Lagarde foi conselheira de duas empresas sediadas em paraísos fiscais

A presidente do BCE foi conselheira de duas holdings da Baker & McKenzie, nas Bermudas e em Singapura. Fontes próximas do BCE garantem que não "beneficiou de nenhum aproveitamento ilegal".

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) desde outubro deste ano, foi entre 2003 e 2005 conselheira de duas filiais da empresa de advocacia Baker & McKenzie (BM), ambas sediadas em países considerados à data paraísos fiscais, avança o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Não era novidade que a advogada e política francesa tinha sido sócia da sociedade BM até 2005, altura em que saiu para assumir a pasta do Comércio Exterior no Governo de Dominique Villepin. Mas, o El País revela esta sexta-feira que Lagarde foi também conselheira de duas holdings, que tinham sede nas Bermudas e em Singapura, na altura paraísos fiscais.

Nas Bermudas, antiga diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi conselheira da Law in Context Ltd, sediada em Hamilton, capital das ilhas. Segundo o jornal espanhol, esta empresa foi criada pela Appleby, escritório especializado em constituir empresas em paraísos fiscais. O jornal faz ainda referência ao facto de as ilhas do Atlântico Norte terem sido consideradas um paraíso fiscal pela União Europeia até maio de 2019.

A sociedade de advogados criou ainda a Law in Context Pte Ltd, em 2003, em Singapura, um país que até hoje ainda faz parte da lista de paraísos fiscais, mas que não está protegido pelo sigilo bancário, como acontecia à data. Esta empresa difundida informação sobe leis e regulamentos em diferentes países.

Contactada pelo El País, a BM garante que as duas holdings respeitavam as leis dos países em que estavam. Fontes próximas do BCE, afirmam ainda que “Lagarde não teve interesse económico na atividade de Law in Context Ltd”, acrescentando que a francesa “nunca teve conta num paraíso fiscal nem beneficiou de nenhum aproveitamento ilegal”.

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Horta Osório: “É imperativo reduzir o endividamento do país”

Presidente do britânico Lloyds Bank diz que Portugal tem de reduzir o seu endividamento público e privado enquanto as taxas de juro estão em mínimos históricos.

António Horta Osório considera “imperativo” que Portugal reduza o seu endividamento enquanto as taxas de juro estão em mínimos históricos. Isto porque, quando o custo do dinheiro começar a aumentar, a economia poderá sofrer um choque equivalente a 6% da riqueza que produz.

“É imperativo reduzir o endividamento do país”, destacou o presidente do britânico Lloyds Bank, na Money Conference, organizada pelo Dinheiro Vivo e pela TSF, em Lisboa.

Horta Osório adiantou que é o momento de lidar com a questão. O Banco Central Europeu (BCE) tem promovido um ambiente de juros mínimos, que tem contido o risco nos países. Não se antecipam mudanças na política monetária a prazo e por isso o presidente do Lloyds Bank diz que “temos tempo para resolver os problemas”.

O problema virá depois. As taxas de juros serão no mínimo de 2%, disse Horta Osório. E, se nada for feito, “o país vai sofrer um choque num curto período de tempo de 6% do Produto Interno Bruto (PIB)”, alertou o banqueiro.

Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o endividamento da economia portuguesa voltou a crescer em setembro, superando os 725 mil milhões de euros. No entanto, no terceiro trimestre, o endividamento medido em percentagem do PIB recuou para 348,3%.

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Cereal Games, Yara Pets e Azores Touch levantam 800 mil euros da Portugal Ventures

Três startups açorianas receberam investimento da gestora de capital de risco pública através do Fundo Azores Ventures e do fundo Turismo Crescimento.

As startups açorianas Cereal Games, Yara Pets e Azores Touch são as mais recentes investidas pela Portugal Ventures, com rondas no valor total de 800 mil euros, anunciou a gestora de capital de risco pública em comunicado.

No caso das primeiras duas — Cereal Games e Yara Pets — as empresas receberam investimento da Portugal Ventures através do Fundo Azores Ventures. No caso da Azores Touch, a startup recebeu dinheiro através do fundo Turismo Crescimento.

O Fundo Azores Ventures conta com a participação do Governo Regional dos Açores, e “tem como objetivo colmatar a falha de mercado para a região dos Açores na dinamização de projetos de inovação e empreendedorismo, bem como aumentar a criação de emprego e competitividade empresarial no arquipélago”. Criado pela Portugal Ventures, o fundo tem ainda como parceiro a Sociedade para o Desenvolvimento empresarial dos Açores (SDEA), tendo até ao momento investido em duas startups.

“A política de investimentos sucessivos em startups com sede nos Açores, através de Entidades especializadas em capital de risco, demonstra que o ecossistema empreendedor dos Açores e os nossos empreendedores têm vindo a crescer e a aproveitar os novos instrumentos financeiros disponíveis”, assegura Sérgio Ávila, vice-presidente do governo regional, citado em comunicado, acrescentando que, para a região, é fundamental a captação de investimento e a “alavancagem do capital de risco nas startups”. “A postura do Governo será sempre a de apoiar os empreendedores. Desejo a ambas as empresas participadas um enorme sucesso e que continuem a acreditar no ambiente favorável para o desenvolvimento de negócios que conseguimos criar nos Açores”, afirma ainda.

“Estes novos investimentos resultaram do compromisso assumido pela Portugal Ventures junto do Governo Regional dos Açores, de estreitar relações com o ecossistema do empreendedorismo daquele arquipélago, no sentido de identificar projetos e concretizar investimentos na criação de empresas na Região Autónoma dos Açores, que desenvolvam atividades inovadores e que permitam a fixação de recursos humanos qualificados e que sejam considerados estratégicos para o desenvolvimento da economia regional dos Açores”, sublinha Rui Ferreira, vice-presidente da Portugal Ventures.

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Prémio de 25 mil euros para retirar esferovite dos oceanos

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  • 22 Novembro 2019

A Sociedade Ponto Verde está à procura de ideias que combatam a presença de Poliestireno Expandido e Extrudido (EPS/XPS), comumente chamado de esferovite, nos oceanos.

Ao melhor projeto será atribuído um prémio de 25 mil euros. As candidaturas estão abertas até dezembro.

Apesar da enorme vantagem que traz para a vida quotidiana, este material nos oceanos representa um sério risco à vida marinha. Isto porque, devido às suas características fragmenta-se em pequenas partículas que, uma vez espalhadas na água, são facilmente confundidas com comida pelos animais.

De forma a combater esta realidade a Sociedade Ponto Verde lançou uma iniciativa, designada “Ocean´s Calling” (“O Oceano chama”), que visa encontrar soluções que evitem o aparecimento de embalagens de esferovite em ambiente marinho, mais precisamente no Nordeste do Oceano Atlântico.

A instituição está à procura de ideias e projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) que combatam este problema. A melhor ideia irá receber um prémio de 25 mil euros para desenvolver o projeto.

Como se pode candidatar?

A iniciativa está aberta a candidaturas, que podem ser enviadas até final de dezembro de 2019. As inscrições podem ser individuais ou coletivas, por pessoas de nacionalidade portuguesa ou estrangeira. Todos os interessados devem aceder ao site do “Ocean´s Calling” e seguir estes três passos:

1. Selecionar a opção “Candidatura”, que se encontra no menu principal;

2. Descarregar um formulário que tem dois documentos:

2.1. Um documento Word para responder a perguntas relativas à iniciativa;

2.2. Um documento PowerPoint com slides previamente feitos, a ser preenchidos com as características do projeto a apresentar.

3. Depois de preenchidos, os documentos têm de ser anexados e submetidos na página da candidatura.

4. Todas as candidaturas devem ser submetidas em inglês.

Os resultados do projeto serão conhecidos em junho do próximo ano, altura em que será divulgado o vencedor do prémio que apresentou a melhor solução.

Parceiros nacionais e internacionais

O Ocean’s Calling está inserido no projeto OCEANWISE, que pretende promover recomendações para políticas públicas bem como novas e melhores práticas, relacionadas com o uso, a produção, reciclagem e a captação de EPS/XPS após a sua utilização, através do uso de princípios de eficiência de recursos, métodos participativos e princípios de economia circular.

Esta iniciativa decorre com o apoio do programa de financiamento do Interreg Atlantic Area e conta com cinco países parceiros nesta missão, nomeadamente, Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido. Destes países resultaram 13 parcerias com organizações governamentais, agências operacionais e centros de conhecimento.

Em Portugal, para além da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), entidade coordenadora do projeto, os parceiros desta iniciativa são a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) e ainda a Sociedade Ponto Verde.

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Revista da imprensa internacional

Elon Musk sofre mais um percalço na vida da sua marca automóvel, a Tesla. E a Xerox mostra as garras no processo de aquisição da HP.

A Xerox quer muito comprar a HP e até já ameaça ser hostil, se tal for necessário. A Tesla enfrenta mais um momento insólito. E, em Madrid, a Uber abre as portas da sua plataforma àqueles que até agora tinham sido concorrentes e até inimigos: os taxistas. Christine Lagarde deu conselhos sobre paraísos fiscais e o Facebook colabora na investigação à polémica Cambridge Analytica.

Financial Times

Xerox ameaça assumir controlo da HP de forma hostil

Depois de a administração da HP ter rejeitado a oferta da Xerox, esta última fez um ultimato à primeira: se até ao final da próxima semana não aceitar uma aquisição “amigável”, a proposta de aquisição passará a ser “hostil”. “A Xerox irá levar a sua proposta diretamente aos acionistas”, sublinhou o diretor executivo da empresa. A HP ainda não respondeu a tal ameaça.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Tesla apresenta nova carrinha, mas vidros ultra resistentes estalam

A fabricante automóvel de Elon Musk apresentou a sua nova carrinha elétrica, mas a cerimónia acabou por ficar marcada por um momento insólito. É que os vidros da nova viatura deveriam ser ultra resistentes e à prova de qualquer estalo, mas o teste realizado em palco fez facilmente esses vidros… estalar. A nova cybertruck deverá custar a partir de 39.900 mil dólares (cerca de 36 mil euros).

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Expansión

Taxistas espanhóis já podem oferecer serviços através da app da Uber

Os taxistas que trabalham em Madrid já podem oferecer os seus serviços através da app da Uber. “A Uber dá um grande passo no sentido de integrar os táxis na sua plataforma, oferecendo aos taxistas acesso ao seu serviço mais popular, o UberX”, explica a empresa, em comunicado. Esta decisão enquadra-se numa nova tendência no setor da mobilidade: a de somar o maior número possível de opções numa mesma plataforma. A receita também está a ser testada pela Cabify.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol).

El País

Lagarde foi conselheira de duas empresas sediadas em paraísos fiscais

Já era conhecido que a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, tinha sido, até 2005, sócia da gigante de advocacia Baker & Mckenzie. Mas o El País revela esta sexta-feira que Lagarde foi também conselheira de duas filiais da empresa-mãe, ambas sediadas em países na altura considerados paraísos fiscais, uma nas Bermudas e outra em Singapura.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Facebook colabora na investigação à Cambridge Analytica

O Facebook aceitou entregar alguns documentos adicionais depois de o procurador-geral da Califórnia ter interposto este mês uma ação judicial contra a multinacional por se recusar a colaborar com a investigação que envolve a Cambridge Analytica. Relativamente a outros documentos que permanecem em disputa, um juiz decidirá o futuro, a partir de uma audiência em fevereiro do próximo ano.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Na mesa do recrutador: Mariana Canto e Castro, da Randstad

Estudou Direito, passou pelo setor privado e pelo público e, há cinco anos, trocou o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social para abraçar a gestão das pessoas da Randstad.

No caderno em cima da mesa há um arco-íris em construção. Mariana “pinta” de separadores coloridos as suas prioridades e o que tem para fazer. “A verde, o que tenho de conversar com o CEO. A amarelo, o essencial que tem de ser falado com a equipa. E a cor de rosa, ideias minhas”, explica.

Mariana Canto e Castro, 51 anos, estudou Direito, passou pelo setor privado e pelo público e, há cinco anos, trocou o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, onde trabalhava a área de recursos humanos e de legal, para abraçar a gestão das pessoas da Randstad. E isso inclui dois pacotes: as 420 que fazem parte da estrutura da recrutadora; e as 25 mil que integram o universo dos seus clientes.

Entre as suas funções favoritas nessa tarefa estão a criatividade e a inovação, explica à Pessoas. “Podemos sempre introduzir estes dois elementos no contacto com as pessoas. Posso pensar em fazer as coisas de maneira diferente, por isso é que ando sempre com livros e revistas e a tentar encontrar novas formas. É uma área muito mais criativa do que a área legal, que é necessária mas boring”, acrescenta.

Na mesa do recrutador com Mariana Canto e Castro, diretora de RH da Randstad - 11SET19

Na prática do dia-a-dia, Mariana fala no desafio de fazer com que a cultura de inovação de que a empresa tanto fala passe a fazer parte da cultura e da atitude de todos e de cada um dos seus trabalhadores. “E até me atreveria a dizer, apesar de isto ser um cliché, do ADN das pessoas”, defende. Tentar mudar processos do dia para a noite – e considerar isso um normal – é tarefa difícil mas, mais complicado ainda é ter uma forma tão flexível de trabalhar que transforme esses processos em “simples” e “normais”. “As pessoas questionam muito, desconfiam sempre, são muito avessas à mudança. E em Portugal é cultura”, diz.

E isso aplica-se, tanto nas regras que a Randstad aplica internamente, “às nossas pessoas”, como àquelas que tenta explicar e fazer entender aos seus clientes e parceiros. “Cliente satisfeito, vida feliz. Mas isso não significa que se diga amen a tudo. Há muitas empresas no nosso país que não têm práticas minimamente aceitáveis. A grande batalha é fazer com que as nossas pessoas que, pessoalmente, também acreditam nisso, consigam passar a imagem e esses valores e convicções, enquanto profissionais, aos clientes. O desafio é saber dizer que não, explicando e mostrando as vantagens de ver as coisas noutra perspetiva”, descreve.

As pessoas questionam muito, desconfiam sempre, são muito avessas à mudança. E em Portugal é cultura.

Mariana Canto e Castro

Porque mudar cultura é tudo menos simples, Mariana acredita que estas alterações fazem-se de uma mistura de tudo: “escolha, imersão naquilo que queremos que seja a cultura da empresa, e alguma formação, sem dúvida”. “Acima de tudo tem de haver uma predisposição porque podemos dar toda a formação que quisermos mas, se as pessoas não tiverem vontade de aprender, de mudar ou de ver diferente, vão continuar a ver exatamente da mesma forma”. E isso inclui estar atento ao ambiente e aos verdadeiros influencers, dentro das organizações.

“Não há nada que estrague tanto o que tentamos fazer como a máquina do café”, brinca. E explica: “Quando a pessoa chega toda contente depois de uma formação, a equipa vai tirar café e pode haver alguém que diz logo: ‘ahhh, enganaram-te com essa’. A máquina de café destrói sonhos, destrói motivação, destrói tudo”, sublinha a responsável.

Na mesa do recrutador com Mariana Canto e Castro, diretora de RH da Randstad - 11SET19

Portátil

Um dia, numa reunião durante o almoço, Mariana Canto e Castro deu por ela a escolher o restaurante pela qualidade da rede wi-fi. “Hoje ninguém vive sem isto”, conta, sobre o seu fiel companheiro de aventura. Com a vida toda dividida entre o computador e os telefones, Mariana não dispensa este facilitador de tarefas.

Telefones (sim, são dois)

“Não vivo sem os telefones – pessoal e profissional – e faço questão de dividir”, explica Mariana Canto e Castro. O do trabalho é, fora das horas, relegado para segundo plano. O pessoal está sempre. E as chamadas das filhas nunca ficam sem ser atendidas.

Papel, papel e… papel

Mariana assume a paixão pelo digital mas assegura que a sua formação em Direito nunca permitiu renunciar ao fascínio pelo analógico. “Anoto tudo no computador mas acho que as minhas ideias fluem com maior facilidade quando as escrevo”. Por isso, nunca dispensa um caderno, uma agenda em papel e uma caneta. Sempre acompanhados de post-it e separadores, estrategicamente coloridos por ordem de prioridades.

Chá

Na mesa da gestora de pessoas nunca falta chá. “Adoro café mas não posso beber porque me faz mal. Encontrei este vício, bebo litros e litros de chá frio no verão, e quente no inverno”.

Revistas e livros

“Outra parte do papel são livros e revistas onde procuro manter-me a par daquilo que vai acontecendo”, esclarece Mariana Canto e Castro. No processo, sublinha coisas importantes. Uma das últimas leituras, “Masterclass in creative thinking”, foi comprada em massa para oferecer aos membros da sua equipa. Uma forma de escalar a criatividades que procura todos os dias.

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Carlos Costa pede à banca para ser “mais ambiciosa” na redução do malparado

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, salientou o progresso feito pelos bancos na redução de ativos não produtivos nos últimos anos. Mas pede ao setor para ser mais ambicioso.

Money Conference/EY - 22NOV19
Carlos Costa na Money Conference.Hugo Amaral/ECO

Carlos Costa salientou os progressos feitos pelos bancos portugueses na redução dos ativos não produtivos nos últimos anos. Mas o governador do Banco de Portugal diz que os banqueiros devem ser “mais ambiciosos” neste esforço pois é um fator que condiciona o interesse do mercado e dos investidores.

“Subsistem enormes desafios para o setor num contexto de crescimento moderado nos próximos anos, de baixas taxa de juro e de endividamento dos agentes”, começou por dizer Carlos Costa na Money Conference, conferência organizada pelo Dinheiro Vivo e TSF, e onde participam os líderes dos principais bancos portugueses: Paulo Macedo (CGD), Miguel Maya (BCP), António Ramalho (Novo Banco), Pedro Castro e Almeida (Santander Totta) e Pablo Forero (BPI).

“Os bancos têm de continuar a reduzir ativos não produtivos de acordo com os planos submetidos aos reguladores. Diria que terão de ser mais ambiciosos, não obstante o progresso feito desde 2016″, acrescentou logo depois.

Carlos Costa diz que não ignora o esforço que foi feito, mas lembrou que o rácio de malparado dos bancos portugueses continua a ser um dos mais elevados da Zona Euro.

Segundo o governador, o elevado nível de ativos problemáticos nos balanços dos bancos constitui uma “fator que condiciona muito o mercado, o interesse dos investidores e de outros bancos se relacionarem, designadamente no mercado interbancários”.

Por isso, Carlos Costa pede um último forcing à banca. “A última milha é decisiva para obter resultados e retorno da confiança dos investidores e do mercado e retorno da rentabilidade”, disse.

Atenção à dívida pública e às comissões

Foram vários os avisos deixados pelo governador. Um deles em relação à diversificação da carteira de ativos dos bancos, muito preenchida por dívida pública. Outro foi em relação à política de comissões, numa altura em que o supervisor está a avaliar um pedido do setor para que se cobrem comissões nos depósitos de grandes clientes institucionais.

Quanto ao primeiro ponto, Carlos Costa diz que será “necessário ter em conta que num contexto de uma redução generalizada de yields dos soberanos – que se situam em níveis excecionalmente baixos – se acentua a possibilidade de uma reavaliação dos prémios de risco e uma maior discriminação dos soberanos”.

Tal significa que é desejável uma diversificação das carteiras em termos de emitentes e uma redução da correlação dos perfis de riscos dos mesmos. Imperativo que é tanto maior quanto o ajustamento das carteiras possa ser facilmente absorvido pelo mercado sem afetar os emitentes. Por outro lado a diversificação de carteiras permite antecipar eventuais desenvolvimentos regulatórios”, disse Carlos Costa.

Sobre as comissões, o governador afirmou que “a questão é se o pricing reflete o serviço prestado ou se há subsidiação cruzada com agentes económicos a pagarem mais do que deviam e outros a pagarem menos”. Segundo o responsável máximo do supervisor e regulador bancário, “cabe ao sistema bancário assegurar a transparência e um pricing adequado ao serviço que presta”.

(Notícia atualizada às 10h29)

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Esta é a pick up da Tesla. Cybertruck tem vidros (mais ou menos) à prova de bala

Além do 3, do S, X e do Roadster, a Tesla contará com esta Cybertruck que começa a ser produzida em 2021. Terá vidros à prova de bala mas, por enquanto, ainda não são.

Elon Musk prometeu uma pick up. E ela aí está. A Cybertruck, apresentada em Los Angeles, conta com um design, no mínimo, futurístico, embora seja inspirado no Lotus Esprit S1 do filme de James Bond dos anos 70. Equipada com um motor elétrico com uma elevada autonomia, está preparada para tudo. Até traz vidros (mais ou menos) à prova de bala.

Foi no “The Spy Who Loved Me”, filme do famoso agente secreto fictício do serviço de espionagem britânico MI-6, que o dono da Tesla encontrou as linhas o desenho da sua prometida pick up que deverá juntar-se à restante gama da marca a partir de 2021. Além do 3, do S, X e do Roadster, a oferta da marca contará com esta Cybertruck.

Se o Lotus de 007 funcionava tanto na estrada como debaixo de água, a nova aposta elétrica da Tesla quer ir para o espaço, podendo ser utilizada em Marte. Musk anunciou no Twitter que a “Cybertruck (na edição pressurizada) será a pick up oficial de Marte”.

Na Terra, quando começar a ser comercializada, a Cybertruck promete ser um “osso duro de roer”. O estilo de blindado, com o qual Musk espera conquistar vendas às concorrentes Ford e GM, não será apenas… estilo. Haverá mesmo proteção para os ocupantes, a começar pelos vidros.

Na apresentação do novo modelo, contudo, as coisas não correram assim tão bem quanto o previsto. Os vidros à prova de bala foram testados no palco, mas acabaram por não resistir. Um momento constrangedor quando se quer promover um modelo diferente que terá um preço a começar nos 39.900 dólares nos EUA.

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Norte quer fundos europeus para ligar ao TGV espanhol

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

Pela primeira vez a região norte terá uma posição comum face às prioridades para os fundos europeus. Modernizar a Linha do Douro e a Linha Porto-Vigo ou valorizar o Douro são algumas das apostas.

A região norte do país antecipou, pela primeira vez, a lista de prioridades para os fundos europeus. Nesse âmbito serão pedidos milhões de euros a Bruxelas para modernizar a ferrovia, apostando na ligação das linhas da região ao TGV espanhol, além de defender verbas para aeródromos e o rio Douro.

Modernizar a Linha do Douro e a Linha Porto-Vigo, através do comboio de alta velocidade espanhol, articular a ferrovia com os portos de Viana do Castelo e de Leixões, são algumas das medidas que o Conselho do Regional do Norte aprovará para os próximos fundos comunitários, avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

O programa, que será aprovado esta sexta-feira, e que servirá para as negociações do Executivo com Bruxelas, conta ainda com medidas que defendem investimentos nos aeródromos de Bragança e Vila Real como prioridade para a região.

Este plano estratégico aponta ainda como prioridade para o próximo pacote de fundos comunitários a valorização do rio Douro como via navegável.

Segundo o JN, aposta na inovação, melhoria da competitividade das empresas, digitalização, descarbonização da economia, saúde, educação e organização do território, são outras das apostas para a região.

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TAP vai começar “a ganhar sustentadamente dinheiro”

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

Diogo Lacerda Machado critica o alarido em torno dos prejuízos registados pela TAP até setembro. Lembra que "nos últimos 45 anos a TAP teve dois anos de resultados positivos".

O administrador não executivo da TAP Diogo Lacerda Machado acredita que a companhia vai começar “a ganhar sustentadamente dinheiro”, acrescentando que “o dono do futuro da transportadora é o Estado português”.

“A TAP deverá, nos próximos tempos, começar a ganhar sustentadamente dinheiro e tem a capacidade de ser, na minha opinião hoje, como é, uma companhia interessante”, afirmou o administrador não executivo e também presidente da Comissão de Estratégia da TAP, indicado pelo acionista Estado.

Sobre os prejuízos da TAP, o responsável quis lembrar que “nos últimos 45 anos a TAP teve dois anos de resultados positivos”.

“Teve 43 anos de perdas e relativamente a prejuízos semestrais, daqueles que foram anunciados – e que fizeram, aliás títulos de primeira página -, se tivesse havido alguma busca de informação para as pessoas saberem mais, teriam percebido que houve cinco anos para trás que os resultados foram piores do que estes”, reforçou.

O responsável falava na quinta-feira no 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e que conta com 450 participantes, sob o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

Diogo Lacerda Machado elogiou todo o trabalho desenvolvido pelo acionista privado, o consórcio de David Neeleman, e o facto de este, tendo 45% apenas da TAP em vez dos 100% anteriores, ter aceitado reconfigurar um plano estratégico que ‘dá frutos’. Afirmando, contudo que “o dono do futuro da TAP é o Estado português”.

A TAP registou prejuízos acumulados de 111 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, que atribui a “variações cambiais sem impacto na tesouraria”, de acordo com um comunicado divulgado em 18 de novembro.

“A TAP S.A. apurou um prejuízo acumulado, nos primeiros nove meses do ano, de 111 milhões essencialmente devido a variações cambiais sem impacto na tesouraria. Excluindo esta variação cambial, o lucro líquido consolidado do grupo TAP, no terceiro trimestre de 2019, foi de 61 milhões de euros positivos, compensando em mais 50% o prejuízo gerado no primeiro semestre de 2019”, avançou a companhia.

A empresa registou quase 120 milhões de euros em prejuízos nos primeiros seis meses do ano.

A empresa angariou receitas consolidadas no terceiro trimestre de 2019, que ascenderam a 1.052 milhões de euros, “equivalente a um aumento de 6,1% face a igual período do ano anterior, suportado pelo crescimento do mercado norte-americano e pela recuperação do Brasil”, de acordo com a mesma nota.

O resultado operacional consolidado do grupo foi de 129 milhões de euros no terceiro trimestre de 2019, “equivalente a 12,2% das receitas, em linha com outras empresas congéneres da Europa”, garante a empresa.

Segundo o comunicado, em 2019, “a TAP já amortizou mais de 170 milhões de euros de passivo financeiro”. Além disso, o prazo médio da dívida da TAP “duplicou em quatro anos, passando de menos de 24 meses no momento da privatização em 2015 para aproximadamente quatro anos no final do terceiro trimestre de 2019”, revela a empresa.

A companhia aérea planeia ainda “contratar mais de 800 novos colaboradores no próximo ano, dos quais mais de 100 são pilotos e cerca de 600 serão assistentes de bordo, para fazer face ao crescimento da TAP”.

De acordo com o grupo, desde a privatização a TAP já contratou mais de três mil colaboradores em Portugal.

No mesmo dia, a TAP anunciou o lançamento de uma nova oferta de obrigações sénior, com o valor indicativo de 300 milhões de euros e maturidade até 2024, indicando que “as receitas resultantes da oferta, se concluída”, serão para a “antecipação do reembolso de determinados empréstimos no âmbito do passivo existente da TAP e extensão do respetivo prazo médio de maturidade”, bem como para o “pagamento de comissões e despesas relacionadas com a oferta das obrigações”.

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Chega duplica intenções de voto um mês depois das eleições

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

Sondagem da Aximage revela que o partido liderado por André Ventura subiu 1,7% nas intenções de voto dos portugueses, um mês depois das eleições legislativas, a 6 de outubro.

O Chega foi o partido que saiu mais beneficiado junto dos portugueses no mês seguinte às eleições legislativas. O partido de André Ventura duplicou as intenções de voto, de acordo com uma sondagem da Aximage.

De acordo com a sondagem “Pós-eleitoral Novembro 2019”, realizada para o Jornal Económico (link indisponível), a força política de extrema-direita obteve a maior variação positiva nas intenções de voto, com um aumento de 1,7 pontos percentuais.

Este acréscimo permitiria ao Chega mais do que duplicar o resultado obtido nas urnas. Nas eleições de legislativas, de 6 de outubro, teve 67.826 votos (1,29%), tendo conseguido eleger um único deputado para o Parlamento, tal como o Iniciativa Liberal e o Livre.

Além do Chega, também o PS sobe 1,1 pontos percentuais, enquanto o Bloco de Esquerda consegue aumentar as intenções de voto em 0,9. Por sua vez, o PSD regista a maior quebra.

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CGD pede estudo à Nova SBE sobre créditos a Vale do Lobo

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

O banco público pediu à Nova SBE um estudo que deverá servir de suporte a eventuais ações judiciais contra ex-gestores que participaram na decisão sobre o Vale do Lobo.

A administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) encomendou ao Centro de Conhecimento de Finanças da Nova SBE um estudo para avaliar os pressupostos económicos e financeiros que permitiram a operação de financiamento de 194 milhões de euros para o resort de luxo de Vale do Lobo, avança o Jornal Económico (acesso pago), esta sexta-feira.

Fonte próxima do processo garante que o estudo pedido à Nova SBE deverá servir de base técnica à avaliação jurídica que o banco público desencadeou com vista a eventuais ações judiciais contra antigos administradores que participaram na decisão em causa.

Em causa está uma operação de crédito para o empreendimento turístico no Algarve chamado de Vale do Lobo, que levou a perdas de quase 300 milhões de euros. Este projeto está envolvido na investigação Operação Marquês, operação em que está também incluído o nome do ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Vale do Lobo obrigou, além disso, a explicações do atual governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, depois de ter sido conhecido que lá passou férias em 2013 e 2014 quando o projeto já estava em incumprimento perante a CGD.

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