao investimento inicial, em questões como a aquisição de equipamentos ou a sua instalação.

Até 2020, haverá um mínimo de 15 e um máximo de 80 municípios ou entidades selecionadas em cada país. Ao todo, cada Estado-membro receberá 8% do orçamento total. A Comissão Europeia espera abranger 628 mil comunidades locais com a iniciativa.

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