Wall Street em baixa. Investidores esperam reunião entre EUA e China

Cautela máxima nas bolsas norte-americanas. Wall Street recuou enquanto os investidores aguardam pelas negociações entre EUA e China, marcadas para esta quinta-feira.

As bolsas norte-americanas fecharam em queda face à incerteza em torno das negociações comerciais entre EUA e China. A semana começa no “vermelho”, neste que está a ser o pior arranque de trimestre dos últimos três anos.

Numa sessão volátil, em que os índices oscilaram entre ganhos e perdas, o S&P 500 fechou a recuar 0,46%, para 2.938,43 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 0,37%, para 26.475,44 pontos. O tecnológico Nasdaq perdeu 0,34%, para 7.955,36 pontos.

As ações da Caterpillar caíram 0,61%, para 120,29 dólares, enquanto os investidores aguardam pelo reatar das conversações sino-americanas, marcado para 10 de outubro. As autoridades norte-americanas e chinesas vão tentar negociar um novo acordo comercial, mas um desfecho positivo é uma hipótese cada vez mais distante.

“Houve uma recuperação [das bolsas] no final da semana passada e agora só resta esperar para ver qual vai ser a próxima tendência”, resumiu Alan Lancz, presidente da empresa de investimentos e consultoria Alan B. Lancz & Associates, em declarações à Reuters.

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UE aprova diretiva para proteção de denunciantes

  • Lusa
  • 7 Outubro 2019

O Conselho de Ministros europeu adotou a diretiva que protege os denunciantes de eventuais retaliações. Portugal e os outros Estados-membros da UE terão, agora, de a transpor.

O Conselho de Ministros europeu adotou esta segunda-feira, no Luxemburgo, a diretiva para proteção de denunciantes, que “garantirá uma elevada proteção”, “estabelecendo canais seguros de denúncia” e que será agora transposto para as legislações dos Estados.

Segundo o anúncio da diretiva, os canais seguros de denúncia estabelecem-se tanto no interior das organizações como junto das autoridades públicas, instituindo normas à escala da União Europeia (UE). Protegerá igualmente os denunciantes contra o despedimento, a despromoção e outras formas de retaliação e exigirá que as autoridades nacionais informem os cidadãos e ministrem formação às autoridades públicas sobre a forma de lidar com o problema. Portugal e os outros Estados-membros da UE terão de adotar legislação específica de proteção de denunciantes nos próximos dois anos.

A organização Transparência Internacional congratulou-se com a adoção da diretiva e publicou uma análise e recomendações para “ajudar os Estados-membros a aprovarem leis nacionais com boas práticas que ajudarão a proteger efetivamente os denunciantes e apoiarão o combate anticorrupção de cada país”. Entre as recomendações, está a de que a legislação nacional deve cobrir todas as situações possíveis de denúncia de irregularidades e garantir que todos os denunciantes estão protegidos, inclusive quando denunciam assuntos relacionados com defesa, segurança e informações confidenciais.

João Paulo Batalha, presidente da Transparência e Integridade, capítulo nacional da Transparência Internacional, afirma, num comunicado enviado à agência Lusa, que “a proteção de denunciantes é uma das principais falhas do combate à corrupção em Portugal. “Os cidadãos que, de boa-fé, dão o alarme em suspeitas de corrupção e abuso tornam-se muitas vezes as vítimas das suas próprias denúncias, sofrendo enormes pressões pessoais e profissionais. Esta diretiva vai forçar-nos a criar um regime de proteção sólido e estruturado, que dará aos cidadãos uma arma poderosa para se oporem à corrupção”, afirma.

João Paulo Batalha sublinha que “há anos que a Transparência e Integridade tem apelado ao Estado português para reforçar a proteção dos lançadores de alerta”. “Esta é aliás uma das prioridades da Estratégia Nacional Contra a Corrupção que exigiremos ao próximo parlamento, no âmbito da petição que estamos a promover para forçar o Estado a encarar o problema de forma estruturada”, acrescenta João Paulo Batalha.

Marie Terracol, coordenadora do Programa de Proteção de Denunciantes da Transparência Internacional, afirma que “a diretiva da UE vai muito longe e evita que casos como o do denunciante do caso LuxLeaks, Antoine Deltour, sejam repetidos, mas, por natureza, é limitado a violações da legislação da UE em algumas áreas”. Acrescenta que “os governos dos Estados-Membros devem garantir que a legislação proteja totalmente os denunciantes que denunciem todas as violações da lei e ameaças ao interesse público.”

“O escândalo Ukrainegate nos EUA sublinhou a importância crítica dos denunciantes na salvaguarda da democracia e na prevenção do abuso de poder. Uma legislação ambiciosa de acordo com o espírito, e não a letra, da diretiva fará com que os países da UE sejam líderes nesta matéria”, defende ainda Terracol. A Transparência Internacional também aconselha os países da UE a fortalecerem a proteção de denunciantes em processos judiciais e a criarem autoridades nacionais responsáveis pela fiscalização e aplicação da legislação sobre denúncias, bem como pela recolha e publicação de dados sobre o funcionamento da lei.

A Transparência Internacional acrescenta que nos próximos dois anos monitorizará a transposição da referida diretiva para garantir que todas as pessoas que se manifestam contra irregularidades e corrupção recebam proteção de forma adequada e igualitária.

Fundada em 2010, a Transparência e Integridade é o capítulo português da Transparência Internacional, rede global de organizações da sociedade civil contra a corrupção presente em mais de 100 países em todo o mundo. A associação trabalha pela promoção de políticas públicas de acesso à informação, reforço da Transparência do Estado, das empresas e das organizações do Terceiro Setor e por medidas eficazes de prevenção e combate à corrupção e abuso de poder.

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Tarifas de Trump são questão “delicada” para os Açores. Deputados temem impacto nas exportações de queijo

  • Lusa
  • 7 Outubro 2019

O Governo regional dos Açores está preocupado com o impacto negativo que as novas tarifas de dos EUA podem ter nas exportações de queijo. Estão a negociar isenções com a República.

O Governo dos Açores reconheceu que a aplicação de taxas e tarifas aduaneiras adicionais pelos EUA é uma “matéria delicada”, mas sublinhou estar a trabalhar sobre o tema desde maio com o Governo da República.

“Face à decisão da administração norte-americana de aplicar aumentos nas taxas e tarifas aduaneiras a vários produtos europeus, importa, no quadro bilateral e da União Europeia, que sejam empreendidas medidas que permitam negociar isenções para os produtos açorianos, dado o pouco impacto que têm no mercado dos EUA”, frisou o governante com a tutela da Agricultura do executivo açoriano, João Ponte.

Citado em nota de imprensa, o secretário regional admite que “esta é uma matéria delicada, que carece do envolvimento de várias entidades e de um trabalho que está a ser feito, mas que, muitas vezes, não é do domínio público”.

O Governo Regional dos Açores diz estar, desde maio, a desenvolver diligências junto do Governo da República para que sejam empreendidas medidas que permitam a negociação de isenções para os queijos e produtos lácteos exportados para os EUA.

Os parlamentares do PSD/Açores questionarem esta segunda-feira o Governo Regional sobre se avaliou o impacto no queijo de São Jorge das novas taxas aduaneiras criadas nos Estados Unidos e que medidas vai adotar para as minimizar. Em requerimento enviado à mesa do parlamento dos Açores, os deputados António Almeida e António Pedroso consideram, citados em nota de imprensa, que as novas taxas aduaneiras norte-americanas sobre produtos da Europa fazem com que os laticínios dos Açores “possam ser um dos setores mais afetados com as medidas impostas, perturbando o processo de internacionalização”.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou os Estados Unidos a aplicar tarifas adicionais de 7,5 mil milhões de dólares (quase sete mil milhões de euros) a produtos europeus, em retaliação pelas ajudas da União Europeia à fabricante francesa de aeronaves, a Airbus. Logo após a divulgação da decisão da OMC, os Estados Unidos fizeram saber que vão impor tarifas punitivas a produtos da UE a partir de 18 de outubro.

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Da “vitória expressiva” do PS à “estrondosa derrota” do CDS. Os adjetivos da noite das eleições

Noite eleitoral de emoções fortes. No Altis, celebrou-se a "vitória expressiva" do PS. No Caldas, lamentou-se a "derrota estrondosa" do CDS. Pequenos festejaram "eleição histórica".

Foi uma noite eleitoral de emoções fortes aquela que Portugal viveu neste domingo. No Hotel Altis, em Lisboa, o quartel-general do PS, celebrou-se a “vitória expressiva” dos socialistas que deu a António Costa mais 36% dos votos e um novo mandato para formar Governo com apoio da esquerda. Sentimento oposto viveu-se no Largo do Caldas, onde a noite terminou cedo para Assunção Cristas perante a “derrota estrondosa” do CDS. Entre os partidos pequenos, Iniciativa Liberal, Chega e Livre festejaram a “eleição histórica” de deputados para a Assembleia da República.

Se o PS obteve uma “vitória expressiva, clara”, como disse Duarte Cordeiro, ou nas palavras de Ana Catarina Mendes e Isabel Moreira, “uma vitória claríssima” dos socialistas, no PSD há quem veja copo meio cheio e o copo meio vazio naquilo que foi o resultado dos sociais-democratas: 27,9% dos votos.

Discursando logo após o fecho da contagem de votos, o próprio Rui Rio rejeitou que tem sido um “desastre” como muitos antecipavam e sublinhou que, “se for analisar as circunstâncias, este resultado é positivo”. Entendimento contrário tem Miguel Relvas, que foi braço-direito de Passos Coelho, e pede agora uma nova liderança no partido: “Não é do nosso ADN ser um partido de serviços mínimos. Ganha-se, ou perde-se. O PSD nunca tentou esconder maus resultados com desculpas de mau pagador“.

No Teatro Thalia, que foi o centro das operações do Bloco de Esquerda neste domingo, foram (são) poucos comentários a um triunfo relativo dos bloquistas. As declarações mais importantes vieram da líder bloquista, com Catarina Martins a dizer que “o BE consolidou-se como a terceira força política”, e do diretor da campanha, Jorge Costa, que destacou que o resultado dá “uma enorme responsabilidade” ao partido.

Entre os comunistas, também se tentou minimizar os estragos de um resultado que acabou por não ser favorável. A coligação CDU elegeu 12 deputados, mas perdeu cinco deputados. Mais do que um desempenho negativo para o PCP, Jerónimo de Sousa disse que o resultado constitui sobretudo “um fator negativo para o futuro próximo da vida do país“.

“Derrota estrondosa”

No CDS, assumiu-se a derrota a frio e sem rodeios. Os centristas tiveram apenas 4,25% dos votos, elegendo 5 deputados. Foi uma razia: perdem 12 assentos no Parlamento. Assunção Cristas terminou mais cedo a noite: convocou um congresso antecipado e anunciou que não se vai recandidatar.

Comentando na RTP, Nuno Melo foi curto e direto: “Obviamente que o resultado é mau, não há como dizer que este resultado é bom”. Abel Matos Santos, em declarações ao Público, saudou a decisão de Assunção Cristas de não se recandidatar “perante um dos piores resultados de sempre e uma derrota estrondosa”. João Almeida, porta-voz do partido e eleito deputado por Aveiro, também classificou a derrota como “estrondosa”. “Em democracia estes resultados não acontecem por acaso”, disse João Almeida na sua conta do Facebook.

Pequenos celebram “dia histórico”

Um dos grandes vencedores da noite foi o PAN, que quadruplicou o número de deputados. Ontem à noite, André Silva ainda esperava um telefonema de António Costa a “parabenizar o PAN pelo excelente resultado que teve”. Mas foi entre os partidos mais pequenos que a noite foi de euforia. Iniciativa Liberal, Chega e Livre conseguiram eleger, pela primeira vez na história, um deputado.

É indescritível. Esse momento fez valer todo este ano de dedicação. Honestamente, não esperava há um ano que isto fosse possível”, disse Carlos Guimarães Pinto, líder da Iniciativa Liberal, no Facebook. Em lados opostos do espetro político, André Ventura (Chega) e Rui Tavares (Livre) sublinharam o “dia histórico” em que foram eleitos para estarem no Parlamento.

Santana Lopes e o Aliança voltaram a desiludir. “A responsabilidade é minha. O facto é que correu mal. O resultado é negativo e é essa a realidade política. É uma derrota política”, disse o líder do Aliança.

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CEO da MetLife louva em Espanha solução testada em Portugal

  • ECO Seguros
  • 7 Outubro 2019

Oscar Herencia divulgou para o público espanhol um serviço pioneiro lançado em Portugal na rede de agências e que será exportado para outros países.

O vice-presidente do Sul da Europa e CEO na região ibérica da MetLife, Oscar Herencia, destacou, num encontro com jornalistas em Espanha, o êxito, em Portugal, de um projeto pioneiro nos seguros desenvolvido por uma startup de Singapura e que usa a geolocalização e tecnologias de inteligência artificial.

Trata-se de um serviço de “uberização de seguros” desenvolvido pela Lucep e que permite que o agente mais próximo do cliente entre em contacto com ele. “É um serviço pioneiro no setor dos seguros” que se lançou em Portugal com grande êxito entre a rede de agências e que será exportado para outros países, afirmou Herencia.

Este foi um dos exemplos dados pelo CEO da Iberia para demonstrar a cultura de inovação que existe na MetLife. A companhia tem vindo a investir em projetos de inovação digital como o MetLife Digital Ventures, MetLife Digital Accelerator e o Lumenlab, o centro de inovação da companhia em Singapura.

Segundo Oscar Herencia, a inovação e a digitalização são chaves relevantes para o presente e futuro da companhia. “O conhecimento e a tecnologia das startups ajuda-nos a acelerar os nossos processos que são, como em todas as companhias multinacionais, um pouco lentos”, afirmou.

Apesar de a MetLife ter sempre os “olhos bem abertos” sobre possíveis investimentos ou fusões com outras companhias, o responsável considera que não está prevista nenhuma operação no curto prazo.

A MetLife foi fundada em 1868, nos EUA, e chegou a Portugal em 1985. Em mais de 30 anos de presença no nosso país a seguradora afirma que investiu mais de 10 milhões de euros para cumprir os compromissos que tem com os seus clientes. Com presença em mais de 50 países, tem 49 mil colaboradores.

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ERC já foi notificada pela Concorrência para emitir parecer sobre compra da TVI pela Cofina

  • Lusa
  • 7 Outubro 2019

ERC "confirma que já foi notificada pela Autoridade da Concorrência para emitir um parecer sobre a referida operação de concentração", diz o regulador.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) já foi notificada pela Autoridade da Concorrência (AdC) para emitir um parecer sobre a compra da Media Capital pela Cofina, disse à Lusa fonte oficial do regulador.

A ERC “confirma que já foi notificada pela Autoridade da Concorrência para emitir um parecer sobre a referida operação de concentração”, disse a mesma fonte.

O regulador dos media “não prestará declarações adicionais a este respeito”, concluiu.

No dia 03 de outubro, a AdC confirmou que tinha sido notificada da compra da dona da TVI pela proprietária do Correio da Manhã.

Em 21 de setembro, a Cofina anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital, valorizando a empresa (enterprise value) em 255 milhões de euros.

A Cofina, empresa liderada por Paulo Fernandes, espera que a compra da Media Capital resulte em sinergias de 46 milhões de euros.

Além disso, a dona do Correio da Manhã estima que a compra esteja concluída no primeiro semestre de 2020.

A transação está sujeita a certas condições, em particular a aprovação dos reguladores e a realização de um aumento de capital da Cofina

No dia 01 de outubro, a dona do Correio da Manhã anunciou que tem perspetivado um aumento de capital de 85 milhões de euros, destinado ao financiamento parcial da compra da participação da Prisa na Media Capital.

A Cofina espera financiar a operação de compra com 220 milhões de euros de dívida (debt financing) e 85 milhões de euros do aumento capital.

Segundo a empresa, 50 milhões de euros de fundos captados serão utilizados para pagar os custos da transação e refinanciar a dívida líquida da Cofina.

Além disso, metade do aumento de capital será garantido pelos acionistas principais.

Assim, o núcleo ‘duro’ acionista da Cofina “irá manter mais de 50% do capital [da empresa] depois do aumento do capital”, segundo uma apresentação da operação aos investidores a que a Lusa teve acesso na semana passada.

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Bancos estão mais sólidos. Nove em cada dez aguentam “choques extremos” nos testes de stress do BCE

Neste exercício de stress foi avaliada a capacidade das instituições de crédito para lidar com choques de liquidez hipotéticos com a duração de seis meses. O BCE vê resultados "globalmente positivos".

A banca está mais sólida e resistente. Os testes de stress anuais do Banco Central Europeu (BCE) mostram que as instituições financeiras apresentam “posições de liquidez, em geral, confortáveis”, apesar de continuarem a existir “vulnerabilidades que necessitam de mais atenção”. Num total superior a uma centena de bancos testados, 90% tem capacidade para resistir a “choques extremos” por mais de dois meses, concluiu o supervisor europeu.

Mais: “cerca de metade das 103 instituições de crédito abrangidas reportaram um período de sobrevivência de mais de seis meses num cenário de choque adverso e de mais de quatro meses num cenário de choque extremo”, pode ler-se no relatório final do BCE, publicado esta segunda-feira. “Os resultados do exercício são globalmente positivos”, considera a instituição.

De acordo com o supervisor, o período de sobrevivência é definido como o número de dias que uma instituição de crédito pode continuar a operar com recurso à caixa e às garantias disponíveis sem ter acesso aos mercados de financiamento.

Neste exercício de stress foi avaliada a capacidade das instituições de crédito para lidar com choques de liquidez hipotéticos com a duração de seis meses.

O horizonte temporal de seis meses é superior ao período considerado para efeitos do rácio de cobertura de liquidez, que exige que as instituições de crédito detenham uma reserva suficiente de ativos líquidos de elevada qualidade que lhes permita sobreviver a um período de tensões de liquidez significativas com a duração de 30 dias.

O BCE concluiu que os bancos globais seriam mais gravemente afetadas por choques de liquidez do que os restantes, uma vez que “dependem de fontes de financiamento menos estáveis, tais como depósitos de clientes institucionais e empresas, os quais foram sujeitos a taxas de saída mais elevadas no exercício”. Já as instituições de crédito de retalho seriam menos afetadas por uma crise no sistema, “em virtude da sua base de depósitos mais estável”.

As vulnerabilidades detetadas que exigem medidas de seguimento prudenciais estão relacionadas sobretudo “com a moeda estrangeira, a qualidade dos dados e a gestão de garantias”.

Tendo em conta as conclusões do exercício, o BCE vai agora exigir às instituições de crédito que adotem medidas. As autoridades de supervisão discutirão as conclusões com cada instituição de crédito no âmbito do processo anual de análise e avaliação para fins de supervisão. Os resultados não afetarão diretamente os requisitos prudenciais de fundos próprios. Serão, contudo, tomados em conta na avaliação da governação e da gestão do risco de liquidez das instituições de crédito.

(Notícia atualizada às 18h54)

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RTP vence noite eleitoral, TVI teve o programa mais visto

RTP e TVI reclamam o primeiro lugar no pódio das audiências nas legislativas. Como é isso possível? Depende da análise: o programa da TVI foi o mais visto, mas a RTP venceu a noite eleitoral.

No braço de ferro das audiências televisivas, quem venceu as legislativas? No rescaldo da noite eleitoral, RTP e TVI garantiram esta segunda-feira terem liderado a noite de eleições. Mas como é possível dois canais concorrentes reclamarem o primeiro lugar do pódio? A explicação está na metodologia usada para a análise dos dados.

A resposta mais simples e breve é esta: o programa da noite eleitoral mais visto foi o da TVI, que emitiu Legislativas 2019 durante pouco mais de 2 horas e 25 minutos; mas a noite eleitoral mais vista foi a da RTP, que dedicou largas horas de tempo de antena às eleições deste domingo, prolongando a emissão especial pelo início da madrugada dentro.

Assim, o ponto que permite estas duas análises totalmente díspares reside, sobretudo, na estratégia diferente dos dois canais para a noite eleitoral e no facto de não existir um termo exato de comparação. Por exemplo, a TVI ocupou grande parte do horário nobre com o blockbuster MasterChef Portugal, mas foi batida pela RTP, que acompanhava, à mesma hora, a noite eleitoral.

“O programa Legislativas 2019 foi o mais visto durante a noite de domingo dedicada às eleições, com uma audiência média de 779 mil espetadores e 16,5% de share, informou fonte oficial da Media Capital, referindo-se à emissão conduzida na noite eleitoral da estação de Queluz de Baixo por José Alberto Carvalho e Pedro Pinto.

Porém, a emissão da RTP durante todo o período desde o fecho das urnas, passando pelo horário nobre — que começa às 20h00 — e indo até depois das duas da manhã, foi a mais vista pelos portugueses.

“A RTP foi o canal generalista líder de audiência na noite eleitoral, sendo o canal mais visto no horário nobre e na faixa já da madrugada”, indicou fonte oficial da estação pública. Na faixa premium da televisão, a RTP conquistou 740 mil espetadores e um share de 17,1%, enquanto no período late night (entre a meia noite e as 2h30, conseguiu 13,8%).

Quanto à emissão da SIC, os dados oficiais de audiências da CAEM, consultados pelo ECO, mostram que o programa Legislativas 2019, emitido durante 2 horas e 28 minutos, obteve um share de 13,7%, conquistando cerca de 455 mil espetadores no período que teve início às 21h59.

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Não sabe o que aconteceu nos mercados? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 7 Outubro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Papel, qual papel? Quem quer e não quer um acordo escrito para dar a mão a Costa

Em 2015, foram precisas 23 páginas para selar as posições conjuntas entre o PS e os partidos à sua esquerda. E desta vez? Haverá papéis? Fomos ver o que cada parte pensa sobre o assunto.

Portugal poderá voltar a ser governado por uma geringonça à esquerda. O cenário nasceu das eleições de domingo e o líder do partido mais votado – o PS – disse logo que tinha intenções de reeditar a solução governativa que o país teve na legislatura que agora termina. No entanto, o modelo pode não ser exatamente o mesmo: nesta nova geringonça podem caber mais partidos e ainda não é certo se desta vez o casamento será com papel ou não.

As posições de cada um dos protagonistas sobre a necessidade de casar com papel são conhecidas. Em 2015, foi Cavaco Silva, o então Presidente da República, que impôs esta solução. Nessa altura, o PS assinou três posições conjuntas. Uma com o Bloco de Esquerda, outra com o PCP e outra com os Verdes. Ao todo, foram 23 as páginas que selaram os entendimentos. Papéis que permitiram um governo de quatro anos.

António Costa prefere acordos escritos

O líder do PS mostra preferência pelos acordos escritos mas não os transforma em linhas vermelhas para fechar entendimentos à esquerda. Questionado sobre se prefere acordos escritos, depois de este domingo o PCP ter dito que preferia entendimentos pontuais, António Costa disse que “a experiência de 2015 se revelou uma boa solução”. “Acho que o que correu bem não deve ser alterado”, disse o secretário-geral socialista.

Catarina Martins deixa tudo em aberto

O Bloco de Esquerda sugere que se a opção for por uma solução de estabilidade, deve seguir as regras que estiveram na base da atual geringonça. Ou seja, tem como base um acordo escrito. Caso contrário, o papel parece mais dispensável para os bloquistas já que se trata de negociações caso a caso.

“O PS tem todas as condições para formar governo e se não tiver maioria absoluta e se precisar de apoio parlamentar tem duas opções: procurar uma solução de estabilidade, que assuma a continuidade da reposição de direitos e rendimentos ao longo da legislatura, e isso deve estar refletido no programa de Governo que vier a apresentar, ou realizar negociações ano a ano para cada orçamento”, disse Catarina Martins na noite das eleições.

Jerónimo de Sousa não quer a “cena do papel”

Os comunistas saíram penalizados nas eleições de domingo e não querem repetir a geringonça nos atuais moldes. “Não haverá repetição da cena do papel”, disse Jerónimo de Sousa na noite eleitoral. O secretário-geral comunista acrescentou como será o comportamento do PCP nesta legislatura. “Será em função das opões do PS que a CDU determinará como sempre o seu posicionamento”, avançou.

André Silva com mais força, mas afasta-se do poder

O PAN prefere ficar fora do casamento que o PS terá de fazer com Bloco de Esquerda ou PCP. Na noite eleitoral, André Silva o líder do partido distanciou-se de um envolvimento mais formal com a solução de Governo que Costa está a construir. “O PAN não quer fazer parte da solução governativa”. “O PS precisa apenas do Bloco de Esquerda ou da CDU”, afirmou o líder do partido que conseguiu eleger quatro deputados. Admitiu porém dar a mão ao Governo para apoiar propostas à imagem do que já aconteceu nesta legislatura.

Marcelo Rebelo de Sousa dispensa o papel

O Presidente da República pode exigir condições ao primeiro-ministro antes de o indigitar para formar Governo, mas, à luz do que Marcelo Rebelo de Sousa tem dito até agora, dificilmente o chefe de Estado vai pedir que haja assinatura de acordos entre os partidos. “Faz-me alguma impressão haver a necessidade de acordo escrito para se garantir a duração da legislatura”, disse em janeiro deste ano numa entrevista à Lusa. Marcelo justificou que esta legislatura “chega ao fim não tanto por causa do acordo escrito”, mas porque houve “uma vontade dos subscritores desse acordo de fazerem durar a legislatura até ao fim – porque todos acharam que tinham a ganhar com isso, e todos acharam que tinham a perder com isso, houvesse ou não acordo”.

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Mota-Engil fecha contrato de 122 milhões para a recolha de resíduos no Brasil

A construtora portuguesa, através da subsidiária Consita, assinou um contrato para a recolha de resíduos em Brasília. Os trabalhos terão a duração de cinco anos.

A Mota-Engil assinou um contrato de 122 milhões de euros no Brasil, anunciou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este acordo tem efeito ainda este mês, terá a duração de cinco anos e passa pela recolha de resíduos e limpeza de vias em Brasília.

“A Mota-Engil informa sobre a assinatura, pela Consita, a sua subsidiária na área de ambiente e serviços no Brasil, de um contrato para a recolha de resíduos no Distrito Federal (Brasília)”, refere o documento. O contrato totalizará cerca de 122 milhões de euros e contemplará a “recolha de resíduos, recolha seletiva, limpeza manual e mecânica, lavagem de vias, entre outros serviços”.

Os trabalhos, correspondentes ao lote três de um concurso abrangente para a recolha de resíduos em todo o Distrito Federal, “terão a duração de cinco anos e terão início no presente mês de outubro”.

Com a assinatura de mais um acordo no Brasil, a área de ambiente e serviços na América Latina da Mota-Engil acumula este ano um crescimento de cerca de 150 milhões de euros da sua carteira de encomendas.

A nível mundial, esta área regista já cerca de quatro mil milhões de euros de volume de negócios a executar, dos quais 850 milhões correspondem a carteira de encomendas em contratos de prestação de serviços e 3,15 mil milhões ao volume de negócios estimado para os períodos das concessões ambientais em exploração pela construtora.

Na totalidade das geografias, a Mota-Engil registou nos primeiros seis meses do ano vendas na ordem dos 1.344 milhões de euros. Um resultado corresponde a um crescimento de 7% face a igual período do ano passado e que foi impulsionado pelo negócio registado pela construtora portuguesa nos mercados africanos. Já o resultado líquido atribuível ao grupo cresceu 42%, atingindo os oito milhões de euros.

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Galp Energia dá gás a Lisboa. Europa recupera

As bolsas europeias recuperaram num dia em que a Galp brilhou na praça portuguesa. A petrolífera beneficia da alta do preço do petróleo, mas também de um novo contrato de energia "limpa" em Espanha.

A bolsa de Lisboa começou a semana a ganhar no rescaldo das eleições legislativas de domingo e da melhoria do rating da República na sexta-feira, tendo acompanhado a tendência das pares europeias. A praça nacional foi impulsionada pelo setor energético, num dia em que a Galp Energia brilhou.

O Stoxx 600 recuperou 0,70%, para 382,87 pontos, depois das perdas acentuadas da semana passada. Em simultâneo, o português PSI-20 ganhou 0,52%, para 4.933,21 pontos, uma subida impulsionada pelo ganho de 2,24% nas ações da petrolífera nacional, num dia de valorização do preço do petróleo.

O Brent está a ganhar 1,30%, para 59,13 dólares, ajudando os títulos da empresa, num dia em que a Galp Energia anunciou ter reforçado a aposta nas renováveis com a assinatura de um novo contrato em Espanha.

Evolução das ações da Galp Energia em Lisboa

A EDP também puxou pelo índice, subindo 0,88%, para 3,657 euros cada título, enquanto, no setor das telecomunicações, a Nos também contribuiu para os ganhos em Lisboa, valorizando 1,18%. Cada título da empresa liderada por Miguel Almeida está a valer 5,16 euros.

Em sentido inverso, a Altri registou o pior desempenho da sessão, a cair 3,58%, para 5,39 euros. E a Mota-Engil também pesou na praça portuguesa, com uma perda de 1,80%, para 1,744 euros por ação.

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