Mercedes instala centro de inovação no Hub do Beato

A Mercedes vai instalar o seu novo centro de inovação no Factory Lisbon, no Hub do Beato. A nova casa da gigante alemã por terras lusitanas vai ter vista para o Tejo e um jardim na cobertura.

A Mercedes já escolheu a localização do seu novo centro de inovação digital: vai instalá-lo no Hub Criativo do Beato, em Lisboa. A nova casa da gigante alemã por terras lusitanas terá, assim, vista para o Tejo e um jardim na sua cobertura. A apresentação oficial do projeto está marcada para esta quinta-feira.

O Mercedez-Benz.io vai ficar localizado num dos open spaces do edifício detido pela Factory (organização que gere e desenvolve escritórios para startups em crescimento e empresas tecnológicas), no polo criativo alfacinha.

O Factory Lisbon vai ocupar 10 mil metros quadrados da fábrica de massas e da bolacha (no espaço da antiga manutenção militar), que já estão a ser remodelados. No total, prevê-se que o prédio venha a acolher 700 pessoas de várias empresas e startups, incluindo os colaboradores da fabricante automóvel alemã.

Nos planos, está ainda a construção de um miradouro jardim na cobertura com dois mil metros quadrados, que “permitirá a criação de áreas de estar e a realização de eventos numa franca relação com o Tejo”, lê-se na nota divulgada, esta quarta-feira.

“Procurámos entre muitos espaços e decidimos pela Factory pela localização perfeita para instalarmos os nossos escritórios em Lisboa. A nossa equipa vai estar a trabalhar no futuro da mobilidade a partir de um dos melhores ambientes na Europa”, explica Alexandre Vaz, CEO da Mercedes-Benz.io em Portugal.

Se tudo correr bem, as obras deverão estar concluídas até ao fim deste ano. Além do Factory Lisbon, o espaço da fábrica de massas e da bolacha deverá acolher ainda escritórios da Startup Lisboa.

Notícia atualizada a 12 de julho às 15h19 com mais informação.

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O adiós e o benvenuto a Cristiano Ronaldo nas redes sociais

  • Rita Frade
  • 11 Julho 2018

De partida do Real Madrid e de chegada à Juventus, Cristiano Ronaldo recebe inúmeras mensagens de despedida e de boas-vindas, por parte dos colegas das duas equipas.

Transferência oficializada. Apresentação confirmada. Cristiano Ronaldo vai ser recebido pelos adeptos da Juventus um dia depois da final do Campeonato do Mundo de 2018 — isto é, segunda-feira –, no Allianz Stadium, em Turim.

Mas, entre a partida do Real Madrid e a chegada à Juventus, o capitão da seleção nacional é inundado com mensagens não só de despedida, mas também de boas-vindas, por parte dos colegas das duas equipas.

“Foi um prazer” e “boa sorte para o futuro”, dizem os ex-colegas do Real Madrid

Foi um prazer jogar ao teu lado, nos últimos cinco anos“. “Mereces um lugar de destaque na história do Real Madrid“. Foi assim que jogadores como Gareth Bale, Sergio Ramos, Karim Benzema ou Toni Kroos (agora ex-colegas do Real Madrid) se despediram do melhor do mundo.

“Bem-vindo, Cristiano”, dizem os jogadores da Juventus

Do lado da Juventus, Paulo Dybala, Douglas Costa ou Sami Khedira foram alguns dos jogadores que deixaram mensagens de “boas-vindas” a Ronaldo. Khedira diz, ainda, que “mal pode esperar por voltar a trabalhar” com o craque da seleção nacional.

Por cá, pede-se para cuidarem “bem do nosso capitão”

Marcas como a Super Bock ou a própria Seleção Nacional deixam também mensagens de apoio a Cristiano Ronaldo, pedindo inclusive à Juventus que cuide “bem do nosso capitão”.

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Empresários estão mais otimistas, mas exportações vão abrandar

Os empresários que vendem para fora do país estão mais confiantes do que em novembro passado. No entanto, a confirmarem-se estas previsões, as exportações de bens deverão abrandar face a 2017.

Os empresários que vendem bens para fora do país estão mais otimistas. Em maio, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) fez um inquérito às empresas exportadoras as respostas mostraram que os empresários acreditam que as vendas para o exterior vão crescer este ano 6,4%, mais do que os 5,7% para onde apontavam em novembro passado. O cenário é melhor, mas a comparação com o que se passou realmente no ano passado aponta para uma perda de força das exportações de bens.

“As empresas exportadoras de bens perspetivam um crescimento nominal de 6,4% das suas exportações em 2018, revendo 0,7 pontos percentuais (p.p.) em alta a primeira previsão indicada em novembro de 2017“, escreve o INE no destaque publicado esta quarta-feira onde avança com a leitura mais atual que as empresas exportadoras fazem do mercado.

Este inquérito foi feito em maio, permitindo assim comparar a evolução da perspetiva das empresas exportadoras em seis meses.

A revisão em alta é uma boa notícia já que antecipa uma situação melhor do que a esperada na reta final do ano passado. No entanto, ela não deixará de se traduzir numa desaceleração face ao que aconteceu em 2017, quando as exportações de bens cresceram 10,1% em relação ao ano anterior.

O que explica esta melhoria nas perspetivas dos empresários?

O INE dá algumas pistas sobre isto. “Esta revisão resulta da atualização em alta das expectativas para as exportações intra-União Europeia (+1,0 p.p. para um crescimento de 7,3%) e em baixa das exportações extra-UE (-0,2 p.p. para uma variação de +3,7%).” Isto significa que foi de dentro do espaço da UE que vieram sinais mais positivos para as empresas exportadoras de bens.

E a opinião melhor aconteceu “sobretudo nas categorias dos Combustíveis e lubrificantes e Material de transporte e acessórios. As empresas apontaram o melhor comportamento que o esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes e as alterações de preços como os principais motivos para essa revisão em alta“, concretiza o instituto estatístico.

Na terça-feira, o INE publicou dados sobre o andamento das exportações até maio, com os valores a apontarem para um abrandamento face a abril. Assim, as vendas para o exterior cresceram 6,2% face ao mesmo mês do ano anterior, depois de em abril terem registado um aumento de 17,7%.

O Governo prevê que no conjunto do ano um aumento das exportações de 6,3%. Esta projeção – que inclui além das vendas de bens, as de serviços – indica igualmente um abrandamento face a 2017, quando esta componente do PIB cresceu 7,8%.

A evolução das exportações é determinante para a economia já que elas valem cerca de 43% do PIB, segundo os números do Governo publicados no Programa de Estabilidade de abril.

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Inflação dispara para 1,5% em junho. Combustíveis puxam pelos preços

A taxa de inflação homóloga situou-se em junho nos 1,5%, em Portugal, indica o INE, acima dos 1% em maio e um pouco abaixo da estimativa rápida.

A taxa de inflação acelerou em junho para 1,5%, em Portugal, mostram dados do Instituto Nacional de estatísticas (INE). Em maio, o Índice de Preço no Consumidor (IPC) tinha-se fixado em 1%. Aceleração dos preços é justificada em grande medida pelo aumento da fatura dos portugueses com combustíveis.

Os dados finais do IPC para junho ficam um pouco aquém da estimativa rápida avançada pelo gabinete de estatísticas público que apontava para que a taxa de inflação homóloga se tivesse situado nos 1,6% naquele mês. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) cresceu em junho 1%, o que compara com a subida de 0,6% registada em maio.

Inflação dispara em junho

Fonte: INE

Contudo, voltam a confirmar a relevância da subida dos preços dos combustíveis para o rumo dos preços em Portugal. “O agregado relativo aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 1,2% em junho (0,4% em maio), enquanto a taxa referente aos produtos energéticos aumentou para 7,5% (5,8% no mês anterior)“, especifica o INE.

O INE destaca ainda os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos Restaurantes e hotéis e do Lazer, recreação e cultura com 3,8% e nula. Estes valores comparam, respetivamente, com variações de 2,9% e -0,7% no mês anterior.

A classe com contribuição negativa mais relevante para o rumo da inflação foi a do Vestuário e calçado, isto num mês marcado pelo regresso dos saldos.

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António Costa visita Angola a 17 e 18 de setembro

  • ECO e Lusa
  • 11 Julho 2018

A visita do chefe de Governo a Angola foi finalmente agendada para o mês de setembro. Até lá, deverá estar terminado o acordo para acabar com a dupla tributação entre Portugal e Angola.

António Costa deverá visitar Angola nos dias 17 e 18 de setembro, anunciou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, que se encontra com o primeiro-ministro na cimeira da NATO, em Bruxelas.

Ainda esta segunda-feira os Governos de ambos os países tinham tornado claro que o anúncio das datas da viagem estaria para breve. O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Domingos Augusto, entregou em mão uma carta do Presidente angolano, João Lourenço, a Costa na segunda-feira. Augusto Santos Silva fez uma conferência conjunta com Manuel Augusto na qual foi confirmado que o encontro se realizaria antes da Assembleia geral das Nações Unidas também em setembro.

“A abertura de Angola ao resto do mundo não é consequência de qualquer irritante com Portugal, Angola sempre foi um país aberto, virado para o mundo. Talvez a estejamos a assistir a um novo estilo de fazer política, um novo estilo de reforçar as relações”, frisou então Manuel Augusto. “O senhor Presidente João Lourenço estabeleceu prioridades, e uma das prioridades é a recuperação da credibilidade do país no mercado internacional, não temos intenção de escamotear as nossas dificuldades”.

Dupla tributação entre Angola e Portugal vai acabar

O Governo angolano anunciou hoje que está em fase de conclusão uma convenção para acabar com a dupla tributação entre Angola e Portugal, considerado essencial pelos empresários dos dois países, que reclamam ainda um instrumento de proteção reciproca dos investimentos.

O anúncio foi feito em Luanda, pelo secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades angolanas, Domingos Vieira Lopes, na abertura do fórum empresarial promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA). De acordo com o governante angolano, esse acordo, na forma de convenção, para “se evitar a dupla tributação” entre Portugal e Angola, está em fase final de elaboração, devendo estar concluído até à visita oficial a Luanda do primeiro-ministro português, António Costa, em setembro próximo.

“Está em curso e praticamente concluído o acordo para se evitar a dupla tributação entre Angola e Portugal”, disse o governante angolano, acrescentando que também o Acordo de Proteção Recíproca de Investimentos “continua em negociação”, cujo acordo deverá ser concluído até à visita do primeiro-ministro português.

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Centeno procura novas formas para financiar o Estado. Depois das panda bonds, vêm aí as green bonds

Centeno garantiu que Portugal tem condições para pagar a sua dívida. Vê rácio a cair para baixo de 100% do PIB em 2025. E adiantou que Portugal se prepara para emitir green bonds.

O ministro das Finanças garantiu esta quarta-feira que a dívida pública portuguesa é sustentável e que o rácio vai continuar a cair este ano e nos seguintes. Aos deputados, Mário Centeno assegurou que a República tem condições para pagar a sua dívida. E adiantou que além das panda bonds, em moeda chinesa, Portugal está a olhar “com atenção” para o mercado de green bonds (obrigações verdes).

“Gostava de começar por transmitir uma mensagem de tranquilidade: a dívida da República portuguesa é sustentável e o rácio dívida/PIB vai continuar a cair este ano e nos anos seguintes”, disse Mário Centeno no Parlamento, onde está a ser ouvido no âmbito do grupo de trabalho sobre a dívida pública. “Portugal tem condições para pagar a sua dívida”, defendeu ainda.

As declarações do ministro surgem depois de o endividamento público ter atingido os 250,3 mil milhões de euros em maio, um novo recorde absoluto. Ainda assim, as previsões do Governo apontam para uma redução da dívida pública para 122,2% no final de 2018.

Centeno desvalorizou este recorde. “A dívida pública gere-se numa perspetiva de longo prazo”, disse, “com uma política orçamental responsável”. “O rácio da dívida não deve ser analisada em termos mensais”, sublinhou, notando que este rácio vai cair para baixo de 100% em 2025.

“Cabe ao governo assegurar políticas que sejam credíveis para todos os que financiam o Estado”, lembrou.

Por causa das políticas do Governo, “estamos a emitir dívida com um custo menor e a uma maturidade adequada”, considerou Centeno.

O ministro das Finanças deixou ainda duas novidades no que toca à diversificação das fontes de financiamento do Estado. “A emissão de panda bonds está em fase final de execução e estamos a olhar com atenção para o mercado de green bonds“, revelou Centeno.

Sobre as panda bonds, o Governo conta angariar até 380 milhões de euros em obrigações na moeda chinesa, numa operação que vem sendo trabalhada há mais de um ano, após uma visita do ministro das Finanças a Pequim realizada em maio do ano passado.

Aos deputados, Centeno disse ainda que tem a expectativa de que a Moody’s também reveja o rating da República em alta — é a única das grandes agências de notação financeira que mantém Portugal no nível “lixo”.

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Falha na proteção de dados dá multa de 565 mil euros ao Facebook

  • ECO
  • 11 Julho 2018

As autoridades britânicas multaram a rede social de Mark Zuckerberg, alegando que o Facebook violou a lei de proteção de dados no país. O valor da coima corresponde ao máximo que a ICO pode impor.

As autoridades do Reino Unido anunciaram esta quarta-feira que vão multar em 565 mil euros a empresa norte-americana de comunicação ‘Facebook’ por violar a lei de proteção de dados naquele país.

O Gabinete de Comissionado de Informação (ICO, na sigla inglesa), que zela pela privacidade e liberdade da informação, indicou que a companhia não cumpriu o dever de proteger os dados pessoais dos utilizadores da rede social, elencando que não foi transparente relativamente ao modo como outras empresas acediam a essa informação.

A ICO está a investigar o ‘Facebook’ desde fevereiro, juntamente com a consultora britânica Cambridge Analytica, pelo uso indevido de dados de 87 milhões de utilizadores da rede social em todo o mundo, que foram utilizados na campanha do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (EU), realizado em 23 de junho de 2016.

As organizações defensoras dos dados pessoais dos consumidores lamentaram a quantia da multa ao ‘Facebook’, que é o valor máximo que a ICO pode impor com base na lei da proteção de dados de 1998 – a aplicada neste caso e não a nova legislação que entrou em vigor este ano e que contempla maiores penalizações.

A multa foi apresentada pela empresa norte-americana, que tem agora algum tempo para apresentar novas alegações.

A chefe de privacidade do ‘Facebook’, Erin Egan, reconheceu em comunicado que a empresa deveria ter “feito muito mais para investigar as acusações relativas à Cambridge Analytica e ter tomado medidas em 2015”.

A comissionada britânica de informação, Elizabeth Denham, referiu que é importante “restaurar a confiança na integridade do processo democrático”, que considera estar a ser ameaçado porque os votantes “não sabem o que acontece atrás das cortinas”.

“Não podemos exercer controlo sobre os dados [das pessoas], não sabem nem entendem como se usam”, afirmou.

A ICO está também a investigar o modo como 11 partidos britânicos utilizaram os dados dos cidadãos na campanha do referendo do ‘Brexit’ e tem prevista a apresentação de um relatório em outubro.

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Aumentos salariais na Altice Portugal vão custar 2,5 milhões por ano

Os aumentos salariais entre 1% e 4% na Altice Portugal, definidos no novo acordo coletivo de trabalho, vão aumentar o peso da massa salarial da empresa em 2,5 milhões de euros por ano.

A Altice Portugal estima que os aumentos salariais previstos no novo acordo coletivo de trabalho vão custar 2,5 milhões de euros anuais à empresa, mas destaca a “flexibilidade” dos sindicatos nos últimos “dois meses” de negociações. O número foi avançado pelo presidente executivo, Alexandre Fonseca, na cerimónia de assinatura do documento com as estruturas sindicais que representam os trabalhadores da dona da Meo.

O acordo prevê aumentos entre 1% e 4%, consoante o rendimento base de cada trabalhador. Na prática, um salário entre 800 e 1.000 euros será aumentado em 20 euros mensais, enquanto a uma remuneração base entre 1.000 e 1.500 euros serão acrescidos mais 15 euros todos os meses, segundo cálculos de um sindicato.

Aos representantes dos trabalhadores, Alexandre Fonseca, presidente executivo da companhia, destacou a “justiça social” deste aumento, salientando que o aumento real andará em “valores próximos de 1% para a maioria dos colaboradores da Altice Portugal”. Este aumento representa mais “2,5 milhões de euros anuais na massa salarial” da dona da Meo, revelou.

Segundo o presidente, este acordo foi subscrito por todas as estruturas sindicais, algo que considerou “histórico e inédito no passado recente da Altice Portugal”. Deixou, por isso, uma “palavra de apreço e reconhecimento pela flexibilidade, abertura e empenho” dos sindicatos nos “dois meses” de negociações para esta revisão do acordo coletivo de trabalho. O discurso foi aplaudido pelos representantes das associações sindicais.

O acordo deverá trazer a “paz social” à empresa depois de mais de um ano de braço de ferro entre a companhia e os trabalhadores, marcado por uma greve geral em meados do ano passado. Esta quarta-feira, Alexandre Fonseca reconheceu valor na motivação dos trabalhadores para que a empresa consiga “reforçar a liderança” no mercado: “Queremos ter os melhores, queremos ter os trabalhadores mais motivados”, disse, lembrando que a empresa precisa de ter um “ambiente de trabalho” que propicie isso.

O líder da Altice Portugal, no momento da assinatura do novo acordo coletivo de trabalho da empresa.Altice Portugal 11 Julho, 2018

O acordo, em detalhe

O ECO teve acesso ao protocolo assinado entre a Altice Portugal e os sindicatos. O documento acrescenta mais detalhes ao que já tinha sido divulgado publicamente pela empresa.

Num dos pontos, a Altice Portugal compromete-se a “garantir um número mínimo de 200 movimentos de evolução profissional em 2018, designadamente 100 progressões, 50 promoções e 50 movimentos de evolução profissional (progressão ou promoção), a serem definidos em função das necessidades da empresa”. A empresa compromete-se ainda a mais 50 movimentos de evolução profissional até 30 de junho de 2019.

Em relação ao dia adicional de férias, o documento prevê que seja atribuído apenas aos trabalhadores que não tenham dado qualquer falta injustificada. “No caso de o trabalhador, no ano a que as férias se reportam e desde que seja um ano civil completo, não tenha qualquer falta injustificada, a duração do período de férias é acrescida de um dia”, lê-se no documento.

Foi ainda criado um subsídio para “os trabalhadores que, no exercício das suas funções, tenham que subir a torres de telecomunicações”. “Receberão por cada intervenção, com subida e execução de trabalhos a uma altura igual ou superior a 30 metros, um subsídio por trabalho a grande altura”, no valor de 13 euros. Se a intervenção tiver uma duração superior a três horas, o trabalhador recebe o subsídio em duplicado.

Quanto ao acesso à reforma, um trabalhador que peça a reforma por velhice ou invalidez, tem direito a um prémio indexado ao número de anos em que está na empresa. O montante varia entre os 220 euros para antiguidades entre os 15 e os 19 anos, e 3.000 euros para antiguidades iguais ou superiores a 47 anos ao serviço da companhia.

(Notícia atualizada às 15h18 com mais detalhes sobre o acordo que foi assinado)

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Portugal paga juros mais baixos para obter 950 milhões em dívida de longo prazo

Na única operação de financiamento de longo prazo neste trimestre, o IGCP conseguiu obter 950 milhões de euros, pagando juros mais baixos tanto a dez como a 16 anos.

Portugal obteve 950 milhões de euros no duplo leilão de dívida de longo prazo. Conseguiu financiar-se perto do montante máximo pretendido (entre 750 e mil milhões de euros), pagando menos do que nos anteriores leilões comparáveis a dez e 16 anos. A taxa a dez anos ficou nos 1,727%.

De acordo com a Reuters, o IGCP colocou 650 milhões de euros no prazo mais curto, a dez anos, prazo em que a taxa de juro ficou nos 1,727%. Este juro compara com o de 1,919% pago pela agência liderada por Cristina Casalinho na última operação de financiamento no mercado em que recorreu a esta maturidade, isto numa altura em que o Banco Central Europeu se encaminha para o fim do programa de estímulos.

No caso da linha com maturidade em 2034, a mais longa, Portugal pagou 2,257% por 300 milhões de euros em obrigações do Tesouro. Tal como no caso do prazo a dez anos, também neste, de 16 anos, a taxa caiu face aos 2,325% pagos na emissão com recurso a sindicato bancário realizada a 11 de abril do ano passado. Nessa altura captou 3.000 mil milhões.

O resultado do leilão de hoje é um excelente indicador daquilo que é a avaliação daqui a 15 anos. Avaliação que não é feita só por nós mas por quem compra dívida portuguesa”, disse Mário Centeno no Parlamento, onde está a ser ouvido no âmbito do grupo de trabalho sobre a dívida pública.

 

Esta foi única operação de financiamento a longo prazo deste terceiro trimestre. Entre julho e setembro, a agência prevê levantar até 4.500 milhões de euros em títulos de dívida pública, sendo que a maior “fatia” será captada através de títulos de curto prazo, ou seja, de bilhetes do Tesouro com prazos entre três meses e 12 meses.

Dados mais recentes do Banco de Portugal mostram que a dívida pública bruta subiu em maio para um novo máximo histórico, acima dos 250 mil milhões de euros. Mas o montante do endividamento das administrações públicas deverá recuar em junho, depois de a República ter feito um reembolso de 6,6 mil milhões de euros relativo ao vencimento de uma linha de obrigações no dia 16 de junho.

(Notícia atualizada às 11h50 com o comentário de Mário Centeno à emissão do IGCP)

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Negócio fechado. Sky aceita proposta de 27,7 mil milhões de euros da Fox

  • ECO
  • 11 Julho 2018

O grupo televisivo Sky aceitou os termos da proposta de Rupert Murdoch, através da sua 21st Century Fox, permitindo ao magnata australiano controlo total da televisão europeia Sky.

O negócio está fechado. O grupo televisivo Sky aceitou os termos da proposta de Rupert Murdoch, através da sua 21st Century Fox, permitindo ao magnata australiano controlar totalmente a televisão europeia Sky, avançou o Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago) durante a manhã desta quarta-feira. O negócio será feito por 27,7 mil milhões de euros, em parte devido a uma oferta rival da norte-americana Comcast, que obrigou Murdoch a subir o valor que estava disposto a dar.

Na quarta-feira passada, a Fox já tinha dito que concordou em pagar 14 libras por ação pela Sky, um valor superior comparado ao acordo original de 10,75 libras por ação que fez com a empresa londrina em dezembro de 2016. Para o comité internacional da televisão europeia, a oferta “representa um aumento substancial no valor em relação à oferta da Comcast”, que era de 12,50 libras por ação.

“Esta transação transformadora posicionará a Sky de modo que ela possa continuar a competir dentro de um ambiente que agora inclui algumas das maiores empresas do mundo, mas nenhuma delas demonstrou a mesma profundidade local de investimento e compromisso com o Reino Unido e para a Europa”, disse a Fox.

No entanto, apesar de o negócio parecer fechado, a empresa de Murdoch ainda não recebeu autorização do Governo do Reino Unido para a aquisição da Sky. Ainda que tenha mostrado abertura para aceitar o negócio, caso não prejudique a pluralidade dos media britânicos, a decisão do Governo é esperada até sexta-feira.

O grupo televisivo Sky, líder de TV paga no Reino Unido, tem sido um grande alvo de interesse para várias empresas. O negócio acontece numa altura em que os grandes grupos procuraram fazer frente a serviços de streaming, como é o caso da Netflix.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 11 Julho 2018

Trump chega a Bruxelas após ter reforçado a sua guerra comercial com a China, Lula fica mesmo na prisão apesar de mais de 140 habeas corpus apresentados, e outras notícias que marcam o dia.

Entre o fecho próximo da compra da Sky e os receios do Governo de Espanha de não poder cumprir a meta do défice acertada pelos seus antecessores, as manchetes mundiais, ainda cativadas pelo resgate na Tailândia, também referem a posição rígida de Trump à chegada da cimeira da NATO. Leia sobre os temas que marcam o dia na imprensa internacional.

Financial Times

Murdoch assegura compra da Sky por 27,7 mil milhões

Negócio fechado: o grupo televisivo Sky aceitou os termos da proposta de Rupert Murdoch, através da sua 21st Century Fox, permitindo ao magnata australiano controlo total da televisão europeia Sky. O negócio será feito por 27,7 mil milhões de euros, em parte devido a uma oferta rival da norte-americana Comcast, que obrigou Murdoch a subir o valor que estava disposto a dar. Leia a notícia completa no Financial Times (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado).

El Confidencial

Governo espanhol vai pedir a Bruxelas mais folga na meta do défice

O Governo de Sánchez concluiu que não vai conseguir cumprir a meta do défice que Mariano Rajoy acertou com as autoridades europeias, e deverá pedir um ajuste ao objetivo de 2,2% do PIB, caso contrário serão necessários novos ajustes ao Orçamento, algo que Sánchez não tenciona fazer. Assim, seria necessário que a Comissão Europeia relaxasse os objetivos de consolidação para Espanha. Leia a notícia completa no El Confidencial (Conteúdo em espanhol / Acesso livre).

Estadão

Lula continua preso, decide Presidente do Supremo Tribunal de Justiça

Após um domingo cheio de contradições, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça brasileiro decidiu negar o habeas corpus de Lula da Silva, criticando o juiz que o aprovara, dizendo que se tratou de incompetência. Nos últimos dois dias, foram entregues 140 pedidos de habeas corpus no Supremo, colocados por pessoas que não estão ligadas à defesa do antigo Presidente brasileiro. Leia a notícia completa no Estadão (Conteúdo em português / Acesso livre).

The Washington Post

Trump prepara-se para ser combativo na cimeira da NATO

Na noite de terça-feira que antecipou a cimeira da NATO, o presidente dos Estados Unidos já assinalou que se prepara para ser agressivo junto dos restantes chefes de Estado e de Governo no encontro que terá lugar em Bruxelas. Numa altura em que a guerra comercial entre a China e os EUA se encontra no seu ponto mais crítico até agora, Donald Trump deverá manter a sua retórica contra os restantes países da NATO, perturbando os aliados dos EUA. Leia a notícia completa no Washington Post (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado).

Kathimerini

Moscovo vai retaliar contra Atenas por expulsão de diplomatas russos

A Rússia tenciona responder à letra à expulsão, pela Grécia, de dois diplomatas russos, por “atividades inconsistentes com o seu estatuto”. A Interfax registou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou esta quarta-feira a expulsão futura de diplomatas gregos do país. Leia a notícia completa no Kathimerini (Notícia em inglês / Acesso livre).

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Trump acusa Alemanha de estar refém de Moscovo por causa de gasoduto

  • Lusa
  • 11 Julho 2018

Na opinião do Presidente norte-americano, a Alemanha "está prisioneira" da Rússia, porque importa de lá grande parte da sua energia. Trump está em Bruxelas para participar da cimeira da NATO.

O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou, esta quarta-feira, a Alemanha de estar “prisioneira” da Rússia por causa das importações de energia, em declarações num pequeno-almoço com o secretário-geral da NATO, antes da cimeira da Aliança, em Bruxelas.

“A Alemanha está prisioneira da Rússia porque importa de lá uma grande parte da sua energia”, declarou Trump, durante um pequeno-almoço com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Jens Stoltenberg.

Trump aludia ainda ao projeto do gasoduto Nord Stream II, cuja construção está prevista para arrancar este mês e que sai de Ust-Luga, na Rússia, atravessando todo o mar Báltico até terminar em Greifswald, na Alemanha.

“Pagam milhares de milhões de dólares à Rússia e nós temos de nos defender da Rússia (…) isto não é normal”, criticou.

Uma das questões em debate na cimeira da NATO, que decorre esta quarta e quinta-feira com a presença do primeiro-ministro, António Costa, são as relações com Moscovo, com Stoltenberg a sublinhar na terça-feira, em conferência de imprensa, que os aliados vão discutir com Trump a relação entre a Aliança e a Rússia.

“É importante que a NATO se mantenha unida”, disse, acrescentando que a reunião prevista para segunda-feira entre os líderes dos EUA e da Rússia é “essencial”.

Outro dos temas marcantes da reunião é o da contribuição financeira dos aliados, que Trump tem contestado.

Portugal consagra atualmente cerca de 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB) a despesas em Defesa, ainda longe do objetivo de 2% acordado entre os países membros da NATO, segundo os dados divulgados na terça-feira pela organização.

De acordo com os dados publicados – para 2017 e 2018 trata-se ainda de estimativas -, Portugal destinou no ano passado 2.398 milhões de euros a despesas em Defesa, o que equivale a 1,24% do seu PIB, devendo este ano aumentar para 2.728 milhões de euros, o equivalente a 1,36% da riqueza nacional.

O relatório da Aliança revela que apenas quatro países, além dos Estados Unidos – Grécia, Estónia, Reino Unido e Letónia – já atingem a “meta” dos 2% acordada na cimeira do País de Gales em 2014, para ser alcançada no espaço de 10 anos (até 2024).

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