Endividamento da economia volta a aumentar. São já 719 mil milhões

Economia portuguesa voltou endividar-se em agosto em 1.600 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal. Endividamento do Estado, empresas e famílias atingiu os 719,2 mil milhões de euros.

A economia portuguesa voltou a endividar-se em agosto, em cerca de 1.600 milhões de euros. O total da dívida do setor público e privado (empresas e famílias) atingiu os 719,2 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde maio, segundo os dados revelados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

“Em agosto de 2018, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 719,2 mil milhões de euros, dos quais 319,7 mil milhões referentes ao setor público e 399,5 mil milhões ao setor privado”, explica o banco central no reporte estatístico.

“Relativamente a julho de 2018, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,6 mil milhões de euros, devido, sobretudo, ao acréscimo do endividamento do setor público”, detalha ainda a instituição.

Foi o segundo mês seguido em que a dívida do setor não financeiro aumentou, que chegou a junho (últimos dados disponíveis) a valer 362,7% da riqueza que é produzida anualmente pelo país.

Os números foram revistos face ao último reporte. Em julho, havia sido inicialmente indicado que o total do endividamento ascendia a 721,8 mil milhões, mas houve uma atualização desse montante para 717,6 mil milhões de euros.

Economia está mais endividada

Fonte: Banco de Portugal

Setor público pressiona

Veio do setor público não financeiro o principal contributo para o aumento do endividamento observado em agosto. A dívida das administrações públicas e das empresas públicas aumentou 1.400 milhões de euros naquele mês, situando-se nos 319,7 mil milhões de euros, correspondendo também ao valor mais elevado desde maio.

Por sua vez, o endividamento do setor privado não financeiro aumentou cerca de 220 milhões de euros em agosto, totalizando os 399,5 mil milhões de euros. Aumentou mais a dívida entre as famílias (210 milhões) do que entre as empresas privadas (+11 milhões milhões de euros).

“Ao nível do endividamento do setor privado, observou-se um aumento de 0,2 mil milhões de euros do financiamento concedido pelo setor financeiro aos particulares. Relativamente às empresas, o aumento do financiamento externo (0,2 mil milhões de euros) foi compensado pela redução do endividamento face ao setor financeiro”, informa o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h30)

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José Pedroso de Melo sintetiza o enquadramento legal da reestruturação patrimonial e planeamento sucessório em Portugal

Advogado coordenador do Departamento de Direito Fiscal da SRS Advogados, é o autor do capítulo sobre Portugal da 7ª Edição da publicação The Private Wealth and Private Client Review.

José Pedroso de Melo, advogado coordenador do Departamento de Direito Fiscal da SRS Advogados, é o autor do capítulo sobre Portugal da 7ª Edição da publicação The Private Wealth and Private Client Review.

Publicada pela editora britânica Law Business Research, a Private Wealth and Private Client Review é uma revista anual especializada que visa compilar informação sobre os aspectos legais e fiscais relacionados com a reestruturação patrimonial e planeamento sucessório em 34 diferentes jurisdições, contribuída por especialistas locais convidados anualmente para o efeito.

Neste artigo, José Pedroso de Melo sintetiza o enquadramento legal aplicável neste domínio em Portugal, com referência ao ano de 2018.

 

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Revista de imprensa internacional

A semana começa com Bruxelas preocupada com a precariedade laboral. O Parlamento está a finalizar uma nova lei para regular as condições mínimas de trabalho, regras para qualquer trabalhador europeu.

A semana começa com Bruxelas preocupada com a precariedade laboral. O Parlamento está a finalizar uma nova lei que pretende regular as condições mínimas de trabalho, regras que deverão ser aplicadas a qualquer trabalhador europeu. Ainda na Europa, Roma está pronta para se sentar à mesa com Bruxelas e a Comissão Europeia já disse querer um diálogo construtivo. No mundo das empresas e da tecnologia, as redes sociais trazem novidades. Se, por um lado, o WhatsApp quer incluir uma série de novas características na app, o Facebook, por outro lado, quer certificar-se que não voltam a acontecer novos casos de exposição de dados, nem invasões de hackers.

Cinco Días

Bruxelas finaliza nova lei para combater a precariedade laboral

O Parlamento Europeu já aprovou a proposta que pretende regular as condições laborais mínimas que todos os trabalhadores europeus devem cumprir. A nova normativa vai afetar, sobretudo, os funcionários das chamadas economias digitais, como, por exemplo, os trabalhadores as empresas Deliveroo, Uber, entre outras. Mas, ainda que estes sejam os mais afetados, os novos requisitos mínimos destinam-se a todo o tipo de trabalhadores.

Leia a notícia completa em Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Comissão Europeia não quer problemas com Roma

“A Comissão Europeia não quer uma crise entre Bruxelas e Roma”, disse Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, esta segunda-feira. “O meu estado de espírito é o do diálogo construtivo”, acrescentou. Contudo, Pierre também disse que espera respostas para as preocupações da comissão. Luigi Di Maio, o vice-primeiro-ministro italiano, já disse que o Governo está pronto para discutir as suas metas orçamentais com as autoridades da União Europeia (UE).

Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

El Mundo

WhatsApp está a trabalhar num “modo de férias”

Neste momento é a aplicação de mensagens mais usada do mundo e, brevemente, vai passar a disponibilizar um conjunto de novas funcionalidades. Ainda que não esteja marcada a data de lançamento, uma das novas características do WhatsApp vai ser o “modo de férias”. Neste passará a ser possível arquivar uma conversa e mantê-la oculta durante o tempo que se pretender. A ideia é, no caso dos grupos do trabalho, desativá-los para que não perturbem as férias de ninguém. Além desta característica, haverá muitas outras, como, por exemplo, passar a ser possível responder a uma mensagem dentro de uma notificação, sem que seja necessário abrir a aplicação, ou ver uma foto também dentro da própria notificação.

Leia a notícia completa em El Mundo (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Information

Facebook negoceia com empresas de segurança informática

Reforçar a segurança e proteção é, agora, o objetivo do Facebook. Para isso, a rede social de Mark Zuckerberg está a planear adquirir uma empresa de segurança informática, que, segundo escreve o The Information, é “grande”. O possível negócio foi confirmado por fontes próximas, que disseram que as negociações estão em curso, com várias empresas do ramo. A ideia será adquirir software destas empresas, para que, no futuro, seja mais fácil impedir invasões de hackers e exposição de dados.

Leia a notícia completa em The Information (acesso pago, conteúdo em inglês).

El Mundo

Apple apresenta novos iPad Pro no final do mês

Depois de lançados os novos iPhone e Apple Watch, a empresa da maçã está pronta para a anunciar os novos iPad Pro. O evento de apresentação dos novos produtos está agendado para o próximo dia 30 de outubro, em Brooklyn, Nova Iorque. Sobre os novos iPad já se sabem algumas características: não existirá botão de home, o ecrã será maior, ainda que não aumente o tamanho do aparelho, e será compatível com a tecnologia FaceID, para desbloquear o iPad com o rosto.

Leia a notícia completa em El Mundo (acesso pago, conteúdo em espanhol).

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Fiat vende unidade de componentes hi-tech por 6,2 mil milhões. Ações aceleram 5% em bolsa

A Fiat Chrysler vai amealhar 6,2 mil milhões de euros com a venda da unidade de componentes hi-tech Magneti Marelli ao fundo de private equity KKR. As suas ações somam 5% em bolsa.

Mais uma grande operação no setor automóvel. A Fiat Chrysler acordou a venda da sua unidade hi‐tech Magneti Marelli ao fundo de private equity KKR por 6,2 mil milhões de euros. Os investidores aplaudem o negócio, levando as ações da Fiat a dispararem perto de 5% em bolsa.

Nesta segunda-feira, o fabricante japonês de peças de automóvel Calsonic Kansei, que é detido pelo fundo norte-americano KKR, anunciou a celebração da aquisição da Magneti Marelli. A concretização desta operação dará origem ao sétimo maior fornecedor independente de componentes automóveis do mundo, com receitas na ordem dos 15,2 mil milhões de euros, segundo um comunicado da empresa citado pela Reuters.

Evolução das ações da Fiat Chrysler

Fonte: Reuters

Irá também permitir à empresa japonesa uma redução da sua estrutura de custos pelas sinergias daí resultantes, bem como a expansão da sua base de clientes.

Quem também ganha é a Fiat Chrysler, que para além da entrada de dinheiro resultante desta operação também está a assistir a uma forte valorização das suas ações. Estão a ganhar 4,97%, para os 14,11 euros na bolsa de Milão.

Para a Fiat, trata-se do primeiro grande negócio desde que Mike Manley assumiu o cargo de CEO da empresa, em julho, no seguimento da morte de Sergio Marchionne.

Tudo aponta para que o negócio seja concluído na primeira metade do próximo ano, estando dependente da aprovação dos reguladores.

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Portugal tem o 2.º maior défice da Zona Euro e a 3.ª maior dívida da UE

  • Lusa
  • 22 Outubro 2018

Défice orçamental na zona euro recuou para os 1,0% tanto na zona euro quanto na União Europeia (UE) em 2017, com Portugal a apresentar o segundo maior (3,0%) pelo impacto da capitalização da CGD.

O défice orçamental na Zona Euro recuou para os 1,0% tanto na zona euro quanto na União Europeia (UE) em 2017, com Portugal a apresentar o segundo maior (3,0%) pelo impacto da capitalização da CGD, segundo o Eurostat.

De acordo com a segunda notificação do gabinete estatístico da UE, o saldo orçamental negativo na zona euro recuou dos 1,6% em 2016 para os 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, um ligeiro agravamento face aos 0,9% previstos na primeira notificação, divulgada em abril. Na UE, o défice orçamental recuou para os 1,0%, face aos 1,7% homólogos.

Portugal apresentou no ano passado o segundo maior défice orçamental (3,0%), devido ao impacto da capitalização da Caixa Geral de Depósitos.

Em 2017, Malta (3,5%), Chipre (1,8%) Suécia (1,6%), República Checa (1,5%), Luxemburgo (1,4%), Holanda (1,2%), Bulgária e Dinamarca (1,1% cada), Alemanha (1,0%), Croácia (0,9%), Grécia (0,8%), Lituânia (0,5%) e Eslovénia (0,1%) apresentaram excedentes orçamentais.

Os menores défices públicos, em percentagem do PIB, foram registados na Irlanda (-0,2%), Estónia (-0,4%), Letónia (-0,6%) e Finlândia (-0,7%).

Espanha apresentou um défice superior ao limite de Bruxelas (-3,1%) e Portugal ficou no limite (-3,0%).

Eurostat revê em baixa dívida portuguesa de 2017

Portugal mantém a terceira maior dívida pública da União Europeia (UE), em 2017, apesar de o Eurostat a ter revisto esta segunda-feira para os 124,8% do PIB, face aos para os 125,7% da primeira notificação, em abril.

A dúvida pública da Zona Euro também foi revista, mas em alta, face à primeira notificação, com o gabinete estatístico da UE a divulgar um rácio de 86,8% do Produto Interno Bruto (PIB), face aos 86,7% estimados em abril – um recuo na comparação com a dívida de 89,1% do PIB em 2016.

A dívida pública da UE baixou para os 81,6% (contra 83,3%), ligeiramente abaixo dos 81,9% apontados na primeira notificação do Eurostat.

Quinzes Estados-membros apresentaram uma dívida pública superior aos 60%, tendo as mais elevadas sido registadas na Grécia (176,1% do PIB), em Itália (131,2%), em Portugal (124,8% — um recuo face aos 129,2% de 2016), na Bélgica (103,4%), em França (98,5%) e em Espanha (98,1%).

Os menores rácios da dívida em função do PIB foram observados na Estónia (8,7%), no Luxemburgo (23,0%), na Bulgária (25,6%), na República Checa (34,7%), na Roménia (35,1%) e na Dinamarca (36,1%).

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Greves travam lucros da Ryanair

  • Lusa
  • 22 Outubro 2018

O lucro da Ryanair desceu 7% para 1,2 mil milhões de euros, em seis meses até 30 de setembro, informou a transportadora aérea, que registou, porém, a subida de receitas e de passageiros.

O lucro da Ryanair desceu 7% para 1,2 mil milhões de euros, em seis meses até 30 de setembro, informou esta segunda-feira a transportadora aérea, que registou, porém, a subida de receitas e de passageiros.

Na primeira metade do seu ano fiscal, a companhia irlandesa de baixo custo informou que as tarifas médias caíram 3% face ao excesso de capacidade na Europa, a uma Páscoa celebrada mais cedo, enquanto repetidas greves e escassez de pessoal entre os controladores aéreos provocaram cancelamentos nas tarifas mais altas, nos voos de fim de semana.

Citado num comunicado da empresa, o presidente executivo da transportadora, Michael O’Leary, referiu a diminuição nas tarifas e destacou a subida em 27% das receitas complementares (que inclui bagagens de porão, marcação de lugar a bordo, taxas de alterações das reservas e comissões de serviços de parceiros e vendas a bordo). Essa subida “compensou o combustível mais caro e os custos com pessoal e EU261 (regulamento europeu sobre indemnizações)”.

Ryanair pagou divida de 5.500 euros para travar penhora de avião no Porto

A companhia irlandesa pagou esta segunda-feira mais de 5.500 euros para impedir a penhora de uma aeronave no aeroporto do Porto, devido ao incumprimento da sentença a que foi condenada para indemnizar passageiros por atrasos em voos, revelou um advogado. “A Ryanair foi avisada da penhora na sexta-feira. Hoje, quando chegámos ao aeroporto para fazer a penhora, a Ryanair pagou a quantia em dívida, relativa a uma indemnização a passageiros por atrasos em voos”, descreveu à Lusa o advogado Pedro Mendes Ferreira, que esta manhã acompanhou o agente de execução na diligência e que representa uma família que levou a companhia a tribunal.

De acordo com a sentença do Juízo Local Cível de Lisboa, a que a Lusa teve acesso, a família pediu uma indemnização à transportadora por lhe ter sido recusado o embarque do Porto para Ponta Delgada e pelo “atraso de mais de cinco horas” relativo ao voo de Ponta Delgada para o Porto. Segundo o advogado Pedro Mendes Ferreira, antes da diligência de hoje “foram feitas todas as necessárias e exigíveis” para levar a transportada a cumprir a sentença de junho, da qual “não recorreu”. “Na sexta-feira, a companhia foi notificada de que hoje seria executada a penhora se não pagassem a dívida”, acrescentou.

Pedro Mendes Ferreira justificou a necessidade de recorrer à penhora de um avião pelo facto de “a Ryanair não ter contas bancárias em Portugal e ter a sede em Portugal num escritório de advogados em Lisboa”. “Há aqui alguma desproporcionalidade entre o valor da dívida e o valor do bem a penhorar, mas a Ryanair não tem em Portugal nenhum ativo que pudesse responde pela dívida”, esclareceu o causídico.

A dívida paga esta manhã, “por transferência bancária, através do escritório de advogados de Lisboa”, totalizou 5.577,82 euros, equivalentes ao valor da indemnização fixada na sentença, acrescida de “juros, custos do agente de execução e outras despesas”. Segundo a sentença, em abril de 2017, o voo de cinco membros da mesma família “estava marcado para as 16h50 e, não obstante os bilhetes de embarque mencionarem que a porta de embarque encerrava às 16h20, o mesmo só iniciou a essa hora”.

“Sucede que, quando chegou a vez de os autores entrarem na porta de embarque, e apesar de esta estar aberta, as funcionárias da ré [Ryanair] impediram os autores de passar na mesma”, descreve-se na ação interposta em tribunal. Na contestação, a companhia aérea nega que os passageiros “tenham chegado à porta de embarque antes do seu fecho” e conclui ser “culpa dos próprios o facto de não terem embarcado”.

Quanto ao voo de regresso ao Porto, a sentença refere que a Ryanair, “admitindo o atraso, alega que o mesmo se ficou a dever ao facto do comandante da aeronave, ao fazer a aproximação ao aeroporto de Ponta Delgada, ter entendido não estarem reunidas as condições necessárias para uma aterragem com todas as garantias de segurança, devido ao nevoeiro”.

Contactada pela Lusa, a Ryanair afirmou que “tal como acontece com qualquer pedido válido de compensação, este pedido foi processado imediatamente após a receção dos detalhes bancários deste cliente, que tinham sido solicitados pela Ryanair desde o dia 2 de outubro mas apenas recebidos hoje (dia 22)”.

(Notícia atualizada às 18h43)

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Bruxelas pretende diálogo construtivo após respostas de Roma sobre o orçamento

  • Lusa
  • 22 Outubro 2018

Moscovici sublinha que o Orçamento italiano não respeita as regras da Zona Euro mas espera um diálogo construtivo com o Governo de Itália.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, disse esta segunda-feira que o orçamento italiano não respeita as regras da Zona Euro, mas que vai ser mantido um “diálogo construtivo” porque não é desejável uma crise com o governo de Roma.

Moscovici, numa entrevista à rádio France Inter, explicou que após a visita a Roma, durante o fim de semana, espera que o executivo italiano cumpra o prazo que ficou estabelecido – meio dia de hoje – e forneça as respostas que foram pedidas.

A poucas horas do prazo estabelecido pelo comissário europeu para que o governo de Roma se pronuncie, a Bolsa de Milão abriu em alta, a subir 1,72% situando-se nos 19.407,91 pontos.

Sobre a possibilidade de Bruxelas interferir no orçamento, Moscovici disse na mesma entrevista que o “máximo” que pode ser feito é “pedir a Itália que volte a apresentar um outro orçamento”.

“Mesmo isso não seria o fim da história”, afirmou sublinhando que o atual orçamento vai aumentar o défice estrutural em 0,8 pontos em vez de diminuir 0,6 pontos.

Moscovici referiu-se também aos riscos da dívida pública, que já atingiu os 132% do Produto Interno Bruto (PIB), e que “pode aumentar” porque as hipóteses de crescimento não são credíveis. O comissário disse que não gosta da expressão “orçamento do povo” utilizada pelo governo italiano porque “um orçamento que aumenta a dívida não é um orçamento para o povo”. Mesmo assim, insistiu que as políticas sociais defendidas pelos responsáveis italianos “são compatíveis” com o respeito pelas regras da Zona Euro.

Questionado sobre se a Comissão Europeia também enviou cartas a França, assim como a seis países, por causa dos respetivos orçamentos, Moscovici afirmou que as situações “não são comparáveis”.

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Santa Casa já pagou mas ainda não entrou no Montepio

  • ECO
  • 22 Outubro 2018

A cerimónia que formalizou o negócio teve lugar a 29 de junho, altura em que Tomás Correia avançou que iriam entrar 50 instituições e que esperava alienar até 2% do capital do banco em 2018.

A entrada da Santa Casa da Misericórdia no Montepio está por concretizar, passados quase quatro meses de formalizada. O cheque de 75 mil euros foi passado mas o contrato que consubstancia a transferência da detenção das ações continua ainda por assinar, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A associação mutualista, questionada pelo jornal, disse que “o processo está em curso”. Sobre a forma como será feita a entrada das entidades da economia social no capital da caixa económica, a assessoria de imprensa diz que “a entrada de participações no capital da Caixa Económica Montepio Geral far-se-á por compra de ações ao Montepio Geral – Associação Mutualista”.

A mutualista venderá posições, mas continuará a ter bem mais de 99% do seu capital, tendo em conta que o investimento agregado não chegará aos 100 mil euros. No mês passado, o Público noticiou que só tinham chegado ao Montepio 91 mil euros. O Negócios tem pedido listagem das associações que estão no negócio, mas ainda não obteve resposta à solicitação.

Até agora, dos 90 mil que deram entrada, 75 mil foram pagos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. No entanto, em resposta ao dinheiro, ainda não chegou a confirmação de que é já acionista da caixa económica. Segundo informações obtidas pelo Negócios, a justificação para que ainda não tenha recebido as ações em troca é a de que a associação quererá esperar por todas as minutas de contrato das dezenas de instituições da economia social que vão entrar no capital.

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Mercados não temem descida do rating. Bolsa de Itália acelera e juros aliviam

A bolsa de Itália acelera perto de 2%, enquanto os juros da dívida recuam. Investidores parecem não temer descida do rating italiano pela Moody's. Está a apenas um nível do "lixo".

De Itália sopram ventos positivos, com a bolsa de Milão em forte alta e os juros da dívida soberana italiana em queda. Os investidores parecem não estar nervosos com a descida do rating da dívida de Itália pela Moody’s para a distância de apenas um nível da classificação de “lixo”.

A bolsa de Milão iniciou a sessão a valorizar 1,82%, para os 19.426,53 pontos, impulsionada pelo avanço de mais de 3% dos títulos da banca. Avanço que contagia as restantes praças bolsista europeias, incluindo a bolsa nacional que está a ser impulsionada pela subida das ações do BCP.

Os títulos do setor italiano, ao serem os mais expostos aos humores do mercado da dívida soberana, estão a deixar-se contagiar pelo alívio dos juros italianos. A yield soberana italiana a dez anos regista a maior queda diária desde o início de junho e segue a cair 24 pontos base, para os 3,34%. Por cá, os juros soberanos portugueses recuam nas diferentes maturidades, com a taxa a dez anos a cair novamente abaixo da fasquia dos 2%. Segue a recuar sete pontos base, para os 1,971%.

Juros de Itália a dez anos aliviam

Fonte: Reuters

O sentimento positivo a que se assiste na bolsa e no mercado da dívida acontece depois de a Moody’s ter descido o rating soberano italiano na passada sexta-feira, colocando-o à distância de apenas um nível da classificação de “lixo”. A decisão de colocar a classificação em Baa3 aconteceu na sequência da resposta negativa da Comissão Europeia à proposta de orçamento apresentada pelo governo italiano.

Segundo a avaliação da Moody’s, as metas de défice apresentadas pelo governo italiano “significativamente elevadas para os próximos três anos vão manter o nível de dívida pública a um nível de 130% do Produto Interno Bruto (PIB), o que deixa Itália vulnerável a futuros choques”, pode ler-se no relatório. O crescimento, esse, voltará para a casa de 1%, acrescentava a agência de rating.

Apesar disso, os analistas preferem valorizar o facto de a agência de notação financeira ter optado por colocado o outlook “estável”, quando esperavam que este pudesse ser posto em “negativo”. Tal aumentaria o risco da entrada em “lixo” da terceira maior economia da Zona Euro.

"A Moody’s não apenas manteve o outlook para o rating em “estável”, como estava de alguma forma otimistas em relação ao défice, dizendo que poderia ser em torno de 2,5% para os próximos três anos.”

Daniel Lenz

DZ Bank

“A Moody’s não só manteve o outlook para o rating em “estável”, como estava de alguma forma otimistas em relação ao défice, dizendo que poderia ser em torno de 2,5% para os próximos três anos”, disse Daniel Lenz, estratega do mercado da dívida do DZ Bank, citado pela Reuters.

(Notícia atualizada às 9h00 com mais informação)

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Casas de pobres da Igreja pagam imposto de luxo

  • ECO
  • 22 Outubro 2018

Depois de tributada com o imposto municipal sobre imóveis (IMI), a paróquia de Paço de Sousa foi agora sujeita ao adicional do imposto.

Depois de ter sido tributada com o imposto municipal sobre imóveis (IMI), a paróquia de Paço de Sousa, em Penafiel, foi agora sujeita ao adicional do imposto, avança esta manhã o Jornal de Notícias (acesso pago).

Para chegar aos 600 euros — o valor mínimo para a aplicação do imposto Mortágua –, o Fisco somou o valor das 12 casas de habitação social, construídas pelo padre Américo, às salas de catequese e à casa paroquial. Tanto uma como outra estão, no entanto, isentas de IMI.

A Paróquia de Penafiel, que gere a obra do padre Américo, chegou, ainda, a ver a sua conta bancária penhorada.

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BCP e Galp ditam ganhos em Lisboa

O PSI-20 iniciou a primeira sessão da semana em alta, animado pelo BCP e pela Galp Energia. Segue em sintonia com o resto da Europa, com os investidores a não temerem descida do rating de Itália.

A bolsa nacional arrancou a semana com o pé direito. O PSI-20 segue alta, a recuperar das perdas da passada sexta-feira. O índice de referência bolsista nacional está a ser impulsionado pelo avanço dos títulos do BCP, mas também pela Galp Energia. Lisboa segue as pares europeias num dia marcado pelo alívio dos juros da dívida soberana, com o mercado a não parecer valorizar a descida do rating da dívida de Itália pela Moody’s para o último nível antes da classificação de “lixo”.

O PSI-20 está a somar 0,45%, para os 5.048,76 pontos, com a maioria dos títulos que o compõem com sinal positivo. O BCP destaca-se com as suas ações a valorizarem 1,43%, para os 22,72 cêntimos, num dia marcado pelo alívio dos juros da dívida soberana. Os títulos do BCP têm sido muito influenciado pelo clima instável que se assiste em Itália e que tem contagiado a banca italiana e europeia.

Destaque positivo para as yields italianas que estão cair depois de na passada sexta-feira a Moody’s ter colocado a dívida do país à distância de apenas um nível da classificação de “lixo”. Havia quem esperasse uma decisão ainda pior, facto que poderá ajudar a explicar a reação positiva dos investidores. O sentimento de alívio também dita uma descida dos juros soberanos nacionais.

O rumo do PSI-20 está também a ser ajudado pelo avanço de 0,77%, para os 15,76 euros, das ações da Galp Energia, isto num dia marcado pela valorização das cotações do petróleo. O barril de brent segue a ganhar 0,6%, negociando acima da fasquia dos 80 dólares (80,26 dólares).

Em alta, destaque também para a Navigator, cujas ações somam 1,41%, para os 4,16 euros, depois de já se ter sabido que a papeleira estima perdas de nove mil toneladas de pasta e dez mil toneladas de papel no seguimento dos efeitos do furacão Leslie que provocou danos às suas instalações fabris.

Em queda, apenas três títulos, com a EDP a ser a principal pressão negativa. As suas ações descem 0,19%, para os 3,163 euros.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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Hoje nas notícias: Fisco, Santa Casa e Carlos Carreiras

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A semana começa com notícias do Fisco. Quer por ter somado o valor de imóveis isentos de IMI ao de 12 habitações sociais para poder aplicar a taxa Mortágua; quer por os editais a citar ou a notificar pessoas que o Fisco não consiga encontrar de outra forma passarem a estar disponíveis para consulta no Portal das Finanças. Na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, quatro meses depois de formalizada, a entrada da instituição no Montepio ainda está por concretizar.

Casas de pobres da Igreja pagam imposto de luxo

Depois de ter sido tributada com o imposto municipal sobre imóveis (IMI), a paróquia de Paço de Sousa, foi agora sujeita ao adicional do imposto. Para chegar aos 600 euros — mínimo para a aplicação do imposto Mortágua –, o Fisco somou o valor das 12 casas dos pobres construídas pelo padre Américo às salas de catequese e à casa paroquial, que estão isentas de IMI.

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Há cem camas para estudantes vazias por falta de obras

Numa das residências universitárias da Universidade do Porto, há problemas estruturais que deixam cerca de uma centena de quartos vazios e queixas sobre a falta que faz um fogão, mas os alunos das residências consideram-se, mesmo assim, uns privilegiados. Primeiro porque têm um lugar na residência, quando muitos outros colegas desesperaram para encontrar um quarto num apartamento a um preço razoável, e depois devido às condições e localização.

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Santa Casa já pagou mas ainda não entrou no Montepio

Quase quatro meses depois de formalizada, a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Montepio continua por concretizar. O cheque de 75 mil euros já foi passado, mas o contrato que consubstancia a transferência da detenção das ações continua por assinar. “O processo está em curso”: foi a resposta dada pela associação mutualista quando questionada sobre o tema.

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Editais do Fisco vão ser publicados na Internet

Os editais a citar ou a notificar pessoas que o Fisco não consiga encontrar de outra forma vão passar a estar disponíveis para consulta pelos próprios ou por terceiros num novo espaço público que vai ser criado no Portal das Finanças. A alteração consta da proposta de Orçamento do Estado para 2019, entregue pelo Governo no Parlamento no passado dia 15 de outubro, e vem tornar mais acessível uma informação que, atualmente, é afixada em papel em locais como as repartições de Finanças.

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“Sinto que não tenho capacidades para ser primeiro-ministro”

Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, disse, em entrevista ao jornal i que tem sido desafiado para correr à liderança do Partido Social Democrata (PSD). No entanto, Carreiras diz que não se vê nesse lugar. “Sinto que não tenho capacidades para ser primeiro-ministro”. Sobre o atual líder do PSD, o presidente de Cascais disse que “Rui Rio acha que tem [capacidades]”.

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