Extensão da concessão das barragens da EDP implícito na lei desde 1995, diz Rui Cartaxo

"A extensão das licenças de produção das centrais hídricas atribuídas à EDP esteve sempre implicitamente prevista na legislação da energia, desde 1995", disse o ex-presidente da REN.

O ex-presidente da REN, Rui Cartaxo, considerou esta terça-feira que a extensão das concessões das barragens da EDPesteve sempre implicitamente prevista na legislação da energia“, desde 1995, tendo sido consagrada expressamente nos acordos de cessação dos CAE.

Rui Cartaxo está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas de energia, tendo-se focado na sua intervenção inicial na extensão das concessões das barragens à EDP, tema em relação ao qual assumiu ter tido envolvimento direto na fase final do seu período enquanto assessor do então ministro da Economia Manuel Pinho. “A extensão das licenças de produção das centrais hídricas atribuídas à EDP, para além do termo dos CAE esteve sempre implicitamente prevista na legislação da energia, desde 1995“, sintetizou.

Na opinião do antigo presidente da REN, “os acordos de cessação dos CAE foram mais longe e consagraram expressamente que a cessação daqueles contratos só teria lugar se a EDP ficasse com a subconcessão dos direitos de exploração das centrais até ao termo da vida útil das barragens“.

“O direito da EDP à extensão das concessões das barragens sem necessidade de concurso público ficou explicitamente fixado nos acordos de cessação dos CAE [contratos de aquisição de energia] celebrados em 27 de janeiro de 2005 entre a EDP e a REN, e ratificados por despacho de 09 de fevereiro de 2005 do secretário de Estado da Energia”,

Estes acordos de cessação dos CAE, prosseguiu Rui Cartaxo, “reconheceram à EDP o direito a explorar as centrais hidroelétricas até ao fim da vida útil das barragens“, sendo essa uma cláusula suspensiva.

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? Cinco minutos à conversa: Orçamento traz novidades sobre a tributação do trabalho suplementar?

Estabilidade. É essa a palavra que deve imperar no Orçamento do Estado para o próximo ano, segundo adianta ao ECO Anabela Silva. Em mais uma edição da rubrica “Cinco minutos à conversa”, a fiscalista e partner da EY antecipa que não se devem registem “muitas alterações” ao nível dos escalões do IRS e avança que, no que diz respeito às pensões, a evolução deverá continuar em linha com a seguida até aqui. E boas surpresas? Só se o Executivo de António Costa tiver margem para tal, sublinha Anabela Silva.

“Em matéria de escalões, não são de esperar muitas alterações, até porque parte das mudanças feitas em 2018 só vão ser sentidas em 2019, quando as pessoas submeterem o seu IRS“, explica a fiscalista.

Já quanto à atualização das tabelas de retenção na fonte, Anabela Silva destaca a medida que está a ser estudada pelo Governo relativa à tributação diferenciada dos rendimentos provenientes de trabalho suplementar. “Do ponto vista prático, é preciso ver como é que essa medida vai ser implementada, porque pode exigir das empresas alguns ajustes, nomeadamente ao nível do processamento salarial”, salienta a fiscalista e deixa um conselho: “Talvez a forma mais simples [de o fazer] fosse autonomizar em termos de código do processamento salarial estas parcelas”.

Recorde-se que o Executivo ainda não tem fechada a nova forma de aplicar as tabelas de retenção na fonte aos rendimentos gerados por trabalho suplementar. Esta medida que tem como objetivo evitar a subida de escalão do IRS (e consequentemente da carga fiscal) dos trabalhadores que façam horas extraordinárias.

No capítulo das pensões, a expectativa repete-se. Os aumentos “continuarão em linha com os dos anos anteriores”, acredita Anabela. E será possível antecipar o aumento extraordinário para janeiro? Isso dependerá da margem orçamental e das outras medidas propostas, responde a partner da EY.

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MLGTS com cinco novos sócios

Paulo Rendeiro foi confirmado como sócio de indústria da equipa de comercial e societário e mercado de capitais. O escritório atribuiu o estatuto de sócio fundador honorário a João Soares da Silva.

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) decidiu em reunião de Assembleia Geral reforçar a sua equipa com cinco novos sócios.

Paulo Rendeiro foi confirmado como sócio de indústria da equipa de comercial e societário e mercado de capitais, confirmando a aposta da sociedade no desenvolvimento da área de Corporate. O novo sócio, que cocoordena a equipa de direito desportivo, tem participado em diversas operações de fusões e aquisições, reestruturações, aquisições e vendas de empresas, bem como na realização de ofertas públicas, em nome de clientes nacionais e estrangeiros. Com esta promoção, a equipa de comercial e societário da MLGTS conta agora com 18 sócios e 27 advogados, consolidando assim uma posição de liderança no mercado, dando sinais claros de renovação geracional.

Na mesma assembleia foram também promovidos a sócios contratados Andreia Guerreiro (contencioso e arbitragem), Gonçalo Fleming (comercial e societário), Manuel Freitas Pita (fiscal) e Paula Ponces Camanho (laboral e segurança social). A promoção a sócio é feita por convite, tem como base o mérito e decorre de uma avaliação individual. Manuel Freitas Pita continua ainda como responsável pelo escritório do Funchal.

Para Nuno Galvão Teles, managing partner da MLGTS, “a atribuição do estatuto de sócio a estes advogados mostra o compromisso da Sociedade com o rejuvenescimento da equipa e a garantia de procurar sempre a prestação de um serviço de excelência por profissionais altamente qualificados.

Nesta mesma assembleia, a MLGTS atribuiu o estatuto de sócio fundador honorário a João Soares da Silva, “homenageando assim o papel que teve e continuará a ter na nossa história”, diz a mesma fonte.

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Família Sonae brilha antes da OPV. BCP puxa por Lisboa

O BCP deu força à bolsa num dia marcado pela queda da EDP. Lisboa acabou por valorizar com os títulos da família Sonae a brilharem antes da OPV da Sonae MC.

Num dia em que os títulos da EDP recuaram mais de 1%, o bom desempenho do BCP puxou pela praça nacional.O banco recuperou das quedas recentes, levando Lisboa a acompanhar a tendência das restantes bolsas europeias, isto numa sessão que fica marcada pelas fortes subidas dos títulos da família Sonae.

No fecho da sessão desta terça-feira, Enquanto os títulos da Sonae subiram 2,82% para 0,8765 euros, os da Sonae Capital valorizaram 11,89% para 0,80 euros, a maior subida entre as cotadas do PSI-20. Isto um dia depois do arranque do período para a subscrição de ações da oferta pública de venda do negócio do retalho da Sonae, a Sonae MC.

Estas fortes subidas centraram atenções na bolsa nacional, mas a puxar pelo índice estiveram as ações do BCP, que subiram 1,12% para 0,2265 euros, ainda antes de ser revelado que a S&P elevou o rating do banco de “BB-” para “BB”.

A Jerónimo Martins, que valorizou 1,06% para 11,4550 euros, e a Galp Energia, com uma subida de 1,13% para 16,51 euros, deram força aos ganhos, mais do que compensando a queda da EDP. As ações da elétrica recuaram 1,16% para 3,15 euros no dia em que a empresa foi ao mercado emitir 600 milhões de euros em green bonds. Pagou uma taxa de 1,959%.

Neste cenário, o índice de referência nacional, o PSI-20, fechou em alta 0,50% para 5.148,810 pontos. Nas restantes praças do Velho Continente a tendência registada foi semelhante com o Stoxx 600 a subir 0,26% para 373,17 pontos.

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Cavaco aceitou “papel de intermediário” entre Sócrates e Passos para “evitar crise política”

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

No prefácio do livro de Eduardo Catroga, o ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, diz que aceitou o "papel de intermediário" entre Sócrates e Passos nas negociações com a Troika.

O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva afirma ter aceitado desempenhar o “papel de intermediário” entre José Sócrates e Passos Coelho, aquando na negociação com a Troika, em 2011, para “evitar uma crise política”.

“Dada a má relação pessoal entre o presidente do PSD Pedro Passos Coelho e o primeiro-ministro José Sócrates, aceitei desempenhar o papel de intermediário entre os dois líderes políticos, de modo a evitar uma crise política que teria graves consequências económicas e financeiras para o país”, escreve Aníbal Cavaco Silva no prefácio de um livro autobiográfico de Eduardo Catroga, editado pela Bertrand, que é lançado hoje em Lisboa.

O ex-chefe de Estado não poupa elogios ao seu antigo ministro das Finanças no decorrer de um texto em que revela que Catroga o manteve “regularmente informado” das negociações entre o Governo de José Sócrates, uma delegação do PSD e a Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) com vista a fechar o Programa de Assistência Económica e Financeira nos meses de abril e maio de 2011.

“As negociações prolongaram-se por uma semana e passaram por fases de impasse e de rutura. Eduardo Catroga, apoiado por Carlos Moedas, apresentou-se muito bem preparado, dominando ao pormenor as questões orçamentais, e revelou-se um negociador político hábil, mantendo-me regularmente informado do curso das negociações”, escreve.

Cavaco refere que Catroga lhe enviou “cópias das quatro cartas que escreveu ao ministro responsável pelos contactos com os partidos, Pedro Silva Pereira, e delas deu conhecimento à Troika, composta pelos representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional. “As desconfianças por ele manifestadas sobre a verdadeira situação das finanças públicas vieram a confirmar-se”, comenta logo a seguir.

Dada a má relação pessoal entre o presidente do PSD Pedro Passos Coelho e o primeiro-ministro José Sócrates, aceitei desempenhar o papel de intermediário entre os dois líderes políticos, de modo a evitar uma crise política que teria graves consequências económicas e financeiras para o país.

Aníbal Cavaco Silva

Ex-Presidente da República

Outra das revelações no prefácio do livro do seu amigo “de longa data” — Gestão, Política e Economia – Vivências e Reflexões — foi que Catroga rejeitou integrar o Governo de Nobre da Costa, em 1978, (de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes). E “o mesmo terá acontecido com Pedro Santana Lopes, na sua tentativa para que Catroga integrasse o Governo a que presidiu na sequência da nomeação de José Manuel Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, e com Pedro Passos Coelho, para que ocupasse a pasta da Economia do Governo de coligação PSD-CDS”, sublinha.

“Eu próprio, como primeiro-ministro, falhei na tentativa de o trazer em 1990 para o Governo, mas tive sucesso mais tarde, em finais de 1993”, assinala. Nessa data, acabou por conseguir após uma “ampla remodelação” do executivo.

“Registo com satisfação o facto de ter sido o único primeiro-ministro a convencer aquele que era visto como um dos melhores gestores portugueses a aceitar integrar um Governo. Presumo que foram decisivas três razões: o peso na consciência por já ter rejeitado vários convites para servir o país como membro do Governo; ter acumulado uma folga financeira mais do que suficiente para acomodar os prejuízos que um cargo ministerial no seu caso implicava; e ter-lhe oferecido uma pasta ministerial bastante aliciante, as Finanças, a mesma com que Sá carneiro, em dezembro de 1979, vencera a minha resistência a integrar o Governo da Aliança Democrática (AD)”, frisa.

Cavaco Silva salienta que a nomeação de Catroga para ministro das Finanças “apanhou o mundo político e mediático de surpresa”. “Não era conhecido como especialista de macroeconomia e, apesar da sua reputação como gestor, era um desconhecido nos meios político-partidários”, indica, classificando o seu amigo como “um dos melhores gestores empresariais do Portugal democrático”.

Atendendo à crise económica de 1992 e início de 1993, Catroga era “a pessoa certa à frente do Ministério das Finanças para promover a criação de condições para a recuperação sustentada da economia portuguesa e marcar um novo ciclo de crescimento e progresso, como aliás, se veio a confirmar”.

E Eduardo Catroga “geriu bem as expectativas, restituiu a confiança aos agentes económicos, e a retoma da economia portuguesa processou-se segundo um padrão saudável, liderada pelas exportações, a que se seguiram o investimento e, finalmente, a expansão do consumo”.

“Dos quatro ministros que ocuparam a pasta das Finanças durante os meus dez anos como primeiro-ministro, Eduardo Catroga foi aquele que, pela sua jovialidade, permanente boa disposição, talento de explicação e persistência, se revelou mais eficaz na aplicação do método da ‘autoridade soft‘ nas relações orçamentais com os outros ministros”, acentua.

Cavaco assinala que, “ao encerrar o mandato como primeiro-ministro, em 1995, Portugal apresentava índices de saúde económica e financeira e estava na trajetória certa para alcançar o grande objetivo, que tinha sido fixado no final da década de 1980, de integrar o grupo dos países fundadores da Zona Euro”. E Eduardo Catroga foi um dos ministros a aplicar “uma parte significativa de uma das reformas estruturais de dimensão histórica levadas a cabo pelos governos a que presidi: reduzir o grau de estatização da economia portuguesa”.

“Eduardo Catroga não se ficou pela defesa convicta e fundamentada do legado herdado pelo Governo de António Guterres. Empenhou-se também em demonstrar os erros de política económica cometidos pelo ministro Sousa Franco”, escreve o ex-Presidente da República.

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S&P sobe rating do BCP em um nível. Continua em “lixo”, mas passou para “BB”

A agência de notação financeira reviu em alta a notação atribuída ao banco liderado por Miguel Maya. Elevou o rating de BB- para BB, mantendo com uma classificação de "lixo".

A Standard & Poor’s (S&P) reviu em alta a notação atribuída ao banco liderado por Miguel Maya. Elevou o rating do BCP para “BB”, uma melhoria da classificação em um nível que, contudo, continua a ser de “lixo”. O rating dos restantes bancos do sistema foi reiterado, com Totta e BPI a apresentarem as melhores notas.

A agência norte-americana explica a revisão em alta da classificação com a melhoria da perspetiva que tem sobre as instituições financeiras nacionais. “Os bancos portugueses estão a fazer progressos, apresentando resultados positivos após seis anos de prejuízos. Esperamos que esta tendência continue”, diz a S&P.

Além da recuperação dos resultados, a contribuir para a subida do rating do BCP estão os desenvolvimentos em torno do Novo Banco. “À medida que regressa a mãos privadas, o Novo Banco vai acelerar a sua reestruturação e, gradualmente, voltar ao normal”, diz a agência, acrescentando que tal irá “melhorar o cenário de concorrência” no mercado nacional.

"Os bancos portugueses estão a fazer progressos, apresentando resultados positivos após seis anos de prejuízos. Esperamos que esta tendência continue.”

Standard & Poor's

Perante estas melhorias, a notação do BCP subiu para “BB”, passando a perspetiva de “positiva” para “estável”, o que indica que a S&P não irá rever em breve o rating do banco. Ou seja, ainda vai demorar até que o BCP passe a ter uma classificação de qualidade de investimento.

Ao mesmo tempo que melhorou a notação do banco liderado por Miguel Maya, reiterou as classificações de outros bancos, nomeadamente do Totta e do BPI, de “BBB-“, para ambos. “Também reiteramos a nossa classificação de ‘BB-‘ para o Haitong Bank, com o outlook ‘estável'”, remata.

(Notícia atualizada às 17h09 com mais informação)

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Costa escolhe economia e emprego para tema do debate quinzenal

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

O debate quinzenal realiza-se em plena reta final das negociações do Governo com os seus parceiros de esquerda (Bloco de Esquerda, PCP e PEV) para fechar a proposta de Orçamento do Estado para 2019.

O primeiro-ministro, António Costa, escolheu as questões da economia e do emprego para tema do debate quinzenal, na quarta-feira, na Assembleia da República, disse à Lusa fonte da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Neste debate, que será o segundo que se realiza na presente sessão legislativa, a intervenção de abertura pertencerá ao primeiro-ministro.

No plano político, o debate quinzenal realiza-se em plena reta final das negociações do Governo com os seus parceiros de esquerda (Bloco de Esquerda, PCP e PEV) para fechar a proposta de Orçamento do Estado para 2019.

A proposta de Orçamento do Estado vai dar entrada no parlamento na próximo segunda-feira, é debatida na generalidade nos dias 29 e 30 de outubro, devendo ser sujeita a votação final global no dia 29 de novembro.

No plano da economia, ficou-se a saber-se que o Governo se prepara para inscrever uma estimativa de crescimento de 2,2% no próximo ano, acima 0,4 pontos percentuais da mais recente previsão avançada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Já no que respeita à evolução do mercado de emprego, o executivo socialista espera terminar o próximo ano com um desemprego de 6%.

Ainda em relação ao cenário macroeconómico do próximo ano, o Governo aponta para uma redução da dívida pública até 119% do PIB (Produto Interno Bruto) e para uma descida do défice para 0,2%.

No plano político, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, recusou-se a dar como fechada a questão negocial do Orçamento, dizendo apenas que as negociações “estão a ser duras”, mas dentro de um “espírito” para que tudo resulte uma “boa” proposta.

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PLMJ leva Portugal, Angola e Moçambique à China através da docQbot

A PLMJ é parceira num projeto pioneiro na área do investimento chinês no mercado global. A plataforma docQbot vai desenvolver contratos adaptados à lei de cada país.

A PLMJ foi convidada pela China Going Think-Tank (CGGT) para participar como parceira exclusiva para os mercados de Portugal, Angola e Moçambique no desenvolvimento da primeira plataforma docQbot, projetada para produzir contratos bilingues adaptados à lei local num curto espaço de tempo.

A CGGT foi fundada pelo managing partner international da firma chinesa Zhong Lun Law Firm, de Pequim, Robert Lewis, sendo esta a sociedade de advogados também responsável pelo apoio jurídico da plataforma na China.

Inicialmente orientada para a tradução de contratos-base em chinês e inglês, a plataforma encontra-se a ser estruturada junto de sociedades de advogados líderes em mais de 100 países dos cinco continentes, no sentido de adaptá-la à lei local.

A associada coordenadora da PLMJ China Desk, Rita Assis Ferreira, é responsável pela localização dos documentos relativos a investimentos em Portugal, Angola e Moçambique, que procuram prevenir os receios e equívocos mais usuais dos investidores chineses nos mercados que desconhecem.

“Esta plataforma eletrónica de documentos pretende facilitar toda uma vasta gama de transações comerciais e investimentos relacionados com a China. Um modelo docQbot pode criar até milhões de diferentes contratos de rascunho bilíngues personalizados em apenas alguns minutos”, explica a advogada em declarações enviadas à Advocatus. “Ora, isso significa a diminuição de tantos constrangimentos logísticos e temporais que ainda se verificam e que limitam a conclusão de inúmeros negócios“.

Este projeto da CGGT foi apresentado em Pequim em maio e conta já com um forte apoio das autoridades governamentais. As primeiras reações ao docQbot sugerem uma vasta procura por contratos de alta qualidade também à escala global.

Em Portugal, a preparação de documentos já envolveu uma vasta equipa de especialistas de PLMJ nas mais diversas áreas, sob a coordenação de Luís Sáragga Leal e de Rui Moura.

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Susana Soutelinho participa em curso de arbitragem internacional

O curso está a decorrer até ao próximo dia 12 de outubro, no Centro de Estudos Judiciários. Destina-se a magistrados dos Tribunais Fiscais e Aduaneiros da República de Moçambique.

Susana Soutelinho, sócia da LCS – Leite Campos Soutelinho, participa amanhã, dia 10 de outubro, no curso sobre arbitragem internacional e tributária dirigida a magistrados dos Tribunais Fiscais e Aduaneiros da República de Moçambique.

O curso, organizado pelo Centro de Estudos Judiciáros, está a decorrer em Lisboa de 1 a 12 de outubro e reúne diversos oradores.

A advogada vai abordar o tema “Âmbito da Competência Material do Tribunal Arbitral Tributário em Portugal”.

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EDP saiu beneficiada com os CMEC em três aspetos, diz Maria de Lurdes Baía

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

A cessação antecipada dos contratos de aquisição de energia (CAE) beneficiou a EDP em "pelo menos três aspetos". Quem o diz é a técnica da REN Maria de Lurdes Baía.

A técnica da REN Maria de Lurdes Baía afirmou, esta terça-feira, no parlamento que a EDP saiu beneficiada com a cessação antecipada dos CAE em “pelo menos três aspetos”, nomeadamente no valor pago pela extensão do domínio hídrico.

Em audição na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas aos produtores de eletricidade, Maria de Lurdes Baía – que integrou a equipa de trabalho EDP/REN para a cessação dos contratos de aquisição de energia (CAE) – afirmou que “a ideia inicial era a manutenção do equilíbrio contratual”, mas encontra “pelo menos três aspetos em que a empresa [EDP] foi beneficiada”.

“Eu não aponto pessoas. O que eu vejo é que há um processo, a ideia inicial era a manutenção do equilíbrio contratual. Olhando para ele desde o início, consigo apontar pelo menos três aspetos em que a empresa foi beneficiada e não vou apontar ‘a’ nem ‘b’”, declarou a então coordenadora da área de previsões energéticas da REN e que ainda hoje é quadro da gestora das redes energéticas.

Em resposta à deputada do PS Ana Passos, Maria de Lurdes Baía adiantou que, em primeiro lugar, “não devia ter sido considerado um prémio de risco na parcela fixa” dos custos para a manutenção do equilíbrio contratual (CMEC), que substituíram os CAE.

“Não devia ter sido considerado um prémio de risco, porque em primeiro lugar o próprio decreto-lei 240/2004 estabelece um mecanismo de mitigação de risco. Ouço falar muito deste prémio de risco, mas havia mitigação de risco no decreto-lei. Ele existe e está lá”, explicou, referindo que a REN contestou este prémio nas duas versões da proposta legislativa a que teve acesso.

Depois, prosseguiu, “na extensão do domínio hídrico houve uma subestimação de valores, no mínimo de 400 milhões de euros”, referindo-se ao prolongamento dos contratos de concessão das barragens à EDP, que custou à elétrica 704 milhões de euros.

“Depois podemos entrar em outras considerações, mas no mínimo estamos a falar de 400 milhões de euros” a menos para o Estado, acrescentou.

O terceiro aspeto em que a EDP foi favorecida, sublinhou, foi a concessão da Central de Sines, “integralmente paga pelo consumidores e que a EDP está a explorar sem ter pago qualquer compensação financeira”.

“Não está a cometer qualquer ilegalidade. A legislação está do lado da EDP, agora a legislação, no meu entender, é lesiva dos interesses do Estado. Para a EDP continuar a explorar essa central devia ter sido alvo de uma compensação financeira”, afirmou.

A EDP Produção foi a única empresa que aceitou a substituição dos CAE pelos CMEC, mas a equipa de negociação chegou a sentar-se à mesa com a Turbogás e a Tejo Energia, que mantiveram os contratos antigos.

“Demos início ao processo de cessação com as duas empresas. Tivemos duas ou três reuniões e eles foram perentórios. Não quiseram avançar com as negociações. Quando nos apareceram 11 pessoas à frente. Tivemos esta noção”, contou.

Já as reuniões técnicas com a EDP, em que participou, desde 2002, “eram muito intensas, de grandes discussões, mas nunca existiu pressão para ir por um determinado caminho”.

Além disso, referiu, neste processo negocial, estava “nos bastidores”, sem contactos com a Direção-Geral de Energia nem com o Governo, à exceção do dia em que foi entregar um CD a Rui Cartaxo, assessor do ministro da Economia, Manuel Pinho, com o cálculo da REN relativo à extensão do domínio hídrico, que acabou por não ser considerado pelo executivo, optando pelos estudos do Caixa BI e do Crédit Suisse.

“O rosto [das negociações, do lado da REN] foi sempre o doutor Vítor Batista. Eu estava nos bastidores. Ele pedia-me muita informação, que eu sabia que pedia para enviar ao professor Ricardo Ferreira e ao engenheiro João Conceição, os dois tiveram um papel muito importante neste processo desde o seu início”, declarou.

Questionada pelo deputado do BE Jorge Costa sobre a ida de Rui Cartaxo para a REN, como presidente executivo, e de João Conceição para administrador, Maria de Lurdes Baía disse que, na altura, essa transferência foi conversa de corredor na empresa: “Era uma grande coincidência as duas pessoas que estiveram neste processo terem ido parar à REN”.

“Achámos um pouco estranho que duas pessoas que tinham estado envolvidas no processo tenham ido para lugares de topo da REN”, concluiu, referindo que “não é um problema específico do setor elétrico, é um problema global do país”.

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Pedro Nuno Santos: “Não é por ser o último OE que passaria a ser mau”

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares explica que a intenção do Governo é "refletir na vida dos portugueses a melhoria da atividade económica". OE é também para as empresas, garante.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares defende, esta terça-feira, que todos os Orçamentos do Estado que o Governo aprovou até agora foram “bons” e que “não é por este ser o último que passaria a ser mau“. Coube assim a Pedro Nuno Santos responder ao comentador político Luís Marques Mendes, que classificou o OE 2019 de eleitoralista.

Um dia antes António Costa tinha recusado responder ao ex-líder do PSD. Hoje, no final das reuniões entre o Governo e os partidos, Pedro Nuno Santos assumiu essa tarefa. “Não é por ser o último Orçamento que que passaria a ser mau”, declarou aos jornalistas à saída das reuniões, acrescentando que “os outros OE também foram bons”.

Respondida a acusação de eleitoralismo, Pedro Nuno Santos explicou qual a estratégia do Governo. “As melhorias da economia são utilizadas na vida das pessoas.” Ou seja, quanto melhor é o crescimento, mais fácil é entender a existência de medidas dirigidas às pessoas.

A declaração surge no dia em que o Governo esteve a apresentar as linhas gerais do OE aos partidos. Uma das novidades do dia foi a taxa de crescimento do PIB que o Governo prevê para 2019. O Executivo está a apontar para 2,2%, o que representa uma ligeira travagem face aos 2,3% previstos para este ano. Uma projeção mais otimista que a que tem sido assumida pelas instituições nacionais e internacionais. Ainda esta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) insistiu na previsão de uma subida do PIB de 1,8%, isto é, menos cinco décimas do que a do Governo.

Mas Pedro Nuno Santos trazia outra mensagem. O Governo não está a pensar apenas nas pessoas e não só já aplicou medidas que ajudam as empresas como o pretende continuar a fazer. Exemplo: o Orçamento do Estado para 2019 vai ter a eliminação do Pagamento Especial por Conta – um adiantamento financeiro que as empresas fazem ao Fisco por conta de impostos futuros. Esta é uma “vitória das PME”.

O governante lembrou ainda um conjunto de medidas já adotadas, entre elas os 2.300 milhões de euros atribuídos no âmbito do Programa Capitalizar e acusou o PSD de “reduzir o seu programa à redução do IRC”.

Pedro Nuno Santos destacou ainda a importância de apostar em recursos humanos mais qualificados, em ter um bom Serviço Nacional de Saúde e em promover o investimento público – objetivos que também acabam por ser bons para as empresas.

Elogiando os resultados orçamentais que o Governo tem obtido, confirmou que a meta do défice para 2019 é de 0,2% do PIB – “está encerrado” – e lembrou que este Executivo vai deixar o país com uma dívida pública mais baixa do que aquela que encontrou. “Contas públicas saudáveis dão a garantia de que são sustentáveis”, defendeu, acrescentando que “ainda está para vir um Governo do PSD/CDS que consiga melhores resultados orçamentais”.

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Ryanair investe 100 milhões de euros para criar 12 novas rotas em Portugal em 2019

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

Ao todo, em Portugal continental, serão adicionados três novos destinos aos já existentes em Lisboa, seis a partir do Porto e três a partir de Faro.

A companhia aérea Ryanair anunciou esta terça-feira que vai investir cerca 100 milhões de euros para criar 12 novas rotas em Portugal para o verão de 2019 a partir de todas as bases, pretendendo continuar a apostar no país.

“É cerca de 100 milhões de euros de investimento no próximo ano nas 12 novas rotas, três desde a Portela […], seis desde o Porto e três desde Faro”, disse o presidente executivo da empresa, Michael O’Leary, em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência de imprensa em Lisboa.

De acordo com o responsável, este é um investimento “importante porque este é um tempo difícil para as companhias aéreas”.

“O petróleo está a 85 dólares por barril, os preços estão a cair, todas as companhias aéreas estão a reportar quebras nas receitas”, observou Michael O’Leary.

E adiantou: “É importante que continuemos a investir aqui em Portugal, que continuemos a criar bons empregos para as pessoas e chegar a acordo com os sindicatos para que acabemos com estas guerras sem sentido que não nos levam a lado nenhum”.

As 12 novas rotas dizem respeito a Alicante, Berlim, Bordéus, Brive, Cagliari, Clermont, Edimburgo, Londres Southend, Marraquexe, Milão Bergamo, Sevilha e Veneza Treviso.

Ao todo, serão adicionados três destinos aos existentes em Lisboa, seis a partir do Porto, três a partir de Faro, cinco desde Ponta Delgada e dois desde a Terceira, num total de mais 11 milhões de passageiros por ano no país, segundo as estimativas da empresa.

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