CaixaBank já tem quase 95% do BPI. Banco liderado por Pablo Forero esqueceu-se de avisar os investidores

O banco catalão pagou mais de 2 milhões de euros para passar a controlar 94,9% da instituição portuguesa. "Por lapso", as últimas operações não foram comunicadas a tempo.

O CaixaBank já detém quase 95% do capital do BPI, depois de ter feito mais duas operações de compra de ações do banco português durante o mês de agosto. O BPI vem agora comunicar ao mercado que, “por lapso”, estas operações não foram divulgadas “oportunamente”.

As operações foram feitas nos dias 31 de julho, 1 2 e 3 de agosto, estas comunicadas pelo CaixaBank ao BPI no passado dia 3 de agosto, e a 6, 7, 8 e 9 de agosto, estas comunicadas ao banco português no dia 9. Estas transações, “por lapso, não haviam sido oportunamente divulgadas ao mercado”, refere agora o BPI, em comunicado enviado, esta segunda-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com a primeira sequência de aquisições, o CaixaBank comprou um total de 1.221.340 ações do BPI, tendo pago um preço médio de 1,45 euros por ação e um valor total de 1.770.943 euros. Já na segunda leva de aquisições, o CaixaBank comprou outras 251.529 ações do BPI, por 364.717 euros.

Feitas as contas, o banco catalão pagou mais de 2,1 milhões de euros para passar a deter um total de 1.383.241.224 ações da instituição portuguesa, representativas de 94,94% do capital social do BPI e de 94,95% dos direitos de voto no banco.

Recorde-se que o CaixaBank pretende retirar o BPI de bolsa, uma medida que ficou decidida no passado dia 29 de junho, numa assembleia-geral que 99% dos votos decidiram a favor da perda de qualidade de sociedade aberta do BPI.

Na semana passada, a CMVM decidiu que deverá ser nomeado um auditor independente para determinar qual a contrapartida mínima que será oferecida aos acionistas do BPI quando a empresa sair de bolsa. A contrapartida de 1,45 euros, por ter sido definida “mediante acordo entre o adquirente e o alienante, através de negociação particular”. Segundo o Código dos Valores Mobiliários, este tipo de negociação presume-se “não equitativa”.

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E-toupeira: SAD do Benfica constituída arguida. SAD diz que decisão é “ilegal e inconstitucional”

Ministério Público terá encontrado indícios de que uma pessoa coletiva beneficiou da informação alegadamente recolhida por Paulo Gonçalves. Benfica repudia decisão.

A SAD do Benfica foi constituída arguida no caso e-toupeira. O Ministério Público terá encontrado indícios de recolha indevida de informação sobre processos a correr nos tribunais por parte de pessoas próximas da SAD. O Benfica já reagiu. Diz que a decisão é “ilegal e inconstitucional”.

A SAD foi convocada para comparecer no Ministério Público, e teve como representantes, por ser considerada pessoa coletiva, os administradores Nuno Gaioso Ribeiro e Domingos Soares de Oliveira. Os administradores foram informados de que a SAD foi constituída arguida.

A decisão do Ministério Público indica que terão sido encontrados indícios de que uma pessoa coletiva beneficiou da informação alegadamente recolhida por Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, também considerado arguido.

O caso resulta de uma investigação em que, de acordo com uma nota da Polícia Judiciária, estão em causa “o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou departamentos do Ministério Público, a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários”.

O Sport Lisboa e Benfica emitiu, entretanto, um comunicado onde afirma que o inquérito é ilegal por ser “absolutamente omisso quanto a factos, quanto a circunstâncias de tempo, lugar e modo”.

Refere ainda que “a hierarquia do Ministério Público e os Juízes de Instrução Criminal são titulares do poder-dever de pôr termo a esta perversa, ilegal e discriminatória perseguição movida por alguns responsáveis ao SLB”.

A SAD do Benfica pede, por isso, que “se avance com a imediata impugnação da constituição como arguida e o competente pedido de incidente de suspeição sobre o Magistrado titular do inquérito”.

(Notícia atualizada às 20h01 com mais informações)

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Anunciantes pedem investigação ao modelo de concessão da publicidade em Lisboa

  • Lusa
  • 27 Agosto 2018

O pedido feito à Autoridade da Concorrência pelos anunciantes põe em causa a forma como a Câmara concede o espaço publicitário, que pode levar a concentração.

A Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) requereu, junto da Autoridade da Concorrência, uma investigação ao modelo da Câmara de Lisboa para a concessão da publicidade no exterior, entregue à empresa JCDecaux, foi anunciado esta segunda-feira.

Numa nota enviada à comunicação social, a APAN considera que “o concurso da Câmara Municipal de Lisboa para a exploração da publicidade no mobiliário urbano em Lisboa deve ser investigado pela Autoridade da Concorrência” (AdC) e que a adjudicação à empresa “deveria ter sido notificada previamente à AdC para aprovação”.

Para tal, a associação “formalizou a sua posição junto da AdC e requereu a abertura de uma investigação à atuação da Câmara Municipal de Lisboa e da JCDecaux”, pois defende que a “tentativa de concretização do contrato por parte da Câmara Municipal de Lisboa é ilegal”.

Os anunciantes justificam que a “concessão do espaço publicitário exterior em Lisboa à JC Decaux constitui uma operação de concentração e está, por isso, sujeito a notificação e aprovação prévia por parte da AdC”. “Qualquer ato no sentido da sua implementação antes de a AdC se pronunciar viola lei”, acrescenta.

Em 12 de julho, a Câmara de Lisboa recusou atrasar a concessão da publicidade da cidade à empresa JCDecaux, através da aprovação, por maioria, de uma resolução fundamentada relativamente a uma providência cautelar com o objetivo de travar o negócio.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS e BE, a abstenção do PCP, e os votos contra de PSD e CDS-PP, disseram à Lusa fontes oficiais.

Este documento foi a resposta do município para travar a providência cautelar interposta pelo grupo dreamMedia (um dos concorrentes) à concessão, por 15 anos, da publicidade exterior em Lisboa.

Em 14 de junho, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a adjudicação da exploração da publicidade no mobiliário urbano à JCDecaux. Uma semana depois, a dreamMedia anunciou que interpôs uma providência cautelar para suspender esta adjudicação, “impedindo a autarquia de assinar o contrato”.

O município da capital respondeu através de uma resolução fundamentada, em que referia que “diferir a execução do novo contrato” representaria um “sério e grave prejuízo para o interesse público municipal, no que respeita à qualidade de vida urbana dos cidadãos que habitam, trabalham e visitam Lisboa”.

No início de agosto, a APAN já havia contestado o que apelidou de modelo de “monopólio” da Câmara de Lisboa.

Para os anunciantes, o modelo adotado cria “todas as condições para prejudicar o mercado, reduzindo a oferta de posições e aumentando os preços”, pelo que os “efeitos acabarão por ser repercutidos nos consumidores”.

Citada na nota divulgada esta segunda-feira, a secretária-geral da APAN, Manuela Botelho, considera que o município “optou por ignorar o mercado, os anunciantes e os consumidores”. “Estamos, porém, confiantes em que a AdC cumprirá a sua missão”, acrescenta.

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Maduro quer que as famílias poupem… ao comprar ouro

O presidente da Venezuela quer estimular a poupança das famílias, através da venda de ouro de produção nacional. A acompanhar esta medida, anunciou também a reestruturação da empresa estatal mineira.

A mais recente iniciativa do presidente da Venezuela para tentar equilibrar a economia e estimular a poupança é vender ouro à população. Nicolás Maduro anunciou que quer vender aos habitantes lâminas de ouro certificadas pelo Banco Central Venezuelano, avança o El País (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Para quem quiser comprar os apelidados “lingoticos”, que virão anexados a um cartão de plástico, o custo de uma lâmina que pese 1,5 gramas é de 3,7 mil bolívares. Já uma mais pesada, com 2,5 gramas, vale 6,3 mil bolívares.

O objetivo do presidente da Venezuela será que a população “poupe em ouro” de produção nacional. Maduro garantiu que tem vários milhares de peças em ouro para vender, que vêm de Guayana, uma região no sudeste do país, em declarações no IV Congresso Anual do Partido Socialista Unido da Venezuela.

O presidente anunciou ainda uma reestruturação da empresa estatal de exploração mineira, a Compañia General de Minería da Venezuela, porque “tem muitos vícios”, indica. Outras medidas impostas por Maduro para tentar controlar a crise económica centraram-se na reconversão monetária, onde passaram a existir duas novas unidades monetárias, o bolívar soberano e a criptomoeda petro, e também no aumento do salário mínimo.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Depois da recuperação de junho, o défice voltou a apresentar uma melhoria em julho face ao período homólogo. Meta para o conjunto do ano é de 0,7% do PIB. Álvaro Nascimento, o próximo chairman do banco Montepio, duvida da “seriedade” com que se aplicaram créditos fiscais de 800 milhões à Associação Mutualista para reverter real “situação insustentável”.

O défice das Administrações Públicas melhorou 1.110 milhões de euros até julho face ao período homólogo, situando-se em 2.624 milhões de euros, revelou o Ministério das Finanças esta segunda-feira, em comunicado. Depois de um maio pior e de uma retoma em junho, as contas públicas voltam a apresentar sinais positivos. A meta para o conjunto do ano aponta para um défice de 0,7% do PIB.

Proposto para desempenhar funções de chairman na Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), Álvaro Nascimento é um dos críticos daquilo que considerou ser uma “benesse fiscal” de mais de 800 milhões de euros atribuída à Associação Mutualista Montepio Geral (acionista do banco) e que permitiu à instituição mascarar a “situação insustentável” em que se encontra. Também duvidou da avaliação que foi dada ao banco no âmbito da entrada no seu capital da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e outras instituições de solidariedade social.

Eleven Sports Portugal anunciou, esta segunda-feira, que chegou a acordo com a Fórmula 1 (F1) para a transmissão do campeonato do mundo em Portugal já a partir de 2019, sendo que o contrato tem duração de três anos, ou seja, até 2021.

O pedido do CDS-PP para a realização de uma reunião extraordinária da comissão permanente para debater a crise da ferrovia foi rejeitado, esta segunda-feira, na Conferência de Líderes. “O PS disse que não havia urgência nesta matéria e os outros partidos que apoiam a maioria entenderam que essa questão não teria de ser discutida já esta semana. A proposta teve unicamente o apoio do PSD e portanto não teve acolhimento e não foi aprovada”, adiantou o líder parlamentar Telmo Correia, em declarações aos jornalistas transmitidas pela SIC Notícias.

Há muitos anos, trabalhar numa companhia aérea era sinal de um certo status e era um sonho para muitos portugueses. A atração de viajar podia justificar o entusiasmo que acompanhava esta profissão. Hoje a profissão de tripulante de cabine perdeu algum do encanto de então, mas continua a atrair muitos jovens.

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Governo aumentou cativações na ferrovia. São já 95 milhões de euros

Novos dados das Finanças mostram que cativações na ferrovia foram reforçadas em maio, mantendo-se intocadas até junho. Governo salienta aumento de despesa de 4,9% na CP.

Até junho, o Governo ainda não tinha mexido na despesa que cativou no início do ano para a ferrovia. As regras de disciplina orçamental em vigor geraram um congelamento de despesa de 95,3 milhões de euros para os transportes ferroviários. No final do primeiro semestre, os cativos mantinham-se intactos. Mais, as novas regras impostas pelo decreto-lei de execução orçamental e publicadas a 15 de maio acrescentaram 20 milhões de euros às cativações da ferrovia.

Os dados constam da informação complementar ao Boletim de Execução Orçamental publicado esta segunda-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). Esta é a segunda vez que as Finanças estão a publicar dados detalhados sobre a gestão que é feita das cativações. A primeira vez aconteceu com o boletim publicado em abril e que se referia a março.

Nos primeiros três meses do ano, o Governo não tinha feito qualquer descativação de verbas para a ferrovia prevista no âmbito do Ministério do Planeamento e Infraestruturas. Até março, os cativos mantinham-se em 75,3 milhões de euros e esta era a rubrica com maior valor de cativos.

Mas em maio, com a entrada em vigor do decreto-lei de execução orçamental, o congelamento de verbas na ferrovia foi reforçado em 20 milhões de euros para 95,3 milhões, mantendo a liderança como a rubrica com maior valor de despesa congelada. Até junho, não foi libertada nenhuma parte deste montante.

Apesar destes números, o Ministério das Finanças revela, em comunicado, que a despesa com a Comboios de Portugal subiu 4,9% até julho face ao período homólogo para falar em “reforço em áreas prioritárias”, entre elas, os “transportes públicos”. O boletim de execução acrescenta que de janeiro até julho o Estado injetou 36,9 milhões de euros na CP e 740 milhões na Infraestruturas de Portugal. As duas empresas fazem parte da lista de entidades que define o perímetro das Administrações Públicas.

Este dado é conhecido numa altura em que crescem os relatos de problemas com os comboios. Ao mesmo tempo têm surgido notícias sobre falta de verbas para a ferrovia como é o caso da que foi publicada pelo Expresso que dá conta de um pedido da CP para combustível. O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, liderado por Pedro Marques, emitiu um comunicado a informar que “não está, nem nunca esteve, em risco a disponibilização de verbas para o combustível na CP”.

Cativações engordaram 418,8 milhões com decreto de execução orçamental

Os dados da DGO publicados esta segunda-feira mostram ainda o comportamento das cativações totais da Administração Central e da Segurança Social. Em junho existem 922,2 milhões de euros de despesa cativada, o que significa que as Finanças tinham libertado apenas 146,7 milhões de euros em meio ano. As regras de disciplina orçamental em vigor permitiam cativações de 1.068 milhões de euros. Estas regras incluem as que resultam do Orçamento do Estado e da entrada em vigor em maio do decreto-lei de execução orçamental. Este documento aliás acrescentou cativações no valor de 418,8 milhões de euros às regras previstas no Orçamento do Estado para 2018 face aos 650,1 milhões de euros com que o ano arrancou.

Apesar de só ter libertado 146,7 milhões de euros, as Finanças estão a ser mais “mãos largas” do que no mesmo período do ano anterior, quando só tinham libertado 52,3 milhões de euros, face aos 1.448,8 milhões previstos pelas regras de disciplina orçamental de 2017.

O Orçamento do Estado para 2018 definiu que o Governo passa a divulgar informação detalhada sobre a utilização de cativações, publicação que será trimestral até que entre em vigor a nova Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), passando depois a ser feita mensalmente.

As cativações de despesa são um instrumento de gestão orçamental comum a todos os orçamentos, que permitem adequar o ritmo da execução da despesa às necessidades e assegurar a manutenção de uma folga orçamental que permita suprir riscos e necessidades emergentes no decurso da execução, e que estão dependentes da decisão do ministro das Finanças.

O Governo quer fechar o ano com um défice de 0,7% do PIB. Até julho, o défice melhorou 1.110 milhões de euros, fixando-se em 2.624 milhões de euros.

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Pedrogão Grande: Marcelo quer que alegada fraude na construção fique esclarecida até ao fim do ano

  • Lusa
  • 27 Agosto 2018

Marcelo Rebelo de Sousa espera que a situação das alegadas fraudes na reconstrução de casas afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande fiquem esclarecidas até ao final do ano.

O Presidente da República espera que fique esclarecida até ao fim do ano a situação sobre as alegadas fraudes na reconstrução de casas afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande.

“É bom estar uma investigação criminal em curso, se necessário a Inspeção Geral das Finanças, uma vez que lhe pertence também o acompanhamento do fundo Revita e, sobretudo, que não se demore muito tempo”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas antes de dar um mergulho na praia fluvial da Louçainha, em Penela, concelho do distrito de Coimbra afetado pelo grande incêndio de Pedrógão Grande de 2017.

O Presidente da República frisou que as alegadas irregularidades já foram faladas em julho (devido a uma reportagem da revista Visão) e foram agora novamente abordadas (por uma reportagem da TVI), sendo que espera que “se entre no próximo ano com isto esclarecido”.

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Mota-Engil e Vinci pagam 23,3 milhões para tirar participação da Lusoponte aos chineses

Afinal, a participação de 7,5% que a Teixeira Duarte tinha na Lusoponte não foi parar às mãos da China Construction. Negócio rende 23 milhões de euros à construtora portuguesa.

Afinal, a participação de 7,5% que a Teixeira Duarte tinha na Lusoponte não foi parar às mãos da China Construction, como tinha sido anunciado inicialmente. A construtora portuguesa revelou esta segunda-feira que vendeu essa posição aos franceses da Vinci Highways e à Lineas – Concessões de Transportes da Mota-Engil, uma vez que estes exerceram o direito de preferência num negócio avaliado em 23,3 milhões de euros.

A Teixeira Duarte tinha celebrado um contrato promessa para a venda da sua participação na Lusoponte, que é a concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, ao investidor chinês no dia 21 de junho. Mas foi exercido o direito de preferência pelos acionistas da Lusoponte Vinci Highways e Lineas – Concessões de Transportes, com os quais a Teixeira Duarte assinou dois contratos no passado dia 23 de agosto, adianta a construtora em comunicado divulgado ao mercado.

Em concreto, a Vinci Highways vai pagar 11,53 milhões por 185,6 mil ações da Lusoponte. Já a Lineas – Concessões de Transportes pagará 11,77 milhões de euros por cerca de 189,4 mil ações da concessionária das duas pontes da capital.

“Estas alienações estão ainda sujeitas a que sejam concretizados outros procedimentos, designadamente pela Lusoponte, em particular junto das entidades financiadoras”, explica a Teixeira Duarte. “Casos os contratos se concretizem, estima-se que estes terão um impacto nos resultados contabilísticos do grupo de cerca de 18 milhões”, refere ainda.

"Estas alienações estão ainda sujeitas a que sejam concretizados outros procedimentos, designadamente pela Lusoponte, em particular junto das entidades financiadoras. Casos os contratos se concretizem, estima-se que estes terão um impacto nos resultados contabilísticos do grupo de cerca de 18 milhões.”

Teixeira Duarte

CMVM

A construtora vendeu recentemente a participação que detinha no Lagoas Park, em Oeiras, a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare, por 375 milhões de euros.

Estas alienações fazem parte do acordo que a Teixeira Duarte assinou com o BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco para “a redução significativa do passivo bancário” através de um programa de venda de ativos avaliados em 500 milhões de euros.

A construtora fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízos de dois milhões de euros, reportando um endividamento líquido de 853 milhões de euros. Volta a apresentar contas do semestre no final da semana.

(Notícia atualizada às 18h20. Corrigida com os valores retificados pela Teixeira Duarte à CMVM às 22h53)

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Investigadores do Porto criam robô para limpar florestas

  • Lusa
  • 27 Agosto 2018

A vegetação recolhida pelo robô é depois triturada e serve para o “aquecimento de estufas, criação de energia ou incorporação em plásticos para a indústria automóvel”.

Investigadores do Instituto de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC-TEC), no Porto, criaram um robô com o propósito de “valorizar e rentabilizar” as florestas através da recolha de vegetação que vai “incorporar novos materiais”, revelou o responsável, esta segunda-feira.

Em declarações à Lusa, Filipe Neves dos Santos explicou que o robô, desenvolvido pelo instituto da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto juntamente com a Associação Florestal de Portugal (Forestis), vai permitir “valorizar a floresta e mostrar que existe uma nova forma de utilizar a biomassa florestal”.

“A nossa floresta é pouco gerida e tem pouco valor económico. As operações que atualmente são feitas não são muito rentáveis, uma vez que muito do trabalho é feito manualmente e com máquinas muito pesadas”, frisou.

O robô, que começou a ser produzido há um ano e meio, pesa uma tonelada e visa substituir a maquinaria utilizada atualmente, tornando o processo de limpeza e recolha de vegetação mais automatizado.

O robô é colocado no espaço que se pretende recolher a biomassa e aí trabalha sozinho, levando o material até à berma e fazendo uma pilha. Depois, regressa ao local onde começou. Contudo, numa primeira fase será sempre visionado por um operador”, revelou.

Segundo Filipe Neves dos Santos, a equipa prevê que no próximo ano o robô possa ser testado “em ambientes mais reais, com declive e vegetação densa”, isto porque “neste momento os testes ainda se realizam no laboratório e são muito controlados”.

“Daqui a um ano prevemos que o robô possa ser testado nas propriedades florestais da Forestis em Viana do Castelo e perto da cidade de Vigo. Algo que vai ser muito interessante pois a inclinação do terreno é de 30%”, acrescentou.

O estudo, elaborado no âmbito do BIOTECFOR – um projeto que visa maximizar a eficiência de utilização dos recursos florestais – conta ainda com o apoio de dois parceiros espanhóis, a Associación Forestal de Galicia e o Centro Tecnológico de Automoción de Galicia, que estão a desenvolver duas máquinas de estilhagem para auxiliarem o robô.

“Estas duas máquinas são uma novidade, uma vez que vão encontrar-se na periferia da floresta e triturar a biomassa recolhida pelo robô até ficar em pequenos pedaços”, afirmou.

De acordo com o investigador, a vegetação recolhida e depois triturada poderá servir para o “aquecimento de estufas, criação de energia ou incorporação em plásticos para a indústria automóvel”.

“Os parceiros espanhóis já fizeram testes em dez tipos de plantas, restos de pinheiro, poda, eucalipto e mato. A parte de material florestal pode vir a representar 50 a 60% do produto final”, salientou o investigador.

O robô vai estar em demonstração no expositor do INESC-TEC na Agroglobal, uma feira agrícola nacional, que decorre de 05 a 07 de setembro em Valada do Ribatejo, no Cartaxo, distrito de Santarém.

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EUA e México chegaram a acordo. NAFTA desaparece.

  • ECO
  • 27 Agosto 2018

Donald Trump já tinha avisado que as relações entre os EUA e o México estavam mais próximas. Agora, confirma-se. Mas ainda falta o Canadá.

Os Estados Unidos da América (EUA) e o México chegaram a acordo para substituir o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, na sigla inglesa). Os dois países optaram por deixar cair a anterior designação “NAFTA” e aguardam agora que o Canadá se possa juntar às negociações, avança a Reuters.

As negociações com o México para a renegociação da NAFTA começaram há cerca de um ano, isto depois de Trump ter classificado o acordo como um dos piores acordos comerciais da história. A renegociação do acordo foi mesmo uma das suas principais promessas durante a campanha eleitoral. À Bloomberg, o próprio Donald Trump adianta que “é um grande dia para o comércio”.

Apesar do México e Estados Unidos terem chegado a acordo, falta ainda o sinal verde do Canadá. “Ainda há problemas com o Canadá, mas esperemos que possam ficar resolvidos rapidamente”, adiantam fontes próximas ao processo à Reuters.

Trump, citado pela Bloomberg, diz que falará com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau “daqui a pouco”, esperando começar as negociações de imediato.

Mas uma porta-voz da ministra dos Negócios Externos do Canadá, Chrytia Freeland, já veio baixar as expectativas relembrado que a “assinatura do Canadá é necessária”.

“Vamos apenas assinar um novo NAFTA que seja bom para o Canadá e bom para a classe média” e “continuaremos a trabalhar em prol de um NAFTA modernizado”, adianta.

Já o presidente mexicano, Enrique Nieto escreveu um tweet dando conta de que, esta segunda-feira, falou com Trudeau realçando a importância de o Canadá voltar às negociações do NAFTA.

A pressão de Trump para concluir as negociações à volta do NAFTA surgem, na mesma altura, em que está ao rubro a guerra comercial com a China, e com a ameaça do presidente americana de impor tarifas sobre os carros importados da Europa.

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Rejeitada reunião extraordinária sobre crise da ferrovia. Presidente da CP vai ao Parlamento dia 4

A reunião extraordinária da comissão permanente pedida pelo CDP-PP para debater a crise da ferrovia foi chumbada. Ainda assim, o presidente da CP vai ao Parlamento na próxima semana.

O pedido do CDS-PP para a realização de uma reunião extraordinária da comissão permanente para debater a crise da ferrovia foi rejeitado, esta segunda-feira, na Conferência de Líderes. “O PS disse que não havia urgência nesta matéria e os outros partidos que apoiam a maioria entenderam que essa questão não teria de ser discutida já esta semana. A proposta teve unicamente o apoio do PSD e portanto não teve acolhimento e não foi aprovada”, adiantou o líder parlamentar Telmo Correia, em declarações aos jornalistas transmitidas pela SIC Notícias.

De acordo com o CDS-PP, a atual situação da ferrovia está a tornar-se “insustentável” para milhares de portugueses, daí a necessidade de debater esta matéria. “Esta questão beneficiaria de ter uma reunião específica e ainda esta semana”, sublinhou o deputado, considerando por isso um “erro” o chumbo deste pedido.

“Os problemas da ferrovia nacional, mais do que serem discutidos à pressa, precisam de ser discutidos de forma aprofundada“, ripostou, por sua vez, o comunista João Oliveira. O líder parlamentar do PCP acusa o CDS-PP de querer fazer “uma discussão apressada”, porque agora “lhe pesarem às costas as responsabilidades” por terem votado contra as propostas apresentadas pelos comunistas, em junho.

O bloquista Rui Filipe Soares sublinhou ainda que “curiosamente são as forças de oposição ao investimento na ferrovia” que estão a propor agora esta discussão. O Bloco de Esquerda acusa, nesse sentido, o CDS-PP de ter como intenção trazer à discussão a privatização da ferrovia.

Fernando Negrão, por sua vez, salientou que tem sido feito o caminho para a destruição da Comboios de Portugal (CP) “Tudo isto está a ser posto em causa pelas políticas do Governo”, criticou o deputado do PSD, referindo “políticas de desinvestimento”.

Por outro lado, o líder parlamentar do PS considerou que este é um dossiê que devia ser abordado pelo CDS com “algum pudor”, já que este partido contribuiu para o estado de crise atual da ferrovia.

Presidente da CP no Parlamento a 4 de setembro

O Presidente da Comboios de Portugal vai ser ouvido pela comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, na próxima terça-feira, dia 4 de setembro. De acordo com a informação disponibilizada na página da Assembleia da República, Carlos Gomes Nogueira vai ser questionado pelos deputados sobre os efeitos da travagem do investimento dos últimos anos, numa altura em que a empresa atravessa um período particularmente difícil.

Nos últimos tempos, os utentes e responsáveis têm apresentado queixas sobre pela diminuição do número de carruagens e de comboios, atrasos, composições velhas, avarias frequentes, estações encerradas, falta de segurança e de investimento na ferrovia.

Importante notar ainda que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, estará na comissão permanente da Assembleia da República agendada para 06 de setembro para debater a situação da ferrovia, de acordo com o discutido na conferência de líderes extraordinária desta segunda-feira.

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Lisboa segue Europa. Jerónimo Martins puxa pela bolsa

Num dia positivo para a generalidade dos mercados europeus, Lisboa acompanhou a tendência, impulsionada pela Jerónimo Martins. Galp Energia também ajudou.

Lisboa acompanhou o sentimento positivo das principais bolsas internacionais. Fechou a sessão no verde, beneficiando da subida da Jerónimo Martins, num dia de ganhos também para a Galp Energia.

O PSI-20, índice de referência nacional, terminou a sessão a subir 0,44% para os 5.521,20 pontos. Das 18 cotadas, 11 fecharam a subir, seis a descer e uma, a F. Ramada, manteve-se inalterada.

Várias empresas que terminaram no verde conseguiram valorizar mais de 1%. Destaque para a Semapa, que somou 2,23% para os 18,30 euros. A Mota-Engil valorizou 1,97% para os 2,85 euros, mas foi a Jerónimo Martins quem mais puxou pelo índice nacional.

A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos subiu 1,68% para os 13,60 euros, enquanto a Sonae terminou a negociação, a primeira desta semana, a valorizar ligeiros 0,05% para 93,95 cêntimos.

Também a Galp Energia deu o seu forte contributo para o desempenho positivo do PSI-20. Num dia de ganhos para o petróleo, a petrolífera nacional registou uma subida de 1,30% para 17,87 euros.

A EDP e a EDP Renováveis, por seu lado, fecharam em queda, impedindo uma subida mais expressiva do índice que, ainda assim, acompanhou a tendência na Europa. O Stoxx 600 fechou a subir 0,5% para os 385,47 pontos. O DAX, da Alemanha, somou 1,2%, já o CAC 40, em França, valorizou 0,9%.

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