Quarto mandato como chanceler será o último. Merkel não se recandidata em 2021

A chanceler vai abandonar a liderança da CDU e não irá candidatar-se às próximas eleições, mas garante estar pronta para cumprir o atual mandato até ao fim.

Depois de a imprensa alemã ter noticiado, esta segunda-feira, que Angela Merkel não irá recandidatar-se à liderança da CDU, a chanceler alemã vem agora anunciar que não só irá deixar a presidência do partido, como não irá candidatar-se às próximas eleições legislativas. “Este quarto mandato como chanceler será o último. Em 2021, não irei recandidatar-me como cabeça de lista. A chanceler garante, contudo, estar pronta para manter o cargo até ao final da legislatura.

O anúncio foi feito, esta segunda-feira, em Berlim, em conferência de imprensa transmitida pela RTP 3. A decisão foi tomada depois de, no domingo, terem sido conhecidos os resultados das eleições para o parlamento regional de Hesse. Os partidos que compõem a coligação governamental da Alemanha mantiveram a liderança, mas com uma queda significativa. A CDU venceu estas eleições, com 28% dos votos, mas perdeu ais de 11 pontos percentuais relativamente às eleições de 2013, o que representa o pior resultado registado pela CDU nesta região desde 1966.

Já os sociais-democratas do SPD, o parceiro da CDU na coligação governamental, também recuaram perto de 11 pontos nestas eleições, conquistando menos de 20%. Por outro lado, o partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve 13% dos votos, entrando para o parlamento regional de Hesse, o único dos 16 do país onde ainda não tinha representação.

Esta manhã, Angela Merkel reconheceu que a CDU está “desapontada” com estes resultados. “Olhamos para estes resultados não só em Hesse, mas em todo o país. Foi uma eleição do estado federado, mas a verdade é que esperávamos um resultado eleitoral melhor”, admitiu a chanceler.

Merkel reconheceu ainda que “a CDU não conseguiu ser suficientemente convincente para os cidadãos”, mas garante que “a coligação poderá continuar a governar” o país. “Estou convicta de que temos de nos manter unidos. Encaro a eleição de ontem como uma motivação para repensar a nossa política e como uma oportunidade para todos os partidos democratas do nosso país”, salientou.

Este quarto mandato como chanceler será o último. Em 2021, não irei recandidatar-me como cabeça de lista. Até ao final do mandato, estou disposta a trabalhar como chanceler.

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha

Seja como for, e apesar de a CDU realizar uma reunião na próxima semana, Angela Merkel não quis esperar até lá para “clarificar” o cenário político. “Estou convicta de que hoje é altura de abrir um novo capítulo. Em dezembro, não irei recandidatar-me à liderança da CDU”, começou por dizer, para acrescentar: “Este quarto mandato como chanceler será o último. Em 2021, não irei recandidatar-me como cabeça de lista. Até ao final do mandato, estou disposta a trabalhar como chanceler“.

Merkel admitiu ainda que “o cargo de chanceler e de líder do partido deveriam estar unidos”, mas, avaliados os prós e contras, acredita que esta será uma “situação conciliável”.

Notícia atualizada pela última vez às 12h53 com mais informação.

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Greve de quarta-feira na IP com serviços mínimos definidos legalmente

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

Os sindicatos que convocaram a greve exigem “respostas às propostas sindicais, tanto da parte da empresa como do Governo” em relação à negociação do acordo coletivo.

A greve de quarta-feira na Infraestruturas de Portugal (IP) terá os serviços mínimos definidos legalmente, segundo decisão do tribunal arbitral sobre o protesto marcado por 14 organizações sindicais.

Depois de apresentados os argumentos da empresa e dos sindicatos, o tribunal decidiu estarem abrangidos, nos serviços mínimos, os encaminhamentos para o destino de comboios a circular ao início da greve, os comboios socorro e aqueles que transportem matérias perigosas, jet fuel, carvão e bens perecíveis.

Na reunião para determinar os serviços mínimos, que decorreu na passada sexta-feira, a IP apresentou a ata de reunião da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, na qual dois sindicatos (ASCEF e SINFA) tinham concordado com a proposta apresentada pela empresa de 25% de serviços mínimos.

Já os 12 sindicatos referiram dever estar abrangidos apenas, nos serviços mínimos, os comboios em marcha à hora da greve, os comboios de socorro e os trabalhadores que asseguram serviços para a segurança e manutenção de equipamentos e instalações.

Na quinta-feira, as organizações de trabalhadores da IP voltaram a exigir que a administração da empresa e o Governo concretizem o acordo coletivo de trabalho e cheguem a acordo sobre um regulamento de carreiras.

Num acórdão humano realizado em Lisboa, entre o Ministério do Planeamento e Infraestruturas, e a Presidência do Conselho de Ministros, foram entregues, respetivamente, dois documentos a exigir a concretização do acordo em curso.

Em 10 de outubro, a FECTRANS anunciava que a greve na IP marcada para dois dias depois decorreria em 31 de outubro, nos “mesmo moldes”.

“Na sequência da reunião de hoje [10 de outubro] e face à posição fechada do Governo/Administração da IP, as organizações sindicais decidiram reformular as formas de luta em curso, começando pelo adiamento da greve marcada para a próxima sexta-feira [12 de outubro], para o próximo dia 31 de outubro, nos mesmos moldes”, lê-se numa informação divulgada pela FECTRANS na altura.

O tribunal arbitral tinha decidido que a greve de 12 de outubro não iria ter serviços mínimos, além dos obrigatórios por lei. A CP tinha alertado anteriormente para as “fortes perturbações” na circulação de comboios devido ao protesto dos trabalhadores.

Os sindicatos que convocaram a greve exigem “respostas às propostas sindicais tanto da parte da empresa como do Governo” em relação à negociação do acordo coletivo, disse o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira, à Lusa.

“A empresa e o Governo pretendem fazer uma negociação sem a valorização salarial e profissional dos trabalhadores”, defendeu o dirigente sindical, acrescentando que, nesta altura, “há uma grande distância” entre as posições dos sindicatos e da IP para que seja possível um acordo.

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Ministro da Defesa e CEME apresentam em breve avaliação do que “correu mal” no caso de Tancos

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

O caso de Tancos representa uma situação que correu mal, mas que está a ser corrigida, segundo o ministro da Defesa. Contudo, “não abala minimamente” a imagem de “uma instituição secular”.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou esta segunda-feira que está a trabalhar com o Chefe do Estado-Maior do Exército na identificação do que “correu mal” no caso de Tancos e espera apresentar “em breve” o resultado dessa avaliação.

“O caso de Tancos é evidente que representa uma situação que correu mal, que está a ser corrigida e eu estou a trabalhar com o CEME na identificação daquilo que correu mal e na assunção de todas as lições que se podem aprender desse caso”, declarou o ministro.

João Gomes Cravinho falava aos jornalistas no final de uma cerimónia militar, junto à Torre de Belém, Lisboa, para assinalar a primeira visita ao Estado-Maior-General das Forças Armadas enquanto titular da pasta da Defesa.

A deslocação do governante ao EMGFA marca o início de um conjunto de visitas aos ramos, num programa que incluirá visitas aos paióis militares, visando fazer o ponto da situação das medidas adotadas para o reforço da segurança no armazenamento de armas, munições e outro material militar, na sequência do furto de Tancos em junho do ano passado, disse à Lusa fonte da Defesa.

Questionado sobre o impacto do furto de Tancos na imagem das Forças Armadas, João Gomes Cravinho considerou que “não abala minimamente” a imagem de “uma instituição secular” e, em particular, do Exército. “Não podemos imaginar que um episódio, por terrível que tenha sido, sirva para abalar a confiança que o Exército e as Forças Armadas nos merecem”, disse.

O ministro adiantou que “em breve” haverá uma “divulgação completa” das conclusões da avaliação que está a ser feita com o novo CEME, general Nunes da Fonseca, para identificar “as lições” a retirar do caso.

Em paralelo, acrescentou, decorre uma auditoria determinada pelo anterior ministro, Azeredo Lopes, à Polícia Judiciária Militar, cujas conclusões serão conhecidas “antes do final do ano”.

A visita do governante ao EMGFA inclui uma deslocação ao Centro de Comando das operações, em Oeiras, onde assistirá a apresentações, à porta fechada, sobre a atividade das Forças Nacionais Destacadas nos vários teatros no exterior.

Depois da desativação dos paióis nacionais de Tancos, determinada pelo anterior CEME, Rovisco Duarte, o material de guerra do Exército foi transferido para os paióis do ramo localizados em Santa Margarida, e da Marinha (Marco do Grilo).

O furto de material militar dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017.

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Reforço do direito de preferência de inquilinos entra em vigor

Os inquilinos passam a ter direito de preferência sobre uma casa após dois anos de arrendamento, mesmo que o proprietário pretenda vender um portefólio imobiliário em bloco.

Já está publicada em Diário da República a nova lei que vem reforçar o direito de preferência dos inquilinos, em caso de venda dos imóveis por parte dos proprietários. A nova legislação, que entra em vigor na terça-feira, dia 30 de outubro, vem garantir que os inquilinos passam a ter direito de preferência sobre uma casa após dois anos de arrendamento, mesmo que o proprietário pretenda vender um portefólio imobiliário em bloco.

A primeira versão deste reforço do direito de preferência dos inquilinos foi aprovada em julho no Parlamento, mas o diploma original foi vetado pelo Presidente da República, que considerou que as alterações vinham ameaçar o mercado de arrendamento, já que a lei convidava “os proprietários de imóveis a querer tê-los sem inquilinos, ou só com alojamento local, para os poderem vender mais facilmente”.

Marcelo Rebelo de Sousa exigiu que fossem esclarecidos os critérios da determinação do valor de uma fração inserida num imóvel que não esteja constituído em propriedade horizontal. Ao mesmo tempo, pediu que fosse clarificado que o direito de preferência apenas pode ser invocado por inquilinos em defesa do seu direito à habitação, e não por inquilinos com atividade de outra natureza, nomeadamente empresarial.

O diploma voltou, assim, a ser apreciado na Assembleia da República, que aprovou uma nova versão da lei. Na versão aprovada e agora publicada em Diário da República, é clarificado que a lei se destina a proteger inquilinos com contratos de arrendamento para fins de habitação. Fica também definida a forma como é calculado valor de cada fração. Esse cálculo será feito através da permilagem da área ocupada pela fração, relativamente ao valor total do prédio a ser vendido, caso o proprietário esteja a vender um prédio por inteiro. O valor da fração passa, assim, a ser calculado através de uma regra aritmética, e não de forma subjetiva.

Passa a estar também definido que, em caso de venda em bloco de um portefólio imobiliário, o inquilino tem direito de preferência sobre a fração que arrenda, mesmo que o edifício onde se insere essa fração não esteja constituído em propriedade horizontal.

Para além disto, e ao contrário do que acontecia com a versão inicial, a lei não será aplicável a todos os contratos celebrados após a entrada em vigor deste diploma, mas apenas aos contratos de arrendamento com mais de dois anos. Este detalhe representa, ainda assim, um reforço do direito de preferência dos inquilinos, já que, até agora, este direito só poderia ser exercido por inquilinos com contratos de arrendamento com, pelo menos, três anos.

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O que é o Orçamento do Estado? Parlamento explica neste vídeo

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

No dia em que Centeno abre o debate do Orçamento do Estado, o Parlamento lança uma infografia em vídeo a explicar o que é esse documento e que processo lhe espera.

A Assembleia da República lançou, esta segunda-feira, uma infografia em vídeo, em que se explica, em três minutos e 25 segundos, o que é um Orçamento do Estado. Veja-o aqui.

O lançamento desta infografia é a primeira de uma rubrica, “Parlamentês”, com que a Assembleia da República pretende, a partir de agora, “dar a conhecer e simplificar conceitos específicos da atividade parlamentar” e coincide com a abertura do debate do orçamento de 2019, hoje, no parlamento.

O vídeo “aborda temas como as três funções desta lei, a origem das receitas e o destino das despesas e curiosidades como a lei-travão”.

“O que é o Orçamento do Estado?” é o título da infografia que está consultável no site do parlamento, onde há informação detalhada sobre o OE2019.

O próximo filme da rubrica “Parlamentês” vai explicar o processo orçamental no parlamento e o porquê de, durante cerca de dois meses, a Assembleia da República estar “dedicada à apreciação e aprovação do OE e como é que decorre o processo, desde a apresentação da proposta até à sua publicação enquanto lei”.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, abre, esta segunda-feira, o debate no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2019, que já tem aprovação garantida na generalidade com os votos de PS, PCP, BE, PEV e PAN.

Esta será a quarta proposta de Orçamento do Estado aprovada na generalidade durante a atual legislatura com uma solução inédita de Governo minoritário do PS constituído com o apoio dos partidos à sua esquerda, através de posições conjuntas assinadas com PCP, BE e PEV.

Depois da intervenção de Mário Centeno na abertura da discussão na generalidade, na terça-feira deverão intervir no debate os ministros Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques. O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, fará a intervenção de encerramento, também na terça-feira.

Após a votação na generalidade, segue-se a discussão na especialidade, com a audição de ministros de cada área, apresentação de propostas de alteração e votação final global, em 29 de novembro, num debate que será encerrado por António Costa.

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Vencedores do Web Summit ganharam projeção com evento e já pensam ir para bolsa

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

Ganhar a Web Summit deu um grande impulso à Lifeina em termos de publicidade e ajudou a tornar a LifeinaBox [primeira produto da companhia] viral, explica o CEO da empresa, Uwe Diegel.

A startup francesa Lifeina, de transporte e armazenamento de medicação e que venceu, em 2017, o concurso para estas empresas em fase inicial na Web Summit diz ter ganho projeção com o evento tecnológico e equaciona entrar em bolsa.

“Ganhar a Web Summit deu um grande impulso à Lifeina em termos de publicidade e ajudou a tornar a LifeinaBox [primeira produto da companhia] viral”, afirmou em declarações à agência o presidente executivo daquela ‘startup’ francesa, Uwe Diegel.

Segundo o responsável, a empresa está “agora a entrar numa fase empolgante do negócio, sendo que os primeiros produtos serão comercializados a partir de janeiro de 2019”.

A ideia para criar a companhia surgiu por brincadeira e por necessidade, visto que Uwe Diegel queria ter um local para armazenar a medicação do irmão, doente crónico, sem ser no frigorífico doméstico e acabou por criá-lo, nunca pensando que se tornaria num negócio.

Aí surgiu a caixa LifeinaBox, um ‘mini frigorífico’ portátil com temperaturas de dois a oito graus centígrados para o transporte de medicamentos, que se tornou no primeiro produto da companhia (estando ainda apenas disponível para pré-reserva por 150 a 250 euros). Foi esta ideia que permitiu que a Lifeina ganhasse, em 2017, o concurso de ‘pitch’ (breve apresentação de uma empresa de três a cinco minutos) na Web Summit. O prémio incluiu um montante de 50 mil euros e o acesso a um programa de incubação.

Assegurando que o propósito da Lifeina não é “fazer dinheiro”, Uwe Diegel admitiu, contudo, que todas as verbas “são bem-vindas” e aplicadas “100% em pesquisa e no desenvolvimento do produto”. Foi isso que fez a companhia composta por seis funcionários e que subcontrata para a produção. De acordo com o gestor, até ao momento existem 9.700 pré-reservas para a caixa LifeinaBox, havendo ainda acordos com a indústria farmacêutica para a disponibilização de 30 mil caixas, essencialmente nos Estados Unidos, contratos que valem, respetivamente 1,5 milhões de euros e três milhões de euros.

“Nós tivemos de parar de aceitar pré-reservas porque estávamos a receber muitas e não estávamos a conseguir dar resposta”, indicou Uwe Diegel. A empresa está, assim, “a apostar na produção em massa” para depois “reabrir as pré-reservas em dezembro” deste ano.

Em curso está também o projeto LifeinaHeart, “para que possamos utilizar a nossa tecnologia para o transporte de órgãos humanos”, assinalou Uwe Diegel, sem apontar uma data para o concluir.

O fundador da empresa revelou que, para o próximo ano, está previsto o lançamento da LifeinaTube e da LifeinaPocket, versões mais pequenas e mais económicas do que o primeiro mini frigorífico.

Prevê-se, ainda, o reforço da aposta nos Estados Unidos, na Austrália e na Europa, países onde já existe “uma estrutura de distribuição e logística”, bem como a contratação de 10 colaboradores. Outro dos objetivos da empresa, ainda sem prazo, é a abertura a outros investidores.

“Até agora somos uma empresa 100% privada, mas num futuro não muito distante imaginamos um IPO [oferta pública inicial] da Lifeina numa bolsa de valores europeia”, adiantou o responsável. Questionado pela Lusa sobre resultados financeiros, Uwe Diegel referiu que isso só poderá ser contabilizado quando os produtos começarem a ser comercializados, mas observou que “o futuro parece amigável”, pelo que se fixou um orçamento de 1,8 milhões de euros para o próximo ano.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer até 2028 na capital portuguesa. A edição deste ano realiza-se entre os dias 5 e 8 de novembro.

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Avaliação das casas atinge novo máximo. Supera fasquia dos 1.200 euros

O preço que os bancos avaliam os imóveis na hora de dar crédito subiu nove euros entre agosto e setembro. Fixou-se nos 1.205 euros por metro quadrado.

A avaliação que os bancos atribuem às casas para efeitos de concessão de crédito continua a renovar máximos. Em setembro, o preço do metro quadrado subiu pelo 18.º mês consecutivo, para se fixar num valor médio de 1.205 euros, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Trata-se de um novo máximo de pelo menos uma década.

O gabinete público de estatísticas divulgou, nesta segunda-feira, que a avaliação dos imóveis atingiu um preço médio de 1.205 euros por metro quadrado. Este montante corresponde a um “aumento de 0,8% relativamente a agosto e de 6,2% face ao mesmo mês do ano anterior, diz o INE.

Avaliação das casas em máximos da década

Fonte: INE

“Em comparação com o período homólogo, o valor médio das avaliações aumentou 70 euros em setembro, tendo o valor de apartamentos e de moradias aumentado 6,0% e 5,7%, respetivamente”, dá ainda nota o gabinete de estatísticas.

Setembro foi assim o 18.º mês consecutivo de subidas deste indicador do qual dependem as condições de acesso ao crédito à habitação dos portugueses, com este a atingir um novo máximo desde pelo menos setembro de 2008, período em que começa o histórico do INE.

Assumindo o exemplo de um imóvel de 100 metros quadrados e o valor da avaliação bancária, tal faz com que uma casa que estava avaliada há um ano por 113,5 mil euros hoje valha 120,5 mil euros. Ou seja, mais sete mil euros, em média.

Esses aumentos sucessivos na avaliação pelos bancos acompanham o dinamismo do setor imobiliário nacional e a escalada que se regista nos preços de transação das casas. Após uma subida de mais de 12%, no primeiro trimestre do ano, o preço médio de venda das casas voltou a aumentar 11,2% no segundo trimestre.

Algarve lidera no preço e nas subidas

Os aumentos de preços foram transversais às diferentes regiões do país, em setembro, em termos homólogos. Mas os incrementos mais acentuados verificaram-se no Algarve, com a região a reforçar ainda mais a sua liderança no ranking dos preços atribuídos pelos bancos. Em setembro, a avaliação das casas nessa região cresceu 9,7% (ou 139 euros) face ao período homólogo para se fixar num valor médio de 1.567 euros, o mais alto do país.

O Norte foi a zona geográfica a apresentar a segunda maior subida — 8,1% — para os 1.090 euros, sendo assim a quarta região com as avaliações mais elevadas.

Segue-se a Área Metropolitana de Lisboa, onde no último ano os preços subiram 6,8%, com o valor médio a fixar-se em 1.475 euros por metro quadrado. A região da capital mantém-se em segundo no ranking nacional dos preços das casas. No último ano, o valor do metro quadrado cresceu 94 euros, em média, nessa região.

(Notícia atualizada às 11h38 com mais informação)

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JPAB discute “As Fundações como Instrumentos de Gestão de Ativos”

“As Fundações como Instrumentos de Gestão de Ativos” é o tema do próximo business roundtable, organizado pela JPAB e Banco Carregosa.

A JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados, em parceria com o Banco Carregosa, organiza business roundtable dedicado ao tema “As Fundações como Instrumentos de Gestão de Ativos”, que irá decorrer no dia 6 de novembro, às 9h00, no Auditório do Paço Episcopal do Porto.

Esta iniciativa pretende abordar as questões mais relevantes e pertinentes sobre gestão, sucessão e preservação do património familiar. As fundações serão tratadas nas perspetivas jurídica e financeira e serão, ainda, apresentados outros instrumentos e figuras que podem ser utilizados no âmbito da estratégia de planeamento patrimonial.

Este encontro contará com as intervenções dos advogados da JPAB Lourença de Sousa Rita, especializada em direito civil e imobiliário, e Ricardo Codeço, especializado em direito fiscal, e do private banker sénior do Banco Carregosa, José Miguel Marques.

A sessão de abertura estará a cargo de José Pedro Aguiar-Branco, sócio fundador da JPAB, e de Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do conselho de administração do Banco Carregosa.

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Conferência sobre Arbitragem e Internet organizada pela FDUL

O ARBITRARE alia-se ao Centro de Arbitragem e de Resolução de Litígios da Faculdade de Direito de Lisboa e ao Centro de Arbitragem Comercial, para debater o tema “Arbitragem e Internet".

O ARBITRARE alia-se ao Centro de Arbitragem e de Resolução de Litígios da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e ao Centro de Arbitragem Comercial, para debater várias questões em torno do tema “Arbitragem e Internet”.

A conferência terá lugar no dia 15 de Novembro, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e contará com um painel diversificado de oradores, que irá debater temáticas como a arbitragem e contratos celebrados através da internet (geral e no âmbito da União Europeia), a resolução alternativa de litígios relativos a nomes de domínio, e a arbitragem e os novos desafios tecnológicos.

O ARBITRARE – Centro de Arbitragem para a Propriedade Industrial, Nomes de Domínio, Firmas e Denominações, criado em 26 de janeiro de 2009, é um centro de arbitragem institucionalizada competente para a resolução de litígios em matérias de propriedade industrial, nomes de domínio de .PT, e firmas e denominações, através de meios de resolução alternativa de litígios como a mediação e a arbitragem.

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“Problemas técnicos” da rede Multibanco já estão solucionados

Algumas caixas automáticas Multibanco estiveram com serviço reduzido ou com um funcionamento mais demorado que o regular, devido a um constrangimento de ordem técnica verificado na rede.

A rede Multibanco registou problemas de funcionamento esta manhã. O ECO experimentou sete terminais, em Lisboa, e nenhum funcionava, apresentando apenas uma mensagem a pedir aos utilizadores para se dirigirem a outro Multibanco. Mas passadas algumas horas, o problema já está solucionado, garante fonte oficial da SIBS.

O ECO questionou a SIBS para saber a razão dos problemas desta manhã e fonte oficial explicou que, “de facto, algumas caixas automáticas Multibanco estão com serviço reduzido ou com um funcionamento mais demorado que o regular, devido a um constrangimento de ordem técnica verificado na Rede”.

De facto, algumas Caixas Automáticas Multibanco estão com serviço reduzido ou com um funcionamento mais demorado que o regular, devido a um constrangimento de ordem técnica verificado na Rede.

Fonte oficial da Sibs

“A SIBS tem equipas em permanência na monitorização, o que permitiu uma identificação imediata da situação”, acrescentou ainda a mesma. “Estão a ser aplicados os procedimentos necessários com vista à recuperação do serviço, no menor espaço de tempo, de forma a ter o menor impacto possível na prestação do serviço junto dos seus utilizadores”, garantiu ainda a empresa detentora da rede Multibanco quando questionada quando estaria o serviço normalizado. “Deverá ocorrer a qualquer momento, dada a rapidez com que as equipas técnicas estão a atuar”, acrescentou ainda a SIBS.

De facto, pelas 11h00 da manhã, a SIBS revelou que “já foram ultrapassados os constrangimentos de ordem técnica verificados esta manhã na Rede Multibanco”.

Recorde-se que, em agosto, a rede Multibanco esteve com o serviço em baixo durante cerca de uma hora devido a uma falha informática. No verão, o problema afetou os pagamentos e levantamentos nas máquinas ATM (multibanco) e a plataforma eletrónica MB Way, que, apesar do formato digital, integra e está ligada à rede multibanco.

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Adeus, O’Leary? Acionistas da Ryanair querem mudar liderança

A mudança de CEO e chairman da Ryanair pode estar para breve. Pelo menos, é esse desejo dos acionistas da empresa, que querem ver O'Leary e Bonderman substituídos já em 2019.

Os acionistas da Ryanair querem sangue novo na liderança da transportadora irlandesa. De acordo com o The Guardian, há quem defenda a saída de David Bonderman do cargo de chairman já em 2019. Em paralelo, o Local Authority Pension Fund Forum (que detém cerca de 1% do capital da empresa) exige também que seja já preparada a sucessão de Michael O’Leary, presidente executivo da Ryanair desde 1994.

Esta não é a primeira vez que estes desejos circulam no seio da transportadora. Na última reunião anual da empresa, em setembro, quase 30% dos seus acionistas votaram contra a recondução de Bonderman. O responsável acabou por se manter como chairman, mas as tensões não acalmaram.

Assim, ainda que a próxima reunião da Ryanair seja apenas em setembro de 2019, a Local Authority Pension Fund Forum já escreveu ao comité responsável pela nomeação dos líderes a adiantar que irá pedir a substituição de Bonderman e O’Leary. Para que tal aconteça, o fundo terá, contudo, de convencer mais acionistas, o que não deverá ser problemático.

A confiança no chairman e no CEO da Ryanair está debilitada, depois de um ano particularmente difícil. Nos últimos meses, múltiplas greves em várias das bases europeias levaram ao cancelamento de milhares de voos, o que pressionou os resultados financeiros da empresa. Em seis meses (até 30 de setembro), os lucros da companhia recuaram 7%, ficando-se nos 1,2 milhões de euros.

Mesmo depois de ter reconhecido os sindicatos em Portugal, Bélgica, Espanha e Reino Unido, a Ryanair continua em crise, uma situação que os acionistas consideram que poderia ter sido “tratada de forma mais tranquila” se a liderança da transportadora fosse mais “independente”.

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Galp sobe mais de 1% com lucros de 598 milhões. Lisboa acompanha ganhos da Europa

A petrolífera reportou um aumento de 54% dos lucros até setembro e está a valorizar mais de 1% em bolsa. Praças europeias recuperam das quedas da semana passada.

Depois de um começo tardio, motivado por problemas técnicos que atrasaram a abertura das bolsas da Euronext, a praça de Lisboa arrancou a semana em alta, acompanhando a tendência de recuperação que se faz sentir também no resto da Europa. A bolsa portuguesa está a ser impulsionada pelos ganhos do setor energético, com destaque para a Galp, que avança mais de 1% depois de ter reportado um aumento dos lucros no conjunto dos nove primeiros meses do ano.

O PSI-20 segue a valorizar 0,64%, para os 4.956,41 pontos, com apenas três cotadas em queda, uma inalterada e as restantes em alta.

A contribuir para este movimento está o setor energético, com a EDP a subir 1,61%, para os 3,1 euros por ação. Mas o destaque vai para a Galp, que começa a recuperar das quedas expressivas registadas na semana passada e avança agora 1,3%, para os 15,19 euros por ação, depois de ter reportado um aumento de 54% dos lucros no conjunto de janeiro a setembro, para 598 milhões de euros.

Os resultados da petrolífera foram impulsionados pelo aumento da produção e pela subida dos preços de venda do petróleo e do gás natural. Esta semana poderá, assim, ser de alívio para o desempenho bolsista da Galp, que tem sido penalizada pela guerra comercial e pela instabilidade geopolítica. No conjunto do mês de outubro, já desvalorizou perto de 15%.

Também o BCP está a contribuir para os ganhos do PSI-20, ao avançar 1,57%, para os 22 cêntimos por ação, assim como a Semapa, que ganha 1,84%, para os 16,58 euros por ação.

A Pharol é a cotada com o melhor desempenho, ao valorizar 2,02%, para os 14 cêntimos por ação, depois de ter anunciado que o aumento de capital aprovado pela Oi no final da semana passada, que a Pharol contesta, está suspenso até que seja proferida uma nova decisão.

No resto da Europa, a tendência também é positiva, numa altura em que as bolsas corrigem das perdas das últimas sessões. O Stoxx 600 está a ganhar 1% e o destaque vai para a praça italiana, que já soma mais de 2,2%, numa altura em que os investidores festejam a decisão da Standard & Poor’s de ter mantido o rating da dívida italiana em nível de investimento.

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