França quer encerrar 14 reatores nucleares até 2035. Vai apostar nas renováveis

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

O Presidente francês Emmanuel Macron anunciou a intenção de encerrar 14 reatores nucleares até 2035 e mais apoios à produção e utilização de energias renováveis.

O governo francês vai fechar 14 dos 58 reatores nucleares até 2035 e vai aumentar o apoio ao desenvolvimento das energias renováveis, anunciou o Presidente Emmanuel Macron esta terça-feira, apresentando as grandes linhas da Programação Plurianual de Energia (PPE). Quatro a seis dos reatores serão encerrados até 2030, além dos dois da central de Fessenheim “no verão de 2020”, disse.

No discurso sobre a transição energética, no Eliseu, o chefe de Estado francês indicou que o país não vai decidir para já sobre a construção de mais reatores nucleares de nova geração EPR (reator pressurizado europeu) e esperará pelo menos até 2021.

“Peço à EDF [Eletricidade de França, a maior produtora e distribuidora de energia] para trabalhar na elaboração de um programa de ‘novo nuclear’ assumindo compromissos firmes sobre o preço, para que eles sejam mais competitivos. Tudo deve estar pronto em 2021 para que a escolha que seja proposta aos franceses possa ser transparente e esclarecida”, disse Macron.

Quanto ao apoio ao desenvolvimento das energias renováveis, vai passar dos cinco mil milhões atuais para “sete a oito mil milhões de euros por ano”, anunciou o Presidente francês, evocando uma triplicação da eólica terrestre e uma multiplicação por cinco da fotovoltaica até 2030. “Concentramos os nossos esforços no desenvolvimento das energias renováveis mais competitivas e, porque estamos atentos ao poder de compra dos franceses, vamos exigir dos profissionais a redução dos custos”, assinalou Macron.

Os até oito mil milhões de euros anuais até ao final da PPE, que termina em 2028, representam um total de 71 mil milhões de apoio às energias renováveis (elétricas, biogás, calor renovável) nesse período. “A subida das energias renováveis em França é inevitável”, considerou Macron.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Photo Ark – A Exposição Chega a Lisboa dia 28 de Novembro

  • ECO + FOX
  • 27 Novembro 2018

Depois do Porto, a arca fotográfica de Joel Sartore chega a Lisboa, com mais de 100 fotografias em exposição, na Cordoaria Nacional.

Há 13 anos, Joel Sartore iniciou uma missão: fotografar as 12 mil espécies animais que vivem em cativeiro. Era o início do Photo Ark – A Nova Arca de Noé, um projeto inovador e ambicioso que pretende criar um arquivo inédito da biodiversidade global e inspirar o público a dedicar-se à conservação das criaturas mais vulneráveis no planeta.

Fotografar todos os animais, de todos os jardins zoológicos e de todas as reservas do mundo, pode parecer uma tarefa de proporções quiméricas, mas não para Joel Sartore, reconhecido fotógrafo da National Geographic. Até ao momento, fotografou cerca de 8 mil espécies. Este projeto pretende alertar e relembrar a importância da conservação destas espécies para o nosso planeta. Se nada mudar, até 2100 podemos perder metade das espécies animais.

Estes retratos permitem-nos olhar para estas espécies de uma forma diferente. Fazem sobressair as suas características únicas e encantadoras. Alguns dos retratos são individuais e outros têm vários animais, mostrando a interação de animais mais velhos com as suas crias. Uma das fotografias que pode ver na exposição é a da espécie 8.000, encontrada no Douro.

A exposição da National Geographic teve mais de 60 mil visitantes no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto e chega agora a Lisboa, com mais de 100 fotografias de animais de todo o mundo, 12 delas fotografadas em Portugal. Photo Ark estará aberta ao público de 28 de novembro de 2018 a 5 de maio de 2019, na Cordoaria Nacional, e disponibiliza visitas guiadas para grupos e atividades lúdicas para crianças.
Com uma seleção de alguns dos retratos mais emblemáticos do portfolio Photo Ark, esta é uma oportunidade imperdível de contemplar de forma única algumas das espécies animais com as quais partilhamos o Planeta – muitas delas em grave risco de extinção e outras já extintas. Em cada retrato, a arte de Joel Sartore traz-nos um olhar diferente que tem a capacidade única de humanizar cada espécie, de nos cativar para a sua essência, de nos explicar a sua história e de nos relembrar a sua importância.

Partilhe esta missão através do hashtag #SalvarJuntos.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investigadores de Coimbra apostam na folha de mirtilo para tratamento da esclerose múltipla

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

O projeto de investigação da Universidade de Coimbra aposta no potencial terapêutico da folha de mirtilo, um subproduto agrícola desperdiçado, para o tratamento da esclerose múltipla.

Um projeto de investigação da Universidade de Coimbra que aposta na folha de mirtilo para tratamento da esclerosa múltipla foi contemplado com uma Bolsa do INOV C 2020, financiada por fundos comunitários, foi hoje anunciado.

O INOV C 2020 é um projeto suportado por verbas do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), que tem como principal objetivo alavancar ideias de empreendedorismo e inovação na região Centro. As Bolsas de Ignição do INOV C 2020 foram atribuídas este ano a 15 “projetos de investigação científica com aplicabilidade comercial”.

O projeto de investigação da Universidade de Coimbra aposta no potencial terapêutico da folha de mirtilo, um subproduto agrícola desperdiçado, para o tratamento da esclerose múltipla.

“Tendo em vista a criação de produtos nutracêuticos com propriedades neuroprotetoras e neurorregeneradoras para uso terapêutico na Esclerose Múltipla e em doenças do foro neurológico e psiquiátrico, a equipa de investigação encontra-se a desenvolver uma nova tecnologia de obtenção de compostos fenólicos (CF) capazes de atuar no Sistema Nervoso Central, que estão presentes em elevado teor nas folhas de mirtilo”, esclarece a equipa de investigadores.

Com experiência nas áreas de farmacologia, neurologia e fitoquímica, o projeto conta com uma equipa de investigação multidisciplinar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, e o patrocínio da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde CRL (COAPE).

O consórcio INOV C 2020 é liderado pela Universidade de Coimbra e integra “dez parceiros nucleares”: o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Pedro Nunes, o ITeCons, o SerQ, a ABAP, a Obitec e o TagusValley.

O projeto é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), com um prazo de execução compreendido entre 18 de abril de 2017 e 17 de abril de 2019. Os parceiros executarão um investimento total de 1.627.614 euros, sendo o montante de 1.383.472 euros financiado pelo FEDER.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

VdA e ECO promovem ciclo de debates sobre tecnologia

  • ADVOCATUS
  • 27 Novembro 2018

O ECO e a VdA, no âmbito de um Ciclo de Conversas: "Business powered by Technology", promovem vários encontros. O primeiro encontro é a 5 de dezembro. Leia a entrevista ao sócio Resina da Silva.

O ECO e a VdA, no âmbito de um Ciclo de Conversas: “Business powered by Technology”, promovem vários encontros a ter lugar em 2018 e 2019. O primeiro encontro é já no dia 5 de dezembro, das 18h00 às 19h30 no auditório da VdA , Rua Dom Luís I, 28. Inscreva-se aqui.

O mote desse primeiro encontro centra-se no tema: “Como as tecnologias estão a transformar a gestão”, com a presença dos gestores Ângelo Ramalho e José Gonçalves, que vão partilhar a visão e experiências dentro deste tema, dando a conhecer o casos EFACEC e a experiência da Accenture, com a moderação de António Costa, Publisher do ECO e enquadramento de Fernando Resina da Silva, sócio da VdA.

Leia aqui a entrevista feita a Fernando Resina da Silva.

De que é que estamos a falar em concreto quando relacionamos a evolução tecnológica com as mudanças nas práticas de gestão?

De repente, ficou longe o tempo em que a tecnologia nas empresas se limitava, no essencial, a um conjunto computadores e aplicações de software. Num curto espaço de tempo tudo mudou. As tecnologias invadiram todas as componentes da atividade empresarial, seja na gestão, na produção, no marketing e vendas, na logística. A multiplicidade de tecnologias atuais e de ambientes tecnológicos por estas criados, como a inteligência artificial, a robótica, o Cloud Computing, a Internet das Coisas (IoT), o Big Data, o 3D printing, a Nanotecnologia e mesmo o recente Blockchain, estão, de uma forma tão profunda, a revolucionar a forma como são concebidos, produzidos e vendidos os produtos e serviços, que colocam em causa os próprios modelos de negócio das empresas. Daí a necessidade dos gestores, não só compreenderem como as tecnologias estão a impactar a forma como as empresas trabalham, mas como devem adaptar os próprios modelos de negócio a esta nova realidade. Esta 4ª revolução industrial, na era do digital, está a obrigar as empresas a uma completa transformação digital e esta mudança é tão dramática que se não existir uma visão estratégica e uma forte liderança dos gestores de topo não terá sucesso e os gestores que teimarem em manter as suas empresas num ambiente analógico e de business as usual estão matar as empresas que gerem.

É certo que deverá variar de setor para, de indústria para indústria, mas quais serão tipicamente as áreas da gestão mais impactadas?

Existem setores e indústrias que estão mais rapidamente a adotar as novas tecnologias. Os setores da saúde, banca e serviços financeiros, retalho, turismo e o setor automóvel são talvez os mais impactados. Mas a realidade é que todos os setores e todas as atividades estão debaixo de uma grande pressão para se manterem competitivas. Em todos os setores aqueles que souberem primeiro e melhor aproveitar a inovação e a eficiência que as tecnologias permitem serão os que melhor navegarão nestes novos mares. Quanto às áreas da gestão todas serão sem dúvida impactadas, já que o próprios modelos de negócio têm de ser colocados em causa, mas eu salientaria a gestão da inovação (fundamental para a diferenciação), a gestão da produção (com tecnologias como a robótica), a gestão financeira e de risco (com as tecnologias de inteligência artificial e análise predicativa), a gestão de marketing e vendas (com os novos canais digitais de comercialização) e a gestão de recursos humanos (com a tensão que criada pela crescente substituição do homem pela máquina e pelo surgimento de novas profissões e modos de trabalho).

À luz do que é a vossa experiência com as empresas, quais os principais desafios que se colocam às empresas portuguesas no domínio legal aplicado a este conjunto de temas?

O processo de transformação digital associado à utilização das novas tecnologias é complexo e não existe uma solução que a todos sirva. E não é por ter um site interativo ou por colocar o email na Cloud que se pode falar em transformação digital. Apesar de muitas empresas se encontrarem ainda à procura do seu caminho nesta matéria, sentimos que existe um cada vez maior número que tem já uma estratégia para abordar este processo. Porque, como referi, todas as áreas da empresa são impactadas, os desafios legais são igualmente transversais. A situação torna-se mais complicada pois a lei, compreensivelmente, não acompanha o ritmo de desenvolvimento da tecnologia. Aí reside o trabalho dos advogados: como melhor interpretar e aplicar uma lei, que foi pensada para uma realidade diferente, a estas novas realidades. As novas soluções de mobilidade são um bom exemplo disto: a realidade em que até hoje vivíamos passava pela existência de automóveis, conduzidos por pessoas, que geralmente eram adquiridos e propriedade dos próprios. O nosso direito foi construído neste paradigma e, por exemplo, todo o regime da propriedade e da responsabilidade, bem como os modelos de contratualização, foram criados tendo em vista esta realidade. Hoje em dia o que vemos é o surgimento de automóveis autónomos (e já alguns voadores) em que pode não existir de todo um condutor, conectados com inúmeras redes (telecomunicações, energia, gestão de tráfego) e novos modelos alternativos à propriedade, como os de subscrição de serviços de mobilidade (desde trotinetes a automóveis), que levantam desafios legais complexos.

Quais são os principais objetivos da VdA ao promover este ciclo de debates?

As conferências que têm vindo a ser realizadas neste âmbito centram-se numa determinada tecnologia. Vemos conferencias sobre inteligência artificial, sobre blockchain, sobre robótica, que tratam da tecnologia, mas não a ligam a funções específicas dentro de uma empresa. O que pretendemos fazer neste ciclo é o inverso: partir das funções e responsabilidades dentro de uma empresa e analisar que tecnologias podem contribuir para o desempenho desses profissionais. Trata-se assim de segmentar os destinatários destas conferências e, partindo das suas áreas funcionais, analisar quais as tecnologias com maior impacto nessas áreas e como podem e têm vindo a ser exploradas. Vamos iniciar este ciclo com uma conferência com um âmbito mais lato, para gestores, e depois iremos realizar outros encontros destinados a outras funções, como na área financeira, de risco e compliance, marketing e vendas, recursos humanos ou logística. Desta forma cada profissional encontrará nestes encontros a abordagem tecnológica para a sua área de atuação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guerra comercial. BCE diz que ações europeias vão ser as mais castigadas

O Banco Central Europeu considera que os mercados acionistas europeus vão ressentir-se mais do que os dos EUA caso a guerra comercial se prolongue. No primeiro ano, antecipa uma queda de 15%.

As ações europeias são sofrer mais do que as norte-americanas caso a guerra comercial se prolongue. O aviso chega do Banco Central Europeu (BCE) que num estudo divulgado nesta terça-feira antecipa que só no primeiro ano, os mercados acionistas do Velho Europeu possam sofrer uma queda de 15%.

Em causa estão a série de medidas protecionistas impostas pelos EUA, com tarifas comerciais que visam especialmente a China, mas que também atingem diferentes regiões do globo, incluindo a Europa. As tensões comerciais daí resultantes podem levar a uma forte desaceleração do comércio mundial, com os efeitos a fazerem-se sentir também nos mercados acionistas.

“Os preços das ações dos EUA cairiam em cerca de 10% e os spreads das obrigações das empresas norte-americanas aumentariam até 100 pontos base no primeiro ano”, avisa o BCE, descrevendo esse cenário caso as tarifas se fixem em 25% sobre importações.

“Na Zona Euro, os preços das ações cairiam 15% e os spreads das obrigações empresariais aumentariam 150 pontos base no primeiro ano”, acrescentou o BCE num capítulo do Relatório de Estabilidade Financeira, esta terça-feira divulgado.

O mesmo estudo refere que desde o anúncio das medidas protecionistas até ao momento atual, as ações europeias recuaram tanto quanto as pares norte-americanas. As quebras são na ordem dos 7% dos dois lados do Atlântico desde que as medidas protecionistas foram anunciadas no início do ano, sendo que no caso das empresas mais expostas a essa realidade as perdas ascendem a 12%, diz a entidade liderada por Mario Draghi.

“A reação simétrica entre os EUA e a Zona Euro sugere que os mercados veem as subidas nas tarifas como uma situação de lose-lose [todos perdem] para todas as partes envolvidas“, diz o estudo. “A razão para tal provavelmente reside na retaliação que é antecipada e nos efeitos de uma segunda ronda [de sanções], que são interpretas na sua maioria como uma situação de lose-lose para a economia global”, acrescenta o BCE.

Contudo, o BCE acredita que os mercados emergentes serão os que mais se ressentirão com a guerra comercial, prevendo que as perdas das ações possam ascender a 20%. No caso da dívida, prevê um agravamento de 400 pontos base no prémio de risco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moradores de Lisboa e Porto gastam mais de uma hora por dia em deslocações

O trabalho motiva a maioria das deslocações, cerca de 30% do total em ambas as cidades, e o carro foi o principal meio de transporte de eleição da população.

Quem mora em Lisboa e no Porto passa mais de uma hora por dia em deslocações, que são efetuadas principalmente de carro, sem mais do que uma pessoa a acompanhar, a caminho e de regresso do trabalho. Este foi o retrato mais comum de se observar nas áreas metropolitanas do país, no ano que passou.

Foram realizadas cerca de 3,4 milhões de deslocações por dia na área metropolitana do Porto (AMP), e 5,4 milhões na área metropolitana de Lisboa (AML), em 2017, segundo revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Na capital, foi na Amadora e em Odivelas que se concentrou mais população móvel, e nos municípios do Porto e Matosinhos na invicta.

O trabalho motivou a maioria das deslocações, cerca de 30% do total em ambas as cidades, mas a necessidade de ir às compras também moveu muitos habitantes. O acompanhamento de familiares, incluindo de crianças a ir e a voltar da escola, também se destacou, estando na origem de 15% das deslocações.

O carro foi o meio de transporte de eleição para a maioria da população, sendo escolhido para 67,6% das deslocações no Porto, e 58,9% daquelas em Lisboa. O automóvel terá sido preenchido com frequência apenas pelo condutor, já que a taxa de ocupação média não chegou às duas pessoas em nenhuma das zonas.

Cerca de metade dos agregados familiares que se deslocaram de transportes públicos na AMP registaram gastos mensais de 30 ou mais euros, percentagem que sobe para 69,9% na AML. Para aqueles que tinham disponíveis veículos motorizados, as principais despesas foram com estacionamento e portagens.

Quanto tempo passa “a caminho”?

Os residentes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto fizeram em média 2,60 e 2,72 deslocações por dia, cada uma com uma duração média de 24,5 e 22 minutos, de acordo com o Inquérito à Mobilidade de 2017.

Já quando se considera o subconjunto de deslocações, a média do tempo que se passou “a caminho” de algum lado é superior a uma hora. Aqueles que moram na capital despenderam 72,5 minutos por dia em transportes, e os moradores da invicta gastaram 66,8 minutos por dia em deslocações.

“A duração média das deslocações não variou de forma significativa consoante o motivo, contudo, as deslocações por motivo de trabalho foram ligeiramente superiores (23,8 minutos na AMP e 29,5 minutos na AML) às deslocações para estudar (respetivamente 22,6 minutos e 23,6 minutos)”, aponta o INE.

As pessoas deslocaram-se com mais frequência durante o fim de semana no Porto do que na capital, enquanto em Lisboa os dias da semana trouxeram mais movimentação às estradas do que a cidade nortenha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil soma e segue. Ações sobem mais de 16% em três sessões

A construtora recupera de mínimos, animada pelo entusiasmo dos investidores com emissão de dívida para o retalho. Dispara, mas o saldo no ano continua a ser negativo em mais de 50%.

Vem de mínimos mas está a subir de vento em popa. Nas últimas três sessões, num período marcado pelo sucesso da emissão de obrigações junto dos investidores de retalho, a Mota-Engil registou uma valorização de 16,46%. As perspetivas de crescimento do negócio ajudam a puxar pelas ações que, ainda assim, continuam a acumular uma queda de mais de 50% desde o início do ano.

Se na primeira sessão da semana os títulos da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins valorizaram mais de 7%, estão agora a a somar 6,50% para os 1,736 euros, registando a maior subida entre as cotadas do PSI-20. Chegaram a tocar nos 1,74 euros durante a negociação.

Esta forte subida dos títulos acontece num período marcado pela emissão de dívida da construtora. A procura dos aforradores superou a oferta em 30 milhões de euros, ascendendo a 140 milhões de euros. Um resultado que levou o CEO da construtora a afirmar que até ficou arrependido de não ter aumentado ainda mais a oferta.

“A forte procura traduz o reconhecimento internacional e a confiança dos investidores na entidade emitente”, afirmou o CFO do grupo, José Pedro Freitas, aquando da apresentação dos resultados. Sublinhou, ainda, que “além da atratividade da taxa de juro, os investidores mostraram interesse em manter a exposição ao grupo”.

Ações da Mota-Engil brilham em bolsa

A emissão de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022” foi feita através de oferta pública de subscrição e de ofertas públicas de troca de “Obrigações Mota Engil 2014/2019” e de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2015/2020” por “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022”. O valor inicial da oferta era de 65 milhões, mas foi revisto em alta para 110 milhões de euros.

Este otimismo dos investidores traduz também a melhoria do negócio. A construtura irá registar num nível recorde de carteiras de encomendas no segundo semestre do ano, após os 5,252 mil milhões de euros entre janeiro e junho. “Vai ficar acima”, confirmou o CEO, apontando para três novos projetos na Colômbia, bem como em Angola, República Dominicana e Moçambique.

Apesar do “sucesso” da operação e do crescimento da atividade da empresa, e mesmo com a forte valorização recente, as ações da Mota-Engil continuam a ser as mais castigadas na bolsa nacional, este ano. Apresentam uma queda de 55%. Moura Martins considera que “não há nenhum problema ou ameaça que justifique esta correção”, notando que se segue a uma mais que duplicação da capitalização bolsista em 2017. “É um título muito volátil e com pouco free float“, explicou, acrescentando que a construtora está a aproveitar o baixo preço para recomprar ações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Solução antissísmica para edifícios com mão portuguesa

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

Solução antissísmica para edifícios foi desenvolvida ao longo dos últimos três anos. Equipa da Universidade de Coimbra está entre os investigadores.

Um consórcio europeu inventou uma solução antissísmica para edifícios, que já está a ser comercializada, anunciou esta terça-feira a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que participou no projeto.

A empresa italiana FIP Industriale “já está a comercializar um produto com base na solução antissísmica para edifícios, gerada no âmbito do projeto europeu FREEDAM (FREE from DAMage Steel Connections), no qual participou uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil da FCTUC”, liderada por Luís Simões da Silva, afirma esta faculdade numa nota enviada hoje à agência Lusa.

A investigação foi desenvolvida nos últimos três anos e envolveu, além da FCTUC, as universidades de Liège (Bélgica) e de Nápoles e de Salerno (Itália), e dois parceiros industriais (a empresa italiana e a OFELIZ, de Portugal).

A estratégia proposta pelo consórcio foi desenvolvida para estruturas metálicas e consiste em “ligações especiais entre viga e pilar, que concentram em componentes substituíveis toda a dissipação da energia que o sismo transmite à estrutura, ou seja, são ligações capazes de suportar, sem qualquer dano, eventos sísmicos”, explica Luís Simões da Silva.

“Após o evento, só temos de substituir esses componentes dissipativos, de forma muito simples”, adianta, citado pela FCTUC, o coordenador da equipa portuguesa.

Este novo conceito, que foi amplamente ensaiado, primeiro em laboratório e posteriormente num edifício protótipo construído propositadamente para o projeto, “garante que a ocorrência de sismos não compromete a estrutura física do edifício”, salienta o investigador.

“Este projeto teve uma exigência experimental muito elevada, foram ensaiados vários modelos e materiais até se conseguir a solução final”, acrescenta Luís Simões da Silva.

A equipa da FCTUC foi responsável por “grande parte do trabalho de investigação experimental e numérica, tendo em determinada altura do projeto dois ‘layouts’ experimentais distintos em curso no laboratório de Estruturas e Mecânica Estrutural” do Departamento de Engenharia Civil, sublinha a faculdade.

As vantagens da técnica obtida no projeto FREEDAM, que teve o financiamento de 1,5 milhões de euros, através do programa europeu Research Fund for Coal and Steel (RFCS) e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), “são tanto económicas como de redução substancial nas perdas em vidas humanas”, sustenta Luís Simões da Silva.

“Se por um lado, temos uma poupança decorrente da redução de custos de reparação da estrutura após sismo; por outro lado, o desenvolvimento destas ligações é também um passo importante para o projeto e construção de edifícios livres de dano face a ações acidentais”, destaca ainda o investigador.

Tratando-se de um projeto que envolveu todo o ciclo de inovação – desde a investigação fundamental até à introdução no mercado –, o catedrático e investigador da FCTUC espera ver “democratizada a aplicação desta técnica, que poderá ser adaptada para outros fenómenos extremos que induzam vibrações nos edifícios, como tornados e furacões”.

Após o sucesso dos resultados alcançados no projeto, o consórcio tem já em curso o processo para o registo de patente desta “ligação metálica sem dano”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trotinetas elétricas vão invadir Lisboa. Há mais 13 empresas interessadas na capital

A Hive chegou a Lisboa através da myTaxi e vai concorrer com a Lime. A Voi, a Iomo e a Wind já anunciaram a intenção de se lançar na capital. E há 13 interessadas.

Existem 13 empresas de trotinetas elétricas interessadas em começar a operar na cidade de Lisboa, revelou o vereador Miguel Gaspar, que detém o pelouro da mobilidade. A informação foi revelada na apresentação do serviço Hive, da myTaxi, que vai concorrer com a Lime na capital portuguesa. No entanto, o autarca explicou que “há uma diferença” entre a demonstração de interesse por parte destas empresas e a chegada efetiva ao mercado.

Depois da Lime, a Hive tornou-se oficialmente o segundo serviço de trotinetas elétricas a funcionar na capital portuguesa. O serviço tem o mesmo custo do que a Lime — um euro pelo desbloqueio da trotineta, mais 15 cêntimos por cada minuto de utilização — e foi apresentado esta terça-feira. Sabe-se que a Voi, a Iomo e a Wind também já anunciaram a intenção de arrancar com as operações em breve.

O vereador Miguel Gaspar assumiu também que é importante que estes operadores se sentem à mesa com a Câmara Municipal para acertar as condições em que estes serviços são prestados, para que possam realmente ajudar a melhorar a mobilidade em Lisboa e, ao mesmo tempo, mitigar eventuais problemas de segurança. “As pessoas precisam disto, as pessoas gostam disto”, acrescentou o vereador.

Ultimamente têm surgido queixas por parte de vários cidadãos que se deparam com as trotinetes da Lime estacionadas em plena via pública. O caso fez lembrar a entrada em Lisboa das bicicletas oBike, que a Câmara Municipal de Lisboa mandou retirar dias depois do lançamento, alegando “utilização abusiva do espaço público”.

Questionado acerca das diferenças entre o que aconteceu com a oBike e o que acontece com as trotinetes da Lime, Miguel Gaspar apontou para as “táticas que este tipo de empresas usam” para entrarem nas cidades: “A primeira é: entra e pede desculpa, como a oBike, que nem sequer pediu desculpa. A segunda é: vou falar com a cidade e, se tiver condições para entrar, entro.”

Ou seja, a diferença é que a Lime e a Hive entraram em Lisboa em coordenação com a autarquia, enquanto a oBike não foi capaz sequer de “indicar um representante legal da empresa em Portugal”. Aliás, de acordo com o vereador Miguel Gaspar, as bicicletas da oBike ainda se encontram armazenadas nas instalações da Polícia Municipal.

O vereador explicou também que a Lime e a Hive vão informar a Câmara Municipal, em tempo real, da localização das trotinetes elétricas, e comprometeram-se ambas a recolher todos os veículos no final do dia, reposicionando-os nas zonas de estacionamento definidas para esse efeito. No entanto, o autarca não afasta a hipótese de, no futuro, “limitar” de forma efetiva o estacionamento das trotinetes “aos sítios onde o estacionamento está autorizado”.

Para já, a presença destes veículos na capital “é suportável” e “o fenómeno está controlado”, garantiu Miguel Gaspar.

As trotinetes da Hive, detidas pela myTaxi, chegaram esta terça-feira a Lisboa. Vão concorrer com as da Lime, empresa detida pela Uber.Flávio Nunes/ECO

Hive vai ter 400 trotinetes na capital

Lisboa é a primeira cidade a receber as trotinetes elétricas da Hive, que entram em Portugal através da myTaxi, liderada por Pedro Pinto. A myTaxi adiciona assim mais um negócio ao seu portefólio, depois de estar presente em várias cidades portuguesas com uma aplicação que liga passageiros a taxistas nas redondezas.

O serviço da Hive é feito com recurso a uma aplicação para Android e iOS. Esta terça-feira estão já disponíveis 126 trotinetes prontas a serem usadas, mas a empresa promete ter 400 veículos disponíveis em breve. A empresa também promete que, até ao final do ano que vem, toda a energia usada para carregar as baterias será proveniente de fontes renováveis.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h09)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moscovici diz que UE continua de mão estendida para Itália

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

O comissário europeu para os Assuntos Económicos garantiu que a Comissão Europeia continua de "mão estendida" para Itália.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos garantiu que a Comissão Europeia continua de “mão estendida” para Itália, depois de o governo italiano ter parecido disposto a mudar o orçamento de 2019 para evitar um braço de ferro com Bruxelas.

“A mão continua estendida”, disse Pierra Moscovici numa conferência de imprensa em Paris, incluindo o orçamento italiano entre as “incertezas” que pairam sobre o crescimento europeu, ao lado das tensões comerciais e do Brexit.

“A Comissão está aberta ao diálogo porque é num quadro comum que temos de encontrar uma solução. E este quadro comum é a zona euro”, cujas “regras não são rígidas nem estúpidas, são flexíveis”, afirmou.

“As mudanças (no orçamento) são possíveis e são necessárias”, insistiu Moscovici, numa alusão implícita a declarações no dia anterior, em que o vice-primeiro-ministro italiano, Luigi Di Maio, se mostrou aberto a um deficit menor no seu projeto de orçamento.

A Comissão Europeia rejeitou em 23 de outubro o projeto de orçamento italiano para 2019, que oficialmente prevê um deficit de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Bruxelas considera irrealistas as previsões italianas, estimando que o deficit chegará a 2,9%, longe dos compromissos do anterior governo de centro-esquerda (0,8%).

A atual coligação manteve, desde então, uma linha inflexível, parecendo pronta para assumir o risco de um “procedimento de deficit excessivo” e, portanto, de sanções financeiras.

No entanto, o tom mudou após um jantar de trabalho no sábado à noite, em Bruxelas, entre o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e membros do governo italiano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

As tensões internacionais estão em alta. Entre os Estados Unidos e a China, a esperança de um acordo no encontro durante o G20 não é muito alta, e na Ucrânia foi instaurada a lei marcial.

As tensões internacionais estão em alta. Entre os Estados Unidos e a China, a esperança de um acordo no encontro durante o G20 não é muito alta, e as tarifas podem até atingir iPhones. Na Ucrânia foi instaurada a lei marcial, no seguimento de um confronto com autoridades russas. No setor empresarial, enquanto a Lime planeia chegar a mais cidades no Reino Unido, o CaixaBank vai reduzir as sucursais nos meios urbanos. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

Guerra comercial pode levar a tarifas sobre iPhones

As tensões entre os Estados Unidos e a China não parecem ter fim à vista. Os líderes vão ter um encontro informal durante a cimeira do G20, mas Trump adiantou que não é muito provável que consigam chegar a acordo, para evitar a subida das tarifas de 10% para 25% sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses. O chefe de Estado norte-americano acrescentou ainda que, sem acordo, podem avançar tarifas de 10% sobre bens como iPhones e computadores que são fabricados na China.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Washington Post

Ucrânia instaura lei marcial

A Ucrânia impôs a lei marcial, por 30 dias, em partes do país mais vulneráveis a um ataque da Rússia, depois de três navios da Marinha ucraniana terem sido apreendidos pelas autoridades russas. A lei entra em vigor neste período limitado para não afetar as eleições presidenciais, a realizar em março. O presidente Petro Poroshenko expressou, no parlamento, a necessidade de o país reagir a uma “nova fase de agressão”, e alertou para a ameaça “extremamente séria” de uma invasão de terras por forças russas.

Leia a notícia completa no Washington Post (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

El País

CaixaBank vai fechar mais de 800 sucursais até 2021

A nova estratégia do CaixaBank para os próximos três anos prevê uma redução da rede de sucursais, de 4.461 para 3.640 em 2021. A entidade quer promover a digitalização e incentivar os clientes a tornarem-se utilizadores dos serviços digitais do banco. Desta forma, a redução de lojas será no meio urbano, enquanto as sucursais em zonas rurais irão manter-se. Nos planos da entidade está também aumentar a rentabilidade, mantendo a solidez financeira.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Reguladores britânicos e holandeses multam Uber por falha de segurança

A Uber foi multada por não proteger as informações pessoais dos clientes, durante um ataque cibernético em 2016, que envolveu 57 milhões de utilizadores por todo o mundo. A empresa norte-americana foi condenada ao pagamento de 385 mil libras pelo regulador britânico, enquanto a Autoridade de Proteção de Dados da Holanda impôs uma multa de 600 mil euros. A falha de segurança expôs nomes, números de telemóvel e endereços de email.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Lime chega ao Reino Unido com bicicletas elétricas

A primeira cidade britânica a albergar os serviços da startup norte-americana Lime é Milton Keynes. Os habitantes da cidade vão ter disponíveis bicicletas elétricas, sem estações, que podem desbloquear através de uma aplicação no telemóvel. As bicicletas são equipadas com uma bateria recarregável, para reduzir a pedalada necessária e percorrer distâncias mais longas. A startup quer marcar presença em mais cidades no Reino Unido, numa expansão está prevista para as próximas semanas.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Alexandre foi mesmo alvo de processo disciplinar

O juiz de instrução disse na sua defesa que tinha sido convidado pela RTP para falar sobre os incêndios de Mação. Os juízes do Conselho Superior não ficaram convencidos e foram adiante com o processo.

O juiz questionou o sistema de sorteio de juízes do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Em causa está o sorteio eletrónico que determinou que será Ivo Rosa a decidir se o caso da Operação Marquês, no qual o ex-primeiro ministro José Sócrates é arguido, segue ou não para julgamento.

A 17 outubro, o magistrado disse à televisão pública que “há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número de processos que existem entre mais do que um juiz”, o que foi interpretado como se o juiz estivesse a por em causa o sorteio para a fase de instrução da Operação Marquês. Agora, pode ter como pena uma advertência ou mesmo a suspensão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

Logo após a divulgação destas declarações, o Conselho Superior de Magistratura (CSM) anunciou que iria abrir um inquérito “para cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas pelo juiz de instrução criminal”.

Na sequência deste inquérito, Carlos Alexandre explicou que as suas palavras foram descontextualizadas, tendo inclusivamente, noticia o Expresso, entregue uma transcrição integral das suas declarações. No entanto, os instrutores do inquérito não ficaram convencidos, tendo recomendado que o processo disciplinar avance.

Mais: Carlos Alexandre disse que tinha sido convidado apenas para participar numa reportagem sobre o impacto dos incêndios em Mação.

O juiz foi responsável por acompanhar a fase de inquérito da Operação Marquês, que levou o antigo primeiro-ministro socialista, José Sócrates, a ficar em prisão preventiva durante 10 meses e a ser acusado por 31 crimes de corrupção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.