BCE aperta o cerco às criptomoedas apesar de ver um “mercado resiliente”

A dificuldade em agregar dados sobre o mercado levou bancos centrais e institutos estatísticos a unirem-se. Vão trabalhar em conjunto para perceber as implicações para a economia real.

O mercado cripto é “resiliente” e os riscos para a estabilidade do sistema financeiro estão limitados. Apesar de ter esta posição, o Banco Central Europeu (BCE) está preocupado com a interligação entre ativos digitais e economia real e decidiu, por isso, unir-se a outros bancos centrais para conseguir fazer um controlo mais apertado.

“À luz das implicações que podem ter para a estabilidade e eficiência do sistema financeiro e da economia, bem como para o cumprimento das funções do Eurossistema, os cripto-ativos justificam monitorização contínua. Com esse objetivo, o BCE criou uma base de dados”, revelou a instituição liderada por Mario Draghi, acrescentando que os bancos centrais da Zona Euro estabeleceram uma “rede informal” de informação para analisar opções.

Na publicação Understanding the crypto-asset phenomenon, its risks and measurement issues, divulgada esta quarta-feira pelo BCE, é explicado que as entidades estatísticas estão a começar a analisar a classificação a dar aos ativos cripto nas contas nacionais, o que tem implicações significativas na medição no produto interno bruto dos países, bem como de outros indicadores económicos.

Lembrou que mantêm-se “importantes falhas e desafios”. Entre elas, incluem-se a exposição das instituições financeiras a ativos cripto, conexão entre setores financeiros e pagamentos. Segundo o BCE, os desafios na medição do “fenómeno cripto” são diversos e relacionados tanto com dados dentro da rede cripto, como fora.

O banco central encontrou dificuldades em quantificar segmentos do mercado cripto que se mantêm fora do radar das autoridades pública. Se as transações on-chain são registadas diretamente na rede blockchain, as off-chain ficam a cargo de instituições como plataformas de trading ou redes privadas de utilizadores. As primeiras estão a aumentar, mas essa é apenas uma visão parcial do mercado já que as segundas não são tão facilmente contabilizadas.

Além disso, plataformas de trading mais ilíquidas são mais permeáveis a atividades ilícitas e não existe consistência metodológica nos dados entre as instituições. Estes fatores fazem com que seja difícil avaliar o mercado como um todo.

Transações on-chain são apenas uma pequena parte do mercado

Fonte: BCE

“O sistema financeiro poderá estar sujeito a riscos dos cripto-ativos na medida em que ambos estão interligados. Os efeitos de contágio poderão ser transmitidos para a economia real. Em particular, os cripto-ativos poderão ter implicações para a estabilidade financeira e interferir com o funcionamento dos pagamentos e das infraestruturas dos mercados, bem como para a política monetária”, alerta o BCE.

A análise do banco central indica que os riscos estão atualmente “contidos”, mas também que é necessário acautelar o futuro. Desde a emergência da bitcoin, que deu lugar a todo um mercado que conta atualmente com 2.429 criptomoedas e uma capitação de 311,5 mil milhões de dólares, que o BCE e vários outros bancos centrais globais têm reiterado que estes não são ativos financeiros.

Têm, ainda assim, acompanhado o desenvolvimento do mercado e sobre os riscos que comporta. O caso mais recente é o da Libra, a criptomoeda que o Facebook quer lançar na primeira metade do próximo ano. Draghi apontou para “preocupações com cibersegurança”, enquanto o homólogo norte-americano, Jerome Powell da Reserva Federal dos EUA, garantiu querer analisar a criptomoeda antes de o projeto avançar por ter “muitas preocupações” sobre o projeto do Facebook.

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BCP sobe pela primeira vez nas últimas 12 sessões. Lisboa valoriza quase 2%

A praça lisboeta valorizou quase 2%, impulsionada, sobretudo, pelos ganhos do BCP. As ações do banco recuperaram ao fim de 11 sessões consecutivas a cair.

Lisboa está pintada de verde, com a maioria das cotadas a recuperar as perdas das últimas sessões. E que o diga o BCP, que disparou mais de 2%, depois de 11 sessões consecutivas em queda. Apenas duas cotadas terminaram a sessão desta quinta-feira em queda.

O PSI-20, principal índice bolsista português, valorizou 1,84% para 4.929,04 pontos, com 15 dos 18 títulos no verde. A contribuir para este desempenho estiveram, sobretudo, as ações do BCP. Mas também a Galp impulsionou os ganhos no mercado bolsista português.

Os títulos do BCP avançaram 2,48% para 0,2194 euros, ao fim de 11 sessões consecutivas a cair. Recorde-se que as ações do banco liderado por Miguel Maya têm sido muito castigadas, numa altura em que a banca está sob forte pressão devido à política monetária que insiste na descida dos juros como estratégica para assegurar que a economia da Zona Euro não descarrila.

Títulos do BCP ganham quase 2,5%

No setor energético, destaque para a Galp, que, com a recuperação do preço do petróleo, encerrou a sessão a subir 2,28% para 13,25 euros. As cotações do petróleo estiveram forte pressão nas últimas sessões, tendo o crude ficado perto de quebrar a barreira psicológica dos 50 dólares por barril.

As maiores subidas da sessão foram sentidas, no entanto, na Altri, Mota Engil e Jerónimo Martins, que avançaram, respetivamente, 5,06%, 4,62% e 2,68%.

Lisboa está a acompanhar o sentimento positivo que se vive no resto da Europa. O Stoxx 600 valorizou 1,42%, enquanto o espanhol IBEX somou 1,12% e o alemão DAX avançou 1,32%. Isto numa altura em que as bolsas estão animadas com a taxa de câmbio fixada pelo Banco Popular da China.

“O mais importante para a sessão é que o PBOC (Banco Central da China) fixou a taxa de câmbio do yuan contra o Dólar em torno do nível psicológico de sete yuans por dólar. Isto é uma boa notícia porque o mercado sofreu no início da semana, entre outras coisas, com os receios de uma depreciação do Yuan e o início de uma guerra cambial”, lê-se na nota do research do Bankinter.

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Sonangol recupera controlo do antigo BES Angola

  • Lusa
  • 8 Agosto 2019

Novo conselho de administração vai ser liderado pelo antigo ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca.

A Sonangol recuperou o controlo do Banco Económico, o antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA), e o novo conselho de administração vai ser liderado pelo antigo ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca.

Segundo um comunicado do Banco Económico, a alteração dos órgãos sociais, que decorre da nova estrutura acionista, na qual a Sonangol passa a deter a participação maioritária, foi decidida na Assembleia Geral realizada na quarta-feira, na qual foram igualmente aprovadas as contas de 2018 e o aumento de capital.

Além de Pedro Luís da Fonseca – que foi exonerado do Governo pelo Presidente angolano, João Lourenço, a 24 de julho e substituído por Manuel Neto da Costa -, integram o novo Conselho de Administração, para o período 2019-2022, António Manuel Ramos da Cruz (ex-administrador do Banco Nacional de Angola), como vice-presidente, e João Salvador Quintas, como presidente da Comissão Executiva e vogal.

Também assumem o lugar de vogais Alice Marisa Leão Sopas Pinto da Cruz, Atandel Joshua Dombolo Chicava, Henda N’zinga da Câmara Pires Teixeira, José Alves Nascimento, Arlindo Ngueva Narciso das Chagas Rangel e Jorge Pereira Ramos. Foram igualmente designados Hermínio Escórcio para presidente da Mesa da Assembleia e Inocêncio Francisco Miguel para vice-presidente.

A anterior estrutura acionista era constituída pela Lektron Capital (30,98%), Geni Novas Tecnologias (19,9%), Sonangol EP (16%), Sonangol Vida SA (16%), Novo Banco SA (9,72%) e Sonangol Holding Lda (7,4%).

A Geni e a Lektron Capital beneficiaram de financiamentos do Estado, através da Sonangol, para a aquisição de participações sociais no Banco Económico, antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA), segundo um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com uma nota emitida pela PGR em junho, a Geni, empresa pertencente ao general Leopoldino “Dino” Fragoso do Nascimento, consultor do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, no tempo do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, celebrou um contrato em kwanzas equivalente a 53,2 milhões de dólares (47,1 milhões de euros), dos quais pagou apenas 23,6 milhões de dólares (20,9 milhões de euros), faltando cumprir 29,5 milhões de dólares (26,1 milhões de euros).

Já a Lektron Capital, empresa pertencente a Manuel Domingos Vicente, antigo vice-presidente de Angola e atualmente deputado à Assembleia Nacional, e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, ex-ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, beneficiou do montante de 125 milhões de dólares (110,7 milhões de euros), igualmente para aquisição de ações no antigo BESA).

No mesmo documento, a PGR informou que a empresa Lektron entregou de forma voluntária as participações sociais ao Estado, enquanto a Geni assumiu o compromisso de proceder ao pagamento da dívida. Caso isso não aconteça, será instaurado imediatamente pela PGR “o procedimento cautelar de arresto das referidas participações”.

O antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA) foi renomeado como Banco Económico em 2015, depois da falência da casa-mãe em Portugal, o Banco Espírito Santo (BES). O banco angolano, sediado em Luanda, conta atualmente com 62 balcões e postos, bem como 11 centros de empresa.

Neste momento, correm ainda nos tribunais de Luanda várias ações judiciais interpostas pela comissão liquidatária Banco Espírito Santo (BES), contestando decisões tomadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e pelos acionistas do ex-BESA em assembleia-geral, em 2014, que terão conduzido à perda de participação do BES naquele banco angolano, transformado então Banco Económico.

O BES contesta a ordem para o aumento de capital da instituição financeira em Angola, feito por conversão de parte do respetivo empréstimo interbancário sénior, na altura detido pelo Novo Banco, e seguido de uma redução de capitais próprios dos acionistas por absorção da totalidade dos prejuízos acumulados, bem como de um segundo aumento de capital subscrito por acionistas e outras entidades aceites pelo Banco Nacional de Angola.

Com estas operações, os então acionistas do banco, incluindo o BES, viram as suas participações no BESA “completamente diluídas”, refere um relatório da ‘holding’ portuguesa. Desde então, o BES deixou de ter qualquer participação no BESA, “tendo incorrido na perda integral do valor investido de 273 milhões de euros”, refere o relatório e contas do banco agora em liquidação.

O Banco Espírito Santo perdeu o controlo do BESA em julho de 2014, quando o Estado angolano anunciou a tomada do controlo da instituição financeira e a injeção de um capital de 3.000 milhões de dólares (2.610 milhões de euros), mas acabou por ser declarado insolvente a 14 de outubro de 2014.

Na altura tinha 34 agências e como principais acionistas a Sonangol, com cerca de 35%, a empresa angolana Portmil (24%), o grupo Geni (18,99%) e o português Novo Banco (9,9%).

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Postos de emergência só são ativados com declaração de alerta energético

Entrada em funcionamento dos postos de abastecimento de emergência depende da declaração de alerta energética, que ainda não foi decretada.

A definição dos serviços mínimos não é o único instrumento disponível para fazer face às perturbações motivadas pela greve dos motoristas de matérias perigosas. O Executivo irá ainda declarar situação de crise energética, mecanismo que permitirá colocar em funcionamento a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), bem como uma série de outras medidas que visam minorar impacto da greve.

Se em abril o despacho que determinou o alerta energético foi decretado mais de 24 horas depois do início da paralisação, agora, o Governo não está disponível para esperar para ver. Já se sabe que a REPA entrará em funcionamento às 00h00 do dia 12 de agosto, caso a greve avance, e este é o prazo limite para decretar o alerta energético.

Este alerta resulta de uma resolução de Conselho de Ministros, que deverá ser complementada por um despacho assinado pelos ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética. Com António Costa de férias e com Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, a acompanhar a visita de Estado do Presidente da República à Alemanha, fica adiada a tradicional reunião das quintas-feiras, mas nada impede que a resolução possa ser aprovada por todos os ministros por via eletrónica.

Ao fazê-lo, o Executivo está a alargar os seus poderes para atenuar eventuais perturbações no abastecimento energético e, consequentemente, no normal funcionamento da vida dos portugueses.

Além de ativar a REPA e determinar o abastecimento de combustíveis aos hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos “nas mesmas condições em que o devem assegurar em dias em que não haja greve”, o alerta energético deverá ainda determinar o aumento do “grau de prontidão e resposta operacional” das forças e serviços de segurança e dos agentes de proteção civil. Serão ainda convocados os “trabalhadores dos setores público e privado que estejam habilitados com carta de condução de veículos pesados” com autorização de transporte de materiais perigosas, bem como empresas e trabalhadores “habilitados a apoiar as operações de abastecimento de combustíveis necessárias”.

Ao contrário do que aconteceu em abril, a greve de 12 de agosto não irá apanhar o país desprevenido. Não só o executivo avançou com um reforço dos serviços mínimos, como a generalidade das empresas e dos cidadãos tem procurado antecipar as consequências da greve, nomeadamente acautelando reservas de combustível, dentro do permitido por lei, ou reforçando stocks de materiais e alimentos.

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Número de novas empresas aumenta 10,5% até julho

  • ECO
  • 8 Agosto 2019

Foram constituídas 31.054 novas empresas em Portugal nos sete primeiros meses do ano. Desse total, 20% são dos setores da construção e transportes.

O número de empresas criadas aumentou 10,5% nos primeiros sete meses face a igual período de 2018, pertencendo 20% das 31.054 novas sociedades aos setores da construção e transportes, revela esta quinta-feira a Informa D&B.

“Os setores da construção e dos transportes mantêm a grande dinâmica que apresentam há vários meses”, constata o barómetro Informa D&B, salientando que “desde o início de 2019 estes dois setores, no seu conjunto, são responsáveis pelo nascimento de um quinto de todas as empresas em Portugal, o que representa três quartos do total do crescimento das novas empresas face a 2018”.

De janeiro a julho, nasceram no setor dos transportes mais do dobro de empresas que nos primeiros sete meses de 2018 (2.474 empresas, mais 112%), destacando-se o contributo do ‘transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’.

Já a construção, refere a Informa D&B, registou um reforço da tendência de 2018, com o setor a registar um aumento de 31,9% de novas empresas face ao período homólogo, num crescimento transversal a todos os subsetores.

Em sentido inverso, o setor das atividades imobiliárias foi o único com menos nascimentos de empresas do que no mesmo período de 2018, com uma descida de 6,0%.

Quanto aos dois setores com maior número absoluto de empresas – serviços empresariais e serviços gerais – registam crescimentos de 5,4% e 2,2%, respetivamente.

Estas evoluções acontecem depois de em 2018 ter sido batido o recorde de nascimento de empresas em Portugal, de acordo com a análise do barómetro Informa D&B.

No que se refere aos encerramentos de empresas, desceram 8,7% em termos homólogos até final de julho, para um total de 8.732 unidades fechadas, tendo sobretudo contribuído para este recuo os setores da construção, grossista e retalho, que representaram mais de dois terços do total da descida.

Em quebra estiveram também as insolvências de empresas, com menos 8,9% de insolvências registadas até final de maio, num total de 353, mantendo-se a tendência de descida verificada nos últimos anos, embora a um ritmo menos intenso.

Os setores da indústria, agricultura e outros recursos naturais e transportes foram os únicos a registar mais insolvências do que no mesmo período de 2018, enquanto a indústria foi o setor com mais empresas com novos processos de insolvência, passando de 300 em 2018 para 353 em 2019.

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Câmara de Mafra limita abastecimento de combustível a 25 litros

  • ECO
  • 8 Agosto 2019

Câmara de Mafra decretou o estado de alerta e decidiu impor limites ao abastecimento de combustível no município, medida que entrou em vigor às 17h00 de quarta-feira.

A Câmara de Mafra decretou o estado de alerta e decidiu impor limites ao abastecimento de combustível no município. A medida entrou em vigor a partir das 17h00 de quarta-feira, avança o Observador, dando conta de que cada viatura ligeira só pode ser abastecida com 25 litros de gasolina ou gasóleo. Já os pesados estão limitados a 100 litros de gasolina ou gasóleo simples e ainda 100 litros de gasóleo agrícola.

A informação consta do site oficial da Câmara Municipal de Mafra. A autarquia, em conjunto com a proteção civil municipal, apela à população que “proceda ao consumo moderado de combustível” e evite “atividades que exijam consumo de combustíveis fosseis que não sejam essenciais”.

Para além desse limite de abastecimento aos veículos, também foi proibida a venda de combustível em jerricãs.

“Esta imposição mantém-se até nova comunicação da CM de Mafra ou até novo despacho nacional emitido pelas entidades reguladoras”, dá ainda conta o mesmo comunicado.

Essas restrições de abastecimento foram impostas a cinco dias de distância da data prevista para o início da greve dos motoristas de veículos de matérias perigosas, a 12 de agosto, e numa altura em que as filas para abastecer nas gasolineiras já se estão a formar e em que já há postos com rutura de combustível ou perto de atingirem essa situação.

Em declarações à RTP 3, Aldevina Rodrigues, vereadora da Câmara Municipal de Mafra, disse que a intenção é “manter ao máximo a normalidade no quotidiano” de quem reside, trabalha ou visita o concelho. “É uma medida para evitar qualquer tipo de alarme. Temos 21 postos de abastecimento no concelho de Mafra e certamente que a nossa população ficará mais tranquila”, referiu.

“Rapidamente nos apercebemos de que o combustível iria esgotar se não fosse tomada nenhuma medida, pondo em causa o regular funcionamento da vida dos munícipes do concelho de Mafra”, reiterou a autarca.

(Notícia atualizada às 17h34 com mais informações)

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Wall Street em alta animado por dados da China

Os principais índices bolsistas dos EUA estão em alta pelo segundo dia, perante o alívio dos receios dos investidores face à guerra comercial e por dados do comércio chinês melhores que o esperado.

As ações norte-americanas estão no verde pela segunda sessão consecutiva. Os principais índices bolsistas seguem animados por dados sobre o comércio chinês acima do esperado. Mas também pela recuperação do valor do yuan, o que alivia os receios dos investidores face à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e a uma recessão económica.

O S&P 500 soma 0,56%, para os 2.900,01 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq aceleram 0,45% e 0,74%, respetivamente, para os 26.124,86 e 7.920,9 pontos.

O yuan ganhou algum fôlego depois de o Banco Popular da China ter definido um valor médio mais firme face ao que era esperado pelo mercado, o que está a ser interpretado como uma intenção de estabilizar o declínio da moeda chinesa. As exportações da China também registaram um aumento que surpreendeu, enquanto as importações caíram menos do que o previsto.

É muito reconfortante [os dados] para os investidores, porque isto mostra que as economias do mundo não se estão a degradar rapidamente“, disse Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners, citado pela Reuters.

Um alívio de sentimento que se segue a um período em que a queda do yuan foi percecionada como a retaliação da China à mais recente ameaça do Presidente Donald Trump de impor uma nova ronda de tarifas sobre as importações chinesas.

A recuperação das yields da dívida soberana dos EUA também é um sinal do alívio do nervosismo dos investidores, enquanto as cotações do petróleo recuperam de um tombo em torno de 5% na sessão anterior e do alívio das cotações do ouro que voltam a negociar abaixo dos 1.500 dólares por onça.

Na negociação bolsista norte-americano, destaque positivo para o rumo de cotadas do setor tecnológico. Os títulos da Symantec disparam 10%, depois de fontes terem avançado que a Broadcom estava em avançadas negociações com vista a adquirir a empresa de cibersegurança.

No mesmo sentido, referência ainda para a AMD, cujas ações avançam também 10% depois de a empresa ter revelado a segunda geração de chips para os seus processadores para bases de dados e ter afirmado que tinha como clientes ao Google e o Twitter.

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Associados da Antram demarcam-se de providência cautelar que pede ilegalidade da greve

Providência interposta por cinco empresas de transporte não encontra apoio nos associados da Antram. Questionada sobre desconforto de associados, Antram também se demarca da mesma.

Os associados da Antram não se reveem na opção tomada por cinco transportadoras que esta quarta-feira deram entrada com uma providência cautelar a solicitar a ilegalidade do pré-aviso de greve dos motoristas para 12 de agosto. Apesar de esta providência ter sido apresentada por cinco empresas de transporte, as transportadoras representadas pela Antram estão longe de concordar com a decisão, apurou o ECO.

Na providência cautelar que deu entrada no Tribunal do Trabalho de Lisboa, é solicitada a ilegalidade do pré-aviso de greve e dos fundamentos do pré-aviso por se considerar que há um abuso do direito à greve e da boa-fé, já que estava em curso um processo negocial, e que está em causa o princípio da proporcionalidade. Mas esta visão do caso não é apoiada pelos associados da Antram, nem pela própria associação.

Questionada sobre o desconforto de alguns associados em relação esta providência cautelar — interposta pela Transportes Paulo Duarte, Atlantic Cargo, J Barroso, Alves Bandeira, Transfrota e Tiel”, segundo Pardal Henriques avançou ao Expressoa associação que representa as empresas de transporte rodoviário de mercadorias também se demarcou da mesma, salientando ao ECO que “respeita o direito à greve e não colocará em causa” esse mesmo direito.

Em concreto sobre a decisão de algumas empresas em avançar para tribunal, André Matias de Almeida, advogado da Antram, referiu que a associação “não é nem será parte ativa naquilo que particulares entendam fazer para defender os seus direitos. São questões do Estado de direito e a Antram não se envolve neste tipo de providências”, sublinhou.

O prazo legal máximo para a decisão sobre a providência cautelar é de dez dias, pelo que poderá haver uma decisão quando já estiver a greve em curso, que arranca no dia 12 de agosto (segunda-feira) por tempo indeterminado.

Ainda a propósito desta providência cautelar, o Jornal Económico escreve esta quinta-feira que o advogado responsável pela interposição admitiu ter o Grupo Barraqueiro” como cliente.

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Iberdrola estreia-se na energia solar em Portugal

  • ECO e Lusa
  • 8 Agosto 2019

A implementação do projeto está prevista para o período 2021-2023 e vai proporcionar energia limpa a 440 mil casas portuguesas, avança a elétrica espanhola.

A Iberdrola vai entrar na energia solar fotovoltaica em Portugal, com a adjudicação de 149 megawatts (MW), “o que representa a entrada da empresa no desenvolvimento deste tipo de tecnologia nacional“, anunciou a empresa espanhola esta quarta-feira. Em comunicado, a elétrica acrescentou que “esta capacidade está distribuída em duas regiões, Algarve e Vale do Tejo, de acordo com o resultado do leilão público”.

“Estes novos projetos destacam o compromisso da Iberdrola com a energia renovável e para continuar a contribuir para a transição para uma Europa descarbonizada”, refere o presidente da empresa, Ignacio Galán, citado no comunicado. “Neste sentido, a Iberdrola reafirma, mais uma vez, o seu forte comprometimento com a transição para uma economia de baixo carbono, consolidando o seu papel fundamental no mercado elétrico nacional”, acrescenta.

“A empresa é líder no setor comercial de grandes consumidores, com quase 33% do mercado e possui uma carteira de 300.000 clientes, entre a eletricidade e gás natural”, afirma a Iberdrola, acrescentando que a implementação do projeto está prevista para o período 2021-2023, significará um aumento de 6% do total de energia elétrica instalada no país e proporcionará energia limpa a 440 mil casas portuguesas.

O grupo lidera também o projeto do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, que envolve a construção de três novas centrais (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), com uma potência total de 1.158 MW e um investimento de mais de 1.500 milhões de euros. Atualmente, a Iberdrola detém “a terceira maior participação em número de clientes de eletricidade no país (5,4%) e a segunda maior em consumo (17,4%)”, refere.

Solaria também entra no mercado português

Também a Solaria anunciou a sua entrada no mercado português com a adjudicação de 49 MW. Segundo o Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol), esta energia será fornecida a partir de quarto projetos situados na região do Alentejo. Ao todo, a produção estimada é de 100 GWh por ano, o equivalente ao consumo de 30.000 residências.

“Tenho o prazer de anunciar a nossa entrada no mercado português através desta adjudicação. Estes 49MW são mais um marco no caminho para cumprir o nosso plano estratégico e serão a base para continuar a aumentar a nossa presença em Portugal”, afirmou o presidente da Solaria, Enrique Díaz-Tejeiro.

 

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Tranquilidade devolve aos bombeiros em donativos ou formação

  • ECO Seguros
  • 8 Agosto 2019

Os bombeiros passam a poder recuperar os resultados dos seguros obrigatórios e dos essenciais ao seu trabalho subscritos na seguradora da Unidas.

Inserida na sua estratégia de responsabilidade social, a Tranquilidade lançou uma solução de seguros dirigida às corporações e associações de bombeiros, que propõe a recuperação dos resultados dos respetivos contratos sob a forma de donativo ou do pagamento de ações de formação adequadas à atividade.

A solução de seguros é aberta a todas as instituições de bombeiros, sejam profissionais ou voluntárias, e inclui os seguros obrigatórios e os essenciais ao desenvolvimento da atividade dos bombeiros, como acidentes pessoais, acidentes de trabalho, auto-frota, multirrisco empresarial e responsabilidade civil.

Na sua estratégia de responsabilidade social, Tranquilidade tem como uma das áreas prioritárias a prevenção, que é um tema chave na redução dos fogos rurais. Neste âmbito, a Tranquilidade associou-se também à campanha “Portugal Chama”, ajudando a divulgar as mensagens de mobilização de todos os portugueses na luta contra os incêndios.

A Tranquilidade pertence à Seguradoras Unidas, grupo que detém as marcas Tranquilidade, Açoreana e LOGO e foi recentemente adquirida pela Generali. Tem oferta de produtos e serviços para clientes particulares e empresas, e conta com uma rede de distribuição de mais de 2 mil pontos de venda através de 80 Corretores, 1600 Agentes multimarca e 400 Agentes exclusivos.

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CGTP critica serviços mínimos decretados pelo Governo. Põem em causa “direito que é conquista do 25 de Abril”

  • Lusa
  • 8 Agosto 2019

A CGTP considera que o Governo tem feito uma "intensa campanha para atacar e limitar o direito do exercício de greve", devido aos serviços mínimos na greve dos motoristas e, antes, na dos enfermeiros.

A CGTP-IN anunciou esta quinta-feira que discorda do despacho do Governo sobre os serviços mínimos para a greve de motoristas, considerando que este põe em causa “um direito que é conquista do 25 de Abril”. Num comunicado, a central sindical considerou que “o Governo do PS, que nas questões do trabalho e dos trabalhadores converge com o PSD e o CDS e conta sempre com o apoio dos patrões e da UGT”, decretou serviços mínimos “que, na prática, são máximos”.

A CGTP vai mais longe e afirma que, tanto a greve de enfermeiros, no início do ano, e mais recentemente a greve de motoristas de matérias perigosas “alimentaram uma intensa campanha para atacar e limitar o direito do exercício de greve”.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, não se juntou a esta greve com início marcado para segunda-feira, tendo prosseguido as negociações do acordo coletivo de trabalho com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).

O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na segunda-feira por tempo indeterminado, depois das propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluíam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

Também na quarta-feira, o Governo decretou, preventivamente, estado de emergência energética, no âmbito do pré-aviso de greve, permitindo a constituição da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

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BCE pede reformas para suster subida de gastos com pensões

  • Lusa
  • 8 Agosto 2019

O Banco Central Europeu alertou que os gastos em pensões estão em máximos históricos em vários países e que, caso não sejam adotadas reformas, continuarão a crescer.

O Banco Central Europeu (BCE) afirmou que os gastos em pensões, a parte mais elevada dos gastos sociais, estão em máximos históricos em vários países e advertiu que os mesmos continuarão a crescer se não forem adotadas reformas. No boletim económico publicado esta quinta-feira, o BCE afirma que “as pensões representam a maior carga para os Governos”.

“O impacto máximo do envelhecimento vai ocorrer quando a geração do baby boom se reformar, ou seja, em torno do ano 2040 nalguns países da zona euro, mas mais tarde noutros”, adianta o BCE no boletim.

Os compromissos acumulados até à data da Segurança Social situam-se em mais de 200% do Produto Interno Bruto (PIB) na maioria dos países, referem cálculos recentes. O BCE adianta que “se espera que o envelhecimento conduza a um aumento de gastos com a saúde e a uma diminuição da oferta de trabalho, do crescimento e da inovação”.

Na maioria dos países da zona euro, os sistemas públicos de pensões têm grande relevância, enquanto na Holanda e, em menor medida, na Irlanda o sistema privado representa um importante pilar. “Os países deviam procurar políticas e reformas que garantam a sustentabilidade do gasto social, especialmente tendo em conta o envelhecimento da população e a possibilidade de se produzirem perturbações económicas negativas”, recomenda o BCE.

Os gastos sociais têm crescido de forma continuada desde 2001, tanto em termos nominais como percentuais do gasto público total, ainda que em percentagem do PIB tenha mostrado uma certa volatilidade durante o período da crise. Em 2017, o gasto social na zona euro foi em média cerca de 70% do gasto público total e 31% do PIB, ou 3,5 biliões de euros, segundo o BCE.

A proteção social é a componente mais importante do gasto público nos países da zona euro e, em média, representa 42% do gasto público total e cerca de 20% do PIB. Existem claras diferenças entre países europeus quanto ao nível de proteção social, que supõe uma terceira parte do gasto público total em Malta e na Letónia, e aproximadamente a metade na Finlândia e na Alemanha.

Em todos os países, a principal componente dos gastos sociais é o das pensões, que equivale em média a 12,4% do PIB. Às pensões seguem-se os gastos sociais com doença e invalidez, família e filhos, desemprego e habitação social. “Apesar das reformas dos sistemas de pensões realizadas em muitos países da zona euro, as pensões representam a maior carga para os Governos”, conclui o BCE.

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