Concursos para concessão de jogos nos casinos avançará “rapidamente”, diz Siza Vieira

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O Governo garante que os concursos para as concessões de jogos nos casinos, que estão a terminar, vão avançar até ao início de 2020 e que as receitas vão continuar a apoiar o setor turístico.

O Governo garantiu esta quinta-feira que os concursos para as concessões do jogo nos casinos em que estão a terminar vão avançar até ao início de 2020 e que as receitas vão continuar a apoiar o setor turístico.

A concessão do jogo do Casino do Estoril e da Figueira da Foz termina no final de 2020. O Governo anterior entendeu que em final de mandato não devia lançar concursos para estas duas novas concessões, mas queremos avançar muito rapidamente, até ao início do próximo ano, com os concursos para estas duas concessões”, disse o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

Pedro Siza Vieira falava os jornalistas à margem do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começou hoje em Viana do Castelo.

Antes, o presidente da AHP, Raul Martins, afirmou que era necessário assegurar que no futuro as receitas de jogo se mantêm sob controlo e gestão do Turismo de Portugal, sendo canalizadas para “os fins de apoio às empresas e à atividade deste Instituto que são destinadas à promoção”.

“Aquilo que parece importante dizer e afirmar aqui é que as receitas do jogo que desempenharam um papel tão importante, nos últimos anos, no financiamento da promoção externa de Portugal, na requalificação da nossa oferta, vão continuar a ser sustentadas e a permitir que, por dessa forma, continuamos a fazer esse esforço muito grande de valorização do nosso país e de qualificação da nossa oferta turística”, respondeu o ministro da Economia.

Raul Martins pediu ainda ao Governo que atue “ativamente” perante “o desequilíbrio de posições relativas” no que diz respeito às cláusulas de paridade nas plataformas de venda de ‘online’, como o Booking.

“É fundamental que a tutela do Turismo seja mais ativa no acompanhamento dos dossiês da distribuição hoteleira pelas grandes plataformas online, particularmente no caso da Booking.com, intervindo sempre que necessário, em defesa dos hoteleiros nacionais”, afirmou o presidente da AHP.

Especificamente, acrescentou Raul Martins, “no momento presente é necessário estabelecer legalmente a proibição das cláusulas de paridade, obrigar à transparência das relações da Booking com outros operadores e das condições das tarifas booking basic. É ainda preciso, segundo o mesmo responsável “reforçar a obrigação de cumprimento pontual dos contratos com os hoteleiros e “obrigar a Booking a passar faturas quando vende através do booking basic“.

Mais tarde, sobre este tema, o ministro disse, então, que o Governo vai “avançar, nos termos da diretiva europeia sobre as plataformas, com a proibição por via legislativa das cláusulas de paridade”.

O executivo vai “procurar encetar um diálogo com as plataformas online no sentido de introduzir maior transparência entre aquilo que é a relação que podem ter com os vários agentes económicos nacionais”, acrescentou.

“É importante atuar a este nível não apenas na capacitação das empresas para o digital, mas também na própria regulação pública da relação entre plataformas e agências online como os próprios agentes económicos”, conclui Siza Vieira.

O 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), conta com 450 participantes, sob o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

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Fidelidade com mais duas agências em Angola

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2019

Com mais de 80 mil clientes em Angola, a seguradora possui cerca de 20 lojas próprias e seis com parceiros e inaugurou mais duas em capitais de províncias com elevada população.

A Fidelidade Seguros, presente em Angola desde 2011, abriu mais duas agências no país, nas cidades do Kuito e do Huambo. Esta última está instalada no supermercado Shoprite, com o qual a seguradora tem um protocolo.

No âmbito deste protocolo a Fidelidade tem aberto um conjunto de lojas dentro das instalações desta cadeia de distribuição alimentar, disse ao jornal angolano Mercado o diretor de marketing e comunicação da Fidelidade Angola, Paulo Edra.

Citado no jornal o mesmo interlocutor afirmou que a entrada em funcionamento das duas agências está inserida no programa de expansão da seguradora a nível nacional. Serão comercializados todo o tipo de produtos que a Fidelidade Angola disponibiliza aos seus clientes.

De acordo com o mesmo responsável as instalações vão também servir de apoio aos parceiros, nomeadamente mediadores e corretores, com atividade comercial ou presença física nessas duas regiões do País, tendo em vista o reforço e a notoriedade da marca.

Segundo o jornal, a Fidelidade conta com mais de 80 mil clientes em Angola. Possui cerca de 20 lojas próprias e seis com parceiros. A seguradora abriu a sua primeira agência no país em Luanda, em 2013. No ano seguinte abriu a primeira loja na capital e em 2015 inaugurou a loja de Benguela.

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Aviva vai manter negócios em Singapura e na China

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2019

A gigante britânica estuda opções estratégicas para as suas operações em Hong Kong, Vietname e Indonésia, mas vai apostar no crescimento do segmento Vida na China.

A seguradora britânica Aviva pôs fim aos rumores que circulavam nos media e anunciou no seu site que vai manter os seus negócios em Singapura e na China.

A Aviva afirma que “as unidades de negócios Singapura e na China apresentaram crescimento de dois dígitos no lucro operacional em 2018 e estão a atingir retornos atraentes”. A seguradora espera receber dividendos destas operações em 2019. O negócio na Ásia obteve 152 milhões de libras de lucro no primeiro semestre do ano, quase 10% do total dos resultados do grupo.

Esta posição põe fim a notícias sobre a existência de várias seguradoras interessadas em comprar estas operações da Aviva na Ásia. Em relação a Singapura a companhia afirma que “após uma análise minuciosa das opções para o negócio neste país, incluindo a procura de ofertas para o negócio, a Aviva concluiu que o melhor valor para os acionistas será alcançado mantendo a empresa”.

A Aviva afirma que continua a explorar “opções estratégicas para as suas operações em Hong Kong, Vietname e Indonésia e com os seus respetivos parceiros em cada país”.

A Aviva tem sede em Londres e resultou da fusão, em 2000, da GGU plc e da Norwich Union.

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Aon nega ligação a associação do príncipe André

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2019

A Aon garante não é nem nunca foi parceira do Pitch@Palace, associação para empreendedores e start-ups, encabeçada pelo príncipe, e por isso pediu que o seu logo fosse retirado do site.

A seguradora Aon esclareceu que nunca foi parceira do programa Pitch@Palace, uma associação fundada pelo príncipe André, membro da família real britânica que tem sido criticado pelas suas ligações ao bilionário norte-americano Jeffrey Epstein.

A Aon “não é nem nunca foi parceira do Pitch@Palace e por esse motivo pediu que o seu logotipo fosse retirado do site do programa”, esclareceu a empresa. Esta posição surge numa altura em que são cada vez mais as instituições e empresas que pretendem deixar de colaborar com a associação.

A Pitch@Palace é uma associação que apoia empreendedores e start-ups. Após a entrevista do príncipe ao programa da Newsnight, da BBC, e onde não se demarcou de Epstein, acusado de tráfico sexual e abuso de menores e que foi encontrado morto na prisão, a associação tem vindo a perder apoios.

O Standard Chartered, a AstraZeneca, a KPMG e três universidades australianas são alguns exemplos de empresas e instituições que acabaram ou pretendem acabar a sua ligação à Pitch@Palace.

A entrevista, intitulada “Prince Andrew & the Epstein Scandal: The Newsnight Interview” centrou-se nas ligações do príncipe André a Epstein. Afirmou que nunca suspeitou do comportamento criminoso do bilionário norte-americano e refutou as acusações de uma mulher, alegadamente recrutada por Epstein, que afirma ter sido forçada a ter relações sexuais com o príncipe quando tinha 17 anos.

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Futuro dos seguradoras? Deloitte aponta quatro alternativas

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2019

É imperativo as seguradoras decidirem a forma de participar no mercado e os quatro caminhos possíveis foram revelados em Lisboa, no Congresso Digital da APDC, por Mukul Ahuja, partner da Deloitte.

Na sua introdução ao painel “The Future of Insurance”, realizado durante o 29º Digital Business Congress, realizado em Lisboa pela APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, Mukul Ahuja, partner da consultora Deloitte, exemplificou, designando empresas, os quatro caminhos que vê para as companhias se posicionarem no futuro do negócio dos seguros.

Para Ahuja um caminho é tornar-se uma costumer platform, plataforma para consumidores gerando valor ao facilitar o diálogo entre oferta e procura numa rede aberta de muitos para muitos, como faz a Swiss Re e a Ping An. Uma segunda via é a seguradora como utility provider, construindo capacidades liderantes para ser partilhada com outras instituições, servindo como exemplo a AON, a Grounspeed e a Travelers. Ser campeã de um produto também pode ser uma solução, ou seja, fazer como a Allstate, ser especializada em fornecer o melhor produto do segmento a um preço excecional. Por último, Ahuja descreve um quarto posicionamento possível, a seguradora como segment owner, que fornece serviços financeiros do princípio ao fim da linha, para distintos segmentos de clientes, citando como exemplos desse caminho a AXA e a Thimble.

Após a abertura iniciou-se um painel de perguntas e respostas com a Manuel Maria Correia, general Manager da tecnológica DXC a inquirir o Vice-presidente da Fidelidade, Rogério Campos Henriques. Para este gestor “deixou de existir uma agenda digital na empresa, porque o digital está em todo o lado, passou a existir uma agenda de transformação da empresa”, salientando que hoje em dia as ofertas disruptivas da Fidelidade nem sempre vêm dos seguros. Campos Henriques exemplificou dizendo que hoje em dia cerca de 25% dos casos relativos a seguros de saúde são tratados através do canal Medicina Online e 50% das faturas apresentadas pelos segurados chegam por fotografias por eles enviadas e reembolsadas apenas com esse suporte. O Vice-presidente concluiu afirmando que a tecnologia “é o nosso pão com manteiga e por isso tem de funcionar”.

Num momento seguinte foi na vez de Miguel Valente, Senior Account Executive da SAS interrogar Magdalena Neate, Head of Data Mining & Retention for Marketing, do grupo Ageas. A gestora ligou as experiências – normalmente após sinistros -, às emoções suscitadas – geralmente negativas – na interação dos segurados com as seguradoras. Daí precisar de existir maior proatividade e deu exemplo da Bancassurance da Ocidental quando passou de uma venda associada a um crédito, para uma venda ativa por parte da companhia. “Apesar da redução de sucursais e colaboradores do BCP, o negócio aumentou”, disse. Por isso considera fundamental um maior acompanhamento para os cerca de um milhão de clientes bancassurance do grupo Ageas em Portugal. Em relação ao projeto da companhia Next Best Action, que vai aliar a tecnologia ao negócio, a gestora salientou os desenvolvimentos na área do big data incluindo recolha de dados não estruturados, e em analytics, construindo motores de decisão cada vez mais autónomos.

O painel encerrou com a apresentação de três start up tecnológicas, em que João Medina, fundador da IBSHurance, falou de gestão de sinistros. Pela Visor.ai, Gianluca Pereyra, Fundador, expôs a solução da empresa para a Tranquilidade e as melhorias de eficiência com respostas automáticas para 7 em cada 10 consultas de clientes. Por último, João Pereira expôs o já realizado pela plataforma da insurtech Lovys em Portugal e França.

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Qualidade dos trabalhadores entre fatores mais valorizados para investir em Portugal

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

Os empresários colocam a qualidade dos trabalhadores portugueses entre as maiores vantagens comparativas da economia nacional. Por outro lado, o funcionamento da Justiça é o maior entrave.

Os empresários colocam a qualidade dos trabalhadores portugueses entre as maiores vantagens comparativas da economia nacional e apontam o funcionamento da Justiça, burocracia e instabilidade fiscal como os principais obstáculos ao investimento em Portugal.

Segundo o Observatório da Competitividade Fiscal em 2019, da Deloitte, divulgado esta quinta-feira, 79% dos empresários considera o acesso ao mercado europeu como uma das maiores vantagens comparativas da economia portuguesa, seguindo-se a qualidade dos trabalhadores portugueses (61%) e do ensino superior (51%).

Do lado oposto, e quando questionados sobre os maiores entraves à captação de investimento, o funcionamento da Justiça continua a surgir à frente, sendo apontado por 56% dos empresários, o que revela uma subida de 21 pontos percentuais face aos resultados da edição do ano anterior.

Para Luís Belo, Tax Leader da Deloitte, esta subida da percentagem de empresas que apontam o funcionamento da Justiça como uma das maiores dificuldades na atração de capital estrangeiro poderá ser “parcialmente” justificada “com o aumento dos processos em contencioso e a demora na administração da Justiça”.

No ranking dos maiores obstáculos, seguem-se os custos de contexto e a burocracia em geral (apontados por 55% das empresas) e a instabilidade do sistema fiscal (49%). Em ambos os casos se observa uma subida face aos valores revelados no Observatório Fiscal de 2018, em que estes dois fatores foram identificados como um entrave por, respetivamente, 43% e 37% das empresas.

Na vertente fiscal, Luís Belo destaca o facto de, nas respostas, os empresários terem sublinhado a “ausência de medidas suscetíveis de relançar a economia portuguesa e de apoio à competitividade do tecido empresarial português, designadamente ao nível do IRC”.

Dentro dos custos de contexto, os empresários veem o funcionamento dos tribunais (70%) e o licenciamento e autorizações camarárias (50%) como os fatores mais negativos.

Numa apreciação ao impacto das principais medidas fiscais inseridas no Orçamento do Estado para 2019, 46% dos empresários referem que este irá sobretudo contribuir positivamente para os objetivos de consolidação orçamental, mas uma percentagem semelhante (43%) entende que não terá “repercussões no relançamento da economia”.

O Observatório Fiscal 2019 indica que ainda que o OE em vigor “será irrelevante para a redução do desemprego (74%), promoção da pesquisa e desenvolvimento (70%) e incremento das exportações (70%)”.

O Observatório contempla também uma parte em que os empresários apontam as medidas que consideram que mais podem contribuir para uma melhoria das relações entre os contribuintes e a administração fiscal, com os resultados a indicarem que 57% defendem uma redução dos prazos de resposta ou resolução de dúvidas ou problemas com os contribuintes.

Ainda neste âmbito, 51% defendem uma maior formação dos funcionários e 40% uma redução da carga fiscal.

O inquérito que serviu de base ao estudo foi realizado em abril de 2019. Entre as 130 empresas que participaram no questionário, 94 identificaram-se.

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Governo muda regras de contratação nas PPP. Decisão fica agora nas mãos do Conselho de Ministros

O Executivo aprovou um decreto-lei com novas regras para as PPP. A decisão de contratar dependerá de resolução do Conselho de Ministros. Lei atual atribui poder aos ministros das Finanças e da tutela.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que mexe nas regras de definição e acompanhamento das Parcerias Público-Privadas (PPP). A decisão de contratar passa a ser tomada através de uma resolução do Conselho de Ministros, o que sugere que passará a ter um caráter mais político ao envolver todo o Executivo. Na lei atual, a decisão de contratar PPP era tomada pelo ministro das Finanças e da tutela, podendo em algumas situações ser adotada pelos órgãos de gestão da entidade que lança a PPP.

“Foi aprovado o decreto-Lei que procede à alteração do Código dos Contratos Públicos e do decreto-Lei que disciplina a intervenção do Estado na definição e acompanhamento global das parcerias público-privadas”, diz o comunicado do Conselho de Ministros que foi enviado para as redações.

“Assim, nos contratos que configurem uma Parceria Público-Privada (PPP), a decisão de contratar, bem como a aprovação das regras a observar na formação dos respetivos contratos, passa a revestir a forma de Resolução do Conselho de Ministros”, adianta, sem avançar mais detalhes.

O Governo esteve reunido esta manhã em Conselho de Ministros. O ECO pediu esclarecimentos adicionais sobre esta alteração e aguarda respostas do Executivo.

O decreto-Lei n.º 111/2012, de 23 de maio, disciplina a intervenção do Estado na definição, conceção, preparação, concurso, adjudicação, alteração, fiscalização e acompanhamento global das Parcerias Público-Privadas e cria a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos.

No artigo 16.º está estipulado que a decisão de contratar compete “aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e do projeto em causa, quando se trate de parceria lançada por uma das entidades a que se referem as alíneas a), b) e c) do n.º 2 do artigo 2.º”. Ou seja, sempre que as entidades que lançam a PPP sejam o Estado, as entidades públicas estatais e os fundos e serviços autónomos.

Nos casos em que os parceiros públicos das PPP são empresas públicas ou “outras entidades constituídas pelas entidades a que se referem as alíneas anteriores [Estado, entidades públicas estatais, serviços e fundos autónomos e empresas públicas] com vista à satisfação de necessidades de interesse geral” a decisão de contratar compete ao respetivo órgão de gestão.

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Governo admite entrar no capital dos CTT, mas está tudo em aberto

O secretário de Estado com o pelouro das Comunicações admite que uma das hipóteses para o período após o fim do atual contrato com os CTT é a de entrar no capital da ex-empresa pública.

O Governo não exclui a possibilidade de entrar no capital dos CTT CTT 2,31% após o fim do atual contrato de concessão do serviço universal postal, em dezembro de 2020. No entanto, também está em cima da mesa a hipótese de “conseguir um contrato de concessão robusto e adequado” ao atual momento histórico, disse o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda.

“A presença do Estado nos CTT, seja qual for a decisão, que não vou anunciar aqui hoje, não é, necessariamente, a única maneira de o Estado alcançar objetivos públicos relevantes. Mas, em 28 países da União Europeia, só em quatro […] é que o Estado está totalmente ausente. Participar no capital ou conseguir um contrato de concessão robusto adequado ao nosso momento histórico são, por isso, questões em aberto”, afirmou o governante, no arranque do Estado da Nação das Comunicações, o principal painel do congresso anual da APDC, que se realiza em Lisboa.

Os CTT já foram uma empresa totalmente pública, mas a companhia postal foi alvo de um processo de privatização concluído em 2014. Com a próxima página dos CTT prestes a ser virada, Alberto Souto de Miranda afirmou: “Não podemos olhar para o serviço de correio com os olhos do passado. Temos de repensar o âmbito do serviço universal postal. É muito urgente.” De seguida, revelou: “A Anacom vai lançar essa consulta pública muito em breve”.

29o Digital Business Congress - 21NOV19
Alberto Souto de Miranda deu início ao debate do Estado da Nação das Comunicações, um dos mais importantes para o setor.Hugo Amaral/ECO

Governo “compreende” impaciência das operadoras no 5G, mas não há atraso

No mesmo painel, o secretário de Estado falou também do tema do 5G, que tem dividido as empresas de telecomunicações e o regulador. Afinal, há ou não há atraso no lançamento da próxima geração de rede de comunicações em Portugal?

“Devo dizer que ainda tentei que, em vez de mim, viesse o meu holograma. Pelo menos podiam atirar farpas à vontade. Mas não foi possível, porque não há espetro”, brincou o secretário de Estado, referindo-se ao facto de ainda não terem sido atribuídas as licenças de 5G às operadoras. Um momento de quebra-gelo que arrancou palmas a toda a audiência.

Devo dizer que ainda tentei que, em vez de mim, viesse o meu holograma. Pelo menos podiam atirar farpas à vontade. Mas não foi possível, porque não há espetro.

Alberto Souto de Miranda

Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações

“Podemos pintar um cenário cor-de-rosa e proclamar que não estamos atrasados face ao calendário europeu para o 5G. E não é mentira”, afirmou Alberto Souto de Miranda, num aviso à Anacom. No entanto, continuou, também é possível dizer que há riscos.

O secretário de Estado recordou todos os países europeus que já têm o espetro atribuído ou o leilão do 5G em curso, apontando que Portugal não está em nenhum dos grupos. Tendo em conta este cenário, “compreende-se a impaciência” das operadoras, admitiu. Alberto Souto de Miranda defendeu, contudo, que o “essencial é saber se estamos atrasados tecnologicamente”, reiterando que “há atraso nos procedimentos mas não há ainda atraso substantivo”.

As operadoras defendem que Portugal está atrasado na adoção do 5G e apontam o dedo à Anacom. No entanto, o regulador liderado por João Cadete de Matos tem rejeitado que o país esteja atrasado em relação aos pares europeus. E garante que o país vai estar entre os Estados-membros da União Europeia com uma cidade com 5G até ao fim de 2020.

Governo afasta nova revisão da lei das comunicações

Na mesma intervenção — “há mais vida para além do 5G, até porque ainda há pouca vida nele”, disse — o governante deixou cair a hipótese de rever a Lei das Comunicações Eletrónicas.

“O Governo decidiu não dar sequência à nova alteração à Lei das Comunicações Eletrónicas. O que nos propomos fazer é mesmo acabar com ela. Não faria sentido estar a promover a alteração, que se concluiria em meados do próximo ano, para logo a seguir a revogar”, afirmou Alberto Souto de Miranda.

Esta decisão baseia-se no facto de o Executivo se preparar para transpor o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas, que vai uniformizar a legislação ao nível do bloco europeu, algo que tem de acontecer também em 2020. Desta forma, o Governo pretende evitar “alterações normativas sucessivas”.

(Notícia atualizada às 19h17 com mais informações)

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Turismo deve pôr fasquia “mais alta” para os próximos dez anos, diz Marcelo Rebelo

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

Presidente da República apela a interação dos vários setores da economia na definição da estratégia para para o futuro do turismo, que deverá colocar a fasquia da qualidade mais alta".

O Presidente da República apelou esta quinta-feira à interação dos vários setores da economia na definição da estratégia para o futuro do turismo, que deverá colocar a fasquia da qualidade mais alta para os próximos dez anos.

“Preparar o amanhã no turismo, tal como noutros setores, implica visão sistémica e interação dos vários setores da economia. Se antevemos hoje alterações de ciclo, então é altura de estarmos alinhados quanto ao caminho que vamos percorrer, cooperar mais e inovar melhor. É a hora de colocar a fasquia da qualidade mais alta para os próximos dez anos”, considera Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República dirigiu-se, assim, numa mensagem escrita aos cerca de 450 congressistas presentes no 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que começou esta quinta-feira em Viana do Castelo, sob o tema “Portugal: Preparar o Amanhã”.

O Presidente da República disse ainda, na mesma mensagem, ter “a certeza de que – no turismo e em toda a economia – o Estado, os agentes económicos e a sociedade no seu todo saberão responder com confiança e sempre com esperança em Portugal”.

A mensagem sobre a necessidade de cooperação na definição da estratégia do turismo para os próximos dez anos foi também já abordada na semana passada pelo presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), no final do congresso desta associação, no Funchal, que apelou para que as associações dos vários segmentos do turismo se “unam como um todo” e se “empenhem num trabalho de matriz comum”.

“Este é o espírito da nossa associação e este é, também, o grande desafio que se ergue perante todos nós. APAVT, AHRESP [Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal], APECATE [Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos], ALEP [Associação do Alojamento Local em Portugal], AHP [Associação da Hotelaria de Portugal], CTP [Confederação do Turismo de Portugal], entre tantas outras, não bastará mais focarmo-nos no que não está bem e nos penaliza”, disse o presidente da APAVT.

Nesta mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que em 2016, também numa comunicação dirigida ao congresso da AHP, formulou o tema da “necessidade de reflexão sobre a sustentabilidade do crescimento no setor”, referindo-se ao “contexto de elevada notoriedade da imagem do país que, sendo motivo de satisfação coletiva, não deve gerar excessivas ilusões”.

“Hoje faz ainda mais sentido esta reflexão, perante um cenário real de abrandamento económico na Europa”, reforçou o Presidente da República.

Sobre a necessidade de preparar o futuro do setor, o chefe de Estado diz que “as respostas são dadas, em parte, nos temas escolhidos nos painéis deste congresso”, mas que “as respostas passam também” – voltando a recordar o que transmitiu em 2016 – “pela aposta em segmentos e nichos que permitem subir na cadeia de valor, pela oferta diferenciada com bons conteúdos, por exemplo, na oferta cultural, pela preservação do que é genuíno e autêntico” no património nacional e pela preocupação das políticas públicas e da ação dos agentes privados coma coesão territorial e social do país”. A “capacidade de redescobrir e valorizar rotas e territórios” também deve ser contemplada nessa busca de estratégia, acrescentou.

Até sexta-feira, no congresso da AHP, a maior associação hoteleira nacional, debatem-se temas como “Crescer a Norte”, “A Convergência Ibérica”, “O Investimento Hoteleiro em Portugal” e “A Transformação da Indústria da Aviação”.

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WeWork elimina cerca de 2.400 postos de trabalho em todo o mundo

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

A WeWork, empresa norte-americana de trabalho em espaços partilhados, anunciou o fim de cerca de 2.400 postos de trabalho em todo o mundo, cerca de 20% do seu número total de colaboradores.

A WeWork, empresa norte-americana de trabalho em espaços partilhados, anunciou esta quinta-feira o fim de cerca de 2.400 postos de trabalho em todo o mundo, cerca de 20% do seu número total de colaboradores.

“No âmbito da nossa estratégia para reorientar o negócio principal da WeWork, e como partilhamos anteriormente com os [nossos] funcionários, a empresa está a proceder às demissões necessárias para criar uma organização mais eficiente“, disse um porta-voz, citado pela agência France Presse.

O plano começou “há semanas em algumas partes do mundo e continuou esta semana nos Estados Unidos. Esta redução afeta cerca de 2.400 funcionários em todo o mundo”, acrescentou.

Segundo a mesma fonte, aqueles trabalhadores receberão indemnizações, benefícios e outras formas de apoio para os ajudar a encontrar outro emprego.

“São profissionais incrivelmente talentosos e agradecemos o papel importante que desempenharam na construção da WeWork na última década”, referiu também o porta-voz.

A WeWork falhou recentemente uma tentativa de lançamento de uma Oferta Pública Inicial (IPO), tendo em vista a entrada na bolsa de Nova Iorque.

A WeWork está atualmente numa situação financeira difícil. Os prejuízos duplicaram no ano passado para 1,9 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros).

Em 23 de outubro, o japonês Softbank anunciou uma injeção de 9,5 mil milhões de dólares (cerca de 8,6 mil milhões de euros) na WeWork, passando a controlar 80% do seu capital.

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Pedro Leitão, do Atlântico Europa, indicado para CEO do Banco Montepio

Pedro Leitão, Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa, é o nome indicado para o cargo de presidente executivo do Banco Montepio. A proposta seguirá nos próximos dias para o Banco de Portugal.

Página de LinkedIn de Pedro Leitão.LinkedIn

Pedro Leitão, Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa, é o nome indicado para o cargo de presidente executivo do Banco Montepio, apurou o ECO. A proposta vai seguir nos próximos dias para o Banco de Portugal, que terá agora de validar o nome e conceder o registo de idoneidade. Têm-se intensificado os contactos entre as várias partes nas últimas semanas a fim de resolver o impasse na liderança do banco. Depois das reuniões adiadas com o regulador por não haver um consenso entre a Associação Mutualista e o chairman do banco, tudo indica que será desta.

Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários, mas será mesmo um nome unânime entre Tomás Correia (presidente em fim de funções na Associação Mutualista Montepio Geral, a dona do banco) e Carlos Tavares (chairman do banco), tal como foi exigido pelo supervisor. E será o nome para colocar um ponto final na indefinição da liderança do Banco Montepio, num processo que se tem arrastado há cerca de ano e meio, desde a saída da anterior administração de Félix Morgado.

No Banco Atlântico Europa, onde está desde agosto de 2016, Pedro Leitão é responsável pela transformação digital do banco de capitais angolanos, assumindo também os “pelouros” do marketing, da tecnologia e ainda os negócios de private banking.

Antes disso, foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atlântico), em Angola, entre 2011 e 2014, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. E foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011.

Agora assume um um dos cargos mais escrutinados publicamente nos últimos meses: o de CEO do Banco Montepio. O banco está praticamente sem presidente executivo efetivo desde a saída de José Félix Morgado, isto apesar dos vários nomes que já foram apontados e indicados: Nuno Mota Pinto, Dulce Mota e, mais recentemente, Pedro Alves. Por uma razão ou por outra, nenhum destes nomes chegou a ficar com o cargo que é ocupado interinamente por Dulce Mota, enquanto vice-presidente da instituição, desde que a solução temporária de ter Carlos Tavares como chairman e CEO em simultâneo expirou em fevereiro deste ano.

O Banco Montepio fechou a primeira metade do ano com lucros de 3,6 milhões de euros, menos 77% do que há um ano, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.

Na sua descrição no LinkedIn, Pedro Leitão descreve-se como profissional com 24 anos de experiência no setor financeiro. Começou a carreira no BPI (1995-1997), onde foi diretor na divisão de clientes do segmento corporate, contando também com uma passagem pelo BBVA (1997-2001).

Em termos académicos, Pedro Leitão tem um MBA do ISEG e frequentou diversos cursos e programas de gestão executiva e de transformação digital em várias universidades de renome: London Business School, INSEAD, Stanford ou IMD Business School. Foi professor em várias universidades portuguesas.

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Procurador-geral de Israel acusa Netanyahu em casos de corrupção

  • Lusa
  • 21 Novembro 2019

O procurador-geral de Israel acusou esta o primeiro-ministro em funções, Benjamin Netanyahu, de fraude, suborno e abuso de confiança em três casos de corrupção.

O procurador-geral de Israel, Avichaï Mandelblit, acusou esta quinta-feira o primeiro-ministro em funções, Benjamin Netanyahu, de fraude, suborno e abuso de confiança em três casos de corrupção, indicou o Ministério da Justiça.

O ministério tinha indicado antes que Mandelblit anunciaria se acusava ou não Netanyahu ainda esta quinta-feira, quando o parlamento foi encarregado pelo presidente Reuven Rivlin de encontrar um chefe de governo, depois de Benjamin Netanyahu e do seu rival Benny Gantz terem falhado nas suas tentativas de formar um executivo na sequência das eleições de 17 de setembro.

Netanyahu negou sempre o seu envolvimento nos três casos, alegando que as investigações fazem parte de uma vingança política e de uma “caça às bruxas”, que inclui a esquerda, os media e a polícia.

“Não haverá nada porque não houve nada”, disse Netanyahu no início do ano.

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