Luanda garante que certificação de dívida a empresas portuguesas estará concluída em novembro

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

De acordo com Adriano Mendes de Carvalho, o processo de certificação da dívida do executivo de Luanda a empresas portuguesas deverá ficar resolvido até finais de novembro.

O governador da província de Luanda garantiu esta terça-feira, na capital angolana, que o processo de certificação da dívida do executivo luandense a empresas portuguesas deverá ficar resolvido até finais de novembro.

Adriano Mendes de Carvalho falava à imprensa no final de uma audiência que concedeu ao embaixador de Portugal em Angola, João Caetano da Silva.

Segundo o governador da capital angolana, o encontro serviu para abordar, entre outros assuntos, essencialmente a questão da certificação das dívidas que o Governo Provincial de Luanda tem para com algumas empresas portuguesas, cujo montante não especificou.

“Também pudemos ver qual a melhor forma de apresentarmos isso no mais curto espaço de tempo. Falar com as empresas para analisar o que é que é correto e o que é que não está correto, para podermos encaminhar esta dívida a quem de direito”, explicou Adriano de Carvalho.

O governante angolano sublinhou que o governo da província de Luanda pretende “fazer tudo por tudo, para que a certificação desta dívida termine mais ou menos até dia 22 de novembro”.

Adriano Mendes de Carvalho realçou que as dívidas existentes não comprometem o andamento das obras em curso a cargo de empresas portuguesas, frisando que o processo de certificação é necessário.

“A ação delas apresentarem que têm esta ou aquela dívida não implica automaticamente que a gente tenha de aceitar. Vamos analisar e certificar. Em primeiro lugar, há que certificar e, depois de certificar essa dívida, a gente vai avançar, não vai paralisar nada, vamos dar continuidade, os trabalhos vão continuar”, disse.

O Governo angolano estimou em 90 milhões de euros a dívida já certificada de entidades públicas angolanas a empresas portuguesas e não certificada na ordem dos 300 milhões de euros.

O primeiro-ministro português, António Costa, na recente visita que efetuou a Luanda, elogiou “a transparência” do Governo angolano na forma como aborda a questão das dívidas a empresas portuguesas e o calendário definido, até novembro, para o apuramento do volume global por regularizar.

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Coca-Cola, Pepsi e Nestlé são as que mais contaminam os oceanos com plástico

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

As marcas "têm de escolher se são parte do problema ou da solução", com as suas "embalagens de plástico desnecessárias" e decidir se vão continuar a fabricá-las, diz o coordenador do estudo.

As multinacionais Coca-Cola, Pepsi e Nestlé são as que mais contribuem para a contaminação dos oceanos com plástico, segundo um estudo de um movimento ambientalista, que usou mais de dez mil voluntários para examinar lixo de 42 países.

Numa semana de setembro passado, fizeram mais de 200 ações de limpeza de plástico nas costas de países como as Filipinas, Tailândia, Vietname, Austrália, Chile, Estados Unidos ou Espanha. De entre mais de 187 mil pedaços de plástico recolhidos, 65% eram embalagens de produtos de grandes corporações mundiais, sendo que a maioria era destas empresas. Outras marcas responsáveis pelo plástico que contamina os mares são a Danone e a Colgate-Palmolive, todas do setor da alimentação, higiene e produtos domésticos.

Em declarações à agência Efe, o coordenador do “Break Free from Plastic”, Von Hernandez, afirmou que as marcas “têm de escolher se são parte do problema ou da solução“, com as suas “embalagens de plástico desnecessárias”, e decidir se vão continuar a fabricá-las. Mais de metade das peças encontradas são feitas de materiais muito difíceis ou impossíveis de reciclar, como o plástico usado em garrafas e em embalagens descartáveis.

Todos os anos são produzidas 320 milhões de toneladas de plástico e na próxima década a quantidade deverá aumentar 40%, o que fará aumentar exponencialmente a libertação de gases responsáveis pelo efeito de estufa. “Devemos exigir às empresas por trás destas marcas de consumo de massas que larguem o mau hábito de sobre-embalar os seus produtos e inverter a procura pelo plástico”, defendeu Von Hernandez.

No seu estudo, o movimento refere que a produção de plástico também expõe a substâncias nocivas as comunidades que vivem perto das fábricas e que a contaminação se estende aos produtos embalados. Cerca de 80% das 8,3 mil milhões de toneladas de plástico produzidas desde 1950 ainda persiste no meio ambiente, especialmente nos oceanos, segundo estudos recentes citados hoje pelo “Break Free from Plastic”.

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Revisão em baixa do crescimento mundial abana Wall Street

A revisão em baixa do crescimento mundial avançada pelo FMI está a desanimar os investidores, esta terça-feira. Wall Street abriu, por isso, no vermelho, com o S&P 500 a recuar 0,07%.

A revisão em baixa do crescimento económico mundial divulgada, esta terça-feira, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) está a fazer tremer os mercados. Na primeira sessão da semana, Wall Street abriu, por isso, no vermelho, com o principal índice norte-americano a recuar 0,07%.

Na sessão desta terça-feira, o índice de referência, o S&P 500, abriu em baixa 0,07% para 2.882,51 pontos. Igual tendência foi registada pelo tecnológico Nasdaq, que recuou 0,10% para 7.728,51 pontos, e pelo industrial Dow Jones, que desvalorizou 0,07% para 26.469,19 pontos.

No relatório divulgado esta terça-feira, o FMI estima que a economia global crescerá 3,7% este ano, o que fica em linha com o valor registado no ano passado, mas abaixo dos 3,9% previstos em julho. O organismo liderado por Christine Lagarde reviu, assim, em baixa o desempenho dos 19 países que usam o Euro.

Por outro lado, no que diz respeito aos Estados Unidos, o FMI estima que a sua economia cresça 2,9% em 2018, isto é, mantém a previsão de julho. Ainda assim, o organismo adianta que, em 2019, o crescimento da maior economia mundial deverá cair para 2,5% por causa da guerra comercial com a China.

“A revisão em baixa do FMI mostra que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está a começar a ter impacto na economia global”, sublinha o economista Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters.

A pressionar a bolsa norte-americana estão também as ações da Alphabet. Os títulos estão em baixa 0,55% para 1.149,56 dólares, depois de uma falha na segurança do Google+ ter exposto os dados de mais de 500 mil utilizadores.

Por outro lado, os títulos do Facebook estão a somar 1,02% para 158,85 dólares e dos da Apple estão a valorizar 0,14% para 224,08 dólares.

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PCP sem pressa para fechar salários da Função Pública até à entrega do OE

O aumento dos salários da Função Pública é uma das matérias essenciais deste Orçamento, mas os comunistas lembram que não tem de estar no Orçamento. Negociações devem ser feitas com os sindicatos.

O PCP defende que as negociações dos aumentos salariais para a Função Pública devem ser feitas entre os sindicatos e o Governo e não mostra pressa que estas tenham de estar concluídas até à entrega do Orçamento do Estado para 2019 no Parlamento, marcada para a próxima segunda-feira.

“Esta é uma matéria de negociação com os sindicatos”, disse o líder parlamentar comunista, sublinhado que os aumentos salariais “não aparecem no articulado da proposta de lei” e que a questão do valor se resolve bem “através da dotação profissional”. Sublinhou também que os 50 milhões “são insuficientes”.

João Oliveira sinaliza assim que a forma como os salários serão aumentados no próximo ano pode não fazer parte da proposta de lei que é entregue a 15 de outubro na Assembleia da República. Para quarta-feira está ainda prevista uma reunião com os sindicatos da Função Pública para a negociação suplementar dos aumentos salariais. Mas não é certo que o assunto fique fechado já.

O líder da bancada parlamentar salientou porém o avanço de, ao contrário de anos anteriores, desta vez estarem a ser discutidos aumentos salariais para os trabalhadores do Estado.

Sobre o aumento das pensões argumentou ser melhor que esse acréscimo fosse pago em logo em janeiro para não haver acusações de “eleitoralismo”.

À saída do encontro com o ministro das Finanças, que está desde o início da manhã, a apresentar as linhas gerais do documento aos partidos, o líder parlamentar do PCP destacou ainda o conjunto de propostas que os comunistas puseram em cima da mesa e que querem ver na proposta de OE 2019. Entre elas está o agravamento da derrama para as empresas e a descida do IVA na eletricidade, entre outras.

João Oliveira defendeu que o “exame comum” continua e que nada está garantido para já. É preciso ver o documento que chega às mãos dos deputados na próxima segunda-feira.

O líder parlamentar do PCP comentou ainda a previsão de crescimento do Governo para 2019 — de 2,2% — relacionando-a com as recentes “revisões em alta” das taxas de crescimento do PIB de anos anteriores que o Instituto Nacional de Estatística divulgou. No entanto, remeteu mais justificações para o ministro das Finanças, Mário Centeno.

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Custas judiciais e coimas em dívida passam a ser cobradas pela Autoridade Tributária e Aduaneira

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

Para Francisca van Dunem, a medida permite libertar os oficiais de justiça para outras tarefas e “os tribunais de um tipo de trabalho que não tem uma grande diferenciação".

O Governo pretende que as custas judiciais e as coimas em dívida passem a ser cobradas pela Autoridade Tributária e Aduaneira, medida que, para a ministra da Justiça, permite libertar os oficiais de justiça para outras tarefas.

A proposta de lei, aprovada em Conselho de Ministros a 20 de setembro, consagra a aplicação do processo de execução fiscal à cobrança coerciva das custas, multas, coimas e outras quantias cobradas em processos judiciais. Para Francisca van Dunem, a medida liberta “os tribunais de um tipo de trabalho que não tem uma grande diferenciação e que acaba, na prática, por gerar entropias no funcionamento normal das atividades normais dos tribunais“.

A ministra rejeitou a ideia de se tratar de mais uma transferência de competências, que devia ser da justiça, para fora dos tribunais, afirmando que é o “contrário”. “A nossa lógica tem sido sempre uma lógica de capacitação do sistema e de qualificação dos oficiais de justiça. O oficial de justiça de futuro não é um funcionário que se senta à secretária a coser processos. É alguém com diferenciação, capaz de interpretar autonomamente aquilo que são as necessidades de funcionamento da sua secretaria e dos magistrados”, disse a ministra.

Francisca van Dunem acrescentou que se “trata de qualificar, de retirar tarefas que são tarefas meramente reprodutivas materiais, como a envelopagem, de automatizar algumas coisas, e doutras, num certo sentido passar para outras áreas da administração”. Na exposição de motivos que consta da proposta de lei, o Governo refere que “o balanço francamente positivo da utilização do processo de execução fiscal para a cobrança de custas judiciais” nos processos administrativos e fiscais, “preconiza, assim, o repensar do processo de execução por custas na jurisdição dos tribunais judiciais, numa lógica de coerência e unidade do sistema jurídico”.

A medida, explica o Governo, permite direcionar a atividade dos oficiais de justiça para a tramitação dos processos executivos (cobrança de dívidas e penhoras), “reforçando de forma substancial os meios humanos nos juízos de execução, desta forma contribuindo para a diminuição da pendência” processual. Segundo o diploma, passa a ser responsabilidade do Ministério Público promover a entrega à Autoridade Tributária e Aduaneira da certidão de liquidação por via eletrónica juntamente com a decisão transitada em julgado.

A decisão transitada em julgado, segundo a proposta, constitui título executivo quanto à totalidade das quantias discriminadas. O Ministério Público fica também com a competência para promover a cobrança das custas a devedores sediados no estrangeiro. A proposta prevê que as novas regras entrem em vigor um mês após a sua publicação, aplicando-se apenas às execuções que se iniciem nessa altura.

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Aeroporto do Montijo “não será low cost”, diz CEO da ANA

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

"O Montijo será um modelo ponto a ponto e não lowcost. Terá uma qualidade fantástica de serviço e estará dedicado a companhias dedicadas a ponto a ponto", disse Thierry Ligonnière.

O novo aeroporto do Montijo não será low cost (baixo custo), mas de “qualidade fantástica de serviço” e dirigido a transportadoras com rotas “ponto a ponto”, ou seja, sem correspondências, indicou esta terça-feira o presidente executivo da ANA — Aeroportos de Portugal.

Na 6.ª conferência franco-portuguesa, que decorreu em Lisboa, num período de perguntas e respostas, Thierry Ligonnière recordou que o atual aeroporto, Humberto Delgado, vai manter o seu papel de hub (plataforma de ligações aéreas), nomeadamente da TAP, enquanto a estrutura complementar prevista para o Montijo será para “ponto a ponto, para as companhias que o desejarem”.

“A segregação não é no modelo económico. O Montijo será um modelo ponto a ponto e não low cost. Terá uma qualidade fantástica de serviço e estará dedicado a companhias dedicadas a ponto a ponto”, precisou. À plateia, o responsável disse que ponto a ponto traduz uma viagem que tem Lisboa como destino final, sem pressupor correspondências para outros locais. À questão sobre acessibilidades da nova estrutura para o centro da cidade, Thierry Ligonnière recordou que a escolha pelo Montijo, em detrimento de outros locais, levou em conta as distâncias e que muitas companhias aéreas fizeram saber que não queriam um aeroporto afastado da capital.

Para ligar Montijo a Lisboa estão previstos dois acessos principais, acrescentou o presidente da ANA, indicando o uso da ponte Vasco da Gama, onde haverá uma “saída específica e rápida” para o aeroporto. O outro acesso será através do rio Tejo: uma “experiência bastante simpática para os turistas poderem chegar ao centro através de barco, num percurso muito rápido, de 15 minutos apenas”.

Escusando-se a indicar, por agora, o investimento que a dona da ANA, a VINCI, fará no Montijo, a mesma fonte referiu “centenas de milhares de euros” e voltou a garantir que se mantém o calendário previsto, que aponta para a operação civil na atual base militar em 2022. Na sua intervenção na conferência, Ligonnière voltou a mostrar a imagem do novo aeroporto e indicou a conceção prevista para permitir “circuitos curtos de circulação”, até porque os aviões são rentáveis quando “estão a voar e não quando estão no solo”. O aeroporto irá privilegiar ainda a luminosidade e as tecnologias, acrescentou.

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Conselho de Ministros reúne-se esta tarde para discutir Orçamento para 2019

  • ECO
  • 9 Outubro 2018

A menos de uma semana do prazo para a entrega do Orçamento do Estado, os ministros reúnem-se ao início desta tarde para discutir o documento.

O Conselho de Ministros reúne-se ao início desta tarde para discutir o Orçamento do Estado para o próximo ano, um encontro ao qual se juntará o ministro das Finanças, Mário Centeno, após as reuniões com os partidos.

A informação foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo ECO, sendo que o encontro desta tarde deverá ser bastante técnico.

Centeno esteve esta manhã a apresentar aos partidos, no Parlamento, as linhas gerais da proposta orçamental do Governo para 2019, constando desse documento uma previsão de crescimento da economia de 2,2% e uma taxa de desemprego de 6%. Ainda em relação ao cenário macroeconómico, o Executivo está a apontar para um défice de 0,2%, segundo avançou André Silva, deputado do PAN, após a reunião com o ministro.

A reunião do Conselho de Ministros acontece a menos de uma semana do prazo para a entrega do Orçamento do Estado para 2019.

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Barómetro do eleitoralismo: De “nada” a “super” eleitoralista, o Orçamento para 2019 está a meio caminho

No último OE antes das eleições, a pergunta é: vai ser muito eleitoralista? Entre os economistas e politólogos ouvidos pelo ECO, a resposta varia. O Barómetro do Eleitoralismo está quase equilibrado.

“Vai ser muito popular”, disse Luís Marques Mendes no seu programa de comentário este domingo, sobre o Orçamento do Estado para 2019. “Do ponto de vista político, é dos mais eleitoralistas de sempre”. O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa já disse estar atento a tendências do género, ainda em dezembro do ano passado, quando ao promulgar o Orçamento do Estado para 2018 referiu: “A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer”.

O que se prevê então para o OE2019 que o Governo deverá apresentar na segunda-feira, dia 15 de outubro? Algumas medidas já foram vislumbradas, desde a redução no preço dos passes sociais até à negociação de atualizações salariais para a Administração Pública e contabilização parcial do tempo de serviço dos professores. A meta? Um défice de apenas 0,2% do PIB, que a ser atingido não teria precedentes na democracia portuguesa. Mas a soma total resulta num Orçamento que pode ser qualificado como eleitoralista, como antevê Marques Mendes, ou as preocupações do Governo não estão, como temia Marcelo, centradas nas europeias e legislativas que se aproximam? Os oito economistas e politólogos com que o ECO falou para construir o seu Barómetro do Eleitoralismo discordam neste tema, e o marcador fica mais ou menos no centro: um pouco mais eleitoralista do que seria de esperar num Orçamento neutro.

Mário Centeno, por sua vez, já respondeu. O Orçamento do Estado vai ser “responsável, colocado ao serviço dos portugueses e da economia”. Mas o que pensam os especialistas daquilo que já se conhece?

Aumentos na Função Pública são eleitoralistas?

Para o economista João Duque, do ISEG, não sobram dúvidas: o Orçamento para 2019 vai ser eleitoralista. “É claramente”, afirmou ao ECO, exemplificando com a negociação de aumentos na Administração Pública com um plafond de 50 milhões de euros. “Aumentos ridículos para tanta gente… quando se fala em aumentos de cinco euros por mês para funcionários públicos, o efeito prático é nulo. Serve para calar os compromissos de uns parceiros de coligação”, acrescentou. Assim, para João Duque, a medida estará francamente do lado eleitoralista do Barómetro do Eleitoralismo que o ECO propôs criar.

O economista e professor do ISEG Joaquim Miranda Sarmento, que é também porta-voz do PSD para as Finanças, considerou que dar aumentos é uma prática que passa ao lado daquilo que deveria de facto ter sido feito. “Aquilo que era fundamental ter ocorrido no pós-troika, sobretudo nos últimos quatro anos, era uma reforma profunda das carreiras e da avaliação dos funcionários públicos”, referiu. “O Governo prepara-se, a fazer fé nas notícias e nos anúncios já feitos, para repetir a dose eleitoralista de 2009. Na altura, também houve um aumento de 2,9%, que foi depois seguido de um corte de salários em 2010, no Governo Sócrates, entre 3,5% e 10%”.

O Governo tem, então, preocupações eleitoralistas com este Orçamento? Sim, defende o economista Ricardo Arroja, e as medidas previstas para a Administração Pública e os pensionistas comprovam-no. “Evidentemente. As principais medidas — atualização de pensões e atualização salarial de funcionários públicos — têm como público-alvo, entre pensionistas e funcionários, mais de três milhões de pessoas“, afirmou. Especialmente os aumentos da Função Pública servem claramente para apelar ao eleitorado, acrescenta: “Os salários, sim, são medida eleitoralista porque, face aos funcionários públicos europeus, a despesa pública dirigida às despesas com pessoal em Portugal já é relativamente generosa”.

Mas nem todos concordam. Ricardo Pais Mamede, investigador do ISCTE, considera “um pouco estranho discutir eleitoralismo” neste contexto. “O Governo prepara-se para não dar aumento à Função Pública ou adiar a entrada em vigor do descongelamento das carreiras, no fundo, prolongar no tempo o descongelamento. Não me parece uma medida eleitoralista, ou se o é é uma medida pouco acertada“, referiu.

Pais Mamede acrescentou ainda que os salários da Função Pública se encontram muito desatualizados: “A maior parte das pessoas não se apercebe disto, mas os funcionários públicos tiveram, entre 2000 e 2008, os salários a crescer abaixo da inflação e têm os salários congelados desde 2010. Os funcionários públicos acumularam ao longo do século uma perda de poder de compra que atinge cerca de 20% em média, nalguns casos 30%”.

José Reis, professor da Universidade de Coimbra, concorda: “Estamos perante trabalhadores que não só tiveram agravamentos muito consideráveis das condições de trabalho e de remuneração como têm perda significativa de poder real de compra, e aquilo que está a ser proposto é o mais conservador possível do ponto de vista de qualquer alteração salarial“, afirmou. Para José Reis, isto coloca a medida em terreno plenamente próximo do nível 1, ou “nada eleitoralista”, deste Barómetro do Eleitoralismo.

“Muito dificilmente se pode falar de um Orçamento eleitoralista, por muito que estejamos em ano eleitoral”, disse José Reis ao ECO, após ressalvar que o documento ainda não é conhecido, e tomando em conta algumas das medidas emblemáticas como a negociação de aumentos para a Função Pública, o aumento das pensões ao nível da inflação e a intenção reafirmada do Governo em procurar baixar os preços da energia junto do consumidor (mas não através da redução do IVA). Isto por uma razão principal: o défice.

Eleitoralista com um défice de quase zero?

“Uma medida eleitoralista seria um conjunto de decisões que levassem a um défice elevado”, afirmou José Reis. O défice deverá fixar-se antes num valor próximo do zero. “Tenho dúvidas se será um objetivo indiscutível. Provavelmente, precisaríamos, não por razões eleitoralistas mas por problemas da economia e sociedade portuguesa, de uma maior capacidade de ação pública”, acrescentou.

É um bocadinho contraditório estarmos a falar em medidas eleitoralistas quando se está a perspetivar a redução do défice.

Ricardo Pais Mamede

Economista, ISCTE

Para Eugénio Rosa, economista ligado à organização sindical Frente Comum, não há dúvidas: Se o défice próximo do zero “levar a que reivindicações justas dos trabalhadores não sejam satisfeitas e o crescimento e o desenvolvimento seja estrangulado devido a cortes significativos no investimento público como continua a acontecer, o país e os portugueses perdem muito com tal política”, disse ao ECO, embora ressalvando que o controlo rigoroso das contas públicas deve ser uma prioridade.

“É um bocadinho contraditório estarmos a falar em medidas eleitoralistas quando se está a perspetivar a redução do défice”, diz Ricardo Pais Mamede. A manutenção do défice baixo, disse ainda, é principalmente motivada por uma vontade de cumprir as regras orçamentais europeias por parte do Ministério das Finanças. “O Governo pode ser facilmente criticado por querer almejar défices demasiados baixos em vez de utilizar alguma folga que eventualmente pudesse ter para gastar noutras áreas”, frisou.

Já Joaquim Miranda Sarmento, embora veja com bons olhos o “equilíbrio nominal”, tem outras preocupações ligadas às finanças públicas que considera não estarem a ser abordadas: apesar do défice cada vez menor, as contas públicas continuam desequilibradas. “Dois terços da consolidação nominal entre 2015 e 2019 devem-se a windfall revenues da política monetária — redução da despesa com juros e aumento dos dividendos e IRC do Banco de Portugal”, acrescentou, métodos que não são sustentáveis por não serem repetíveis indefinidamente.

João Duque também acrescenta que a manutenção de um défice baixo “é uma medida que funciona bem para todos os lados”, já que também ajuda a manter uma imagem do Partido Socialista como um partido “capaz de fazer um percurso e que é confiável”. E, afinal, acrescenta, não é o défice que significa que um Orçamento não é eleitoralista.

Então qual é o veredicto? Mais para o lado “eleitoralista”

“Há escolhas que se fazem neste Orçamento”, afirma João Duque. Para o economista, a opção de dar aumentos e subir pensões em vez de investir as folgas orçamentais existentes de outra forma é por natureza eleitoralista. De 1 a 5, em que 1 é “nada eleitoralista” e 5 é “totalmente eleitoralista”, João Duque hesita brevemente antes de decidir colocar o que se conhece até agora do Orçamento no nível 4. Já Ricardo Arroja, por sua vez, fixa a pontuação no 3, considerando que é um OE “moderadamente eleitoralista”.

Se José Reis considera que não estamos, “salvo por facilidade de linguagem nos tempos que correm, perante algo que possa ser qualificado como eleitoralista”, Ricardo Pais Mamede e Eugénio Rosa preferem não classificar de todo o Orçamento do Estado perante este adjetivo. “Eu não classifico um orçamento como eleitoralista ou não eleitoralista, mas sim como um Orçamento que implemente maior justiça social e maior desenvolvimento do país ou um Orçamento que não tenha tais objetivos e o que estrangule”, sublinhou Eugénio Rosa.

Até agora, daria um 3 ou um 4. Há ainda alguma incerteza até onde o Governo irá. Mas prevejo que será bastante eleitoralista. No dia 15, após conhecer o OE, aposto que lhe darei um 4 ou mesmo um 5.

Joaquim Miranda Sarmento

Economista e porta-voz do PSD para as Finanças

O politólogo José Adelino Maltez, embora considere o Orçamento que aí vem “super eleitoralista” no nível 5 do Barómetro do Eleitoralismo, também afirma que “democracia é negociação, e o que temos aqui é negociação”. Assim, refere, o eleitoralismo surge na véspera das eleições, resultando numa pontuação máxima no Barómetro para este Orçamento do Estado.

É o único a considerar o Orçamento tão eleitoralista assim, com a exceção do economista e porta-voz do PSD Joaquim Miranda Sarmento, que reserva uma pontuação de 5 para quando vir o documento final. “Desde 2015 que o Governo da “Geringonça” faz OE a pensar nas eleições, fossem elas antecipadas, ou ocorressem apenas em 2019. Só assim se justifica a decisão de reposição acelerada dos cortes salariais impostos em 2010 pelo Governo Sócrates, bem como a descida do IVA da restauração”, referiu. “Em ‘modo campanha’ andamos desde novembro de 2015.” Assim, com o que até agora é conhecido, Joaquim Miranda Sarmento atribuiria “um 3 ou um 4”, mas o Barómetro deste economista pode subir até ao 5 “no dia 15, após conhecer o OE”.

Quando a oposição diz que o Orçamento de Estado é eleitoralista, o Governo esfrega as mãos porque a oposição, com isso, está a dar ao Governo uma invenção que ele de facto nunca teve, na medida em que o António Costa entregou a Centeno completamente o controlo da parte orçamental.

Viriato Soromenho Marques

Politólogo

O politólogo Viriato Soromenho Marques discorda abertamente desta perspetiva. Antes pelo contrário: “O eleitoralismo é praticamente impossível. Dizer isso é que é eleitoralismo. É uma atitude de quem não tem nada para oferecer”, disse, questionado pelo ECO sobre a sua visão do Orçamento do Estado. “Aquilo que sabemos é que o OE vai no sentido de ser muito rigoroso, em linha com aquilo a que Mário Centeno nos tem habituado.”

A classificar o OE de 1 a 5 numa escala de eleitoralismo, Viriato Soromenho Marques fica bem no centro, no ponto intermédio de 3. “Acho que o Orçamento de Estado, se não houver nenhuma catástrofe, será exemplar”, referiu. “Quando a oposição diz que o Orçamento do Estado é eleitoralista, o Governo esfrega as mãos porque a oposição, com isso, está a dar ao Governo uma invenção que ele de facto nunca teve, na medida em que António Costa entregou a Centeno completamente o controlo da parte orçamental”, diz, afirmando que a oposição arrisca, com uma acusação semelhante, estar a dar aos cidadãos uma ideia falsa de que estão a ser feitas muitas concessões para melhorar a sua vida.

Em que ficamos? Entre os economistas que falaram com o ECO e que quiseram classificar o Orçamento entre nada e muito eleitoralista, a pontuação fica quase a meio caminho, nos 3,3, sendo um OE mais próximo do meio-termo. Mas esta média esconde que uns afirmam que nada no OE tem traços eleitoralistas enquanto outros consideram que dificilmente podia sê-lo mais. Para saber o resto e avaliar com maiores certezas, só na próxima segunda-feira, dia 15 de outubro.

 

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Governo e BE ainda sem solução para baixar conta da luz

Governo e Bloco de Esquerda têm "objetivo comum" de baixar a fatura da luz, mas ainda não têm solução para o fazer. Bloco admite outras possibilidades que não descida do IVA da eletricidade.

O Bloco de Esquerda e o Governo ainda não encontraram uma solução para baixar a fatura da eletricidade das famílias no próximo ano, mas, segundo Pedro Filipe Soares, as partes continuam com o mesmo “objetivo comum”. A garantia foi deixada aos jornalistas pelo líder parlamentar bloquista depois da reunião com Mário Centeno que está a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2019.

O Bloco admite que gostaria mais que este objetivo fosse alcançado através da redução do IVA da eletricidade, mas admite que possa ser outra a solução para atingir o mesmo fim. “Não excluímos outras possibilidades para lá chegar”, afirmou o líder parlamentar. E mostrou-se disponível para continuar esta negociação na especialidade. “A votação do OE na generalidade não esgota o processo orçamental”, afirmou.

Além desta questão, o líder parlamentar quis ainda destacar duas outras prioridades do Bloco para este Orçamento. A subida dos salários da Função Pública e o aumento extraordinário das pensões, bem como a compensação das carreiras contributivas mais longas.

Há um conjunto de dossiês que não estão fechados e não ficaram fechados nesta reunião“, afirmou. “O que não puder ser fechado mais cedo será fechado mais tarde”, explicou.

A forma de fazer os aumentos salariais é uma delas, bem como o aumento extraordinário das pensões (o momento em que é pago) são as outras matérias essenciais que ainda estão abertas.

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Tribunal dá razão aos trabalhadores contra a Autoeuropa. Domingo não é dia “normal”

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

Um grupo de oito trabalhadores da Autoeuropa apresentou uma providência cautelar a requerer que o domingo não seja considerado um dia de trabalho normal. A empresa vai recorrer da decisão.

O tribunal do Barreiro deu razão ao grupo de oito trabalhadores da Autoeuropa que interpôs uma providência cautelar a requerer que o domingo não fosse considerado como um dia de trabalho normal, revelou esta terça-feira a administração da empresa.

“O Tribunal proferiu uma decisão preliminar, aceitando a argumentação dos oito trabalhadores. Trata-se de uma decisão meramente preliminar, cujos efeitos se aplicam somente a este grupo”, refere, em comunicado, a administração da Autoeuropa, que anuncia a intenção de apresentar recurso. No comunicado, a Volkswagen Autoeuropa refere ainda que a decisão do tribunal “não afeta o modelo de horário de trabalho em vigor”.

Um trabalhador da Autoeuropa, que foi testemunha no processo, disse à agência Lusa que a decisão do tribunal do Barreiro “abre a possibilidade de se voltar a discutir o horário de laboração contínua, que engloba os domingos como um dia de trabalho normal” e criticou a reação da empresa à decisão do tribunal. “A argumentação da providência cautelar é válida para todos os trabalhadores embora, em termos legais, só seja aplicável aos oito trabalhadores requerentes“, defendeu.

O grupo de trabalhadores “Juntos pela Autoeuropa”, que integra os elementos que requereram a providência cautelar, alegou no tribunal do Barreiro que os novos horários não cumpriam a legislação em vigor, designadamente o período mínimo de descanso de 35 horas entre o final de um dia de trabalho e o reinício da atividade após um dia de folga. Por outro lado, acusou a Autoeuropa de não cumprir algumas disposições do contrato coletivo de trabalho, que não preveem o trabalho ao domingo no subsetor da montagem e em empresas em que as funções essenciais estejam relacionadas com a montagem.

Na audiência realizada em 24 de setembro, no tribunal do Barreiro, a testemunha indicada pela empresa, Margarida Silva, dos Recursos Humanos, afirmou que a Autoeuropa cumpriu todos os requisitos legais neste processo, acrescentando que trabalhadores tinham viabilizado os novos horários numa cláusula incluída no Acordo de Empresa para 2015/2016, aprovado por 76,3% dos funcionários da fábrica de Palmela.

Além da providência cautelar já decretada pelo tribunal do Barreiro, há uma outra providência cautelar semelhante que está a correr no tribunal de Sintra e que tem a segunda audiência marcada para 26 de outubro.

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Clientes em Portugal do Popular passam no fim de semana para plataforma de internet do Santander

  • Lusa
  • 9 Outubro 2018

A partir deste fim-de-semana, os clientes em Portugal deixam de utilizar a plataforma do Popular. Em Espanha, esse processo de transição vai acontecer em novembro.

O presidente executivo do Grupo Santander, José Antonio Álvarez, anunciou em Madrid que, este fim de semana, os clientes do Banco Popular em Portugal deixam de poder utilizar a plataforma de internet habitual e passam a utilizar a do Santander Portugal.

José Antonio Álvarez, que a partir de janeiro passa a vice-presidente executivo do Grupo e presidente executivo em Espanha, também avançou que esse processo, naquele país, se vai iniciar em novembro próximo e será concluído em junho de 2019. Na intervenção que fez num encontro financeiro organizado pela KPMG e o grupo Expansión para analisar as transformações no setor bancário, o responsável do Santander assegurou que “há poucos riscos de que o cliente sofra” com a integração tecnológica.

“Não será feita uma integração segundo o modelo big bang“, sublinhou José Antonio Álvarez, insistindo que a integração do Popular na plataforma digital do Santander será levada a cabo de forma a que se minimizem quaisquer riscos, recordando os problemas recentes sofridos pelo Banco Sabadell quando realizou a incorporação tecnológica da sua filial britânica TSB.

O Santander afirma que o processo de integração se está a realizar de acordo com o calendário previsto e compromete-se a continuar a informar os clientes até à integração operacional, o último passo do processo iniciado no verão de 2017, quando anunciou a compra do Popular.

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Negócio fechado. SingularityU abre em Portugal para inspirar líderes a encontrarem soluções para novos desafios

Em Portugal, a SU irá promover programas para empresas em torno de diversas áreas da tecnologia, refletindo sobre como é que estas áreas se cruzam com os vários setores de negócio.

Capacitar e inspirar líderes a encontrarem soluções, com recurso às tecnologias, para os novos desafios da sociedade é o principal objetivo da Singularity University (SU). Agora, é a vez de Portugal juntar-se a esta rede global, aproximando grandes empresas, empreendedores e inovadores a criarem novas oportunidades de inovação e desenvolvimento no país.

A SingularityU Portugal irá promover programas customizados para empresas e executivos, em torno de diversas áreas da tecnologia e refletindo sobre como é que estas áreas se cruzam com os vários setores de negócio, apontando sempre para uma visão de futuro.

“Enquanto as startups portuguesas estão já a aplicar tecnologias de ponta em certas áreas de negócio para competirem a uma escala global, as empresas mais tradicionais dos setores da indústria e serviços estão agora a enfrentar vários desafios para conseguirem acompanhar o rápido ritmo de crescimento da tecnologia e inovação”, refere Ricardo Marvão, diretor executivo da SingularityU Portugal, em comunicado.

“Ao trazermos a Singularity University para Portugal, pretendemos dar acesso à educação e às ferramentas necessárias para que líderes, empresários e colaboradores possam estar constantemente atualizados sobre as novas oportunidades tecnológicas e as posicionem na vanguarda da inovação dentro das suas áreas”, acrescenta.

Ricardo Marvão, diretor executivo da SingularityU PortugalSingularityU Portugal

Rob Nail, CEO da Singularity University, salientou no mesmo comunicado que o país lusitano está “a tornar-se um líder reconhecido em diversas áreas da tecnologia e é já um hub importante de empreendedorismo e inovação na Europa”.

Portugal é, assim, o quarto país parceiro da Singularity University, juntando-se à rede global de parceiros que conta já com a SingularityU Nordics, a SingularityU Netherlands e a SingularityU Canada.

Os responsáveis pela SU Portugal foram a Câmara Municipal de Cascais, a Nova School of Business and Economics e a Beta-i, uma iniciativa que partiu da vontade de criar um fórum de diálogo e de conhecimento com impacto na sociedade portuguesa.

Mas, a apoiar o SingularityU Portugal está também a Ageas, a Galp e a Semapa, que apoiaram desde o início a ambição de trazer para Portugal a Singularity University.

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