Fotogaleria: apresentação do CEO Survey Portugal 2019

70 presidentes executivos portugueses responderam às questões da consultora PwC. O resultado foi apresentado em Lisboa, no Palácio Sottomayor.

Elaborado pela consultora PwC, o CEO Survey Portugal 2019 é um estudo que resulta de mais de 1.370 entrevistas, incluindo 70 presidentes executivos portugueses. O estudo foi apresentado por António Brochado Correia, partner da PwC, no Palácio Sottomayor, em Lisboa.

O evento contou com uma intervenção de Luís Marques Mendes, advogado e antigo líder do PSD, seguido de um debate com três gestores de áreas distintas – Domingos Soares de Oliveira, CFO da Benfica SAD, Isabel Vaz, CEO do grupo Luz Saúde e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.

António Costa, publisher do ECO, moderou o debate.

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“Cada vez mais, a função do CEO é tornar-se inútil”

Os líderes da Luz Saúde, Santander Portugal e Benfica juntaram-se num painel para discutir as preocupações dos gestores portugueses, à luz de um inquérito publicado pela consultora PwC.

Num mundo cada vez mais incerto, a função do CEO “é tornar-se inútil”. É ter “uma organização tão ágil e tão talentosa” que o que se tem de fazer é “não atrapalhar e deixar fluir”. A ideia foi defendida por Isabel Vaz, líder da Luz Saúde, num painel integrado no evento de apresentação do estudo CEO Survey Portugal 2019, elaborado pela PwC.

O inquérito, que envolveu 70 presidentes executivos portugueses, concluiu que o populismo é uma das principais ameaças percecionadas pelos presidentes executivos, mas também o aumento da carga fiscal, o excesso de regulação e o protecionismo. Estes aspetos da vida económica e social, que fogem ao controlo dos gestores, estão na origem dessa incerteza. E a líder da Luz Saúde não discorda.

“Incerteza, no meu caso, [é a] fiscalidade. Tenho um concorrente que, não olhando a custos, disse ‘vamos passar a 35 horas por semana’, sem reparar que estava a aumentar os ordenados em 12,5%”, afirmou a líder da Luz Saúde, numa crítica clara à medida do atual Governo. “Tenho problemas por ter um concorrente que tem um saco sem fundo, que são os nossos impostos, que não é racional”, frisou a gestora.

E exemplificou: “Sei que que a [minha concorrente] José de Mello Saúde não pode fazer certas coisas, e eles sabem que eu também não. Quando entra o Estado, entra uma irracionalidade que nos esmaga”, indicou Isabel Vaz, no evento que decorreu no Palácio Sottomayor, em Lisboa.

Da esquerda para a direita: António Costa (publisher do ECO), Isabel Vaz (CEO da Luz Saúde), Domingos Soares de Oliveira (CFO da Benfica SAD) e Pedro Castro e Almeida (CEO do Santander Portugal).Hugo Amaral/ECO

Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Santander Portugal, mostrou, por sua vez, uma atitude otimista, mas alertou que as empresas devem ser autoconscientes, porque há uma “sensação de que tudo está bem”.

O banqueiro justificou este ponto com o exemplo do aumento do peso das exportações no Produto Interno Bruto (PIB) português. “O número de empresas que começou a exportar aumentou muito”, reconheceu. “Mas o problema é que muitas exportam só para um país, que é Espanha”, alertou o gestor do Santander Portugal.

Da saúde para a banca, e depois para o desporto. Domingos Soares de Oliveira, administrador financeiro da Benfica SAD, também marcou presença no painel e considerou que as oportunidades em Portugal para um clube desportivo “são cada vez mais limitadas”. “Temos tentado identificar áreas de crescimento a nível nacional e elas são cada vez mais limitadas”, indicou. Por isso, o Benfica tem ido procurar oportunidades lá fora, em mercados como a China, os EUA e o Reino Unido.

“O nosso setor é especial. Primeiro, é um setor que cresce todos os anos. Segundo, a nossa concorrência é cada vez menos local e mais internacional. Disputamos os mesmos recursos em termos de patrocinadores que os nossos concorrentes europeus. Atacamos o mesmo dinheiro das competições europeias”, elencou. “Há muito tempo deixamos de ver o nosso mercado como o mercado português”, disse Soares de Oliveira.

Domingos Soares de Oliveira considerou, por fim, que é necessário que as organizações deem um empoderamento maior às equipas. “Todos os setores investem cada vez mais no digital, mas esse investimento tem de ser acompanhado por pessoas multidisciplinares e de uma mudança de paradigma na forma como agimos e responsabilizamos as equipas”, atirou. “Hoje temos um conjunto de equipas que têm o poder de decisão nas mãos deles”, indicou.

Um ponto que é tocado pelo estudo da PwC, perentório em concluir que os CEO portugueses já percecionam uma falta de competências essenciais no mercado de trabalho, sobretudo numa altura em que o talento em tecnologia é cada vez mais necessário. Mais de 30% dos entrevistados pela consultora apontou a falta de talento como uma ameaça aos negócios.

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Rui Rio: “O lema do PS é ‘primeiro a família'”

O líder do PSD reagiu ao chumbo do diploma da contagem do tempo de serviço dos professores e às palavras de António Costa, acusando o primeiro-ministro de mentir e fazendo acusações duras ao PS.

O líder do PSD, Rui Rio, acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro de mentir quando disse que o PSD mudou o seu sentido de voto no diploma que previa a contagem integral do tempo de serviço dos professores e disse que António Costa montou um “golpe de teatro” para perturbar a campanha das europeias que estaria a correr mal ao PS. Rui Rio voltou ainda a lembrar vários casos ligados ao Governo e acusou os socialistas de terem como lema “primeiro a família”.

No momento de votar o diploma, que é só um, e foi hoje. Nesse momento, votámos contra o diploma porque ele não tinha integrado em si mesmo a norma de salvaguarda financeira. O momento de votar o diploma é um, é único e foi hoje no plenário. Por isso, eu lamento que o senhor primeiro-ministro, que foi deputado durante muitos anos, que foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que depois foi ministro dos Assuntos Parlamentares, conhece o processo legislativo como ninguém, tenha hoje dito uma coisa que sabe que é mentira, que é que o PSD votou na comissão de forma diferente à que votou hoje”, disse Rui Rio, a partir da sede do PSD no Porto.

No entender do líder do PSD, todo este processo “foi uma farsa, foi um golpe de teatro” e que põe a nu o que diz ser a “falta de sentido de Estado” do primeiro-ministro.

“As verdadeiras razões [para a ameaça de demissão] foi para perturbar, e até eventualmente se possível parar, e na prática quase conseguiu, a campanha eleitoral para as europeias, que lhe estavam a correr particularmente mal. O PS pôs os seus interesses à frente dos interesses do país”, acusou.

Rui Rio foi mais longe e, depois de enumerar vários casos que considera mais graves e no seguimento dos quais o primeiro-ministro não pediu demissão – como após os incêndios de 2017 e das nomeações de familiares dos membros do Governo e do PS para o Executivo e outros cargos públicos -, disse que “o lema do PS é ‘primeiro a família, depois o PS e depois Portugal'”.

O líder do PSD falava após o chumbo no Parlamento, em votação final global, das alterações aprovadas pelo PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP ao decreto-lei do Governo relativo à contagem do tempo de serviço dos professores, que garantiam a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias, e ainda a contagem em pleno e com efeito retroativo do primeiro terço a 1 de janeiro de 2019.

No seguimento da mudança do sentido de voto dos partidos da direita que levaram a esse chumbo, António Costa falou ao país e disse que o voto foi uma “vitória da responsabilidade”, deixando ainda assim acusações ao PSD e ao CDS-PP, mas nunca aos partidos à esquerda.

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Carlos Costa pede menos alavancagem e mais qualificações

Governador do Banco de Portugal defende que o desenvolvimento das empresas deveria passar por “menos alavancagem, mais capitais próprios".

O Governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu esta sexta-feira que o crescimento das empresas portugueses deve passar por “menos alavancagem, mais capitais próprios e diversificação de fontes de financiamento”. Carlos Costa, que falava na conferência “A Qualidade da Gestão”, realizada no Porto, evidenciou ainda a necessidade de apostar nas qualificações dos trabalhadores de forma a melhorar a Qualidade da Gestão empresarial, salientando que além desta aposta o desafio centra-se em aumentar o investimento e o capital por posto de trabalho.

As empresas com melhores práticas de gestão apresentam também maior valor acrescentado bruto por trabalhador, isto é, apresentam níveis superiores de produtividade por trabalhador”, referiu no encontro organizado pelo Conselho Económico e Social (CES).

A qualidade das práticas de gestão nas organizações tem vindo a ganhar relevo na explicação da baixa produtividade que caracteriza a economia nacional. Menor produtividade representa salários mais baixos, menos consumo e menos margem fiscal para o investimento em políticas sociais como a educação e a saúde, alerta Carlos Costa.

Também António Correia de Campos destaca a necessidade contínua de formação, uma vez que, segundo o presidente do CES, Portugal tem “uma população em média pouco instruída” apesa dos “esforços enormes para combater a tendência”. “Na década de 70 tínhamos apenas 7% de pessoas no ensino superior, hoje são cerca de 40%”, reforça o presidente do CES. Existe necessidade de continuar a aposta na formação, tendo em conta que atualmente, “48% da população ativa só tem nove anos de escolaridade”, refere António de Campos.

Por seu lado, Maria João Carioca, administradora da Caixa Geral de Depósitos, salienta existe uma relação direta entre a qualidade da gestão e os níveis de produtividade de cada país. “Um terço da diferença de produtividade entre os países é justificada por práticas de gestão. Países como a Irlanda do Norte e a Polónia têm melhores práticas de gestão do que Portugal”, diz.

Segundo dados do Boletim Económico do Banco de Portugal, referente a maio de 2018, a evolução da economia portuguesa em 2017 confirmou a trajetória de recuperação dos últimos anos, com uma aceleração da atividade e do emprego e uma redução da taxa de desemprego.

 

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Fim de um ciclo, Francisco Lacerda demite-se dos CTT

O presidente dos CTT apresentou esta sexta-feira a sua renúncia ao cargo. Francisco Lacerda antecipou saída para permitir à nova gestão o início das negociações do contrato de concessão com o Estado.

Francisco Lacerda apresentou esta sexta-feira a sua renúncia ao cargo de presidente executivo dos CTT, antecipando assim a saída no fim do mandato que termina no final do ano, revelou em exclusivo ao ECO uma fonte dos acionistas. O gestor já tinha decidido que não continuaria num novo mandato, mas a discussão política em torno da companhia e as relações difíceis com a Anacom no meio da aplicação de um plano de reestruturação ainda a meio levaram-no a precipitar a saída.

Já depois do ECO avançar com a notícia em primeira mão, a empresa já confirmou ao mercado o pedido de renúncia de Francisco Lacerda dos cargos de vice-presidente do conselho de administração e de presidente executivo, apontando que o gestor entendeu ser esta a melhor forma dos CTT procederem “a uma transição da liderança da equipa executiva” dos Correios. Na nota enviada à CMVM, os CTT dizem que a empresa já tem “consolidados os três pilares críticos da estratégia aprovada para 2017-2019”, nomeando os planos de transformação e modernização, o crescimento da atividade de encomendas e a criação e consolidação do banco CTT.

Francisco Lacerda entrou nos CTT ainda quando a empresa era pública, logo em 2012, e foi o gestor que conduziu o processo de privatização. Este era já o terceiro mandato de Lacerda e, depois do pico dos resultados, a degradação das contas, das cotações e da consequente pressão acionista, e a degradação das relações com o governo e o regulador tornaram este desfecho inevitável. Já na semana passada, no ECO Insider (newsletter exclusiva para assinantes), tínhamos antecipado que a saída de Lacerda no próximo mandato era certa e só faltava saber se o próprio gestor esperaria pela decisão dos acionistas ou antecipava ele próprio o movimento.

De acordo com informações recolhidas pelo ECO junto de fontes do círculo do gestor, a escolha desta data de saída tem outra explicação: Os CTT vão iniciar com o Governo até ao verão o processo formal de negociação do novo contrato de concessão do serviço público postal. E tendo em conta que o divórcio entre o gestor e os CTT, por vontade mútua, já era mais ou menos esperado com o fim do mandato, Lacerda decidiu antecipar a saída, o que permitirá o início dessas negociações já com a nova equipa de gestão.

No comunicado divulgado na CMVM, os CTT apontam mesmo que a saída de Lacerda permitirá a uma nova gestão “focar-se na preparação dos desafios que os CTT enfrentarão no mandato 2020-2022, com destaque para o quadro contratual e regulatório da concessão do Serviço Postal Universal”.

São conhecidas as declarações públicas do ministro Pedro Nuno Santos, que tem a responsabilidade política por esta área, sobre o que considera serem as condições para um novo contrato de concessão, que termina no final de 2020. Por exemplo, a existência de uma estação dos CTT em cada concelho. Ora, Lacerda defendia que, para as necessidades, chegava um posto de correio, uma operação menos pesada para empresa, por isso, antecipavam-se negociações duras entre os CTT e o Governo.

Além disso, o plano de reestruturação da empresa ainda não está a dar resultados. Ainda há uns dias, a companhia revelou as contas do primeiro trimestre. E os lucros voltaram a cair, com efeito direto na cotação. Os CTT registaram lucros de 3,7 milhões de euros nos três primeiros meses deste ano, uma redução de 37,7% (-2,2 milhões de euros) face aos 5,9 milhões expressos para o período homólogo. A ação dos CTT voltou a bater mínimos históricos e esta sexta-feira fechou a 2,3 euros por ação, o que valoriza a empresa em 355 milhões de euros, menos 477 milhões de euros do que à data da privatização.

O senhor que se segue nos CTT já está escolhido: O ECO sabe que o próximo presidente executivo dos CTT será João Bento, atualmente administrador não executivo e indicado precisamente pelo maior acionista individual, Manuel Champalimaud. João Bento deverá ser cooptado em conselho de administração que já estava marcado, para 22 de maio.

[Notícia atualizada com comunicado dos CTT à CMVM a confirmar saída de Francisco Lacerda]

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Talkdesk abre terceiro escritório no Porto. Quer criar 100 postos de trabalho ainda este ano

  • Lusa
  • 10 Maio 2019

Presente no Porto desde 2017, e com uma equipa de 90 colaboradores, a empresa unicórnio acaba de inaugurar o terceiro escritório na Invicta. Espera criar 100 postos de trabalho até ao final do ano.

A empresa unicórnio Talkdesk, que desenvolve soluções de software baseado em cloud para centros de contacto, inaugurou esta sexta-feira o terceiro escritório no Porto, onde pretende criar, ainda este ano, 100 postos de trabalho.

Em entrevista à agência Lusa, o diretor-geral da Talkdesk para a Europa, Médio Oriente e Ásia, Marco Costa, explicou que os 100 postos de trabalho que a empresa pretende criar até ao final deste ano são, principalmente para a área de desenvolvimento de software, designadamente engenheiros informáticos e cientistas de dados.

O novo escritório do Porto vai ter dois mil metros quadrados de espaço, capacidade para 250 pessoas e vai receber um centro de excelência de suporte de apoio aos clientes 24 horas por dia, sete dias por semana. A Talkdesk está presente no Porto desde 2017 e nestes dois anos já construiu uma equipa com 90 colaboradores.

Este é já o terceiro escritório da Talkdesk no cidade Invicta.D.R.

Atualmente, a Talkdesk tem mais de 1.500 clientes em mais de 50 países, embora 75% sejam dos EUA, entre os quais se destacam a IBM e a Dropbox e, em Portugal, a Accenture, a Galp e o Grupo José Avillez, tendo acabado de fechar contrato com a Outsystems e a Navigator Company.

A empresa portuguesa recebeu em outubro do ano passado o estatuto de empresa unicórnio, ganhando 100 milhões de dólares por esse facto, e vai agora investir em “crescimento comercial e novos mercados”, designadamente nos EUA, mas também na Ásia e no Médio Oriente, explicou Marco Costa.

A Talkdesk conta com mais de 350 os colaboradores em Portugal e o objetivo é chegar aos mil engenheiros até ao final de 2020, adiantou Marco Costa. A empresa está a recrutar profissionais especializados nas áreas da engenharia de software, inteligência artificial, analytics, machine learning, data science, gestão de produto, design, entre outras, para os escritórios em Portugal.

A empresa portuguesa permite às empresas, das mais variadas dimensões, em diversos setores de atividade, montarem um call center (centro de contacto) em poucos minutos, bastando um computador com ligação à Internet e auscultadores.

Recorde-se, ainda, que, no final do mês de março, a Talkdesk inaugurou o TDX, o seu primeiro laboratório de inovação e, simultaneamente, escritório em Coimbra, que está focado em desenvolver novas soluções e produtos para a empresa.

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BCP avança quase 5% e dita ganhos na bolsa de Lisboa

O BCP brilhou na última sessão da semana. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya dispararam quase 5% e puxaram Lisboa para terreno positivo.

À boleia do bom desempenho dos títulos do BCP, Lisboa fechou a última sessão da semana em terreno positivo. Das 18 cotadas nacionais, apenas quatro terminaram o dia no vermelho. O BCP foi a estrela da sessão desta sexta-feira, depois de ter anunciado que os seus lucros quase duplicaram nos primeiros três meses do ano.

O índice de referência nacional, o PSI-20, avançou 1,09% para 5.162,75 pontos. Lisboa liderou, assim, as subidas na Europa, com o Stoxx 600 a valorizar 0,4%, o alemã Dax 0,9%, o francês CAC 0,4% e o espanhol Ibex 0,2%. Isto face ao agravamento das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos.

Por cá, foram sobretudo os títulos do BCP a puxar pela praça lisboeta: subiram 4,62% para 0,2512 euros. Os lucros da instituição liderada por Miguel Maya quase duplicaram no primeiro trimestre do ano. Os lucros atingiram os 154 milhões de euros, 80% acima dos 86 milhões registados no período homólogo, com a instituição a ver a sua margem financeira crescer 5% e a qualidade dos ativos melhorar. A estimativa média dos analistas apontava para lucros de 106 milhões de euros.

Também a dar gás à bolsa nacional esteve o setor energético, com as ações da EDP a valorizar 2,05% para 3,29 euros, da EDP Renováveis 1,18% para 8,54 euros e da Galp Energia 0,32% para 13,895 euros.

Do lado das perdas, destaque para as papeleiras. Os títulos da Altri recuaram 1,30% para 6,43 euros e os da Navigator 1,22% para 3,558 euros, um dia depois de ter divulgado as contas do primeiro trimestre. Esta última empresa anunciou lucros de 49,3 milhões de euros, abaixo dos 53,3 milhões do período homólogo.

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Gant traz para discussão mudanças na sociedade

A marca criou um documentário onde explora uma tendência que cresce na sociedade atual, a vontade das pessoas em mudar de carreira.

Não é um conteúdo de comunicação frequente e é a primeira vez que a Gant aposta no formato de documentário na sua estratégia. Depois de estrear no Tribeca Film Festival em Nova Iorque, o documentário produzido pela marca está a partir de hoje disponível online.

“Flipping the Ladder” é realizado por Agnes-Lo Åkerlind e narrado pelo ator e escritor Rashida Jones. Para a produção do filme, a marca trabalhou com três especialistas, que oferecem orientações a outros profissionais com vontade de explorar planos alternativos nas suas vidas profissionais. São eles o neurocientista Don Vaughn, a fundadora e presidente da Women’s March Alliance Katherine Siemionko e a professora de economia Nava Ashraf.

Numa era em que tanto se fala no propósito das marcas, #flippingtheladder explora temas como a curiosidade e o que acontece quando soltamos os medos e seguimos as paixões.

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Uber entra em Wall Street em queda. Perde quase 8%

No IPO, a Uber captou 8,1 mil milhões de dólares com a venda de 180 milhões de ações a 45 dólares por cada título. Apesar de a procura ter superado a oferta, o preço ficou abaixo do esperado.

A Uber chegou esta sexta-feira à bolsa de Nova Iorque e as primeiras transações foram de perdas. A tecnológica detentora de uma plataforma de transporte de passageiros começou a negociar com uma desvalorização de 4,58% para 42,94 dólares e acabou a sessão a acumular uma perda de 7,62% a valer 41,57 euros. O valor compara com os 45 dólares da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

No IPO, a Uber captou 8,1 mil milhões de dólares com a venda de 180 milhões de ações a 45 dólares por cada título. Apesar de a procura ter superado a oferta, o preço ficou abaixo do esperado. O intervalo estimado pelos analistas para o preço por ação situava-se entre os 44 e os 50 dólares por ação.

Este é, ainda assim, a maior entrada em Wall Street em sete anos, ficando acima do Facebook. Criada há dez anos, a empresa registou um prejuízo de 1,8 mil milhões de dólares (excluindo os ganhos extraordinários da vendas de unidades na Rússia e na Ásia).

A estreia da Uber em Wall Street acontece numa altura de turbulência nos mercados financeiros. A concorrente direta Lyft, que entrou também na bolsa de Nova Iorque no final de março, acabou a semana a desvalorizar 7,41% para 51,09 dólares por ação.

A subida das taxas alfandegárias, sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de bens importados da China, entraram esta sexta-feira em vigor nos EUA. O gigante asiático garantiu que vai retaliar, sem detalhar como, prevendo-se um agravar da guerra comercial entre os dois países, caso não se chegue a acordo nos próximos dias.

“Todos sabem que os EUA e a China estão a negociar e estão a ver as tarifas como moeda de troca. Está tudo relacionado com poder negocial e sobre quem passa a perna a quem”, afirmou Andre Bakhos, managing director da New Vines Capital, à Reuters. “No final, Donald Trump irá conseguir um acordo, mas entretanto temos de lidar com a forma dele de fazer as coisas. Vamos assistir a muita volatilidade até que haja clarividência”.

Apesar do agravamento da guerra comercial e do sentimento negativo que marcou o início da sessão para a generalidade das ações norte-americanas, os principais índices acabaram o dia no verde. O índice tecnológico Nasdaq acabou por recuperar das perdas do início da sessão com um avanço 0.08% para 7.916,94 pontos pontos, enquanto o industrial Dow Jones somou 0,44% para 25.942,37 pontos.

(Notícia atualizada às 00h30 com dados do fecho da sessão)

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Marques Mendes vê “instabilidade política” no horizonte. Vêm aí “governos de curta duração”

O comentador e antigo líder do PSD alertou que o país caminha para um clima de instabilidade política nos próximos anos. Vê Costa a ser eleito sem maioria, num governo com validade de dois anos.

Os anos de estabilidade política em Portugal estão a chegar ao fim, pelo menos na opinião de Luís Marques Mendes. O antigo líder do PSD alertou esta quinta-feira que o país “habituou-se a viver períodos longos de estabilidade”, mas há, agora, “um risco sério de entrarmos nos próximos anos num ambiente de alguma instabilidade” política e de “governos de curta duração”.

Na apresentação do CEO Survey Portugal 2019, um estudo elaborado pela PwC, o comentador político considerou importante “valorizar o bem que é a estabilidade política” enquanto ela existe. Marques Mendes vaticinou ainda a eleição de António Costa como primeiro-ministro nas legislativas de outubro, sem maioria absoluta, e colocou um prazo de “validade de dois anos no próximo Governo.

PWC CEO Survey Portugal - 09MAI2019
Marques Mendes foi um dos participantes no evento de apresentação do CEO Survey Portugal 2019 elaborado pela PwCHugo Amaral/ECO

“O primeiro Orçamento passa porque ninguém chumba um orçamento três meses depois das eleições. O segundo é aprovado porque Portugal assume depois a presidência do Conselho da União Europeia. O drama vai ser o terceiro, porque é a seguir às autárquicas e o cimento da estabilidade vai ser um drama”, justificou o advogado. “Tenho sérias preocupações relativamente à estabilidade política futura”, avisou.

Assumindo-se “pouco entusiasta” da atual solução governativa, Marques Mendes reconheceu, ainda assim, que a chamada geringonça teve o mérito de garantir “estabilidade”. “Passos Coelho, se tivesse formado Governo, como não tinha maioria absoluta, seria um Governo instável”, afirmou.

No entanto, Marques Mendes não vê hipótese de surgir uma geringonça 2.0. “Esta solução dificilmente se repete no futuro, por razões políticas e económicas. Esta só existe enquanto há dinheiro para distribuir. Não havendo, já não há cimento”, disse, apontando desde logo para o risco de menor crescimento económico esperado nos próximos anos. “Há evidências de declínio, de quebra da economia. E haverá menos dinheiro para distribuir nos próximos orçamentos”, frisou o comentador.

PWC CEO Survey Portugal - 09MAI2019
Luís Marques Mendes é comentador, advogado e antigo líder do PSD.Hugo Amaral/ECO

Marques Mendes aproveitou também a ocasião para tentar “colocar no debate público a necessidade de melhorar a qualidade do decisor político”. “De legislatura para legislatura, baixa a qualidade do decisor político. Às vezes de uma forma confrangedora”, indicou.

Um pedido que surge a poucas semanas das eleições europeias. Considerando a UE “uma história de sucesso”, Marques Mendes disse tratar-se também de “uma história de várias crises”. Mas há motivos para se ser otimista, porque “a Europa não implodiu” em nenhuma delas. “Os problemas existem, não os vamos deitar para debaixo do tapete. Mas julgo que há capacidade e condições para que a Europa continue a ser, no futuro, um grande projeto”, considerou.

Tenho sérias preocupações relativamente à estabilidade política futura.

Luís Marques Mendes

Elaborado pela consultora PwC, o CEO Survey Portugal 2019 é um estudo que resulta de mais de 1.370 entrevistas a 70 presidentes executivos portugueses. Num capítulo dedicado às principais ameaças percecionadas pelos gestores nacionais, o populismo surge em primeiro lugar, seguido do aumento da carga fiscal e do excesso de regulação.

Outra conclusão do estudo é que os presidentes executivos portugueses vêem a falta de mão-de-obra como a maior ameaça aos negócios em Portugal. Segundo o estudo, a falta de competências e talento no mercado de trabalho penaliza a inovação nas empresas.

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Tesouro quer emitir até 1.500 milhões de euros em dívida de curto prazo na próxima semana

A agência liderada por Cristina Casalinho anunciou um leilão duplo de bilhetes do Tesouro com maturidades em novembro deste ano e maio do próximo.

O Tesouro vai voltar ao mercado na próxima semana para emitir dívida de curto prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou esta sexta-feira que irá realizar um leilão duplo de bilhetes do Tesouro (BT) que vencem dentro de seis e 12 meses, na próxima quarta-feira.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 15 de maio pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em 22 de novembro de 2019 e 15 de maio de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões de euros“, anunciou a agência em comunicado.

O último leilão de BT a seis meses aconteceu a 20 de março, quando o IGCP emitiu 400 milhões euros de euros com uma taxa de juro negativa de 0,393% e uma procura 2,31 vezes acima da oferta. Já no caso dos títulos a 12 meses, no último leilão comparável (na mesma data) foram colocados 1.100 milhões de euros a uma taxa de juro negativa de 0,366% e uma procura acima da oferta em 2,14 vezes.

Portugal tem beneficiado de uma redução das taxas pagas pela emissão de nova dívida, graças ao reforço da confiança dos investidores em Portugal e às condições externas favoráveis. Nos títulos a curto prazo, os juros têm sido cada vez mais negativos nos últimos meses. Em mercado secundário, o comportamento das taxas exigidas pelos investidores para trocar dívida portuguesa tem sido também de queda, sendo que esta sexta-feira a yield das obrigações a 10 anos caem para 1,15%.

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A idade está na moda

Magnum x Iris Apfel juntam-se em nova campanha internacional. "Sintam-se inspirados para ser um pouco mais leves e divertidos… eu sei que vou continuar a sê-lo!” diz a musa da moda.

É, segundo a marca, a mais divertida colaboração de sempre. A Magnum acaba de apresentar Iris Apfel, a empresária e ícone de estilo, como rosto global para 2019.

#NeverStopPlaying é o mote da nova campanha que quer inspirar os consumidores a serem “fieis a si próprios e ao que lhes traz prazer”. Gravada em Miami, conta com os icónicos fotógrafos de moda Mert Alas & Marcus Piggott e a realização dos dois filmes – que nos levam para a forma como Iris persegue os seus prazeres e em que deixa um manifesto para uma geração de pleasure seekers – são assinados por Martin Werner.

“Já fiz muitas coisas na minha vida, e sempre tentei viver sem medo de ser julgada. De outra forma, perdes toda a diversão! Fiquei lisonjeada por poder colaborar com Magnum, para dar vida a esta atitude e espero conseguir incitar-vos a fazer o mesmo. Sintam-se inspirados para ser um pouco mais leves e divertidos… eu sei que vou continuar a sê-lo!” disse a musa da moda hoje com 97 anos.

“Tivemos a sorte de poder fotografar muitos dos grandes ícones, por isso acrescentar a Iris ao nosso “Hall of Fame” foi um verdadeiro prazer. A Iris é o exemplo de uma vida vivida com um brilho divertido nos olhos, exatamente o género de mulheres fortes que amamos capturar. Foi essa essência que tentámos retratar nas imagens”, refere Mert Alas.

Já em Portugal, a Magnum associa-se a um trio disruptivo, 3 Mbassadores: Carolina Loureiro, Rui Maria Pêgo e Lili Caneças, e que refletem o posicionamento premium da marca – sem comprometer a diversão, a indulgência e o glamour característicos de Magnum.

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