Orçamento tem primeiro teste político a 10 de janeiro. Parlamento já marcou dias de votação

  • ECO
  • 20 Novembro 2019

O Parlamento marcou esta quarta-feira o calendário de discussão e votação do Orçamento do Estado para 2020. Sem maioria no Parlamento, o primeiro teste acontece a 10 de janeiro.

O Orçamento do Estado para 2020 vai ser votado na generalidade a 10 de janeiro, segundo o calendário para debate e votação aprovado esta quarta-feira no Parlamento. Esta é a data marcada para o primeiro teste político ao Orçamento, com o Governo a ter de procurar apoios parlamentares para ver do documento aprovado.

Segundo a TSF, para os dias 4, 5 e 6 de fevereiro está marcado o debate e votação na especialidade. A 7 de fevereiro acontece então a votação final global do Orçamento do Estado para 2020.

Na semana passada a Rádio Renascença avançou que o Governo quer que o Orçamento do Estado para 2020 chegue às mãos dos deputados a 16 de dezembro. Esta foi a “data indicativa” avançada pelo Governo na conferência de líderes desta quarta-feira, adianta a Lusa, que acrescenta que este calendário tem como meta a entrada em vigor do Orçamento em 1 de março do próximo ano.

A agência pública de notícias acrescenta também que durante a fase da generalidade haverá dois dias de debate — o 9 e o 10 de janeiro. Até lá deverão decorrer negociações com os partidos à esquerda do PS e o PAN com o objetivo de ver o documento aprovado, já que o PS só tem 108 deputados.

O calendário foi conhecido no dia em que Bruxelas se pronunciou sobre o esboço do Orçamento do Estado para 2020, que Portugal enviou para Bruxelas a 15 de outubro. O executivo comunitário avança que o Orçamento tem de ter um ajustamento estrutural de 0,4% do PIB. No draft, onde não estavam incluídas novas medidas para 2020, o Governo previu um défice estrutural de 0,5% em 2020, uma degradação face aos 0,3% do PIB de défice estrutural projetado para 2019.

(Notícia atualizada às 13h12 com mais informação)

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Fórmula 1 no Brasil foi segura por 100 milhões de dólares

  • ECO Seguros
  • 20 Novembro 2019

A Tokio Marine garantiu os 100 milhões de dólares de cobertura ao grande prémio, com Dulce Thompson como uma das corretoras e resseguro pela IRB Brasil, a britânica XL Catlin e a alemã HDI Global.

A Tokio Marine, subsidiária da seguradora japonesa com o mesmo nome, foi escolhida para ser a seguradora oficial do grande prémio de Fórmula Um que se realizou no passado fim-de-semana em São Paulo.

Segundo o jornal Valor Econômico, a organização da Fórmula Um contratou por 100 milhões de dólares a cobertura de riscos relacionados com a realização, infraestrutura, alimentação e segurança das mais de 150 mil pessoas estiveram no Autódromo de Interlagos.

O jornal acrescenta que o contrato teve como principal contratante a International Publicity (Interpub), organizadora do evento. O resseguro foi partilhado entre IRB Brasil Re, XL Catlin Group (Reino Unido) e HDI Global (Alemanha).

Em outro texto, a jornalista Roseli Loturco conta que Dulce Thompson, corretora de seguros de entretenimento da empresa que leva o seu nome, é uma das brokers que estão envolvidas no milionário processo de seguros da Fórmula 1.

Neste tipo de contrato o cancelamento da prova, por qualquer motivo, com todas as suas consequências em diversas frentes, é apontado como o maior risco para os seguradores.

A Tokio Marine Seguradora é subsidiária da Tokio Marine Holdings, fundada em 1879, no Japão. Tem operações em 38 países e está no Brasil desde 1959.

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Custo da nova dívida pública em novo mínimo histórico de 1,1%

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

O custo médio da dívida emitida por Portugal situou-se em 1,1% até outubro, abaixo dos 1,2% registados até setembro, o que corresponde a um novo mínimo histórico.

O custo da dívida emitida por Portugal entre janeiro e outubro fixou-se em 1,1%, um novo mínimo histórico, de acordo com o boletim mensal do IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública.

Segundo dados divulgados pela entidade liderada por Cristina Casalinho, o custo médio da dívida emitida por Portugal situou-se em 1,1% até outubro, abaixo dos 1,2% registados até setembro, o que corresponde a um novo mínimo histórico desde, pelo menos, 2010, quando começam os registos do IGCP.

O custo da dívida pública emitida por Portugal tem vindo a descer desde 2011, quando o país pediu assistência financeira internacional. Naquele ano, o custo que Portugal pagou por emitir nova dívida atingiu o máximo histórico de 5,8%.

Já entre 2017 e 2018, o custo da dívida pública portuguesa emitida passou de 2,6% para 1,8%.

O boletim hoje divulgado indica também que o saldo da dívida direta do Estado ascendeu a 246,7 mil milhões de euros no final de outubro, uma descida de 0,1% face ao mês anterior.

O IGCP explica que esta variação no stock da dívida direta do Estado deveu-se “essencialmente, ao pagamento antecipado do empréstimo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), num montante de dois mil milhões de euros”, que foi executado em 17 de outubro.

A entidade indica também que, “adicionalmente, verificou-se a amortização do BND NOK OUT2019, no montante de 86 milhões de euros”.

E o IGCP refere ainda que, por outro lado, se registou um aumento do saldo de Bilhetes do Tesouro (BT), “explicado pela realização de dois leilões, nos montantes de 350 milhões de euros (na linha a três meses BT 17JAN2020) e 904 milhões de euros (na linha a 11 meses BT 18SET2020)”.

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SIBS reforça investimento em Castelo Branco. Está a contratar 200 colaboradores

A SIBS já está instalada em Castelo Branco desde 2012, mas está a reforçar o investimento. Vai contratar 200 colaboradores nos próximos meses.

A SIBS, responsável pelo multibanco e pela app MB Way, acaba de inaugurar um novo edifício em Castelo Branco de forma a reforçar o seu investimento nesta localidade e na unidade de Business Process Outsourcing (BPO) ali instalada. Vai contratar 200 novos colaboradores nos próximos meses.

A empresa já está presente neste município desde 2012 e emprega atualmente 300 pessoas nas suas equipas de continuidade de operações de BPO, nomeadamente em serviços de backoffice.

A criação destes postos é um investimento da SIBS para o desenvolvimento da economia desta região, sendo, em paralelo, uma oportunidade para jovens albicastrenses poderem desenvolver carreira na sua localidade de origem, numa das maiores empresas que aqui tem desenvolvido atividade no Município, permitindo igualmente demonstrar o potencial do centro do País.

“Castelo Branco é uma localidade com uma população jovem, ativa e com excelente capacidade profissional que tem ajudado a SIBS a fazer crescer o seu negócio na região”, afirma João Luís Baptista, COO e administrador executivo da SIBS, em comunicado, acrescentando que “estamos certos que o investimento nestas novas instalações demonstra o reforço da aposta da SIBS na região, garantindo a empresa níveis adequados de resiliência operacional mediante a localização do seu negócio em diferentes áreas geográficas seguindo assim as melhores práticas de mercado”.

A SIBS cresceu como fintech, a inovar e tendo a tecnologia como seu driver. Reinventou formas de pagamento já existentes e criou o MB Way, serviço de pagamentos móveis com mais utilizadores em Portugal, que permite fazer compras, transferências imediatas e levantamentos, utilizando apenas o telemóvel.

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Tecnologia e seguros: DARQ e hiperpersonalização

  • ECO Seguros
  • 20 Novembro 2019

A Accenture deixa a fase SMAC e entra na era DARQ, a do marketing hiperpersonalizado e em que tecnologia digital será uma prioridade estratégica para todo negócio segurador.

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Nos últimos três anos o ritmo da inovação na indústria dos seguros acelerou de uma forma nunca vista devido às novas tecnologias emergentes. Essa é a opinião de 96% dos 577 inquiridos pela Accenture para o seu relatório “Technology Vision for Insurance 2019”, que apresenta cinco tendências tecnológicas que marcarão o sector nos próximos anos.

Para a Accenture a era digital já era. Essa designou-se SMAC — social, media, analytics and cloud. Agora, já temos de falar nos tempos do “pós-digital”, ou seja, a era DARQ, um tempo em que os produtos e serviços prestados pelas seguradoras evoluem e adaptam-se aos comportamentos dos consumidores e ao seu contexto, desde o marketing hiperpersonalizado até às apólices de seguros paramétricos que pagam, de uma forma imediata, a compensação devida por um atraso de mais de duas horas num voo.

Diz a consultora será uma era “onde a tecnologia digital será uma prioridade estratégica para todo negócio dos seguros”. A tecnologia deixará de ser uma vantagem competitiva e passará algo que se espera de cada negócio.

A era pós digital será aquela em que cada consumidor, colaborador e parceiros de negócio procurarão experiências contextuais personalizadas e cada momento representará uma oportunidade para as empresas desempenharem um papel no desenvolvimento dessas experiências. As seguradoras precisarão de fornecer não apenas experiências personalizadas, mas também individualizadas para corresponder às expectativas.

E como serão estes tempos? A Accenture fala em cinco tendências: poder DARQ, experiências individuais, novas competências tecnológicas dos colaboradores, segurança e corresponder às expetativas dos consumidores “aqui e agora”.

O poder DARQ corresponde à combinação das novas tecnologias que vão moldar o futuro, entre elas a inteligência artificial, a realidade aumentada e a computação quântica – 96% dos inquiridos para o relatório da Accenture já estão a experimentar uma ou mais tecnologias DARQ.

A segunda tendência refere que as interações permitidas pela tecnologia criarão um “tech identity” para cada consumidor, o que será um factor-chave para criar serviços e experiências feitos à medida. A terceira tendência tem a ver com as novas competências dos colaboradores, que combinarão o seu conhecimento com o poder da tecnologia e que as organizaçãões têm de estar preparadas para esta evolução.

A necessidade de as questões de segurança abrangerem todo o ecossistema, desde as seguradoras aos parceiros de negócio, e de corresponder às expectativas dos consumidores de uma forma imediata são, respetivamente, a quarta e quinta tendências.

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Altice Portugal lança Meo na Apple TV. Vende box a 219,99 euros

O serviço da Meo vai passar a estar disponível na Apple TV. Para quem não a tem, a empresa está a vender a box 4K da Apple a 219,99 euros.

A Altice Portugal anunciou esta quarta-feira que a televisão da Meo vai passar a estar disponível na Apple TV, integrada com as outras funcionalidades já existentes nesta tecnologia da fabricante do iPhone. A empresa vai também começar a vender a box da Apple TV com capacidade 4K e 64 GB de armazenamento, por 219,99 euros.

De acordo com João Epifânio, administrador da Altice Portugal para a área das vendas, a aplicação da Meo vem integrada na Apple TV para os clientes que adquiram a box na loja da operadora. O serviço inclui não só a televisão linear, em direto, mas também os filmes e séries que já passaram na televisão.

Este lançamento insere-se na estratégia de “diversificação” do portefólio de serviços da Altice Portugal, a tempo da época do natal. Atualmente, a empresa líder na TV em Portugal é a Nos, mas a Altice Portugal considera que este lançamento vai ajudar a Meo a chegar à liderança em breve, disse Alexandre Fonseca, presidente executivo da empresa, à margem do congresso da APDC: “Este é mais um passo para a liderança na TV, que se aproxima a passos largos”.

Aos jornalistas, Alexandre Fonseca disse ainda que estes serviços, como a Apple TV, “não são uma ameaça” para a Altice Portugal e disso resulta a lógica de parceria fechada entre a empresa e a Apple. No evento, não esteve presente qualquer responsável da marca da maçã no evento organizado pela operadora portuguesa.

À margem do congresso, a Altice Portugal demonstrou as potencialidades desta parceria, nomeadamente a possibilidade de recuar e avançar na emissão de forma rápida e simples, bem como uma experiência de zapping igualmente veloz. Desde novembro, a Apple TV em Portugal passou a incluir o serviço de streaming Apple TV+, que custa 4,99 euros por mês.

Correção: Uma versão anterior indicava que a box custaria 299,99 euros. No entanto, a box custa 219,99 euros. Aos leitores e visados, as nossas desculpas.

(Notícia atualizada às 12h52 com mais informações)

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Portugal vai produzir mais maçãs, amêndoas e azeite este ano

Portugal deverá produzir 354 mil toneladas de maçãs, o valor mais alto desde 1986. Destaque ainda para a produção de amêndoas e de olivais para azeite com um aumento de 55% e 20%, respetivamente.

Portugal deverá produzir este ano 354 mil toneladas de maçãs, o valor mais alto nos últimos 33 anos. Destaque ainda para a produção de amêndoas com 34 mil toneladas produzidas (+55% face ao ano anterior) e 2.474 quilogramas de hectare de azeitonas para azeite (+20%). Em contrapartida, a produção de arroz está em queda, bem como, a de kiwi e de pera.

“As previsões agrícolas, em 31 de outubro, apontam para aumentos significativos na produção de maçã (+35%, face à campanha anterior) e de amêndoa (+55%), resultado de condições meteorológicas favoráveis e da entrada em produção de pomares novos. Também se prevê aumento de produtividades nos olivais para produção de azeitona para azeite (+20%), com os olivais tradicionais a responderem positivamente à precipitação de meados do mês”, revela o relatório divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O grande destaque vai para a maçã que atinge valores recorde desde 1986, com mais 350 mil toneladas produzidas este ano. Quanto à castanha prevê-se ainda um aumento de 5% face a 2018. Em destaque nas produções anuais está também a produção de tomate para a indústria, “cuja produção deverá ser superior a 1,4 milhões de toneladas, numa campanha com produtividades médias a rondar as 95 toneladas por hectare”, aponta o gabinete de estatísticas. Estes números revelam uma das melhores colheitas de sempre, estimando-se um aumento de 17% face à colheita de 2018.

Em contraciclo, preveem-se reduções na produção de pera e kiwi (-5%). No que toca à produção de arroz, espera-se também um diminuição de 5% na produção quando comparada com a campanha anterior, atingindo as 153 mil toneladas. “As temperaturas mais amenas e a menor luminosidade nos meses de julho e agosto, face ao normal, terão sido os principais motivos para esta diminuição, uma vez que são fatores determinantes para uma boa formação do grão e enchimento da espiga”, diz o INE.

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Comissão: Orçamento tem de ter ajustamento de 0,4% para cumprir regras europeias

Portugal ainda não tem orçamento para a Comissão analisar, mas o vice-presidente Valdis Dombrovskis disse que a proposta que será apresentada tem de ter um ajustamento estrutural de 0,4% do PIB.

O vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis, disse esta quarta-feira que o Orçamento do Estado para 2020 tem de prever uma redução do défice estrutural na ordem dos 0,4% do PIB para cumprir as regras europeias, e instou o Governo português a incluir esse ajustamento no documento que vai entregar ao Parlamento em dezembro, e que terá de enviar para Bruxelas de seguida.

“[O orçamento português] de facto, foi considerado como estando em risco de incumprimento, mas só recebemos o cenário em políticas invariantes, por isso esperamos pela proposta de Orçamento do Estado”, explicou Valdis Dombrovskis, na apresentação feita Comissão Europeia das análises aos orçamentos nacionais.

O letão, que continuará a ser o vice-presidente responsável pela área económica na próxima Comissão, disse que a recomendação feita a Portugal é para que faça o ajustamento com que se comprometeu com os ministros das Finanças no verão, na ordem dos 0,4% do PIB.

“Como para todos os países em risco de incumprimento, instamos as autoridades portuguesas a apresentar uma proposta de Orçamento do Estado que esteja em cumprimento com o Pacto de Estabilidade e Crescimento. No caso de Portugal, exigiria, de acordo com a decisão do Conselho [da União Europeia], um ajustamento estrutural de 0,4% do PIB em 2020”, afirmou Valdis Dombrovskis.

Devido ao calendário eleitoral, Portugal só enviou para Bruxelas uma atualização das previsões económicas, num cenário de políticas invariantes (sem qualquer nova medida para além daquelas que já estão aprovadas e legisladas). Portugal não foi o único país a fazê-lo — Áustria, Bélgica, Espanha também entregaram apenas novas previsões –, e as regras permitem que assim seja.

No entanto, isso não deixará Portugal de fora da avaliação da Comissão Europeia. O Executivo já disse às autoridades portuguesas que tem de enviar a proposta de Orçamento do Estado para 2020 assim que possível, e esta tem de chegar pelo menos um mês antes de ser votada no Parlamento, para dar tempo à Comissão para se pronunciar.

Nas previsões enviadas a 15 de outubro, Mário Centeno disse à Comissão que espera um agravamento do défice estrutural em 0,2% do PIB em 2020, sem a introdução de novas medidas. Na resposta, a Comissão avisou que esta seria uma violação das regras.

Agora, a Comissão Europeia deixa o aviso que Portugal tem de ir mais longe. Para passar no crivo de Bruxelas, terá de reduzir o défice estrutural em 0,4% do PIB, o que significa que o próximo orçamento teria de ter medidas que implicassem novas poupanças. O saldo estrutural exclui o impacto do ciclo económico e medidas extraordinárias, o que significa que a melhoria da economia não conta para a redução deste indicador.

“Não há polícia bom e polícia mau”

Naquela que foi a sua última conferência de imprensa enquanto comissário europeu, Pierre Moscovici foi questionado pelos jornalistas se houve uma estratégia de ‘polícia bom, polícia mau’ entre o francês e Valdis Dombrovskis, ambos responsáveis no processo do Semestre Europeu, em relação a Portugal, em alusão aos comentários mais positivos do francês em relação a Portugal.

Pierre Moscovici rejeitou que assim fosse e garante que sempre trabalhou em conjunto com o Valdis Dombrovskis, que vai continuar a ser vice-presidente da Comissão Europeia que se segue:

“Esse comentário poderia ter sido feito para outros países, mas em geral está errado. Não há policia bom e polícia mau aqui. Somos diferentes nos nossos temperamentos, nas nossas famílias políticas, mas sempre trabalhámos lado a lado e sempre alcançámos consensos”, disse o francês, acrescentando que ambos são amigos e que as suas diferenças enriqueceram o processo.

Em relação a Portugal, Pierre Moscovici voltou a deixar um elogio rasgado ao trabalho feito nos últimos anos, desde a crise à recuperação: “Uma coisa é certa, ambos adoramos Portugal e todos apreciamos o esforço que foi feito nos últimos anos. Quando vejo a situação atual, e não tem a ver com política mas com um país, estou satisfeito que Portugal esteja a caminho de um orçamento equilibrado, de ver que há um boom em Portugal e há uns anos a situação não era esta, de todo”, disse.

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Processo contra Carlos Alexandre acaba arquivado

  • ADVOCATUS
  • 20 Novembro 2019

Foi arquivado o processo disciplinar ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal Carlos Alexandre por declarações sobre o sorteio da fase de instrução do processo Operação Marquês.

O Conselho Superior da Magistratura decidiu arquivar o processo disciplinar relativo ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal Carlos Alexandre por declarações sobre o sorteio da fase de instrução do processo Operação Marquês.

“O plenário do Conselho Superior da Magistratura decidiu, por maioria, pelo arquivamento do processo disciplinar relativo ao juiz Carlos Alexandre no que respeita às suas declarações em entrevista à RTP”, referiu à agência Lusa fonte oficial do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

O CSM abriu, em outubro do ano passado, um inquérito ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre por declarações sobre o sorteio da fase de instrução do processo Operação Marquês, em entrevista à RTP. Na altura ainda estava à frente do CSM o magistrado Mário Belo Morgado, atualmente secretário de Estado da Justiça. Desde o início deste ano que José Lameiras ocupa o cargo de vice-presidente do mesmo órgão.

Na altura, um comunicado do CSM indicava que “dada a gravidade das declarações prestadas foi determinado, por despacho hoje proferido pelo vice-presidente do CSM (…) a abertura de inquérito, para cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas pela entrevista em causa que sejam suscetíveis de relevar no âmbito das competências” deste órgão de gestão e disciplina dos juízes.

Em entrevista ao programa Linha da Frente da RTP, em outubro de 2018, Carlos Alexandre questionou o sistema de sorteio de juízes do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

O sorteio eletrónico do juiz de instrução da Operação Marquês escolheu o outro juiz do TCIC, Ivo rosa.

“Há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número de processos de diferença que exista entre mais do que um juiz”, disse Carlos Alexandre, lançando dúvidas sobre o sistema de sorteio.

No comunicado sobre a abertura do processo a Carlos Alexandre era referido que, “de acordo com todos os elementos técnicos disponíveis, a distribuição eletrónica de processos é sempre aleatória, não equilibrando diariamente, nem em qualquer outro período temporal suscetível de ser conhecido antecipadamente, os processos distribuídos a cada juiz”.

A decisão do Conselho foi tomada após a RTP ter transmitido partes da entrevista, “as quais estão a ser interpretados em diversos órgãos de Comunicação Social como reportados a determinado processo concreto e dirigidos a pôr em causa o respetivo ato de distribuição no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC)”, referia a nota emitida na altura.

Ivo Rosa é o juiz de instrução do processo Operação Marquês, no qual está acusado o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

 

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Sete consórcios têm 90 dias para apresentar propostas de extensão do Metro do Porto

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

Sete consórcios foram escolhidos para, nos próximos 90 dias, apresentar as propostas de empreitadas da nova linha Rosa e do prolongamento da linha Amarela do Metro do Porto, num total de 307 milhões.

Sete consórcios foram escolhidos para, nos próximos 90 dias, apresentar as propostas de empreitadas da nova linha Rosa e do prolongamento da linha Amarela do Metro do Porto, num total de 307 milhões de euros, revelou esta quarta-feira a empresa.

Numa nota enviada à Lusa, a Metro do Porto acrescenta que o arranque das obras, uma a realizar na cidade do Porto e outra em Vila Nova de Gaia, está previsto para os “próximos meses”.

A empresa notou que os concursos para a expansão do metro “estão na reta final” e que desde terça-feira que os sete concorrentes estão informados de que dispõem de 90 dias para apresentar as propostas de empreitada.

“Com a aprovação pelo Conselho de Administração da Metro do Porto dos relatórios dos júris dos concursos, para a fase de pré-qualificação, os concorrentes vão ser convidados a apresentar propostas para a execução” das linhas, refere ainda a empresa.

Depois de os concorrentes submeterem as propostas, caberá ao júri dos concursos, “segundo os critérios de avaliação – qualidade técnica das propostas e preço – propor a adjudicação das obras”.

A Metro do Porto revelou a 20 de agosto que seis empresas candidatas à construção da Linha Rosa, no Porto, foram consideradas aptas, enquanto sete foram pré-qualificadas para a extensão da Linha Amarela em Vila Nova de Gaia.

Na ocasião, a empresa revelou que 11 consórcios foram considerados “aptos a construir as novas linhas do metro”, sendo que, relativamente à nova Linha Rosa, o júri pré-qualificou seis das 10 candidatas e, para a linha Amarela, foram pré-qualificadas sete das 11 empresas que apresentaram propostas.

A empreitada acrescentará seis quilómetros e 10 milhões de novos clientes à rede do Metro.

Em causa está o prolongamento da Linha Amarela, entre Santo Ovídio a Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, e a construção da Linha Circular (Linha Rosa), entre os Aliados/Praça da Liberdade e a Casa da Música, no Porto.

No início de abril, quando foram lançados os concursos para as duas obras, o ministro do Ambiente apontou para três anos, em 2022, a conclusão das empreitadas.

O aviso publicado no Diário da República (DR) indica “42 meses” (quatro anos) como “prazo de execução do contrato” da construção da linha Rosa do Porto, com o valor base de 175 milhões de euros.

Quanto à obra de Vila Nova de Gaia, o prazo de execução previsto no DR é de “34 meses” (dois anos e dez meses), com o valor base de 95 milhões de euros.

O Metro do Porto opera atualmente em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto através de uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, utilizadas anualmente por cerca de 60 milhões de clientes, de acordo com dados da empresa.

A frota da Metro do Porto é, atualmente, constituída por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train.

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Atividade e clima económico diminuem em setembro e outubro

  • Lusa
  • 20 Novembro 2019

O indicador de atividade económica desceu de 1,9 pontos em agosto para 1,8 pontos em setembro e o indicador de clima económico baixou em outubro para 2,1 pontos, face aos 2,2 pontos de setembro.

Os indicadores de atividade económica e de clima económico, disponíveis até setembro e outubro, respetivamente, diminuíram, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE, o indicador de atividade económica desceu de 1,9 pontos em agosto para 1,8 pontos em setembro e o indicador de clima económico baixou em outubro para 2,1 pontos, face aos 2,2 pontos de setembro.

Já o indicador quantitativo do consumo privado estabilizou em setembro, “refletindo contributos positivos idênticos das componentes de consumo corrente e consumo duradouro relativamente a agosto”.

O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) desacelerou, por sua vez, em setembro, “devido ao contributo positivo menos intenso da componente de construção e ao contributo negativo mais intenso da componente de material de transporte”.

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Anacom pede redução dos preços das telecomunicações

Na semana após a apresentação de um estudo da Apritel, que indicava que as telecomunicações em Portugal são baratas, o líder da Anacom pediu, ainda assim, uma redução dos preços praticados no país.

O presidente da Anacom desvalorizou esta quarta-feira as conclusões do estudo da Apritel que indicou que as telecomunicações são baratas em Portugal comparativamente com dez países europeus. João Cadete de Matos citou outros dados e pediu às operadoras que reduzam os preços dos serviços.

“A Anacom considera essencial uma redução dos preços das comunicações e do acesso à internet em Portugal. Importa criar condições para que se inverta a disparidade observada ao longo da última década face à trajetória observada na União Europeia. Em Portugal, os preços das telecomunicações aumentaram 12,5%”, indicou.

Esta declaração, na abertura do congresso anual da APDC, contrasta com um estudo da associação Apritel, divulgado na semana passada. Feito pela Deloitte, concluiu que, em Portugal, os preços são até 34% mais baixos do que a média de dez países europeus e que, destes, os preços em Portugal dos pacotes 3P e 4P eram os segundos mais baixos.

“Neste âmbito, e conforme está previsto na sua missão, a Anacom continuará a dar prioridade à proteção dos consumidores e dos utilizadores das comunicações em Portugal”, considerou Cadete de Matos, neste que é um dos congressos mais importantes para o setor das telecomunicações em Portugal.

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