Tarifas aos consumidores podem aumentar. “Não é culpa da REN, é o Estado que manda a REN investir”

A Redes Energéticas Nacionais alertou, esta quarta-feira, para o facto de "programas agressivos de aposta na energia solar" poderem aumentar as tarifas finais aos consumidores.

Só este ano vão nascer 19 centrais solares fotovoltaicas em Portugal, com um investimento privado, nacional e internacional, que deverá rondar os 350 milhões de euros. São precisamente políticas governamentais como esta, “programas agressivos de aposta na energia solar”, que podem vir a “exigir maior investimento da REN [Redes Nacionais Energéticas]”, disse João Faria Conceição, administrador executivo da empresa, durante o Media Day da REN.

Perante este cenário, João Faria Conceição alertou para a possibilidade de um aumento no investimento ter “impacto nas tarifas” finais aos consumidores, o que fez questão de frisar não ser uma decisão tomada pela REN.

“Não é por culpa da REN que as tarifas estão mais altas. É o Estado que manda a REN investir”, explicou o responsável. Aliás, “o nível de investimento [da REN] estabilizou o nível de ativo, pelo que não induz aumentos tarifários”, acrescentou, mostrando que desde 2012 a empresa gestora da rede elétrica tem adotado um ciclo de diminuição progressiva do investimento. Ciclo esse que se vê, agora, ameaçado com este programa de fotovoltaicas, concentradas sobretudo no sul do país.

O nível de investimento [da REN] estabilizou o nível de ativo, pelo que não induz aumentos tarifários.

João Faria Conceição

Administrador executivo da REN

João Faria Conceição salientou, ainda, que quando novos promotores de projetores solares querem ligar-se à rede têm de enviar uma proposta. E, normalmente, cabe à REN fazer a análise de rede. De acordo com o responsável, muitas vezes, é até a própria Direção Geral de Energia e Geologia [DGEG] que encaminha os promotores para a REN, que decide, por sua vez, a validação ou não da proposta. “É um trabalho de articulação com a Direção Geral de Energia e Geologia”, referiu.

Recorde-se, ainda, que a REN apresentou as contas do primeiro trimestre deste ano na semana passada e, além dos lucros terem subido, também o investimento cresceu, contrariando a tendência que a empresa tem registado. Durante os primeiros três meses do ano, o capex (investimento) aumentou 2,9 milhões de euros para 16,8 milhões de euros, “beneficiando do aumento dos investimentos desenvolvidos no negócio da eletricidade”, disse Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, admitindo que “às vezes é um sinal do que pode acontecer no resto do ano”.

O administrador financeiro da REN adiantou, ainda, que, até março, foi investido um total de 1,2 milhões de euros no cabo submarino para ligar o Windfloat, o primeiro parque eólico flutuante, à rede elétrica. Em março, o Ministério do Ambiente e Transição Energética (MATE) anunciou que a REN vai contar com uma verba de 30 milhões de euros, destinada à construção deste cabo submarino.

Produção renovável “raramente” ultrapassa consumo

Já sobre a produção renovável, Pedro Furtado, diretor de regulação e estatística da REN, afirmou que “a produção renovável raramente ultrapassou o consumo nacional” de eletricidade. “Em 2018 a produção eólica ultrapassou em apenas uma hora o consumo nacional de eletricidade”, menos ainda do que nos anos anteriores, explicou.

Segundos a REN, em 2017, a produção eólica ultrapassou em quatro horas o consumo de eletricidade em Portugal, em 2016 em três horas e em 2015 em quatro horas. “A produção renovável tem sido muito discutida. Se olharmos para o número de horas em que a eólica ultrapassou o consumo nacional não ultrapassou 100 nem 400 horas”, acrescentou Pedro Furtado.

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O corretor mais bem pago ganha 17,2 Milhões por ano

Daniel Glaser, Presidente e CEO da Marsh & McLennan é o executivo mais bem pago entre as corretoras cotadas em bolsa nos Estados Unidos

Daniel Glaser, Presidente e CEO da Marsh & McLennan é o executivo mais bem pago entre as corretoras cotadas em bolsa nos Estados Unidos, tendo auferido, em 2018, um salário base de 1,475 milhões de USD e uma remuneração total de 17,2 milhões com outros prémios.

Gregory Case, CEO da AON segue no ranking estabelecido pela publicação Business Insurance, com um rendimento de 16,1 milhões de USD durante o ano passado.

No top 5 estão ainda Patrick Gallagher, que é Chairman, Presidente e CEO da Arthur Gallagher com pouco mais de 8 milhões de rendimento por ano, seguindo-se John Haley, CEO da Willis Towers Watson com perto de 5 milhões e J. Powell Brown , presidente e CEO da Brown & Brown com 4,2 milhões de USD.

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Évora transforma-se na “capital” dos “fazedores” com Alentejo Mini Maker Faire

  • Lusa
  • 8 Maio 2019

Cidade de Évora volta a transformar-se na “capital” dos “fazedores” com a segunda edição da Alentejo Mini Maker Faire, uma mostra para partilha de invenções, criatividade e engenho, esta sexta-feira.

A cidade de Évora volta a transformar-se na “capital” dos “fazedores” com a segunda edição da Alentejo Mini Maker Faire, uma mostra para partilha de invenções, criatividade e engenho, esta sexta-feira e sábado.

O evento, que decorre na Arena d’Évora, é promovido pela Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), em parceria com a câmara municipal, no âmbito do projeto “Speed Talent – Acelerador de Talentos”, financiado pelo programa comunitário Alentejo 2020.

“Depois do sucesso da primeira edição”, realizada no ano passado, “um dos mais originais eventos para empreendedores e ‘fazedores’ de todas as idades volta a Évora”, destacou hoje a ADRAL.

A Alentejo Mini Maker Faire, destinada a participantes de todas as idades, consiste num “encontro de pessoas fascinantes e curiosas, que gostam de aprender e adoram partilhar o que fazem”, explicou a organização.

“De engenheiros a artistas, de cientistas a artesãos, será um local de confluência onde os ‘makers’ (‘fazedores’ ou empreendedores) podem apresentar as suas ideias, experiências e projetos”, acrescentou.

Contactada hoje pela agência Lusa, fonte da organização adiantou que, nesta segunda edição da mostra, vão estar presentes “cerca de 20 entidades e expositores individuais que vão demonstrar o que de melhor fazem”. “Nos dois dias do evento, temos presentes desde Fab Labs (laboratórios de eletrónica) de Lisboa ou da Extremadura espanhola até pessoas individuais, que vão mostrar os seus projetos”, exemplificou a mesma fonte.

O evento, que, além da mostra, inclui também outras valências, transforma Évora na “capital” dos “fazedores” e coloca a cidade “no centro do ecossistema empreendedor”, argumentou a ADRAL, considerando tratar-se de “uma montra informal de partilha de invenções, criatividade e engenho”.

O público “poderá contactar com os expositores no recinto do evento, assistir às demonstrações dos ‘makers’ e participar nos vários ‘workshops’ dirigidos a crianças e adultos, tudo de forma gratuita”, assinalou a organização.

“Eletrónica e diversão”, “Introdução à Eletrónica Analógica + Candeeiro Pisca-Pisca”, “Introdução à Eletrónica Analógica + Sabre de Luz”, “Há luz na Natureza!”, “Autómatos e Eletrónicos” e “Vem criar o teu próprio jogo de computador, jogar e divertir!” são os temas das oficinas programadas, ao longo dos dois dias.

Os bilhetes para o evento devem ser solicitados gratuitamente aqui.

O projeto Speed Talent – Acelerador de Talentos tem como beneficiários, além da ADRAL, o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, Associação Nacional de Jovens Empresários, NERE – Núcleo Empresarial da Região de Évora, Universidade de Évora, o Sines Tecnopolo e os institutos politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém.

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UTAO deteta “gralha” de 60 milhões nas contas do Governo para os professores

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental aponta o que considera ser uma "gralha" nas contas do Governo que aumentaria o custo de repor dois anos, nove meses e 18 dias em 57,2 milhões por ano.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que contar dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço de professores e restantes carreiras especiais — a solução do Governo e que deve prevalecer depois da votação que deverá acontecer na sexta-feira — custe mais cerca de 60 milhões de euros que o dito pelo Executivo, apontando a existência de uma gralha nas contas de Mário Centeno.

“Os valores previstos no Programa de Estabilidade para despesa com pessoal apresentam discrepâncias quando analisados em conjunto com a receita com contribuições sociais que advêm da aplicação da nova medida que mitiga efeitos do congelamento nas carreiras especiais”, dizem os técnicos na análise ao Programa de Estabilidade enviada esta quarta-feira aos deputados.

Os técnicos da UTAO pediram informação ao Ministério das Finanças sobre os números apresentados e concluíram, depois de refazer as contas de Mário Centeno, que estas não incluem as contribuições da entidade patronal — neste caso o Estado — para a Segurança Social e para a Caixa Geral de Aposentações.

“O Ministério das Finanças, em resposta a pedido da UTAO, esclareceu que os montantes indicados no lado da receita, na rubrica contribuições sociais para fundos da Segurança Social, correspondem a «contribuições da entidade patronal e dos empregados para a Segurança Social, CGA e ADSE», e são resultantes exclusivamente dos encargos de despesa com pessoal decorrente da aplicação da medida Decreto-lei que mitiga efeitos do congelamento”. Perante esta informação, a UTAO julga haver uma gralha no apuramento da despesa com pessoal resultante da aplicação desta medida. Salvo melhor opinião, os montantes indicados no referido quadro não incluem o valor das contribuições da entidade patronal para a Segurança Social e a CGA”, dizem os técnicos.

Na opinião dos técnicos da UTAO, o Governo subavaliou o custo da recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço das carreiras de professores, magistrados, oficiais de Justiça, militares das Forças Armadas e militares da Guarda Nacional Republicana, quando aprovou o decreto-lei que o Parlamento está a apreciar.

A confirmar-se, o custo anual bruto desta medida aumentaria dos 240,7 milhões de euros anunciados pelo Governo para 297,9 milhões de euros, na altura em que o faseamento decidido terminar, ou seja, a partir de 2021.

Em termos líquidos, descontando as contribuições para a Segurança Social e os descontos para a ADSE e IRS, esta “gralha” apontada pela UTAO não tem qualquer impacto, já que o valor pago pelo Estado como empregador fica na Segurança Social, ou seja, o dinheiro que sai também entra nos cofres públicos, embora especificamente na Segurança Social.

No entanto, o Ministério das Finanças garantiu à UTAO e também no esclarecimento enviado aos jornalistas no dia 30 de abril que as contribuições do empregador para a Segurança Social estão incluídas no cálculo do valor bruto.

As despesas incluem contribuições da entidade patronal para a Segurança Social porque estas afetam as despesas com pessoal e o seu ritmo de crescimento. A receita com os encargos da Segurança Social constitui receita da Segurança Social, pertence aos trabalhadores e está consignada às pensões e apoios sociais dos próprios contribuintes, que também irão refletir o aumento de descontos. A receita da Segurança Social não é para financiar o Estado e os serviços públicos. No que toca à ADSE, é um subsistema de saúde voluntário e as contribuições também estão ligadas a determinado serviço”, diz o Ministério das Finanças, no comunicado à imprensa datado de 30 de abril.

Se a mesma “gralha” se aplicar ao valor total bruto do custo estimado pelo Governo da proposta aprovada por PSD, CDS-PP, PCP e Bloco de Esquerda — que conta a totalidade do tempo de serviço das carreiras especiais — este valor seria superior a 804 milhões de euros. Este cálculo até seria benéfico para o Governo na sua mensagem política de que estes custos são insustentáveis para as contas públicas portuguesas.

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Lucros da Corticeira Amorim recuam 1,1% no primeiro trimestre

Corticeira revela que unidade de Revestimentos precisa "de medidas adicionais de eficiência" para inverter performance negativa. Empresa aumentou vendas em 9%, para 202 milhões de euros.

A Corticeira Amorim fechou as contas do primeiro trimestre de 2019 com um ligeiro recuo no resultado líquido, que caiu de 18,8 milhões para 18,6 milhões de euros. Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa dá conta de uma subida de 9% nas vendas totais, que atingiram os 202,3 milhões de euros.

“A Corticeira Amorim encerrou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 18,6 milhões de euros, uma redução de 1,1% face ao período homólogo de 2018”, informa a empresa, salientando que “apesar do contexto de forte subida do preço das matérias-primas”, conseguiu manter os lucros estabilizados.

“Por Unidades de Negócio (UN), destaca-se o crescimento das vendas da UN Rolhas (+11,3%), dado o peso que as mesmas têm no total das vendas da Corticeira Amorim. As UN Matérias-Primas (+28,7%), Aglomerados Compósitos (+9,2%) e Isolamentos (+26,5%) também contribuíram de forma muito significativa para este aumento”, individualiza a nota do grupo.

Numa análise a cada uma das UN, destaque para o EBITDA negativo da UN Revestimentos, o que se deveu a um impacto que a empresa considera não recorrente e que já não será sentido no restante ano. Em causa, “os gastos inerentes ao lançamento da nova linha de produtos WISE (essencialmente despesas de desenvolvimento e marketing). A expectativa é que estes gastos não tenham a mesma expressão nos restantes nove meses do ano”.

Ainda assim, a Corticeira Amorim admite que a performance negativa desta unidade de negócio se deve a mais fatores, razão pela qual serem “necessárias medidas adicionais de eficiência, já em implementação, em áreas como a logística e nas operações industriais, para ser possível alterar a tendência verificada neste período”.

Nos primeiros três meses do ano, os gastos operacionais correntes da Corticeira Amorim cresceram 8,3%, de 71,2 milhões para 77 milhões de euros, e a dívida remunerada líquida saltou de 85,9 milhões de euros em março de 2018 (0,63 vezes o EBITDA), para 141,7 milhões em março de 2019 (1,07 vezes o EBITDA).

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Corretora britânica Infinox entra em Portugal de olho na Europa

O CEO Robert Berkeley admite que vê Lisboa como porta de entrada para se expandir. No final de 2020, quer ser líder no mercado de derivados em Portugal e ultrapassar os 1,5 mil milhões de euros.

A corretora britânica Infinox abriu atividade em Lisboa. O CEO Robert Berkeley da fintech, que tem sede em Londres e conta com oito escritórios em várias geografias, considera que a incerteza do Brexit não é um entrave à expansão e quer usar Portugal para crescer para outros mercados, incluindo Europa e América do Sul.

“Sempre tivemos dificuldades em entrar na Europa e sempre gerimos o negócio a partir de Londres”, admitiu o CEO, na apresentação em Lisboa, esta quarta-feira. Berkeley explicou que a decisão foi tomada ainda antes do Brexit e que a escolha de Portugal se prendeu com o talento no país. “Esperamos ter sucesso não só em Portugal, mas por toda a Europa e na América Latina”, afirmou, referindo Espanha e o Brasil como prioridades.

A chegada da corretora britânica acontece numa altura em que a saída do Reino Unido da União Europeia ainda não tem termos certos. Originalmente programado para 29 de março e depois adiado para 12 de abril, o Brexit foi reprogramado para 31 de outubro para dar oportunidade ao Governo de evitar uma saída do Reino Unido da UE sem acordo entre as partes e as eleições europeias foram agendadas para 23 de maio. A relação financeira entre as duas partes é uma das grandes dúvidas.

“Como não sabemos os termos ou o futuro a longo prazo, as pessoas estão nervosas e é normal. O Brexit muda o ambiente, mas também traz oportunidades”, disse o embaixador do Reino Unido em Portugal, Christopher Sainty, no mesmo evento. “Os laços culturais, económicos e sociais entre o Reino Unido e Portugal vão sobreviver. Queremos continuar a ser parte da Europa”, acrescentou o diplomata.

Tal como o embaixador Christopher Sainty, também o CEO da Infinox espera que as ligações entre Portugal e Reino Unido se mantenham. “Não tenho uma resposta perfeita sobre o que é que vai acontecer com o Brexit, mas o que quer que seja que aconteça, vamos manter uma forte ligação com a Europa e Portugal é a chave”, afirmou Berkeley, acrescentando que não só a incerteza em relação aos termos da saída, mas também em relação a outros fatores — como os tweets do Presidente dos EUA, Donald Trump — é uma oportunidade de gerar maiores retornos.

Objetivo é chegar à liderança do mercado de derivados

Criada em 2009, a corretora é, desde fevereiro, autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), além do supervisor britânico, a Financial Conduct Authority (FCA). Entra em Portugal com uma plataforma de negociação própria, a IX Trader, que permite negociar contratos por diferença (CFD) de ações, índices, moedas, matérias-primas, criptomoedas e outros ativos e instrumentos financeiros.

As corretoras têm, no entanto, enfrentado maiores restrições europeias à venda destes instrumentos a investidores de retalho. A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) limitou, a 1 de agosto do ano passado, a comercialização destes produtos financeiros complexos junto de investidores de retalho por ter concluído que entre 74% e 89% das contas de retalho perdem dinheiro com CFD.

“Somos a favor desta medida da ESMA. Talvez não uma medida tão extrema, mas acreditamos que há uma necessidade de alertar os investidores para os riscos e não é qualquer pessoa que tem sofisticação suficiente para investir neles. Algo em que queremos apostar muito é na formação e mostrar onde é que estão os riscos porque onde há riscos há oportunidades”, explicou Tiago da Costa Cardoso, responsável regional da corretora. Acrescentou que o público-alvo de clientes é tanto investidores de retalho como institucionais e que “a empresa tenciona alargar o leque de produtos com o lançamento da nova plataforma”.

Liderada por Tiago da Costa Cardoso, a equipa da Infinox em Portugal conta com outras cinco pessoas e deverá crescer nos próximos meses, em linha com os objetivos de expansão. “Neste momento somos seis, tencionamos ser dez até ao final do ano e a meta é sermos 15 em 2020, quando já tencionamos ser — em termos de volume — a maior corretora em Portugal”, afirmou o responsável regional.

“Neste momento o nosso objetivo é chegar ao final do ano com um volume considerável. Claro que o primeiro ano é sempre de crescimento e de implementação. No final de 2020, o objetivo é ter a maior quota de mercado no segmento de CFD. Neste momento, o número um é uma empresa [a corretora XTB] que tem cerca de 1,5 mil milhões de euros de volume. Esse é volume que acreditamos que vamos conseguir ultrapassar”, acrescentou Cardoso.

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Depois de ter um dos piores registos em 2017, Portugal lidera corte nas emissões de carbono na UE em 2018

Eurostat diz que Portugal foi o país da UE que mais cortou emissões de CO2 em 2018, com redução de 9%, depois de em 2017 ter aumentado emissões em 7,2%. Evolução global da UE melhora substancialmente.

A economia portuguesa foi a que conseguiu reduzir de forma mais acentuada as emissões de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis em toda a União Europeia ao longo de 2018, conseguindo um corte de 9% face aos valores de 2017, redução que compara com os -2,5% de média da região. Este registo assinala o regresso de Portugal a um trajeto de redução de emissões, depois de em 2017 ter sido um dos países da UE onde o total de emissões mais cresceu.

Segundo estimativas iniciais publicadas esta quarta-feira pelo Eurostat, em 2018, e no espaço comunitário, as “maiores quedas nas emissões de CO2” foram registas em Portugal (-9%) e na Bulgária (-8,1%), com a Letónia (+8,1%) a liderar os aumentos. No ano passado, e dos 28, apenas oito países aumentaram o nível de emissões, tendo os restantes conseguido reduzir.

No comunicado divulgado pelo Eurostat, o organismo estatístico europeu recorda que as emissões de CO2 respondem por 80% do total da emissão de gases com efeito de estufa por parte da União Europeia, sendo influenciada “por fatores como as condições climáticas, crescimento económico, tamanho da população, transportes e atividades industriais”.

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Apesar de ter sido o país que mais reduziu a emissão de CO2 provenientes de combustíveis fósseis em 2018, certo é que o peso de Portugal no total das emissões da União Europeia permaneceu quase idêntico ao apresentado no final de 2017, respondendo por 1,4% do total das emissões da região — 1,5% em 2017. Ao longo desse ano, Portugal foi mesmo o quinto país da UE com o maior aumento nas emissões de CO2, com o consumo de combustíveis fósseis a exigir mais 7,2% de emissões de CO2.

Mas, e tal como aconteceu com vários outros países, a economia portuguesa conseguiu inverter a sua posição em 2018. Sendo esta evolução global da região também de sublinhar: Se no ano passado, a média da UE foi de um corte de 2,5% nas emissões por país, em 2017 essa média tinha sido a de um aumento de 1,8%. E, se em 2018 contavam-se apenas oito países com aumentos nas emissões de CO2, em 2017 eram 21.

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Bolsa de Lisboa fecha no vermelho penalizada pelas papeleiras

A bolsa de Lisboa fechou com perdas pela sétima sessão consecutiva e 15 das 18 cotadas a fecharem no vermelho, em contraponto com a Europa que voltou aos ganhos após quedas na segunda e terça-feira.

A bolsa de Lisboa fechou esta quarta-feira no vermelho pela sétima semana consecutiva, num dia em que a Europa corrigiu.

As empresas da indústria do papel e pasta de papel foram as mais penalizadas da sessão de hoje, com a Semapa a desvalorizar 2,41%, a Navigator 1,78% e a Altri 1,66%.

Entre os pesos pesados do principal índice da bolsa lisboeta, as ações da Jerónimo Martins desvalorizaram 0,86%, a Galp 0,35% e o BCP deslizou 0,16%.

Em sentido contrário esteve a EDP Renováveis, que subiu 0,47% no dia em que destacou o dividendo, no mesmo dia em que apresentou uma quebra de 35% dos lucros no primeiro trimestre do ano.

Portugal contrariou a tendência europeia, que terminou o dia em terreno positivo, corrigindo as perdas do início da semana, altura em que os mercados foram influenciados pelas tensões entre os Estados Unidos e a China, e as projeções mais pessimistas da Comissão Europeia para a economia europeia.

O Euro Stoxx 50, o índice pan-europeu, fechou a valorizar 0,4%. Os principais índices do Reino Unido, Alemanha e França terminaram o dia com ganhos. Já a bolsa de Madrid fechou com perdas, numa altura em que permanece a incerteza em relação à formação do próximo governo, tal como em Itália, onde a bolsa voltou a ser castigada pela disputa entre Roma e Bruxelas sobre os números e a estratégia orçamental italiana.

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Tribunal da Relação confirma condenação de 3,7 milhões a Ricardo Salgado

  • ECO
  • 8 Maio 2019

Ricardo Salgado viu o Tribunal da Relação confirmar a decisão de primeira instância. Antigo presidente do BES foi condenado a pagar coima de 3,7 milhões. Ex-CFO Morais Pires também foi visado.

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a decisão do tribunal de primeira instância de condenar Ricardo Salgado ao pagamento de uma coima de 3,7 milhões de euros e à inibição de funções na banca durante oito anos, devido a atos de gestão ruinosa no BES, antes de o banco ter sido resolvido em agosto de 2014. Entretanto, o antigo presidente do BES anunciou que vai recorrer para o Tribunal Constitucional.

De acordo com o jornal Público (acesso condicionado), também Amílcar Morais Pires viu a sua sentença confirmada pelo mesmo tribunal. O antigo administrador financeiro do BES vai ter de pagar uma coima no valor de 350 mil euros, ficando impedido de exercer funções durante um ano.

Esta decisão do Tribunal da Relação de Lisboa data de 2 de maio, estando em causa as primeiras condenações do Banco de Portugal no caso BES, nomeadamente as que estão relacionadas com a a falsificação de contas da Espirito Santo International (holding de topo do Grupo Espírito Santo, que detinha o BES) e a comercialização do papel comercial daquela sociedade aos balcões do banco.

Tanto Ricardo Salgado como Amílcar Morais Pires tinham sido condenados a título doloso no processo de contraordenação do Banco de Portugal, uma decisão que foi depois confirmada no tribunal de Santarém para onde ambos tinham recorrido. Nessa ocasião, o Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão baixou as coimas aplicadas.

Depois, num segundo momento, os dois antigos responsáveis do BES impugnaram a decisão de primeira instância para o Tribunal da Relação de Lisboa, que confirmou na semana passada a decisão do Tribunal de Santarém.

O Expresso (acesso livre) cita o acórdão do Tribunal da Relação, que diz que as condutas de Ricardo Salgado são “reveladoras de uma pronunciada irresponsabilidade social”.

“Acresce que a postura do recorrente ao longo do processo revela ainda que o mesmo não evidenciou qualquer interiorização do desvalor das suas condutas, nem qualquer responsabilização pelos seus atos e pelas consequências nefastas dos mesmos, responsabilidade e consequências que reiteradamente desvaloriza e atribui a terceiros”, consideraram os juízes Maria Leonor Botelho, Maria do Carmo Ferreira e Trigo Mesquita.

Recentemente, num outro processo movido pelo Banco de Portugal, Ricardo Salgado foi novamente condenado ao pagamento de uma coima de 1,8 milhões de euros por causa do BES Angola, decisão que também já mereceu recurso por parte do antigo líder do BES.

“Tratam de processos de milhões como se fossem bagatelas”

Ricardo Salgado, através dos seus advogados de defesa, já veio reagir à decisão do Tribunal de Relação de Lisboa, indicando que vai apresentar recurso para o Tribunal Constitucional.

“Estamos a analisar a decisão e iremos reagir através dos meios processuais aplicáveis até ao recurso para o Tribunal Constitucional”, diz um comunicado assinado pelos advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce. Que deixam críticas: “Trata-se de um Acórdão que, essencialmente, tratou de questões de direito, pois nos processos de contraordenação, regra geral, os tribunais superiores não podem julgar os factos. Lamentavelmente, em Portugal, continua-se a tratar processos em que se aplicam coimas de milhões como se fossem bagatelas, obstando-se a um verdadeiro controlo do fundo das decisões das entidades administrativas na origem do processo, afetando gravemente direitos fundamentais dos arguidos e prejudicando a realização da Justiça”

(Notícia atualizada pela última vez às 18h33)

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João Soares da Silva distinguido com a medalha de honra da Ordem dos Advogados

A Ordem dos Advogados atribuiu a título póstumo a sua medalha de honra a João Soares da Silva, sócio fundador da Morais Leitão, que faleceu em agosto do ano passado.

A Ordem dos Advogados (OA) deliberou atribuir a título póstumo a sua medalha de honra a João Soares da Silva, sócio fundador da Morais Leitão. João Soares da Silva, chairman da sociedade, faleceu no ano passado, a 5 de agosto.

A medalha de honra da OA é atribuída desde 2004 e visa distinguir personalidades cujo percurso se destaque na defesa do Estado e Direito e do prestígio do exercício da profissão.

Dois sócios fundadores da Morais Leitão já foram galardoados com a distinção: João Morais Leitão, em dezembro de 2007, e José Manuel Galvão Teles, em maio de 2010. Também a título póstumo, a Ordem dos Advogados atribuiu a medalha de ouro a Miguel Galvão Teles, em 2016.

“Este ano, a memória de João Soares da Silva é justa e igualmente homenageada em virtude do seu percurso enquanto advogado marcante na democracia portuguesa, não apenas pelo seu profundo conhecimento dos setores bancário e imobiliário, mas também pelo seu estilo único e inspirador das várias gerações que com ele conviveram. Deixou um legado consumado nas áreas a que se dedicou e múltiplos escritos como pensador do Direito”, pode ler-se em comunicado do escritório.

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Unbabel inaugura escritório dedicado à inteligência artificial em Pittsburgh

Novo escritório de Pittsburgh vai servir para investigar e desenvolver projetos de inteligência artificial. Startup portuguesa contrata pioneiro em tradução automática para liderar nova fase.

A startup portuguesa Unbabel anunciou esta terça-feira a abertura de um novo escritório nos Estados Unidos, na cidade de Pittsburgh e especializado na investigação e desenvolvimento em inteligência artificial. A nova fase será liderada por Alon Lavie, a mais recente contratação da empresa, um dos mais conhecidos pioneiros e peritos em tradução automática, adianta a empresa em comunicado.

A Unbabel desenvolveu um produto que alia a inteligência artificial com pós-edição humana à tradução automática. Lavie é assim o novo vice-presidente do departamento de Tecnologias Linguísticas da Unbabel.

A escolha de Pittsburgh, cidade conhecida pela Universidade Carnegie Mellon e um dos hubs mundiais mais ativos de pesquisa em tradução automática e processamento de linguagem natural e tecnologia aplicada, está relacionada também com o talento em inteligência artificial ali disponível.

“Existe um enorme potencial em Pittsburgh, com a Universidade de Carnegie Mellon, um dos melhores centros de pesquisa em ciência da computação e tecnologia da linguagem do mundo”, explica Lavie, citado em comunicado. “Isto significa que temos acesso aos melhores talentos, muitos dos quais ainda com ligações ativas à Universidade. Ao longo do meu percurso académico e da minha carreira em startups e no meu trabalho na Amazon, sempre acreditámos que Pittsburgh é o centro de excelência em tradução automática, e é por isso que vamos apoiar a equipa executiva da Unbabel a partir daqui”.

Ex-presidente da Associação de Tradução Automática das Américas (AMTA) e da Associação Internacional de Tradução Automática, recentemente gestor de tradução automática da Amazon e, nos últimos 20 anos, professor no Instituto de Tecnologias Linguísticas na Universidade Carnegie Mellon, Alon Lavie junta-se à Unbabel um ano depois de a startup portuguesa ter fechado uma ronda de financiamento Série B no valor de 23 milhões de dólares.

A abertura do novo escritório de Pittsburgh acontece um mês depois de a Unbabel ter anunciado a inauguração de outro novo escritório em São Francisco, para aproximar dos seus grandes clientes empresariais, como Facebook, Pinterest, Under Armour, Microsoft, Logitech, entre outros.

“Estamos a assistir a um momento empolgante na tecnologia da tradução e da tradução automática em particular”, comenta Vasco Pedro, CEO da empresa, acrescentando que “com a nova tecnologia neural aliada à camada humana de tradução, estamos a derrubar as barreiras linguísticas e a permitir que os nossos clientes ofereçam níveis melhores do que nunca de atendimento ao cliente. (…) Queremos aproveitar os 25 anos de experiência do Alon no desenvolvimento e influência no panorama mundial da tradução automática, bem como a paixão e o entusiasmo que sabemos que trará para a Unbabel. É uma etapa nova e excitante para nós, à medida que crescimento globalmente e adicionamos algumas marcas fabulosas ao nosso portefólio”.

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Alemanha cria autoestrada elétrica para reduzir emissões dos camiões

O governo alemão e a Siemens criaram uma autoestrada com linhas aéreas elétricas e um adaptador para camiões que permite reduzir as emissões de dióxido de carbono.

A imagem até pode parecer bizarra, mas promete vir a tornar-se ubíqua nas autoestradas alemãs. O governo está a investir no desenvolvimento de faixas de rodagem com linhas elétricas aéreas, assim como num adaptador elétrico para camiões, numa espécie de fusão entre a ferrovia e o transporte rodoviário de mercadorias.

Quando o tema é o meio ambiente, todas as soluções são poucas. É por isso que a Alemanha desembolsou cerca de 70 milhões de euros num projeto-piloto com a Siemens, para adaptar à rede elétrica os camiões tradicionalmente movidos a diesel. Do lado da empresa, a promessa é de poupanças em combustível na ordem dos 20.000 euros por cada 100.000 quilómetros de viagem.

Segundo a CNN, que divulgou a notícia, este é o primeiro teste deste género numa autoestrada pública alemã. Nesta primeira fase, foi instalada uma linha elétrica aérea ao longo de dez quilómetros de via, numa região perto do aeroporto de Frankfurt, permitindo aos camiões equipados com o dispositivo da Siemens circularem a energia elétrica a uma velocidade máxima de 90 quilómetros por hora. O sistema é semelhante ao dos comboios.

Quando concluem o troço eletrificado, os camiões adaptados voltam a circular normalmente, recorrendo ao diesel. Mas já existem planos para expandir esta infraestrutura inovadora a dois novos troços, de acordo com a estação norte-americana.

O transporte rodoviário de mercadorias é responsável por uma parte significativa de 15% das emissões mundiais de dióxido de carbono, um gás com efeito de estufa associado ao flagelo do aquecimento global. A expectativa do governo alemão e da Siemens é que este tipo de sistema possa ser facilmente escalado a mais vias na Alemanha, numa altura em que estão definidas metas ambiciosas para a redução das emissões, através do Acordo de Paris subscrito por mais de uma centena de países em 2015.

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