Portugal recebeu 22,8 milhões de turistas no ano passado. Turismo cresce, mas menos

Em 2018, Portugal recebeu quase 23 milhões de turistas, mais 7,5% do que no ano anterior. Ainda assim, o crescimento foi menor do que o registado em 2017.

Quase 23 milhões de turistas passearam pelas ruas portuguesas no ano passado. Um número que aumentou 7,5% comparativamente a 2017, mas que revela um certo abrandamento. Sem grande surpresa, os turistas espanhóis foram, mais uma vez, os que mais visitaram Portugal.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), Portugal recebeu 22,8 milhões de turistas em 2018, o que revela um avanço de 7,5% face ao ano anterior. Ainda assim, o crescimento não foi tão acentuado quanto o verificado em 2017, ano em que o número de hóspedes aumentou 8,9%.

Contudo, regra geral, os números aumentaram. A hotelaria, o alojamento local e o turismo rural — que em julho de 2018 contavam com um total de 6.868 estabelecimentos de alojamento em atividade, com uma capacidade de 423,4 mil camas — registaram 67,7 milhões de dormidas em 2018, o que se traduz num ligeiro aumento de 3,1%. Isto quando, em 2017, o número de dormidas subiu 10,8%.

Ainda assim, os turistas ficaram menos tempo por cá, com a estada média a cair 2,0% relativamente ao ano anterior. Em 2018, a estada média dos turistas em Portugal foi de 2,7 noites. Mas, na evolução das dormidas, há regiões que se destacam. O Norte e o Alentejo registaram os maiores crescimentos, de 8,5% e 7,6%, respetivamente. Já o Algarve — com 30,2% das dormidas totais — e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) — com 25,9% –mantiveram-se como os principais destinos.

Os proveitos totais na hotelaria avançaram 7,4%, situando-se nos 3,6 mil milhões de euros, enquanto os de aposento cresceram 8,1%, para 2,6 mil milhões de euros. Ainda assim, evoluções inferiores às registadas em 2017 (17,7 e 19,6%, respetivamente). O rendimento por quarto ocupado na hotelaria situou-se em 88,9 euros, enquanto o rendimento por quarto disponível foi 53,8 euros.

Mais espanhóis, mas britânicos continuam a liderar as dormidas

Entre o total de turistas, os estrangeiros continuam a ser os que mais ficam a dormir no país. Em 2018, representaram 70,6% das dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico. O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor (19,5% do total das dormidas de não residentes), tendo, contudo, registado um decréscimo de 5,3% em 2018.

Por outro lado, os irlandeses e os italianos são os estrangeiros que menos marcam alojamento em estabelecimentos portugueses. Em 2018, representaram apenas 3,4%, cada um deles, nas dormidas registadas em Portugal.

Quanto à nacionalidade dos turistas que mais entram no país, Espanha manteve-se, como já é hábito, o principal mercado emissor de turistas internacionais. Com uma quota de 25,4%, o número de turistas espanhóis em Portugal aumentou 8,9% em 2018 e contribuiu com cerca de 30% para o acréscimo total no número de visitantes no país.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h30)

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Estados Unidos confirmam saída de tratado de desarmamento nuclear com a Rússia

  • Lusa
  • 2 Agosto 2019

Os Estados Unidos acusam a Rússia de violar o pacto bilateral. Em reação à saída dos EUA deste tratado, a NATO diz que a “Rússia é a única responsável”.

Os EUA confirmaram esta sexta-feira a sua saída oficial do Tratado de Armas Nucleares de Médio Alcance (INF, na sigla em inglês), acusando a Rússia de violar este pacto bilateral e de ser “a única responsável” pelo seu “fracasso”.

“A saída dos Estados Unidos, em conformidade com o artigo XV do tratado, entra em vigor hoje porque a Rússia não voltou a respeitar de forma total e verificável” o pacto, disse num comunicado o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, a partir de Banguecoque, onde participa em reuniões regionais.

Também esta sexta-feira, a Rússia anunciou o fim do INF, culpando os Estados Unidos pelo fracasso do pacto. “A 2 de agosto de 2019, por iniciativa norte-americana, termina a validade do tratado assinado no dia 8 de dezembro de 1987 em Washington pela União Soviética e pelos Estados Unidos sobre o fim dos mísseis de médio alcance”, referiu num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Anteriormente, a Rússia revelou que propôs aos Estados Unidos uma moratória sobre o fim do tratado. Washington havia suspendido a sua participação no pacto no início de fevereiro, acusando a Rússia de fabricar mísseis não permitidos.

A suspensão abriu um período de transição de seis meses que leva à retirada total dos Estados Unidos esta sexta-feira e, portanto, à morte do tratado. O secretário de Estado dos Estados Unidos acrescentou que as autoridades russas não agarraram, nos últimos seis meses, a sua “última oportunidade” de salvar o acordo.

Diversas conversações mantidas entre os dois poderes rivais desde fevereiro não tiveram sucesso. “Os Estados Unidos levantaram as suas preocupações com a Rússia desde 2013”, lembrou Mike Pompeo, que se orgulha do “total apoio” dos países membros da NATO. Entretanto, Moscovo “sistematicamente rejeitou por seis anos os esforços dos EUA para que a Rússia respeitasse novamente” o texto, acrescentou Pompeo.

Assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov, então Presidentes dos Estados Unidos e da antiga União Soviética, respetivamente, o tratado INF aboliu o recurso a um conjunto de mísseis de alcance (intermédio) entre os 500 e os 5 mil quilómetros e pôs fim à crise desencadeada na década de 1980 com a instalação dos SS-20 soviéticos, visando capitais ocidentais.

Em finais de outubro de 2018, o Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou a Rússia de não respeitar os termos do tratado e ameaçou então sair deste acordo histórico. O fim do Tratado INF provavelmente abrirá uma nova corrida ao armamento.

NATO culpa Rússia pelo fim do tratado

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) declarou esta sexta-feira o “desaparecimento” do tratado de desarmamento nuclear (INF), que visava prevenir corrida ao armamento, afirmando que a “Rússia é a única responsável” e prometendo resposta aos mísseis russos.

“A Rússia continua a violar o tratado INF, apesar de anos de envolvimento dos Estados Unidos e dos aliados, incluindo a oportunidade final dada para, em seis meses, cumprirem as suas obrigações” previstas no acordo, refere o Conselho do Atlântico Norte em comunicado de imprensa divulgado em Bruxelas, cidade que acolhe a sede da NATO.

Para a organização, “a Rússia é a única responsável pelo desaparecimento do tratado” por não ter destruído o novo sistema de mísseis. Por isso, garante, “a NATO responderá de forma ponderada e responsável aos riscos significativos representados pelo míssil russo 9M729 para a segurança aliada”. A Rússia tinha até esta sexta-feira para destruir os mísseis.

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Portugal regista maior queda nas vendas a retalho. Contraria Europa

  • Lusa
  • 2 Agosto 2019

Portugal teve a maior queda nas vendas a retalho, entre os Estados-membros, no mês de julho. Na UE as vendas a retalho cresceram 1,2%, contrariamente a Portugal que registou uma redução de 0,9%.

Portugal contrariou, em junho, a tendência de subida mensal registada nas vendas a retalho na União Europeia (UE) e na zona euro e teve a maior queda entre os Estados-membros, divulgou esta sexta-feira o gabinete de estatísticas comunitário.

De acordo com dados divulgados pelo Eurostat, o volume de vendas a retalho cresceu 1,2% na UE e 1,1% na zona euro em junho relativamente ao mês anterior, variação também verificada na comparação homóloga, na qual o índice (ajustado com efeitos de calendário) das vendas a retalho aumentou 2,8% na UE e 2,6% na zona euro.

Em termos mensais, Portugal liderou a lista dos Estados-membros com maior queda neste indicador (-0,9%), seguido pela Irlanda (-0,8%) e pela Eslovénia (-0,5%).

Em sentido inverso, os maiores aumentos mensais registaram-se na Croácia (+6,8%), na Alemanha (+3,5%) e na Polónia (+2,8%).

Já em termos homólogos, relativamente a junho de 2018, a maior diminuição nas vendas a retalho teve lugar na Eslováquia (-0,4), enquanto os maiores acréscimos aconteceram na Croácia (+ 7,4%), na Lituânia e na Roménia (+ 5,7% cada) e em Malta (+ 5,6%).

Face ao mesmo mês do ano passado, Portugal teve uma subida de 4,6% nas vendas a retalho.

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Brexit sem acordo é um “choque instantâneo” na economia

  • Lusa
  • 2 Agosto 2019

O governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, alertou que um Brexit sem acordo a 31 de outubro resultaria num "choque instantâneo" à economia do Reino Unido.

O governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, afirmou esta sexta-feira que um Brexit sem acordo a 31 de outubro resultaria num “choque instantâneo” à economia do Reino Unido.

“Sem um acordo, o choque para a economia é instantâneo”, disse Carney hoje, entrevistado pela rádio BBC Radio 4.

O responsável pela política monetária justificou que “as implicações económicas de uma saída sem acordo são que as regras do jogo para exportar para a Europa ou importar da Europa vão mudar completamente e algumas indústrias muito grandes neste país, que são altamente lucrativas, vão deixar de ser lucrativas”.

As declarações são feitas um dia após a publicação das previsões de crescimento para 2019 e 2020, que foram revistas em baixa, para 1,3%, quando antes previam 1,5% e 1,6%, respetivamente.

O relatório trimestral sobre a inflação atribuiu esta decisão às incertezas do Brexit e ao abrandamento da economia mundial.

“Estes fatores devem continuar a pesar no crescimento a curto prazo e de forma mais acentuada do que tinha sido antecipado em maio”, referiram os membros do comité de política monetária do banco central, que, por unanimidade, decidiram deixar a principal taxa de juro da instituição em 0,75%. Para 2021, é apontado um crescimento de 2,3%.

O Banco de Inglaterra estima que um ‘Brexit’ sem acordo levará a uma desvalorização da libra, um aumento da inflação e uma desaceleração da economia britânica.

A saída britânica da União Europeia (Brexit) está prevista para 31 de outubro e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem reafirmado que o Reino Unido vai sair naquela data, com ou sem acordo.

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EDP já tem cinco propostas para a compra de ativos

  • ECO
  • 2 Agosto 2019

A Iberdrola, a Engie e a Endesa são três das muitas empresas interessadas em adquirir os ativos de energia hidroelétrica que a EDP está a vender. Um negócio de dois mil milhões de euros.

A EDP recebeu, pelo menos, cinco propostas não vinculativas para a aquisição de ativos de energia hidroelétrica que a empresa está a vender. O prazo terminou na quarta-feira e, além da Iberdrola e da Endesa que foram conhecidas logo no dia seguinte, também a Engie — com quem a EDP criou recentemente uma joint-venture — e os fundos de investimento Ardian e Brookfield terão formalizado o interesse, segundo o Cinco Días.

António Mexia, afirmou que a venda das barragens estava a gerar um “forte interesse do mercado”. Um negócio que deverá permitir em encaixe de dois mil milhões de euros à empresa liderada por António Mexia.

Como já tinha anunciado, a EDP vai realizar vários processos de venda de ativos de forma a encaixar seis mil milhões de euros. O objetivo é financiar futuros projetos renováveis, incluindo um portfólio de ativos (redes e hidráulica) na Península Ibérica, e a maioria deles em Portugal.

Entre as empresas e fundos que receberam a documentação, estavam a Repsol, a Iberdrola, a Naturgy, a Endesa, a Engie e a Brookfield, os fundos do Macquarie (através a espanhola, a Viesgo) e a alemã Aquila Capital. Tal como a Iberdrola, a Repsol descartou desde o início fazer qualquer oferta, apesar de ter recebido o convite dos bancos contratados pela EDP (Morgan Stanley e UBS).

O presidente executivo da Endesa, disse ainda esta semana que para além do interesse em adquirir os ativos da EDP, a empresa está interessada em todas as oportunidades que surjam para crescer no mercado ibérico.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 2 Agosto 2019

EDP recebeu cinco propostas para a aquisição de ativos de energia que a empresa está a vender. Do outro lado do mudo, a Apple suspende gravações da Siri por problemas de privacidade.

A EDP recebeu, pelo menos, cinco propostas não vinculativas para a aquisição de ativos de energia hidroelétrica que a empresa está a vender. Já são várias as empresas interessadas em adquirir os ativos. Do outro lado do mundo, a Apple suspendeu o sistema que permite à assistente de voz Siri gravar e analisar conversas devido a problemas de privacidade. Já a Coreia do Norte parece não dar tréguas e volta a disparar mísseis pela terceira vez, no espaço de uma semana.

Cinco Días

Cinco propostas de compra de ativos entregues à EDP

A EDP recebeu, pelo menos, cinco propostas não vinculativas para a aquisição de ativos de energia hidroelétrica que a empresa está a vender. O prazo terminou na quarta-feira e, além da Iberdrola e da Endesa que foram conhecidas logo no dia seguinte, também a Engie — com quem a EDP criou recentemente uma joint-venture — e os fundos de investimento Ardian e Brookfield terão formalizado o interesse. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre / conteúdo em espanhol).

Reuters

Boeing vai trocar software do 737 MAX para resolver falha

A Boeing vai trocar o software do sistema de controle dos aviões 737 MAX para resolver falha descoberta. O chefe executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse aos analistas que estava confiante que o 737 MAX voltaria a operar em outubro, depois de um voo de certificação em setembro. Depois dos dois acidentes fatais que envolveram os Boeing 737 Max, estes modelos estão proibidos de voar em quase todos os países do mundo. Leia a notícia completa no Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

TechCrunch

Apple suspende gravações da Siri por problemas de privacidade

A Apple suspendeu o sistema que permite à assistente de voz Siri gravar e analisar conversas (que era aplicado com o objetivo de melhorar o serviço) devido a preocupações com privacidade. A notícia avançada pelo TechCruch segue-se a uma investigação do The Guardian, que revelou que a Apple ouve e grava conversas privadas incluindo informação médica ou financeira. “Estamos empenhados em criar uma ótima experiência com a Siri, enquanto protegemos os dados de privacidade”, afirmou a dona do iPhone, em comunicado. “Enquanto estamos a fazer a revisão, suspendemos o sistema de avaliação da Siri em todo o mundo”. Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre / conteúdo em inglês).

BBC

Coreia do Norte volta a disparar mísseis pela terceira vez

A Coreia do Norte disparou, esta sexta-feira, projéteis não identificados de curto alcance. Depois do anterior disparo de mísseis, os dirigentes de Pyongyang tinham argumentado que se tratava de um aviso à Coreia do Sul a propósito de manobras militares comuns com os EUA. Esta foi a terceira série de disparos de mísseis por parte da Coreia do Norte no espaço de uma semana. O Reino Unido, a França e a Alemanha já pediram à Coreia do Norte uma conversa com os EUA. Leia a notícia completa na BBC (acesso livre / conteúdo em inglês).

The New York Times

Toyota reduz previsões de lucros. Culpa é do iene

A Toyota até aumentou os lucros no último trimestre, fruto do aumento de 3,6% nas vendas de veículos, num total de 2,71 milhões de automóveis. No entanto, anunciou uma em baixa as suas previsões de lucro anual em quase 6%, tudo por causa do desempenho da moeda japonesa. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Impasse mantém-se e há terceira votação para escolher candidato europeu ao FMI. Finlandês Olli Rehn também desiste

Os ministros da UE não conseguiram escolher um candidato ao FMI nas duas primeiras rondas. Olli Rehn também desistiu. A ronda final será entre Kristalina Georgieva e Jeroen Dijsselbloem.

Os ministros das Finanças da União Europeia começaram a votar esta manhã para escolher o candidato europeu ao cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o impasse mantém-se e nenhum candidato conseguiu ser eleito nas duas primeiras rondas de votações. O voto, proposto pelo ministro das Finanças francês, terá de ir a uma terceira ronda, já sem a espanhola Nadia Calviño e o finlandês Olli Rehn, que desistiram após o final de cada ronda.

“A União Europeia está prestes a votar no candidato da Europa para diretor-geral do FMI. É um desafio excecionalmente significativo e motivante. No entanto, retira o meu nome de consideração nesta altura, para que consigamos um consenso alargado sobre o candidato europeu, e apoio a nível mundial”, disse o responsável no Twitter.

Depois de não conseguir chegar a um consenso nas negociações entre os governos europeus, Bruno Le Maire propôs uma votação esta sexta-feira para acelerar o processo, com as rondas que fossem necessárias para conseguir escolher um candidato europeu. E a votação vai mesmo para uma terceira votação, já que nenhum dos quatro candidatos conseguiu a maioria qualificada — 16 Estados-membros que representem pelo menos 65% da população da União Europeia — necessária para serem eleitos.

Os ministros aceitaram esta quinta-feira de manhã que a escolha fosse feita por votação, mas não sem as reservas expressas de alguns países. O ministro das Finanças e vice-chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, é um dos ministros céticos da forma de escolha proposta por Bruno Le Maire. O representante do Reino Unido criticou a decisão e disse que seria melhor demorar mais tempo e encontrar um candidato por consenso do que se apressar o processo.

De acordo com o Ministério das Finanças, o ministro Bruno Le Maire lançou a votação pouco antes das 09h00 e a votos estão apenas dois candidatos: a búlgara Kristalina Georgieva e o holandês Jeroen Dijsselbloem

Mário Centeno também estava na disputa, mas decidiu na tarde de quinta-feira retirar o seu nome do processo de votação, não se retirando, no entanto, por completo da corrida

(Artigo atualizado às 14:19 com informação sobre a terceira ronda de votações e a desistência de Olli Rehn)

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Estátuas do Bacalhôa Buddha Eden e outras mil obras de Berardo na mira da Justiça

  • ECO
  • 2 Agosto 2019

O Tribunal quer colocar obras que não estão abrangidas pelo acordo entre o empresário madeirense e o Governo também sob proteção do Estado.

O total de obras de arte de Joe Berardo que o Tribunal quer colocar sob proteção estatal supera as 2.100, apesar de o acordo com o empresário madeirense e o Estado abranger apenas 862. Entre as restantes 1.200 obras da Associação Coleção Berardo (ACB) estão esculturas do jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral, segundo noticia o Jornal Económico (acesso pago).

Após o arresto levado a cabo esta semana no seguimento do processo judicial interposto pela Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo banco para recuperar uma dívida de 962 milhões de euros, o Tribunal teme o “risco de descaminho”, ou seja, subtração ao poder público a que está sujeito, o que é um crime punido com pena de prisão até cinco anos.

A Justiça já desencadeou diligências para localizar o seu paradeiro e garantir que permanecem em território nacional através do arresto decretado pelo tribunal judicial da comarca de Lisboa no início desta semana”, revelou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo.

As obras, principalmente quadros, que ainda não foram encontradas estarão distribuídas por escritórios e empresas da esfera de Berardo. “A ACB nunca dissipou nem pretendeu praticar algum ato de disposição das suas obras de arte que fosse ilegal“, afirmou fonte próxima de Berardo. Acrescentou que o arresto decretado pelo tribunal “não tem qualquer fundamento, pois nunca existiria risco de dissipação de bens”.

Esta semana, agentes de execução estiveram no museu para fotografarem e inventariarem as 862 obras e depois proceder ao auto do arresto. O protocolo foi negociado entre o Estado e Berardo para a criação do museu em seu nome no Centro Cultural de Belém (CCB), em 2006, que cedia gratuitamente, por dez anos, as 862 obras – avaliadas, na altura, em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s.

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Boris Johnson perde deputado na primeira derrota eleitoral

  • Lusa
  • 2 Agosto 2019

O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sofreu a primeira derrota eleitoral e perdeu um deputado, reduzindo a maioria parlamentar dos Conservadores a um voto.

O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sofreu a primeira derrota eleitoral na intercalar de quinta-feira e perdeu um deputado, reduzindo a maioria parlamentar dos Conservadores a um voto, foi anunciado esta sexta-feira.

De acordo com os resultados oficiais do círculo eleitoral de Brecon e Radnorshire, no País de Gales (oeste), a candidata liberal-democrata e pró-UE Jane Dodd derrotou, na quinta-feira, o conservador Chris Davies por 13.826 votos contra 12.401.

Em Brecon e Radnorshire, 52% dos eleitores votaram a favor do ‘Brexit’ no referendo de 2016, apenas um ponto percentual a menos que no conjunto do País de Gales.

Este resultado torna mais difícil para o Governo de Jonhson aprovar leis e vencer votações no Parlamento, quando um novo debate sobre o ‘Brexit’ [saída do Reino Unido da UE] está previsto para acontecer em menos de três meses.

Recentemente, a maioria parlamentar dos Conservadores tinha ficado reduzida a dois deputados devido à exclusão do deputado Charlie Elphicke por alegado assédio sexual, o que poderá ser crucial não só no processo do ‘Brexit’, mas também se o Governo enfrentar uma moção de censura, como ameaçou o partido Trabalhista.

Boris Johnson afirmou já que o Reino Unido sairá da UE em 31 de outubro, com ou sem acordo. No passado, o Parlamento britânico rejeitou no passado um Brexit sem acordo, o que se poderá repetir na próxima votação no outono.

A eleição também foi um teste à popularidade de Boris Johnson, em funções há apenas uma semana. Uma sondagem publicada pelo jornal The Times indicava que o novo primeiro-ministro estava já a atrair eleitores para o partido Conservador.

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Bolsa de Lisboa já cai 2%. Petróleo leva Galp a afundar quase 5%

Praças europeias estão sob forte pressão, sendo que Lisboa não escapa. Em Lisboa, a Galp Energia e as cotadas mais expostas ao exterior, como as papeleiras, destacam-se pela negativa.

Donald Trump está a pesar nos mercados europeus. As novas tarifas à China estão a fazer aumentar os receios dos investidores em torno do crescimento económico global, levando as praças do Velho Continente a fortes quedas. Lisboa não escapa à tendência, recuando 2%. A Galp Energia destaca-se ao afundar quase 5% depois do forte trambolhão dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

O presidente norte-americano anunciou, através do Twitter, que vai impor taxas alfandegárias suplementares de 10% sobre um total de 300 mil milhões de dólares de importações oriundas da China, a partir de 1 de setembro. Com esta decisão, as alfândegas norte-americanas passam a cobrar taxas sobre todos os produtos oriundos da China. Decisão já mereceu críticas de Pequim, mas também a preocupação mundial.

Bolsa de Lisboa cai quase 2%

Receios de que este clima de tensão tenha um forte impacto no crescimento da economia mundial estão a castigar os mercados, com 80% das cotadas do índice de referência europeu, o Stoxx 600, a negociarem em “terreno” negativo. O DAX, da Alemanha, que conta com muitas empresas que exportam para todo o mundo, afunda mais de 2%, tendência seguida pelos restantes índices do Velho Continente. Em Lisboa, o PSI-20 desliza 1,99% para 4.922,33 pontos.

A Galp Energia é, de longe, a cotada mais penalizada. Está a afundar 4,53% para 13,39 euros, tendo já estado a perder 5,17%, depois de os preços do petróleo terem afundado mais de 8% na última sessão, reagindo às tarifas de Trump. A matéria-prima está a recuperar, mas não na mesma proporção. O Brent está a cotar nos 61 dólares.

O BCP também está a pressionar o índice ao ceder 2,73% para 22,40 cêntimos, recuando pela oitava sessão consecutiva. As papeleiras, mais expostas ao comércio internacional, estão todas em queda, com a Altri a ceder 4,3% para 5,44 euros e a Navigator a tombar 2,6% para 2,92 euros. Igualmente, a Mota-Engil afunda 3,3%.

Nota ainda para a descida da EDP, que recua 0,51%, enquanto a EDP Renováveis segue estável, tal como a REN. Apenas a Sonae Capital consegue contrariar o movimento, registando uma subida de 0,85% para 70,8 cêntimos.

(Notícia atualizada às 09h45 com atualização das cotações)

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Hoje nas notícias: Berardo, Costa Pinto e hospitais privados

  • ECO
  • 2 Agosto 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As obras de Berardo na mira da Justiça voltam a estar em destaque esta sexta-feira. Ainda na Justiça, os tribunais afastaram 64 políticos e gestores, enquanto o antigo presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal João da Costa Pinto critica as operações de financiamento da Caixa Geral de Depósitos. No campo empresarial, estão ainda nas notícias o crescimento dos hospitais privados e a nova plataforma que permite encontro de contas das empresas.

Justiça procura mais de 1.200 obras de Berardo

O Tribunal quer pôr sob proteção do Estado mais de 2.100 obras de arte detidas pelo empresário Joe Berardo. O total vai além dos 862 quadros abrangidos pelo acordo entre o madeirense e o Governo e que estão a ser agora alvo de arresto no seguimento do processo judicial interposto pela Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco. A justiça está à procura de outras 1.200 obras, incluindo esculturas do jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral, por temer que sejam desviadas.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

“Banco de Portugal devia ter travado créditos da Caixa”

João da Costa Pinto, antigo presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal (BdP), critica as operações de financiamento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que vieram a gerar perdas avultadas ao banco público. Diz que não compreende a avaliação feita pela administração da CGD, à data, mas também que esses financiamentos “deviam ter sido travadas pela supervisão”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Tribunais já afastaram 64 políticos e gestores

O Ministério Público pediu, desde 2012, a destituição ou inibição de 79 titulares de cargos públicos. Os processos judiciais não têm sido incentivo a que os próprios se afastem já que poucos renunciam ao próprio cargo, mas ainda assim a justiça acabou por determinar o afastamento de 64 políticos e gestores.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Empresas vão ter plataforma para fazer encontro de contas

Novo regime jurídico do “ECOMPENSA”, criado pelo Governo no âmbito do Simplex+, vai criar uma plataforma para encontro de contas das empresas. Entidades que tenham créditos ou débitos relativos a uma mesma vão conseguir fazer compensações entre vi, facilitando pagamentos e gestão de tesouraria. O acesso é opcional e a aprovação deste diploma, esta quinta-feira em Conselho de Ministro, foi possível graças à luz verde dada pela Confederação Empresarial de Portugal – CIP.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Investimento de 750 milhões vai abrir 19 novos hospitais privados

Há 19 hospitais privados previsto para abrirem em Portugal até 2020, o que representa uma continuação do crescimento do setor em Portugal. As novas unidades hospitalares vão juntar-se a 114 que já existiam no final de 2016, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O investimento total ascende a 750 milhões de euros e o reforço tem uma cobertura geográfica mais abrangente, não ficando limitado a grandes cidades.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Portugal vai ter 19 novos hospitais privados

  • ECO
  • 2 Agosto 2019

Vão surgir em Portugal pelo menos mais 19 hospitais privados a juntar aos 114 já existentes. Investimento ascende a 750 milhões de euros.

Portugal terá pelo menos 19 novos hospitais privados até 2020, num investimento total de 750 milhões de euros. No último ano abriram oito unidades hospitalares e até ao final de 2019-2020 está previsto que entrem em funcionamento mais cinco unidades, que se vêm juntar aos 114 hospitais privados já existentes.

A acrescentar à lista está prevista também a abertura de mais três projetos hospitalares, sem data de abertura assinalada, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), avança o Diário de Notícias.

Entre estes novos 19 novos hospitais, há um reforço da oferta nas grandes cidades, como em Lisboa ou no Porto, mas existe também uma aposta em novas áreas geográficas. O presidente da Associação da Portuguesa de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, destaca ao DN que “têm sido feitos investimentos noutros pontos do país – Madeira, Açores, Vila Real, Viseu”.

Apesar de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegurar mais de 80% das urgências e mais de 70% dos internamentos e cirurgias, são as unidades privadas que registam o maior crescimento, segundo dados do INE. Dos 225 hospitais que existem no país, 114 são privados.

Para os administradores​​​​ dos hospitais privados, estes números são sinal da confiança que se vive no setor privado, em parte por causa da descrença no serviço público.

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