Neeleman: “A operação da TAP é a pior a que já estive associado em termos de atrasos”

  • ECO
  • 22 Junho 2019

Ex-governo "estava desesperado para encontrar alguém que pegasse na TAP", assume Neeleman. Que confessa: "A operação da TAP é a pior a que já estive associado em termos de atrasos."

“Os governos vão e vêm, mas a TAP continua.” Uma semana após o “caso dos prémios”, David Neeleman concede uma nova entrevista ao Expresso (acesso condicionado), onde volta a desvalorizar a polémica que provocou a quebra de confiança entre o acionista privado da transportadora e o acionista público, o Estado. E apesar de prometer melhorias nas contas já este ano, Neeleman assume que ainda há muito para fazer e que “a operação da TAP é a pior” a que já esteve associado em termos de atrasos.

“Quando me reúno com o Governo, tento insistir no que é importante para a companhia. Os governos vão e vêm, mas a TAP continua. Tem de continuar forte”, explica o empresário norte-americano nascido no Brasil que comprou a TAP, apontando, sobre os prémios pagos pela empresa apesar dos 118 milhões de prejuízo, nunca ter visto um país como Portugal em termos de desenvolvimento de negócios.

“Mas [Portugal] é um sítio muito diferente para fazer negócios. Nunca vi nada assim… A política, os media… Por exemplo, quando há notícias durante três dias sobre prémios de desempenho de pequeno montanteHá um grande foco na TAP. É um país pequeno. Estamos a fazer o melhor que podemos.” Mas para gerir uma companhia aérea, aponta então, importa focar no essencial e esquecer o acessório.

“O que está certo está certo. Quando me reúno com o Governo, tento insistir no que é importante para a companhia. Os governos vão e vêm, mas a TAP continua. Tem de continuar forte. Temos de nos focar no que é certo para Portugal, para os nossos trabalhadores, para a companhia…”

Quanto ao que está certo para a companhia, Neeleman aponta ao semanário que ainda há muito por fazer, mas que parte desse trabalho não depende da transportadora, assumindo, porém, que os níveis de atraso da TAP são dos piores com que já esteve envolvido.

“Há muito para fazer. Temos de ser mais eficientes. A operação da TAP é a pior a que já estive associado em termos de atrasos. Estamos a trabalhar com a NAV e com a ANA para melhorar. Mas há muitas coisas que saem do nosso controlo. Esperamos que possamos ter esta situação resolvida. A ANA — a Vinci — tem um dos aeroportos mais rentáveis do mundo e tem de gastar mais dinheiro. Estamos também a negociar com a Força Aérea sobre o uso do espaço aéreo.”

Para Neeleman, o problema do aeroporto de Lisboa é mesmo o fator que mais prejudica a TAP. “O mais negativo é o aeroporto. Esperamos que resolvam isso. É um desastre”, sublinha mesmo. E até que este problema se resolva, os atrasos continuarão, ainda que já não tão pronunciados como aconteceu no primeiro semestre de 2018. “Estamos melhor. Este ano estamos muito mais preparados. Contratámos pilotos e pessoal de bordo. Mas o problema dos atrasos não se resolverá antes de resolvermos as questões de que falei antes.”

“Governo estava desesperado para encontrar alguém que pegasse na companhia”

Sobre o processo que levou à sua entrada no capital da TAP, David Neeleman refere que encontrou no executivo PSD/CDS um Governo desesperado para vender a TAP, dadas as dificuldades financeiras que a empresa atravessava.

“O Governo estava desesperado para encontrar alguém que pegasse na companhia”, aponta o empresário ao Expresso. A ponte entre as partes foi feita por Fernando Pinto, ex-presidente da TAP, que ligou a Neeleman para este “dar uma vista de olhos” na oportunidade que representava a TAP.

“E Fernando Pinto tinha noção da situação complicada em que a companhia estava. Não podia continuar a ir aos bancos portugueses pedir mais dinheiro. Foi um desafio difícil, porque os bancos portugueses faziam parte da negociação e não aceitavam dar nenhum corte na dívida. E até subiram os juros que estávamos a pagar, que entretanto já foram reduzidos. O Governo estava desesperado para encontrar alguém que pegasse na companhia.” Não por acaso, recorda, “no primeiro dia tivemos de meter 90 milhões de euros para pagar salários e pagar à ANA”.

Em relação à evolução da situação económico-financeira da TAP, Neeleman sublinhou que ao longo de 2018 a opção da administração foi privilegiar “a paz laboral” no seio do grupo TAP e limpar todos os problemas relacionados com o ramo de manutenção no Brasil, decisões com impactos negativos, mas não recorrentes, a que se juntou a subida do preço do petróleo, pelo que este ano não será difícil fazer melhor.

Iremos certamente fazer melhor este ano, mas não será ainda todo o nosso potencial. Estamos a receber 34 aviões novos este ano. Quando chegarmos a 2020, a 2021 e a 2022, iremos ver as margens aumentar de forma significativa e aproximar-nos do ponto de endireitar a companhia. Temos todas as peças no sítio, mas ainda estamos em transição. Estou otimista em relação a 2019 e mesmo confiante em relação a 2020.”

A propósito de 2020, David Neeleman aponta ainda que vê como “essencial” a entrada da TAP em bolsa. “É essencial. Estamos a preparar a companhia, e o próximo ano é um bom momento para o fazer.”

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Washington sanciona cinco empresas tecnológicas chinesas

  • Lusa
  • 22 Junho 2019

Tensão comercial entre as duas maiores economias mundiais tem afetado o setor tecnológico desde que Washington bloqueou em maio o acesso do grupo Huawei.

Os Estados Unidos sancionaram cinco firmas tecnológicas chinesas, um novo episódio da guerra comercial com a China a alguns dias de uma cimeira dos presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping.

O Departamento do Comércio norte-americano colocou na sexta-feira a companhia eletrónica Sugon, três das suas filiais e um instituto informático que pertence ao exército chinês numa lista de empresas às quais é proibido vender tecnologia.

A administração Trump considera que estas empresas “agiram contra a segurança nacional ou contra os interesses da política externa dos Estados Unidos”.

A tensão comercial entre as duas maiores economias mundiais tem afetado o setor tecnológico desde que Washington bloqueou em maio o acesso do grupo Huawei, segundo maior fabricante de ‘smartphones’, a tecnologia norte-americana, alegando motivos de segurança.

Em reação, Pequim anunciou a criação da sua própria ‘lista negra’ de empresas estrangeiras “não fiáveis”.

Os Estados Unidos e a China decidiram, no entanto, retomar o diálogo ao mais alto nível para tentar travar esta escalada comercial com desfecho imprevisível.

Donald Trump e Xi Jinping devem reunir-se na próxima semana, durante uma cimeira do G20 no Japão.

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Aos 21 anos, Manuel vai ser CEO por um mês

  • Ricardo Vieira
  • 22 Junho 2019

Nasceu em Leiria, tem formação superior em Economia e está prestes a iniciar um mestrado internacional em Finanças na Nova Business School. Manuel pode ainda vir a ser eleito CEO mundial.

“Estou muito ansioso por começar esta aventura dentro de portas e muito entusiasmado. Acima de tudo, gostava de poder envolver todos os colaboradores da Adecco neste projeto e, de algum modo, mostrar-lhes quem sou e por que fui o escolhido para partilhar este mês com eles. Espero igualmente aprender muito e, se possível, retribuir isso de alguma forma”, confessa Manuel Pachon David que, aos 21 anos, acaba de ser eleito “CEO for one month”, uma iniciativa da Adecco que permite a 46 jovens, nos seus países de origem, experimentar como é ser um líder empresarial.

O objetivo é “proporcionar aos jovens a experiência de trabalho prática que eles precisam para construir as suas carreiras – oferecendo a formação ‘no mundo real’ que não pode ser adquirida na escola ou universidade”, explica Carla Rebelo, CEO da Adecco Portugal.

Por agora, Manuel acompanhará a CEO portuguesa de perto, ficando a conhecer “de forma prática (e real) quer a dinâmica de uma grande empresa, dos seus departamentos e colaboradores, e todos os seus desafios diários. Visitará as várias sucursais e lojas de norte a sul e conhecerá a realidade das unidades de negócio”.

Vai depois participar num bootcamp internacional de três dias em Dusseldorf (Alemanha), onde poderá ser eleito “CEO mundial”, trabalhando ao lado de Alain Dehaze, durante o período de um mês. O resultado é conhecido a 10 de setembro.

Manuel Pachon David, aos 21 anos é eleito “CEO for one month”D.R.

É esse o foco do vencedor nacional. Nascido em Leiria, com formação superior em Economia pela Universidade Católica de Lisboa, e prestes a iniciar um mestrado internacional em Finanças na NOVA Business School, “o objetivo é conseguir contagiar carismaticamente os envolvidos e, mais do que isso, espalhar a marca Adecco além-fronteiras de uma forma autêntica. Ao longo dos vários challenges espero surpreender e conseguir destacar-me exatamente pelo carisma e a vontade em ser o CEO global”, afirma.

Quando se inscreveu na iniciativa “procurava uma experiência no mercado de trabalho, de modo a complementar de alguma a formação académica. Apercebi-me rapidamente do alcance do projeto, quer a nível nacional quer internacional, e fiquei fascinado por se tratar de um projeto completamente diferente e único”.

Vários candidatos de edições passadas acabaram por se juntar ao grupo Adecco e a clientes da empresa, onde ocupam funções permanentes.

Carla Rebelo, CEO Adecco Portugal.D.R.

“Este programa tem ajudado efetivamente os jovens portugueses que nele participam e que por ele têm passado ao longo dos anos, a prosperarem nas suas carreiras e na sua vida profissional, a aumentar a sua confiança e capacidade de exposição e argumentação, oferecendo-lhes aprendizagem baseada em experiência, ganha numa empresa do ranking Fortune 500”, diz Carla Rebelo.

Este ano e, em Portugal, 47% dos participantes entre os 18 e os 22 anos foram mulheres (eram 38% em 2018), “o que revela o maior equilíbrio entre ambos os sexos, no momento da participação e a maior apetência das jovens estudantes pelos cargos de gestão”. “Esta elevada participação feminina revela ainda a tendência de transformação positiva face à forma como as mulheres encaram o seu papel no mercado de trabalho. Quanto às áreas de formação os candidatos são sobretudo provenientes dos cursos de Engenharia, Sales e Marketing”, acrescenta a CEO.

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Marcelo apoia declaração de estado de emergência climática

  • Lusa
  • 22 Junho 2019

“Eu já apoiei a ideia de uma declaração de estado de emergência climática. Espero que seja aprovada brevemente”, disse o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje aos ativistas da Greve Climática Estudantil o apoio a uma declaração de estado de emergência climática, afirmando esperar que seja “aprovada brevemente”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava à chegada ao Parque das Nações, onde decorre, até domingo, a Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e o Fórum da Juventude “Lisboa+21”

“Eu já apoiei a ideia de uma declaração de estado de emergência climática. Espero que seja aprovada brevemente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, ladeado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, dirigindo-se aos cerca de 30 jovens ativistas que se encontravam à porta do Altice Arena.

Beatriz Farelo, uma das ativistas do movimento, reconheceu a importância de o Presidente da República e o ministro da Educação se terem deslocado junto dos jovens, mas lembrou que “não se podem baixar os braços enquanto os gestos simbólicos não passarem à ação”.

“Naturalmente que teriam de se deslocar. O ministro da Educação até demorou a deslocar-se, só o fez quando o Presidente veio. É um ato simbólico terem vindo ter connosco, atos simbólicos podem ou não ser privilegiados. A verdade é que a declaração da emergência climática não pode depender de atos simbólicos, precisamos de ação e foi isso que viemos exigir”, disse aos jornalistas.

Quando se aperceberam da chegada de Marcelo Rebelo de Sousa, os jovens, que inicialmente pretendiam deitar-se na estrada invocando a imagem das mortes provocadas pelas alterações e os fenómenos climáticos extremos a elas associados, começaram a ler uma declaração em português e depois inglês.

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Tendo ouvido parte da comunicação em inglês, o Presidente da República dirigiu-se aos jovens precisamente em inglês, apenas proferindo duas frases, enquanto Tiago Brandão Rodrigues ficou em silêncio.

Na missiva, os ativistas declaram que respondem “com uma atitude de confronto naturalmente dialética, a única que poderá levar a combater a inércia política”.

“Ao diálogo inconsequente, respondemos com ação urgente”, sublinham.

Os ativistas da Greve Climática Estudantil estiverem desde o final do dia de sábado numa vigília em Lisboa à porta do encontro de responsáveis pelas políticas da juventude, a quem querem demonstrar que combater as alterações climáticas é questão de vida ou morte.

Hoje, à entrada onde passaram as cerca de 100 delegações de responsáveis pela área da juventude de todo o mundo, os ativistas, com idades entre os 12 e os 40 anos, empunharam cartazes onde se podia ler “Não há planeta B”, “Climate is changing faster than this”, “Fechar Sines” ou “Não deixes que isto se transforme nisto”.

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Triciclos de madeira e máquinas para reciclar plástico em casa. Ideias de design inovador

Um triciclo clássico feito de madeira de florestas sustentáveis, máquinas que transformam plástico em algo precioso foram algumas das ideias que marcaram a edição deste ano do Inovdesign.

Facilitar a construção e encontrar soluções simples. Foi com este lema que José Leite criou o Tricycle.2. Um triciclo clássico, três rodas e de fabrico artesanal. Foi com este projeto, inspirado em memórias de infância que a empresa de mobiliário Lislei venceu o prémio Inovdesign 2019.

“Procuro sempre soluções simples para problemas complicados”, revela ao ECO o criador e presidente executivo da Lislei. José Leite está satisfeito com o reconhecimento, mas confessa que não trabalha para os prémios, mas sim para “conceber peças simples com grande durabilidade”. Arquiteto de profissão descreve que tenta sempre “usar madeiras de florestas sustentáveis, de alta qualidade, proveniente de fornecedores ambientalmente certificados”.

A construção dos triciclos tinha por meta minimizar o impacto ambiental e por isso foram implementadas medidas sustentáveis durante todo o processo de produção. “O fabrico implica produção de baixa tecnologia assente, essencialmente, em processos manuais que resultam num objeto cuidado e único“, refere o CEO da Lislei.

Com um design amigável e uma linguagem simples, o triciclo é feito em madeira de Freixo e Valchromat e o assento é ajustável em altura. Já os pneus são em borracha (recuperados numa fábrica de antigos brinquedos similares), o que permite ser usado em diferentes tipos de piso.

Tricycle.2 foi o projeto que conquistou o prémio Inovdesign 2019. Já foi publicado numa revista inglesa o que acabou por dar uma grande notoriedade a este triciclo clássico.

Mas José Leite não se ficou por este triciclo desenvolvido para ser usado por crianças a partir dos dois anos. Deu asas à imaginação e concebeu mais brinquedos dentro do género.

Uma das curiosidades destas peças é que todas têm rodas de forma a suscitar o interesse da criança pelo movimento. Face ao uso excessivo das novas tecnologias, o arquiteto salienta a importância de “contrariar a tendência das crianças em usar apenas os polegares, sentados no sofá”.

Máquinas que conseguem transformar o plástico em algo precioso

O triciclo da Lislei foi apenas uma das muitas ideias que estiveram patentes no concurso Inovdesign. Um projeto promovido pela Fundação de Serralves, que visa reconhecer o mérito de empresas que revelem a aplicação de práticas inovadoras na incorporação de design nos seus produtos.

Houve mais oito ideias de negócio selecionadas. Uma delas foi o projeto Precious Plastic. Uma ideia assente na sustentabilidade que cativou o júri e o público em geral. Embora não fosse considerada a ideia vencedora, cativou as atenções tendo em conta a luta global em reduzir a quantidade de plástico no planeta. E foi essa a preocupação que inspirou a Precious Plastic — criar ferramentas que facilitem a reciclagem do plástico.

Através de um processo de quatro máquinas (trituradora, máquina de extorsão, de injeção e compressão) é possível “transformar o plástico em algo precioso”, explica João Feyo, responsável pela implementação da Precious Plastic em Portugal.

O conceito foi criado pelo holandês Dave Hakkens que concebeu este projeto para a tese final do seu mestrado na qual mostrou toda a planificação de como se construem as máquinas para destruir o plástico e todo o processo envolvente. Em 2013 começou a disponibilizar ferramentas para que a reciclagem do plástico e a conversão em peças novas estivesse ao alcance de todos. Piões, cubos, bancos, moldes e azulejos são alguns dos produtos que podem ser criados através do “lixo” plástico.

O Precious Plastic é um movimento mundial que já foi posto em prática visto na prática no Porto, na oficina do arquiteto João Feyo, que não ficou indiferente a esta solução e decidiu implementa-la em Portugal, ao ser desafiado pelo próprio criador da ideia, Dave Hakkens.

“Começámos a construir e a produzir as máquinas de reciclar plástico e qualquer pessoa pode vir à nossa oficina ver como todo o processo é feito. A ideia é que toda a gente, a nível mundial, pegue nesta informação e comece a construir as máquinas e a reciclar o próprio plástico“, refere João Feyo.

A oficina de reciclagem, que se localiza no OPO’Lab costuma ter workshops sobre o tema.OPO`Lab

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Antigos e sem atualização: há três benefícios fiscais com mais de 40 anos

O grupo de trabalho dos benefícios fiscais elencou mais de 500 apoios. O benefício fiscal mais antigo data de 1972 e é atribuído à Universidade Católica.

O relatório dos benefícios fiscais que o Governo tem em cima da mesa traça um cenário caótico e pouco transparente sobre os apoios fiscais que existem em Portugal. E mostra também que há benefícios criados há mais de 40 anos e que se eternizam sem que seja conhecida uma avaliação global dos seus resultados.

Na lista de mais de 500 benefícios fiscais que foram identificados pelo grupo de trabalho coordenado por Francisca Guedes Oliveira existem três benefícios fiscais que foram criados na década de 70 do século passado. São eles:

  • A Universidade Católica goza de isenção tributária de impostos, contribuições ou taxas do Estado e das autarquias locais, incluindo o imposto do selo na aquisição e fruição dos seus bens e nas atividades que exerça para a realização dos seus fins. O decreto-lei que aprovou este benefício fiscal data de 1971 e entrou em vigor a 1 de janeiro de 1972. Ao contrário do que aconteceu para 127 benefícios fiscais — para os quais não foi possível identificar um fim extrafiscal — os autores do estudo conseguiram encontrar para este um propósito: o “apoio à atividade de ensino na Universidade Católica Portuguesa”. No relatório, a Universidade Católica aparece associada a um benefício fiscal em sede de Imposto de Selo, mas os benefícios de que a Católica usufrui podem não se esgotar neste apoio — podem, por exemplo, estar incluídos em benefícios a instituições de utilidade pública, embora não detalhados. O grupo de trabalho identifica ainda que o apoio em Imposto de Selo teve um custo fiscal considerado de valor muito pequeno em 2015, 2016 e 2017 (no relatório a despesa aparece com o valor zero). Já para os anos de 2013, 2014 e 2018 não surge qualquer despesa associada. Os autores do estudo adotaram esta posição quando não conseguiram identificar ou apurar valores.
  • Em 1973 entrou em vigor um benefício fiscal também em sede de imposto de selo e que aparece designado como Estados Estrangeiros. Trata-se de um decreto-lei de 1972 e que entrou em vigor no primeiro dia do ano seguinte. O objetivo era incentivar o desenvolvimento e a cooperação nas relações internacionais. O apoio consiste numa isenção fiscal dirigida ao imposto de selo a pagar no âmbito das instalações consulares e da residência do chefe de posto consular de carreira. Em 2015 e 2016 tem uma despesa fiscal associada no valor de 310 mil euros (em cada um dos anos). Para 2017 é atribuído um valor de despesa fiscal muito pequeno, com os autores a assumirem um impacto nulo. Em 2103, 2014 e 2018 não é, sequer, atribuído qualquer valor.
  • Os deficientes das forças armadas (DFA) com percentagem de incapacidade igual ou superior a 60% beneficiam de uma isenção do imposto sobre uso e fruição de veículos (ISV). “Os veículos utilitários ligeiros cujo único proprietário é DFA com incapacidade igual ou superior a 60% são isentos do imposto anual sobre veículos, determinado pela legislação em vigor”, diz o decreto-lei de 1976 que encontrou em vigor a 20 de janeiro do mesmo ano. O relatório não identifica despesa fiscal para os cofres públicos com este apoio.

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Fim das taxas moderadoras na Saúde vai ser adiado

  • ECO
  • 22 Junho 2019

Governo e PS vão pôr um travão ao projeto do Bloco que iria acabar com as taxas moderadoras nos centros de saúde e em consultas e exames do SNS. Governo diz que não tem 150 milhões para a saúde.

O Governo e o Partido Socialista vão travar o projeto do Bloco de Esquerda para acabar com as taxas moderadoras nos centros de saúde e em consultas e exames passados pelo SNS, avança este sábado o Expresso (acesso condicionado). Fonte não identificada do Executivo terá dito ao semanário que “não há dinheiro” para deixar de cobrar taxas moderadoras, opção que custaria cerca de 150 milhões de euros por ano.

Recuperada da discussão da Lei de Bases para a saúde, a proposta do BE foi votada há uma semana na generalidade e prevê o fim das taxas já em 2020, mas o Governo deu ordem aos socialistas para avançarem com alterações na discussão na especialidade, já que Costa prefere que as isenções de taxas entrem em vigor mas de forma faseada.

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Tal como se está a verificar em relação à própria discussão da Lei de Bases, também aqui o PS poderá aproveitar para reforçar laços com o PSD. Se é certo que depois de não conseguir o apoio do BE e do PCP para as suas pretensões, o governo já negoceia com o PSD a Lei de Bases de Saúde, também no campo das taxas moderadoras o bloco central pode voltar a dar as mãos.

Apesar do PSD ter votado inicialmente ao lado do Bloco e do PCP a favor do fim das taxas moderadoras, o Governo acredita que contará com os sociais-democratas para aprovar uma revisão a essa ideia, avança o Expresso.

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🎥 10 momentos marcantes no inquérito à Caixa

36 audições depois, terminou a comissão de inquérito à gestão da Caixa. Foram horas e horas de audições parlamentares a responsáveis do banco público. O ECO selecionou os 10 momentos mais marcantes.

“Ah-ah-ah!” O riso de Joe Berardo foi um dos momentos mais polémicos da comissão de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CDG) que chegou agora ao fim. O comendador protagonizou uma das audições mais controversas no Parlamento. O ECO selecionou os 10 momentos mais marcantes.

http://videos.sapo.pt/o0h62HEM7ghbucWCHMNR

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Governo demora um ano a autorizar contratação de médicos especialistas. Hospitais precisam de 241 especialistas

  • ECO
  • 22 Junho 2019

Hospitais, Associação dos Administradores Hospitalares e Sindicato apontam para atrasos de um ano ou mais para reforçar quadros. Ministério diz que responde a todos os pedidos "com máxima celeridade".

Em quatro centros hospitalares de Lisboa e no Hospital de Beja faltam pelo menos 241 médicos especialistas, segundo um levantamento feito pelo Público (acesso pago), já que o governo tem demorado um ano ou mais a autorizar contratações diretas ou alterações contratuais aos profissionais que os hospitais precisam. Apesar dos factos, ouvido pelo jornal, o Ministério da Saúde assegurou que “analisa todos os pedidos de contratação com máxima celeridade”.

O diário auscultou quatro centros hospitalares (Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Algarve) e o Hospital de Beja, tendo concluído que só nestas unidades faltam 241 médicos especialistas para responder às necessidades, exemplificando as demoras com o caso de um médico obstreta que há nove meses espera por ver o seu contrato sem termo com o Hospital de Santa Maria aprovado pelo Executivo.

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, as demoras em responder aos pedidos de contratações apresentados pelos hospitais não se dão apenas com médicos, mas com todas as ocupações.

“Não é só para médicos, é para todas as profissões. Há pedidos que podem demorar mais de um ano e podem ser para profissionais de várias áreas”, afirmou ao Público. “Não se entende qual o racional por detrás da demora. É arbitrário. Para os médicos e enfermeiros é geralmente mais célere do que para os restantes profissionais”, acrescentou. Alexandre Lourenço diz que “a maior demora acontece no Ministério das Finanças”.

Já do lado do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque avançou ao diário que o sindicato desconhece os números exatos relativamente ao total destes casos, “porque ficam no segredo dos corredores”, mas apontou que há “cada vez menos médicos” disponíveis para passar por esta situação, de ficar à espera meses a fio por respostas das Finanças.

O jornal tentou ouvir o Ministério da Saúde, o Ministério das Finanças, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Administração Central do Sistema de Saúde sobre a questão, questionando sobre quantos pedidos pendentes de contratação existem, mas recebeu apenas uma resposta do gabinete da Ministra da Saúde: “O Governo considera prioritária a gestão de Recursos Humanos, analisando todos os pedidos de contratação de forma integrada e com a máxima celeridade, respeitando sempre as necessidades dos serviços de saúde.”

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Makro Portugal admite abrir mais lojas, mas ainda sem data prevista

  • Lusa
  • 22 Junho 2019

Presidente executivo da filial portuguesa apontou a zona da "Serra da Estrela, Covilhã" e "Madeira", áreas que a Makro Portugal já cobre, mas que podem vir a ter unidades.

O presidente executivo do Metro AG, Olaf Koch, grupo que detém a Makro em Portugal, admitiu, em entrevista à Lusa, a abertura de mais lojas no mercado português, mas sem data prevista. Atualmente com 10 lojas, a Makro Portugal poderá vir a abrir mais unidades em território nacional.

“Acho que não há nenhuma razão para não abrir” mais lojas, afirmou Olaf Koch, que considerou que antes de qualquer decisão é preciso esgotar a capacidade das unidades já existentes.

“Se a capacidade for ultrapassada devido ao crescimento” não há dúvida que “iremos investir em novas lojas”, explicou. Questionado sobre a localização das mesmas, Olaf Koch disse que isso será uma decisão do responsável da Makro Portugal, David Antunes.

Por sua vez, o presidente executivo da filial portuguesa apontou a zona da “Serra da Estrela, Covilhã” e “Madeira”, áreas que a Makro Portugal já cobre, mas que podem vir a ter unidades.

Sobre quando é que poderá acontecer uma nova abertura, Olaf Koch disse que “não é impossível” que tal decisão venha acontecer no espaço do ano, mas salientou que o investimento da empresa está atualmente focado na melhor qualidade de serviço aos seus clientes.

Relativamente ao investimento da Makro em Portugal, os responsáveis – Olaf Koch e David Antunes – não adiantaram valores, mas salientaram que a aposta está nas pessoas e na qualidade do serviço aos clientes.

Além do recrutamento de pessoal que a grossista está a fazer para reforçar a equipa no verão, David Antunes adiantou que a subsidiária portuguesa contratou desde 2017 mais de duas centenas de pessoas, mais precisamente “225”.

“Estamos a investir em competências”, afirmou o presidente executivo da Makro Portugal, dando os exemplos da abertura da Makropédia, centro de partilha de conhecimento dedicado a colaboradores, clientes e parceiros.

Sobre a digitalização, que é um desafio para o setor, esta vai “mudar o jogo na indústria para melhor”, considerou o presidente executivo do Metro, adiantando que o grupo tem desenvolvido “uma série de ferramentas” que permitirão melhorar o desempenho dos seus clientes.

Questionado sobre como vê o futuro do grupo, Olaf Koch sublinhou que o Metro não é apenas uma empresa de ‘cash & carry’, mas mais do que isso: distribuição, formação e inovação.

“Acho que daqui a três anos o perfil” do grupo será “o de uma empresa com soluções”, um parceiro empresarial, adiantou.

Relativamente às suas expetativas sobre o mercado português nos próximos três anos, o presidente do grupo alemão manifestou-se otimista.

“Tenho observado Portugal através da Makro Portugal, mas também através de programas de ‘startups’ que apoiamos”, começou por dizer o gestor.

“Estou bastante impressionado pela forma como o país mudou desde os tempos difíceis [intervenção da ‘troika’]”, prosseguiu, salientando que a trajetória ascendente da economia portuguesa “deverá continuar”, nomeadamente no setor onde a Makro Portugal opera, “nomeadamente no setor alimentar”.

“Portugal é um país que viveu uma fase de dificuldade e tornou-se mais forte”, disse, apontando o “aspeto da inovação”, que é “algo que está a acontecer” no país.

“Inovação, criatividade e empreendedorismo. Isso é assinalável comparando com outros países europeus. E Portugal, especificamente no que respeita à inovação no setor alimentar, está a tornar-se um dos países pioneiros” nesta área, salientou.

O grupo Metro mantém o seu compromisso de reduzir de forma significativa a utilização de plástico nos próximos anos, uma tendência seguida por vários setores em termos globais.

“Já substituímos [o plástico] em centenas de artigos” e isso é um dos grandes desafios no futuro, referiu.

“Do meu ponto de vista é preciso encontrar material alternativo que seja mais sustentável”, disse, apontando que há situações em que a “alternativa” por vezes “é mais prejudicial para o planeta do que o próprio plástico em si”, pelo que as várias partes envolvidas devem trabalhar em conjunto na procura de soluções.

A Makro entrou em Portugal em 1990, atualmente emprega mais de 900 pessoas e conta com duas plataformas logísticas: Torres Novas e Malveira.

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Após máximos do S&P 500, Wall Street não resiste às tensões e fecha em queda

Avanços nas negociações comerciais deram ânimo às bolsas dos EUA, mas não foi duradouro. Apesar de terem fechado em queda, as principais praças norte-americanas têm saldo semanal positivo.

O avança nas negociações comerciais entre EUA e China deram ânimo a Wall Street, mas não foram suficientes para evitar um fecho no vermelho. As tensões com o Irão foram mais pesadas para o sentimento dos investidores e as principais praças norte-americanas acabaram a semana com perdas ligeiras.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, cancelou um discurso (que se esperava crítico) sobre a China, aumentando o otimismo em relação às negociações que vão acontecer entre Washington e Beijing na cimeira do G20 na próxima semana. “O foco vai estar no que irá acontecer no G20 entre os presidentes Trump e Xi [Jinping]”, afirmou à Reuters Kurt Brunner, gestor de portefólio do Swathmore Group, acrescentando que qualquer indicação de progresso é positiva para Wall Street.

O sinal de progresso esta sexta-feira levou o índice financeiro S&P 500 a registar um máximo histórico diário nos 2.964,15 pontos. No entanto, o sentimento positivo não durou. Após um recuo generalizado nas ações, o índice fechou a perder 0,12% para 2.950,66 pontos. O industrial Dow Jones cedeu 0,10% para 26.725,71 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 0,25% para 8.031,24 pontos.

A principal causa foi a tensão entre EUA e Irão. O presidente norte-americano aprovou um ataque militar contra o país em resposta ao abate de um drone dos Estados Unidos por forças iranianas. Essa ordem acabou, contudo, por não chegar e Trump usou o Twitter para explicar que quis evitar a morte de civis.

Na semana, os três índices registaram, ainda assim, um saldo positivo, em parte impulsionado pela perspetiva de que a Reserva Federal dos EUA poderá cortar juros este ano. O S&P acumulou um ganho de 2,2%, enquanto o Dow Jones subiu 2,41% e o Nasdaq avançou 3,02%.

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Folga no primeiro dia de aulas dos filhos limitada a três horas

  • ECO
  • 21 Junho 2019

Governo fez adenda ao comunicado que tinha sido feito pelo Conselho de Ministros, após críticas de Rui Rio. Serão apenas três horas de redução do horário de trabalho dos funcionários públicos.

Os funcionários públicos vão ter dispensa do trabalho de um máximo de três horas para acompanharem os filhos no primeiro dia de aulas. O esclarecimento, noticiada pelo Público (acesso condicionado), foi sobre o tempo a que se aplica a medida foi feito mais de uma semana após aprovação do diploma pelo Governo e horas depois de o líder do PSD, Rui Rio, ter criticado a medida.

“Foi aprovado o decreto-lei que permite aos trabalhadores da Administração Pública faltarem justificadamente para acompanhamento de menor de 12 anos no primeiro dia do ano letivo. Este diploma determina que os trabalhadores da AP responsáveis pela educação de menores de 12 anos têm direito a faltar justificadamente com vista ao seu acompanhamento no primeiro dia do ano letivo, até três horas por cada menor“, pode ler-se no último comunicado do Conselho de Ministros.

Apesar de o comunicado ser datado de 13 de junho, a referência às três horas não fazia parte da redação inicial. Fonte oficial do Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa explicou ao ECO que a ministra Mariana Vieira da Silva tinha já feito referência ao limite temporal da medida, mas que este não tinha sido incluído no comunicado por “lapso”.

O Governo atualizou agora o mesmo documento, no mesmo dia em que Rio usou o Twitter para criticar a medida. “À medida que nos aproximamos das eleições, o Governo vai-nos contando e dando medidas populares com as quais tenta ganhar votos”, disse Rio.

“É discriminatório porque é só para os funcionários públicos, não é para todos os trabalhadores em Portugal, e é tempo a mais. Não é preciso um dia inteiro a não trabalhar para acompanhar os filhos no primeiro dia de aulas”, afirmou, acrescentando que a proposta do PSD é que a medida seja para todos os trabalhadores e que seja limitada a duas horas.

(Notícia atualizada às 22h40 com esclarecimento do Governo)

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