Marcelo aprova lei que dá mais poder ao condomínio no alojamento local

O Presidente da República promulgou a lei que permitirá que os condóminos se oponham à presença de uma unidade de alojamento local.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta quinta-feira a lei que dá mais poder aos condomínios em matéria de alojamento local. A informação foi tornada pública no site oficial da Presidência. Mas o Chefe de Estado não o fez sem deixar alguns avisos: fala em “soluções pontuais questionáveis” e “difícil conjugação de alguns preceitos legais”.

Esta nova lei, como resumiu o ECO no mês passado, vai reforçar os poderes dos condomínios e das câmaras municipais no que toca à aprovação da exploração de unidades de alojamento local. Em suma, os donos vão passar a ser mais vigiados e os condóminos, mediante uma queixa fundamentada ao município, poderão conseguir levar ao fecho de um destes estabelecimentos.

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“Apesar de soluções pontuais questionáveis e de difícil conjugação de alguns preceitos legais, fruto de equilíbrios complexos, atendendo ao papel reconhecido às autarquias locais para, mais de perto, lidarem com matéria, e, sobretudo, ao objetivo urgente de travar excessos suscetíveis de atingir gravemente a vida própria de zonas históricas ou centros urbanos, o Presidente da República promulgou o Decreto da Assembleia da República nº 241/XIII, que altera o regime de autorização de exploração dos estabelecimentos de alojamento local (…)”, lê-se na nota divulgada esta quinta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa reconhece, assim, a urgência de “travar” o excesso de proliferação de estabelecimentos de alojamento local, um fenómeno que tem vindo a ser associado à gentrificação nas grandes cidades como Lisboa ou Porto. Além disso, o facto de o alojamento local potenciar mais rendimentos aos proprietários de imóveis leva a que muitos optem por esta modalidade de arrendamento de curta duração em detrimento dos contratos de médio e longo prazo, promovendo a subida das rendas. Em contrapartida, muitos imóveis devolutos têm sido reabilitados por causa desta atividade.

A promulgação deste decreto da Assembleia da República (AR) surge depois de, no início do mês passado, o Presidente ter dado luz verde à suspensão dos despejos de inquilinos em situação vulnerável até março de 2019. Isto porque, até lá, está a ser reapreciada a legislação sobre o arrendamento urbano. Em contrapartida, esta semana, Marcelo Rebelo de Sousa vetou a lei proposta pelo Bloco de Esquerda para alargar o âmbito do direito de preferência aos inquilinos quando esteja em causa a venda de um imóvel sem propriedade horizontal.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h48 com mais informações)

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Marcelo dá luz verde à descentralização, mas deixa alertas

Presidente da República promulgou o decreto da Assembleia da República sobre a transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, mas deixa alertas.

O Presidente da República promulgou os diplomas relativos à Lei das Finanças Locais e à Lei-quadro da transferência de competências para as autarquias locais e entidades intermunicipais, mas deixou vários alertas. Marcelo Rebelo de Sousa considera os decretos demasiados “genéricos”, razão pela qual fica a aguardar diplomas complementares para avaliar a constitucionalidade das alterações propostas. Marcelo deixa mesmo a porta aberta a um chumbo futuro.

“Pela própria generalidade e abstração que evidenciam, os diplomas deixam em aberto outras questões”, nota Marcelo Rebelo de Sousa. O Chefe de Estado sublinha que os documentos “optam por remeter para diplomas complementares facetas importantes da sua efetivação, o que torna muito difícil questionar a sua constitucionalidade”. E é esse caráter genérico que leva Marcelo a deixar passar os dois diplomas.

Mas “só o exame cuidadoso, caso a caso, dos diplomas que venham a completar os atuais permitirá avaliar do verdadeiro alcance global do que acaba de ser aprovado”, precisa a nota do Presidente da República. Assim, “o Presidente aguarda, com redobrado empenho, esses outros diplomas e a decisão de hoje não determina, necessariamente, as decisões que sobre eles venham a ser tomadas”.

Entre os pontos que geram preocupações a Marcelo estão:

  • a sustentabilidade financeira concreta da transferência para as autarquias locais de atribuições até este momento da Administração Central;
  • o inerente risco de essa transferência poder ser lida como mero alijar de responsabilidades do Estado;
  • a preocupação com o não agravamento das desigualdades entre autarquias locais;
  • a exequibilidade do aprovado sem riscos de indefinição, com incidência mediata no rigor das finanças públicas;
  • o não afastamento excessivo e irreversível do Estado de áreas específicas em que seja essencial o seu papel, sobretudo olhando à escala exigida para o sucesso de intervenções públicas.

Apesar dos alertas, Marcelo refere que os diplomas aprovados “pretendem dar passos no sentido da descentralização, quer para os municípios, quer para as freguesias, o que é inequivocamente positivo“. Lembra que reúnem os votos correspondentes a quase dois terços dos Parlamento e, sobretudo, a mais de dois terços da representação autárquica, “o que parece traduzir um entendimento muito amplo de regime”.

Recorde-se que estas alterações passaram graças aos votos a favor do PSD que deu assim corpo ao acordo sobre a descentralização firmado entre António Costa e o novo líder dos social-democratas, Rui Rio, à semelhança do que já tinha acontecido relativamente aos fundos comunitários. O CDS absteve-se, e os partidos mais à esquerda (BE, PCP e Verde) votaram contra

Estas mudanças se por um lado foram elogiadas pelos partidos que as aprovaram, e também pela Associação Nacional de Municípios, também foram alvo de críticas, nomeadamente do deputado socialista, Paulo Trigo Pereira, que foi sempre um crítico sobre a forma como o processo de descentralização estava a ser levado a cabo.

Sobre a mesa está a expectativa de que os diplomas complementares possam estar concluídos em setembro. Aliás a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse que estava a trabalhar com o Executivo para a conclusão dos trabalhos. “A associação continua a trabalhar, com o Governo, o conteúdo de cada um dos decretos-lei setoriais, assumindo o compromisso de reforçar as negociações, no sentido de que os decretos-lei setoriais possam vir a estar concluídos até 15 de setembro próximo”, refere uma nota divulgada, a 10 de julho, após a reunião onde analisaram o processo de descentralização de competências.

De acordo com a ANMP, as alterações introduzidas refletem-se num aumento das transferências financeiras para as autarquias que, em 2019, representa mais 200 milhões de euros. Para Manuel Machado, os critérios de distribuição de verbas pelos municípios proporcionarão “um crescimento entre 5 a 10%” das dotações financeiras de “85%” dos municípios e entre “2 a 5% nos restantes”.

(Notícia atualizada)

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

1.000.000.000.000. Sim, estes zeros todos. A Apple é a primeira empresa norte-americana a valer um bilião de dólares. As ameaças de Donald Trump pintaram os mercados de vermelho. Do lado de cá do Atlântico, o Banco de Inglaterra subiu as taxas de juro. Pagar para levantar dinheiro? O ECO dá cinco respostas sobre as comissões das caixas da Euronet. Em resposta à aprovação da lei da Uber, os taxistas marcaram uma manifestação. Estas e outras notícias que marcaram a tarde desta quinta-feira.

A Apple é a primeira empresa dos EUA a atingir um valor de mercado de um bilião de dólares (‘one trillion dollars’ em inglês). Vence uma corrida que estava a ser disputada com outras tecnológicas.

Os investidores estão preocupados com as novas ameaças de Donald Trump de impor tarifas de 25% a algumas importações chinesas. Wall Street abriu no vermelho e as bolsas europeias fecharam todas a cair.

O Banco de Inglaterra decidiu esta quinta-feira subir as taxas de juro para 0,75%, como era antecipado pelos economistas. É uma medida de combate à inflação.

Tal como as caixas do Multibanco, as da Euronet também permitem levantar dinheiro. Mas pode ter de pagar uma comissão. Como? Basta que o seu cartão seja de débito e crédito.

As associações de taxistas convocaram esta quinta-feira, para 11 de setembro, uma manifestação por tempo indeterminado, em Lisboa, contra a promulgação pelo Presidente da República do diploma que regula as plataformas eletrónicas de transporte como a Uber e a Cabify.

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Faltam 700 enfermeiros para colmatar 35 horas, diz Ordem

  • Lusa
  • 2 Agosto 2018

A redução do horário para as 35 horas para todos os enfermeiros deixou buracos por preencher nas escalas hospitalares. A Ordem dos Enfermeiros refere que ainda faltam 700 contratações.

A bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, afirmou hoje que falta contratar 700 enfermeiros, de acordo com o levantamento feito pela Ordem, para a aplicação das 35 horas nos hospitais de todo o país. De acordo com a bastonária, da contratação de dois mil profissionais anunciada pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, “cerca de mil seriam enfermeiros”, um número insuficiente para fazer cumprir as 35 horas.

“Do levantamento que nós fizemos, caso a caso, estimamos que cerca de mil [vagas] foram para enfermeiros. Para as 35 horas no país todo a Ordem tinha uma conta de 1700 enfermeiros que seria preciso contratar, portanto ainda falta”, disse à Lusa Ana Rita Cavaco, à saída de uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital de Cascais, em Lisboa. Ana Rita Cavaco afirmou ainda estar a aguardar uma “nova vaga de contratação” em setembro.

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“Aquilo que o Ministério inicialmente disse é que em setembro haveria uma nova vaga de contratação. Estamos a aguardar para saber se isso vai acontecer porque, em setembro, também os hospitais retomam a sua produção original. Em setembro é que se vai notar mais a questão das 35 horas”, afirmou.

Sindicatos convidados a avaliar motivos da greve

A Ordem dos Enfermeiros “convidou todos os sindicatos a sentarem-se à mesa” para avaliar os motivos para avançar com a greve agendada para 13 a 17 de agosto, afirmou hoje a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

“Como foi apenas convocada [a greve] por dois dos sindicatos e existem mais, o que nós fizemos foi convidar todos os sindicatos do setor a sentarem-se à mesa, na Ordem [dos Enfermeiros], na próxima segunda-feira”, disse a bastonária.

A greve entre os dias 13 e 17 de agosto sob a forma de “paralisação total e com abandono do local de trabalho” foi convocada pelo Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE), na sexta-feira. De acordo com a bastonária “há motivos para fazer greve”, mas é necessário perceber se as negociações com o Ministério da Saúde estão a falhar.

“Do que sabemos está a existir uma mesa conjunta negocial, que era uma coisa que a Ordem [dos Enfermeiros] pedia há muito tempo, com todos os sindicatos. Não sabemos se a negociação está a ser bem sucedida ou não. Queremos saber do ponto de vista do regulador se está, ou não, a haver avanços do ponto de vista da negociação da carreira e se todos os sindicatos têm vontade de ir para a greve”, afirmou.

De acordo com o comunicado divulgado pelas duas estruturas sindicais, os sindicatos protestam nomeadamente pela não conclusão de um acordo coletivo de trabalho que contemple, entre outras matérias, a categoria de enfermeiro especialista, e reivindicam que “o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões”.

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Sonae Indústria de Revestimentos passa a chamar-se Surforma

  • ECO e Lusa
  • 2 Agosto 2018

A empresa que pertence à Sonae Indústria mudou o nome sob o qual são comercializados os seus laminados e compactos, e vai ser apresentada internacionalmente em Atlanta, este mês.

A empresa Sonae Indústria de Revestimentos, do grupo Sonae e pertencente especificamente à Sonae Indústria, anunciou esta quinta-feira que vai passar, em agosto, a designar-se Surforma, começando assim a usar este nome para comercializar a gama de laminados e compactos da companhia.

“A partir de agosto, todos os produtos da Sonae Indústria de Revestimentos passam a estar disponíveis através da Surforma”, refere a empresa em comunicado, produtos esses que são dirigidos principalmente a designers e arquitetos para a criação de soluções para espaços.

Imagem fornecida pela empresa.

A apresentação da Surforma ao mercado internacional, em específico ao norte-americano, será feita na feira mundial IWF (International Woodworking Fair), dedicada à área de marcenaria, que decorre em Atlanta, nos Estados Unidos, entre os dias 22 e 25 de agosto.

A Sonae Indústria, a que pertence a agora Surforma, foi fundada em 1959 no seio do grupo Sonae, e tornou-se, de acordo com um comunicado da empresa, numa empresa líder de setor na Europa, América do Norte e África do Sul.

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Dois incêndios em Castelo Branco mobilizam 160 bombeiros e nove meios aéreos

  • Lusa
  • 2 Agosto 2018

O alerta deu-se às 14h58, da tarde de quinta-feira, na localidade de Palvarinho. Ao local, chegaram 23 viaturas, e 6 meios aéreos. Um segundo incêndio deflagrou, e poderão ser necessários mais meios.

Um incêndio deflagrou esta quinta-feira junto à localidade de Palvarinho, em Castelo Branco, e estava às 16h30 a ser combatido por uma centena de operacionais e seis meios aéreos, informa a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

O alerta para o incêndio, que lavra numa zona de mato, deu-se às 14h58.

Segundo o Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco, poderão ser necessários mais meios.

Envolvidos no combate às chamas estão 103 operacionais, apoiados por 23 viaturas e seis meios aéreos.

Já em Caféde, também em Castelo Branco, deflagrou outro incêndio, hoje, numa zona de mato.

O alerta foi dado às 15h24 e, às 16h30, estavam no local a combater as chamas 60 operacionais, apoiados por 12 viaturas e três meios aéreos.

Lembre-se que o país tem estado em alerta máximo em cerca de 32 concelhos, devido à onda de calor que atinge o país.

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Bolsa portuguesa recua. Europa cede mais por causa das tarifas de Trump

EUA ameaçaram China com mais tarifas comerciais, deixando investidores nervosos. Lisboa fechou dia no vermelho mas as bolsas europeias caíram ainda mais.

Dia negativo para as praças europeias e Lisboa também não escapou às perdas, depois de Donald Trump ter ameaçado a China com mais tarifas sobre os seus produtos, adensando receios quanto a uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O PSI-20, o principal índice português, fechou a sessão a cair 0,46% para 5.611,57 pontos. Foram nove as cotadas que se apresentaram em baixa, com o pior desempenho a pertencer à Corticeira Amorim: as ações cederam mais de 3% para 10,96 euros.

Também o BCP, o peso pesado da bolsa nacional, pressionou o índice de referência nacional, com os seus títulos a protagonizarem uma queda de 1,67% para 0,265 euros.

A travar maiores perdas estiveram EDP e Jerónimo Martins, sobretudo. A elétrica somou 0,23% para 3,541 euros. A retalhista ganhou 0,55% para 12,71 euros. Foram duas das sete cotadas a fechar a sessão com sinal mais.

Lisboa não evitou o maior nervosismo dos investidores com o facto de os EUA terem ameaçado a China com mais taxas sobre importações no valor de 200 mil milhões de dólares. Donald Trump está a acenar com uma subida das tarifas de 10% para 25% sobre alguns produtos chineses e Pequim já disse que vai responder.

Neste cenário, as principais praças no Velho Continente registaram quedas superiores a 1%, como foi o caso do FTSE-Mib de Milão, o IBEX-35 de Madrid e o DAX-30 de Frankfurt.

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Juncker prometeu e as importações de soja dos EUA disparam 283%. Coincidência? Nem por isso

Em julho as importações de soja dos EUA disparam 282,9%, depois de Juncker ter prometido a Trump que a UE iria importar mais. É coincidência? Nem por isso. Juncker já sabia das condições de mercado.

Jean-Claude Juncker e Donald Trump selaram um acordo que permitiu pôr água na fervura e arrefecer os ânimos da guerra comercial que ameaçava escalar para níveis incomportáveis. Entre os pontos acertados entre os dois líderes estava um aumento das importações europeias de soja norte-americana. Uma semana depois, os dados da Comissão Europeia demonstram que o presidente da Comissão Europeia cumpriu a sua palavra. As importações provenientes do EUA, em julho, aumentaram 282,9% em termos homólogos.

Como foi possível, se as importações são feitas por privados? Como foi possível, se a Europa proíbe as importações de soja transgénica e 94% da soja plantada nos EUA é geneticamente modificada, segundo estatísticas do Departamento de Agricultura norte-americano? Como foi possível um aumento tão grande num tão curto espaço de tempo? Coincidência? Nem por isso. O ECO perguntou à Comissão Europeia. Eis as respostas.

  1. Como foi possível um aumento tão rápido num tão curto espaço de tempo? Porque a soja norte-americana se tornou a mais competitiva do mercado na sequência das tarifas impostas pela China às importações de soja americana, explicou ao ECO fonte comunitária. Brasil e Argentina passaram a ser os fornecedores de eleição e, consequentemente, o valor desta commodity aumentou. Na realidade, a Europa não está a importar mais soja, está apenas a aumentar a quota de mercado da soja americana, que passou em julho a ser de 36,5%.
  2. Juncker já tinha conhecimento deste comportamento do mercado quando fez a promessa Trump? “Não”, garantiu ao ECO fonte comunitária. “Contudo, o presidente da Comissão Europeia já tinha conhecimento das condições de mercado”, acrescenta a mesma fonte. Isto porque a imposição das tarifas chinesas aconteceu em meados de junho e, apesar de as estatísticas ainda não revelarem a nova tendência, já era possível perceber a futura evolução.
  3. Como foi possível Juncker fazer uma promessa de aumento das importações se estas são feitas por privados? “Pelas condições de mercado”, respondeu ao ECO a mesma fonte comunitária. Ou seja, o presidente da comissão Europeia já sabia do agravamento das tarifas chinesas e da consequente nova atratividade da soja americana.
  4. A Europa está a importar soja transgénica? Está, e nem poderia ser de outro modo, dado que os EUA praticamente não têm outro tipo de produção. Mas fonte comunitária garantiu ao ECO que, mesmo assim, não são violadas as regras europeias que proíbem o consumo de soja transgénica. Ou seja, uma vez que a Europa não é autossuficiente na produção de soja para alimentar o gado — faltam terras aráveis para isso, já que é dada prioridade ao trigo, por exemplo — é necessário importar, por isso, são abertas exceções pontuais à entrada de soja transgénica. “Mas esta nunca se destina ao consumo humano”, acrescenta a mesma fonte, precisando que a soja transgénica ingerida pelos animais revela depois vestígios muito ténues no produto final, a carne ou leite destinados ao consumo humano.

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Apple é a primeira empresa norte-americana a valer 1.000.000.000.000 dólares em bolsa

A Apple é a primeira empresa dos EUA a atingir um valor de mercado de um bilião de dólares ('one trillion dollars' em inglês). Vence uma corrida que estava a ser disputada com outras tecnológicas.

A Apple AAPL 0,00% já vale um bilião de dólares, ou seja, 1.000.000.000.000 dólares — one trillion dollars em inglês. É a primeira empresa cotada em bolsa a atingir esta meta na bolsa de Nova Iorque. A fasquia foi ultrapassada pouco depois da abertura da sessão em Wall Street, dois dias depois de a fabricante do iPhone ter apresentado resultados acima do esperado pelos analistas.

Como o ECO escreveu na semana passada, a Apple disputava esta corrida em conjunto com outras gigantes tecnológicas bem conhecidas. A Apple era a mais bem posicionada, acompanhada de perto pela Amazon, Alphabet e Microsoft. Este número significa que o conjunto total das ações da Apple vale um bilião de dólares. A Apple tem 4,91 mil milhões de ações, que valem cerca de 206,61 dólares cada uma.

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Esta quinta-feira, a empresa liderada por Tim Cook está a valorizar 2,53% em Wall Street. Continua a beneficiar do bom desempenho registado no terceiro trimestre fiscal (segundo trimestre deste ano), que revelou aos investidores esta terça-feira à noite. Entre os resultados está uma subida nas receitas de 17%, para os 53,3 mil milhões de dólares.

Apesar da valorização bilionária, a Apple é somente a mais valiosa empresa com capital disperso em bolsa nos Estados Unidos. Isso não significa que seja a maior empresa do mundo. Estima-se que a empresa mais valiosa do planeta seja a petrolífera saudita Saudi Aramco. A empresa não é obrigada a revelar contas por não estar cotada em bolsa, mas, segundo avançou a Bloomberg em abril, a empresa terá um valor próximo dos dois biliões de dólares — 2.000.000.000.000 dólares. Além disso, a chinesa PetroChina também atingiu o bilião de dólares em capitalização bolsista em 2007, tendo sido a primeira cotada a conseguir este feito.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h17)

Cotação das ações da Apple em Nova Iorque

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Empresa britânica de blockchain abre escritório no Porto

O Porto é a primeira cidade fora do Reino Unido a ser escolhida para receber um polo da Applied Blockchain, da qual a petrolífera Shell é cliente e acionista. Vai desenvolver soluções em blockchain.

Uma empresa de soluções tecnológicas baseadas em blockchain vai abrir um escritório no Porto. A Applied Blockchain tem sede no Reino Unido e anunciou a decisão esta semana. A startup foi criada em 2015 e tem entre os acionistas a petrolífera Shell, que começou por ser cliente. Portugal torna-se o primeiro país a ser escolhido por esta empresa no âmbito de um plano de expansão que deverá abranger outros mercados na Europa.

Num comunicado, a Applied Blockchain assume estar a aceitar currículos por parte de quem tenha interesse em juntar-se à equipa. Ricardo Valente, vereador da Câmara Municipal do Porto, é citado na mesma nota e indica que a cidade está a tornar-se “um polo para empresas tecnológicas”. “A decisão da Applied Blockchain de investir na cidade é o reconhecimento do nosso talento, localização estratégica, qualidade de vida e competitividade”, diz o autarca.

A Applied Blockchain garante ter “mais de 30 startups e clientes empresariais”. Desenvolve tecnologias assentes na blockchain para os setores como o financeiro, da banca, das telecomunicações, da aviação, do automóvel e da indústria no geral. A blockchain é como um registo inviolável que permite gerar confiança sem recurso a intermediários. A tecnologia ganhou popularidade por permitir o funcionamento da moeda virtual bitcoin. No mercado têm sido apontados vários casos em que esta tecnologia permite reduzir custos e melhorar a eficiência de processos de negócio.

“A abertura do nosso novo escritório no Porto e o facto de passarmos a ter uma presença no continente Europeu é o próximo passo natural no desenvolvimento da Applied Blockchain. É indicativo da nossa ambição e compromisso de crescer”, refere no comunicado o presidente executivo da empresa, Adi Ben-Ari.

O líder da nova startup do Porto reconhece ainda o clima tecnológico e empreendedor que está a ganhar cada vez mais ritmo no país. “Embora Portugal seja uma cara relativamente nova no panorama global da tecnologia, tem-se afirmado rapidamente como um grande polo mundial”, afirma. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), que avançou a notícia, a empresa vai contar, nesta fase inicial, com 50 pessoas no novo polo no Porto.

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Eleven Sports faz primeira transmissão em Portugal via Facebook no sábado

  • Lusa
  • 2 Agosto 2018

A britânica Eleven Sports vai fazer, já no próximo sábado, a primeira transmissão de um jogo oficial de futebol em Portugal. A partida será transmitida via Facebook, antes das emissões regulares.

A operadora global de desportos Eleven Sports vai fazer no próximo sábado a primeira transmissão de um jogo oficial de futebol em Portugal, via Facebook, 11 dias antes do início das emissões regulares em televisão.

A transmissão na rede social do jogo da supertaça francesa, entre o Paris Saint-Germain e o Mónaco, treinado pelo português Leonardo Jardim, é descrita pelo diretor não executivo da empresa como “um momento marcante na era digital das transmissões desportivas no mercado nacional”.

“É uma novidade no mercado português ainda não houve qualquer transmissão de um jogo oficial pelas redes sociais”, disse Pedro Pinto à agência Lusa, acrescentando que “em Portugal, toda a gente que tem Facebook poderá ver o jogo em canal aberto e interagir com os comentadores”.

Pedro Pinto explicou que a transmissão no Facebook do jogo, que vai disputar-se na China, foi uma forma da empresa não privar os adeptos de momentos de bom futebol.

“Não queríamos que os adeptos dos grandes jogos de futebol perdessem este jogo só pelo facto de a Eleven Sports só começar as emissões no dia 15, por isso agilizamos esta solução. Pensamos que é uma excelente forma de levar o novo produto até aos adeptos, de estar com eles, nas redes deles, nas plataformas deles, nas contas deles”, disse Pedro Pinto.

O diretor não executivo da empresa britânica descreveu a transmissão do encontro, que se disputa em Shenzhen, na China, como “uma antestreia das emissões regulares” e admitiu a transmissão de mais jogos na mesma rede até 15 de agosto.

“A Eleven Sports quer arrancar de uma forma diferente, achámos que é uma forma original e dinâmica de começar a espalhar magia no mercado português”, disse Pedro Pinto sobre a transmissão do encontro, que tem início marcado para as 13h00, hora de Lisboa.

Pedro Pinto garantiu que a empresa não teme a reação do público a esta forma de transmissão, considerando que “o público português é perito nas redes sociais e digitais, está muito habituado a consumir conteúdos nas redes sociais, como o Facebook, o Instagram, e o Twitter”.

A Eleven Sports tem os direitos de transmissão da Liga dos Campeões da UEFA, e das ligas de futebol de Espanha e França, entre outros.

A empresa britânica está prestes a entrar no mercado português de televisão, através de um acordo de distribuição com o operador português de telecomunicações NOWO, que irá garantir a distribuição dos canais em Portugal.

A operadora global de desportos, que disponibiliza muitos dos seus conteúdos online, está já presente em vários países.

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EDP Renováveis vai fornecer energia ao Facebook

  • ECO
  • 2 Agosto 2018

O contrato levará à construção de um parque eólico que vai produzir energia limpa suficiente para alimentar o equivalente a mais de 52 mil casas por ano.

A EDP Renováveis assinou um contrato para fornecer energia eólica ao Facebook, nos Estados Unidos. O anúncio foi feito pela empresa liderada por João Manso Neto esta quinta-feira.

De acordo com o comunicado emitido esta tarde, o contrato é assinado através da filial EDP Renewables North America e implica a venda de energia elétrica (PPA, na sigla em inglês) de 139 megawatts, por 15 anos, com o Facebook.

O contrato levará à construção do parque eólico Headwaters II em Rondolph County, no Indiana, em 2020. Este parque eólico “vai produzir energia limpa suficiente para alimentar o equivalente a mais de 52 mil casas por ano e vai proporcionar benefícios económicos, incluindo postos de trabalho na construção e exploração do projeto e investimento nas comunidades locais”, refere a empresa portuguesa.

Para o Facebook, acrescenta o comunicado, “é um passo em frente nos seus objetivos de sustentabilidade das operações com energia limpa e renovável”.

Com este contrato, a EDP Renováveis vai alcançar em 2018 a meta de adições de capacidade de energia eólica prevista para o período 2016-2020, excedendo assim o objetivo de 3,5 gigawatts.

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