Metro de Lisboa tem luz para ligar o Rato ao Cais do Sodré

  • Guilherme Monteiro
  • 27 Novembro 2018

Agência Portuguesa do Ambiente deu parecer positivo ao Metropolitano de Lisboa para começar com as obras de prolongamento.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu aval às obras de expansão do metro de Lisboa entre a estação do Rato e do Cais do Sodré. O objetivo passa por criar uma linha circular no centro da cidade de Lisboa. O parecer favorável foi enviado esta terça-feira ao Metropolitano de Lisboa.

Em comunicado, o Metropolitano esclarece que a luz verde dada pela APA está “condicionada ao cumprimento dos termos e condições impostos no documento para o projeto ‘Prolongamento entre a Estação do Rato e a Estação Cais do Sodré, incluindo as Novas Ligações nos Viadutos do Campo Grande”.

A empresa deixa ainda a garantia de manter o “esforço no sentido de continuar a promover a mobilidade sustentável, constituindo-se como solução estruturante para a mobilidade em Lisboa”.

O Orçamento de Estado para 2019 prevê que as obras de expansão do Metro deverão arrancar até ao final ao fim do primeiro semestre de 2019 e consistem num “investimento de 210,2 milhões de euros”.

Durante o verão, a comissão de Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e a comissão de utentes dos transportes de Lisboa manifestaram-se contra a proposta da criação de uma linha circular. Consideram o alargamento uma “má solução para a promoção da mobilidade na cidade” e dizem que vai degradar a oferta na zona norte da capital.

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Meo obrigada a baixar preço da TDT. Canais pagam menos 15%

É oficial. A Anacom decretou esta terça-feira que a Meo vai ter de baixar em 15,16% o preço anual que a RTP, a SIC e a TVI pagam à operadora pela distribuição do sinal na TDT.

A Meo tem dez dias úteis para informar a RTP, a SIC e a TVI de que vai baixar o preço anual de distribuição dos canais na TDT em 15,16%, na sequência da decisão da Anacom que se tornou efetiva esta terça-feira. O regulador acusa a Meo de praticar preços superiores ao que tinha indicado na proposta que venceu o concurso público para a distribuição da TDT.

“A Anacom aprovou determinar à Meo a aplicação do preço anual do serviço de transporte e difusão do sinal de TDT de 885,1 mil euros por Mbps [megabits por segundo], a que corresponde uma redução de 15,16% dos preços anuais por Mbps que a Meo cobra aos operadores de televisão (RTP, SIC e TVI) pela prestação do serviço”, confirmou o regulador em comunicado. A intenção da Anacom já era conhecida desde o início de julho. “A Meo tem agora dez duas úteis para notificar a RTP, SIC e TVI dos novos preços”, sublinha a Anacom.

Segundo a Anacom, esta decisão surge depois de o regulador ter verificado que a Meo estava a praticar preços superiores ao que tinha definido na proposta que levou a concurso público, através da qual ganhou a concessão da distribuição do serviço de TDT. O ECO contactou a Altice Portugal no sentido de obter uma reação à confirmação da decisão da Anacom, mas ainda não obteve resposta até ao momento.

“[A Anacom] concluiu que os preços atualmente em vigor, e que foram acordados entre a empresa e os operadores de televisão […] ultrapassam o limite do preço apresentado na proposta que venceu o concurso público para atribuição do direito de utilização de frequências associado ao Mux A (de 885,1 mil euros por ano e por Mbps)”, frisa a entidade liderada por João Cadete de Matos, no mesmo comunicado.

Em julho, quando se soube da intenção da Anacom de obrigar a este corte dos preços, a Altice Portugal insurgiu-se contra a decisão. Num comunicado datado de 5 de julho, a dona da Meo mostrou-se “surpreendida” com a proposta e disse que os preços praticados estavam “abaixo dos custos” e “abaixo dos preços apresentados no concurso”. A empresa liderada por Alexandre Fonseca indicou mesmo que os preços que praticados faziam “com que o projeto TDT se mantenha num nível muito deficitário” para o grupo.

A redução surge numa altura em que começa o processo articulado entre o Governo e a ERC para a atribuição de duas novas licenças de TDT, uma para um canal de desporto e outra para um canal de informação. Segundo a ministra da Cultura, Graça Fonseca, os cadernos de encargos deverão ser publicados no início do próximo ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h54)

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Venda da Comporta aprovada em assembleia geral. Vanguard e Amorim são os novos donos

  • ECO e Lusa
  • 27 Novembro 2018

A assembleia geral da Gesfimo deu "luz verde" à venda dos ativos turísticos da Herdade da Comporta. O fundo Vanguard Properties e a Amorim Luxury são os novos donos.

A assembleia geral da Gesfimo deu “luz verde” à venda dos ativos turísticos da Herdade da Comporta. A Vanguard Properties, dirigida por José Cardoso Botelho, e a Amorim Luxury, da empresária Paula Amorim, são oficialmente os novos donos, pagando 158,2 milhões de euros pelos ativos imobiliários que eram detidos pelo Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado da Herdade da Comporta.

Em reação à aprovação da venda, Paula Amorim considerou que este “é um passo decisivo num longo processo em que nos envolvemos com empenho e sentido de responsabilidade”. A empresária referiu ainda que o consórcio que integra “acredita no potencial da Comporta” e do país “enquanto destino residencial e de turismo de qualidade” e na “capacidade empreendedora para a desenvolver”, assim como num “modelo de desenvolvimento que garanta a sustentabilidade da região, crie emprego, traga mais abertura a outras pessoas e realidades, investimento de qualidade e qualifique os espaços públicos”.

O acordo para a compra de parte da Herdade da Comporta já tinha sido assinado a 23 de outubro e aguardava deste então pela aprovação em assembleia-geral. A aprovação surgiu depois de o Ministério Público e de o Tribunal Central de Instrução Criminal terem dado o “ok” ao seguimento do processo de alienação, tendo em conta que estes ativos se encontravam arrestados porque 60% do fundo é detido pela Rioforte, sociedade do falido Grupo Espírito Santo (GES).

A Comporta tem uma dívida de 120 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Fundo da Herdade da Comporta chegou a estar em risco de abrir falência, depois de o processo de venda dos ativos ter sido travado pelo Ministério Público, num processo que sofreu avanços e recuos. Na semana passada, em entrevista ao ECO, José Cardoso Botelho, diretor-geral da Vanguard Properties, garantiu que “a CGD vai ser ressarcida do capital que emprestou ao fundo”.

“Será uma transação excelente para a Caixa, que também acreditou no projeto e por isso investiu o seu dinheiro. O erário público não vai ser indiretamente afetado por esta operação, pelo contrário”, disse José Cardoso Botelho na semana passada, ainda antes de ter sido aprovada a venda dos ativos.

Com a aprovação da venda, começa agora o processo de liquidação do fundo. A assembleia-geral da Gesfimo, sociedade que gere o Fundo da Herdade da Comporta, reuniu esta terça-feira de manhã em Lisboa.

(Notícia atualizada às 16h04 com reação de Paula Amorim)

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ISEG revê em baixa crescimento do PIB para 2,1% a 2,3%

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

O ISEG reviu em baixa a estimativa de crescimento homólogo do PIB este ano para 2,1% a 2,3%. Antes, via a economia crescer até 2,5%.

O ISEG reviu em baixa a estimativa de crescimento homólogo da economia portuguesa este ano para 2,1% a 2,3%, contra os 2,2% a 2,5% anteriormente previstos.

“Em relação à taxa de crescimento final para o ano de 2018, tendo em conta o resultado do terceiro trimestre, é revisto o anterior intervalo de previsão para o mais provável intervalo de 2,1% a 2,3%”, lê-se na Síntese de Conjuntura de novembro do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Relativamente ao quarto trimestre, com base na “escassa” informação quantitativa disponível e “tendo em conta a desaceleração prevista para o crescimento da UE” (União Europeia), o instituto aponta como “mais provável” uma “tendência de desaceleração ligeira, que não exclui pequenas oscilações ou estabilização”, admitindo que “o crescimento pode vir a ser favorecido pela ocorrência de mais três dias úteis em termos homólogos”.

A revisão em baixa pelo ISEG do crescimento da economia portuguesa em 2018 acontece após a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontar para um crescimento no terceiro trimestre de 2,1% em termos homólogos e de 0,3% em cadeia.

Conforme nota o instituto, “estes valores mostram uma desaceleração do crescimento”, quer em termos homólogos, (de 2,4% para 2,1%), quer em termos trimestrais (de 0,6% para 0,3%). Em outubro, o ISEG tinha estimado que a economia portuguesa crescesse 2,3% homólogos e 0,5% em cadeia no terceiro trimestre.

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Site do BPI não funciona. Há uma “anomalia informática”

Aceder ao site e à banca online e mobile do BPI não está a ser possível desde esta manhã, uma situação que se deve a uma anomalia informática que está a ser reparada.

O acesso ao site do BPI está indisponível, uma situação que se deve a uma anomalia no sistema informático, avançou ao ECO fonte oficial da instituição financeira liderada por Pablo Forero.

A mesma fonte adiantou que se trata de uma indisponibilidade temporária e que a situação está a ser resolvida pela equipa de informática do BPI, tendo descartado estar em causa um ataque informático, mas sim uma “anomalia interna”.

De acordo com fonte oficial do BPI, a situação em causa provoca uma “indisponibilidade temporária” de alguns serviços, que começou logo no iníciio do dia. A anomalia impede os clientes do banco acederem ao respetivo site, mas também ao serviço de banca online e mobile.

Apesar de não indicar um prazo para a resolução do problema, a mesma fonte confirmou à Lusa que o BPI “está a desenvolver todos os esforços para ultrapassar esta situação o mais rapidamente possível”.

Esta situação acontece no mesmo dia em que o Caixabank anuncia o seu plano estratégico do BPI para o período de 2019 a 2021, onde a digitalização surge como uma das apostas estratégicas mais fortes da instituição financeira para os próximos anos.

Para além de aumentar os seus clientes digitais, o banco também quer simplificar os processos. Estima que o número de clientes digitais aumente para 50%, mais nove pontos percentuais do que a percentagem de 2018 (41%). Com a digitalização, o banco espera também melhorar o seu nível de eficiência, “consolidando” a sua reputação.

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Donald Trump quer aumentar tarifas sobre bens chineses. Wall Street em queda

Sessão de quedas em Wall Street depois de Donald Trump afirmar que espera aumentar em 25% as tarifas aplicadas a produtos importados da China.

As bolsas norte-americanas estão em queda, reflexo das últimas declarações de Donald Trump, que falou em avançar com mais tarifas sobre produtos chineses. Depois de uma sessão positiva devido ao recorde nas compras feitas durante a Cyber Monday, os investidores estão agora desanimados e menos confiantes de que a próxima reunião do G20 possa resolver a atual onda de tensões comerciais no mundo.

Nenhum dos três principais índices escapa a este cenário negativo, consequência das declarações do presidente norte-americano. O índice de referência S&P 500 abriu a cair 0,39% para 2.663,06 pontos, assim como o tecnológico Nasdaq que desvaloriza 0,53% para 7.044,11 pontos. Já o industrial Dow Jones iniciou esta sessão a recuar 0,42% para 24.536,61 pontos.

No final da tarde desta segunda-feira, antes da reunião entre os Estados Unidos e a China que deverá marcar um acordo alcançado entre os dois países, Donald Trump disse, em entrevista ao The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês), que espera aumentar em 25% as tarifas de 200 mil milhões de dólares aplicadas sobre produtos importados da China. Para o republicano, aceder ao pedido da China e adiar esse aumento é “altamente improvável”.

“O mercado continua frágil e, por causa disso, sempre que as tarifas voltam a ser faladas, é preocupante”, diz Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Secutiries, citado pela Reuters (conteúdo em inglês).

Com estas declarações do presidente norte-americano, reduzem-se as esperanças dos investidores de que a próxima reunião do G20 — que decorre a 30 de novembro e 1 de dezembro –, possa resolver este conflito comercial entre os dois países. “Os investidores estão a procurar notícias positivas do G20, mas até que haja um anúncio concreto sobre as tarifas, vão continuar nervosos”, continuou Cardillo.

Em consequência deste possível aumento de tarifas, foram várias as cotadas que caíram em bolsa. Uma delas foi a Apple que está a desvalorizar 1,26% para 172,31 dólares, também porque Donald Trump afirmou mesmo que estas tarifas podem ser aplicadas em computadores e iPhones importados da China.

Outras empresas dos FAANG, incluindo fabricantes de chips com grande presença em território chinês também foram prejudicadas. A Applied Materials Inc está a cair 0,9%, a Micron Technology Inc está a recuar 0,44% e a Nvidia Corp segue a perder 1,11%.

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Millennium lança plataforma de pagamentos da Alipay

  • Guilherme Monteiro
  • 27 Novembro 2018

Plataforma que começou a ser introduzida em Portugal pela Worten pretende facilitar o pagamento dos turistas chineses que visitam o país.

A plataforma de pagamentos eletrónicos Alipay, que pretende tornar mais fáceis os pagamentos dos turistas chineses, já chegou a Portugal. O Millennium BCP é o primeiro banco português a disponibilizar o serviço e conta com mais de 65 mil comerciantes entre os clientes com o sistema de pagamento baseado numa aplicação móvel.

O acordo de cooperação entre o banco e a plataforma já tinha sido assinado em março. A partir desta terça-feira, serviços de hotelaria, retalho e vários outros já podem disponibilizar aos visitantes chineses “uma forma de pagamento familiar e segura”, diz o banco. O Millennium considera a plataforma “uma ferramenta essencial para pagamentos de turistas que não queiram ter consigo elevadas quantias de dinheiro” e ajuda também a que se “sintam mais confortáveis”. Mas não só. A instituição bancária lembra ainda que esta pode ser uma “importante plataforma de ‘marketing’ para comerciantes locais que procurem uma aproximação aos viajantes chineses, antes, durante e após visitarem Portugal”.

Números oficiais dão conta de que nos primeiros nove meses de 2017 foram mais de 200.000 os turistas chineses que visitaram Portugal. Foram também os chineses, juntamente com os norte-americanos, que mais gastaram em Portugal o ano passado. Segundo dados do Governo, as receitas turísticas relativas ao mercado chinês aumentaram 80% em relação ao período homólogo do ano anterior, atingindo os 130 milhões de euros.

Lançada em 2004 e operada pelo Grupo Ant Financial Services, a plataforma Alipay apresenta-se como “a maior plataforma de pagamentos móveis e ‘online’ do mundo”, estando também a expandir-se para pagamentos ‘offline’ dentro e fora da China. Em Portugal, o serviço começou a ser implementado na Worten, líder em comércio digital e eletrónico no país, do grupo Sonae.

Atualmente são mais de 40 milhões os comerciantes tradicionais na China que aceitam a Alipay e os serviços de pagamentos ‘in-store’ da Alipay abrangem 40 países em todo o mundo.

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Autoeuropa preocupada com exigências do sindicato dos estivadores

SEAL garantiu que as partes estão separadas apenas por “pequenos aspetos”. Negociações no Ministério do Mar vão continuar quinta e sexta-feira. Sindicato admite que acordo pode ser fechado.

A direção do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) apenas está disponível para suspender a greve no porto de Setúbal caso existam negociações relativas ao porto de Leixões, revelou a Operestiva, na sequência da reunião de segunda-feira com a ministra do Mar e os operadores portuários de Setúbal e as associações que os representam (ANESUL e AOP). Esta nova condicionante está a deixar a Autoeuropa preocupada, já que Leixões foi a opção escolhida para escoar a produção da fábrica, apurou o ECO.

O porto de Leixões, agora equipado com um sistema roll-on/roll-off, necessário para a movimentação de veículos na área portuária, passou a ser uma solução viável para a fábrica de Palmela escolar a sua produção sem ter de recorrer aos portos de Vigo ou de Santander. No entanto, a condicionante introduzida pelo SEAL pode comprometer esta solução, que já de si representa um custo adicional para a Autoeuropa. Os carros produzidos em Palmela têm de ser transportados por camião para Leixões e não para Setúbal, que fica apenas a 19 quilómetros da fábrica, o que agrava o custo por carro, em virtude da operação logística.

A greve dos estivadores em Setúbal, que se arrasta desde 5 de novembro, também está a afetar outras empresas exportadoras como é o caso da Navigator e da Siderurgia Nacional. “Esta greve está a criar transtorno à Navigator e um aumento dos custos porque é necessário procurar alternativas”, reconhece em declarações ao ECO, fonte oficial da papeleira.

Esta greve está a criar transtorno à Navigator e um aumento dos custos porque é necessário procurar alternativas.

Fonte oficial da Navigator

De acordo com a Operestiva, o Porto de Setúbal “está totalmente parado” e 70% da carga contentorizada deixou definitivamente de utilizar o Porto de Setúbal, uma meta que vai ser atingida “já na próxima semana”. E a empresa receia que a Autoeuropa por não conseguir escoar a sua produção, possa “rever a sua decisão de permanência em Setúbal”.

O ECO colocou a questão à Autoeuropa e fonte oficial frisou que a empresa está a “analisar a situação minuto a minuto”. A produção está agora a “ser escoada por leixões, mas é extemporâneo dizer que essa passará a ser a opção de hora em diante”, acrescentou a mesma fonte.

A Autoeuropa está a analisar a situação minuto a minuto. [A produção está agora a[ ser escoada por Leixões, mas é extemporâneo dizer que essa passará a ser a opção de hora em diante.

Fonte oficial da Autoeuropa

Para já os trabalhadores do porto de Setúbal têm em cima da mesa uma proposta para resolver a situação dos trabalhadores precários, mas que é apenas válida até às 23h desta terça-feira. A Operestiva sugeriu a integração com contrato de trabalho de um total de 48 trabalhadores, dos quais 34 na Operestiva (incluindo nestes 34 os atuais dez trabalhadores que desde o início de novembro já celebraram um contrato de trabalho), quatro na Navipor e dez na Sadoport, revelou a empresa em comunicado enviado às redações.

Relativamente aos trabalhadores a incluir na Operestiva, o Sindicato poderia indicar 25%, sendo que a empresa poderia recusar. A empresa sugeriu ainda a integração com contrato de trabalho de um total de oito trabalhadores na Setulset e ainda a entrada dos atuais trabalhadores eventuais, que celebrem um contrato de trabalho, para o nível 9.

Esta manhã, o SEAL garantiu que as partes estão separadas apenas por “pequenos aspetos”. Em conferência de imprensa, António Mariano, presidente do sindicato, citado pelo Público (acesso condicionado) frisou que a empresa agora aceita contratar por tempo indeterminado 56 trabalhadores. “Não aceitavam contratar mais de 30 mas agora já assinam 56”, disse o sindicalista, quando transmitiu aos estivadores as conclusões da primeira ronda de negociações com a Operestiva.

As negociações no Ministério do Mar ainda vão continuar na quinta e sexta-feira e o presidente do sindicato admite que acordo pode ser fechado.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

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Lisboa vai ter hotel de luxo da cadeia Hilton. Abre em 2019 na Rua das Janelas Verdes

O espaço, na zona de Santos, está em construção e remodelação desde 2017, e vai abrir portas no próximo ano. Terá 67 quartos, um centro de fitness, restaurante e bar.

O centro histórico de Lisboa vai receber o primeiro hotel da Curia Collection em Portugal, do grupo Hilton. O espaço, na zona de Santos, está em construção e remodelação desde 2017, e vai abrir portas no próximo ano.

Apelidado de The Emerald House, o hotel vai situar-se na Rua das Janelas Verdes, próximo do Museu Nacional de Arte Antiga, de embaixadas e do Parlamento. Com uma área de 2.156 metros quadrados, terá 67 quartos, um centro de fitness, e restaurante e bar que estarão abertos tanto para os hóspedes como para os locais, de acordo com a Reuters.

O custo da renovação será “multimilionário”, indicou o grupo à agência de notícias, sem revelar o valor. Os departamentos de Arquitetura e de Design de Interiores do grupo Saraiva + Associados ficaram responsável por parte do projeto. O empreendimento que está em curso desde o ano passado envolve a recuperação do edifício existente, com remodelação interior, e a construção de um novo edifício, de acordo com o grupo.

O futuro The Emerald House, em Lisboa.Hilton

O grupo Hilton fez um acordo de franchising com a Golden Flamingo Ida para o espaço. A Curio Collection já inaugurou mais de 60 hotéis de luxo independentes, que se inserem no portfólio da Hilton. Os espaços não são uniformizados, sendo todos diferentes uns dos outros.

Este será o quarto hotel da Hilton em Portugal, e o segundo em Lisboa, juntando-se ao DoubleTree, em Picoas. Os outros dois localizam-se no Algarve, em Almancil e Vilamoura.

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Madeira poupa mais 2,2 milhões no próximo ano com reviravolta do PSD

Sociais-democratas mudaram sentido de voto à última hora e viabilizaram proposta do CDS que elimina spread pago pela Madeira à República. A alteração engorda as poupanças com juros para 7,8 milhões.

A Madeira vai poupar 7,8 milhões de euros em 2019, mais 2,2 milhões de euros do que o previsto com a mudança de voto do PSD na reta final das votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2019 que aconteceram esta manhã. No total de vida do empréstimo da República à Região Autónoma, a poupança será de 79 milhões.

Atualmente, a Madeira paga à República pelo empréstimo de 1.500 milhões de euros uma taxa fixa de 3,375%.

A proposta de lei do OE2019 previa uma descida da taxa que deixaria de ser fixa e passava a ter como referência a taxa que serve de referência ao stock da dívida usada pelo IGCP. Ou seja, passaria para uma taxa estimada em 2019 de 2,8% a que se somava um spread de 0,15%.

Com esta proposta, as contas das Finanças indicavam que a Madeira pouparia 5,6 milhões de euros em 2019 e um total de 57 milhões de euros até 2040 quando termina a maturidade do empréstimo à região autónoma.

Esta alteração tinha sido chumbada nas votações de segunda-feira na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. Mas esta terça-feira, as normas respeitantes a este tema foram de novo discutidas e votadas, já que vários partidos decidiram avocar as suas propostas para o plenário.

No final das votações, o PSD anunciou que mudaria o seu sentido de voto na proposta do CDS. Passa a votar “a favor” o que “altera o resultado final da votação”, anunciou o deputado social-democrata Duarte Pacheco. A proposta dos centristas passou assim de chumbada a aprovada, eliminando assim o spread que a região paga.

O ECO apurou que esta alteração engorda a poupança com os juros do empréstimo, que no próximo ano será de 7,8 milhões de euros e, no total de vida do empréstimo, será de 79 milhões de euros.

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Brexit: estudo indica que PIB do Reino Unido pode recuar 5,5% em dez anos com acordo e 8,7% sem acordo

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

Segundo a análise da universidade LSE, o King's College de Londres e o Instituto de Estudos Fiscais, tanto uma saída sem acordo como um abandono com o pacto negociado por May terão impacto negativo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido pode recuar 5,5% numa década com o atual acordo do ‘Brexit’ negociado entre Londres e Bruxelas e 8,7% com uma saída da União Europeia sem acordo, segundo um estudo divulgado esta terça-feira.

Segundo a análise – feita pela universidade London School of Economics (LSE), o King’s College de Londres e o Instituto de Estudos Fiscais – tanto uma saída sem acordo como um abandono com o pacto negociado pela primeira-ministra britânica, Theresa May, terão um impacto negativo na economia do Reino Unido.

Com os planos de May, o custo para as finanças públicas poderia ser até 1,8% do PIB e de até 3,1% no caso de um ‘Brexit’ não negociado.

O rendimento ‘per capita’, sublinha o estudo divulgado pelo grupo de investigação “The UK in a Changing Europe” (O Reino Unido numa Europa em mudança), recuaria mais de 1,5% com o acordo aprovado pelos 27 no passado domingo em Bruxelas e quase 3,5% se este não avançar por rejeição do Parlamento britânico.

Jonathan Porter, um dos autores do estudo, sublinhou que, em linhas gerais, a economia britânica será “significativamente mais pequena” nos próximos dez anos do que se o país tivesse permanecido na UE, devido a um aumento dos impostos e a uma redução dos gastos públicos a médio e longo prazos.

Por outro lado, o porta-voz trabalhista com a pasta da Economia, John McDonnell, considerou que esta análise “confirma o que toda a gente sabe: este acordo será mau para o crescimento, rendimentos e finanças públicas“.

“Se a primeira-ministra não quer ou não pode oferecer um acordo do ‘Brexit’ que funcione para todo o país, deveria sair, convocar eleições e deixar o Partido Trabalhista chegar a um acordo que proteja empregos e que funcione para todo o país”, sugeriu.

O acordo do ‘Brexit’ – que será votado na Câmara dos Comuns em 11 de dezembro -, inclui os termos do “divórcio” britânico, como a situação dos cidadãos comunitários que vivem no Reino Unido e o cheque que Londres deverá pagar pela retirada, que se materializará em 29 de março de 2019.

Depois da saída do Reino Unido do bloco europeu, começará um período de transição que durará até finais de 2020.

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