Está quase: ADSE e privados ultimam acordo parcial

  • ECO
  • 2 Março 2018

A ADSE revela que está a ultimar as tabelas em que já há acordo: preços das lentes, das diárias e dos exames de gastroenterologia. Os assuntos pendentes deverão levar mais um mês a serem resolvidos.

A ADSE revela que está a ultimar as tabelas em que já há acordo. É o caso dos preços das lentes, das diárias e dos exames de gastroenterologia. Contudo, existem outras áreas nas quais as negociações se deverão arrastar por mais um mês. O preço dos medicamentos é uma das questões por resolver, revela a Associação Portuguesa dos Hospitais Privados (APHP) ao Jornal de Negócios (acesso pago).

Em algumas matérias vamos prolongar as negociações por mais um mês“, revelou o presidente da ADSE, Carlos Liberato Baptista, em consonância com o presidente da APHP, Óscar Gaspar.

De fora do acordo conseguido até agora, ficaram medicamentos e a introdução de preços fechados em todas as cirurgias, duas áreas em que a ADSE estimava maiores poupanças na sua proposta inicial.

A APHP mostra-se, contudo, aberta à negociação, e explica o atraso: “em relação aos medicamentos estamos completamente alinhados sobre a necessidade de estabelecer uma metodologia de fixação de preços máximos. Acontece que, tratando-se de medicamentos hospitalares, há muitos fármacos que não têm preço de venda ao público (PVP) pelo que é necessário recorrer ao Infarmed para esse efeito”.

No caso das cirurgias, existem outros entraves: “a questão das diárias” e os “casos extremos em que a pessoa precise de estar internada muitos mais dias”.

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Administração de Isabel dos Santos na Sonangol investigada pela PGR de Angola

  • Lusa
  • 2 Março 2018

Procuradoria-Geral da República de Angola anunciouque foi instaurado um inquérito para investigar transferências monetárias alegadamente irregulares.

A Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou esta sexta-feira que foi instaurado um inquérito para investigar a denúncia pública da atual administração da Sonangol sobre transferências monetárias alegadamente irregulares durante a gestão de Isabel dos Santos na petrolífera.

Em comunicado enviada hoje à agência Lusa, em Luanda, a PGR refere que o inquérito é dirigido pela Direção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção e “encontra-se sob segredo de Justiça”. “As conclusões do inquérito serão oportunamente levadas a conhecimento público, sem prejuízo do segredo de Justiça”, refere a nota da PGR angolana.

Acrescenta que a Procuradoria teve conhecimento da situação através da denúncia pública feita em conferência de imprensa, na quarta-feira, pelo presidente do conselho de administração da petrolífera, Carlos Saturnino, sobre “transferências monetárias irregulares ordenadas pela anterior administração da Sonangol e outros procedimentos incorretos”.

O inquérito visa “investigar os factos ocorridos, bem como o eventual enquadramento jurídico-criminal dos mesmos”, esclarece a nota da PGR.

[O inquérito visa] investigar os factos ocorridos, bem como o eventual enquadramento jurídico-criminal dos mesmos.

Nota da PGR de Angola

O presidente do conselho de administração da Sonangol, petrolífera estatal angolana, denunciou na quarta-feira em Luanda a realização de uma transferência de 38 milhões de dólares (31,1 milhões de euros), pela administração cessante, após a sua exoneração.

Carlos Saturnino, que falava em conferência de imprensa, no âmbito dos 42 anos de existência da petrolífera, enumerou algumas constatações sobre o grupo Sonangol, que encontrou após a exoneração da anterior administração, liderada por Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

“Tomámos posse no dia 16 de novembro de 2017 e nesse dia, à noite, apercebemos que o administrador que cuidava das finanças na Sonangol, embora tivesse sido exonerado no dia 15, ordenou uma transferência no valor de 38 milhões de dólares para a Matter Business Solution, com sede no Dubai”, acusou. Segundo Carlos Saturnino, a referida transferência foi realizada através do banco BIC, “que passou a ser um dos bancos preferenciais a nível da Sonangol”.

“Acho que isso dispensa comentários. Não foi o único caso. No dia 17 de novembro, houve o pagamento de mais quatro faturas também. Ou seja, como é que pessoas que tinham sido exoneradas pelo Governo ainda faziam transferências. Não pode ser um ato de boa fé de certeza absoluta”, observou Carlos Saturnino, numa aparente alusão ao facto de Isabel dos Santos ser igualmente acionista de referência do BIC.

Isabel dos Santos foi presidente do conselho de administração da Sonangol entre junho de 2016 e novembro de 2017, até ser exonerada pelo novo Presidente da República, João Lourenço, que colocou Carlos Saturnino na liderança da petrolífera.

Isabel dos Santos e restantes administradores da Sonangol.Instagram Isabel dos Santos

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Comissão Europeia vê “melhoria orçamental” em Portugal

  • ECO
  • 2 Março 2018

"Em termos de trajetória orçamental e ajustamento estrutural, os números que recebi do ministro mostram alguma melhoria", afirma o vice-presidente da Comissão Europeia, Dombrovskis.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Dombrovskis, esteve em Portugal esta quinta-feira, e analisou os números da economia portuguesa com o ministro das Finanças, Mário Centeno. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), deixa cair o “risco de desvio significativo das metas” que Bruxelas apontou em novembro e diz que os números que recebeu “mostram melhoria orçamental”.

Em termos de trajetória orçamental e ajustamento estrutural, os números que recebi do ministro mostram alguma melhoria. Provavelmente, em maio vamos ver também algumas previsões orçamentais melhores do que vimos nas previsões de outono”, afirma Dombrovskis, que salienta a evolução positiva na redução do desemprego e do malparado.

“Mário Centeno explicou-me que o resultado tanto para 2017, como para 2018, pode ser melhor do que nas nossas previsões de outono”, avança Dombrovskis, ressalvando de seguida: “Mas isto vamos ver em maio” — data na qual, relembra, se impõe a questão da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

E quando lhe é pedido que faça recomendações a Portugal, o vice-presidente defende que o país deve promover a “contratação nos contratos sem termo, incluindo através da revisão do enquadramento legal” e diz ainda que “o que é importante para sustentar a retoma é garantir o crescimento da produtividade”.

Brexit pode impor “mais contribuições” dos europeus

“O que precisamos de compreender é que o Brexit deixa um buraco no Orçamento Europeu“, avisa Dombrovskis. Mas uma coisa é certa: “Para manter o nível de ambição europeia com a saída do Reino Unido precisamos de aumentar o tamanho do Orçamento Europeu”.

Para tal, a proposta de Bruxelas é clara: “Mais contribuições para os Estados-membros e possivelmente também novas fontes de receitas próprias“. O comissário diz que esta última hipótese tem vindo a ser debatida. Em causa está a criação de novos impostos sobre as emissões de carbono, o imposto sobre o plástico ou um imposto comum sobre as empresas, sublinha o comissário. Recorde-se que António Costa já demonstrou disponibilidade para Portugal aumentar sua contribuição para o Orçamento comunitário e sugeriu a criação de impostos sobre as empresas poluentes, as plataformas digitais e sobre as transações financeiras

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Lisboa sob pressão. Jerónimo Martins cai mais de 2%

Depois de ter caído quase 10% após revelar as contas, a Jerónimo Martins continua a pressionar a bolsa nacional. A retalhista desce mais de 2%, mantendo o PSI-20 no vermelho.

Mais um dia de quedas para a Jerónimo Martins. Depois de ter cedido quase 10% na sequência da divulgação das contas de 2017, a retalhista abriu a última sessão da semana no vermelho. Um mau desempenho que está a pressionar a bolsa nacional. Já a EDP contraria este sentimento negativo, com a empresa liderada por António Mexia a beneficiar dos resultados apresentados após o fecho da sessão de quinta-feira.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu a sessão a cair 0,47% para 5.351,02 pontos, “com a envolvente internacional a representar o principal fio condutor da sessão”, referem os analistas do BPI. A praça portuguesa acompanha, assim, o desempenho no resto da Europa. O Stoxx 600 recua 0,68% para 372,30 pontos.

PSI-20 recua quase 0,5% na abertura

Quinta-feira foi um dia negro para a Jerónimo Martins depois de apresentar uma queda de 35% nos lucros em 2017. A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos perdeu mais de mil milhões de euros numa só sessão. A cotada caiu quase 10%. Uma tendência que se mantém esta sexta-feira, com a retalhista a recuar 2,21% na abertura, para 15,06 euros.

Ainda do lado das perdas, destaque para os CTT, que recuam 1,12%, e Galp Energia, com a petrolífera a descer 0,31%. Já o BCP cede 0,7% para 29,66 cêntimos, depois de o banco liderado por Nuno Amado ter regressado ao Stoxx Europe 600 Index, o índice acionista de referência a nível europeu.

A contrariar este sentimento segue a EDP, com a empresa liderada por António Mexia a subir 0,07% para 2,7210 euros. A energética fechou o ano de 2017 com lucros de 1.113 milhões de euros, um crescimento de 16% face ao ano de 2016. Esta subida dos lucros é explicada pela venda da Naturgas e Portgas, operação que permitiu à empresa liderada por António Mexia reduzir a dívida.

(Notícia atualizada às 08h20 com mais informação)

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Ameaça de guerra comercial leva bolsa de Tóquio a cair quase 3%

O Presidente dos EUA anunciou que vai impor taxas às importações de aço e alumínio. Medidas que levaram os mercados na Ásia a recuarem, com os investidores a temerem uma guerra comercial.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que vai impor taxas às importações de aço e alumínio para apoiar os produtores norte-americanos e aumentar o número de postos de trabalho. Medidas que tiveram impacto nos mercados asiáticos, com os investidores assustados com a possibilidade de uma guerra comercial. Jean-Claude Juncker já disse que a Comissão Europeia vai responder.

A bolsa de Tóquio encerrou a sessão em queda. O índice Nikkei desceu 2,5% para 21.181,64 pontos. Isto enquanto o Topix caiu 1,83% para 1.708,34 pontos. Este mau desempenho foi sobretudo provocado pela queda das fabricantes de aço, com a sul coreana Posco a ceder 3,3% e a japonesa Nippon Steel a afundar 3,8%. Já a Toyota Motor caiu 2,4% depois de a empresa ter afirmado que as tarifas vão aumentar substancialmente os custos de produção e, consequentemente, o preço dos carros vendidos nos EUA.

Na China, a bolsa de Xangai, a principal praça financeira do país, fechou a cair 0,59%, para 3.254,53 pontos. Shenzhen, a segunda praça financeira da China, recuou 0,79%, para 10.856,25 pontos.

O mundo está à beira de uma guerra comercial depois de Donald Trump ter anunciado tarifas severas para o aço e alumínio. É assim que começa uma recessão”, afirma Robert Carnell, responsável de research para a região Ásia-Pacífico do ING, em Singapura, à Reuters.

"O mundo está à beira de uma guerra comercial depois de Donald Trump ter anunciado tarifas severas para o aço e alumínio. É assim que começa uma recessão.”

Robert Carnell

Responsável de research para a região Ásia-Pacífico do ING

O anúncio foi feito na Casa Branca, durante um encontro com executivos de empresas produtoras e transformadoras dos dois metais, entre as quais a US Steel Corp., a Arcelor Mittal, a Nucor, a JW Aluminium e a Century Aluminium.

Nessa reunião, Trump apresentou penalizações de 25% nas importações de aço e 10% nas importações de alumínio, taxas que, segundo diz, vão continuar “por um longo período de tempo”. “O que tem acontecido nas últimas décadas é vergonhoso. Vergonhoso”, qualificou o Presidente, que prometeu ao setor “proteção pela primeira vez em muitos anos”.

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BE avança com projeto de lei para promover contratação coletiva e eliminar caducidade

  • Lusa
  • 2 Março 2018

José Soeiro admite que sobre a contratação coletiva, os bloquistas têm tido “opiniões bastante diferentes das do PS”, e não antecipa como os socialistas vão votar estas duas iniciativas.

O BE entrega esta sexta-feira no Parlamento dois projetos de lei para promover a contratação coletiva, eliminando o desequilíbrio e “a chantagem” da caducidade unilateral, e para repor o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.

Em declarações à agência Lusa, o deputado do BE José Soeiro admitiu que, nomeadamente sobre a contratação coletiva, os bloquistas têm tido “opiniões bastante diferentes das do PS”, não antevendo como é que os socialistas irão votar estas duas iniciativas.

“Mas, isso não nos faz desistir da necessidade de alterar a lei para relançar, para incentivar e para dar maior vigor à contratação coletiva porque achamos que é o que permite proteger os trabalhadores”, explicou.

De acordo com o deputado bloquista atualmente “há dois problemas graves” com a contratação coletiva, sendo o primeiro a possibilidade de “uma das partes fazer caducar unilateralmente” a convenção, o que faz com que “essa negociação seja sempre feita sobre chantagem e desequilíbrio por parte das entidades laborais”.

“Queremos incentivar a negociação coletiva e o equilíbrio no modo como essa negociação é feita e, por isso, queremos que a caducidade unilateral das contratações coletivas seja eliminada, retomando o que era a tradição da lei portuguesa de uma convenção só poder caducar quando é substituída por uma nova”, detalhou, a propósito do projeto de lei do BE que promove a contratação coletiva e procede à 14.ª alteração ao Código do Trabalho.

Queremos incentivar a negociação coletiva e o equilíbrio no modo como essa negociação é feita e, por isso, queremos que a caducidade unilateral das contratações coletivas seja eliminada, retomando o que era a tradição da lei portuguesa de uma convenção só poder caducar quando é substituída por uma nova.

José Soeiro

Deputado do Bloco de Esquerda

Questionado sobre o motivo pelo qual os bloquistas voltam agora a este tema no parlamento, José Soeiro afirmou que “houve um sinal de reconhecimento por parte do Governo de que a caducidade das convenções coletivas estava a ter um efeito muito perverso”. “Esse reconhecimento teve uma consequência concreta que foi o Governo propor aos parceiros sociais que não aplicassem essa norma da lei, que lhes permite fazer caducar as convenções coletivas, durante um determinado período de tempo. Agora é preciso retirar conclusões disso”, defendeu.

Na opinião do deputado do BE, se o próprio Governo fez esta proposta aos parceiros sociais, “a consequência que se deve tirar desse diagnóstico é que a própria lei precisa de ser alterada”.

O outro projeto de lei que será hoje entregue parlamento pela mão do BE prende-se, de acordo com José Soeiro, com a necessidade de “retomar na lei portuguesa um princípio basilar da lei do trabalho” que é o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador, “fundador do próprio direito do trabalho”. “No fundo, garantir que a lei define mínimos e que na negociação coletiva se pode ir além desses mínimos, se podem negociar condições melhores, mas não se pode ir para baixo desses mínimos”, explicou.

Com as alterações feitas em 2003 e 2009, “este princípio deixou de vigorar em toda a sua plenitude”, o que permite que haja “convenções coletivas que são piores que a lei geral do trabalho”. “Queremos repor o princípio do tratamento mais favorável para garantir que as convenções coletivas e que os contratos individuais não dão direitos que sejam mais diminuídos do que a própria lei geral”, disse.

A exigência para que sejam feitas alterações à legislação laboral nesta legislatura tem marcado o discurso de BE e PCP, pressionando o Governo a avançar nesta matéria, tendo o PS prometido cumprir os compromissos assumidos com a ‘geringonça’.

Em janeiro, o BE apresentou cinco projetos de lei na área laboral com o objetivo de reequilibrar as relações de trabalho ao combater a precariedade e reverter as medidas de facilitação dos despedimentos incluídas pela ‘troika’ no Código de Trabalho.

Em 19 de maio do ano passado, PSD, PS e CDS-PP chumbaram um projeto de resolução do BE no sentido de recomendar “uma alteração ao regime jurídico do setor público empresarial”, tendo em vista “o respeito pelo direito à contratação coletiva e uma nova orientação para a gestão do setor público empresarial”.

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Hoje nas notícias: Dombrovskis, Montepio e desemprego

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que marcam o dia.

Economia, banca e desemprego. Estes são os temas que dominam as notícias desta sexta-feira. O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mostra-se mais otimista em relação à economia portuguesa. Isto enquanto, na banca, Carlos Tavares e Mira Amaral estão na lista para chairman do Montepio. Do lado do Governo, este admite ser “financeiramente incomportável” satisfazer as exigências dos professores. Além disso, dois investigadores revelam que o desemprego oculto é o dobro do oficial.

“Os números que recebi de Centeno mostram melhoria orçamental”

O vice-presidente da Comissão Europeia está otimista em relação à economia portuguesa. Valdis Dombrovskis refere que “em termos de trajetória orçamental e ajustamento estrutural, os números que recebi do ministro mostram alguma melhoria”, prevendo que, em maio, haja uma melhoria das previsões orçamentais em comparação com as que foram apresentadas em outubro. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Carlos Tavares e Mira Amaral na lista para chairman do Montepio

O Banco de Portugal não dará autorização a Francisco Fonseca da Silva para ser presidente do conselho de administração do banco Montepio, no âmbito do processo de avaliação e adequação da nova administração da instituição, que está em curso, soube o Jornal Económico junto de fonte familiarizada com o assunto. Carlos Tavares e Mira Amaral são os nomes em cima da mesa. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Governo sem dinheiro para pagar a professores

A devolução de mais de nove anos de tempo de serviço congelado a cerca de 100 mil professores dos quadros custa 1.154 milhões de euros por ano. Os números foram revelados pelo Governo após negociar com os sindicatos de professores, que exigem a recuperação de todo esse tempo para travar as greves marcadas para 13 a 16 de março. Num documento entregue aos jornalistas, o Governo assume ser “financeiramente incomportável” satisfazer a exigência sindical. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Desemprego oculto é o dobro do oficial: chegou aos 17,5% no final de 2017

Se aos chamados desempregados oficiais se somar os desencorajados, subempregados, inativos indisponíveis para trabalhar e os chamados “ocupados dos centros de emprego” ter-se-á uma nova taxa que atira o desemprego real para valores muito acima das estatísticas oficiais: 17,5% no terceiro trimestre do ano passado. Isto em comparação com os oficiais 8,5%. O cálculo é feito pelos investigadores Frederico Cantante e Renato Miguel do Carmo, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Universitário de Lisboa. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Magistrados chocados com Pinto Monteiro

Fernando Pinto Monteiro, ex-PGR, disse, ao Público, que não há segredo de Justiça em Portugal e recomendou um “filtro” anticorporativo para o pacto de Justiça. Mas a entrevista deixou vários magistrados chocados. João Palma, o antigo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), considera que foi “uma entrevista confrangedora pela leviandade e simplicidade”. Já António Ventinhas, atual presidente da SMMP, nota que “ninguém diz que a atual PGR é uma rainha de Inglaterra. Toda a gente sabe o que aconteceu na Face Oculta”. Leia a notícia completa no i (acesso pago)

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Ribau Esteves acusa Governo de “empurrar” limpeza de matas “para não se queimar”

  • Lusa
  • 2 Março 2018

Ribau Esteves responsabilizou o Governo pela subida dos valores cobrados para limpar os terrenos, mas disse que a questão nem é de dinheiro, mas sim de falta de máquinas e homens para limpar.

O presidente da Câmara de Aveiro e vice-presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Ribau Esteves, disse esta quinta-feira que o Governo “está a empurrar responsabilidades” na limpeza da floresta “para não se queimar”.

“Não há nada de novo na Lei. O que há é a obrigatoriedade do dia 15 de março para limpar a vegetação e um Decreto-Lei sem nexo que pretende que as autarquias substituam os privados, de duvidosa constitucionalidade. O que o Governo está a fazer é a empurrar a responsabilidade para os particulares e as autarquias para não se queimar”, disse Ribau Esteves, durante uma reunião de câmara hoje realizada.

Não há nada de novo na Lei. O que há é a obrigatoriedade do dia 15 de março para limpar a vegetação e um Decreto-Lei sem nexo que pretende que as autarquias substituam os privados, de duvidosa constitucionalidade.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara de Aveiro

A questão surgiu no período reservado à intervenção dos munícipes, em que um proprietário de um terreno questionou a falta de reuniões de esclarecimento sobre a legislação em vigor, ao contrário do que está a ser realizado em municípios vizinhos.

“Tenho um pequeno pinhal, foram construindo casas à volta e pelas minhas contas fico com um eucalipto que está no meio. O preço para limparem disparou e a madeira que tirarem de lá não vai ser suficiente para pagar a limpeza do terreno e a coima”, descreveu.

Ribau Esteves responsabilizou o Governo pela subida dos valores cobrados para limpar os terrenos, mas disse que a questão nem é de dinheiro, criticando “a frase ridícula” de um governante, que afirmou que os autarcas devem gastar menos dinheiro em festas. “O problema é de capacidade técnica disponível. Querem fazer em quatro meses o que não se fez em 40 anos e não há máquinas, nem homens para fazer semelhante coisa”, afirmou, salientando que, com as atuais condições climatéricas, nem esse trabalho pode ser feito.

O problema é de capacidade técnica disponível. Querem fazer em quatro meses o que não se fez em 40 anos e não há máquinas, nem homens para fazer semelhante coisa.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara de Aveiro

O presidente da Câmara de Aveiro garantiu que o Município vai proceder, tal como em outros anos, com a fiscalização pela Polícia Municipal e pressionar os proprietários para que limpem os seus terrenos, o que será intensificado a partir de 30 de maio. “Estamos a notificar os proprietários, como sempre fizemos e este ano emitimos já 400 ofícios para aqueles casos em que for necessário intervir em substituição, porque não sabemos quem são os proprietários, não querem ou não podem. Também para limpar os terrenos que são municipais temos duas empresas contratadas”, declarou.

Ribau Esteves referiu ainda que o território municipal está fora das áreas prioritárias definidas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF): “Aveiro está fora porque as nossas zonas de primeira prioridade arderam em outubro”. No que respeita ao combate aos fogos florestais, o autarca admitiu ainda que os bombeiros venham a ser reforçados, passando a ter duas equipas de intervenção permanente.

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10 mandamentos de luxo, segundo o Tivoli Palácio de Seteais

História e legado conjugam-se com comunicação e recursos humanos para criar um storytelling de marca: estes são os segredos do sucesso para o Tivoli Palácio de Seteais, em matéria de luxo.

Tivoli Palácio de SeteaisD.R.

Era uma vez um Palácio que virou hotel. Construído, não para ser um hotel, mas para ser a residência do Cônsul Holandês em Portugal, Daniel Gildemeester, em 1953, o Palácio de Seteais transformava-se num hotel de luxo. Quando, trinta anos depois, o grupo Tivoli recebeu a concessão da exploração do Palácio, foi necessário um investimento na recuperação do edifício e infraestruturas “para que conquistasse o posicionamento enquanto hotel de luxo”.

A história do sítio fascina os visitantes. “Não faltam as histórias que nos transportam para uma época, para um lugar mágico, luxuoso e romântico e para o requinte e atmosfera do século XVIII”, conta Alexandre Maia de Carvalho, diretor-geral do Tivoli Palácio de Seteais. Por isso, essa é uma das vertentes a trabalhar quando se fala no storytelling contado entre paredes, edifícios e jardim.

Uma marca de luxo normalmente transporta uma longa história, que faz todo o sentido reforçar, pois ela faz parte do seu DNA, das suas idiossincrasias e particularidades que transmitem solidez, conhecimento, credibilidade e dão confiança a quem procura um produto de luxo. Tanto que algumas marcas destacam com orgulho a data da sua fundação.”

Uma marca de luxo normalmente transporta uma longa história, que faz todo o sentido reforçar, pois ela faz parte do seu DNA, das suas idiossincrasias e particularidades que transmitem solidez, conhecimento, credibilidade e dão confiança a quem procura um produto de luxo.

Alexandre Maia de Carvalho

Diretor-geral Tivoli Palácio de Seteais

A história articula-se, depois, com uma comunicação cuidada e, assinala o diretor-geral, com as pessoas certas. “Numa marca como a Tivoli, que faz em 2018, 85 anos de história, as pessoas são sem dúvida um pilar fundamental. Foi com elas que a marca cresceu e se consolidou no mercado nacional e internacional como uma referência no setor hoteleiro em Lisboa”, justifica. “Escolhemos pessoas que tenham paixão e drive pela hotelaria. Pessoas que abram um sorriso e consigam fazer o cliente sentir-se em casa, bem-vindo, acolhido. Se escolhermos pessoas que transfiram a sua emoção diariamente no seu trabalho, o resto pode ser ensinado e aprendido com a experiência no dia-a-dia”.

Os 10 mandamentos do luxo para o Tivoli Palácio de Seteais

  1. Combine a grandeza e as tradições do século XVIII com todos os confortos do século XXI. “É um equilíbrio perfeito entre elegância e excelência de serviço, desenvolvido por uma equipa que procura antecipar as necessidades dos hóspedes, surpreendê-los, mantendo-se sempre um passo à frente”, explica Alexandre Maia de Carvalho.
  2. Comece o desenho da marca com a herança e know-how que essa herança permite ter sobre aquilo que é a atividade desenvolvida. “São 85 anos a acomodar clientes, a aprender com eles e a apurar a arte de bem receber. Sabemos fazer bem, porque fazemos há muito tempo. E temos o track record que nos permite afirmar isso com toda a segurança e confiança”, detalha o diretor-geral.
  3. Mantenha a marca exclusiva e aspiracional. “Uma marca de luxo é uma marca que não está normalmente acessível a todos, se bem que a democratização do luxo tenha vindo a fazer com que mesmo as marcas de luxo se tenham vindo a adaptar e a criar subprodutos para satisfazer o desejo de acesso a essas marcas”, diz o responsável, acrescentando: “Ainda assim, a tarifas que se praticam na hotelaria de luxo, os preços dos restaurantes, ou tratamentos num SPA, são justificadas pela exclusividade do produto e serviço oferecidos, mas não estão, por norma, acessíveis a todos. Essa inacessibilidade torna a marca aspiracional, desejada, ao mesmo tempo que a protege de uma exposição exagerada, fazendo com que o produto, o serviço ou a experiência sejam percebidos como mais valiosos”.
  4. Construa uma identidade forte. “Uma marca de luxo deve transmitir a sua personalidade, excelência e atitude únicas e para isso deve procurar um caminho que lhe permita estabelecer uma relação forte com o seu público e com o que este procura”, diz.
  5. Esteja atento às tendências. “Há muito que se percebeu que uma faceta inegável e imutável da hotelaria de luxo é a saúde e o bem-estar. Os spa costumam simbolizar uma ideia de luxo, mas a ideia de bem-estar no setor da hotelaria de luxo vai além de apenas massagens e tratamentos para passar a incluir também uma ideia de experiência, sendo fundamental encontrar formas de oferecer essas experiências sensoriais muito além das quatro paredes de uma sala de tratamentos”.
  6. Reinvente a sua marca. “Fundada em 1933 por José Francisco Cardoso e Joaquim Machaz, a marca Tivoli mantém-se incontestável na sua intangibilidade. Apesar do trunfo da sua história, tem sido constantemente renovada e atualizada ao longo dos anos, de forma a estar em sintonia com as tendências da hotelaria de luxo. Sempre foi uma marca de referência reconhecida no contexto português da indústria hoteleira, como oferecendo um produto final de excelência, que excedia as mais exigentes expectativas dos seus hóspedes”.
  7. Vá além do produto no relacionamento com os clientes. “É necessário criar uma experiência que proporcione ao seu cliente uma viagem desde o momento em que entra no nosso palácio e lhe fazemos o curbside check in até ao dia em que se despede com a certeza de que voltará. Não basta o quarto estar impecavelmente arrumado, aromatizado, com bons produtos de banho e um serviço de turn down perfeito e oportuno (…) É preciso que seja surpreendido de cada vez que retorna”.
  8. Aproveite todas as oportunidades para fidelizar. “Definitivamente são os clientes que nos escolhem. Mas nós temos, de cada vez que somos escolhidos, a oportunidade única de fidelizar um cliente, de lhe mostrar que também queremos que seja nosso cliente, para a vida. E, para isso, temos de ser realmente diferenciadores e estar um passo à frente”, explica. Mas como? “Conhecer verdadeiramente o hóspede e oferecer uma experiência que mais ninguém oferece. No mercado competitivo de hoje, temos de nos relacionar com os clientes de maneiras mais criativas e ser mais visionários do que nunca. Hoje em dia, as marcas da hotelaria de luxo estão, de uma maneira ou de outra, ao alcance de um público mais variado pelo que precisam de demonstrar uma diferença real para continuarem a conquistar um público sofisticado e exigente, criando experiências únicas e pontos de contacto que os clientes vão recordar.
  9. Aponte para os clientes que deseja. “Os clientes são cada vez mais exigentes porque, num mundo digitalizado, eles têm acesso a muita informação sobre o destino, sobre os próprios serviços que um hotel disponibiliza e dependem cada vez menos deste para fazerem as suas escolhas. Então o verdadeiro luxo que podemos oferecer os hóspedes é a experiência que lhes podemos proporcionar, uma perspetiva local e enriquecedora, pensada nas suas necessidades, no seu perfil, no seu desejo, curiosidade e vontade de se envolver com a marca”, explica o diretor-geral. E esses podem ser, por exemplo, uma visita privada a um museu fora do horário de abertura ou a possibilidade de alugar o palácio por um dia (Own a Palace for a Day, uma das ofertas do Tivoli Palácio de Seteais. “Apontamos para um cliente sofisticado, exigente e perspicaz. Que valoriza e entende os valores da nossa marca ou está disposto a construir uma relação com ela”, acrescenta.
  10. Comunique a marca de forma consistente e com atenção aos canais. “Da mesma forma que algumas marcas preferem uma forte associação ao desporto através do patrocínio de eventos desportivos, as marcas de hotelaria de luxo não podem descurar os canais tradicionais e têm de ter uma estratégia fortíssima de comunicação digital que assegure uma visibilidade continua junto dos seus públicos mais relevantes. Já não basta ter uma estratégia de media e comunicação digital ou um plano de engagement com influencers. As marcas de luxo podem e devem procurar parcerias, associações a outras marcas que partilhem do mesmo posicionamento e que sejam relevantes para o seu cliente e elevar a experiência a um outro nível”, diz.

*Na rota do luxo é uma rubrica de notícias sobre luxo, enquadrada no curso Luxury Brand Management, do qual é o ECO é media partner, que decorre entre 15 e 19 de março. Mais informações e inscrições aqui.

 

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EuroBic corta spread da casa. Margem mínima desce para 1,49%

O banco desceu a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. Deixou de ter o spread mais alto do mercado, ultrapassando a CGD, o Novo Banco e o Montepio.

Novo mês, nova descida de spreads. Desta vez, o EuroBic é o protagonista. O banco português de capital angolano reviu em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa, com esta a passar para 1,49%. A instituição financeira liderada por Teixeira dos Santos deixa assim de ter o spread mais alto do mercado, ultrapassando a oferta da CGD, Novo Banco e Montepio.

EuroBic segue onda de descida de spreads

Fonte: Preçários dos bancos

A nova margem mínima foi definida nesta quinta-feira na atualização do preçário do banco para entrar em vigor neste mês de março. O novo spread mínimo fica abaixo dos 1,65% que vigoravam no banco desde outubro de 2016.

O banco liderado por Teixeira dos Santos passa a ter um dos spreads mínimos mais competitivos do mercado nacional que é apenas ultrapassado pelo Bankinter (1,15%), Novo Banco e Santander Totta (1,25%), Banco CTT (1,3%) e Crédito Agrícola (1,4%). No lado oposto, figura agora o Montepio que apresenta o spread mínimo mais alto do mercado: 1,55%.

Esta revisão em baixa insere-se no contexto de “guerra” entre os bancos por oferecer o crédito mais barato e chamarem a si mais clientes para um segmento de financiamento que se encontra em forte expansão. No ano passado, os bancos nacionais concederam mais de oito mil milhões de euros em crédito à habitação, o que corresponde ao montante mais elevado desde 2010.

O EuroBic é o terceiro banco nacional a rever em baixa a sua margem mínima de spreads desde o início do ano. Segue-se ao corte levado a cabo tanto pela CGD como pelo Crédito Agrícola, em fevereiro. A CGD fixou o seu spread mínimo em 1,5%, enquanto o crédito Agrícola colocou a sua margem mínima em 1,4%.

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Contas do Benfica, Porto e Sporting à lupa. Quem ganha?

O Benfica registou um forte aumento dos lucros, essencialmente com a venda de jogadores. O Sporting ganhou menos. Já o Porto perdeu mais, agravando o passivo, mas principalmente os capitais próprios.

O Benfica bateu os rivais nos lucros, mas não só. Com as vendas de jogadores a catapultarem as receitas para mais de 100 milhões de euros, encolheu também o passivo. Continua a ser o maior dos “três grandes” em termos de passivo, mas cada vez mais perto do do Porto, sendo que neste campeonato foi o do Sporting que mais se agravou. O problema é maior para os azuis e brancos que apresentam capitais próprios cada vez mais negativos.

Os encarnados registaram um resultado líquido de 19,1 milhões de euros nos últimos seis meses de 2017, que correspondem ao primeiro semestre da temporada 2017/2018. Foi um aumento de 634,6%. Enquanto o Benfica aumentou os lucros, o Sporting lucrou menos, isto enquanto o Porto encolheu os prejuízos.

 

Valores em milhões de euros | Fonte: Resultados das SAD

Os resultados líquidos da SAD liderada por Pinto da Costa foram negativos em 23,9 milhões, melhores do que no período homólogo, mas continuam no vermelho. O Sporting, por seu lado, teve lucros de 10,1 milhões, mas estes encolheram em 78%. O clube de Alvalade tinha conseguido lucros de 46,5 milhões no semestre homólogo, batendo os rivais.

Competições europeias pesam…

Ao contrário do que acontece nos resultados líquidos, nas receitas operacionais, excluindo jogadores, o Sporting regista o maior aumento, crescendo 9,3% para 53,6 milhões. Mesmo assim é o que menos ganha. O Porto também revela um crescimento, de 5,3% para 61,9 milhões, ficando ligeiramente aquém dos 64,6 milhões do Benfica que viu as receitas encolherem em 6,9%.

“Os rendimentos operacionais no primeiro semestre de 2017/2018 ascendem a um montante de 64,6 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 6,9% face ao período homólogo. Esta variação está essencialmente relacionada com o desempenho nas competições europeias, dado que se assistiu a uma melhoria genérica nas restantes rubricas operacionais”, explica a SAD do Benfica.

Valores em milhões de euros | Fonte: Resultados das SAD

Os prémios distribuídos pela UEFA aproximam-se dos 14,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 31%”, acrescenta o clube da Luz, sendo que o mesmo aconteceu com o Porto. “Os resultados operacionais, excluindo proveitos com passes de jogadores, melhoram ainda que as receitas obtidas pela participação do FC Porto nas competições europeias tenha diminuído”. O Sporting, por seu lado, ganhou mais com a Europa.

“A principal variação ocorrida na rubrica é relativa ao prémio de acesso à fase de grupos da UEFA Champions League via playoff conseguida com a vitória sobre o Steaua de Buraceste e da performance da mesma competição com as duas vitórias sobre o Olympiacos e um empate frente à Juventus”, salienta o clube liderado por Bruno de Carvalho.

…vendas de jogadores salvam

O que faz a diferença nos resultados dos “três grandes” são mesmo os jogadores. Ou melhor, as vendas de jogadores que engordaram as contas da SAD liderada por Luís Filipe Vieira. Este desempenho é principalmente justificado pelo resultado obtido com as transações de direitos de atletas, que atinge os 40 milhões de euros e compara com o valor de 13,6 milhões de euros alcançado no semestre homólogo”, diz o Benfica.

 

 

 

Valores em milhões de euros | Fonte: Resultados das SAD

“O resultado com transações de direitos de atletas (que engloba alienações, empréstimos e abates) corresponde a um valor de 40 milhões de euros, o que representa um crescimento de 194% face ao período homólogo, sendo de realçar as mais-valias obtidas com as transferências dos atletas Nélson Semedo e Mitroglou para o FC Barcelona e Olympique de Marselha, respetivamente”, refere o comunicado.

Sporting e Porto também venderam jogadores, mas o resultado não foi tão positivo. “O valor das mais-valias com transações de atletas atingiu o valor líquido de 25,507 milhões de euros, o que significa vendas de direitos desportivos de montante superior a 28 milhões de euros. Para este volume de vendas contribuiu a alienação de Adrien Silva por um valor de até 29,5 milhões de euros”, diz o SCP. O Porto, por seu lado, teve perdas de 12,26 milhões.

Nos passivos, Benfica mais perto do Porto

Perante estes resultados, o passivo do Sporting registou um forte crescimento. Passou de 265,4 para cima da fasquia dos 300 milhões (310,9 milhões de euros), ficando no mesmo patamar dos rivais. O Porto viu o seu passivo crescer ligeiramente, mas atingiu os 380,3 milhões de euros, o que o coloca muito perto do apresentado pelo Benfica. Na comparação com o final de junho, este encolheu.

Entre os três grandes, o clube da Luz foi o único a reduzir o passivo. “A evolução do passivo mantém a tendência de decréscimo que se iniciou nos últimos períodos, estando o mesmo a ser gerido de uma forma faseada e equilibrada”, refere a SAD, apresentado um saldo global de 385,4 milhões de euros.

Ao mesmo tempo que o passivo encolheu, os capitais próprios da SAD do Benfica registaram um forte crescimento, passando para 87,6 milhões. Os do Sporting encolheram 23%, para 16,5 milhões; já os do Porto estão ainda mais negativos. Perante os prejuízos registados, o valor passou de 3,4 para 33,2 milhões de euros, o que deixa a SAD numa situação mais delicada.

Valores em milhões de euros | Fonte: Resultados das SAD

 

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Marta Santos Silva
  • 2 Março 2018

O financiamento dos partidos, a União Económica e Monetária, o Brexit, a produção industrial e também a EDP são os principais temas a que estar atento esta sexta-feira. Saiba o que marca o dia.

Esta sexta-feira, o Parlamento recebe não só um novo debate sobre o financiamento dos partidos, mas também o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis para falar sobre a União Económica Monetária. Um olho vai estar posto na bolsa, onde a EDP se estreia após a apresentação de resultados largamente positivos, e outro no Reino Unido, onde Theresa May faz um discurso decisivo sobre o Brexit. O Instituto Nacional de Estatística (INE) por sua vez divulga os dados da produção industrial em janeiro.

Financiamento dos partidos traz novidades?

Marcelo Rebelo de Sousa vetou o decreto do financiamento dos partidos da primeira vez que lhe foi parar às mãos, pedindo um debate mais alargado sobre o que nele vinha incluído. Esta sexta-feira, os partidos debatem durante 91 minutos os conteúdos do diploma, que poderá sofrer alterações. O PS, por exemplo, segundo revelou o Público, pretende clarificar a questão da devolução do IVA para as despesas de campanhas eleitorais.

Dombrovskis no Parlamento sobre o Semestre Europeu

O vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis, que está de visita a Portugal e desejou esta quinta-feira que os portugueses começassem a sentir no quotidiano os efeitos do crescimento económico, vai estar na Comissão de Assuntos Europeus, em audição conjunta com a Comissão de Trabalho, para falar sobre este ciclo de coordenação de políticas económicas e orçamentais, conhecido como o semestre europeu, e sobre a União Económica e Monetária.

May faz discurso sobre Brexit em momento de fricção

O discurso de Theresa May desta sexta-feira está a ser especialmente antecipado, já que a primeira-ministra britânica fala sobre o Brexit e o período que se lhe seguirá numa semana em que Bruxelas e Londres chocaram sobre o acordo que vai determinar o futuro da Irlanda do Norte e do seu vizinho a sul, a República da Irlanda, já que o país a norte pertence ao Reino Unido e o outro não. O funcionamento da fronteira entre os dois está a ser alvo de grande controvérsia, e May deverá expressar a sua perspetiva esta sexta-feira.

INE mostra produção industrial de janeiro

A atividade industrial portuguesa acelerou em 2017, com um aumento de 4% no ano passado, mais 1,7 pontos percentuais do que em 2016. Mas como arrancou o ano de 2018? O INE revela esta terça-feira as estatísticas da produção da indústria portuguesa no primeiro mês do ano, após um dezembro com uma variação mais baixa do que a de novembro.

EDP na bolsa após apresentação de resultados positivos

Após apresentar lucros de 1.113 milhões de euros, mais 16% do que em 2016, como é que a bolsa lisboeta vai acolher a EDP? A subida dos lucros explica-se pela venda da Naturgas e Portgas, reduzindo a dívida, e os dividendos vão manter-se. De notar que, apesar de positivos, os resultados são inferiores aos que eram esperados pelos analistas.

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