Bolsonaro e Trump tiveram “conversa muito boa”

Donald Trump e o novo Presidente eleito brasileiro já tiveram a oportunidade de falar. Tiveram uma "conversa muito boa" em que acordaram trabalhar juntos ao nível do comércio e dos assuntos militares.

O Presidente norte-americano já teve a oportunidade de congratular o novo Presidente eleito brasileiro pela sua vitória. No Twitter, Donald Trump avançou que teve uma “conversa muito boa” com Jair Bolsonaro e salientou que os dois países trabalharão “de perto” em muitas áreas como o comércio e os assuntos militares.

“Tive uma conversa muito boa com o novo Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, que ganhou a corrida com uma margem substancial“, frisou Trump.

No tweet em que deu conta da “excelente chamada telefónica”, o líder norte-americano adiantou também que acordou com o político brasileiro — que está a apelidado por alguns órgãos de comunicação de “Trump do Brasil” — trabalhar “de perto”, no que diz respeito ao comércio e aos assuntos militares.

Jair Bolsonaro foi eleito, este domingo, Presidente do Brasil com 55,13% dos votos, derrotando assim o candidato petista Fernando Haddad. No seu primeiro discurso como líder eleito do Brasil, Bolsonaro prometeu trazer a prosperidade ao país e eliminar o défice público primário.

“Vamos juntos mudar o destino do Brasil. Sabíamos para onde estávamos indo, agora sabemos para onde queremos ir”, afirmou o novo Presidente eleito, pouco depois de serem conhecidos os resultados eleitorais. Bolsonaro sucede a Michel Temer como 38º Presidente da República Federativa do Brasil.

Aos 63 anos, Bolsonaro conta com 28 de experiência política, embora nunca tenha ocupado qualquer cargo relevante no Parlamento.

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Estas são as mulheres premiadas pela Portuguese Women in Tech

Pela primeira vez, nove mulheres foram premiadas pela comunidade criada em 2016. Prémios querem celebrar as mulheres com maior impacto na tech scene nacional.

Portuguese Women in Tech premiou mulheres em várias áreas.Portuguese Women in Tech.

Depois de quase dois anos de existência, a comunidade Portuguese Women in Tech distinguiu nove das mulheres que têm sido exemplares nas suas funções ligadas ao ecossistema tech nacional. Os prémios dos primeiros Portuguese Women in Tech Awards foram entregues este sábado, no Porto, perante uma plateia cheia no edifício da Alfândega portuense.

Depois de nomeadas por votos feitos online, os nomes das três finalistas em cada categoria foram a votos. Romana Ibrahim, da Keep Warranty, foi premiada com o prémio para Founder/Cofounder. Na categoria Developer, Sandra Costa, da Bosch Car Multimedia subiu ao palco para receber a distinção.

Isabel Portugal, da Hostelworld, foi considerada a Data & Analytics Expert, prémio atribuído em parceria com a Blip. Já na categoria de Product Manager, uma distinção atribuída em parceria com a Utrust, Sílvia Coimbra foi a premiada. Mariana Gomes, da dashdash, venceu as suas concorrentes na categoria de Lead Designer e, Liliana Cardoso, da Zalando, liderou na categoria de HR & Talent Acquisition Pro. Na categoria de Marketing & Sales Expert, Catarina Cardoso da Jscrambler saiu vencedora e Patrícia Candeias, da ENTER Startup Altice, venceu as votações na categoria de Community Leader, patrocinada pela Hostelworld.

Prémios da comunidade Portuguese Women in Tech foram atribuídos em nove categorias.Portuguese Women in Tech

A Talkdesk, o mais recente unicórnio fundado pelos portugueses Cristina Fonseca e Tiago Paiva, foi considerada a melhor startup em Portugal começada por uma mulher, um prémio que a PWiT atribuiu em parceria com a Natixis.

O que procuramos é premiar as mulheres em tecnologia nacionais que mais se destacam. Queremos que seja um momento de networking e de encontro do ecossistema, mas também um momento de destaque para as mulheres e empresas em Portugal”, explicava Liliana Castro, fundadora da comunidade PWiT, aquando do lançamento dos prémios.

Criada em 2016, a Portuguese Women in Tech é uma plataforma que dá a conhecer mulheres empreendedoras que marcam pontos no campo da tecnologia, no mercado português.

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E se o azar bate à porta de Centeno? Governo simula cenário adverso

Governo aponta para um ambiente económico normal no próximo ano, mas sublinha que há fatores externos que podem fazer descarrilar as contas. Quais os resultados do teste de stress?

Governo simulou cenário de azar na economia internacional. Portugal passa o teste?

A correr como o esperado, a economia portuguesa deverá crescer 2,2%, o défice cairá para 0,2% do Produto Interno Bruto e a dívida pública baixará da fasquia dos 120% em 2019, sendo estes os principais pressupostos que vão guiar a política orçamental do Governo no próximo ano. Mas… e se o azar bater à porta e alterações das condições externas obrigarem o ministro Mário Centeno a refazer as contas do Orçamento do Estado? Por exemplo, e se os juros da dívida ou o preço do petróleo dispararem nos mercados? E se o comércio externo arrefecer por causa da guerra comercial?

O Governo tem bem identificados os principais focos de tensão lá fora que poderão atrapalhar a vida dos portugueses cá dentro. “Embora o contexto internacional permaneça favorável, adensaram-se os riscos negativos para o crescimento e comércio mundial, relacionados com o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China”, reconhece o Executivo na proposta apresentada no Parlamento. Outros fatores que podem causar perturbação a execução do orçamento: o agravamento de crises nos mercados emergentes, a incerteza quanto ao desfecho do Brexit ou as tensões políticas na Europa, “com potencial de impacto na confiança dos investidores”.

Por causa destes pontos de interrogação, o Governo fez um teste de stress, admitindo um cenário macroeconómico mais desfavorável. E são três os choques exógenos simulados.

1. E se as exportações travarem?

Protecionismo, Brexit, abrandamento da economia… com a economia portuguesa cada vez mais exposta ao setor das exportações (o que não deixa de ser uma boa notícia), vários fatores podem fazer gripar aquele que tem sido o motor económico do país. Mas o Governo sublinha que terá pouco impacto no défice ou na dívida se a procura externa abrandar mais do que está a prever no próximo ano.

“Estima-se que um crescimento da procura externa inferior em 2 pontos percentuais ao implícito no cenário macroeconómico teria um impacto negativo de 0,3 pontos no crescimento real do PIB, por via de um menor crescimento das exportações. O efeito sobre a balança comercial seria igualmente negativo e, consequentemente, sobre a capacidade de financiamento da economia”, estima o Governo na proposta orçamental.

Ainda assim, “o impacto sobre as variáveis orçamentais seria negligenciável, destacando-se a ligeira subida do rácio de dívida pública, por via do menor crescimento nominal do PIB”. O Governo prevê uma descida do nível da dívida para 118,5%, que parece resistir a um agravamento das condições do comércio internacional.

2. E se o petróleo aumentar 20%?

O Governo conta com uma ligeira descida do preço do petróleo dos 72,9 dólares por barril para os 72,2 dólares no próximo ano. Mas não deixa de anotar os riscos que podem catapultar a cotação do ouro negro nos mercados internacionais: persistência das tensões geopolíticas no Médio Oriente (pela imposição de sanções pelos EUA ao Irão) mas também noutros importantes produtores da matéria-prima, como a Venezuela. Agravando-se ainda mais os preços, 20% acima das previsões, o que acontece a Portugal?

“Um aumento do preço do petróleo, em 2019, 20% acima o assumido no cenário central, teria um impacto negativo no desempenho da economia. Estima-se que o crescimento real do PIB seria inferior ao do cenário central em 0,1 ponto percentual, situando-se em 2,1%“, diz o Governo. “Os principais canais de transmissão deste efeito sobre o PIB real ocorrem através da diminuição do consumo privado, em parte mitigada por uma diminuição das importações”, adianta ainda.

Mas o impacto no crescimento da economia seria mais acentuado “por via do efeito do aumento do preço do petróleo nos deflatores das componentes da procura global, em especial do consumo privado e das importações (que por sua vez exerceria um efeito de spillover sobre as demais componentes)”, explica ainda.

Acrescenta que o agravamento da balança energética iria deteriorar a capacidade de financiamento da economia. “Já o impacto sobre as variáveis orçamentais seria marginal, destacando-se o aumento no rácio da dívida pública, por via do menor crescimento nominal do PIB”, estima ainda.

E se os juros aumentarem?

O momento nos mercados também não deixa ninguém indiferente. Com o Banco Central Europeu a preparar-se para fechar a torneira dos estímulos monetários, o confronto entre Roma e Bruxelas por causa do orçamento deixou os investidores nervosos, transmitindo esse nervosismo para os juros da dívida. Num ápice, a taxa de juro das obrigações portuguesas a 10 anos superou os 2%, algo que não acontecia desde fevereiro. Lá fora, são os juros italianos a causa apreensão.

O cenário base do Governo aponta para juros de curto prazo em -0,1%, uma taxa menos negativa do que aquela que se observará este ano (-0,3%), refletindo já estas condições mais adversas. Mas, colocando-se um cenário em que a taxa de juro fica nos 0,1%, como se comporta a economia?

“Um aumento da taxa de juro de curto prazo em 2 pontos percentuais teria um impacto no crescimento real da economia por via de um menor crescimento do consumo privado e do investimento (em resultado de um aumento dos custos de financiamento)”, frisa o documento. E desenvolve as consequências que se seguiriam: “As condições no mercado de trabalho seriam menos favoráveis com um crescimento menos robusto do emprego e inerente aumento da taxa de desemprego. A capacidade de financiamento da economia deteriorar-se-ia, refletindo um agravamento da balança de rendimentos primários”.

Paralelamente, o Estado teria menos receitas em IVA e em IRS, via os encargos com juros aumentarem (por via de um expectável aumento das taxas nas novas emissões de dívida), e teria mais despesas com prestações sociais associadas a uma taxa de desemprego mais elevada. Com isto, a meta do défice de -0,2% estaria em risco, prevendo um saldo negativo de -0,6%.

O impacto na dívida pública seria limitado, embora aumentasse por via de uma maior necessidade de financiamento das administrações públicas e de um menor crescimento do PIB nominal.

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Wall Street recupera impulsionado por tecnológicas e setor automóvel

Ganhos no setor tecnológico e no setor automóvel impulsionam Wall Street, que regista uma recuperação após várias perdas durante o mês de outubro. O sentimento positivo na Europa contagia Wall Street

Wall Street recupera na primeira sessão desta semana, com os dados sobre os gastos dos consumidores e sobre a inflação a darem confiança aos investidores. Os ganhos na Europa, depois da S&P manter o rating italiano, e de valorizações no setor automóvel nos Estados Unidos, também impulsionam o mercado norte-americano.

O S&P 500 abriu a sessão a somar 0,90%, para 2.682,65 pontos, e o industrial Dow Jones Industrial a subir, 0,53%, para 24.818,98 pontos. O tecnológico Nasdaq também iniciou a sessão a avançar 1,47%, para 7.72,42 pontos. As tecnológicas registam ganhos, nomeadamente o Facebook, que valoriza 1,39% para os 147,39 dólares, e a Alphabet, dona da Google, que soma 1,07% para os 1.095,35 dólares. Também a Netflix ganha 0,17% para os 300,33 dólares.

A maior aquisição de sempre de uma empresa de software é outro dos fatores a influenciar os índices. A IBM comprou a Red Hat por 34 mil milhões de dólares, com o objetivo de reforçar a sua competitividade no mercado da cloud. Enquanto os títulos da IBM caíram 1,74% para os 122,60 dólares, depois das notícias da aquisição, as ações da Red Hat subiram 47,27% para os 171,80 dólares.

Os índices norte-americanos sofreram perdas neste mês, com preocupações relativas aos resultados das grandes empresas e da economia global, mas vê uma recuperação agora na última semana de outubro. O setor automóvel também impulsiona os ganhos, depois de se saber que a China está a planear cortar o imposto na compra de veículos. A Ford soma 5,73% depois da abertura para os 9,50 dólares, e a Fiat Chrysler sobe 3,03% para os 16,50 dólares.

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António Coimbra vai assumir presidência da Vodafone Espanha

O gestor português vai substituir Francisco Román a partir de 1 de janeiro, acumulando a função de CEO e de presidente. Román vai abandonar a cadeira da presidência a 31 de dezembro.

A partir do próximo ano, António Coimbra vai assumir a presidência da Vodafone Espanha, substituindo Francisco Román que vai abandonar a cadeira a 31 de dezembro, anunciou a empresa em comunicado. Com esta alteração, o gestor português vai passar a acumular funções de CEO — cargo que ocupa agora — com as de Presidente.

“A partir de 1 de janeiro de 2019, António Coimbra irá juntar a presidência da empresa e da Fundação às suas funções como CEO da Vodafone Espanha”, lê-se no documento, em espanhol. Em 2003, Francisco Román assumiu as funções de CEO da Vodafone Espanha e, depois disso, foi nomeado presidente da Vodafone Espanha e da Fundação Vodafone Espanha.

“Nos últimos anos, como Presidente da Vodafone Espanha e da Fundação, Francisco Román reforçou a presença institucional e empresarial da empresa e tornou a Fundação líder no uso da tecnologia para facilitar a integração dos idosos e de pessoas com deficiência”, continua.

Citado no comunicado, o futuro presidente elogiou o ainda atual. “Paco Román é uma referência para todos os que fazem parte da Vodafone em Espanha e tem sido uma pessoa-chave no desenvolvimento do nosso negócio em Espanha. É um modelo do que representa a nossa cultura e os nosso valores”, disse António Coimbra.

António Coimbra licenciou-se em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico. Ocupou durante mais de 14 anos o cargo de administrador da Vodafone Portugal, entre 1995 até 2009, tornando-se CEO nesse mesmo ano e até agosto de 2012. Um mês depois entrou para a Vodafone Espanha como CEO, cargo que ocupa até ao momento.

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A manhã num minuto

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Regulador chinês vai propor cortar para metade imposto aplicado na compra de carros

A proposta, que tem como objetivo contrariar os efeitos da guerra comercial com os EUA, iria reduzir o imposto de 10% para 5%, nas compras dos carros com motores até 1,6 litros.

As preocupações com os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos têm aumentado à medida que aparecem sinais de um abrandamento na economia chinesa. Uma das medidas que estará a ser estudada para evitar as consequências destas tensões é diminuir as taxas na compra de carros, para estimular o mercado.

O regulador chinês vai propor um corte de 50% no imposto aplicado na compra de carros, avança a Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). O mercado automóvel na China, o maior no mundo, enfrenta o primeiro deslize em mais de duas décadas, com as tensões comerciais a influenciarem o poder de compra dos habitantes.

O imposto, que se situa atualmente nos 10%, poderá passar assim para os 5%, para carros com motores até 1,6 litros. Os carros até esta motorização representaram cerca de 70% das vendas de veículos ligeiros de passageiros no ano passado. As entidades responsáveis pelo plano económico, bem como pelas reformas, já apresentaram uma proposta mas ainda não foi tomada nenhuma decisão.

A Reuters tinha noticiado no início deste mês que a associação dos vendedores de carros chineses, cujas sugestões costumam influenciar o setor, já tinha proposto um corte para metade neste imposto. As compras de carros de passageiros nos stands na China caiu 13% para 1,9 milhões de unidades em setembro.

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Bolsa brasileira dispara 3% para recorde intradiário após vitória de Bolsonaro

Sessão brasileira começou com ganhos tímidos. Ainda assim, em meia hora de negociação, o índice Ibovespa já dispara 3% e está em máximo histórico intradiário .

A sessão começou com ganhos contidos em São Paulo, após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na segunda volta das presidenciais brasileiras. Mas o entusiasmo tomou conta dos investidores do outro lado do Atlântico e, em cerca de meia hora de negociação, a bolsa já soma quase 3% e está a negociar num máximo histórico intradiário.

O índice Ibovespa, a principal praça bolsista de São Paulo, abriu a ganhar ligeiros 0,5%, mas já esteve a avançar mais de 3% para 88.377,16 pontos, sendo cotação intradiária mais elevada de sempre. Também o real brasileiro está a ganhar terreno contra do dólar, negociando a divisa americana perto dos 3,6 reais.

Numa nota divulgada esta segunda-feira, os analistas da Schroders afirmavam que “a aparente iniciativa de liberalismo económico de Bolsonaro tem sido chave para a mudança das atitudes dos investidores“.

Bolsa brasileira acelera

“A confiança dos empresários em particular recuperou de mínimos do ano, o que será positivo para o investimento, enquanto os ativos brasileiros voltaram a ter interesse, em parte porque oferecem boas e raras oportunidades num ano difícil para os mercados emergentes“, reforçaram os analistas.

Desde meados de setembro, quando começaram a sair as sondagens começar a colocar Bolsonaro como favorito para Presidente do Brasil, a bolsa acumula ganhos de 15%. Alguns analistas dão potencial de valorização de mais de 40% para o Ibovespa até aos 125 mil pontos até 2019, caso as reformas prometidas por Jair Bolsonaro tem a aprovação do Congresso brasileiro.

Bolsonaro foi eleito este domingo o novo Presidente brasileiro, tendo reunido 55,13% dos votos, após derrotar Fernando Haddad (PT), que ficou com 44,87% dos votos. No primeiro discurso de vitória, prometeu transformar o Brasil “num país próspero”, repetindo a promessa de “eliminar o défice público primário”.

“Bolsonaro conseguiu uma vitória esmagadora, prometendo ao Brasil um futuro melhor depois de anos desaceleração económica e de escândalos de corrupção. Estou confiante de que Bolsonaro vai realizar as reformas necessárias”, disse Bernd Berg, da Woodman Asset Management, citado pela Bloomberg.

Para a pasta das Finanças e da Economia, foi indicado o nome do economista Paulo Guedes, que alguns analistas consideram importante para captar investimentos de longo prazo para o Brasil.

(Notícia atualizada às 13h52)

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Madrid aprova plano para expulsar carros do centro da cidade

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

O objetivo é a redução da poluição em 40% e a diminuição do tráfego em 37%, para que seja mais agradável aos peões andarem no centro de Madrid.

A câmara municipal de Madrid aprovou esta segunda-feira, em sessão extraordinária, o projeto de encerramento ao trânsito do centro da cidade, que a partir de 30 de novembro só será acessível aos habitantes e aos condutores de veículos não poluentes.

Esta medida está a ser preparada desde 2016 e é a mais importante da legislatura da autarquia presidida por Manuela Carmena do movimento Agora Madrid (uma coligação de partidos de extrema-esquerda) que os socialistas do PSOE também apoiam.

O objetivo é a redução da poluição em 40% e a diminuição do tráfego em 37%, para que seja mais agradável aos peões andarem na zona, que também ficará mais bem preparada para as bicicletas e outros meios de transporte sustentáveis.

“É um dia muito importante no que diz respeito ao combate à poluição e à preservação da saúde dos cidadãos. Atrever-me-ia a dizer que é um dia histórico”, disse a responsável pelo Meio Ambiente e a Mobilidade da autarquia, Inés Sabanés, que anunciou a aprovação do projeto.

A medida, que teve a oposição dos partidos de direita (Partido Popular e Cidadãos), pretende eliminar o tráfego de passagem – sem origem ou destino no centro -, um total de 58.600 deslocações diárias, segundo as previsões do município.

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Ministro das Finanças indicado por Bolsonaro anuncia mudança no modelo económico

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

O novo ministro das Finaças, Paulo Guedes, revelou que o Governo Bolsonaro vai focar-se na reforma da previdência (pensões) e na "aceleração do ritmo das privatizações".

Paulo Guedes, indicado como futuro ministro das Finanças do Brasil, anunciou que o Governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro vai mudar o modelo de economia do país com um grande programa de privatizações e maior controlo da despesa pública.

“O Brasil teve 30 anos de gastos públicos descontrolados, (…) seguindo um padrão que corrompeu a política e causou um aumento de impostos, taxas de juros e dívidas, como uma bola de neve”, disse Paulo Guedes, guru económico do presidente eleito no domingo, numa conferência de imprensa no Rio de Janeiro.

Paulo Guedes, 69 anos, que defendeu a sua tese na Universidade de Chicago, berço do liberalismo económico moderno, criticou o “modelo social-democrata”. “Este modelo é muito mau, somos prisioneiros do nosso fraco crescimento”, afirmou.

O Brasil emergiu de forma penosa de uma das piores recessões da sua história, depois de ver o seu PIB contrair em 3,5% em 2015, como em 2016, e tem quase 13 milhões de desempregados.

Paulo Guedes revelou que o Governo Bolsonaro vai focar-se até assumir funções, em janeiro, na reforma da previdência (pensões), uma medida impopular, mas considerada crucial pela comunidade empresarial para reduzir a dívida.

Defendeu, igualmente, uma “aceleração do ritmo das privatizações” lançado sob o governo do atual Presidente, Michel Temer, que já havia lançado medidas de austeridade no final de 2016, mas não conseguiu a aprovação da reforma da previdência.

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Galp desiste de furo no Alentejo por causa dos obstáculos legais

Galp e ENI desistiram da exploração de petróleo na costa alentejana devido a complicações legais. Petrolífera portuguesa lamenta que não possa avaliar os recursos mas vai continuar a investir no país.

A Galp e a italiana Eni desistiram da exploração de petróleo ao largo da costa alentejana, sublinhando os obstáculos legais que impossibilitam a continuação do projeto.

“A Galp e a Eni tomaram a decisão de abandonar o projeto de exploração de fronteira na bacia do Alentejo. Apesar de lamentarmos a impossibilidade de avaliar o potencial de recursos offshore do país, as condições existentes tornaram objetivamente impossível prosseguir as atividades de exploração”, anunciou a petrolífera portuguesa esta segunda-feira em comunicado enviado às redações, isto depois de o CEO Carlos Gomes da Silva ter comunicado esta decisão aos analistas através de uma conference call de resultados realizada ao final da manhã.

“Dada a existência de diversos processos judiciais em curso sobre este assunto, as duas empresas não farão comentários adicionais neste momento”, indicou ainda a empresa.

Galp (30% do consórcio) e Eni (70%) tinham até meados de janeiro para efetuarem o primeiro furo de exploração de petróleo, situado a cerca de 46 quilómetros da localidade alentejana de Aljezur. Porém, o tribunal de Loulé aceitou em agosto uma providência cautelar interposta pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo para a suspensão do processo, acabando por determinar o fim precoce do projeto.

Apesar de lamentar o desfecho, a Galp diz que vai “continuar a investir em Portugal”, nomeadamente a abrir caminhos no campo da mobilidade sustentável, a apostar na competitividade e na eficiência energética e ambiental das refinarias bem como reforçar progressivamente a aposta nas fontes de energia de base renovável em regime de mercado”.

“É aqui que temos a nossa âncora e que estamos a lançar as bases para a transformação estratégica da empresa em resposta aos desafios da descarbonização”, reforçou.

Este anúncio surge no dia em que a Galp apresentou uma subida de 54% dos lucros para quase 600 milhões de euros no exercício dos primeiros nove meses do ano.

(Notícia atualizada às 12h40)

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UTAO responde a Centeno: O que o Governo fez no OE “é tecnicamente incoerente”

A poucas horas do ministro das Finanças ir à Assembleia apresentar o OE 2019 na generalidade, os técnicos do Parlamento respondem às acusações do ministro das Finanças. UTAO mantém défice de 0,5%.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) considera que o procedimento usado pelo Governo para calcular a meta do défice para 2019 é “tecnicamente incoerente” e não encontra explicação nas regras contabilísticas e defende que o papel dos deputados está em causa. A resposta dos técnicos do Parlamento chega horas antes de Mário Centeno ir à Assembleia da República apresentar o último Orçamento da legislatura.

Com o devido respeito, a UTAO entende que este procedimento é tecnicamente incoerente, pois não tem fundamento nas definições contabilísticas universalmente aceites. O Governo tem toda a legitimidade para, em sede de execução orçamental, gastar menos do que previu ou para cobrar mais do que previu, mas não pode fazer uma previsão diretamente sobre uma definição, que é o que é uma identidade contabilística”, lê-se na resposta da UTAO que consta da versão final do relatório dos técnicos sobre o Orçamento do Estado para 2019, a que o ECO teve acesso.

O OE 2019 prevê um défice de 0,2% do PIB, mas a proposta de Orçamento que está a ser discutida no Parlamento contém tetos de despesa que permitem um défice de 0,5% do PIB. Esta diferença vale 590 milhões de euros.

Na semana passada, o ministro das Finanças defendeu que já em anos anteriores esta prática foi usada e que, em 2018, o ajustamento feito foi exatamente o mesmo. Mas a UTAO refuta esta argumentação e explica o que significa este expediente. “Não há nada escondido” disse no Parlamento, perante os deputados da comissão de Orçamento e Finanças onde esteve a apresentar o OE2019.

“Para a UTAO, o saldo global da proposta de Orçamento não é, em si mesmo, uma previsão. É, simplesmente, uma operação aritmética de subtração: a diferença entre a receita efetiva orçamentada e a despesa efetiva orçamentada”, explicam os técnicos, acrescentando que “o que o Governo veio dizer é que sobre a previsão de receita e despesa efetivas constantes dos mapas da lei, veio fazer uma segunda previsão, esta sobre a diferença entre a receita prevista e a despesa prevista“.

As razões da UTAO: Questões de princípio

Durante o debate na semana passada, o valor da divergência (os 590 milhões de euros ou 0,3 pontos) foi também desvalorizado pelo Governo e PS. NA nota, a UTAO explica as razões para ter mencionado esta questão na análise preliminar feita ao OE2019.

“O problema não está no valor monetário desta discrepância. O problema é uma questão de princípio, e por duas razões. Primeira, o Governo em funções até pode ter excelentes motivos para acreditar que consegue executar um saldo orçamental de -0,2% do PIB. Porém, não apresenta um orçamento em consonância com o objetivo”, adiantam os técnicos.

“Por um dever de transparência, deveria dizer aonde é que prevê gastar 590 milhões de euros a menos, cobrar 590 milhões de euros a mais ou uma combinação linear das duas coisas. Se não precisa dos 590 milhões de euros, então poderia simplesmente não os ter incluído nas previsões de receita e despesa efetivas que propôs para deliberação parlamentar”.

“É também uma questão de princípio, e esta é a segunda razão, porque, se doravante se passar a achar admissível que o saldo global pode ser um exercício de previsão alternativo ou complementar ao próprio exercício de previsão das suas parcelas, no futuro poder-se-á estar a falar de discrepâncias muito maiores, dificilmente compatíveis com educated guesses e que, no final do dia, tornariam as previsões de receita e despesa totalmente inúteis. Tendo a UTAO sido criada para, entre outras finalidades, analisar tecnicamente as propostas de lei do OE, estaria a prestar um mau serviço se não alertasse os senhores deputados e o país para vulnerabilidades técnicas dessas propostas, especialmente tendo em conta que a Assembleia da República delibera sobre os agregados orçamentais em Contabilidade Pública”, acrescentam os técnicos.

Mas há mais. A UTAO acha que o papel da AR é posto em causa

“A divergência de 590 milhões de euros, entre o saldo global que resulta dos Mapas da POE/2019 e a estimativa que o Governo entendeu atribuir à mesma variável para efeitos de construção do saldo em Contabilidade Nacional (saldo orçamental) poderá ter implicações no papel que cabe à Assembleia da República em matéria de alterações orçamentais“, adiantam os técnicos que prestam apoio aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

“Com efeito, a aprovação de um orçamento pela Assembleia da República com um saldo global inferior ao que o Governo prevê executar resultará numa diminuição da capacidade de escrutínio da execução orçamental por parte da Assembleia da República. São quatro as circunstâncias em que o Parlamento perde capacidade de fiscalização”, escrevem os técnicos.

Isto porque há um “desconhecimento das rubricas da despesa ou da receita em que estão alojados os 590 milhões de euros da alegada poupança. A POE/2019 não esclarece em que rubricas das classificações económica, funcional e orgânica aquele valor se encontra registado. Estando os 590 milhões de euros incluídos nas dotações de receita ou despesa aprovadas, serão eximidos de execução sem que o Parlamento saiba onde é que os
cortes irão ser feitos”.

A segunda circunstância é a possibilidade conferida ao Executivo de “alcançar níveis de despesa nalguns programas que não seriam possíveis sem a autorização prévia da Assembleia da República” e a terceira é a “possibilidade de, na prática, o Governo transferir dotações entre programas que, de outra forma, não conseguiria sem a autorização parlamentar prévia”. Por fim, a UTAO considera existe uma “perda na capacidade de fiscalização parlamentar”, já que estas alterações que passam a estar na esfera de competência do Governo, não sujeitas às regras de transparência.

(Notícia atualizada)

 

 

 

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