JLL promove transformação tecnológica com fundo de VC de 100 milhões de dólares

JLL quer impulsionar a transformação tecnológica do imobiliário. Por isso, acaba de lançar um fundo global de capital de risco de 100 milhões de dólares e está à procura de boas ideias no setor.

A consultora JLL anunciou, esta sexta-feira, que acaba de criar um novo fundo global de capital de risco. O JLL Spark Global Venture Fund pretende apostar 100 milhões de dólares em empresas empenhadas em usar a tecnologia para transformar o arrendamento e investimento imobiliário. Os empreendedores selecionados pela norte-americana vão ainda ter a oportunidade de discutir os seus negócios e obter feedback dos clientes da gigante.

Nós também fomos empreendedores, sabemos quão difícil é trazer um novo produto para o mercado. É por isso que o nosso objetivo é associarmo-nos aos empreendedores e ajudá-los a adotar os recursos das linhas de negócio da JLL para que possam ver um rápido crescimento e sucesso das suas empresas, criando, ao mesmo tempo, valor para os clientes da JLL”, explica, em comunicado, o co-CEO da JLL Spark (o braço da consultora que se foca no desenvolvimento tecnológico).

Mihir Shah salienta também que este fundo permitirá à JLL “continuar a liderar a indústria, trazendo as melhores ideias de proptech (tecnologia imobiliária) à realidade“.

O JLL Spark Global Venture Fund está agora à procura de projetos nos quais investir, sendo o seu foco as empresas que ainda estão na sua fase inicial. “A JLL Spark direcionará as suas atenções para startups tecnológicas com produtos que possam ajudar os investidores e clientes da JLL, ou ainda que possam ser utilizados em negócios da JLL numa melhor entrega dos seus serviços”, reforça a empresa.

Os novos modelos negócio, particularmente aqueles que apostam na transformação tecnológica das áreas tradicionais da JLL, estão também debaixo do olho da norte-americana, garante.

A JLL conta com cerca de 300 escritórios em mais de 80 países. A sua equipa integra mais de 83.500 profissionais em todo, nomeadamente em Portugal.

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Startup portuguesa ensina aos patrões o que é blockchain

Nasceu a Blockbird Ventures, uma startup portuguesa que vai dar formação a patrões e engenheiros acerca da tecnologia blockchain. Já tem três clientes.

Muitos empresários portugueses estão cientes de que a blockchain vai desempenhar um papel relevante no futuro, de uma forma mais ou menos transversal. No entanto, poucos serão os que têm os conhecimentos necessários para perceber onde é que a tecnologia se pode encaixar no negócio, e se vale mesmo a pena o esforço. Foi para resolver esse problema que nasceu a startup portuguesa Blockbird Ventures, com o objetivo de “democratizar” o sistema que ficou conhecido por dar vida à moeda virtual bitcoin. Quer ensinar aos patrões o que é e como funciona a tão falada tecnologia.

A blockchain tem sido apontada como uma tecnologia emergente e com potencial para eliminar intermediários em cadeias de valor, ou permitir gerar confiança sem a necessidade de haver centralização. As aplicações que estão a ser exploradas um pouco por todo o mundo vão muito além do fenómeno das criptomoedas. E são várias as empresas multinacionais que se encontram a testar a blockchain para fins tão variados como a garantia de direitos de autor na música, ou o registo do percurso de produtos desde a fábrica até ao consumidor final.

Concretamente, a Blockbird Ventures arranca agora com uma equipa fundadora multidisciplinar, na qual se inclui o diretor de tecnologia do Novo Banco, Pedro Martins, e Miguel Pupo Correia, professor associado no Instituto Superior Técnico (IST). Além das formações teóricas a diretores de primeira e segunda linha, a empresa também vai levar a cabo formações mais técnicas para engenheiros. Conta ainda com um ramo de consultoria e com um hub para trazer para a realidade alguns projetos que nascem no IST e que, de outra forma, não teriam oportunidade de sair do papel. No futuro, tenciona criar uma academia para dar formações ao público em geral.

Percebemos que os diretores de primeira e segunda linha querem estar ligados à blockchain. Mas, para poderem decidir alguma coisa, primeiro têm de perceber a tecnologia.

José Figueiredo

Cofundador da Blockbird Ventures

“Os diretores ainda têm dificuldade em perceber o que é a tecnologia blockchain”, diz ao ECO José Figueiredo, cofundador da Blockbird Ventures. “Desenvolvemos seis cursos para formar diretores de primeira e segunda linha — não são cursos técnicos — e temos cursos para os próprios engenheiros”, explica. “Depois, há empresas que querem contratar alguém para desenvolver a tecnologia. Para isso, temos o braço de consultoria da empresa”, continua.

Questionado sobre a origem do financiamento desta nova startup portuguesa, José Figueiredo indica que a equipa foi capaz de “fechar três contactos” com empresas que estão interessadas em implementar blockchain. “Através do nosso estúdio, fechámos três clientes de pequenas dimensões. São startups que estão a querer lançar projetos em blockchain”, diz o cofundador da Blockbird Ventures. Terão sido estes primeiros clientes a permitir que a equipa desenvolvesse o modelo de negócio num trabalho levado a cabo “nos bastidores”, ao longo “dos últimos três meses”.

“Percebemos que os diretores de primeira e segunda linha querem estar ligados à blockchain. Mas, para poderem decidir alguma coisa, primeiro têm de perceber a tecnologia”, conta José Figueiredo, em conversa com o ECO. Por isso, os cursos que a recém-criada empresa desenvolveu começam por estar adaptados “ao processo de decisão” de uma companhia. “Primeiro, é preciso compreender a tecnologia. Depois, vamos analisar se a tecnologia se aplica ou não à empresa. De seguida, olhamos para o que se pode fazer”, detalha o cofundador.

Entre os projetos em que a Blockbird Ventures já está a trabalhar estão dois conceitos na área da energia e outro na área da saúde. Este último está ainda relacionado com dados pessoais, segurança e privacidade dos utilizadores. José Figueiredo não hesita em levantar um pouco mais o véu à ideia: “Na área da saúde, não existe uniformização de dados entre as diferentes entidades. E qualquer pessoa no hospital tem acesso aos dados críticos de saúde dos clientes”, diz.

A empresa admite ainda vir a candidatar-se a fundos europeus, mas não vai participar no concurso Govtech, lançado pelo Governo em maio, que visa investir em empresas com conceitos inovadores e através do qual o próprio Governo se encontra a testar a tecnologia blockchain.

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Morreu Anthony Bourdain aos 61 anos

  • ECO
  • 8 Junho 2018

A notícia é avançada pelo CNN, canal em que trabalhava, que confirmou que a causa da sua morte foi suicídio. 

Anthony Bourdain foi encontrado sem vida num hotel em França.Parts Unknown/Facebook

O jornalista de viagens e gastronomia Anthony Bourdain morreu esta sexta-feira, aos 61 anos. A notícia é avançada pelo CNN, canal para o qual trabalhava, que confirmou que a causa da sua morte foi suicídio.

O antigo chef estava em França, em gravações para o seu mais recente programa “Parts Unknown”, e foi encontrado já sem vida por um amigo próximo, também ele chef, no seu quarto de hotel.

Bourdain viajou por todo o mundo, divulgando o que melhor se comia e se bebia pelos quatro cantos. Esteve em Portugal duas vezes em trabalho: em 2012, passou por Lisboa com o “No Reservations” e, em 2017, esteve no Porto.

(Notícia atualizada às 12h50 com mais informação.)

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PLMJ apoia o GC Powerlist Ibéria do Legal 500

A PLMJ apoiou o GC Powerlist Ibéria. Está é a terceira edição da publicação internacional que reconheceu os 120 mais influentes e inovadores diretores jurídicos da Península Ibérica.

A PLMJ apoiou, pelo segundo ano consecutivo, o GC Powerlist Ibéria. Está é a terceira edição da publicação internacional que reconheceu os 120 melhores diretores jurídicos da península ibérica.

O diretório britânico The Legal 500 divulgou a lista das grandes empresas reconhecidas em Portugal: numa cerimónia que aconteceu ontem no restaurante Eleven em Lisboa, e que contou com a presença de mais de 50 advogados internos das principais empresas a atuar no mercado português.

A Ascendi Portugal; Galp Energia; EDP; Jerónimo Martins; Volkswagen Financial Services; Corticeira Amorim; Banco CTT e NovaBase, são algumas das empresas distinguidas, numa lista que contempla 13 indústrias distintas. Um ano que fica também marcado pelo facto de que, de entre os 40 advogados portugueses galardoados, mais de metade são mulheres (21 em 40).

Para Ricardo Oliveira, sócio membro do Conselho de Administração de PLMJ, que destacou que os 280 advogados PLMJ trabalham diariamente em parceria com equipas as de advogados in-house, e sabem o “quão essencial é a função de um general counsel e da sua equipa, na antecipação de problemas, na gestão de riscos e na identificação das soluções jurídicas mais robustas que melhor protegem os interesses da empresa”, acrescentando ainda que “sabemos que as vossas responsabilidades e desafios têm vindo a aumentar nos últimos anos, fruto da transformação digital a que assistimos, e que traz enormes vantagens, mas também novos riscos. Passou-se de um paradigma reativo para um paradigma proativo, e vocês, como nós, souberam dar a melhor resposta a esta mudança”.

O evento, para além de distinguir os advogados, proporcionou também um momento de networking e de discussão do papel das equipas jurídicas internas na construção do futuro das empresas.

O GC Powerlist Iberia 2018 é da autoria do The Legal 500, editora internacional que se dedica à pesquisa e análise do setor jurídico empresarial, tanto in-house como de prestadores externos onde se destacam as sociedades de advogados full service, como a PLMJ.

Os diretores jurídicos e equipas internas são submetidas a um processo criterioso de pesquisa por parte do The Legal 500 de forma a selecionar efetivamente os meritórios vencedores. São realizadas diferentes edições para vários países e que já chegaram, para além da Europa, ao México, Argentina, China e Hong Kong, Sudeste da Ásia, África, América Central e Índia.

Estes foram os nomes portugueses premiados:

 

 

Jerónimo Martins – Carlos Martins Ferreira
Galp Energia – Marta Cruz de Almeida
Galp Energia – Rui de Oliveira Neves
EDP – Teresa Pereira
Citibank Europe – Isabel Charraz
Aon Portugal – Pedro Filipe Santos
Novo Banco – Patrícia Fonseca
Banco CTT – Catarina Gonçalves Oliveira
Haitong Bank – Filipe Hasse Ferreira
Volkswagen Financial Services – Patrícia Mendes
Banco Santander Consumer Portugal – Nuno Moraes Bastos
Bankinter – Teresa Mota
MetLife – Vanessa Santos
Nestlé Portugal – Ana Patrícia Carvalho
SUMOL+COMPAL – Filipa Salazar Leite
Grupo Trofa Saúde – Pedro Ferraz
Luz Saúde – João Ferreira Rebelo
Novartis Farma Produtos Farmacêuticos – Leonor Pissarra
Grupo José de Mello Saúde – Rui Manuel da Costa Ramalhal
Merck Sharp & Dohme – Maria Cristina Ribeiro
Ascendi Portugal – Paulo Marinho
Klépierre – Ana Almeida
Gestmin – Ana Maria Ramos
Andrade Gutierrez – Rui Andrade
Novabase – Rita Branquinho Lobo
Samsung Electrónica Portuguesa – Carla de Abreu Lopes
Indra Sistemas – Luís Graça Rodrigues
Accenture – Paula Viegas
Martifer SGPS – Carlos Eduardo Gil
Corticeira Amorim – Pedro Magalhães
The Navigator Company – António Neto Alves
Cimpor – Ana Paula Reis
Altice Portugal – André Steiger Garção
Impresa – Nuno Conde
Huawei Technologies Portugal – Andreia Collard
ISS Facility Services – Diego Enjuto Jareno
Deutsche Bank Portugal – Rita Rendeiro
Banco de Portugal – Pedro Machado AstraZeneca Produtos Farmacêuticos – Maria João Maia FOX Networks Group Portugal – Tiago Da Mota

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Deutsche Bank estuda fusão com o rival Commerzbank

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Pode estar à vista uma fusão entre os dois maiores bancos alemães. A ideia já foi proposta aos acionistas pelo chairman do Deutsche Bank

O chairman do Deutsche Bank, Paul Achleitner, discutiu com acionistas de topo, que incluem grandes gestoras de fundos como a BlackRock, e também com peças chave do governo, a possibilidade de uma fusão com o Commerzbank AG, avança a Bloomberg (acesso condicionado).

As conversações formais entre os bancos ainda não começaram, e o negócio não é iminente. O principal obstáculo será a diluição do capital que pode advir de uma fusão, face às baixas cotações dos títulos do banco. Os planos de reestruturação do Deutsche Bank não têm funcionado, e já vão na terceira revisão estratégica.

Como era esperado pelos analistas, as especulações de uma fusão entre o UniCredit e o SocGen deram o mote para as instituições bancárias enfraquecidas procurarem juntar-se. No entanto, a fusão entre os dois maiores bancos alemães já é falada há muito.

O governo alemão detém 15% do Commerzbank, e tem defendido que o país precisa de ter um banco que se afirme forte a nível internacional. A especulação de que os bancos se vão juntar aumentou com o investimento no ano passado de alguns fundos privados, como o Cerberus Capital, nas duas instituições financeiras.

A fusão “levaria a cortes tremendos nos custos, visto que ambos os bancos têm uma exposição significativa na Alemanha”, diz Alex Koagne, um analista da Natixis, à Bloomberg. Apesar de afirmar que os bancos ainda não estão prontos para avançar com a junção, vê o negócio “como uma das únicas maneiras de salvar o Deutsche Bank“.

No início de junho a Standard & Poor’s desceu em um nível, para BBB+, o rating do Deutsche Bank, por preocupação com as mudanças na estrutura. As ações do banco já caíram 40% desde o início do ano, e atingiram um mínimo histórico na semana passada. As ações do Commerzbank caíram 2,8% na manhã desta sexta feira em Frankfurt, elevando as perdas deste ano para 26%.

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Febre do Mundial. Assaltantes roubaram mais de 30 mil cromos

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Na Argentina, a gráfica da Panini foi alvo de um assalto, que resultou no roubo de 31.900 cromos dos jogadores que vão estar no Mundial FIFA de 2018.

O Mundial da Rússia está mesmo à porta, mais precisamente a uma semana de começar, e instala-se, um pouco por todo o mundo, a chamada “febre do Mundial”. Desde crianças a adultos, muitos são aqueles que já adquiriram a caderneta de cromos dos jogadores das seleções que vão disputar o título de campeões mundiais. Enquanto uns compram as carteirinhas, outros… assaltam a gráfica que imprime os cromos.

Na Argentina, no passado fim de semana, um grupo de homens armados invadiu a gráfica da empresa Panini, situada na localidade de Munro, a 20 quilómetros de Buenos Aires, para roubar cromos do Mundial FIFA de 2018. Segundo as autoridades, que só confirmaram o assalto esta quinta-feira, o grupo forçou os empregados da empresa editora a entregar 638 caixas de cromos.

Em poucos minutos, os assaltantes carregaram um veículo com as centenas de caixas e meteram-se em fuga, com um total de 31.900 cromos. Se, nesse lote, não houvessem cromos repetidos, podiam completar-se 47 cadernetas.

Os autores do crime continuam a monte, uma vez que as câmaras de segurança não ajudaram a identificá-los.

No total, as perdas somam um valor de 95.700 pesos, o equivalente a mais de 3.000 euros. As intenções dos assaltantes não são conhecidas, mas é possível que os cromos roubados sejam colocados à venda do mercado negro.

De acordo com o “El País” (conteúdo em espanhol), no mercado negro o preço baixa uns cêntimos, no entanto quando se trata de cromos especiais ou à medida que se aproxima o início da competição, o preço pode subir.

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Pela primeira vez este ano, exportações batem importações. Abril com dois dias a mais fez a diferença

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Junho 2018

Em abril, exportou-se mais do que se importou, sendo este o primeiro mês deste ano que isto acontece. O INE justifica estes números com o calendário.

Pela primeira vez em 2018, as exportações cresceram mais do que as importações. Avançaram 18,1% em abril face ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações cresceram 13,1%, diz o Instituto Nacional de Estatística. O calendário fez a diferença, porque este abril teve mais dias que o do ano passado.

“As exportações de bens registaram uma variação homóloga nominal de 18,1%, em sentido contrário à variação verificada no mês anterior (-5,4%). As importações de bens aumentaram 13,1%, correspondendo a uma aceleração face à variação registada em março de 2018 (+0,7%)”, diz o INE.

Espanha foi o principal cliente e fornecedor de Portugal nesse mês, tendo concentrado um volume de 1.233 milhões de euros no primeiro campo e 1.859 milhões de euros no segundo.

A agência de estatísticas nacional ressalva que “estas evoluções refletem, em parte, efeitos de calendário, dado que abril de 2018 teve mais dois dias úteis que abril de 2017”. Mais dias úteis, mais transações de produtos.

Défice cai no mês, está mais alto no ano

Abril foi, desta forma, o primeiro mês deste ano em que as vendas ao exterior avançaram mais que as compras, algo que aconteceu pela última vez em dezembro. Assim, o défice da balança comercial melhorou em 40 milhões de euros relativamente ao mesmo mês do ano passado, fixando-se nos 1.253 milhões de euros.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo ficou nos 972 milhões de euros negativos, correspondentes a um aumento do défice de 19 milhões de euros em relação a abril de 2017.

Olhando para o acumulado do ano, nos quatro meses de 2018 o saldo comercial situou-se nos 4.683 milhões de euros negativos, sendo que no período homólogo ficou pelos 4.019 milhões de euros, também eles negativos. Agravou-se o défice em 664 milhões de euros.

“A indústria portuguesa continua fortemente competitiva”

O Ministério da Economia garante que, com estes números divulgados esta sexta-feira, “Portugal afirmou-se como um país exportador”. Em comunicado às redações, a pasta liderada por Manuel Caldeira Cabral destaca que o crescimento das exportações está alicerçada “num conjunto diversificado de setores” e que prova que, ainda que o comércio europeu esteja a estagnar, o país continua competitivo.

“Este resultados mostram que apesar do arrefecimento do crescimento na União Europeia, a indústria portuguesa continua fortemente competitiva e a registar bons crescimentos quer nos mercados europeus, quer no mercado extracomunitário”, apontou o ministro no mesmo documento.

(Notícia atualizada às 12h00 com mais informação.)

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Gasolina e gasóleo vão voltar a descer. Preços baixam dois cêntimos na próxima semana

Depois de dez semanas consecutivas de aumentos, os preços dos combustíveis baixaram esta semana. E vão voltar a descer a partir de segunda-feira.

Os preços dos combustíveis vão voltar a baixar a partir de segunda-feira, depois de já terem registado uma ligeira redução esta semana. Tanto a gasolina como o gasóleo vão ficar dois cêntimos por litro mais baratos, segundo dados de fonte oficial do setor energético avançados ao ECO.

Esta semana, o preço médio da gasolina 95 simples fixou-se nos 1,599 euros por litro em Portugal continental. A gasolina deverá, assim, cair para uma média de 1,57 euros por litro.

Já o preço do litro de gasóleo foi, em média, de 1,382 euros em Portugal Continental, o que significa que o preço médio deverá cair para 1,36 euros por litro.

Nos postos das gasolineiras de referência, o gasóleo simples está a ser vendido a 1,46 euros, pelo que com esta redução deverão recuar novamente para menos de 1,45 euros.

Esta é a segunda semana de redução dos preços, mas acontece depois de dez semanas consecutivas em que os preços dos combustíveis aumentaram. O alívio nos preços começou a sentir-se depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia terem anunciado que estão preparadas para aumentar a produção, procurando travar a escalada da cotação da matéria-prima, que está a negociar em máximos de 2014.

Por esta altura, o barril de Brent, que serve de referência para o mercado internacional, está a desvalorizar perto de 1%, mas mantém-se nos níveis mais elevados desde finais de 2014, a cotar acima dos 76 dólares.

A acompanhar esse movimento, os preços dos combustíveis têm aumentado de forma regular em Portugal. A contribuir para isso está também o peso da política fiscal sobre os preços de venda ao público dos combustíveis. Desde 2004, segundo uma análise da Autoridade da Concorrência, o peso dos impostos sobre os preços finais já aumentou 56%.

Em 2016, a carga fiscal representava 63% do preço de venda da gasolina e 56% do preço do petróleo. Apesar desta evolução do mercado, a Autoridade da Concorrência quer que a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) deixe de publicitar os preços de referência dos combustíveis rodoviários, por considerar que estes não têm utilidade para o consumidor final, “já que não incluem a componente de retalho e, consequentemente, não contribuem com maior informação nas escolhas aos consumidores”.

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Junho 2018

Na banca alemã poderá estar à vista uma grande fusão, mas na China há já uma "pequena" empresa que vale mais que os maiores bancos mundiais.

Na Argentina, o Governo vai receber um empréstimo de 50 mil milhões de Lagarde, enquanto no Brasil Temer voltou a sentir a pressão dos camionistas. Na banca alemã poderá estar à vista uma grande fusão, mas na China há já uma “pequena” empresa que vale mais que os maiores bancos mundiais. Estas e outras notícias que enchem as machetes dos meios de comunicação internacionais esta sexta-feira.

La Nacion

FMI empresta 50 mil milhões de dólares à Argentina

O Fundo Monetário Internacional vai emprestar à Argentina 50 mil milhões de dólares, depois do pedido de ajuda de Mauricio Macri. Este empréstimo a três anos acabou por ser bem maior do que aquilo que os argentinos estavam à espera e que seriam apenas 30 mil milhões. O acordo inclui ainda cortes na despesa estatal e a redução da inflação. Leia a notícia completa no La Nacion (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Deutsche Bank e Commerzbank avaliam fusão

Os responsáveis pelos dois bancos alemães Deutsche Bank e Commerzbank estarão em conversações para a fusão dos dois bancos em dificuldade numa instituição mais estável. Envolvido neste processo estará também o estado alemão, que tem uma posição de 15% no Commerzbank. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Ant Financial já vale mais que o Goldman Sachs

A segunda empresa de Jack Ma, a Ant Financial, levantou 14 mil milhões de dólares numa ronda de financiamento, valendo agora mais que o banco norte-americano Goldman Sachs. Este foi um dos valores mais elevados alguma vez obtido por uma empresa não cotada em bolsa. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Reuters

Google proíbe utilização da sua tecnologia de inteligência artificial em armas

A Google não vai autorização para que o seu software relacionado com inteligência artificial seja utilizado em armas ou outras ferramentas de vigilância como drones. A empresa deixou claro que só quer cooperar com os governos na área da defesa se forem celebrados contratos entre as duas partes. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Estadão

Perante pressão dos camionistas, Governo deixa cair preços mínimos

O Governo brasileiro foi obrigado a revogar uma nova versão das tabelas de preços mínimos nos transportes rodoviários de mercadorias, que implicariam um corte de 20% no preço médio dos serviços. Os camionistas ameaçaram Michel Temer com uma nova paralisação a começar na próxima segunda-feira. Leia a notícia completa no Estadão (acesso livre/conteúdo em português).

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Contratos verbais alargados a mais setores. E com prazos maiores

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Da indústria dos gelados às lavandarias dos hotéis, o Governo quer alargar a utilização dos contratos de muito curta duração a todos os setores.

Os contratos de muito curta duração, que não têm de ser escritos e apenas têm de ser comunicados à Segurança Social, vão ser alargados a mais setores. Na proposta apresentada ao Parlamento, o Governo quer alargar estes contratos à indústria dos gelados, mas também às lavandarias dos hotéis e pequenas lojas e cafés no Algarve.

Atualmente, os contratos de muito curta duração, que exige apenas uma comunicação à Segurança Social, está limitado a empresas do setor do turismo ou da agricultura. O Executivo quer não só alargá-los a todos os setores, como pretende que os contratos passem a poder durar 35 dias, em vez de 15 dias, e mantendo-se o limite de 70 dias por ano com o mesmo empregador, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

“Em teoria, passará a poder utilizar-se o contrato de muito curta duração independentemente da atividade prosseguida pela empresa”, explica Nuno Morgado, sócio coordenador de Direito Laboral da PLMJ, ao jornal. Contudo, “só é admissível o recurso a esta modalidade de contratação por empresa com ciclos de produção irregulares que tenham de fazer face a um acréscimo excecional e relevante de atividade”. Como acontece, por exemplo, durante a época de verão.

De acordo com o Governo, esta contrapartida para o acordo de concertação social não vai gerar precariedade. Segundo o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, o que fará é absorver situações de trabalho temporário.

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Vieira da Silva no ECO Talks: “Começa a ser cada vez mais dominante” a “dificuldade de encontrar mão-de-obra adequada” em alguns setores

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 8 Junho 2018

Das mudanças nos contratos a prazo à taxa de rotatividade, passando pelo novo banco de horas. O ministro do Trabalho explica no ECO Talks tudo o que vai mudar.

O Governo já conseguiu um acordo com a UGT e com as confederações patronais, mas agora as mudanças têm de passar no Parlamento. A proposta de lei do Executivo introduz restrições na contratação a prazo, elimina o banco de horas individualinstituindo outro mecanismo, por referendo — e prevê um conjunto de mudanças no âmbito da negociação coletiva. Também haverá mexidas no Código dos Regimes Contributivos, com a criação de uma nova taxa da rotatividade.

Vieira da Silva explica esta sexta-feira, no ECO Talks, o que muda e o impacto das medidas. Acompanhe aqui em direto.

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Sonae está a criar um gigante europeu de cibersegurança

A Sonae, através da Sonae IM, fundiu duas empresas espanholas especializadas em cibersegurança. É o "primeiro passo" para criar uma empresa líder ao nível europeu.

A Sonae continua a apostar no mercado da segurança cibernética. Depois de fechar o ano com duas novas empresas de cibersegurança no portefólio, acaba de anunciar uma fusão entre duas companhias espanholas, abrindo caminho para a “criação de um líder europeu de cibersegurança” na Península Ibérica, com 400 trabalhadores “altamente especializados”. A operação está a ser realizada pela Sonae IM, a subsidiária da Sonae que investe em tecnologia.

Uma das companhias é a S21Sec, da qual a Sonae IM já era a principal acionista desde 2014, com sede em Barcelona e “uma forte presença na América Latina”. A outra é a Nextel, que conta “com 30 anos de experiência” e presta serviços de auditoria, consultoria e integração de soluções de segurança informática.

A informação foi comunicada pela Sonae IM numa nota enviada à imprensa, na qual a empresa liderada por Cláudia Azevedo indica que este é “um passo decisivo” na criação de uma empresa líder neste segmento, a nível europeu. “A empresa combinada contará com cerca de 400 profissionais altamente especializados em cibersegurança, e com uma base de clientes que inclui a maioria das grandes empresas ibéricas”, indica a Sonae IM.

Um dos objetivos passa por dar resposta “à crescente complexidade do cibercrime”. Para Carlos Alberto Silva, diretor executivo da Sonae IM, é ainda um negócio que consolida “o projeto” iniciado em 2014 com a entrada no capital da S21Sec, “reforçado em 2016 com o investimento na Sysvalue”, que tem sede em Lisboa.

Nos últimos tempos, o negócio da cibersegurança tem merecido atenção especial por parte do ramo de investimentos do grupo Sonae. Em meados de novembro de 2017, a empresa entrou no capital da tecnológica norte-americana de cibersegurança Artic Wolf. Cerca de uma semana depois, anunciava um investimento na alemã Secucloud, companhia especializada em segurança na “nuvem”.

A empresa resultante da fusão entre a S21Sec e a Nextel deverá ser controlada pela Sonae IM e, ao que o ECO apurou, existirão sinergias com as outras empresas do mesmo ramo que fazem parte do portefólio do grupo português. “Espera-se que a transação esteja concluída num prazo de semanas”, refere a empresa.

A Sonae acredita que esta fusão resultará em valor acrescentado por diversos motivos. Entre eles está o “potencial de criação de valor”, com destaque para a “ampliação da base de clientes por setor”, o “reforço da escala nas regiões” onde as empresas já estão presentes, a “oferta enriquecida com as melhores competências e capacidades de ambas as partes” e a constituição de uma “equipa reforçada ao nível da dimensão e da diversidade de especialistas de cibersegurança”.

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