Desemprego sobe? Culpa é da criação de emprego “menos vigorosa”

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

"Projeções do Governo e das instituições internacionais são de que a taxa de desemprego continue a descer nos próximos anos", diz Pedro Siza Vieira.

O Governo atribuiu a ligeira subida da taxa de desemprego para 6,5% em setembro e a estabilização em outubro à criação de emprego “menos vigorosa”, mas sublinhou que o mercado laboral em Portugal “está bom”.

A taxa de desemprego aumentou para 6,5% em setembro deste ano, mais 0,1 pontos percentuais do que no mês anterior, e deverá ter-se mantido nesse valor em outubro, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Continua o emprego muito forte, continua a haver mais criação de emprego do que pessoas em situação de desemprego, o que significa que a economia continua a criar emprego”, reagiu o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em Bruxelas.

Falando aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho de Competitividade da União Europeia, que reuniu na capital belga ministros destas áreas, o governante observou que, “obviamente, hoje em dia, a criação de emprego é menos vigorosa do que já foi em anos anteriores, na medida em que já houve uma redução para mais de metade da taxa de desemprego nos últimos quatro anos”.

“Mas o mercado de emprego está bom, as contribuições para a Segurança Social continuam a subir de forma muito significativa e dando também, por essa via, uma contribuição importante para a consolidação das finanças públicas”, argumentou Pedro Siza Vieira.

Para o governante, “é bom saber que o emprego está a aumentar, mas é sobretudo bom saber que a maior parte do emprego que está a ser criado é com contratos por tempo indeterminado e que os salários continuam a subir acima da média da produtividade e da inflação”.

“As projeções do Governo e das instituições internacionais são de que a taxa de desemprego continue a descer nos próximos anos, embora agora de forma menos vigorosa do que decorreu em anos anteriores, porque hoje em dia o nível de desemprego já é muito baixo no nosso país”, reforçou o ministro português.

Segundo o INE, a estimativa provisória da taxa de desemprego de outubro é 6,5%, o mesmo valor de setembro.

A taxa de desemprego de 6,5% em setembro é superior em 0,1 pontos percentuais ao do mês anterior e inferior em 0,1 pontos percentuais ao de três meses antes e ao do mesmo mês de 2018.

O valor de setembro representa uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais da estimativa provisória divulgada há um mês.

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Parlamento Europeu declara “emergência climática e ambiental”

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

Os eurodeputados defendem que são necessárias medidas para conter o aquecimento global a 1,5 ºC. No início de dezembro realiza-se em Madrid a conferência da ONU sobre o clima.

O Parlamento Europeu declarou esta quinta-feira o estado de “emergência climática e ambiental” e defendeu que a União Europeia se comprometa a reduzir emissões de gases com efeito de estufa em 55% até 2030, para atingir a neutralidade climática até 2050.

A posição da assembleia foi adotada hoje, em Estrasburgo, com a aprovação de uma resolução, em vésperas da Conferência da ONU sobre o Clima, que decorrerá em Madrid entre 2 e 13 de dezembro.

O texto, aprovado com 429 votos a favor, 225 contra e 19 abstenções, defende que “é fundamental tomar medidas imediatas e ambiciosas para limitar o aquecimento global a 1,5°C e evitar uma perda maciça de biodiversidade”.

Os eurodeputados exortam a Comissão Europeia, Estados-Membros e todos os intervenientes a nível mundial a tomarem urgentemente as medidas concretas necessárias para combater e conter esta ameaça, “antes que seja demasiado tarde”.

Numa outra resolução, sobre a Conferência de Madrid (COP25), a assembleia insta os líderes europeus a manifestarem o seu apoio, no Conselho Europeu de 12 e 13 de dezembro, ao objetivo de longo prazo da UE de alcançar um nível nulo de emissões líquidas de gases com efeito de estufa “o mais rapidamente possível e, o mais tardar, até 2050”.

“É da maior importância a União enviar uma mensagem clara, durante a COP25, de que está pronta para aumentar o seu contributo para o Acordo de Paris”, lê-se nesta resolução, aprovada em plenário com 430 votos a favor, 190 contra e 34 abstenções.

O Parlamento Europeu salienta que “as intervenções globais levadas a cabo ao longo da próxima década terão um impacto no futuro da humanidade nos próximos 10.000 anos”.

Os eurodeputados defendem também que “o Pacto Ecológico Europeu, a ser apresentado pela nova Comissão de Ursula von der Leyen, estabeleça uma estratégia abrangente e ambiciosa para conseguir uma Europa com impacto neutro no clima o mais tardar até 2050, prevendo, entre outras medidas, “o objetivo de reduzir em 55% as emissões de GEE a nível interno até 2030”.

Os eurodeputados instam a Comissão a “adaptar, em conformidade, todas as suas políticas relevantes, nomeadamente nos domínios do clima, da agricultura e da coesão”.

A assembleia salienta que a redução das emissões requer um esforço abrangente de todos os setores e defende que os países devem ser incentivados a incluir as emissões provenientes do transporte marítimo e aéreo internacional nos contributos determinados a nível nacional (CDN), lembrando que o setor dos transportes é o único que registou um aumento das emissões desde 1990.

Nos textos hoje adotados, o Parlamento Europeu sublinha também que a criação de um Fundo para uma Transição Justa – anunciado pela nova presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, e que ficará sob a responsabilidade da comissária Elisa Ferreira, com a pasta da Coesão e Reformas – constitui um dos instrumentos que pode ser utilizado a nível da UE para garantir uma transição inclusiva e informada para as pessoas e as regiões mais afetadas pela descarbonização, como as regiões de extração de carvão que se encontram em transição.

A resolução reconhece que “os fundos de compensação não garantem, por si só, uma transição justa” e que “uma estratégia da UE abrangente para o desenvolvimento e a modernização dessas regiões da UE, bem como a disponibilização de assistência aos intervenientes na linha da frente da transição, devem estar na base de qualquer política de transição”.

Estas posições da assembleia europeia têm lugar a poucos dias do início da 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que decorrerá de 2 a 13 de dezembro na capital espanhola, com o lema “Tempo de agir”, depois de o Chile ter renunciado à sua organização.

A COP25 deverá apelar para que todos os países aumentem seus compromissos de redução de emissões de gases com efeito de estufa, no sentido de combater as alterações climáticas.

A cimeira tem por base as decisões do Acordo de Paris, um tratado alcançado na COP21, aprovado em 12 de dezembro de 2015, que rege as medidas de redução de emissão de gases com efeito de estufa a partir de 2020.

O compromisso tem por objetivo a contenção do aquecimento global abaixo de 2ºC, preferencialmente em 1,5ºC, em relação aos valores médias da era anterior à revolução industrial e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, num contexto de desenvolvimento sustentável.

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Best Public Leaders Avaliações terminam já no próximo sábado

  • ECO + Tema Central
  • 28 Novembro 2019

Este sábado é o último dia para avaliar algumas figuras públicas líderes de referência nas suas áreas de atividade.

A avaliação Best Public Leaders inspira-se na metodologia de avaliação de liderança utilizada pelo estudo Best Team Leaders, estudo criado em Portugal, em 2012, e reconhecido academicamente este ano.

A referida metodologia foi adaptada e simplificada tendo em conta as particularidades desta avaliação de figuras públicas e todas as pessoas podem avaliar.
São vinte e sete figuras públicas, de nove áreas de atividade, que estão em avaliação até ao dia 30 de novembro.
Cristina Ferreira, Marcelo Rebelo de Sousa, Cristiano Ronaldo, Ricardo Araújo Pereira, António Costa, Bruno Lage, Catarina Furtado e António Guterres são algumas das figuras em avaliação.

Para chegar à shortlist das três figuras públicas por cada área de atividade, foi divulgada, durante o evento Leading People – International HR Conference realizado na Nova SBE, para um público de 500 gestores e líderes, uma lista de 90 figuras públicas, divididas por nove áreas distintas: liderança artística, liderança de comunicação e media, liderança desportiva, liderança digital, liderança feminina, liderança jovem, liderança organizacional, liderança política e liderança social.

Essa lista de 90 figuras públicas resultou de um inquérito feito pela Qmetrics junto de um elevado número de indivíduos, sobre quais os líderes que se destacavam em cada uma das áreas mencionadas. No final do evento, ficaram nomeadas 27 figuras públicas, três para cada área de liderança que estão agora a ser avaliadas.

Os estudos Best Team Leaders e Best Public Leaders são realizados pela Tema Central e pela Qmetrics, com a certificação académica (Nova IMS).

Na opinião do professor catedrático Manuel Vilares, da Nova IMS: “Os verdadeiros líderes não podem ter medo de serem avaliados. No nosso país, cada vez mais, está a verificar-se uma maior abertura para estas avaliações, o que não pode deixar de constituir um indicador de desenvolvimento e de abertura de mentalidades das lideranças do nosso país.” E acrescenta, ainda: “A qualidade da liderança é um determinante fundamental para o desenvolvimento das organizações. Mas se a qualidade da liderança não for medida, muito dificilmente poderá ser gerida e, portanto, melhorada.”

Todos os portugueses poderão agora avaliar os seus líderes públicos de referência. As avaliações podem ser feitas aqui, até ao dia 30 de novembro. Não se trata de votações mas de avaliações baseadas em competências e características de personalidade que podem ser percecionadas e respondidas pelo público.

No dia 12 de dezembro, no jantar de gala de entrega de prémios Best Team Leaders 2019, que irá decorrer no Casino Estoril, serão conhecidos os grandes vencedores: os Best Public Leaders 2019. Os resultados serão publicados na revista Líder, no jornal online Eco e no website Link to Leaders, entre outros meios de comunicação social.

Link para a avaliação

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Bruxelas devolve 467 milhões a agricultores europeus. Portugal recebe sete milhões

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

Executivo comunitário devolve verbas que deduzidas dos apoios aos rendimentos dos agricultores, porque a reserva para crises prevista na PAC não foi necessária em 2019.

A Comissão Europeia vai devolver 467 milhões de euros aos agricultores europeus, quase sete milhões dos quais aos portugueses, através de verbas previstas para crises na Política Agrícola Comum (PAC) que não foram utilizadas este ano.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta da devolução destas verbas, que haviam sido deduzidas dos apoios aos rendimentos dos agricultores, devido ao facto de a reserva para crises prevista na PAC “não ter sido necessária em 2019”.

Bruxelas justifica que tais montantes não foram utilizados, mesmo com as “situações desafiadoras este ano”, porque foram adotadas “medidas adicionais de apoio” para resolver tais casos, nomeadamente aos agricultores afetados pela onda de calor neste verão.

“A decisão significa que os valores deduzidos dos pagamentos diretos este ano podem ser reembolsados aos agricultores dos Estados-membros a partir de 1 de dezembro de 2019”, precisa a Comissão Europeia.

Na deliberação anunciada esta quinta-feira lê-se que “na fixação do montante das dotações transitadas a reembolsar […] devem ser tidos em conta os montantes da reserva para crises no setor agrícola” […] que não tenham sido disponibilizados para medidas de crise até ao final do exercício.

A decisão determina, então, que haja uma distribuição “proporcional” entre os países da UE, indicando que, aos agricultores portugueses, serão devolvidos perto de 6,99 milhões de euros.

Este conceito de reserva para crises agrícolas e de mecanismo de reembolso foi acordado na reforma da PAC de 2013.

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Portugal vota a favor da lei para tributar multinacionais

  • ECO
  • 28 Novembro 2019

É oficial: Portugal mudou a sua posição e deu luz verde à lei da transparência dos impostos das multinacionais. Ainda assim, a lei que está bloqueada há cerca de dois anos, ainda não passou.

O ministro da Economia português, Pedro Siza Vieira, votou esta quinta-feira a favor da lei da transparência dos impostos das multinacionais, na reunião do Conselho da Competitividade, que junta os ministros da Economia dos Estados-membros da União Europeia. Apesar da mudança de posição do Governo português, a diretiva ainda não foi aprovada, avança o Diário de Notícias (acesso livre).

“Portugal apoia“, disse Pedro Sousa Vieira, citado pelo DN, e acrescentando que em causa estava a necessidade de dar mais “transparência” ao sistema.

Em cima da mesa está a diretiva da transparência fiscal das multinacionais que obriga estas empresas a publicarem dados sobre os territórios onde obtêm os seus lucros e onde pagam os seus impostos dentro da União Europeia (UE). Ao mesmo tempo, a lei obriga estas empresas a divulgarem, ao pormenor, a atividade que praticam em países considerados paraísos fiscais. Em causa estão empresas como o Facebook, ou a Google.

Apesar da mudança de posição do Governo português, a lei ainda não foi aprovada. De acordo com o DN, durante a reunião desta quinta-feira, a Finlândia considerou que ainda não é possível chegar a uma abordagem geral. Além de Portugal, entre os Estados-membros que votaram a favor da diretiva está Espanha, Dinamarca, Itália, Holanda, Roménia, Bélgica, França, Grécia, Lituânia, Eslováquia, Polónia, Bulgária. A chumbar a lei esteve Luxemburgo, Letónia, Eslovénia, Irlanda, Estónia, Áustria, Suécia, República Checa, Hungria, Malta e Croácia. Alemanha absteve-se e o Reino Unido não votou.

A posição de Portugal sobre este assunto não era clara e o DN chegou a avançar que Portugal estaria a bloquear no Conselho Europeu a aprovação da diretiva, juntamente com uma minoria de países, entre os quais o Luxemburgo, Irlanda e Malta. Um ponto justificado com a leitura “jurídica” que o país fazia da legislação, além de considerar que, por se tratar de um tema fiscal, só poderia ser aprovado por unanimidade. Esta posição mereceu várias críticas, uma vez que na prática isso impossibilitaria a aprovação do documento. Na passada sexta-feira, o mesmo jornal avançou que Portugal decidiu mudar de postura e iria dar luz verde à diretiva, votando ao lado de países como Espanha, Itália e França. A Lei estava “bloqueada” no Conselho Europeu há dois anos.

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Bright Sunday investe mais de dez milhões de euros em Portugal até ao fim do ano

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

A empresa de paineis solares Bright Sunday prevê que o investimento em Portugal ultrapasse os dez milhões de euros até ao final do ano, depois do lançamento em 2016.

O investimento da Bright Sunday em Portugal vai ultrapassar os dez milhões de euros até final do ano, focando-se na energia renovável, nomeadamente painéis solares, anunciou hoje a empresa sueca.

A empresa, com sede em Estocolmo e especializada em soluções de energia renovável, refere que, “até ao final de 2019, vai ultrapassar a marca dos dez milhões de euros de investimento no mercado português, fornecendo soluções para a implementação de painéis solares e outras tecnologias limpas de poupança de energia”.

Segundo as previsões apontadas em comunicado, “o acelerado ritmo de crescimento da Bright Sunday vai continuar ao longo dos próximos anos, com a previsão de realização de investimentos de cerca de 250 milhões de euros em Portugal e Espanha”, país que será o próximo mercado de expansão da sua atividade.

Em 2019, provámos efetivamente as potencialidades do nosso modelo de negócio em Portugal”, defende a Bright Sunday, explicando ter assegurado contratos com empresas de várias áreas, incluindo clubes de futebol, produtores de vinho, empresas de moda, hotéis ou setor alimentar.

A Bright Sunday escolheu Portugal como o seu mercado de lançamento em 2016 e entre as razões para a sua decisão listou fatores como o elevado número de empresas portuguesas exportadoras, “muitas das quais mantendo acordos comerciais com grandes companhias suecas com uma procura crescente em termos de sustentabilidade da cadeia de fornecedores”.

Atualmente, a BrightSunday trabalha com mais de 20 parceiros de engenharia, procurement e construção em Portugal e Espanha na implementação de painéis solares fotovoltaicos e iluminação LED.

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Descida do IVA na eletricidade seria “uma excelente notícia”

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

O presidente da da APREN considera que a redução do IVA na eletrecidade de 13% para 6% seria uma "excelente notícia" e relembra que Portugal é o país com "a oitava eletricidade mais cara do mundo".

O presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) considerou esta quinta-feira que a descida do IVA na eletricidade seria uma “excelente notícia”, referindo que Portugal tem eletricidade mais cara devido a “um conjunto de impostos”.

“Isso é um tema político, mas obviamente que se efetivamente o Orçamento do Estado puder prescindir desse IVA na eletricidade para nós é fantástico, porque Portugal tem a oitava eletricidade mais cara do mundo, tendo em conta um conjunto de impostos e tarifas que lhe são imputadas”, afirmou Pedro Amaral Jorge, quando questionado sobre a eventual descida do IVA sobre a energia.

Em declarações à agência Lusa, no dia em que a APREN promove a Cimeira Portugal Renovável 2019, a decorrer em Lisboa, o presidente da APREN defendeu que “quanto menos impostos incidirem [sobre o preço da eletricidade] melhor a perceção dos consumidores e as pessoas podem ter mais conforto térmico e energético se a eletricidade puder baixar o preço por via da redução fiscal”.

O Expresso e o Observador noticiaram que, embora o Governo só agora tenha começado a negociar a proposta de Orçamento do Estado para 2020, arrisca-se já a ver uma coligação (PSD, PCP e BE) aprovar a redução do IVA sobre a energia para a taxa mínima, de 6%, em vez dos atuais 23%, uma medida que pode ter um custo de várias centenas de milhões de euros para o orçamento.

Pedro Amaral Jorge defendeu que para Portugal alcançar as metas de transição energética, inscritas no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2030, “importa assegurar estabilidade regulatória e que não haja surpresas do ponto de vista da fiscalidade ou da tributação extemporânea às renováveis, perturbando a capacidade de captar investimento”.

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Sabe quais são as dez cidades com maior mobilidade urbana?

De acordo com o ranking da consultora Oliver Wyman entre as dez cidades com maior mobilidade urbana, cinco são asiáticas. Há ainda três cidades europeias na lista e uma no continente americano.

A Oliver Wyman elaborou um ranking com as cidades a nível mundial com maior mobilidade urbana. As cidades asiáticas dominam o top 10, com Singapura a liderar a lista, seguida de Amesterdão e Londres. Não há nenhuma cidade portuguesa a constar no ranking, no qual a consultora selecionou 30 cidades.

Entre as metrópoles com maior mobilidade urbana, o grande destaque vai para a Ásia, já que cinco das dez cidades com maior mobilidade são nesse continente: Singapura, Xangai (China), Tóquio (Japão), Pequim (China) e Seul (Coreia do Sul). No top 10, estão apenas três cidades europeias (Amesterdão, Londres e Berlim) e, no que toca ao continente americano, Nova Iorque é considerada a quinta cidade com maior mobilidade.

Em contraciclo, Bombai (Índia), Joanesburgo (África do Sul) e o Cairo (Egito) são ocupam os últimos lugares da lista de 30 países.

O ranking foi realizado em parceria com o Instituto de Estudos de Transportes da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e a análise centrou-se na avaliação das redes de mobilidade pública e privada das cidades selecionadas, regulação, políticas e infraestruturas, bem como, a sua capacidade para absorver tecnologias futuras. Cada cidade foi pontuada em cinco dimensões: impacto social, eficiência dos sistemas, inovação, atratividade do mercado e infraestruturas.

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Estudo sugere unificação de datas de pagamento dos impostos para simplificar sistema

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

As empresas consideram que a “multiplicação de taxas e impostos” tem criado dificuldades crescentes para os contribuintes cumprirem as suas obrigações fiscais.

As empresas portuguesas de distribuição cumprem, por ano, uma média de 169 obrigações de natureza fiscal, segundo conclui um estudo da associação do setor que sugere a unificação das datas de pagamento como medida de simplificação.

Entre as obrigações fiscais que as empresas são chamadas a cumprir anualmente incluem-se 109 relacionadas com pagamento de impostos (73) e de taxas (36), a que se somam 60 obrigações acessórias, onde os impostos (que representam 59) também lideram.

Tendo em conta apenas os atos relacionados com impostos, as empresas estão vinculadas a cumprir uma média de 11 mensais, segundo indica o estudo “Obrigações fiscais do setor da distribuição”, elaborado para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) pela Sérvulo & Associados, e que foi apresentado esta quinta-feira em Lisboa.

O cumprimento destas obrigações consome tempo às empresas que, de acordo com o “Paying taxes 2018” (elaborado pelo Banco Mundial e pela PwC), se traduz em 243 horas por ano, o que coloca Portugal como o 6.º país da União Europeia (UE) onde as empresas demoram mais horas a pagar impostos. Na UE a média de horas consumidas é de 161.

Além de pagamentos finais, as empresas são ainda chamadas a fazer por ano vários pagamentos antecipados (os pagamentos por conta no IRC são disso um exemplo) e a entregar declarações, prestar informações e exibir documentos.

Tudo isto leva as empresas a considerar o sistema fiscal “complexo e de difícil aplicação”, sendo que a “multiplicação de taxas e impostos” tem criado dificuldades crescentes para os contribuintes cumprirem as suas obrigações fiscais.

“A complexidade do sistema fiscal português é agravada pela existência de inúmeras orientações administrativas da AT [Autoridade Tributária e Aduaneira] em que esta expressa o seu entendimento”, refere o estudo assinalando que, apesar de a maior parte já se encontrar disponível no Portal das Finanças, “muitas são antigas e não se encontram ainda acessíveis”.

O estudo avança, por isso, com várias propostas de simplificação onde se incluem a fusão dos pagamentos antecipados de IRC e com uma única regra de cálculo dedutível à coleta e à tributação autónoma.

Em paralelo é sugerida a nomeação de uma entidade única como responsável por receber todos os pagamentos e pela sua redistribuição pelas entidades públicas. E “como complemento à nomeação de uma entidade coordenadora de pagamentos, propõe-se a estipulação de periodicidade e data-limite de pagamento uniforme para a maioria das obrigações de pagamento”, acrescenta.

É ainda proposta a fusão das obrigações de comunicação, o que poderia ser feito através da comunicação ao Ministério do Trabalho e ao Fundo de Compensação do Trabalho das informações constantes da Declaração Mensal de Remunerações (DMR) que já é atualmente partilhada com a AT.

Ainda no âmbito da simplificação, sugere-se a criação de um regime geral das taxas e regime das contribuições financeiras a favor das entidades públicas, a criação de manuais de procedimentos especializados, a publicitação dos tempos legalmente previstos de respostas a pedidos de informação vinculativa e orientações administrativas ou a harmonização das taxas municipais.

Para Gonçalo Lobo Xavier, diretor geral da APED, este “relatório pretende ser um contributo de um setor fundamental para a economia nacional e que pretende continuar a ser competitivo”, sendo igualmente “um alerta para quem quer tomar decisões corretas e contribuir para o crescimento da economia portuguesa e da sua sociedade”.

A APED integra 163 associados do retalho alimentar e não alimentar.

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Membro fundador do Livre anuncia afastamento do partido

  • Lusa
  • 28 Novembro 2019

Miguel Dias, que foi o segundo candidato na lista de Setúbal do Livre, decidiu afastar-se do partido, por não se rever na "forma e postura política" assumida.

Um dos membros fundadores do Livre, Miguel Dias, anunciou terça-feira numa rede social o seu afastamento do partido da papoila, justificando a decisão com “uma questão de forma e de postura política” na qual deixou de se rever.

“Não foi uma decisão fácil nem leviana. É emocionalmente complexa a decisão de abandonar o LIVRE, partido que ajudei a fundar e ao qual dediquei 6 anos da minha vida. As razões para a minha saída foram explicadas internamente“, lê-se numa das mensagens publicadas pelo candidato às eleições legislativas de outubro, no Twitter, no segundo lugar da lista de Setúbal do Livre.

Miguel Dias escreveu ainda: “posso adiantar que não estão relacionadas com o conteúdo, pois os meus valores ideológicos e as ideias politicas continuam a condizer em larga medida com o defendido com o partido; antes com uma questão de forma e de postura política na qual não me revejo”.

O Livre e a sua deputada única, Joacine Moreira, têm estado envoltos em polémicas desde a eleição da parlamentar, em 6 de outubro, primeiro devido à gaguez da ativista e a consequente necessidade de tolerância nos tempos de intervenção, à qual o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, tem acedido.

Recentemente, foram tornados públicos desentendimentos entre a direção do partido e a deputada na sequência da abstenção de Joacine Moreira face a um voto de condenação da ação militar israelita na Faixa de Gaza, seguindo-se trocas de acusações de falta de lealdade política ou de falta de solidariedade ainda durante a campanha eleitoral.

Há dois dias, Joacine Moreira entregou no parlamento um projeto de lei sobre a nacionalidade, uma das principais bandeiras do partido nas eleições, mas fora do prazo consensualmente estabelecido na anterior legislatura entre as bancadas dos partidos com assento parlamentar. Na terça-feira, a deputada única do Livre protagonizou um momento insólito em São Bento, com o seu assessor a pedir a um elemento da Guarda Nacional Republicana para a escoltar a fim de evitar responder a perguntas de jornalistas.

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Avaliação das casas atinge novo máximo. Já está acima dos 1.300 euros

O preço a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu para 1.304 euros, em outubro. Trata-se de um novo máximo de mais de uma década.

A avaliação que os bancos atribuem às casas, para efeitos de disponibilização de financiamento às famílias, voltou a aumentar em outubro, atingindo um novo máximo. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor do metro quadrado subiu pelo 31.º mês consecutivo, fixando-se nos 1.304 euros pela primeira vez em mais de uma década.

Entre setembro e outubro assistiu-se a um aumento de cinco euros (0,4%) no valor da avaliação bancária, sendo que se a comparação for feita com outubro do ano passado, verifica-se que o valor médio das avaliações cresceu 7,6%, ou o equivalente a mais 92 euros.

O valor médio da avaliação bancária das casas fixado no último mês é o mais elevado do histórico do gabinete público de estatísticas, cujo início remonta a setembro de 2008. Este indicador acompanha assim a evolução dos preços das casas em Portugal que continuam a crescer.

Avaliação das casas supera 1.300 euros

Fonte: INE

O ritmo de subida da avaliação atribuída pelos bancos leva a que, por exemplo, um imóvel de 100 metros quadrados esteja avaliado hoje em 130,4 mil euros, em média. Ou seja, mais 9.200 euros face há um ano.

Algarve mantém liderança. Norte lidera subida homóloga

A generalidade das regiões do país viu a avaliação dos respetivos imóveis aumentar em outubro, tanto em termos mensais como homólogos. O Algarve apresentou das maiores subidas, mantendo-se como a região do país onde a avaliação das casas é mais alta. Esta situou-se num valor médio de 1.719 euros por metro quadrado, em outubro, um aumento de 1,4% face a setembro e de 8,4% em comparação com o mês homólogo.

A Área Metropolitana de Lisboa também sobressaiu entre os maiores incrementos da avaliação dos imóveis, mantendo-se como a segunda região mais cara do país. Aí, os bancos avaliavam o preço do metro quadrado nos 1.614 euros, em outubro. Ou seja, 0,6% e 8,8% acima do valor de setembro e do mesmo mês do ano passado, respetivamente.

Destaque para o Norte que apresentou o maior crescimento dos preços em termos homólogos. A avaliação das casas situou-se numa média de 1.190 euros, em outubro, um aumento de 9% no espaço de um ano.

(Notícia atualizada às 11h41)

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Taxa de desemprego terá estabilizado em 6,5% em outubro

O INE divulgou esta quinta-feira o valor provisório para a taxa de desemprego referente a outubro e deu como definitiva a taxa de desemprego de setembro.

A taxa de desemprego terá ficado em 6,5% em outubro, o que significa uma estabilização face a setembro quando atingiu o mesmo valor, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira.

O INE reviu em baixa em uma décima o valor de setembro para 6,5%, mas manteve a tendência de subida já avançada no mês anterior, embora menos acentuada. Em agosto, a taxa de desemprego mensal apurada pelo INE ficou em 6,4%. Desta forma, entre agosto e setembro, a taxa de desemprego agravou-se em uma décima.

O valor provisório da taxa de desemprego para outubro coloca este indicador acima da meta traçada pelo Governo no draft do Orçamento do Estado para 2020, que o Executivo enviou para Bruxelas a 15 de outubro. O objetivo do Executivo antecipa uma melhoria da situação do mercado de trabalho face a 2018, quando a taxa de desemprego se fixou em 7%.

Se no próximo mês o INE confirmar o valor provisório de outubro, a taxa de desemprego mensal apresentará uma redução de apenas uma décima face ao mesmo mês do ano anterior. Em outubro de 2018 a taxa de desemprego situou-se em 6,6%.

O INE adianta que, em outubro, “a taxa de desemprego dos jovens foi estimada em 18,3%, tendo diminuído 0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês precedente. A taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 5,6% e manteve-se igual à do mês anterior”.

Em outubro, a população desempregada terá sido igual a 340 mil pessoas, mantendo-se “praticamente inalterada” face ao mês anterior. O INE adianta que aumentou 1,7% (5,6 mil pessoas) relativamente a três meses antes (julho de 2019), mas diminuiu 0,7% (2,5 mil pessoas) face ao período homólogo.

Quanto à população empregada, o INE adianta que, para outubro, “a estimativa provisória da população empregada correspondeu a 4.867 mil pessoas e diminuiu 0,1% (4 mil) em relação ao mês anterior, aumentou 0,5% (23,6 mil) relativamente a três meses antes (julho de 2019) e 0,9% (45,3 mil) em comparação com o mesmo mês de 2018”.

INE detetou menos 4,1 mil desempregados em setembro

Para a revisão em baixa em uma décima na taxa de desemprego de setembro contribuiu o facto de o INE ter detetado menos 4,1 mil desempregados do que os estimados há um mês. Assim, a população desempregada fixou-se em 340,8 mil pessoas.

Mas o instituto de estatística encontrou também mais empregados. Trata-se de uma revisão em alta de 1,8 mil pessoas do que o valor provisório calculado há um mês, “a que corresponde uma revisão relativa quase nula”, explica o INE. A população empregada fixou-se assim em 5.211,8 mil pessoas em setembro.

Evolução da taxa de desemprego (% da população ativa)

Fonte: INE

(Notícia atualizada)

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